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Padrões internacionais de combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo e da proliferação As recomendações do GAFI Para avaliar ao cumprimento técnico às recomendações do GAFI e a efevidade dos sistemas anlavagem de dinheiro/contra o financiamento do terrorismo Metodologia Pág.5 Pág.195 1

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Padres internacionais de combate lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo e da proliferao

As recomendaes do GAFI

Para avaliar ao cumprimento tcnico s recomendaes do GAFI e a efetividade dos sistemas antilavagem de dinheiro/contra o financiamento do terrorismo

Metodologia

Pg.5

Pg.195

1

2

A lavagem de dinheiro um tema que tem merecido ateno prioritria da Acrefi. H anos a entidade promove debates e seminrios sobre o assunto, que consideramos vital no s para o setor financeiro, mas para toda a sociedade. Para esses encontros, temos trazido especialistas para debater com nosso segmento a preveno lavagem de dinheiro, tanto pelo lado da legislao e regulao quanto do ponto de vista tico.

com base nessa postura, com grande satisfao que apoiamos a iniciativa do cOAf (conse-lho de controle de Atividades financeiras) de publicar este livro, que contm as recomendaes do GAfi e a Metodologia de Avaliao. Trata-se de um guia para que se faa a efetiva implantao de medidas legais, regulatrias e operacionais para combater no s a lavagem de dinheiro, mas tambm o financiamento do terrorismo e a proliferao de armas de destruio em massa.

O GAfi elabora globalmente padres para as medidas que combatem essas ameaas, que j so adotados por mais de 180 pases. esses parmetros revisados pelo GAfi do fora s salvaguardas globais e protegem a integridade do sistema financeiro.

Assim, a Acrefi sente-se honrada de apoiar essa iniciativa que tanto colabora para que pos-samos, todos ns, alcanar o objetivo maior que viver em um mundo melhor e mais seguro.

Boa leitura!

Hilgo Gonalves Presidente da ACREFI

Bastante divulgadas e conhecidas nos meios tcnicos, as 40 recomendaes do Grupo de Ao Financeira - GAFI desenham as grandes linhas para o desenvolvimento de sistemas efica-zes de preveno e combate lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo (PLD/FT).

Aplicadas por mais de 180 pases, o cumprimento dessas recomendaes pode parecer, primeira vista, simples. Entretanto, como diz a sabedoria popular, o diabo est nos detalhes.

Para efetivamente cumprir com as Recomendaes necessrio verificar milhares de aspectos constantes da no to divulgada Metodologia de Avaliao do cumprimento Tcnico das reco-mendaes do GAFI e da Efetividade dos Sistemas de ALD/FT (Metodologia de Avaliao).

com vistas a aumentar a divulgao desse importante guia, para todos os que se dedicam a esse apaixonante tema, foi preparada a edio deste livro com a traduo das 40 recomen-daes e da Metodologia de Avaliao, que contou com o inestimvel apoio da Associao Nacional das instituies de crdito, financiamento e investimento Acrefi.

Acredito que ser uma ferramenta til para aperfeioar cada vez mais o sistema brasi-leiro de PLD/FT.

Antonio Gustavo Rodrigues Presidente do COAF

3

Traduo feita por Deborah Salles e revisada por Aline Bispo sob a coordenao do conselho de controle de Atividades financeiras (cOAf)

Esta traduo destina-se apenas a fins de trabalho. Qualquer dvida de interpretao deve ser resolvida tendo por referncia a verso oficial em lngua inglesa do documento International Standards on Com-bating Money Laundering and the Financing of Terrorism & Prolifer-ation publicado pelo GAfi.

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AS RECOMENDAES DO GAFI

Padres internacionais de combate lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo e da proliferao

5

Aprovadas e adotadas em 15 de fevereiro de 2012

Padres internacionais de combate lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo e da proliferao

As recomendaes do GAFI

6

ndICE

ApresentAo ListA dAs recomendAes do GAfiintroduorecomendAes do GAfinotAs interpretAtivAsNotA sobre A bAse LegAL dAs obrigAes pArA instituies finAnceirAs e APnFDsgLossrio gerALtAbeLA de sigLAsAnexo: documentos de orientAo do GAfi

912141850

165168192193

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AS RECOMENDAES DO GAFI

Padres internacionais de combate lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo e da proliferao

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APRESEnTAOAs 40 recomendaes do GAfi constituem-se como um guia para que os pases adotem pa-dres e promovam a efetiva implementao de medidas legais, regulatrias e operacionais para combater a lavagem de dinheiro, ao financiamento do terrorismo e o financiamento da prolifer-ao, alm de outras ameaas integridade do sistema financeiro relacionadas a esses crimes.

A lavagem de dinheiro, o financiamento do terrorismo e o financiamento da proliferao de armas de destruio em massa (ADM) so graves ameaas segurana, ao crescimento e in-tegridade do sistema financeiro. O GAFI o elaborador global de padres para as medidas que combatem essas ameaas. Os padres desse grupo internacional (as recomendaes do GAfi) so adotados por mais de 180 pases, por meio de uma rede global de organizaes regionais de preveno lavagem de dinheiro e combate ao financiamento do terrorismo. Os padres revisados pelo GAfi fortalecero as salvaguardas globais e protegero a integridade do sistema financeiro.

Os padres do GAfi foram revisados para aumentar as exigncias em situaes de alto risco e permitir que os pases adotem posturas mais objetivas e focadas para esses riscos. A reviso das recomendaes busca alcanar o equilbrio:

As exigncias foram especificamente fortalecidas nas reas de maior risco ou naquelas em que a implementao pode ser melhorada. foram expandidas para incluir novas ameaas, como o financiamento da proliferao de armas de destruio em massa, alm de serem mais claras com relao transparncia e mais rgidas contra a corrupo.

no entanto, so tambm mais detalhadas h mais flexibilidade para medidas simples a serem aplicadas em reas de baixo risco. A a bordagem baseada em risco permitir que as instituies financeiras e atividades e profisses no-financeiras designadas (APnFDs) apliquem seus re-cursos em reas de maior risco.

As recomendaes GAfi so a base para que todos os pases atinjam o objetivo comum de atacar a lavagem de dinheiro, o financiamento do terrorismo e o financia-mento da proliferao. O GAfi insta que todos os pases efetivamente implementem essas medidas em seus sistemas nacionais.

MudAnAS-CHAvE nOS PAdRES

A abordagem baseada em risco: Os pases precisam entender claramente os riscos da lavagem de dinheiro que os afetam e adaptar seus sistemas de PLD/CFT para tratar a natureza desses riscos com medidas acentuadas onde os riscos forem maiores e a opo de medidas simplificadas onde forem menores. na abordagem baseada em ris-co, os pases podero direcionar com mais eficincia seus recursos e aplicar medidas preventivas que correspondam aos riscos de setores ou atividades especficos. Uma boa implementao da abordagem baseada em risco se transforma em um sistema PLD/CFT mais eficiente e barato.

AS RECOMENDAES DO GAFI

Padres internacionais de combate lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo e da proliferao

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Transparncia: A falta de transparncia com relao titularidade e controle de pessoas jurdi-cas e outras estruturas ou com relao s partes responsveis por transferncias eletrnicas faz com que sejam vulnerveis ao uso indevido por criminosos e terroristas. O GAfi aumentou as exigncias de transparncia, o que significa exigir que haja informaes confiveis disponveis a respeito da propriedade beneficiria e controle das empresas, trustes e outras pessoas jurdi-cas e estruturas. Significa tambm exigncias mais rigorosas sobre as informaes que devem acompanhar as transferncias eletrnicas de recursos. As medidas que aumentam a transparn-cia, se implementadas de forma global, dificultaro a ocultao de atividades de criminosos e terroristas.

Cooperao Internacional: Com a crescente globalizao das ameaas da lavagem de din-heiro e do financiamento do terrorismo, o GAFI tambm aumentou o alcance da cooperao internacional entre agncias governamentais e entre grupos financeiros. As Recomendaes revisadas traro mais eficincia para trocas de informaes, rastreamento, bloqueios, confiscos e repatriao de bens ilegais.

Padres Operacionais: as Recomendaes GAFI que tratam do cumprimento da lei e das Uni-dades de inteligncia financeira foram amplamente revisadas. As revises esclarecem o papel e as funes das agncias operacionais responsveis pelo combate lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo, alm de definir o alcance das tcnicas e poderes investigativos disponveis.

novas Ameaas e novas Prioridades: o GAfi est tratando novas e mais graves ameaas, em resposta s prioridades definidas pela comunidade internacional, em especial o G-20. Os principais problemas tratados so:

- Financiamento da Proliferao A proliferao de armas de destruio em massa uma importante questo de segurana, e medidas financeiras podem ser uma maneira efetiva de com-bater essa ameaa. O GAfi adotou uma nova recomendao que tem como objetivo garantir a implementao consistente e efetiva de sanes financeiras especficas quando solicitadas pelo Conselho de Segurana da OnU.

- Corrupo e Pessoas Expostas Politicamente as recomendaes GAfi aumentam as exigncias sobre pessoas politicamente expostas que podem representar um risco maior de corrupo devido s posies que ocupam. A exigncia de aplicar diligncia devida melhora-da a pessoas politicamente expostas estrangeiras foi expandida com as exigncias aplicadas a pessoas politicamente expostas nacionais e organizaes internacionais, alm da famlia e associados prximos de todas as pessoas politicamente expostas refletindo os mtodos usados por oficiais corruptos e cleptocratas para lavar os produtos da corrupo.

- Crimes Fiscais a lista de crimes antecedentes da lavagem de dinheiro foi expandida para incluir os crimes fiscais. Isso far com que os produtos de crimes fiscais estejam dentro do es-copo dos poderes e autoridades usados para combater a lavagem de dinheiro, o que contribuir para uma melhor coordenao entre as autoridades de PLD/CFT e autoridades fiscais, alm de eliminar potenciais obstculos cooperao internacional em matria de crimes fiscais.

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- Financiamento do Terrorismo O financiamento do terrorismo continua sendo uma sria preocupao para a comunidade internacional e permanece como um dos principais focos dos Padres GAFI. As nove Recomendaes Especiais do GAFI sobre financiamento do terrorismo foram completamente integradas s novas Recomendaes, refletindo o fato de que o financia-mento do terrorismo uma preocupao de longa data e as fortes ligaes entre medidas de pre-veno lavagem de dinheiro e medidas para combater o financiamento do terrorismo.

