as visões simbólicas da missa gnóstica
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8/16/2019 As Visões Simbólicas Da Missa Gnóstica
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As Visões Simbólicas da Missa Gnóstica As Visões Simbólicas da Missa Gnóstica
Tradução: Frater Leo – Λέων
Note: The original essay, ‘The Symbolic Dimensions of the Gnostic Mass’, can be found in the
original English in The Journal of Thelemic Studies :! and online"
Faze o que tu queres será o todo da lei.
Introdução
Liber XV, mais conhecida como a Missa Gnóstica, é um ritual rico e de multicamadas. A missa tem
muitas vises, e !uanto mais essas "ers"ectivas se v#, mais se "ode ter uma a"reciação mais
"ro$unda do ritual. %s ve&es as "essoas "arecem $icar "reso em uma 'nica visão e ver, "or e(em"lo,
a"enas o lado !ue a Missa é uma re"resentação de um ritual de ma)ia se(ual e uma $orma velada do*X + T se)redo su"remo. -sta é certamente uma visão, mas a"enas ver uma visão e(clui a
"ossibilidade de ver as muitas "ers"ectivas !ue irão enri!uecer o conhecimento, a e("eri#ncia e a
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valori&ação da Missa. ortanto, o ob/etivo deste arti)o é discutir certas vises im"ortantes da Missa
Gnóstica, embora ele não vai 0nem "ode ser1 ser uma lista com"letamente e(austiva.
or e(em"lo: A "artir da visão da 2abala 3ermética, o 4acerdote est5 em Ti"hareth, o eu consciente6uachor, com as $aculdades vi&inhas 02hesed 7 memória, Geburah 7 volição, 8et&ach 7 dese/o, 3od 7ra&ão1 !ue est5 sendo re"resentado "elo 9i5cono. A 4acerdotisa é tanto o 8e"hesh, a alma animal,
bem como a 8eschamah, as"iração em direção ao divino e ao a$lu(o de inteli)#ncia divina 7intuição. 2abalisticamente, a Missa mostra o 8e"hesh 0Maluth; a Vir)em 4acerdotisa comoterrestres1 !ue est5 sendo elevado ao 8eshamah 0ether, !ue comun)a com toda a 5rvore "arabai(o "ara Maluth 0os membros da con)re)ação1. -sta é a"enas uma visão da Missa Gnóstica dadocomo um e(em"lo. A)ora vou "assar "or v5rias vises im"ortantes da Missa e detalhar um "oucomais e mostrar !ue h5 muitas "ers"ectivas di$erentes de !ue "ara visuali&ar este ritual.
Celebração das forças da natureza 4e lermos a Missa bastante literalmente, v#?se !ue é uma celebração das $orças da 8ature&a.
2ro@le $oi um "ro"onente da reli)ião cientB$ica !ue não ostentava o nosso conhecimento atual do
mundo. or isso, ele escreveu:
#E$ig%ncias da nature&a humana 'no caso da maioria das (essoas) a satisfa*+o do instinto
religioso, e, (ara muitos, isso (ode ser feito melhor (or meio cerimoniais" Eu ueria, (ortanto,
(ara a constru*+o de um ritual atra-.s do ual as (essoas (ossam entrar em %$tase como eles
sem(re fi&eram sob a influ%ncia do ritual a(ro(riado" Nos /ltimos anos, tem ha-ido um aumento na
falha (ara atingir este ob0eti-o, (orue os cultos estabelecidos chocam suas con-ic*1es intelectuaise indignam seu senso comum" 2ssim suas mentes criticam o seu entusiasmo3 eles s+o inca(a&es de
consumar a uni+o de suas almas indi-iduais com a alma uni-ersal como um noi-o seria a
consumar seu casamento se o amor deles fora constantemente lembrado de ue suas su(osi*1es
eram intelectualmente absurdas
Eu resol-i ue meu ritual 4a Missa Gn5stica6 de-e celebrar a sublimidade da o(era*+o de for*as
uni-ersais sem introdu&ir discut7-eis teorias metaf7sicas" N+o gostaria de fa&er nem im(licar
ualuer declara*+o sobre a nature&a ue n+o seria a(ro-ada (elo homem mais materialista da
ci%ncia" Su(erficialmente isto (ode (arecer dif7cil3 mas na (r8tica eu achei ue era (erfeitamente
sim(les (ara combinar as mais rigidamente racionais conce(*1es de fen9menos com a celebra*+omais e$altada e entusi8stica de sua sublimidade" C 02on$essions1
35 uma cosmolo)ia consistente Thel#mica de$endida na Missa Gnóstica !ue é bastante naturalista.
