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199 As metas com relação a esta endemia estão representadas pelo número de escolares do 19 grau, da faixa etária de 7-14 anos, a serem examinados até o final do ano corrente. A estimativa é de 380 mil escolares a examinar distribuídos por todos os Estados e Territórios, a exceção de Fernando de Noronha. 4 – ESTADO ATUAL, RESULTADOS, AVALIAÇÃO E PERSPECTIVAS Atualmente 30 equipes, sob a chefia de médicos, estão realizando o inquérito acima referido. Estes técnicos foram especialmente treinados para este trabalho, sendo os cursos realizados em Goiânia (outubro-1974) e Vitória (abril-1975). Os resultados preliminares vem demonstrando alta prevalência do bócio endêmico em zonas rurais da Bahia, Rio Grande so Sul e Maranhão. São dados parciais que abrangem alguns municípios avaliados. No final do ano será possível obter-se Segura informação da distribuição geográfica atual e níveis de prevalência do bócio endêmico. Com tais dados poderá avaliar-se as causas desta doença carencial, inclusive dos fatores que interferem e facilitam a sua ocorrência.

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As metas com relação a esta endemia estão representadas pelo número de escolares do 19 grau, da faixa etária de 7-14 anos, a serem examinados até o final do ano corrente. A estimativa é de 380 mil escolares a examinar distribuídos por todos os Estados e Territórios, a exceção de Fernando de Noronha.

4 – ESTADO ATUAL, RESULTADOS, AVALIAÇÃO E PERSPECTIVAS Atualmente 30 equipes, sob a chefia de médicos, estão realizando o inquérito acima referido.

Estes técnicos foram especialmente treinados para este trabalho, sendo os cursos realizados em Goiânia (outubro-1974) e Vitória (abril-1975). Os resultados preliminares vem demonstrando alta prevalência do bócio endêmico em zonas rurais da Bahia, Rio Grande so Sul e Maranhão. São dados parciais que abrangem alguns municípios avaliados.

No final do ano será possível obter-se Segura informação da distribuição geográfica atual e níveis de prevalência do bócio endêmico. Com tais dados poderá avaliar-se as causas desta doença carencial, inclusive dos fatores que interferem e facilitam a sua ocorrência.

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BOUBA

PROBLEMA As áreas endêmicas de maior importância estão situadas na Amazônia, Nordeste e no

Noroeste de Minas Gerais. Como problema de saúde pública é atualmente uma endemia de importância secundária. Esta conclusão resultou de um inquérito de avaliação realizado no Nordeste e em Minas Gerais, em 1967.

Antes dos programas de tratamento em massa dos pacientes boubáticos com penicilina, realizaram-se inquéritos em áreas endêmicas, obtendo-se altos percentuais de positividade, nas áreas rurais dos seguintes municípios:

As regiões infectadas pela bouba abrangiam 2,8 milhões de kms2, com uma população de 10 milhões de habitantes, distribuindo-se em 14 Estados e 3 Territórios. Após a 3ª. reinspeção, em 1960, a prevalência da bouba foi reduzida a 0,38%, permanecendo uma transmissão residual na Amazônia. A utilização da penicilina provocou a regressão da doença.

2 — EPIDEMIOLOGIA, MEIOS DE COMBATE E METAS

Em 1974, foram tratados 151 pacientes suspeitos de bouba em 4 Unidades: Rondônia (60), Amazonas (38), Alagoas (33) e Amapá (20).

O combate à doença compreende: a) inquéritos para delimitação das áreas endêmicas, com busca e tratamento dos casos; b) avaliação dos resultados, por amostragem, através de exame de suspeitos e investigação epidemiológica; c) vigilância de áreas consideradas em estado residual; d) Educação Sanitária.

Os objetivos da profilaxia da bouba são: eliminar a doença como problema de saúde e, numa etapa posterior, erradicá-la do país. A primeira fase foi alcançada. Resta a erradicação da enfermidade.

3 — ESTADO ATUAL, RESULTADOS E PERSPECTIVAS

Os resultados alcançados pela campanha contra a bouba são realmente expressivos. A baixa prevalência atual da doença sugere medidas de vigilância e integração das atividades contra essa endemia aos órgãos locais de saúde.

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TRACOMA

1 – PROBLEMA

É uma cerato-conjuntivite contagiosa específica, com ampla difusão nas zonas rurais brasileiras. Para muitos é uma doença que se desenvolve em ambiente de miséria, de promiscuidade e de ignorância, estando relacionada também à falta de asseio e desleixo.

