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BMR x VIGILÂNCIA

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Page 1: Aspectos clínicos

BMR x VIGILÂNCIA

Page 2: Aspectos clínicos

CRÉDITOS

• Nota Técnica nº 01/2012: Prevenção e Controle de Bactérias Multirresistentes e Manejo de Multirresistentes em Infecções Relacionadas a Assistência a Saúde – SMS Curitiba

• Resolução SESA nº 0674/2010

Page 3: Aspectos clínicos

CRÉDITOS

• Investigação e Controle de Bactérias Multirresistentes - Agência Nacional de Vigilância Sanitária, maio de 2007

•• InvestigaInvestigaçção e Controle de Bactão e Controle de Bactéérias rias Multirresistentes Multirresistentes -- Adão R. L. MachadoAdão R. L. Machado

I Encontro Paranaense de Controle de Infecção em Serviços de Saúde e II Jornada de Controle de Infecção Hospitalar de Foz do Iguaçu, 2004

Page 4: Aspectos clínicos

CRÉDITOS

•• CDC. Guidelines for Environmental CDC. Guidelines for Environmental Infection Control in HealthInfection Control in Health--Care Facilities. Care Facilities. MMWR 2003, 52:1MMWR 2003, 52:1--4343

•• SHEA Guideline for preventing nosocomial SHEA Guideline for preventing nosocomial transmission of multidrugtransmission of multidrug--resistant strains resistant strains of of Staphylococcus aureusStaphylococcus aureus and and Enterococcus.Enterococcus.Infect Control Hosp Epidemiol 2003; 24: 362Infect Control Hosp Epidemiol 2003; 24: 362--86.86.

•• Acervo pessoalAcervo pessoal

Page 5: Aspectos clínicos

“As lições retiradas do tempo de guerra devem ser transferidas aos médicos civis. Essencialmente nós devemos assegurar que a condição clínica tenha resposta ao antimicrobiano, que material seja coletado para cultura e teste microbiológico e que o organismo seja susceptível, que a dose seja adequada e que o antibiótico atinja o sítio da infecção.”

Alexander FlemingPenicillin:it’s practical application.London:Butterworth, 1946:iii-vi

Page 6: Aspectos clínicos

veja

• Edição 19 de junho de 2013“...o cenário sombrio (superbactérias) é uma

das situações mais emblemáticas da medicina moderna...

“Se nada for feito, existe o risco das operações de rotina se tornarem mortais em apenas vinte anos.”

Dame Sally DaviesDiretora Médica do Depto de Saúde do Reino Unido

Page 7: Aspectos clínicos

veja• “As cepas bacterianas surgidas na última

década apresentam uma característica adaptativa ainda mais impressionante. Além de transmitirem o dom da resistência a seus descendentes elas enviam um trecho de seu material genético com essa informação a bactérias vizinhas, sejam elas das espécies que forem. Uma das mais preocupantes é a KPC.”

• Grandes investimentos na indústria farmacêutica

Page 8: Aspectos clínicos
Page 9: Aspectos clínicos

BMR

São microrganismos que não são inibidos por doses padrão de antimicrobianos naturalmente sensíveis (dois ou mais).Alguns pesquisadores definem o termo microorganismos pan resistentes como aqueles com resistência comprovada in vitro a todos os antimicrobianos testados em exame microbiológico

Nota técnica 01/2012 SMS CuritibaResolução SESA 0674/2010

Page 10: Aspectos clínicos

BMR PROBLEMAS

• Enterococcus spp R aos glicopeptídeos (vancomicina e teicoplanina)

• Staphylococcus spp R à oxacilina ou com sensibilidade intermediária a vancomicina

• Não fermentadores como Pseudomonas aeruginosa, Acinetobacter baumanii resistentes a carbapenêmicos (ertapenem, meropenem e imipenem) e/ou polimixina

