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AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS E SUAS INFLUÊNCIAS NO ENVELHECIMENTO HUMANO VALDIR CESARINO DE SOUZA Universidade Federal de Campina Grande UFCG. E-mail: [email protected] SANDRA SEREIDE FERREIRA DA SILVA Universidade Federal de Campina Grande UFCG. E-mail: [email protected] JOSÉ ROMERO RODRIGUES DE ANDRADE Universidade Federal de Campina Grande UFCG. E-mail: [email protected] AUDY NUNES BEZERRA FILHO Universidade Federal de Campina Grande UFCG. E-mail: [email protected] JOSÉ TARCÍSIO DE AZEVEDO SALES Unesc Faculdades. E-mail: [email protected] Introdução A intensificação das mudanças climáticas mapeadas na Era Moderna, suas causas e consequências têm ganhado cada vez mais importância e têm despertado a atenção de todo o mundo, delineando por sua vez o discurso climático-meteorológico-ambiental e se impõem definitivamente na pauta da geopolítica internacional do presente e do futuro. Um consenso internacional, ainda que pontuado por algumas acepções dissonantes, formado acerca das previsões para a intensificação do aquecimento climático planetário no Século XXI aponta para a inserção de cenários complicados para os ecossistemas, o meio ambiente e a vida dos seres humanos. Nesse sentido, estudos sobre os aspectos meteorológicos e climáticos, como a análise da influência do ar, das alterações climáticas, da contaminação do solo e das condições socioeconômicas, particularmente, na incidência de doenças endêmicas na população de idosos, necessitam ser ampliados em todas as áreas de conhecimento. Portanto, este estudo parte da premissa de que as alterações climáticas e as condições socioambientais interferem de forma positiva e/ou negativa no índice de contaminação por doenças endêmicas na população idosa. Metodologia O critério metodológico adotado para a concretização deste estudo tomou como base

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AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS E SUAS INFLUÊNCIAS NOENVELHECIMENTO HUMANO

VALDIR CESARINO DE SOUZA

Universidade Federal de Campina Grande – UFCG. E-mail: [email protected]

SANDRA SEREIDE FERREIRA DA SILVA

Universidade Federal de Campina Grande – UFCG. E-mail: [email protected]

JOSÉ ROMERO RODRIGUES DE ANDRADE

Universidade Federal de Campina Grande – UFCG. E-mail: [email protected]

AUDY NUNES BEZERRA FILHO

Universidade Federal de Campina Grande – UFCG. E-mail: [email protected]

JOSÉ TARCÍSIO DE AZEVEDO SALES

Unesc Faculdades. E-mail: [email protected]

IntroduçãoA intensificação das mudanças climáticas mapeadas na Era Moderna, suas causas econsequências têm ganhado cada vez mais importância e têm despertado a atenção detodo o mundo, delineando por sua vez o discurso climático-meteorológico-ambiental ese impõem definitivamente na pauta da geopolítica internacional do presente e dofuturo. Um consenso internacional, ainda que pontuado por algumas acepçõesdissonantes, formado acerca das previsões para a intensificação do aquecimentoclimático planetário no Século XXI aponta para a inserção de cenários complicados paraos ecossistemas, o meio ambiente e a vida dos seres humanos.Nesse sentido, estudos sobre os aspectos meteorológicos e climáticos, como a análise dainfluência do ar, das alterações climáticas, da contaminação do solo e das condiçõessocioeconômicas, particularmente, na incidência de doenças endêmicas na população deidosos, necessitam ser ampliados em todas as áreas de conhecimento.Portanto, este estudo parte da premissa de que as alterações climáticas e as condiçõessocioambientais interferem de forma positiva e/ou negativa no índice de contaminaçãopor doenças endêmicas na população idosa.

MetodologiaO critério metodológico adotado para a concretização deste estudo tomou como base

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uma pesquisa bibliográfica dos aportes teóricos que analisam a temática em foco, a fimde ampliar a reflexão e análise sobre a relação entre os efeitos das variações climáticas eas doenças na população idosa. Neste contexto, foram considerados dados coletadosatravés de órgãos oficiais como: Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas/IPCC, a Organização Mundial da Saúde/OMS, e o Instituto Brasileiro de Geografia eEstatística/IBGE.

ResultadosO espaço geográfico tem uma relação direta com as doenças endêmicas da população,sobretudo de idosos, e são influenciados pelo clima, geologia, relevo, solo, alimentaçãoe água potável. Em âmbito mundial, de acordo com a OMS, em 2025, existirão 1,2bilhões de pessoas com mais de 60 anos, sendo que os idosos com 80 anos ou maisconstituem o grupo etário de maior crescimento.Nas expectativas sobre o envelhecimento global, destaca-se a previsão de que, em 2050,somente na China, haverá mais pessoas com 65 anos que hoje, em todo o planeta. Nesseperíodo haverá uma triplicação do número de idosos e apenas um crescimento de 50%da população em geral.A possibilidade de alcançar a marca dos 80 anos será quatro vezes maior que agora e,assim, a quantidade de idosos superará a de crianças. Historicamente, estes índicesapontam para o surpreendente envelhecimento abrupto da humanidade.No Brasil, há cerca de 10 milhões de pessoas com idade superior a 65 anos, e estima-seque, em 2025, os idosos atingirão uma cifra aproximada de 30 milhões de pessoas, oequivalente a 15% da atual população (IBGE, 2007).Muitos são os aspectos pelos quais os eventos climáticos vulnerabilizam os sereshumanos na contração de doenças, notadamente, na população idosa. Ressalte-se aindaque as implicações das mudanças climáticas são mensuradas pela qualidade ambiental emagnitude de ocorrências, os demais casos são assinalados pelo resultado daheterogeneidade, bem como pela habilidade de adaptação e resiliência ao sistema comoum todo.

ConsideraçõesO envelhecimento populacional está em fase de crescimento. Os fatores são discutidos,com especial referência ao declínio tanto das taxas de fecundidade como para as demortalidade.De grande relevância é o esclarecimento à população idosa sobre o processo deaquecimento global e suas consequências, bem como a distribuição espacial projetadapara os riscos advindos do clima modificado, e o conhecimento de medidas individuaise coletivas de proteção à saúde.É necessário que o Estado e a sociedade se preparem, apresentando melhorias precisas eesperadas – independente da mudança climática – como a expansão da infraestrutura de

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saneamento e do controle de doenças da população idosa, medidas adaptativasespecíficas e necessárias.Dessa forma, é função do sistema saúde a precaução com os riscos provocados pelasmodificações climáticas antrópicas e entrópicas, mas, sobretudo, é preciso atuar nagênese de suas vulnerabilidades sociais, através de transformações comportamentais,quer seja no âmbito cultural, político, econômico e social, objetivando um mundo maissustentável e, por conseguinte mais saudável para todos os povos.

ReferênciasIBGE. Projeção da população brasileira entre o período 1980-2050. Rio de Janeiro,2007.IPCC (Intergovernmental Panel On Climate Change). Climate Change 2007: ThePhysical Science Basis, Summary for Policymakers. 2007. Disponível em:<http://www.ipcc.ch/SPM2feb07.pdf>. Acesso em: 10 mar de 2013.OMS (Organização Mundial da Saúde). Envelhecimento Ativo: uma política de saúde.2005. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/envelhecimento>.Acesso: 2º fev de 2013..