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Universidade Estadual de Maringá, 11 a 14 de junho de 2018.

Anais ISSN online:2326-9435

XXIII SEMANA DE PEDAGOGIA-UEM XI Encontro de Pesquisa em Educação

II Seminário de Integração Graduação e Pós-Graduação

AS POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO NO REGIME MILITAR: EM

DISCUSSÃO A REFORMA DO ENSINO DE 1º E 2º GRAUS

NOVAIS JUNIOR, Evilásio Paulo

[email protected]

VOLSI, Maria Eunice França (orientadora)

[email protected]

Universidade Estadual de Maringá

Políticas Educacionais e Gestão Escolar

INTRODUÇÃO

O presente texto tem como objetivo de estudo as políticas públicas para a educação no

período da ditadura militar (1964-1985). Mais especificamente, a partir da aprovação da

reforma do ensino de 1º e 2º graus, por meio da Lei n. 5.692/71. Trata-se de um projeto de

Iniciação Científica em andamento, vinculado ao Grupo de Estudo e Pesquisas em Políticas

Educacionais, Gestão e Financiamento da Educação, portanto, apresenta estudos e reflexões

elaborados nesta fase inicial da pesquisa. Busca-se com o desenvolvimento da pesquisa,

compreender a organização das políticas públicas para a educação de 1º e 2º graus no referido

período. Para tanto, pretende estudar o contexto em que ocorreu a reforma do ensino de 1º e

2º graus, bem como conhecer seu conteúdo e implementação. É objetivo verificar na Lei n.

5.692/71, os princípios que nortearam sua elaboração, a política de financiamento e gestão da

educação, bem como, as recomendações quanto a política de formação de professores nesse

nível de ensino.

Nesse sentido, compreender o contexto em que foram estabelecidas as políticas para a

educação no regime militar, em especial, aquelas efetuadas por meio da reforma do ensino de

1º e 2º graus, se constituiu no problema a ser investigado.

A presente pesquisa caracteriza-se como sendo uma investigação de caráter teórico-

descritivo e, portanto, bibliográfica. O tema será abordado na perspectiva do materialismo

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histórico, considerando a política educacional do Regime Militar como uma consequência e

uma resposta às necessidades criadas pela forma de trabalho capitalista do período.

EDUCAÇÃO NO CONTEXTO DA DITADUARA MILITAR

O golpe de 31 de março de 1964 pôs fim aos anseios nacionalistas de desenvolvimento

e consolidou uma posição imperialista de progresso. A ditadura militar significou uma ruptura

com o projeto de reforma de base desse período, bem como inviabilizou, como explica

Weffort (1980), a política de massas. A partir desse momento as massas seriam incorporadas

ao processo político interagindo de forma limitada e com autonomia controlada.

Ainda conforme Weffort (1980), o governo autoritário conseguiu reorientar os

objetivos da acumulação acelerada da modernização tecnológica e de baixos níveis de

investimento social. Houve uma retração da participação do povo e dos movimentos de

esquerda no cenário político e social.

Em relação ao contexto econômico, Saviani (2008, p.364) explica que não houve

ruptura com o modelo vigente a época, "a ruptura deu-se no nível político e não no âmbito

socioeconômico, [...] a ruptura política foi necessária para preservar a ordem

socioeconômica". Havia o receio por parte da elite econômica que grupos políticos que

figuravam no poder pudessem romper com o plano socioeconômico em desenvolvimento. Os

discursos políticos desse período enfatizavam: "as forças armadas levantaram-se para

salvaguardar as tradições, restaurar a autoridade, manter a ordem, preservar as instituições"

(SAVIANI, 2008, p.364).

As mudanças desse período se estendem também ao campo educacional, para dar

respaldo ao processo formativo da classe trabalhadora. Como explica Romanelli (1978, p.206)

"a educação passa a ser encarada como o único caminho disponível para as classes médias, de

conquistar postos e, para as empresas, de preencher os seus quadros". Era preciso promover

uma educação que se adequasse às necessidades postas naquele momento histórico.