Page 11: Aspectos clínicos

BMR PROBLEMAS

• Streptococcus pneumoniae R às penicilinas• Enterobacteriaceae produtora de

betalactamase de expectro expandido (ESBL)

Page 12: Aspectos clínicos

EPIDEMIOLOGIA CURITIBA• Enterobactérias ESBL: 40% de bacteriemias

e ISC• Acinetobacter spp: 20% das hemoculturas e

mais de 1/3 das amostras respiratorias• Pseudomonas aeruginosa: 10% das

infecções por BMR e 15% das amostras respiratórias

• Enterobactérias produtoras de KPC:6,3% das bacteriemias por BMR (2011)

TOLEDO PV, OLIVEIRA JC, LUHM KR. Surveillance programme for multidrug-resistant bacteria in healthcare-associated infections: an

urban perspective in South Brazil. J Hosp Infect 2012; 80:351-53.

Page 13: Aspectos clínicos

IMPACTO FRENTE A BMR IMPACTO FRENTE A BMR

•• Cultura positiva para BMRCultura positiva para BMR

•• Significado clSignificado clííniconico

•• Significado epidemiolSignificado epidemiolóógicogico

Page 14: Aspectos clínicos

SIGNIFICADO CLSIGNIFICADO CLÍÍNICONICO

• Considerar:

• Sítio e tipo de material examinado

• Infecção X Colonização: quadro clínico édecisivo

•• CertificarCertificar--se que o resultado da cultura se que o resultado da cultura ééconficonfiáável?vel?

Page 15: Aspectos clínicos

INFECÇÃO

• Infecção por multi R: paciente com evidências (sinais e sintomas clínicos) de processo infeccioso acompanhado de exame microbiológico positivo para BMR caracterizado como causador da infecção.

Page 16: Aspectos clínicos

COLONIZAÇÃO• Colonização por multi R: paciente com

cultura positiva para microrganismo multi R e sem evidências de processo infeccioso

Pacientes colonizados ou infectados 107 partículas eliminadas por dia10% contém bactérias viáveis

Hill RLR et al. J Antimicrob Chemother 1988;22:377 Sanford MD et al. Clin Infect Dis 1994;19:1123

Bonten MJM et al. Lancet 1996; 348:1615www.handhygiene.org

Page 17: Aspectos clínicos

O RESULTADO DA CULTURA O RESULTADO DA CULTURA ÉÉCONFICONFIÁÁVEL?VEL?

•• DiagnDiagnóóstico microbiolstico microbiolóógico acurado, gico acurado, considerar: considerar:

–– Coleta e Encaminhamento ao laboratColeta e Encaminhamento ao laboratóóriorio–– Processamento do materialProcessamento do material

–– Isolamento do germeIsolamento do germe

–– MMéétodo de testar a suscetibilidadetodo de testar a suscetibilidade

–– Qualidade dos materiais Qualidade dos materiais

–– Treinamento dos profissionaisTreinamento dos profissionaisDr Adão MachadoDr Adão Machado

Page 18: Aspectos clínicos

IMPACTO CLÍNICO

• Grande problema de saúde pública • Aumento de custos hospitalares

– maior tempo de internação– alto custo das drogas disponíveis

• Altas taxas de morbi-mortalidade– Terapêuticas escassas– Terapêuticas pouco efetivas– Terapêuticas tóxicas

• Mortalidade acima de 40-50%

Page 19: Aspectos clínicos

IMPACTO EPIDEMIOLIMPACTO EPIDEMIOLÓÓGICOGICO

• Propagação e transmissão incontroláveis– surgimento de novos mecanismos de

resistência bacteriana – uso irracional e indiscriminado de

antibióticos– falta de adesão à medidas de prevenção

e controle de infecções hospitalares–– IMPACTO MICRO AMBIENTEIMPACTO MICRO AMBIENTE

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SIGNIFICADO EPIDEMIOLSIGNIFICADO EPIDEMIOLÓÓGICOGICO•• Identificar a origem da BMRIdentificar a origem da BMR•• ComunitComunitáária? ria?