Nos últimos trinta anos (1944-73), em 628 municípios trabalhados pelo Ministério da Saúde em inquéritos de tracoma cerca de 91% (572 municípios) apresentaram casos dessa doença. Neste último grupo, 36% (226 municípios) tiveram índices que variam de 0,1 a 10,0%, considerados de fraca prevalência; outros 33% (208 municípios) mostraram moderada prevalência, compreendidos nos índices de 10,1 a 30,0%; finalmente, nos 138 municípios restantes (22%) foram registrado índices elevados, acima de 30,1%.

Considerando-se os resultados acima referidos, constata-se ser o tracoma uma endemia de larga distribuição em nosso país, sendo o Nordeste a região mais comprometida. Presentemente procede-se a um inquérito de âmbito nacional, em escolares do 10 grau, para avaliação da prevalência do tracoma e bócio endêmico. Este trabalho abrangerá por critério de amostragem, todas as micro-regiões do país, devendo ser concluído até o final de 1975.

2 – EPIDEMIOLOGIA

Esta doença é causada por vírus pertencente ao grupo linfogranuloma venério-psitacose. Seu reservatório é o homem doente, e é transmitido pela secreção dos olhos e exsudatos mucóides ou purulentos da mucosa nasal dos indivíduos infectados. A transmissão se faz por contágio direto (mãos contaminadas) ou indireto (fomites e insetos).

Em 1974, foram realizados inquéritos epidemiológicos em 19 Unidades brasileiras, abrangendo 119 municípios e 651 localidades; foram examinados 200 mil indivíduos, com aproximadamente 30 mil positivos (15,0%). Tem-se mostrado elevada a morbilidade produzida pelo tracoma.

DADOS DE COMBATE AO TRACOMA, NO BRASIL, EM 1974

Área População Examinda

Casos de Tracoma

% de positivos

OutrasConjutivites

Urbana 85.347 4.539 16,9 6.225 Rural 120.228 21.825 18,1 32.569 SOMA 205.575 26.364 12,8 38.794

Entre os Estados que apresentaram maior número de casos encontra-se a Bahia, Pará, Paraná, Pernambuco e Piauí. As migrações têm contribuído para difundir esta doença.

3 – MEIOS DE COMBATE

O combate ao, complexo tracoma-conjuntivite obedece ao seguinte esquema: a) medidas profiláticas; b) inquéritos; c) Educação Sanitária.

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As medidas profíláticas baseiam-se no controle das fontes de infecção, através do tratamento indiscriminado das formas exsudativas contagiantes e de prática de educação sanitária, para fomentar o uso da água e sabão na profilaxia desta doença transmissível.

Para conhecimento da distribuição geográfica do tratamento e seus níveis de prevalência, sãorealizados inquéritos na coletividade escolar de novas áreas rurais. Nas regiões que vêm sendo trabalhadas realizam-se inquéritos de avaliação em amostras da população em geral.

A Educação Sanitária neste programa visa a motivar as populações para o problema das doenças oculares transmissíveis, particularmente do complexo tracoma-conjuntivite, incutindo-lhes hábitos de higiene.

4 – METAS, ESTADO ATUAL, AVALIAÇÃO E PERSPECTIVAS

O inquérito em andamento, em âmbito nacional, prevê o exame de aproximadamente 380 mil escolares do 1º grau, da faixa etária de 7-14 anos, em todas as Unidades do país, por micro-regiões.

Atualmente 30 médicos e auxiliares estão sendo empregados no inquérito do Tracoma havendoperspectivas para concluí-lo até o final do ano. No ano passado, foram examinados 23.737 escolares em 8 Estados, registrando-se 14,4% dos estudantes com tracoma. Prevê-se, com a conclusão do inquérito, a delimitação da área endêmica do tracoma. Este conhecimento permitirá a adoção de plano de trabalho para as regiões de maior prevalência e, se possível, de todas as áreas comprometidas.

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MENINGITE MENINGOCÓCICA

1– O PROBLEMA E A CAMPANHA NACIONAL DE VACINAÇÃO

A partir de 1971, em São Paulo, o número de casos de meningite meningocócica começou a aumentar progressivamente, assumindo o caráter epidêmico. Desde então, até 1974, todas as Unidades da Federação tiveram a repetição do fato em maior ou menor proporção. O agente etiológico responsável pela epidemia, até fins de 1973, foi o meningococo tipo C cujo comportamento ficou dentro dos padrões esperados, à vista do conhecimento de epidemias anteriores de meningite meningocócica.

A partir de 1974, no entanto, um novo agente etiológico se associou ao primeiro, o meningococo tipo A, com grande atividade, determinando uma elevação assustadora de casos em alguns Estados. Destes, o mais atingido foi São Paulo, especialmente na Região da Grande São Paulo, onde se tornou necessária a utilização de 2.500 leitos hospitalares distribuídos em 27 hospitais. Em proporções maiores, os demais Estados também apresentaram, em 1974, aumento da incidência de casos.