- Mais Claras e Simples o GAFI atualizou suas recomendaes para refletir as mudanas no setor financeiro (por exemplo, definindo exigncias mais claras para grupos financeiros) e aplicar a experincia adquirida na implementao das recomendaes do GAfi pelos pases (por exem-plo, esclarecendo as exigncias de diligncia devida ao cliente em pases que tiveram dificuldades prticas com a implementao).

- Inclusivas As Recomendaes do GAFI foram atualizadas para responder s questes le-vantadas pelo setor privado e pela sociedade civil, e as revises foram desenvolvidas a partir de extensivas consultas pblicas.

- Implementao o GAfi iniciou em 2014 uma nova rodada de avaliaes das recomendaes em seus pases-membro e se concentrar em avaliar se os pases efetivamente implementaram os Padres.

As Recomendaes do GAFI exigem que todos os pases possuam sistemas eficientes de pre-veno e combate lavagem de dinheiro, ao financiamento do terrorismo e ao financiamento da proliferao. As recomendaes definem as medidas que os pases devem adotar em seus sistemas regulatrios e de justia criminal, as medidas para garantir transparncia com relao titulari-dade de pessoas jurdicas e outras estruturas, o estabelecimento de autoridades competentes com funes apropriadas, poderes e mecanismos de cooperao e acordos de cooperao com outros pases.

As recomendaes do GAfi estabelecem requisitos claros, suportados por avaliaes rigorosas e objetivas de como foram implementadas as exigncias nos sistemas ALD/CFT de cada pas, por meio de Avaliaes Mtuas. O GAfi tambm possui um mecanismo rgido de acompanhamento e cumprimento, com sanes para os pases que deixam de implementar medidas adequadas. O GAfi promoveu uma profunda mudana nos esforos globais de combate lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo:

Em quase todos os pases, sistemas ALD/CFT j foram estabelecidos ou esto no processo de estabelecimento especificamente (desde 2003), nos pases em desenvolvimento, fortalecendo suas prprias defesas contra o crime e a corrupo e construindo um sistema global ALD/CFT.

A rede global do GAfi se expandiu o GAfi trabalha com uma rede global de oito grupos re-gionais, por meio dos quais os pases de cada regio avaliam a implementao dos Padres GAfi e trabalham contra as ameaas regionais de lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo.

As Avaliaes Mtuas e relatrios de Acompanhamento do GAfi permitiro mostrar melhoras consistentes em todos os pases que foram avaliados.

AS RECOMENDAES DO GAFI

Padres internacionais de combate lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo e da proliferao

11

4

JuRdICAS E OuTRAS ESTRuTuRAS JuRdICAS 24 r.33 Transparncia e propriedade de pessoas jurdicas 25 r.34 Transparncia e propriedade de outras estruturas jurdicas F POdERES E RESPOnSABILIdAdES dE AuTORIdAdES

COMPETEnTES E OuTRAS MEdIdAS InSTITuCIOnAIS Regulao e Superviso 26 r.23 regulao e superviso de instituies financeiras* 27 r.29 Poderes dos supervisores 28 r.24 Regulao e superviso das APnFDs Autoridades Operacionais e de Aplicao da Lei 29 r.26 Unidades de inteligncia financeira* 30 r.27 responsabilidades das autoridades de investigao e de aplicao da

lei* 31 r.28 Poderes das autoridades de investigao e de aplicao da lei 32 re iX Transportadores de valores Obrigaes Gerais 33 r.32 estatsticas 34 r.25 Orientaes e retroalimentao (feedback) Sanes 35 r.17 Sanes G COOPERAO InTERnACIOnAL 36 r.35 e re i instrumentos internacionais 37 r.36 e re V Assistncia jurdica mtua 38 r.38 Assistncia jurdica mtua: congelamento e confisco* 39 r.39 extradio 40 r.40 Outras formas de cooperao internacional*

A coluna nmero anterior refere-se correspondente Recomendao do GAFI da

verso de 2003.

As recomendaes marcadas com um asterisco possuem notas interpretativas, que devem

ser lidas em conjunto com a recomendao.

Verso adotada em 15 de fevereiro de 2012.

3

AS RECOMEndAES dO GAFI

Nmero Nmero anterior A POLTICAS E COORdEnAO ALd/CFT 1 - Avaliao de riscos e aplicao de uma abordagem baseada no risco* 2 r.31 cooperao e coordenao Nacional B LAvAGEM dE dInHEIRO E COnFISCO 3 r.1 e r.2 crime de lavagem de dinheiro* 4 r.3 confisco e medidas cautelares* C FInAnCIAMEnTO dO TERRORISMO E FInAnCIAMEnTO dA

PROLIFERAO 5 re ii crime de financiamento do terrorismo* 6 re iii Sanes financeiras especficas relativas ao terrorismo e ao

financiamento do terrorismo* 7 Sanes financeiras especficas relativas proliferao* 8 re Viii Organizaes sem fins lucrativos* d MEdIdAS PREvEnTIvAS 9 r.4 Leis de sigilo bancrio Devida diligncia acerca do cliente e manuteno de registros 10 r.5 Devida diligncia acerca do cliente* 11 r.10 Manuteno de registros Medidas adicionais para clientes e atividades especficos 12 r.6 Pessoas expostas politicamente* 13 r.7 correspondente bancrio* 14 re Vi Servios de transferncia de dinheiro/valores* 15 r.8 Novas tecnologias 16 re Vii Transferncias eletrnicas* Recurso a terceiros, controles e grupos financeiros 17 r.9 recurso a terceiros* 18 r.15 e r.22 controles internos e filiais e subsidirias estrangeiras* 19 r.21 Pases de alto risco* Comunicao de operaes suspeitas 20 r.13 e re iV comunicao de operaes suspeitas 21 r.14 revelao (tipping-off) e confidencialidade Atividades e Profisses No-Financeiras Designadas (APNFDs) 22 r.12 APnFDs: Devida diligncia acerca do cliente* 23 r.16 APnFDs: Outras medidas* E TRAnSPARnCIA E PROPRIEdAdE EFETIvA dE PESSOAS

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JuRdICAS E OuTRAS ESTRuTuRAS JuRdICAS 24 r.33 Transparncia e propriedade de pessoas jurdicas 25 r.34 Transparncia e propriedade de outras estruturas jurdicas F POdERES E RESPOnSABILIdAdES dE AuTORIdAdES

COMPETEnTES E OuTRAS MEdIdAS InSTITuCIOnAIS Regulao e Superviso 26 r.23 regulao e superviso de instituies financeiras* 27 r.29 Poderes dos supervisores 28 r.24 Regulao e superviso das APnFDs Autoridades Operacionais e de Aplicao da Lei 29 r.26 Unidades de inteligncia financeira* 30 r.27 responsabilidades das autoridades de investigao e de aplicao da

lei* 31 r.28 Poderes das autoridades de investigao e de aplicao da lei 32 re iX Transportadores de valores Obrigaes Gerais 33 r.32 estatsticas 34 r.25 Orientaes e retroalimentao (feedback) Sanes 35 r.17 Sanes G COOPERAO InTERnACIOnAL 36 r.35 e re i instrumentos internacionais 37 r.36 e re V Assistncia jurdica mtua 38 r.38 Assistncia jurdica mtua: congelamento e confisco* 39 r.39 extradio 40 r.40 Outras formas de cooperao internacional*

A coluna nmero anterior refere-se correspondente Recomendao do GAFI da

verso de 2003.

As recomendaes marcadas com um asterisco possuem notas interpretativas, que devem

ser lidas em conjunto com a recomendao.

Verso adotada em 15 de fevereiro de 2012.

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AS RECOMEndAES dO GAFI

Nmero Nmero anterior A POLTICAS E COORdEnAO ALd/CFT 1 - Avaliao de riscos e aplicao de uma abordagem baseada no risco* 2 r.31 cooperao e coordenao Nacional B LAvAGEM dE dInHEIRO E COnFISCO 3 r.1 e r.2 crime de lavagem de dinheiro* 4 r.3 confisco e medidas cautelares* C FInAnCIAMEnTO dO TERRORISMO E FInAnCIAMEnTO dA

PROLIFERAO 5 re ii crime de financiamento do terrorismo* 6 re iii Sanes financeiras especficas relativas ao terrorismo e ao

financiamento do terrorismo* 7 Sanes financeiras especficas relativas proliferao* 8 re Viii Organizaes sem fins lucrativos* d MEdIdAS PREvEnTIvAS 9 r.4 Leis de sigilo bancrio Devida diligncia acerca do cliente e manuteno de registros 10 r.5 Devida diligncia acerca do cliente* 11 r.10 Manuteno de registros Medidas adicionais para clientes e atividades especficos 12 r.6 Pessoas expostas politicamente* 13 r.7 correspondente bancrio* 14 re Vi Servios de transferncia de dinheiro/valores* 15 r.8 Novas tecnologias 16 re Vii Transferncias eletrnicas* Recurso a terceiros, controles e grupos financeiros 17 r.9 recurso a terceiros* 18 r.15 e r.22 controles internos e filiais e subsidirias estrangeiras* 19 r.21 Pases de alto risco* Comunicao de operaes suspeitas 20 r.13 e re iV comunicao de operaes suspeitas 21 r.14 revelao (tipping-off) e confidencialidade Atividades e Profisses No-Financeiras Designadas (APNFDs) 22 r.12 APnFDs: Devida diligncia acerca do cliente* 23 r.16 APnFDs: Outras medidas* E TRAnSPARnCIA E PROPRIEdAdE EFETIvA dE PESSOAS

AS RECOMENDAES DO GAFI

Padres internacionais de combate lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo e da proliferao

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6

estabelecer poderes e responsabilidades para as autoridades competentes (por

exemplo: autoridades investigativas, policiais e fiscalizadoras) e outras medidas

institucionais;

aumentar a transparncia e a disponibilidade das informaes sobre propriedade

de pessoas jurdicas e de outras estruturas jurdicas;

facilitar a cooperao internacional.

As Quarenta Recomendaes do GAfi originais foram criadas em 1990 como iniciativa

para combater o uso indevido dos sistemas financeiros por pessoas que queriam lavar o

dinheiro proveniente do trfico de drogas. em 1996, as recomendaes foram revisadas

pela primeira vez para refletir as novas tendncias e tcnicas de lavagem de dinheiro e para

ampliar o escopo das recomendaes para alm da lavagem de dinheiro relacionada

somente a drogas. em outubro de 2001, o GAfi expandiu seu mandato para tratar tambm

da questo do financiamento dos atos e organizaes terroristas, e deu o importante passo

ao criar as Oito (posteriormente expandidas para Nove) recomendaes especiais sobre

financiamento do Terrorismo. As recomendaes do GAfi foram revisadas pela segunda

vez em 2003, e essas, juntamente com as recomendaes especiais, foram adotadas por

mais de 180 pases, sendo reconhecidas universalmente como o padro internacional

antilavagem de dinheiro e de combate ao financiamento do terrorismo (ALD/CFT).