A cosmolo)ia também se re$lete em muitas "artes do The
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35 um 4enhor indescritBvel, 3adit, e uma indescritBvel Lad, 8uit, !ue são con/u)ues. *sso é
mencionado no 2redo 0Dum se)redo e senhor indescritBvel1, as 2oletas 0C 4enhor D2oletar eC The
Lad D6ecolha1, e em outros lu)ares. 8uit é -s"aço e 3adit é Motion. utra maneira de di&er
DmovimentoC é o tem"o, como o movimento só ocorre através do desdobramento de tem"o.
ortanto, 8uit e 3adit são es"aços e tem"o, ou sim"lesmente -s"aço?Tem"o, uma ve& !ue é um
contBnuo entrelaçados. 8uit e 3adit são os $undamentos !ue dão ori)em ao "otencial de umuniverso.
uando se mani$esta no mundo, 3adit torna?se D2aosC, o D"ai da vida.C caos é o "rincB"io
masculino em todas as coisas, !ue em maior escala é em si -ner)ia, as $orças !ue constituem o
universo. uando se mani$esta no mundo, torna?se 8uit D
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2haos e ether, o 4el$ $inal, através do 2aminho da 4acerdotisa, ou intuição
iniciadaC 0Liber 4ameh1.
A 4acerdotisa desce ao t'mulo e ras)a o véu da escuridão D"elo "oder de erro.C erro re"resenta
Marte ou ener)ia destrutiva, e os indivBduos são $re!uentemente chamados "ara o caminho em
res"osta tra)édia, crise, ou !ue so$rem em )eral. DA as"iração de se tornar um Mestre est5
enrai&ada no N(tase de Triste&aC 0 ittle Essays To;ard Truth1. A 4acerdotisa levanta o 4acerdote, a
$im de Dadministrar as virtudes aos irmãos.C *sso mostra o ultimo ob/etivo !ue é vitali&ar os outros,
C 2aminho do 4erviçoC 0Liber causae1, essencialmente id#nticas com o voto de bodhisattva "ara
atin)ir em "rol da todos os seres.
4acerdote é "uri$icado e consa)rado em cor"o e alma, e ele obtém o Lance, um sBmbolo de
maturidade es"iritual. 2ro@le escreveu, Dual é então a $órmula do inBcio do 3orusO -la dei(ar5
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de ser a do 3omem, através da Morte. 4er5 o crescimento natural da criança. 4uas e("eri#ncias não
serão mais consideradas como catastró$ica. 4ua hieró)li$o é o tolo: o inocente e im"otente
3ar"ócrates torna?se o 3órus Adulto obtendo a ba!ueta. P9er reine ThorQ Eo tolo "uroF a"roveita a
Lança 4a)radaC 0Liber 4ameh1.
o)o es"iritual do sacerdote se acendeu "or sua as"iração em direção a 9eus. 2om isso, ele tem o
"oder de elevar a 4acerdotisa ao alto do altar no riente, o !ue "ode ser visto como a sacrali&açãoou es"irituali&ação do Deu in$eriorC, a trans$ormação da materiali&ação de ener)ia em sua $ormamais sutil do -s"Brito. 9e"ois de "uri$icar e consa)rar e levar 4acerdotisa ao trono, o sacerdote élançado nas trevas da noite escura da alma; tendo criado sobre o 2aminho, ele encontra "rovas e"roblemas. Através de sua as"iração, o sacerdote invoca 8uit na 4acerdotisa, o ob/eto $inal dodese/o e da união. sacerdote invoca 3adit em si mesmo, identi$icando?se com o tema $inal, Vida eo "ró"rio Movimento. inalmente, ele invoca 8uit e união de 3adit, 6a?3oor?>huit, o 9eus dentro!ue transcende o es"aço, tem"o e causalidade, !ue transcende todos os deuses e até mesmo a morte.A identi$icação com"leta com -le constitui essencialmente a 6eali&ação.