Nesse sentido, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei n. 4.024/61

passou por reformas para se adequar ao regime vigente. A Lei n. 5.540/68 fixou normas para a

organização e funcionamento do ensino superior, ficou conhecida como Reforma do Ensino

Superior e a Lei n. 5.692/71 reformou o ensino de 1º e 2º graus. Essas duas reformas, seguidas

de regulamentações, transformaram profundamente a forma de organização do ensino no país.

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Conforme Souza e Tavares (2014), a Lei n. 5.692/71 não pode ser considerada uma lei

privatista, mas expressa uma considerável gentileza do Estado para com o setor privado, na

forma de eventuais amparos financeiros (Art. 45 da Lei 5.692/1971), setor este que era

dominado, essencialmente, àquele tempo, pelas escolas confessionais.

Para analisarmos a Lei nº 5.692, cabe, primeiramente, nos situarmos no contexto

histórico em que esta foi formulada, a Ditadura Militar, que se implantou por meio de um

golpe constitucional, iniciado em 31 de março de 1964 e acabado em 01 de abril do mesmo

ano.

O Instituto de Pesquisa e Estudos Sociais (IPES), criado em 1961, por empresários

brasileiros, que eram contra o governo do presidente João Belchior Marques Goulart, pois,

segundo Nascimento (2010), objetivava às reformas de base1, que fortaleceriam as camadas

populares, as quais eram malvistas pelo empresariado brasileiro, por entendê-las como

aspectos de um governo de esquerda. Diante disso, é importante ressaltarmos que o regime

militar vigorou durante a Guerra Fria 2e, portanto, o Brasil, localizado no bloco ocidental da

hegemonia capitalista dos Estados Unidos, foi fortemente influenciado por este a combater

políticas caracterizadas como de esquerdas.

Nesse sentido, cabe mencionarmos que a Escola Superior de Guerra (ESG), que, de

acordo com Nascimento (2010), teve seu grupo dentro do IPES e, portanto, foi criada,

segundo o mesmo autor, sob influência dos Estados Unidos, que enviaram militares para a

implantação de tal órgão.

Desse modo, o IPES, por meio da mídia, difundia a revolta ao Presidente João

Goulart3, disseminando a ideia de que o país vivia sob ameaça comunista, e se articulava com

os militares, por meio da Escola Superior de Guerra (ESG), articulação esta que, segundo

Saviani (2008), se dava por meio dos generais Heitor de Almeida Herrera e Golbery do Couto

e Silva, este então ex-líder do IPES. Com este envolvimento entre as duas entidades, e com

baixa popularidade da maior autoridade do país, foi levado a cabo, por empresários e

militares, no dia 31 de março de 1964, o golpe que depôs o Presidente João Goulart e

implantou a ditadura militar.

O governo, de acordo com Nascimento (2010), ao instituir-se, adotou uma política de

acumulação de renda; enxugamento salarial; empréstimo externo, o que aumentou

grandemente a dívida externa; exploração dos trabalhadores para o crescimento das empresas;

ou seja, objetivava ao lucro, o que, naturalmente, se fez ignorar as desigualdades econômicas

sociais. O regime, segundo Rezende (2001), instaurou-se com o objetivo de restaurar a

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democracia, divulgada, pelo grupo de poder, como o estabelecimento da ordem, a repressão

ao comunismo e às reivindicações de esquerdas. Para conseguir legitimidade, os militares

propagaram a ideia de que estavam no poder por vontade popular e que eram os únicos

capazes de implantar a democracia, nos moldes já citados. Tal propagação se deu durante a

vigência da ditadura e foi essencial para a sua permanência por 21 anos, pois angariou

consentimentos e justificou os atos dos militares como forma de proteção dos subversivos, "os

ameaçadores do país".