Aps a concluso da terceira rodada de avaliaes mtuas de seus membros, o GAfi

revisou e atualizou suas recomendaes, em estreita cooperao com os grupos regionais ao

estilo GAfi (FATF style regional bodies FSRBs) e outras organizaes observadoras,

como o fundo Monetrio Internacional, o Banco Mundial e a Organizao das Naes

Unidas. As revises tratam de novas ameaas, esclarecem e reforam muitas das obrigaes

j existentes, mantendo a estabilidade e o rigor necessrios nas recomendaes.

5

InTROduO

O Grupo de Ao financeira (GAfi) uma entidade intergovernamental criada em 1989

pelos ministros das jurisdies membros. A funo do GAfi definir padres e promover a

efetiva implementao de medidas legais, regulatrias e operacionais para combater a

lavagem de dinheiro, o financiamento do terrorismo e o financiamento da proliferao,

alm de outras ameaas integridade do sistema financeiro internacional relacionadas a

esses crimes. em colaborao com outros atores internacionais, o GAfi tambm trabalha

para identificar vulnerabilidades nacionais com o objetivo de proteger o sistema financeiro

internacional do uso indevido.

As recomendaes do GAfi estabelecem um sistema abrangente e consistente de medidas

que os pases devem adotar para combater a lavagem de dinheiro e o financiamento do

terrorismo, bem como do financiamento da proliferao de armas de destruio em massa.

Os pases possuem sistemas legais, administrativos e operacionais diversos e diferentes

sistemas financeiros e, dessa forma, no podem todos tomar medidas idnticas para

combater as ameaas. As recomendaes do GAfi, portanto, estabelecem um padro

internacional que os pases devem adotar por meio de medidas adaptadas s suas

circunstncias particulares. As recomendaes do GAfi definem as medidas essenciais

que os pases devem adotar para:

identificar os riscos e desenvolver polticas e coordenao domstica;

combater a lavagem de dinheiro, o financiamento do terrorismo e o

financiamento da proliferao;

aplicar medidas preventivas para o setor financeiro e outros setores designados;

14

6

estabelecer poderes e responsabilidades para as autoridades competentes (por

exemplo: autoridades investigativas, policiais e fiscalizadoras) e outras medidas

institucionais;

aumentar a transparncia e a disponibilidade das informaes sobre propriedade

de pessoas jurdicas e de outras estruturas jurdicas;

facilitar a cooperao internacional.

As Quarenta Recomendaes do GAfi originais foram criadas em 1990 como iniciativa

para combater o uso indevido dos sistemas financeiros por pessoas que queriam lavar o

dinheiro proveniente do trfico de drogas. em 1996, as recomendaes foram revisadas

pela primeira vez para refletir as novas tendncias e tcnicas de lavagem de dinheiro e para

ampliar o escopo das recomendaes para alm da lavagem de dinheiro relacionada

somente a drogas. em outubro de 2001, o GAfi expandiu seu mandato para tratar tambm

da questo do financiamento dos atos e organizaes terroristas, e deu o importante passo

ao criar as Oito (posteriormente expandidas para Nove) recomendaes especiais sobre

financiamento do Terrorismo. As recomendaes do GAfi foram revisadas pela segunda

vez em 2003, e essas, juntamente com as recomendaes especiais, foram adotadas por

mais de 180 pases, sendo reconhecidas universalmente como o padro internacional

antilavagem de dinheiro e de combate ao financiamento do terrorismo (ALD/CFT).

Aps a concluso da terceira rodada de avaliaes mtuas de seus membros, o GAfi

revisou e atualizou suas recomendaes, em estreita cooperao com os grupos regionais ao

estilo GAfi (FATF style regional bodies FSRBs) e outras organizaes observadoras,

como o fundo Monetrio Internacional, o Banco Mundial e a Organizao das Naes

Unidas. As revises tratam de novas ameaas, esclarecem e reforam muitas das obrigaes

j existentes, mantendo a estabilidade e o rigor necessrios nas recomendaes.

5

InTROduO

O Grupo de Ao financeira (GAfi) uma entidade intergovernamental criada em 1989

pelos ministros das jurisdies membros. A funo do GAfi definir padres e promover a

efetiva implementao de medidas legais, regulatrias e operacionais para combater a

lavagem de dinheiro, o financiamento do terrorismo e o financiamento da proliferao,

alm de outras ameaas integridade do sistema financeiro internacional relacionadas a

esses crimes. em colaborao com outros atores internacionais, o GAfi tambm trabalha

para identificar vulnerabilidades nacionais com o objetivo de proteger o sistema financeiro

internacional do uso indevido.

As recomendaes do GAfi estabelecem um sistema abrangente e consistente de medidas

que os pases devem adotar para combater a lavagem de dinheiro e o financiamento do

terrorismo, bem como do financiamento da proliferao de armas de destruio em massa.

Os pases possuem sistemas legais, administrativos e operacionais diversos e diferentes

sistemas financeiros e, dessa forma, no podem todos tomar medidas idnticas para

combater as ameaas. As recomendaes do GAfi, portanto, estabelecem um padro

internacional que os pases devem adotar por meio de medidas adaptadas s suas

circunstncias particulares. As recomendaes do GAfi definem as medidas essenciais

que os pases devem adotar para:

identificar os riscos e desenvolver polticas e coordenao domstica;

combater a lavagem de dinheiro, o financiamento do terrorismo e o

financiamento da proliferao;

aplicar medidas preventivas para o setor financeiro e outros setores designados;

AS RECOMENDAES DO GAFI

Padres internacionais de combate lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo e da proliferao

15

8

estabelecidas nos padres do GAfi deveriam ser implementadas por todos os membros do

GAfi e dos grupos regionais, e sua implementao ser rigorosamente avaliada por meio

de processos de avaliao mtua e pelos processos de avaliao do fundo Monetrio

internacional e do Banco Mundial baseados na metodologia comum de avaliao do

GAfi. Algumas notas interpretativas e definies presentes no glossrio incluem exemplos

que ilustram como as exigncias podem ser aplicadas. Os exemplos no so elementos

obrigatrios nos padres do GAfi e esto includos apenas como forma de orientao, sem

a inteno de ser abrangentes, apesar de serem indicadores teis, podendo no ser

relevantes em todas as circunstncias.

O GAfi tambm produz manuais de orientao e de melhores prticas e outros guias para

auxiliar os pases a implementarem os padres do GAfi. esses outros documentos no so

obrigatrios na avaliao do cumprimento dos padres, mas podem ser teis para que os

pases os levem em considerao ao implementar, da melhor maneira possvel, os padres

do GAfi. encontra-se anexa s recomendaes uma lista dos manuais e documentos de

melhores prticas atuais do GAfi, tambm disponveis no endereo eletrnico do GAfi.

O GAfi tem o compromisso de manter um dilogo estreito e construtivo com o setor

privado, com a sociedade civil e com outras partes interessadas, todos parceiros importantes

para garantir a integridade do sistema financeiro. A reviso das recomendaes envolveu

consultas extensivas e tirou proveito dos comentrios e sugestes feitos por esses atores.

indo adiante e de acordo com seu mandato, o GAfi continuar a considerar mudanas aos

padres, conforme apropriado, luz de novas informaes sobre novas ameaas e

vulnerabilidades ao sistema financeiro global.

O GAfi convoca todos os pases a adotarem medidas efetivas para que seus sistemas

nacionais de combate lavagem de dinheiro, ao financiamento do terrorismo e da

proliferao estejam em conformidade com as recomendaes do GAfi revisadas.

7

Os padres do GAfi tambm foram revisados para reforar as exigncias quanto a

situaes de maior risco e permitir que os pases adotem medidas mais especficas em reas

em que os riscos permaneam altos ou onde a implementao possa ser reforada. Os

pases primeiramente deveriam identificar, avaliar e compreender os riscos de lavagem de

dinheiro e financiamento do terrorismo que enfrentam, para, ento, adotar medidas

apropriadas para mitigar tais riscos. A abordagem baseada no risco permite que os pases,

dentro das exigncias do GAfi, adotem um conjunto mais flexvel de medidas para

direcionar mais efetivamente seus recursos e aplicar medidas preventivas que sejam

proporcionais natureza dos riscos para concentrar seus esforos da maneira mais eficiente

possvel.

O combate ao financiamento do terrorismo um grande desafio. em geral, um sistema

ALD/CFT efetivo uma ferramenta importante para enfrentar o financiamento do

terrorismo. e grande parte das medidas que antes focavam somente nessa questo est

agora integrada s recomendaes revisadas, o que elimina a necessidade de

recomendaes especiais. No entanto, algumas recomendaes tratam especificamente do

financiamento do terrorismo, presentes na Seo c das recomendaes do GAfi. So elas:

Recomendao 5 (criminalizao do financiamento do terrorismo), recomendao 6

(sanes financeiras especficas relativas ao terrorismo e ao financiamento do terrorismo) e

recomendao 8 (medidas para prevenir o uso indevido de organizaes sem fins

lucrativos). A proliferao de armas de destruio em massa tambm uma grande

preocupao de segurana, e, em 2008, o mandato do GAfi foi expandido para tratar

tambm do financiamento da proliferao de armas de destruio em massa. Para combater

essa ameaa, o GAfi adotou uma nova recomendao (recomendao 7), que tem como

objetivo garantir a implementao consistente e efetiva de sanes financeiras especficas

quando forem exigidas pelo Conselho de Segurana da OnU.

Os padres do GAfi so compostos pelas prprias recomendaes e suas notas

interpretativas, em conjunto com as definies aplicveis do glossrio. As medidas

16

8

estabelecidas nos padres do GAfi deveriam ser implementadas por todos os membros do

GAfi e dos grupos regionais, e sua implementao ser rigorosamente avaliada por meio

de processos de avaliao mtua e pelos processos de avaliao do fundo Monetrio

internacional e do Banco Mundial baseados na metodologia comum de avaliao do

GAfi. Algumas notas interpretativas e definies presentes no glossrio incluem exemplos

que ilustram como as exigncias podem ser aplicadas. Os exemplos no so elementos

obrigatrios nos padres do GAfi e esto includos apenas como forma de orientao, sem

a inteno de ser abrangentes, apesar de serem indicadores teis, podendo no ser

relevantes em todas as circunstncias.