A distribuição geográfica dos casos de meningite no Brasil, mostrou uma dispersão do meningococo ao longo das rodovias, a partir de São Paulo, agravando o problema nacional, uma vez que a doença já não se restringia aos Estados sujeitos a climas temperados. Foi criada a Comissão Nacional de Controle da Meningite assim como Comissões Estaduais para o estudo e acompanhamento epidemiológico do problema, sugerir medidas de terapêutica e profilaxia de contatos, assim como sugerir medidas para ampliação da rede hospitalar.

Em julho de 1974, o Estado de São Paulo adquiriu 3 milhões de doses de vacina anti-meningocócica tipo A (Merieux) e outro tanto tipo C (Merck Sharp-Dome), para iniciar a vacinação na Região da Grande São Paulo. Foi então escolhido o grupo etário de 7-14 anos (escolares) como prioritário para a vacinação. Considerada a vacinação de apenas essa parcela da população e a aplicação em épocas diferentes das duas vacinas, o resultado aparentemente não foi bom. Por outro lado, o Ministério da Saúde adquiriu um total de 800.000 doses de vacina A e C. Essas vacinas foram aplicadas separadamente em Brasília e algumas cidades do interior de São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina, sempre em populações restritas.

Ao final de 1974 decidiu-se pela compra de 80.000.000 de doses de vacina bivalente A e C (Merieux) para a partir de janeiro de 1975, num prazo de 10 meses, vacinar 80% da população brasileira. Foi criada a Campanha Nacional de Vacinação Contra Meningite Meningocócica ligada à SUCAM. O Ministério da Saúde se propôs a realizar a vacinação das Capitais, áreas metropolitanas e grandes eixos rodoviários, em colaboração com as Secretarias de Saúde das Unidades da Federação. Utilizou-se, para estabelecer o cronograma de vacinação no Brasil, o critério epidemiológico, vacinando-se as áreas de maior incidência e os grandes eixos rodoviários responsáveis pela dispersão da doença. Após a vacinação das capitais e áreas metropolitanas, as Secretarias de Saúde Estaduais teriam a si o encargo de vacinar o interior dos Estados, desde que, para tanto, tivessem recursos próprios; caso contrário, o Ministério da Saúde assumiria a responsabilidade.

2 – ESTRATÉGIAS DO PROGRAMA DE VACINAÇÃO

Para a execução desse programa de vacinação em massa, de 80.000.000 de pessoas em 10 meses, foram adotadas duas estratégias: uma para as grandes áreas e outra para os grandes eixos de comunicação do país. Considerou-se para esse procedimento, o tamanho e o fluxo da população a vacinar, as vias de acesso, as distâncias a percorrer, os recursos disponíveis e os cuidados que a vacina deveria receber pela sua labilidade.

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Nas áreas metropolitanas e capitais a vacinação foi programada para ser realizada em poucos dias, consideradas as implicações que uma campanha dessa natureza determina numa cidade em que a população se encontrava muito motivada. Nessas áreas, tornou-se necessário o conhecimento da densidade demográfica nos vários distritos e bairros para a divisão em áreas compatíveis com os recursos logísticos para a ação em curto prazo; as áreas foram subdivididas em Setores onde funcionaram os Postos de Vacinação; grupos de 10 a 15 Postos de Vacinação foram reunidos em Núcleos, cada um destes dispondo de posto de suprimento próprio (Anexo IA-IIA-IIIA-VA-VIA-VIIA e IB).

Para a vacinação dos eixos rodoviários, a organização é semelhante, apresentando a peculiaridade de que os Postos de Vacinação são móveis (Anexo IC). Ainda com relação aos eixos, alguns aspectos foram considerados quando se tratava de transporte ferroviário, aéreo e fluvial. Para a vacinação dos eixos, as equipes se deslocam permanentemente, avançando em direção às vizinhas cidades; nos eixos consideram-se as parcelas, unidades de áreas de trabalho em função das cidades e de suas áreas de influência, compatíveis com a logística operacional:

Um cuidado extremo foi tomado com relação à vacina que sempre foi transportada sob refrigeração, segundo as especificações do laboratório produtor. Constituiu uma providência básica o treinamento do pessoal, uma vez que se utilizou também o pessoal das comunidades a serem vacinadas, inclusive como vacinadores, o que exigia um preparo cuidadoso para o trabalho com os injetores. Para o êxito da campanha tem sido fundamental também a divulgação para informar e atrair a população, utilizando-se todos os recursos de comunicação, tais como, rádio, televisão, cartazes, etc.