•• Paciente egresso de outro hospital? Paciente egresso de outro hospital?

•• BactBactééria hospitalar endêmica? ria hospitalar endêmica?

Investigar!Investigar!

Page 21: Aspectos clínicos

PERGUNTAR SEMPRE COMO?PERGUNTAR SEMPRE COMO?

•• De que forma esse germe foi transmitido?De que forma esse germe foi transmitido?

•• TrataTrata--se de Surtos, pseudose de Surtos, pseudo--surtos ou casos surtos ou casos isolados?isolados?

•• Quais são os possQuais são os possííveis reservatveis reservatóórios e fonte ( rios e fonte ( microbiota endmicrobiota endóógena ou exgena ou exóógena)?gena)?

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• “È importante que todo profissional tenha consciência que devem ser esperados de 1 a 4 surtos para cada 12.000 saídas hospitalares e que eles podem passar despercebidos, já que segundo dados do CDC, 40% tem solução espontânea”

Dr. Carlos Ernesto Ferreira Starling, e col. em Curso de Investigação de Surtos

Page 23: Aspectos clínicos

SURTOS

• Definição quantitativa: surto por BMR éidentificado quando houver comprovado aumento de casos de infecção ou colonização por estes microrganismos ultrapassando os níveis endêmicos estabelecidos pelos parâmetros de vigilância epidemiológica.

Page 24: Aspectos clínicos

SURTOS

• Definição qualitativa: presença de pelo menos 2 casos de infecção ou colonização por BMR não identificado previamente na unidade.

Page 25: Aspectos clínicos

PSEUDOPSEUDO--SURTOSSURTOSContaminaContaminaçção de materiais ão de materiais

•• Frascos de mFrascos de múúltiplas doses de heparina: ltiplas doses de heparina: bacilos grambacilos gram--negativos (negativos (Acinetobacter, PseudomonasAcinetobacter, Pseudomonas))

•• Anticoagulantes para hemossedimentaAnticoagulantes para hemossedimentaçção: ão: bacilos bacilos gramgram--negativos nãonegativos não--fermentadores (fermentadores (Agrobacterium Agrobacterium radiobacter, Stenotrophomonas maltophilia, radiobacter, Stenotrophomonas maltophilia, Ochrobactrum anthropi, Ralstonia pickettiOchrobactrum anthropi, Ralstonia picketti))

•• Equipamentos de gasometria,bioquEquipamentos de gasometria,bioquíímica e mica e microbiologia: microbiologia: enterococos, estafilococos variados, enterococos, estafilococos variados, bacilos grambacilos gram--negativos, micobactnegativos, micobactéérias e fungosrias e fungos

Dr Adão MachadoDr Adão Machado

Page 26: Aspectos clínicos

CONTAMINACONTAMINAÇÇÃO DE MATERIAISÃO DE MATERIAIS•• Luvas: Luvas: AcinetobacterAcinetobacter e outros grame outros gram--negativos, negativos,

Bacillus spBacillus sp

•• Desinfetantes e antiDesinfetantes e anti--sséépticos: pticos: Pseudomonas, Pseudomonas, Burkholderia, StenotrophomonasBurkholderia, Stenotrophomonas, outros gram, outros gram--negativosnegativos

•• ÁÁgua e torneiras: gua e torneiras: Pseudomonas, Pseudomonas, micobactmicobactéériasrias, , LegionellaLegionella

•• Teclados de computador: Teclados de computador: Staphylococcus Staphylococcus aureusaureus, enterococos, gram, enterococos, gram--negativosnegativos

Dr Adão MachadoDr Adão Machado

Page 27: Aspectos clínicos

MICROBIOTA ENDMICROBIOTA ENDÓÓGENAGENA

•• Imunodeprimidos em geralImunodeprimidos em geral

•• UsuUsuáários crônicos de antibirios crônicos de antibióóticosticos

•• Pacientes institucionalizadosPacientes institucionalizados

•• Doentes crônicos em geral, especialmente os Doentes crônicos em geral, especialmente os que internam freqque internam freqüüentementeentemente