O GAfi tambm produz manuais de orientao e de melhores prticas e outros guias para

auxiliar os pases a implementarem os padres do GAfi. esses outros documentos no so

obrigatrios na avaliao do cumprimento dos padres, mas podem ser teis para que os

pases os levem em considerao ao implementar, da melhor maneira possvel, os padres

do GAfi. encontra-se anexa s recomendaes uma lista dos manuais e documentos de

melhores prticas atuais do GAfi, tambm disponveis no endereo eletrnico do GAfi.

O GAfi tem o compromisso de manter um dilogo estreito e construtivo com o setor

privado, com a sociedade civil e com outras partes interessadas, todos parceiros importantes

para garantir a integridade do sistema financeiro. A reviso das recomendaes envolveu

consultas extensivas e tirou proveito dos comentrios e sugestes feitos por esses atores.

indo adiante e de acordo com seu mandato, o GAfi continuar a considerar mudanas aos

padres, conforme apropriado, luz de novas informaes sobre novas ameaas e

vulnerabilidades ao sistema financeiro global.

O GAfi convoca todos os pases a adotarem medidas efetivas para que seus sistemas

nacionais de combate lavagem de dinheiro, ao financiamento do terrorismo e da

proliferao estejam em conformidade com as recomendaes do GAfi revisadas.

7

Os padres do GAfi tambm foram revisados para reforar as exigncias quanto a

situaes de maior risco e permitir que os pases adotem medidas mais especficas em reas

em que os riscos permaneam altos ou onde a implementao possa ser reforada. Os

pases primeiramente deveriam identificar, avaliar e compreender os riscos de lavagem de

dinheiro e financiamento do terrorismo que enfrentam, para, ento, adotar medidas

apropriadas para mitigar tais riscos. A abordagem baseada no risco permite que os pases,

dentro das exigncias do GAfi, adotem um conjunto mais flexvel de medidas para

direcionar mais efetivamente seus recursos e aplicar medidas preventivas que sejam

proporcionais natureza dos riscos para concentrar seus esforos da maneira mais eficiente

possvel.

O combate ao financiamento do terrorismo um grande desafio. em geral, um sistema

ALD/CFT efetivo uma ferramenta importante para enfrentar o financiamento do

terrorismo. e grande parte das medidas que antes focavam somente nessa questo est

agora integrada s recomendaes revisadas, o que elimina a necessidade de

recomendaes especiais. No entanto, algumas recomendaes tratam especificamente do

financiamento do terrorismo, presentes na Seo c das recomendaes do GAfi. So elas:

Recomendao 5 (criminalizao do financiamento do terrorismo), recomendao 6

(sanes financeiras especficas relativas ao terrorismo e ao financiamento do terrorismo) e

recomendao 8 (medidas para prevenir o uso indevido de organizaes sem fins

lucrativos). A proliferao de armas de destruio em massa tambm uma grande

preocupao de segurana, e, em 2008, o mandato do GAfi foi expandido para tratar

tambm do financiamento da proliferao de armas de destruio em massa. Para combater

essa ameaa, o GAfi adotou uma nova recomendao (recomendao 7), que tem como

objetivo garantir a implementao consistente e efetiva de sanes financeiras especficas

quando forem exigidas pelo Conselho de Segurana da OnU.

Os padres do GAfi so compostos pelas prprias recomendaes e suas notas

interpretativas, em conjunto com as definies aplicveis do glossrio. As medidas

AS RECOMENDAES DO GAFI

Padres internacionais de combate lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo e da proliferao

17

10

2. Cooperao e coordenao nacional

Os pases deveriam ter polticas ALD/CFT informadas pelos riscos identificados, que

devem ser regularmente revisadas, e deveriam designar uma autoridade ou possuir um

mecanismo de coordenao ou outro mecanismo que seja responsvel por tais polticas.

Os pases deveriam assegurar-se de que os formuladores de polticas, a unidade de

inteligncia financeira (UIF), as autoridades de aplicao da lei, supervisoras e outras

autoridades competentes relevantes, nos nveis operacional e de formulao de

polticas, possuam mecanismos efetivos que permitam a cooperao e, quando

apropriado, a coordenao domstica a respeito do desenvolvimento e da

implementao de polticas e atividades de combate lavagem de dinheiro, ao

financiamento do terrorismo e ao financiamento da proliferao de armas de destruio

em massa.

9

RECOMEndAES dO GAFI

A. POLTICAS E COORdEnAO ALd/CFT

1. Avaliao de riscos e aplicao de uma abordagem baseada no risco*

Os pases devem identificar, avaliar e compreender os riscos de lavagem de dinheiro e

financiamento do terrorismo para o pas, e tomar medidas, inclusive designando uma

autoridade ou mecanismo para coordenar as aes de avaliao de riscos, e aplicar

recursos com o objetivo de garantir que os riscos sejam efetivamente mitigados. com

base nessa avaliao, os pases devem aplicar uma abordagem baseada no risco (ABr)

para garantir que as medidas de preveno ou mitigao da lavagem de dinheiro e do

financiamento do terrorismo sejam proporcionais aos riscos identificados. essa

abordagem deve ser um fator essencial para a alocao eficiente de recursos por todo o

regime antilavagem de dinheiro e de combate ao financiamento do terrorismo

(ALD/CFT) e para a implementao das medidas baseadas em risco em todas as

recomendaes do GAFI. Quando os pases identificarem riscos maiores, deveriam se

assegurar de que seu regime ALD/CFT aborda adequadamente esses riscos. Quando

identificarem riscos menores, os pases podero optar por medidas simplificadas para

algumas das recomendaes do GAfi, sob certas condies.

Os pases deveriam exigir que as instituies financeiras e atividades e profisses no-

financeiras designadas (APnFDs) identifiquem, avaliem e adotem medidas efetivas

para mitigar seus riscos de lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo.

18

10

2. Cooperao e coordenao nacional

Os pases deveriam ter polticas ALD/CFT informadas pelos riscos identificados, que

devem ser regularmente revisadas, e deveriam designar uma autoridade ou possuir um

mecanismo de coordenao ou outro mecanismo que seja responsvel por tais polticas.

Os pases deveriam assegurar-se de que os formuladores de polticas, a unidade de

inteligncia financeira (UIF), as autoridades de aplicao da lei, supervisoras e outras

autoridades competentes relevantes, nos nveis operacional e de formulao de

polticas, possuam mecanismos efetivos que permitam a cooperao e, quando

apropriado, a coordenao domstica a respeito do desenvolvimento e da

implementao de polticas e atividades de combate lavagem de dinheiro, ao

financiamento do terrorismo e ao financiamento da proliferao de armas de destruio

em massa.

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RECOMEndAES dO GAFI

A. POLTICAS E COORdEnAO ALd/CFT

1. Avaliao de riscos e aplicao de uma abordagem baseada no risco*

Os pases devem identificar, avaliar e compreender os riscos de lavagem de dinheiro e

financiamento do terrorismo para o pas, e tomar medidas, inclusive designando uma

autoridade ou mecanismo para coordenar as aes de avaliao de riscos, e aplicar

recursos com o objetivo de garantir que os riscos sejam efetivamente mitigados. com

base nessa avaliao, os pases devem aplicar uma abordagem baseada no risco (ABr)

para garantir que as medidas de preveno ou mitigao da lavagem de dinheiro e do

financiamento do terrorismo sejam proporcionais aos riscos identificados. essa

abordagem deve ser um fator essencial para a alocao eficiente de recursos por todo o

regime antilavagem de dinheiro e de combate ao financiamento do terrorismo

(ALD/CFT) e para a implementao das medidas baseadas em risco em todas as

recomendaes do GAFI. Quando os pases identificarem riscos maiores, deveriam se

assegurar de que seu regime ALD/CFT aborda adequadamente esses riscos. Quando

identificarem riscos menores, os pases podero optar por medidas simplificadas para

algumas das recomendaes do GAfi, sob certas condies.

Os pases deveriam exigir que as instituies financeiras e atividades e profisses no-

financeiras designadas (APnFDs) identifiquem, avaliem e adotem medidas efetivas

para mitigar seus riscos de lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo.

AS RECOMENDAES DO GAFI

Padres internacionais de combate lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo e da proliferao

19

12

conviction based forfeiture), ou que exijam que os criminosos demonstrem a origem lcita dos bens supostamente passveis de confisco, desde que tal exigncia esteja de acordo com os princpios de sua lei domstica.

11

B. LAvAGEM dE dInHEIRO E COnFISCO

3. Crime de lavagem de dinheiro*

Os pases deveriam criminalizar a lavagem de dinheiro com base na Conveno de

Viena e na conveno de Palermo. Os pases deveriam aplicar o crime de lavagem de

dinheiro a todos os crimes graves, de maneira a incluir a maior quantidade possvel de

crimes antecedentes.

4. Confisco e medidas cautelares*

Os pases deveriam adotar medidas semelhantes quelas estabelecidas na conveno de

Viena, na conveno de Palermo e na conveno para Supresso do financiamento do

Terrorismo, inclusive medidas legislativas, para permitir que suas autoridades

competentes possam congelar ou apreender e confiscar, sem prejuzo dos direitos de

terceiros de boa-f: (a) bens lavados; (b) produtos ou instrumentos usados ou com a

inteno de serem empregados em crimes de lavagem de dinheiro ou crimes

antecedentes; (c) bens que sejam produtos ou que tenham sido usados, ou com a

inteno de serem usados ou alocados para uso no financiamento do terrorismo, de atos

ou de organizaes terroristas; ou (d) bens de valor equivalente.

Tais medidas devem incluir autoridade para: (a) identificar, rastrear e avaliar bens que

sejam sujeitos a confisco; (b) adotar medidas cautelares, tais como bloqueio e

apreenso, para prevenir quaisquer negociaes, transferncia ou alienao de tais bens;

(c) tomar medidas para prevenir ou eliminar aes que prejudiquem a capacidade do

pas de bloquear e apreender ou recuperar bens que estejam sujeitos ao confisco; e (d)

adotar medidas investigativas apropriadas.

Os pases deveriam considerar a adoo de medidas que permitam o confisco de tais produtos ou instrumentos sem que seja exigida a condenao criminal prvia (non-

20

12

conviction based forfeiture), ou que exijam que os criminosos demonstrem a origem lcita dos bens supostamente passveis de confisco, desde que tal exigncia esteja de acordo com os princpios de sua lei domstica.