Em todas as áreas já vacinadas procurou-se associar os recursos de material do Ministério da Saúde aos das Secretarias de Saúde e de outras entidades. Ressalta-se a inestimável colaboração das Forças Armadas, colocando à disposição da campanha, pessoal, viaturas, equipamentos de rádio-comunicação, aviões e corvetas.

3 – EXECUÇÃO DO PROGRAMA

Os Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro (atual) tiveram as suas capitais e áreas metropolitanas vacinadas com a participação de pessoal e equipamentos do Ministério e de outros Estados, ficando o interior do Estado a cargo das Secretarias, com auxílio parcial do Ministério. Para o Nordeste foi programada a vacinação das áreasmetropolitanas de Salvador, Recife e Fortaleza, e através. da operação denominada "Chapéu de Couro", das outras capitais e de cidades localizadas ao longo dos eixos rodoviários. Os Estados do Maranhão e Piauí integraram a "Operação Babaçu"; os Estados e Territórios da Região Norte constituíram a "Operação Seringueiro"; para a vacinação do Centro-Oeste foi constituída a "Operação Cerrado".

O desenvolvimento da vacinação nem sempre comportou-se da mesma maneira. Na Grande São Paulo, área metropolitana com elevada densidade populacional, foram empregados recursos consideráveis e não habituais em programas de saúde pública: 530 viaturas, 560 vacinadores, 280 motoristas além de numeroso pessoal auxiliar, e 620 injetores, realizando uma operação de tal envergadura que possibilitou a imunização de quase dez milhões de habitantes em quatro dias apenas. Na operação "Chapéu de Couro" surpreende o deslocamento das equipes – mais de vinte e sete mil quilômetros percorridos, através de eixos rodoviários, em dezessete dias, alcançando a proteção de quase trezentos municípios nessa operação, sem nenhum prejuízo à eficiência da vacinação. Na Amazônia, a "Operação Seringueiro" caracteriza-se pela variedade de meios de transportes a serem empregados – veículos terrestres, diferentes tipos de embarcações inclusive corvetas da Marinha e aviões, com a participação da Força Aérea Brasileira. O funcionamento harmônico de todos esses recursos como resultado de um planejamento cuidadosamente elaborado, possibilitará que seja alcançada a cobertura prevista para a Amazônia.

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4 – RESULTADOS

Os resultados da vacinação em massa já se fazem sentir em vários Estados, mais intensamente naqueles em que a incidência alcançou valores altos.

Na área metropolitana de São Paulo, a vacinação realizada no período de 22 a 25 de abril, atingiu 9.900.000 pessoas. A tendência nesse período era de ascensão da incidência. Já na primeira semana após a vacinação houve uma queda bastante acentuada do número de casos, assim como nas semanas seguintes, de tal forma que após 9 semanas (semana epidemiológica 26) o número de casos representava 33% do número observado na semana da vacinação. Por outro lado o número de casos da semana 22 em 1975 representou menos de 50% do observado na mesma semana em 1974, (gráfico anexo). A observação da incidência após a vacinação mostrou que o grupo etário de menores de 1 ano sofreu uma pequena redução de coeficiente 20%, enquanto nos demais, houve redução de 60 a 80%. Possivelmente o limite de idade de 6 meses para a vacinação pudesse ser abolido, passando-se a vacinar todas as crianças indistintamente. Apesar de ser conhecida a dificuldade de imunização desse grupo etário, essa medida teria sentido se programada uma segunda dose de reforço.

Na Grande Porto Alegre ocorreu fato semelhante ao da Grande São Paulo. Em Curitiba e Londrina no Paraná, a incidência em vacinados é respectivamente 10 e 14 vezes menor do que entre os não vacinados.

Em todos os demais Estados estão ocorrendo redução de números de casos em maior ou menor proporção.

DEMONSTRATIVO DAS VACINAS RECEBIDAS E APLICADAS

VACINAS RECEBIDAS....................................................................................... 76.044.850VACINAS DISTRIBUÍDAS .................................................................................. 70.025.100

SALDO ATÉ 10/07/75 6.019.750

VACINAS APLICADAS POR ESTADOS:

GOIÁS ................................................................................................................... 1.300.000 Até 16.05.75MINAS GERAIS.................................................................................................... 3.916.000 Até 14.06.75BAHIA.................................................................................................................... 1.419.100SÃO PAULO......................................................................................................... 16.600.000 Até 09.07.75RIO DE JANEIRO................................................................................................ 8.943.500 EncerradoESPÍRITO SANTO............................................................................................... 1.423.400 EncerradoSANTA CATARINA.............................................................................................. 1.042.450 Até 11.03.75RIO GRANDE DO SUL ...................................................................................... 6.300.000 EncerradoPARANÁ................................................................................................................ 6.887.400 EncerradoBRASÍLIA.............................................................................................................. 803.000 EncerradoPERNAMBUCO................................................................................................... 1.720.000CEARÁ.................................................................................................................. 1.203.600MARANHÃO ......................................................................................................... 182.500MANAUS............................................................................................................... 447.150BELÉM.................................................................................................................. 795.550OP. CHAPÉU DE COURO................................................................................ 7.200.000