Page 28: Aspectos clínicos

RESERVATÓRIOS E FONTES

• E o impacto ambiental??• Perpetuação de reservatórios • Alimentação da cadeia de transmissão

Page 29: Aspectos clínicos

PacientesPacientesPacientes Domiciliares

Pacientes NovosTransferências

Unidades críticasEquipamentos

AntibióticosAmbiente

Equipe

Epicentro

Iceberg da Resistência

CICLO EXTRA-HOSPITALAR CICLO INTRA-HOSPITALAR

Page 30: Aspectos clínicos

RESERVATRESERVATÓÓRIOS E FONTESRIOS E FONTES

•• PACIENTES E PROFISSIONAIS (MÃOS)PACIENTES E PROFISSIONAIS (MÃOS)•• Ambiente hospitalarAmbiente hospitalar•• LavatLavatóórios (torneiras, bancadas)rios (torneiras, bancadas)•• ÁÁguagua•• RefrigeradoresRefrigeradores•• Equipamentos Equipamentos •• SuperfSuperfíícies em geralcies em geral•• Ar Ar

Page 31: Aspectos clínicos
Page 32: Aspectos clínicos

CONTAMINACONTAMINAÇÇÃO AMBIENTALÃO AMBIENTAL

•• Acinetobacter Acinetobacter spp.:spp.:colchões, travesseiros, rodas de camas, chão, colchões, travesseiros, rodas de camas, chão, mesas, fmesas, fóórmicarmica..

•• PseudomonasPseudomonas spp.:spp.:sabão, antisabão, anti--sséépticos, desinfetantes, pticos, desinfetantes, áágua, gua, torneiras, piastorneiras, pias

Dr. Adão MachadoDr. Adão Machado

Page 33: Aspectos clínicos

CONTAMINACONTAMINAÇÇÃO AMBIENTALÃO AMBIENTAL•• Enterococcus spEnterococcus sp: : chão, paredes, camas e chão, paredes, camas e

roupas de cama, froupas de cama, fóórmica, marmica, maççanetas, anetas, bombas de infusão, manguitos de pressão, bombas de infusão, manguitos de pressão, monitores, comadres, vasos sanitmonitores, comadres, vasos sanitááriosrios

•• Staphylococcus aureus:Staphylococcus aureus: colchões, colchões, travesseiros, mesa, cadeira, rodas da cama, travesseiros, mesa, cadeira, rodas da cama, grades da cama, bergrades da cama, berçços, campainha, luz de os, campainha, luz de cabeceira, controle remoto de TV, cabeceira, controle remoto de TV, brinquedos, teclados de computador, brinquedos, teclados de computador, pastas dos pacientes (prontupastas dos pacientes (prontuáários)rios)..

Dr. Adão MachadoDr. Adão Machado

Page 34: Aspectos clínicos

CONTAMINACONTAMINAÇÇÃO AMBIENTALÃO AMBIENTAL

•• Clostridium difficile:Clostridium difficile:assentos de vasos sanitassentos de vasos sanitáários, pias, chão, roupas rios, pias, chão, roupas de camade cama

•• LegionellaLegionella spp.:spp.:reservatreservatóórios de aquecimento de rios de aquecimento de ááguagua

•• VVíírus Sincicial Respiratrus Sincicial Respiratóório:rio:superfsuperfíícies e fômites em geralcies e fômites em geral

•• AspergillusAspergillus spp.:spp.:sistema de ar condicionado, poeira, sistema de ar condicionado, poeira, construconstruççõesões

Dr. Adão MachadoDr. Adão Machado

Page 35: Aspectos clínicos
Page 36: Aspectos clínicos

SOBREVIDA DO ACINETOBACTER• Roupas de cama e tecidos de algodão:6 a

33 dias• Locais secos como chão,equipamentos ,

colchões, mesas,luvas, termomêtros, fluxômetros, travesseiros, prontuários, materiais de fórmica: 13 dias