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B. LAvAGEM dE dInHEIRO E COnFISCO

3. Crime de lavagem de dinheiro*

Os pases deveriam criminalizar a lavagem de dinheiro com base na Conveno de

Viena e na conveno de Palermo. Os pases deveriam aplicar o crime de lavagem de

dinheiro a todos os crimes graves, de maneira a incluir a maior quantidade possvel de

crimes antecedentes.

4. Confisco e medidas cautelares*

Os pases deveriam adotar medidas semelhantes quelas estabelecidas na conveno de

Viena, na conveno de Palermo e na conveno para Supresso do financiamento do

Terrorismo, inclusive medidas legislativas, para permitir que suas autoridades

competentes possam congelar ou apreender e confiscar, sem prejuzo dos direitos de

terceiros de boa-f: (a) bens lavados; (b) produtos ou instrumentos usados ou com a

inteno de serem empregados em crimes de lavagem de dinheiro ou crimes

antecedentes; (c) bens que sejam produtos ou que tenham sido usados, ou com a

inteno de serem usados ou alocados para uso no financiamento do terrorismo, de atos

ou de organizaes terroristas; ou (d) bens de valor equivalente.

Tais medidas devem incluir autoridade para: (a) identificar, rastrear e avaliar bens que

sejam sujeitos a confisco; (b) adotar medidas cautelares, tais como bloqueio e

apreenso, para prevenir quaisquer negociaes, transferncia ou alienao de tais bens;

(c) tomar medidas para prevenir ou eliminar aes que prejudiquem a capacidade do

pas de bloquear e apreender ou recuperar bens que estejam sujeitos ao confisco; e (d)

adotar medidas investigativas apropriadas.

Os pases deveriam considerar a adoo de medidas que permitam o confisco de tais produtos ou instrumentos sem que seja exigida a condenao criminal prvia (non-

AS RECOMENDAES DO GAFI

Padres internacionais de combate lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo e da proliferao

21

14

financiamento. As resolues exigem que os pases congelem sem demora os fundos ou

outros ativos, e garantam que no sejam disponibilizados fundos ou outros ativos, direta

ou indiretamente, para ou em benefcio de qualquer pessoa ou entidade designada ou

sob a autoridade do Conselho de Segurana das naes Unidas, nos termos do captulo

VII da Carta das naes Unidas.

8. Organizaes sem fins lucrativos*

Os pases deveriam verificar a adequao de leis e regulamentos relativos a entidades

que possam ser usadas indevidamente para o financiamento do terrorismo. Os pases

deveriam aplicar medidas proporcionais e especficas, dentro da abordagem baseada em

risco, s organizaes sem fins lucrativos para proteg-las contra o financiamento do

terrorismo:

(a) por organizaes terroristas que se passem por entidades legtimas;

(b) para explorar entidades legtimas como canais para o financiamento do

terrorismo, inclusive para fins de escapar de medidas de congelamento de ativos;

(c) para ocultar ou camuflar o desvio clandestino de recursos destinados a fins

legtimos para organizaes terroristas.

13

C. FInAnCIAMEnTO dO TERRORISMO E FInAnCIAMEnTO dA PROLIFERAO

5. Crime de financiamento do terrorismo*

Os pases deveriam criminalizar o financiamento do terrorismo com base na Conveno

Internacional para a Supresso do Financiamento do Terrorismo, e criminalizar no

apenas o financiamento de atos terroristas, mas tambm o financiamento de

organizaes terroristas e terroristas individuais, mesmo na ausncia de relao com um

ato ou atos terroristas especficos. Os pases deveriam garantir que tais crimes sejam

considerados crimes antecedentes da lavagem de dinheiro.

6. Sanes financeiras especficas relacionadas ao terrorismo e seu financiamento*

Os pases deveriam adotar regimes de sanes financeiras especficas para cumprir as

resolues do Conselho de Segurana das naes Unidas relativas preveno e

supresso do terrorismo e seu financiamento. As resolues exigem que os pases

congelem sem demora os fundos ou outros ativos, e garantam que no sejam

disponibilizados fundos ou outros ativos, direta ou indiretamente, para ou em benefcio

de qualquer pessoa ou entidade que seja (i) designada pelo conselho de Segurana das

naes Unidas, ou sob sua autoridade, nos termos do Captulo VII da Carta das naes

Unidas, inclusive de acordo com a resoluo 1267 (1999) e suas sucessoras, ou (ii)

designadas por um pas nos termos da resoluo 1373 (2001).

7. Sanes financeiras especficas relacionadas proliferao*

Os pases deveriam implementar sanes financeiras especficas para cumprir com as

resolues do Conselho de Segurana das naes Unidas relativas preveno,

supresso e desmantelamento da proliferao de armas de destruio em massa e seu

22

14

financiamento. As resolues exigem que os pases congelem sem demora os fundos ou

outros ativos, e garantam que no sejam disponibilizados fundos ou outros ativos, direta

ou indiretamente, para ou em benefcio de qualquer pessoa ou entidade designada ou

sob a autoridade do Conselho de Segurana das naes Unidas, nos termos do captulo

VII da Carta das naes Unidas.

8. Organizaes sem fins lucrativos*

Os pases deveriam verificar a adequao de leis e regulamentos relativos a entidades

que possam ser usadas indevidamente para o financiamento do terrorismo. Os pases

deveriam aplicar medidas proporcionais e especficas, dentro da abordagem baseada em

risco, s organizaes sem fins lucrativos para proteg-las contra o financiamento do

terrorismo:

(a) por organizaes terroristas que se passem por entidades legtimas;

(b) para explorar entidades legtimas como canais para o financiamento do

terrorismo, inclusive para fins de escapar de medidas de congelamento de ativos;

(c) para ocultar ou camuflar o desvio clandestino de recursos destinados a fins

legtimos para organizaes terroristas.

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C. FInAnCIAMEnTO dO TERRORISMO E FInAnCIAMEnTO dA PROLIFERAO

5. Crime de financiamento do terrorismo*

Os pases deveriam criminalizar o financiamento do terrorismo com base na Conveno

Internacional para a Supresso do Financiamento do Terrorismo, e criminalizar no

apenas o financiamento de atos terroristas, mas tambm o financiamento de

organizaes terroristas e terroristas individuais, mesmo na ausncia de relao com um

ato ou atos terroristas especficos. Os pases deveriam garantir que tais crimes sejam

considerados crimes antecedentes da lavagem de dinheiro.

6. Sanes financeiras especficas relacionadas ao terrorismo e seu financiamento*

Os pases deveriam adotar regimes de sanes financeiras especficas para cumprir as

resolues do Conselho de Segurana das naes Unidas relativas preveno e

supresso do terrorismo e seu financiamento. As resolues exigem que os pases

congelem sem demora os fundos ou outros ativos, e garantam que no sejam

disponibilizados fundos ou outros ativos, direta ou indiretamente, para ou em benefcio

de qualquer pessoa ou entidade que seja (i) designada pelo conselho de Segurana das

naes Unidas, ou sob sua autoridade, nos termos do Captulo VII da Carta das naes

Unidas, inclusive de acordo com a resoluo 1267 (1999) e suas sucessoras, ou (ii)

designadas por um pas nos termos da resoluo 1373 (2001).

7. Sanes financeiras especficas relacionadas proliferao*

Os pases deveriam implementar sanes financeiras especficas para cumprir com as

resolues do Conselho de Segurana das naes Unidas relativas preveno,

supresso e desmantelamento da proliferao de armas de destruio em massa e seu

AS RECOMENDAES DO GAFI

Padres internacionais de combate lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo e da proliferao

23

16

(a) identificar o cliente e verificar sua identidade por meio de documentos, informaes

ou dados confiveis e de fontes independentes;

(b) identificar o beneficirio e adotar medidas razoveis para verificar a identidade de

tal beneficirio, de forma que a instituio financeira obtenha conhecimento

satisfatrio sobre quem o beneficirio. Para pessoas jurdicas e outras estruturas

jurdicas, as instituies financeiras deveriam tambm compreender a propriedade e

a estrutura de controle do cliente;

(c) compreender e, quando apropriado, obter informaes a respeito do propsito e da

natureza pretendidos da relao de negcios;

(d) conduzir uma devida diligncia contnua na relao de negcios e uma anlise

minuciosa das transaes conduzidas durante a relao, para garantir que tais

transaes sejam consistentes com o conhecimento da instituio sobre o cliente,

seus negcios e perfil de risco, incluindo, quando necessrio, a origem dos recursos.

As instituies financeiras deveriam aplicar cada uma das medidas de DDC listadas

acima de (a) a (d), determinando at que ponto tais medidas usam uma abordagem

baseada no risco (ABr), de acordo com as notas interpretativas dessa recomendao e

da recomendao 1.

As instituies financeiras deveriam estar obrigadas a verificar a identidade do cliente e

do beneficirio antes ou durante o estabelecimento de uma relao de negcios ou na

realizao de transaes para clientes ocasionais. Os pases podero permitir que as

instituies financeiras completem a verificao em prazos razoveis a partir do

estabelecimento da relao, em que os riscos de lavagem de dinheiro e financiamento

do terrorismo sejam efetivamente administrados e em que seja essencial no

interromper a conduo normal dos negcios.

Quando as instituies financeiras no forem capazes de cumprir com as exigncias

aplicveis listadas nos pargrafos de (a) a (d) acima (sujeitas a modificaes

15

d. MEdIdAS PREvEnTIvAS

9. Leis de sigilo de instituies financeiras

Os pases deveriam assegurar que as leis de sigilo das instituies financeiras no

inibam a implementao das recomendaes do GAfi.

devida diligncia acerca do cliente e manuteno de registros

10. devida diligncia acerca do cliente*

As instituies financeiras deveriam ser proibidas de manter contas annimas ou contas

em nomes obviamente fictcios.

As instituies financeiras deveriam ser obrigadas a tomar medidas de devida diligncia

acerca do cliente (DDC) quando:

(i) estabelecerem relaes de negcios;

(ii) realizarem transaes ocasionais: (i) acima do limite designado aplicvel (US$/

15.000); ou (ii) que forem transferncias eletrnicas nas circunstncias cobertas

pela nota interpretativa da recomendao 16;

(iii) houver suspeita de lavagem de dinheiro ou financiamento do terrorismo;

(iv) a instituio financeira tiver dvida com relao veracidade ou adequao de

dados de identificao do cliente obtidos anteriormente.

O princpio de que as instituies financeiras deveriam conduzir DDC dever estar

estabelecido em lei. cada pas poder determinar como sero impostas as obrigaes

especficas de DDC, seja por meio de lei ou de normas coercitivas.