TOTAL PARCIAL:................................................................................................ 60.183.650

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IDENTIFICAÇÃO DE SÍMBOLOS E ABREVIATURAS

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ORGANIZAÇÃO OPERACIONALPREVISÃO DE PROGRAMA

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ORGANIZAÇÃO OPERACIONALESTRUTURA DE ÁREA

ÁREA 3

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ORGANIZAÇÃO OPERACIONALESTRUTURA DE SETOR

SETOR C

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ORGANIZAÇÃO OPERACIONALESTRUTURA DE NÚCLEO

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ANÁLISE DE FLUXO

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SISTEMA DE COMUNICAÇÕES-ESTRUTURA DE ÁREA

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3 – ORGANIZAÇÃO ESQUEMÁTICA

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ORGANIZAÇÃO OPERACIONAL – ESTRUTURA DE EIXO

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tema 5

EXTENSÃO DAS AÇÕES DE SAÚDEÀS POPULAÇÕES RURAIS

DR. ALDO VILLAS BÔAS

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EXTENSÃO DAS AÇÕES DE SAÚDEÀS POPULAÇÕES RURAIS

INTRODUÇÃO

A escolha deste tema para estudo e apreciação da V Conferência Nacional de Saúde, reflete o interesse do Governo pela melhoria da qualidade da vida das populações rurais, em consonância com o acelerado processo de desenvolvimento do país.

Na verdade, entre aquelas áreas que ainda não puderam reunir os meios necessários à valorização integral do homem, onde não foi possível criar senão "ilhas de saúde", comumente fora do alcance das populações mais distantes, destacam-se as rurais.

Caracterizadas ainda por uma situação de dependência, com baixa renda, reduzidaprodutividade, deficientes condições de saúde e educação, as populações dessas áreas contribuem, em grande proporção para a mortalidade geral e específica. Com acesso muito limitado aos bens e serviços, não surpreende a sua migração crescente, a chamada "ruralização" dos centros urbanos.

Aliás, entre as razões evocadas para explicar o ritmo mais ou menos acelerado do atual movimento migratório, a par do processo de industrialização, que oferece maior número de oportunidades

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e melhor remuneração; da atração da vida urbana; da redução da força de trabalho, resultante da mecanização e aumento de eficiências da agricultura; encontra-se justamente a forte e crescente demanda da população rural por uma qualidade de vida mais satisfatória.

A extensão de ações de saúde a essas áreas e a outras com características tipicamente rurais,terá assim repercussão significativa no trabalho que se desenvolve com o objetivo de propiciar melhores condições físicas, sociais e econômicas ao homem, e no aproveitamento do potencial das comunidades.

Atualmente os próprios economistas, até bem pouco tempo mais ou menos cépticos, afirmam que investir em saúde produz grandes dividendos em força de trabalho; e as nações com economia próspera vêm rapidamente suprindo de capital a rendosa empresa da saúde. É que diante do conhecimento adquirido, não se pode mais permitir que o ciclo vicioso – "pobreza-doença-pobreza" –siga seu desastroso curso, sem controle e correção.

SITUAÇÃO DE SAÚDE RURAL

– Avaliação da ConjunturaA Fundação IBGE considera como população rural a recenseada fora dos limites das cidades e

vilas. Entretanto, tomando por base certas características sociais, econômicas, políticas edemográficas, entendemos como áreas rurais, para efeitos de saúde pública aquelas em que a população se apresenta em pequenos aglomerados dispersos no campo, ou em localidades com menos de 5 mil habitantes, e concentra seu trabalho em setores primários de baixa produtividade.

Em face das exigências regionais de interação entre núcleos urbanos e comunidades rurais, pode acrescentar-se toda a população com até 10 mil habitantes, situada em áreas cuja distância para localidades vizinhas de maior densidade demográfica ultrapasse mais de 2 horas, utilizando-se os meios usuais de transporte coletivo.

– AnáliseAo analisarem-se os aspectos conjunturais da saúde rural, sobressaem os fatores

condicionantes relativos à população, sua distribuição geográfica, as tendências das modificações de sua estrutura epidemiológica, no meio ambiente, e a forma como se projeta para o futuro. O conhecimento desses fatores permite a formulação ou alterações da política, dos programas, das estratégias e práticas de saúde pública capazes de evitar ou atenuar danos que afetam o progresso do país.