• Grande capacidade de aderência àplásticos: tubos endotraqueais, catéteres, drenos, fontes úmidas como válvulas, circuitos de ventiladores e umidificadores

Page 37: Aspectos clínicos

SOBREVIDA DO ACINETOBACTER

• Habilidade de crescer em diferentes temperaturas e pH variáveis e de utilizar diferentes fontes de carbono como substrato

Page 38: Aspectos clínicos

Medidas Gerais para diminuir o risco de transmissão de Medidas Gerais para diminuir o risco de transmissão de microorganismos atravmicroorganismos atravéés da contaminas da contaminaçção de superfão de superfíícies:cies:

•• Limpeza rigorosa e sistemLimpeza rigorosa e sistemáática do ambiente c/ tica do ambiente c/ áágua e sabãogua e sabão

•• Limpeza e desinfecLimpeza e desinfecçção das superfão das superfíícies e equipamentos que entram em cies e equipamentos que entram em contato ou ficam prcontato ou ficam próóximos ao pacienteximos ao paciente

•• Limpeza e descontaminaLimpeza e descontaminaçção imediata quando houver derramamento de ão imediata quando houver derramamento de matmatééria orgânica em superfria orgânica em superfííciescies

•• Monitoramento das soluMonitoramento das soluçções desinfetantes, antiões desinfetantes, anti--sséépticos, detergentespticos, detergentes

•• Limpeza e desinfecLimpeza e desinfecçção sistemão sistemáática dos reservattica dos reservatóórios de rios de ááguagua

•• Monitoramento e troca de filtros de condicionadores de arMonitoramento e troca de filtros de condicionadores de ar

•• Limpeza das torneirasLimpeza das torneiras

•• Controle microbiolControle microbiolóógico da gico da ááguagua

•• DefiniDefiniçção de situaão de situaçções de utilizaões de utilizaçção de ão de áágua de torneira ou gua de torneira ou áágua estgua estéérilril

CDC. Guidelines for Environmental Infection Control in HealthCDC. Guidelines for Environmental Infection Control in Health--care care Facilities. MMWR 2003, 52:1Facilities. MMWR 2003, 52:1--43.43.

Page 39: Aspectos clínicos

POR QUÊ OCORREM OS SURTOS?POR QUÊ OCORREM OS SURTOS?

•• Invasividade excessiva em indicaInvasividade excessiva em indicaçção e duraão e duraççãoão

•• Uso extenso e/ou inadequado de Uso extenso e/ou inadequado de antimicrobianosantimicrobianos

•• Falha de adesão Falha de adesão ààs precaus precauçções padronizadas e ões padronizadas e quebra de barreirasquebra de barreiras

Page 40: Aspectos clínicos

POR QUÊ OCORREM OS SURTOS?POR QUÊ OCORREM OS SURTOS?

•• NãoNão--identificaidentificaçção e/ou falta de atenão e/ou falta de atençção ão para pacientes que precisam ser colocados para pacientes que precisam ser colocados em isolamento (Cultura de baixas em isolamento (Cultura de baixas expectativas)expectativas)

•• HierarquiaHierarquia

•• Prioridades equivocadas (p. exemplo, Prioridades equivocadas (p. exemplo, internar, internar, internarinternar, internar, internar……, sem estrutura , sem estrutura adequadaadequada))

Page 41: Aspectos clínicos

INVESTIGAÇÃO• Controle estatístico do processo:

acompanhamento das curvas endêmicas e identificação do limite endêmico superior (LES) - Infectômetro

• Identificação precoce dos surtos

• CCIH a beira de leito com a equipe (diminuição da invasividade e fortalecendo os “pacotes” ou “combinados”) e interface forte com laboratório de microbiologia