As medidas de DDC a serem adotadas so as seguintes:

24

16

(a) identificar o cliente e verificar sua identidade por meio de documentos, informaes

ou dados confiveis e de fontes independentes;

(b) identificar o beneficirio e adotar medidas razoveis para verificar a identidade de

tal beneficirio, de forma que a instituio financeira obtenha conhecimento

satisfatrio sobre quem o beneficirio. Para pessoas jurdicas e outras estruturas

jurdicas, as instituies financeiras deveriam tambm compreender a propriedade e

a estrutura de controle do cliente;

(c) compreender e, quando apropriado, obter informaes a respeito do propsito e da

natureza pretendidos da relao de negcios;

(d) conduzir uma devida diligncia contnua na relao de negcios e uma anlise

minuciosa das transaes conduzidas durante a relao, para garantir que tais

transaes sejam consistentes com o conhecimento da instituio sobre o cliente,

seus negcios e perfil de risco, incluindo, quando necessrio, a origem dos recursos.

As instituies financeiras deveriam aplicar cada uma das medidas de DDC listadas

acima de (a) a (d), determinando at que ponto tais medidas usam uma abordagem

baseada no risco (ABr), de acordo com as notas interpretativas dessa recomendao e

da recomendao 1.

As instituies financeiras deveriam estar obrigadas a verificar a identidade do cliente e

do beneficirio antes ou durante o estabelecimento de uma relao de negcios ou na

realizao de transaes para clientes ocasionais. Os pases podero permitir que as

instituies financeiras completem a verificao em prazos razoveis a partir do

estabelecimento da relao, em que os riscos de lavagem de dinheiro e financiamento

do terrorismo sejam efetivamente administrados e em que seja essencial no

interromper a conduo normal dos negcios.

Quando as instituies financeiras no forem capazes de cumprir com as exigncias

aplicveis listadas nos pargrafos de (a) a (d) acima (sujeitas a modificaes

15

d. MEdIdAS PREvEnTIvAS

9. Leis de sigilo de instituies financeiras

Os pases deveriam assegurar que as leis de sigilo das instituies financeiras no

inibam a implementao das recomendaes do GAfi.

devida diligncia acerca do cliente e manuteno de registros

10. devida diligncia acerca do cliente*

As instituies financeiras deveriam ser proibidas de manter contas annimas ou contas

em nomes obviamente fictcios.

As instituies financeiras deveriam ser obrigadas a tomar medidas de devida diligncia

acerca do cliente (DDC) quando:

(i) estabelecerem relaes de negcios;

(ii) realizarem transaes ocasionais: (i) acima do limite designado aplicvel (US$/

15.000); ou (ii) que forem transferncias eletrnicas nas circunstncias cobertas

pela nota interpretativa da recomendao 16;

(iii) houver suspeita de lavagem de dinheiro ou financiamento do terrorismo;

(iv) a instituio financeira tiver dvida com relao veracidade ou adequao de

dados de identificao do cliente obtidos anteriormente.

O princpio de que as instituies financeiras deveriam conduzir DDC dever estar

estabelecido em lei. cada pas poder determinar como sero impostas as obrigaes

especficas de DDC, seja por meio de lei ou de normas coercitivas.

As medidas de DDC a serem adotadas so as seguintes:

AS RECOMENDAES DO GAFI

Padres internacionais de combate lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo e da proliferao

25

18

As instituies deveriam ser obrigadas por lei a manter registros de transaes e

informaes obtidas por meio de medidas de DDC.

As informaes de DDC e registros de transaes deveriam estar disponveis s

autoridades domsticas competentes com atribuies apropriadas.

17

apropriadas de acordo com as medidas de uma abordagem baseada no risco), elas

deveriam estar obrigadas a no abrir a conta, no iniciar relaes de negcios ou no

realizar as transaes; ou estar obrigadas a encerrar a relao de negcios; e deveriam

considerar fazer uma comunicao de operao suspeita com relao ao cliente.

essas exigncias deveriam ser aplicadas a todos os novos clientes, apesar de que as

instituies financeiras tambm deveriam aplicar esta recomendao aos clientes

existentes com base na materialidade e no risco, e devem conduzir uma devida

diligncia nessas relaes existentes em momentos apropriados.

11. Manuteno de registros

As instituies financeiras deveriam ser obrigadas a manter, por pelo menos cinco anos,

todos os registros necessrios de transaes, tanto domsticas quanto internacionais,

para que possam atender rapidamente a pedidos de informao feitos pelas autoridades

competentes. Tais registros devem ser suficientes para reconstruir transaes

individuais (inclusive os valores e tipos de moeda envolvidos, se houver) para fornecer,

se necessrio, provas para processos de persecuo penal por atividades criminosas.

As instituies financeiras deveriam manter todos os registros obtidos por meio de

medidas de DDC (por exemplo, cpias ou registros de documentos oficiais de

identificao, como passaportes, carteiras de identidade, habilitaes de motorista ou

documentos similares), arquivos e correspondncias comerciais das contas, inclusive os

resultados de quaisquer anlises feitas (por exemplo, averiguaes para definir o

histrico e a finalidade de transaes complexas e de valores muito altos), por pelo

menos cinco anos aps o fim da relao de negcios, ou da data da transao ocasional.

26

18

As instituies deveriam ser obrigadas por lei a manter registros de transaes e

informaes obtidas por meio de medidas de DDC.

As informaes de DDC e registros de transaes deveriam estar disponveis s

autoridades domsticas competentes com atribuies apropriadas.

17

apropriadas de acordo com as medidas de uma abordagem baseada no risco), elas

deveriam estar obrigadas a no abrir a conta, no iniciar relaes de negcios ou no

realizar as transaes; ou estar obrigadas a encerrar a relao de negcios; e deveriam

considerar fazer uma comunicao de operao suspeita com relao ao cliente.

essas exigncias deveriam ser aplicadas a todos os novos clientes, apesar de que as

instituies financeiras tambm deveriam aplicar esta recomendao aos clientes

existentes com base na materialidade e no risco, e devem conduzir uma devida

diligncia nessas relaes existentes em momentos apropriados.

11. Manuteno de registros

As instituies financeiras deveriam ser obrigadas a manter, por pelo menos cinco anos,

todos os registros necessrios de transaes, tanto domsticas quanto internacionais,

para que possam atender rapidamente a pedidos de informao feitos pelas autoridades

competentes. Tais registros devem ser suficientes para reconstruir transaes

individuais (inclusive os valores e tipos de moeda envolvidos, se houver) para fornecer,

se necessrio, provas para processos de persecuo penal por atividades criminosas.

As instituies financeiras deveriam manter todos os registros obtidos por meio de

medidas de DDC (por exemplo, cpias ou registros de documentos oficiais de

identificao, como passaportes, carteiras de identidade, habilitaes de motorista ou

documentos similares), arquivos e correspondncias comerciais das contas, inclusive os

resultados de quaisquer anlises feitas (por exemplo, averiguaes para definir o

histrico e a finalidade de transaes complexas e de valores muito altos), por pelo

menos cinco anos aps o fim da relao de negcios, ou da data da transao ocasional.

AS RECOMENDAES DO GAFI

Padres internacionais de combate lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo e da proliferao

27

20

(a) reunir informaes suficientes sobre instituies correspondentes para compreender

totalmente a natureza do negcio do correspondente e determinar, a partir de

informaes de fontes abertas, a reputao da instituio e a qualidade da

superviso, inclusive se j foi objeto de investigao de lavagem de dinheiro ou

financiamento do terrorismo, ou de ao regulatria;

(b) avaliar os controles ALD/CFT da instituio correspondente;

(c) obter aprovao da alta gerncia antes de estabelecer novas relaes

correspondentes;

(d) compreender claramente as respectivas responsabilidades de cada instituio;

(e) com relao a contas correspondentes de transferncia (payable-through accounts),

assegurar-se de forma satisfatria de que o banco correspondente conduziu DDC

quanto aos clientes que tenham acesso direto a contas no banco em questo e que

esse banco tem condies de fornecer informaes de DDC relevantes caso a

instituio solicite.

As instituies financeiras devero ser proibidas de iniciar ou continuar uma relao de

correspondente bancrio com bancos de fachada. As instituies financeiras devero ser

obrigadas a se assegurar de forma satisfatria que as instituies correspondentes no

permitem que suas contas sejam usadas por bancos de fachada.

14. Servios de transferncia de dinheiro / valores*

Os pases deveriam adotar medidas que garantam que pessoas fsicas ou jurdicas que

prestem servios de transferncia de dinheiro ou valores (STNV) sejam autorizadas ou

registradas, e sujeitas a sistemas efetivos de monitoramento e cumprimento das medidas

relevantes previstas nas recomendaes do GAfi. Os pases deveriam implementar

19

Medidas adicionais para clientes e atividades especficos

12. Pessoas expostas politicamente*

As instituies financeiras deveriam, em relao s pessoas expostas politicamente

(PePs) estrangeiras, alm das medidas normais de devida diligncia acerca do cliente,

ser obrigadas a:

(a) ter sistemas adequados de gerenciamento de riscos para determinar se o cliente ou

beneficirio pessoa exposta politicamente;

(b) obter aprovao da alta gerncia para estabelecer (ou continuar, para clientes

existentes) tais relaes de negcios;

(c) adotar medidas razoveis para estabelecer a origem da riqueza e dos recursos;

(d) conduzir monitoramento reforado contnuo da relao de negcios.

As instituies financeiras deveriam ser obrigadas a adotar medidas razoveis para

determinar se um cliente ou beneficirio uma PeP ou pessoa que ocupa funo

importante em uma organizao internacional. nos casos de relaes de negcios de

mais alto risco com essas pessoas, as instituies financeiras deveriam ser obrigadas a

aplicar as medidas referidas nos pargrafos (b), (c) e (d).

As exigncias para todas as PePs tambm se aplicam a familiares ou pessoas prximas

dessas PePs.

13. Correspondncia bancria

As instituies financeiras deveriam, em relao correspondncia bancria

transfronteiria e outras relaes similares, alm das medidas normais de devida

diligncia acerca do cliente, ser obrigadas a:

28

20

(a) reunir informaes suficientes sobre instituies correspondentes para compreender

totalmente a natureza do negcio do correspondente e determinar, a partir de

informaes de fontes abertas, a reputao da instituio e a qualidade da

superviso, inclusive se j foi objeto de investigao de lavagem de dinheiro ou

financiamento do terrorismo, ou de ao regulatria;

(b) avaliar os controles ALD/CFT da instituio correspondente;

(c) obter aprovao da alta gerncia antes de estabelecer novas relaes

correspondentes;

(d) compreender claramente as respectivas responsabilidades de cada instituio;

(e) com relao a contas correspondentes de transferncia (payable-through accounts),

assegurar-se de forma satisfatria de que o banco correspondente conduziu DDC

quanto aos clientes que tenham acesso direto a contas no banco em questo e que

esse banco tem condies de fornecer informaes de DDC relevantes caso a

instituio solicite.