– Aspectos DemográficosDe acordo com os dados oficiais, o Brasil possui uma população rural de aproximadamente 42

milhões de habitantes, e uma população urbana de 53 milhões distribuída em 7.834 localidades (cidades e vilas) das quais 5.395 (68,8%) têm menos de 2 mil habitantes, e 1.241 (15,8%) entre 2 e 5 mil (Tabela I e II).

Essas localidades, em geral, são caracterizadas pela inexistência ou pela deficiência de condições urbanísticas, como, por exemplo, ausência de casas de alvenaria, de áreas calçadas, drenagem de águas pluviais, luz elétrica, abastecimento público de água, esgotos sanitários, e melhorias sanitárias domiciliares para o destino adequado dos dejetos.

Deste modo, cerca de 50% da população do país vive em pequenas comunidades afetadas por condições tipicamente rurais.

Embora se venha observando que o percentual da população rural esteja diminuindo, o seu número absoluto, a despeito inclusive da migração, continua aumentando, e será de magnitude apreciável nos próximos dez anos, considerado o incremento natural, influenciado por expressivanatalidade e ligeira redução da mortalidade. Considere-se que a taxa média geométrica de crescimento demográfico das localidades com menos de 10 mil habitantes é estimada em 2,3% ao ano.

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Em todas as regiões fisiográficas brasileiras, a população das áreas rurais é jovem. A proporção de menores de 5 anos é de aproximadamente 15%, a de menores de 15 anos ultrapassa 40%, e a de indivíduos até 24 anos de idade representa 61% do total. Apenas 8% da população consegue atingir idade acima de 55 anos (Tabela III).

O nível de escolaridade, embora variável conforme a região, é baixo, observando-se atraso no ingresso das crianças na Escola, intermitência acentuada na freqüência às aulas, e a ocorrência de abandono dos estudos, principalmente entre os 9 e 14 anos. O percentual de analfabetismo a partir dos 5 anos de idade, atinge a 57%, e as facilidades para o ensino de 2º grau são reduzidas (Tabela IV).

A natalidade mantém-se em nível relativamente alto, com coeficiente de aproximadamente 36 por 1.000 habitantes, e a esperança de vida ao nascer é consideravelmente inferior à media nacional, estimada em 59 e 64 anos para os homens e mulheres, respectivamente (Tabela V e VI).

– Indicadores e Fatores CondicionantesA mortalidade geral e infantil são elevadas. Cerca de 50% do total de óbitos ocorrem no grupo

de menores de 5 anos, e as doenças infecciosas e parasitárias, as enterites e outras enfermidades diarréicas associadas à desnutrição protéico-calórica e às anemias nutricionais, encontram-se entre as principais causas de morte (Tabela VII – VIII e IX).

Quando à morbidade, prevalecem as doenças transmissíveis com aproximadamente 370 casos por 100 mil habitantes, constituindo problema de saúde cujas implicações causam seria preocupação (Tabela X).

Grande parte da população não recebe os benefícios da saúde e do saneamento por impossibilidade financeira de custeio, ou ainda por inexistência ou insuficiência de serviços, devidas, fundamentalmente, às disparidades da localização espontânea dos recursos humanos e da infra-estrutura de saúde. De modo geral, não dispõe de meios satisfatórios de abastecimento de água nem de qualquer tipo de instalação para o destino de dejetos.

Segundo dados do IBGE, entre 7 milhões e 600 mil domicílios situados nessas áreas, somente 2,47% estão ligados à rede geral de distribuição de água e 26% são abastecidos por poços ou nascentes. No que se refere a instalações sanitárias, 1,6% possuem fossas sépticas 23% fossas rudimentares, e 75% não dispõem dessas instalações (Tabela XI).

Recente estudo levado a efeito pela Fundação SESP demonstrou que de 70 a 95% das habitações rurais lançam os seus despejos na superfície. Essas casas não possuem instalações sanitárias ou as que possuem são inadequadas, o que condiciona o aparecimento de doenças evitáveis, debilidade e morte (Tabela XII).

Por outro lado, nas pequenas localidades, cidades e vilas, somente 29% dos domicílios estão ligados à rede de abastecimento de água cerca de 70% não possuem banheiros e mais de 40% não têmprivadas. Das escolas, 75% não dispõem de bebedouros, 49% de lavatórios 59% de filtros e 27% de instalações sanitárias. Em extensas áreas as populações sofrem os efeitos da esquistossomose, da febre tifóide da amebíase, das gastro-enterites, do tracoma e de outras doenças cuja transmissão está estreitamente relacionada ao saneamento.