Page 42: Aspectos clínicos

INVESTIGAÇÃO

A análise da curva epidêmica diferencia:

• Transmissão pessoa-a-pessoa: o número de casos aumenta lentamente e, então, diminui lentamente;

• Fonte comum: Número de casos aumenta e diminui rapidamente

Page 43: Aspectos clínicos

INVESTIGAÇÃO

• Fonte comum com disseminação pessoa-a-pessoa: número aumenta rapidamente e segue se disseminando mais lentamente

• Fonte comum contínua: Número de casos aumenta e se mantém elevado ou, então, aumenta esporadicamente

Page 44: Aspectos clínicos

CULTURAS DE AMBIENTECULTURAS DE AMBIENTE•• Não devem ser realizadas na maioria das Não devem ser realizadas na maioria das

situasituaççõesões

•• Podem ser indicadas em situaPodem ser indicadas em situaçções de surto, ões de surto, para identificar posspara identificar possíível fonte ambientalvel fonte ambiental

•• Indicadas para vigilância e controle de Indicadas para vigilância e controle de algumas algumas BMRBMR

O investigador deve ir ao local e observar tudo: O investigador deve ir ao local e observar tudo: germes podem atgermes podem atéé colonizar ambiente e colonizar ambiente e objetos, mas não têm pernas ou asasobjetos, mas não têm pernas ou asas

Page 45: Aspectos clínicos

ENFRENTAMENTO SURTO

• Isolamento dos pacientes• Coleta de amostras clínicas e de vigilância• Tratamento adequado dos infectados• Comunicação ao laboratório (planejar o

atendimento a demanda)• Conservação das cepas isoladas• Notificação imediata

Page 46: Aspectos clínicos

ENFRENTAMENTO SURTO

• Levantamento das hipóteses• Relatório diário (detecção do primeiro

caso, número de casos isolados, diferenciação entre colonizados e infectados, óbitos, e medidas implementadas)

Page 47: Aspectos clínicos

INVESTIGAÇÃO E CONTROLE• Todos os profissionais devem ser envolvidos:

enfermagem, médicos, fisioterapeutas,

serviços de diagnóstico, psicólogos,

recreacionistas, áreas de apoio em geral e

administração

• Os pacientes e familiares também são muito

importantes!

Page 48: Aspectos clínicos
Page 49: Aspectos clínicos

FOCO É PREVENÇÃO

• Como gerenciar o dia a dia, manter limites endêmicos aceitáveis e conquistar vitórias como redução da multirresistência intra-hospitalar:

• Ênfase nos processos e posicionamento do problema como PRIORIDADE ESTRATÉGICA

• APRENDER COM OS ERROS

Page 50: Aspectos clínicos

MECANISMOS DE CONTROLE E PREVENÇÃO

• Controle efetivo das IRAS• Comunicação entre instituições• Sistema de precauções• Envolvimento dos pacientes e

acompanhantes• Culturas de vigilância• Acompanhamento rigoroso das culturas a

partir de um diagnóstico microbiológico acurado

Page 51: Aspectos clínicos

MECANISMOS DE CONTROLE E PREVENÇÃO

• Divulgação dos resultados de culturas para as equipes

• Análise crítica dos perfis de sensibilidade, entendimento dos mecanismos de resistência e implantação de ações de melhoria:

Page 52: Aspectos clínicos

MECANISMOS DE CONTROLE E PREVENÇÃO

• Controle de antimicrobianos• Controle do ambiente (controle de

reservatórios, auditorias da higiene)• Educação e consciência proativa de todos

do risco de transmissão de BMR

Page 53: Aspectos clínicos

CCULTURAS DE VIGILÂNCIAULTURAS DE VIGILÂNCIA•• Implementar programa de culturas de vigilância Implementar programa de culturas de vigilância

e precaue precauçções de contato para controlar a ões de contato para controlar a transmissãotransmissão