O Ato Institucional nº 1, conhecido como AI-1, assinado pelo General Arthur da Costa

e Silva, Tenente-Brigadeiro Francisco de Assis Correia de Mello e o Vice-Almirante Augusto

Grunewald, amplia os poderes do presidente da república, ao permitir que este decrete estado

de sítio 4e dá poder aos que editam tal documento, os militares já citados, de suspender

direitos políticos e cassar mandatos de legisladores federais, estaduais e municipais. Diante

disso, constatamos que, desde o início deste regime, o poder legislador perdeu sua autonomia

e foi enfraquecido, enquanto o executivo se fortaleceu e ganhou autonomia, porque, segundo

Rezende (2001), entendia-se que este último garantiria a segurança nacional e, portanto, o

Congresso Nacional deveria reforçar os atos e discursos dos militares, senão deveria ser

fechado.

Desde de seu princípio, a ditadura militar repreendeu os que eram contrários às suas

ideias e, segundo Rezende (2001), para que os atos praticados contra o mesmo não

desmoralizassem o regime,difundia-se, por meio da mídia, que essas ações tinham função de

proteger o Brasil dos subversivos. Desse modo, prisões, exílios, violência eram aceitos por

grande parte da população, por entender que essas práticas eram aplicadas somente aos

marginais e, para eliminá-los, os militares criaram já em 1964 o Serviço Nacional de

Informações (SNI), órgão de espionagem. Esta entidade se integrava ao Destacamento de

Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna ( DOI-CODI), criado em

1969, que objetivava, segundo Magalhães (1997), recrutar indivíduos para as práticas de

espionagem. Os informantes deste órgão consistiam em militares e civis, os primeiros

possuíam maior credibilidade em suas acusações e os segundos, muitas vezes, colaboravam,

desta forma, com o regime por entender que o País sofria da ameaça comunista e, segundo

Magalhães (1997), para sentir, por alguns momentos, que o poder estava em suas mãos.

Diante disso, podemos constatar que havia não só indivíduos que se encontravam alienados,

mas os que apoiavam veemente a ditadura militar.

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Vale darmos destaque que muitas organizações foram proibidas pelo regime militar,

entre elas o Comando de Libertação Nacional (Colina), Vanguarda Popular Revolucionária

(VPR) e Ação Libertadora Nacional (ALN). Essas três instituições, assim como tantas outras,

funcionavam clandestinamente, contra o governo vigente. Conforme Nascimento (2010),

muitos militantes de organizações ilegais foram presos, torturados e mortos.

O Ato Institucional nº 2 concedeu ao presidente da república poder de suspender

direitos políticos de qualquer cidadão e de cassar mandatos de legisladores federais, estaduais

e municipais; determinou a eleição para a presidência e vice-presidência do país por meio de

voto nominal do Congresso Nacional e extinguiu os partidos políticos. Neste documento,

podemos perceber um apelo para o entendimento de que as forças militares ascenderam ao

poder pela vontade do povo, e para este exercem suas políticas, com o objetivo de estabelecer

a ordem no País, bem como o fazer crescer economicamente. Constatamos também que o

governo, por meio deste Ato, afirma que subiu ao poder para salvar o Brasil da subversão em

que mergulhava, e que para conseguir tal feito era preciso de calmaria e disciplina do povo

brasileiro, sendo que este não possui permissão para contrariar a própria Nação, ou seja,

coloca como ilegítimo qualquer manifestação contra o regime.

Para compreendermos melhor este período, é essencial conhecermos o modo como se

configurava à economia então vigente, que intencionava colocar o Brasil no âmbito dos países

de primeiro mundo. 5Com intuito de alcançar esse objetivo a classe políticapriorizava a

concentração de riquezas em detrimento da distribuição de renda. Segundo Ferreira Junior e

Bittar (2008), procurava-se expandir e atrair as transnacionais no país,ou seja, o modelo de

administração de empresa, que visa exclusivamente à produtividade, foi incorporado e

desenvolvido pelo governo.

Importante mencionarmos que enquanto a economia se internacionalizava, era

difundido à população o patriotismo. De um lado, o governo atrelava as políticas aos Estados

Unidos e de outro procurava incitar o "amor à pátria", a fim de garantir o consenso popular.