As instituies financeiras devero ser proibidas de iniciar ou continuar uma relao de

correspondente bancrio com bancos de fachada. As instituies financeiras devero ser

obrigadas a se assegurar de forma satisfatria que as instituies correspondentes no

permitem que suas contas sejam usadas por bancos de fachada.

14. Servios de transferncia de dinheiro / valores*

Os pases deveriam adotar medidas que garantam que pessoas fsicas ou jurdicas que

prestem servios de transferncia de dinheiro ou valores (STNV) sejam autorizadas ou

registradas, e sujeitas a sistemas efetivos de monitoramento e cumprimento das medidas

relevantes previstas nas recomendaes do GAfi. Os pases deveriam implementar

19

Medidas adicionais para clientes e atividades especficos

12. Pessoas expostas politicamente*

As instituies financeiras deveriam, em relao s pessoas expostas politicamente

(PePs) estrangeiras, alm das medidas normais de devida diligncia acerca do cliente,

ser obrigadas a:

(a) ter sistemas adequados de gerenciamento de riscos para determinar se o cliente ou

beneficirio pessoa exposta politicamente;

(b) obter aprovao da alta gerncia para estabelecer (ou continuar, para clientes

existentes) tais relaes de negcios;

(c) adotar medidas razoveis para estabelecer a origem da riqueza e dos recursos;

(d) conduzir monitoramento reforado contnuo da relao de negcios.

As instituies financeiras deveriam ser obrigadas a adotar medidas razoveis para

determinar se um cliente ou beneficirio uma PeP ou pessoa que ocupa funo

importante em uma organizao internacional. nos casos de relaes de negcios de

mais alto risco com essas pessoas, as instituies financeiras deveriam ser obrigadas a

aplicar as medidas referidas nos pargrafos (b), (c) e (d).

As exigncias para todas as PePs tambm se aplicam a familiares ou pessoas prximas

dessas PePs.

13. Correspondncia bancria

As instituies financeiras deveriam, em relao correspondncia bancria

transfronteiria e outras relaes similares, alm das medidas normais de devida

diligncia acerca do cliente, ser obrigadas a:

AS RECOMENDAES DO GAFI

Padres internacionais de combate lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo e da proliferao

29

22

Os pases deveriam garantir que as instituies financeiras monitorem as transferncias

eletrnicas, com vistas a detectar aquelas nas quais faltem informaes de remetentes

e/ou beneficirios e tomar as medidas apropriadas.

Os pases deveriam assegurar que, ao processar uma transferncia eletrnica, as

instituies financeiras adotem medidas de congelamento, alm de proibir a realizao

de transaes com pessoas e entidades designadas, de acordo com as obrigaes

definidas nas resolues relevantes do Conselho de Segurana das naes Unidas, tais

como a resoluo 1267 (1999) e resolues sucessoras, e a resoluo 1373 (2001),

relativas preveno e supresso do terrorismo e do financiamento do terrorismo.

Recurso, controles e grupos financeiros

17. Recurso a terceiros*

Os pases podero permitir que as instituies financeiras recorram a terceiros para

executarem os elementos (a) (c) das medidas de DDC estabelecidas na recomendao

10 ou para iniciar negcios, desde que sejam cumpridos os critrios abaixo. Quando for

permitido tal recurso, a responsabilidade final pelas medidas de DDC permanece com a

instituio financeira que recorre ao terceiro.

Os critrios a serem cumpridos so os seguintes:

(a) Uma instituio financeira que recorra a terceiro deveria imediatamente obter as

informaes necessrias a respeito dos elementos (a) (c) das medidas de DDC

estabelecidas na recomendao 10.

(b) As instituies financeiras deveriam tomar medidas adequadas para ter certeza de

que as cpias dos dados de identificao e outra documentao relevante relativas s

medidas de DDC sejam disponibilizadas sem demora pelo terceiro, quando

solicitadas.

21

aes para identificar pessoas fsicas e jurdicas que prestem STNV sem autorizao ou

registro e aplicar as sanes apropriadas.

Toda pessoa fsica ou jurdica que atue como agente tambm deveria ser autorizada ou

registrada por uma autoridade competente, ou a prestadora de STNV deveria manter

uma lista atualizada de seus agentes, acessvel s autoridades competentes nos pases

em que a STNV e seus agentes atuem. Os pases tambm deveriam adotar medidas para

que as prestadoras de STNV que usem agentes os incluam em seus programas

ALD/CFT e os monitorem com relao ao cumprimento desses programas.

15. novas tecnologias

Os pases e instituies financeiras deveriam identificar e avaliar os riscos de lavagem

de dinheiro e financiamento do terrorismo que possam surgir em relao a: (a)

desenvolvimento de novos produtos e prticas de negcios, inclusive novos

mecanismos de entrega; e (b) o uso de novas tecnologias ou em desenvolvimento para

produtos novos ou j existentes. No caso de instituies financeiras, tal avaliao de

riscos deveria ocorrer antes do lanamento desses novos produtos, prticas de negcios

ou do uso de novas tecnologias ou em desenvolvimento. As instituies deveriam

adotar medidas apropriadas para gerenciar ou mitigar tais riscos.

16. Transferncias eletrnicas*

Os pases deveriam assegurar que as instituies financeiras incluam informaes

requeridas e precisas sobre os remetentes, e informaes requeridas do beneficirio no

caso de transferncias eletrnicas e mensagens relacionadas, e que as informaes

permaneam com a transferncia ou com a mensagem relacionada por toda a cadeia de

pagamento.

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22

Os pases deveriam garantir que as instituies financeiras monitorem as transferncias

eletrnicas, com vistas a detectar aquelas nas quais faltem informaes de remetentes

e/ou beneficirios e tomar as medidas apropriadas.

Os pases deveriam assegurar que, ao processar uma transferncia eletrnica, as

instituies financeiras adotem medidas de congelamento, alm de proibir a realizao

de transaes com pessoas e entidades designadas, de acordo com as obrigaes

definidas nas resolues relevantes do Conselho de Segurana das naes Unidas, tais

como a resoluo 1267 (1999) e resolues sucessoras, e a resoluo 1373 (2001),

relativas preveno e supresso do terrorismo e do financiamento do terrorismo.

Recurso, controles e grupos financeiros

17. Recurso a terceiros*

Os pases podero permitir que as instituies financeiras recorram a terceiros para

executarem os elementos (a) (c) das medidas de DDC estabelecidas na recomendao

10 ou para iniciar negcios, desde que sejam cumpridos os critrios abaixo. Quando for

permitido tal recurso, a responsabilidade final pelas medidas de DDC permanece com a

instituio financeira que recorre ao terceiro.

Os critrios a serem cumpridos so os seguintes:

(a) Uma instituio financeira que recorra a terceiro deveria imediatamente obter as

informaes necessrias a respeito dos elementos (a) (c) das medidas de DDC

estabelecidas na recomendao 10.

(b) As instituies financeiras deveriam tomar medidas adequadas para ter certeza de

que as cpias dos dados de identificao e outra documentao relevante relativas s

medidas de DDC sejam disponibilizadas sem demora pelo terceiro, quando

solicitadas.

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aes para identificar pessoas fsicas e jurdicas que prestem STNV sem autorizao ou

registro e aplicar as sanes apropriadas.

Toda pessoa fsica ou jurdica que atue como agente tambm deveria ser autorizada ou

registrada por uma autoridade competente, ou a prestadora de STNV deveria manter

uma lista atualizada de seus agentes, acessvel s autoridades competentes nos pases

em que a STNV e seus agentes atuem. Os pases tambm deveriam adotar medidas para

que as prestadoras de STNV que usem agentes os incluam em seus programas

ALD/CFT e os monitorem com relao ao cumprimento desses programas.

15. novas tecnologias

Os pases e instituies financeiras deveriam identificar e avaliar os riscos de lavagem

de dinheiro e financiamento do terrorismo que possam surgir em relao a: (a)

desenvolvimento de novos produtos e prticas de negcios, inclusive novos

mecanismos de entrega; e (b) o uso de novas tecnologias ou em desenvolvimento para

produtos novos ou j existentes. No caso de instituies financeiras, tal avaliao de

riscos deveria ocorrer antes do lanamento desses novos produtos, prticas de negcios

ou do uso de novas tecnologias ou em desenvolvimento. As instituies deveriam

adotar medidas apropriadas para gerenciar ou mitigar tais riscos.

16. Transferncias eletrnicas*

Os pases deveriam assegurar que as instituies financeiras incluam informaes

requeridas e precisas sobre os remetentes, e informaes requeridas do beneficirio no

caso de transferncias eletrnicas e mensagens relacionadas, e que as informaes

permaneam com a transferncia ou com a mensagem relacionada por toda a cadeia de

pagamento.

AS RECOMENDAES DO GAFI

Padres internacionais de combate lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo e da proliferao

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das recomendaes do GAfi por meio dos programas do grupo contra a lavagem de

dinheiro e o financiamento do terrorismo.

19. Pases de alto risco*

As instituies financeiras deveriam estar obrigadas a aplicar medidas reforadas de

devida diligncia acerca do cliente para relaes de negcios e transaes com pessoas

fsicas e jurdicas e instituies financeiras de pases onde as recomendaes do GAfi

assim o exigirem. O tipo de medida reforada de devida diligncia aplicada dever ser

efetivo e proporcional aos riscos.

Os pases deveriam estar aptos a aplicar contramedidas adequadas quando solicitados

pelo GAfi. Os pases deveriam estar aptos a aplicar contramedidas independentemente

de qualquer solicitao do GAfi a esse respeito. Tais contramedidas deveriam ser

efetivas e proporcionais aos riscos.

Comunicao de operaes suspeitas

20. Comunicao de operaes suspeitas

Se uma instituio financeira suspeitar ou tiver motivos razoveis para suspeitar que os

fundos sejam produtos de atividade criminosa ou estejam relacionados ao

financiamento do terrorismo, ela deveria estar obrigada, por lei, a comunicar

prontamente suas suspeitas unidade de inteligncia financeira (UIf).