véu de escuridão é então /o)ado aberto, lançando lu& do altar alto sobre o 4acerdote e"reenchendo todo o Tem"lo com brilho. A 4acerdotisa é trans$ormada e é a)ora nua, se)urando oc5lice e "atena, a 9ivindade !ue est5 além de $ormas "articulares com !ue comun)amos no2onhecimento e 2onversação do 4anto An/o Guardião. As coletas são, então, ler, cada elemento domundo !ue est5 sendo chamado, um microcosmo "er$eito, com"leto e e!uilibrado do Hniverso. 4acerdote então consa)ra o bolo da Lu& e do vinho com o "oder da Lança, trans$ormando?os em sua$orma divina, o cor"o e o san)ue de 9eus. -stes são os elementos do 4acerdote com o !ual ele ir5intera)ir com o mundo: seu cor"o e seu es"Brito. -les são "re"arados, como tal, através do D"oderes"iritualC obtida através do 2onhecimento e 2onversação do 4anto An/o Guardião
sacerdote invoca então o mais elevado, 9eus ine$5vel através do Anthem, !ue é D-u além de tudo
eu sou !uem não tens nature&a e sem nomeC, Dmacho?$#mea, "or e(cel#ncia, um.C -sta é aas"iração constante e devoção !ue im"ulsiona 4acerdote "ara en$rentar o Abismo, a dissolução doauto "elo !ual o 4er Verdadeiro, o !ue é um com 9eus, sur)e. 4acerdote !uebra uma "artBcula, o!ue re"resenta Da sua alma, uma o$erta vir)em "ara seu An/o, "ressionado adiante de seu ser "elaintensidade dessa as"iraçãoC 0Liber 4ameh1. R a o$erta $inal do 4el$, a drena)em de seu san)ue"ara a Taça de
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-m se)uida, é chamado
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Toda a Missa Gnóstica mostra a trans$ormação "sicoló)ica do 4acerdote "assando de umaidenti$icação com a "ersona de uma identi$icação com o 4el$ ar!uetB"ico, !ue abran)e a totalidadeda "si!ue, tanto consciente e inconsciente. Todo o "rocesso "ode ser resumido como: o 4acerdote seidenti$icar com ersona 4acerdote identi$icação com -)o encontro com o encontro 4ombra com o sindicato Anima com o Anima "ara DlibertarC ou acessar o 4el$ com o !ual o 4acerdote$inalmente identi$ica.
8o inBcio da missa, o 4acerdote est5 no t'mulo !ue re"resenta a escuridão e con$inamento de ser
identi$icado com a "ersona, uma "ersonalidade e(terna. A 4acerdotisa desce como um im"ulsoinconsciente, vivida "elo sacerdote como um as"ecto ou um brotar de $orças inconscientes.
4acerdote é des"ertado "ara uma 4el$ não limitado a"enas a "ersona, e ele se identi$ica com o e)o.
2omo o e)o, ele então e(erce seu "oder sobre seus instintos inconscientes e habituais, re"resentada
como a 4acerdotisa a/oelha?se antes de ser levantada. -m se)uida, o 4acerdote e o Tem"lo são
mer)ulhados na escuridão en!uanto ele con$ronta sua DsombraC, a!ueles as"ectos de si !ue é
ne)ado, re"rimido, e temido. 4ua as"iração carre)a?lo através da escuridão, e, eventualmente, ele
ras)a o véu a ser atendidas com uma ima)em de sua DanimaC, no trono a 4acerdotisa nua. A anima é
!uase como um re$le(o no inconsciente do e)o consciente, é o Descondido se(o o"osto em cada
indivBduoC, re"resentando uma camada da "si!ue mais "ro$unda do !ue a sombra. 2omo Uun)escreveu: DTodo homem carre)a dentro de si a ima)em eterna de mulher, não a ima)em desta ou
da!uela mulher "articular, mas uma ima)em $eminina de$inida. -sta ima)em é $undamentalmente
inconsciente, um $ator heredit5rio de ori)em "rimordial )ravado no sistema or)Jnico viva do
homemC 02ollected ors vol.W1. DanimaC ou atos 4acerdotisa como mediador entre o
inconsciente 0o altar alto e tudo dentro do Véu das 4u"ernas1 e o consciente 0o sacerdote1.