•• Culturas de vigilância de pacientes de risco (na Culturas de vigilância de pacientes de risco (na admissão e periadmissão e perióódicas), para identificar dicas), para identificar colonizadoscolonizados

Nota tNota téécnica 01/2012 SMS Curitibacnica 01/2012 SMS Curitiba

ResoluResoluçção SESA 674/2010ão SESA 674/2010SHEA Guideline for preventing nosocomial transmission of muSHEA Guideline for preventing nosocomial transmission of multidrugltidrug--resistant resistant

strains of strains of Staphylococcus aureusStaphylococcus aureus and and Enterococcus.Enterococcus. Infect Control Hosp Epidemiol Infect Control Hosp Epidemiol 2003; 24: 3622003; 24: 362--86.86.

Page 54: Aspectos clínicos

CCULTURAS DE VIGILÂNCIAULTURAS DE VIGILÂNCIA

•• Swabs nasal, retal, aspirado traqueal, Swabs nasal, retal, aspirado traqueal, feridas, urina, sangueferidas, urina, sangue

Nota tNota téécnica 01/2012 SMS Curitibacnica 01/2012 SMS Curitiba

ResoluResoluçção SESA 674/2010ão SESA 674/2010

SHEA Guideline for preventing nosocomial transmission of multidrSHEA Guideline for preventing nosocomial transmission of multidrugug--resistant strains of resistant strains of Staphylococcus aureusStaphylococcus aureus and and Enterococcus.Enterococcus. Infect Infect

Control Hosp Epidemiol 2003; 24: 362Control Hosp Epidemiol 2003; 24: 362--8686

Page 55: Aspectos clínicos

BARREIRAS OU SISTEMA DE PRECAUÇÕES

• Precauções padrão: para todos os pacientes

• Precauções baseadas no mecanismo de transmissão (contato/aéreas/gotículas): é o modo mais importante de evitar a transmissão de BMR de um paciente a outro.

Page 56: Aspectos clínicos

BARREIRAS OU SISTEMA DE PRECAUÇÕES

SHEA Guideline for preventing nosocomial transmission of multidrSHEA Guideline for preventing nosocomial transmission of multidrugug--resistant resistant strains of strains of Staphylococcus aureusStaphylococcus aureus and and Enterococcus.Enterococcus. Infect Control Hosp Epidemiol Infect Control Hosp Epidemiol

2003; 24: 3622003; 24: 362--86.86.

•• Quarto individual com banheiro exclusivo ou Quarto individual com banheiro exclusivo ou coorte, gerenciamento de leitos com a CCIH coorte, gerenciamento de leitos com a CCIH

•• Luvas para entrar no quarto e contato direto Luvas para entrar no quarto e contato direto com o pacientecom o paciente

•• Kit de precauKit de precauçções ões

Page 57: Aspectos clínicos

BARREIRAS OU SISTEMA DE PRECAUÇÕES

•• Avental para contato direto com o paciente Avental para contato direto com o paciente -- CUIDADO COM A DOBRADURACUIDADO COM A DOBRADURA

•• MMááscaras, para diminuir colonizascaras, para diminuir colonizaçção nasal ão nasal dos profissionaisdos profissionais

•• Cuidados com as transferências intraCuidados com as transferências intra--hospitalares (p.exemplo REPAI)hospitalares (p.exemplo REPAI)

Page 58: Aspectos clínicos

HIGIENIZAR AS MÃOS ANTES E APÓS CONTATO

QUARTO PRIVATIVO OU COORTE

AO ENTRAR NO QUARTO

USO INDIVIDUAL

LIMITAR TRANSPORTE CO

NTA

TO

Page 59: Aspectos clínicos

COMUNICAÇÃO EFETIVA

Page 60: Aspectos clínicos

MANUTENÇÃO PRECAUÇÃO

• Manutenção das precauções de contato até a alta do paciente (pacientes em unidades críticas, invadidos, em uso de antimicrobianos)