21. Revelao e confidencialidade

As instituies financeiras, seus diretores, funcionrios e empregados deveriam ser:

23

(c) A instituio financeira deveria assegurar-se de que o terceiro regulado,

fiscalizado ou monitorado, e que possui medidas para cumprir com os requisitos de

DDC e de manuteno de registro de acordo com as recomendaes 10 e 11.

(d) Ao determinar em quais pases podem estar situados os terceiros que atendem s

condies, os pases deveriam levar em conta as informaes disponveis sobre o

nvel de risco do pas.

Quando uma instituio financeira recorrer a um terceiro que faa parte do mesmo

grupo financeiro, e (i) o grupo aplicar os requisitos de DDC e de manuteno de

registros, de acordo com as recomendaes 10 e 11 e com programas contra a lavagem

de dinheiro e o financiamento do terrorismo, de acordo com a recomendao 18; e (ii)

quando a efetiva implementao de tais requisitos de DDC e de manuteno de

registros e os programas ALD/CFT do grupo como um todo forem supervisionados por

uma autoridade competente, tais autoridades podero, portanto, considerar que a

instituio financeira aplica as medidas (b) e (c) acima por meio do programa de seu

grupo e decidir que (d) no uma pr-condio necessria para a confiana quando o

risco mais alto do pas for mitigado adequadamente pelas polticas ALD/CFT do grupo.

18. Controles internos, filiais e subsidirias estrangeiras*

As instituies financeiras deveriam estar obrigadas a implementar programas contra a

lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo. Os grupos financeiros deveriam

estar obrigados a implementar programas contra lavagem de dinheiro e financiamento

do terrorismo para todo o grupo, inclusive polticas e procedimentos para

compartilhamento de informaes dentro do prprio grupo para fins ALD/CFT.

As instituies financeiras deveriam estar obrigadas a garantir que suas filiais

estrangeiras e subsidirias das quais so proprietrias majoritrias apliquem medidas

ALD/CFT consistentes com as exigncias de seu pas de origem para a implementao

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24

das recomendaes do GAfi por meio dos programas do grupo contra a lavagem de

dinheiro e o financiamento do terrorismo.

19. Pases de alto risco*

As instituies financeiras deveriam estar obrigadas a aplicar medidas reforadas de

devida diligncia acerca do cliente para relaes de negcios e transaes com pessoas

fsicas e jurdicas e instituies financeiras de pases onde as recomendaes do GAfi

assim o exigirem. O tipo de medida reforada de devida diligncia aplicada dever ser

efetivo e proporcional aos riscos.

Os pases deveriam estar aptos a aplicar contramedidas adequadas quando solicitados

pelo GAfi. Os pases deveriam estar aptos a aplicar contramedidas independentemente

de qualquer solicitao do GAfi a esse respeito. Tais contramedidas deveriam ser

efetivas e proporcionais aos riscos.

Comunicao de operaes suspeitas

20. Comunicao de operaes suspeitas

Se uma instituio financeira suspeitar ou tiver motivos razoveis para suspeitar que os

fundos sejam produtos de atividade criminosa ou estejam relacionados ao

financiamento do terrorismo, ela deveria estar obrigada, por lei, a comunicar

prontamente suas suspeitas unidade de inteligncia financeira (UIf).

21. Revelao e confidencialidade

As instituies financeiras, seus diretores, funcionrios e empregados deveriam ser:

23

(c) A instituio financeira deveria assegurar-se de que o terceiro regulado,

fiscalizado ou monitorado, e que possui medidas para cumprir com os requisitos de

DDC e de manuteno de registro de acordo com as recomendaes 10 e 11.

(d) Ao determinar em quais pases podem estar situados os terceiros que atendem s

condies, os pases deveriam levar em conta as informaes disponveis sobre o

nvel de risco do pas.

Quando uma instituio financeira recorrer a um terceiro que faa parte do mesmo

grupo financeiro, e (i) o grupo aplicar os requisitos de DDC e de manuteno de

registros, de acordo com as recomendaes 10 e 11 e com programas contra a lavagem

de dinheiro e o financiamento do terrorismo, de acordo com a recomendao 18; e (ii)

quando a efetiva implementao de tais requisitos de DDC e de manuteno de

registros e os programas ALD/CFT do grupo como um todo forem supervisionados por

uma autoridade competente, tais autoridades podero, portanto, considerar que a

instituio financeira aplica as medidas (b) e (c) acima por meio do programa de seu

grupo e decidir que (d) no uma pr-condio necessria para a confiana quando o

risco mais alto do pas for mitigado adequadamente pelas polticas ALD/CFT do grupo.

18. Controles internos, filiais e subsidirias estrangeiras*

As instituies financeiras deveriam estar obrigadas a implementar programas contra a

lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo. Os grupos financeiros deveriam

estar obrigados a implementar programas contra lavagem de dinheiro e financiamento

do terrorismo para todo o grupo, inclusive polticas e procedimentos para

compartilhamento de informaes dentro do prprio grupo para fins ALD/CFT.

As instituies financeiras deveriam estar obrigadas a garantir que suas filiais

estrangeiras e subsidirias das quais so proprietrias majoritrias apliquem medidas

ALD/CFT consistentes com as exigncias de seu pas de origem para a implementao

AS RECOMENDAES DO GAFI

Padres internacionais de combate lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo e da proliferao

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26

Gesto de dinheiro, ttulos mobilirios ou outros ativos do cliente;

Gesto de contas-correntes, de poupana ou de valores mobilirios;

Organizao de contribuies para a criao, operao ou administrao de

empresas;

criao, operao ou administrao de pessoas jurdicas ou outras estruturas

jurdicas, e compra e venda de entidades comerciais

(e) Prestadores de servios a empresas e trusts quando prepararem ou realizarem

transaes para clientes relacionadas s seguintes atividades:

Atuao como agente de constituio de pessoas jurdicas;

Atuao (ou preparao para que outra pessoa atue) como diretor ou

secretrio de uma empresa, um scio em uma sociedade ou uma posio

similar em relao a outras pessoas jurdicas;

fornecimento de domiclio fiscal, endereo ou acomodao comercial,

endereo administrativo ou de correspondncia para uma empresa,

sociedade ou qualquer outra pessoa jurdica ou estrutura jurdica;

Atuao (ou preparao para que outra pessoa atue) como fideicomissrio de

um express trust ou exerccio de funo equivalente para outra forma de

estrutura jurdica;

Atuao (ou preparao para que outra pessoa atue) como acionista indicado

para outra pessoa.

25

(a) protegidos por lei contra responsabilidade civil e criminal por quebra a qualquer

restrio divulgao de informaes imposta por contrato ou proviso legislativa,

regulatria ou administrativa, caso comuniquem de boa-f suas suspeitas UIF,

mesmo que no saibam exatamente qual a atividade criminosa em questo e

independentemente se a atividade ilegal sob suspeita tenha realmente ocorrido;

(b) proibidos por lei de revelar (tipping off) o fato de que uma comunicao de

operao suspeita (cOS) ou informao relacionada esteja sendo feita UIF.

Atividades e Profisses no-Financeiras designadas (APnFds)

22. APnFd: devida diligncia acerca do cliente*

As obrigaes de devida diligncia acerca do cliente e manuteno de registros

estabelecidas nas recomendaes 10, 11 12, 15 e 17 aplicam-se s atividades e

profisses no-financeiras designadas (APnFDs) nas seguintes situaes:

(a) cassinos quando os clientes estiverem envolvidos em transaes financeiras de

valor igual ou superior ao limite determinado aplicvel;

(b) Agentes imobilirios quando estiverem envolvidos em transaes de compra e

venda de imveis para seus clientes;

(c) comerciantes de metais preciosos e pedras preciosas quando estiverem envolvidos

em qualquer transao em espcie com um cliente de valor igual ou superior ao

limite determinado aplicvel;

(d) Advogados, tabelies, outras profisses jurdicas independentes e contadores

quando prepararem ou realizarem transaes para seus clientes relacionadas s

seguintes atividades:

compra e venda de imveis;

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26

Gesto de dinheiro, ttulos mobilirios ou outros ativos do cliente;

Gesto de contas-correntes, de poupana ou de valores mobilirios;

Organizao de contribuies para a criao, operao ou administrao de

empresas;

criao, operao ou administrao de pessoas jurdicas ou outras estruturas

jurdicas, e compra e venda de entidades comerciais

(e) Prestadores de servios a empresas e trusts quando prepararem ou realizarem

transaes para clientes relacionadas s seguintes atividades:

Atuao como agente de constituio de pessoas jurdicas;

Atuao (ou preparao para que outra pessoa atue) como diretor ou

secretrio de uma empresa, um scio em uma sociedade ou uma posio

similar em relao a outras pessoas jurdicas;

fornecimento de domiclio fiscal, endereo ou acomodao comercial,

endereo administrativo ou de correspondncia para uma empresa,

sociedade ou qualquer outra pessoa jurdica ou estrutura jurdica;

Atuao (ou preparao para que outra pessoa atue) como fideicomissrio de

um express trust ou exerccio de funo equivalente para outra forma de

estrutura jurdica;

Atuao (ou preparao para que outra pessoa atue) como acionista indicado

para outra pessoa.

25

(a) protegidos por lei contra responsabilidade civil e criminal por quebra a qualquer

restrio divulgao de informaes imposta por contrato ou proviso legislativa,

regulatria ou administrativa, caso comuniquem de boa-f suas suspeitas UIF,

mesmo que no saibam exatamente qual a atividade criminosa em questo e

independentemente se a atividade ilegal sob suspeita tenha realmente ocorrido;

(b) proibidos por lei de revelar (tipping off) o fato de que uma comunicao de

operao suspeita (cOS) ou informao relacionada esteja sendo feita UIF.

Atividades e Profisses no-Financeiras designadas (APnFds)

22. APnFd: devida diligncia acerca do cliente*

As obrigaes de devida diligncia acerca do cliente e manuteno de registros

estabelecidas nas recomendaes 10, 11 12, 15 e 17 aplicam-se s atividades e

profisses no-financeiras designadas (APnFDs) nas seguintes situaes:

(a) cassinos quando os clientes estiverem envolvidos em transaes financeiras de

valor igual ou superior ao limite determinado aplicvel;

(b) Agentes imobilirios quando estiverem envolvidos em transaes de compra e

venda de imveis para seus clientes;

(c) comerciantes de metais preciosos e pedras preciosas quando estiverem envolvidos

em qualquer transao em espcie com um cliente de valor igual ou superior ao

limite determinado aplicvel;

(d) Advogados, tabelies, outras profisses jurdicas independentes e contadores