De acordo com Nascimento (2010), no governo do Presidente General Arthur da Costa

e Silva, quando foi promulgado o Ato Institucional nº 5, a repressão, a censura, as torturas, as

mortes se intensificaram. Cabe mencionarmos que foi neste período que o estudante Edson

Luís foi assassinado por militares no Rio de Janeiro, o que causou repercussão no País. Os

protestos contra estes atos foram muitos, apesar da forte coibição, e se deram, entre outras

tantas coisas, por meio da música, como por exemplo a canção de Geraldo Vandré "Pra não

dizer que não falei das flores", citada por Nascimento (2010). Uma das fontes das

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reivindicações era a contenção de salários, que ficavam abaixo do nível da inflação, o que se

caracterizava como um aspecto da política adotada que visava ao crescimento econômico.

De acordo com Cordeiro (2009), entre 1969 e 1974, período do governo do Presidente

Emílio Garrastazu Médici, o país ascendia muito economicamente, como afirma Nascimento

(2010), crescia 10% do Produto Interno Bruto, e, por isso, acreditava-se que a Nação se

transformaria em uma grande potência, como bem expressavam frases da mídia, como "Pra

frente Brasil", "o país do futuro", entre outras. No período citado, comemoravam-se a

construções de novas estradas, o desenvolvimento das indústrias, entre outros. Isso tudo,

juntamente com o grande auxílio da mídia, incutia no povo um sentimento de amor à pátria,

de nação unida. Cabe enfatizar que o regime difundia a ideia de que o país era como uma

família, que devia permanecer unida e obedecer às autoridades.

Consideramos importante a apreensão desse contexto histórico para que possamos

compreender a reforma do Ensino de 1º e 2º graus, por meio da Lei nº 5.692/71. Como

explicamos na introdução desse texto, trata-se de pesquisa de iniciação científica em fase

inicial, portanto, o que apresentamos são as primeiras leituras e reflexões sobre a temática em

questão.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Mesmo em fase inicial da pesquisa, é possível considerar por meio das leituras e

estudos realizados, até o presente momento, que a Ditadura Militar foi um período de intenso

autoritarismo, por acarretar em torturados e mortos daqueles que se opunham a seus objetivos,

que consistiam, entre outros, em atrelar a economia aos ditames do capital estrangeiro, e ao

mesmo tempo infundir, entre os brasileiros, a ideia de um Brasil unido que caminha para ser

uma grande potência. A reforma do Ensino de 1º e 2º graus será analisada nesse contexto, em

que a educação é concebida como condição para o desenvolvimento econômico do país.

Segundo Ferreira Junior e Bittar (2008), a Lei n° 5.692/71 objetivava formar cidadãos

para o mercado de trabalho, e ofereceu uma educação de baixa qualidade à camada pobre da

população. O ensino naquele período não se dava com intuito de emancipação, mas sim de

forma intensamente técnica. Desse modo, podemos perceber que a educação não tem como

intuito a formação plena do indivíduo, de modo a proporcionar seu desenvolvimento integral,

mas limita-se a formar para as necessidades do mercado de trabalho.

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1 Segundo Moreira(2011), reformas de base consistem em alterações no plano agrário, universitário, bancário,

legislativo, eleitoral e tributário com o objetivo de redistribuir a renda no País e impulsionar o mercado interno. 2 Guerra Fria: segundo Alcadibani e Bertero (2012), inciou-se após a segunda guerra mundial, e consistiu na

divisão política em dois blocos antagônicos, do lado ocidental os Estados Unidos detinha seu poder e do lado

oriental a União Soviética. Tal conflito se caracterizou pela corrida armamentista dos dois blocos e pela ameaça

de um ataque com armas atômicas. 3 Presidente da República de 8 de setembro de 1961 a 2 de abril de 1964. 4 Conforme Moraes (2005, p.707) trata-se de “suspensão temporária e localizada de garantias constitucionais,

apresentando maior gravidade que o Estado de Defesa”. Na Constituição Federal de 1988 o Estado de Sítio está

previsto nos artigos 137 a 139. 5Países capitalistas que apresentam, segundo Carvalho (1993), um nível de desenvolvimento e industrialização

avançados.