• Paciente sem uso prévio de antimicrobianos, sem feridas com drenagem, sem hipersecreção respiratória e sem dispositivos invasivos: liberação das precauções após culturas negativas

Page 61: Aspectos clínicos

CONTROLE EFETIVO DAS IRASCONTROLE EFETIVO DAS IRASHIGIENE DAS MÃOSHIGIENE DAS MÃOS

•• Uso de antiUso de anti--sséépticos antes e appticos antes e apóós contato s contato com pacientescom pacientes

•• Lavagem com Lavagem com áágua e sabão quando as gua e sabão quando as mãos estiverem visivelmente sujas ou mãos estiverem visivelmente sujas ou contaminadascontaminadas

•• FricFricçção com ão com áálcool quando as mãos não lcool quando as mãos não estiverem sujasestiverem sujas

•• MotivaMotivaçção para adesão ( ESTRATão para adesão ( ESTRATÉÉGIA GIA MULTIMODAL E MEDIR CONSUMOMULTIMODAL E MEDIR CONSUMO))

Page 62: Aspectos clínicos
Page 63: Aspectos clínicos
Page 64: Aspectos clínicos

ANTIBIANTIBIÓÓTICOSTICOS

SHEA Guideline for preventing nosocomial transmission of multidrSHEA Guideline for preventing nosocomial transmission of multidrugug--resistant resistant strains of strains of Staphylococcus aureusStaphylococcus aureus and and Enterococcus.Enterococcus. Infect Control Hosp Epidemiol Infect Control Hosp Epidemiol

2003; 24: 3622003; 24: 362--86.86.

•• Evitar inapropriada ou excessiva Evitar inapropriada ou excessiva antibioticoprofilaxiaantibioticoprofilaxia

•• Assegurar adequadas doses e duraAssegurar adequadas doses e duraçção do ão do tratamentotratamento

•• Restringir uso de antibioticos indutores de Restringir uso de antibioticos indutores de resistênciaresistência

•• Evitar tratar colonizaEvitar tratar colonizaççãoão

Page 65: Aspectos clínicos

CONTROLE DO AMBIENTE

FLORENCE NIGHTINGALE Implantação de medidas de higiene e limpeza no hospital que assistia os militares feridos na Guerra da Criméia em 1854.

Page 66: Aspectos clínicos

CONTROLE DO AMBIENTE

Page 67: Aspectos clínicos
Page 68: Aspectos clínicos

CONTROLE DO AMBIENTE

Evidências circunstanciais sugerem que superfícies de ambientes hospitalares contaminadas podem ser fator de risco para infecções causadas por alguns agentes patogênicosReconhecidamente medidas de controle

ambiental são estratégicas para prevenirIRAS

J Hosp Infect 2008;70J Hosp infect 2007;65

Page 69: Aspectos clínicos

CONTROLE DO AMBIENTE

• A limpeza de superfícies que tem contato com as mãos do paciente e da equipe merecem maior atenção, entre elas: maçanetas, telefones, interruptores de luz, grades das camas, botões de bombas e campainhas

• Higienizadoras e Enfermagem – Fortalecer a interface

Page 70: Aspectos clínicos

CONTROLE DO AMBIENTE

• Experiência pessoal: técnicas de limpeza e rotinas específicas:

• Tríplice limpeza terminal• Envolvimento da equipe de higiene• VALIDAÇÃO de produtos e procedimentos

Page 71: Aspectos clínicos

VALIDAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS

Programa Integrado de monitoramento:Auditorias Visuais;Testes de ATP (detecta a presença de

adenosina trifosfato, que é derivada de sujidade orgânica e microrganismos) por bioluminiscência;Microbiológico

Page 72: Aspectos clínicos

INDICADOR

Page 73: Aspectos clínicos

““Você nunca enfrentarVocê nunca enfrentaráá um um problema que não esteja problema que não esteja

carregado de oportunidadescarregado de oportunidades..””H. Jackson BrownH. Jackson Brown