– Serviços Médico-SanitáriosA disponibilidade de serviços médico-sanitários é limitada. Cerca de 40% dos municípios

brasileiros não dispõem de qualquer infra-estrutura de saúde, nem contam com médico residente. No interior do Maranhão, por exemplo, a proporção é de um médico para cada 40 mil habitantes. Além disso, a pequena disponibilidade existente é, em geral, distribuída irregularmente sendo acessível apenas a 20 ou a 30% da população. Em Estados do Norte e do Nordeste, o número de falecimentos sem atestado médico corresponde a mais de 50% do obituário geral (Tabela XIII)

Por outro lado, é freqüente observar-se uma concentração de recursos médico-sanitários em Distrito-Sede de Município Pólo de Região, com prejuízo não só de outros Municípios, como de suas

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mesmas populações, localizadas em outros distritos. Além de tudo, a ausência de uma organização racional não lhes permite uma cobertura suficiente. Unidades, comumente sem qualquer integração, mantidas, quase sempre, por organismos desprovidos de normas e padrões mínimos para a operação das mesmas e deles próprios, prestam poucos benefícios e desenvolvem ações paralelas, competindo em função da reduzida clientela.

– SínteseA análise da situação de saúde das populações afetadas pelas condições tipicamente rurais do

seu meio ambiente, evidencia que as mesmas sofrem de maior número de doenças evitáveis, ao lado de aguda insuficiência de recursos materiais, financeiros e tecnológicos.

Grande massa populacional, agredida por numerosos fatores adversos, em particular a sub-nutrição, o precário saneamento ambiental, as endemias dominantes, a deficiência de facilidades sanitárias e educacionais, as péssimas condições de habitação, têm comprometidas suas condições físicas e sua habilitação para o trabalho, ou para trabalhar intensa e efetivamente.

População de baixa renda, com elevada taxa de analfabetismo, deficientemente coberta pelos benefícios sociais e econômicos, apresentam excessiva mortalidade infantil e altos coeficientes de morbidade e mortalidade por doenças transmissíveis, em síntese, um nível de saúde precário e inquietante.

Expostas freqüentemente a novos riscos com a troca de seu eco-sistema pelas grandes cidades, fato que agrava não só a situação destes centros como a das áreas de procedência (que perdem quase sempre seus elementos mais dinâmicos), constituem motivo suficiente de preocupação, e justificam todas as medidas que visem a tomar a área rural mais atrativa, proporcionando-lhesegurança, melhor qualidade de vida e maior produtividade.

TABELA I

(+) Fonte: Fundação IBGE – VIII Recenseamento Geral – 1970.

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TABEAL III

BRASILPOPULAÇÃO DISTRIBUÍDA SEGUNDO GRUPOS DE IDADE (+)

(+) – Fundação IBGE – VIII Recenseamento Geral – 1970

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TABELA V

BRASILPROJEÇÃO DA NATALIDADE, MORTALIDADE GERAL E CRESCIMENTO VEGETATIVO (+)

(+) – Projeção para 1975 – 1980(++) – O coeficiente de natalidade nas área se trabalho da FSESP no interior do pais, é estimado em 36,5.

TABELA VIBRASIL

PROJEÇÃO DA ESPERANÇA DE VIDA POR SEXO (+)

(+) – Projecion cuadrienal da la assistencia de la OPS/OMS al Brasil – 1972 – 1975

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TABELA VIII

BRASILMORTALIDADE POR ENTERITES E OUTRAS

DOENÇAS DIÁRRÉICAS, SEGUNDO AS GRANDES REGIÕES (+)

TABELA IX

BRASILGRAU DE DESNUTRIÇÃO, EM PERCENTUAL, EM CRIANÇAS

DE 6 MESES A 5 ANOS DE IDADE (+)

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TABELA X

BRASIL – NORDESTE CASOS INFORMADOS DE DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS

– POR 100.000 HABITANTES –1972

TABELA XI

BRASILCONDIÇÕES DE SANEAMENTO NAS ÁREAS RURAIS

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TABELA XII

BRASILCONDIÇÕES DE SANEAMENTO EM MUNICÍPIOS DO INTERIOR (+)

TABELA XIII

BRASIL - REGIÃO NORDESTEÓBITOS ATESTADOS POR MÉDICO

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EXTENSÃO DE AÇÕES DE SAÚDE

– Política e DiretrizesA Fundação SESP, de acordo com as diretrizes do Ministério da Saúde, iniciou há algum tempo

um programa de "Extensão de Ações de Saúde nas Áreas Rurais", fundamentado na experiência que adquiriu na prestação de serviços às populações do interior do país, de acordo com as condições sócio-econômicas de cada região.