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sacerdote e a sacerdotisa se unim, o !ue re"resenta a aceitação e inte)ração do ar!uéti"ocontrasse(ual em si mesmo, ou se/a, tornar?se dois?in?um, re"resentada em ima)ens como aal!uBmico Andro)ne ou, mais a"ro"riadamente, oder7amos,
(ortanto, tradu&ir indi-idua*+o como #chegando a indi-idualidade= ou #auto reali&a*+o ?
‘ego7stas s+o chamados de= ego7sta #, mas isso, naturalmente, n+o tem nada a -er com o conceito
de= egoismo #, como eu estou usando aui ? ndi-idua*+o, (ortanto, s5 (ode significar um
(rocesso de desen-ol-imento (sicol5gico ue cum(re as ualidades indi-iduais dadas3 em outras
(ala-ras, . um (rocesso (elo ual um homem se torna
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8a Missa Gnóstica, a Lança do sacerdote é acariciada on&e ve&es "ela 4acerdotisa; isso mostra odes"ertar "ara dharana, a "rimeira eta"a do samama. -ste dharana culmina no 4acerdote bei/andoo livro no "eito a 4acerdotisa Ptr#s ve&es e a/oelhado em adoração. sacerdote, então, na escuridãoele $a& tr#s 2*62HM?AMractice1.1. R Dnem isto nem a!uiloC, "or!ue o samadhi é
transcendente de dualidades [ é não?dual [ e é Dsecreto em todos os as"ectosC, "or!ue est5 além da
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"ossibilidade de comunicação como toda lin)ua)em é inerentemente dualista.
$itual Tantrico
A Missa Gnóstica também contém a visão de ser uma encenação de um rito tJntrico. 35 uma
imensa !uantidade de semelhanças entre Tantra e Thelema, incluindo, mas não limitadas a: a visão
do cor"o como DbomC e 'til "ara a reali&ação, a visão do cor"o como um microcosmo do Hniverso,
vendo o mundo não como maa ou ilusão, mas como o /o)o do "oder de 9eus, a visuali&ação de si
mesmo como divindade, a transcend#ncia de moralidade e ética comum, et cetera.
8o Tantra, h5 al)o chamado de DGrande 6itualC ou o D6itual 4ecretoC, !ue envolve o uso do vinho
0Mada1 e da união se(ual 0maithuna1. 4oa $amiliarO 35 Dmão es!uerdaC tJntricas !ue realmente se
envolvem em relaçes se(uais e DdireitaC tJntricas !ue só se envolve em relaçes se(uais
simbolicamente 0com a união se(ual em si sendo simbólico, bem como a visuali&ação de união
se(ual1.
4hiva é a 9ivindade sem $orma, imóvel !ue est5 além de todas as $ormas e e("ressão, e 4hati é o"oder de 9eus !ue, !uando e("ressa em $orma e movimento; é muito semelhante aos conceitos de
Tao 04hiva1 e de Teh 04hati1. 4hati é $re!uentemente identi$icado com >undalini, re$orçada na
missa "ela 4acerdotisa com tr#s cBrculos e meio Pao redor do Tem"lo re$letindo a ser"ente >undalini
enrolada \ ve&es e meia em torno da base da es"inha de cada indivBduo. 2uriosamente, sBmbolo da
4hati é a de um triJn)ulo com o vértice "ara bai(o, !ue é o sBmbolo de 6a?3oor?>huit e o sinal
dado "ela 4acerdotisa !uando ela é levantada "ela "rimeira ve& ao altar?mor. A 4acerdotisa não se
torna a"enas uma mulher, mas a mulher Absoluta !uando levantada "ara o altar?mor, e ela se torna
4hati des"rovida de todas as $ormas "articulares no des"o/amento de toda a rou"a.
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-sta sus"ensão da dualidade ocorre durante o #(tase erótico de união, liberando est5 D$orçaC deArdhanarishvara ou