O Programa visa a reduzir os problemas sociais e os seus efeitos, ao melhorarsubstancialmente a capacidade do homem para realizar seus objetivos pessoais, com reflexos e implicações evidentes na fixação das populações no campo, particularmente de suas elites, cuja fuga para os centros urbanos as empobrece ainda mais. Procura, assim, contribuir para criar condições que facilitem incorporar à economia de mercado grande parcela da população brasileira.

Essa extensão de serviços é realizada através de uma organização básica, hierarquizada sob a forma de sistema, capaz de expandir atividades de saúde e saneamento em benefício de pequenas comunidades desprovidas de recursos médico-sanitários.

O sistema é constituído por um mecanismo, através do qual os recursos humanos e materiais se organizam em estruturas técnico-administrativas para prestar serviços integrais de saúde em quantidade e qualidade suficientes, a um custo compatível com as disponibilidades financeiras.

Para os propósitos da programação, as regiões são divididas em áreas de extensão relativamente pequenas, que devem ser agrupadas, de modo a que os serviços sejam accessíveis às populações nos diferentes núcleos e atendam realmente às suas necessidades.

Cada área escolhida deve ter uma população bem definida, em geral com 100 a 150 mil habitantes, a qual varia, entretanto, para mais ou menos, conforme as necessidades de saúde, a densidade demográfica, a distância entre as localidades, as facilidades de comunicação e transporte, ea prévia existência de elementos capazes de compor a infra-estrutura planejada.

– Unidades Básicas de SaúdeO programa prevê a implantação e a operação de uma rede de pequenas unidades periféricas

que executam ações básicas de saúde, preventivas e curativas. O funcionamento eficiente dessas unidades mais simples, é assegurado por outras mais diferenciadas, que, além de complementarem as suas atividades, proporcionam orientação e supervisão a cada uma das suas ações.

As mencionadas unidades, com ou sem médico em caráter permanente, localizam-se em distritos e povoados situados a distância razoável do núcleo central. De acordo com as circunstâncias é necessário que se fixem entre elas "unidades de triagem", com possibilidade de atenderemergências, enquanto se procede a remoção dos pacientes para as unidades de apoio da área programática.

Essas unidades básicas de saúde atendem assim, não só às pequenas cidades e vilas que lhes servem de suporte, como também às populações rurais circunvizinhas, aglomeradas ou dispersas (Diagrama).

As informações disponíveis revelam que em áreas trabalhadas pela Fundação SESP no interior do país, observa-se uma apreciável redução da mortalidade infantil, e uma participação menos acentuada dos menores de 5 anos no obituário geral (Tabelas XIV e XV).

Por outro lado, as unidades periféricas desprovidas de laboratório e de médico em caráter permanente, vêm cumprindo satisfatoriamente as metas estabelecidas. No que se refere à tuberculose (aqui tomada como exemplo por exigir ações mais complexas do que doenças outras, inclusive as inteiramente evitáveis por imunizantes, tais como a varíola, o sarampo e a poliomielite) os valores observados são perfeitamente comparáveis aos alcançados pelas unidades especializadas (mono-valentes) dos grandes centros urbanos do país (Tabelas XVI e XVII).

Os bons resultados obtidos levam a crer que a melhor atenção ao problema de saúde das áreas rurais, é a proporcionada por essa regionalização de serviços, que implica na interação entre centros urbanos e comunidades rurais, e na integração e coordenação de todos os recursos de saúde existentes

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ou a serem criados nessas áreas.Essa interação pode ser representada por uma pirâmide, tendo no vértice (centro polarizador da

Região) uma Unidade Mista, ou outra diferenciada, apoiando as unidades sanitárias periféricas, que, distribuídas em forma de leque e simplificadas progressivamente em suas atividades, chegam até as pequenas comunidades rurais e constituem a base.

Como se verifica, os tipos de unidades são escolhidos conforme a população e em função da mesma, sabendo-se que a demanda de serviços lhes é proporcional.

– EstratégiaConforme exposto, a extensão de ações de saúde às populações rurais, deve proceder-se

dentro de um sistema caracterizado por níveis crescentes de complexidade, coordenado por uma unidade regional que, funcionando como centro de operações, para determinada área geográfica, serve de apoio e sustentação técnico-administrativa a uma rede de unidades periféricas menos diferenciadas.

Baseado na estrutura social existente, esse sistema abre novas perspectivas, oferecendo a possibilidade da prestação de serviços de saúde de forma integral e integrada, em função da concentração e densidade da população, da situação a que se destina e se adapta.

Assim, o estudo das condições sociais, econômicas e epidemiológicas precede a qualquer ação, e permite a concepção de uma área formada por um núcleo populacional mais diferenciado, que a individualiza, circundado por um todo heterogêneo, constituído por pequenas comunidades e aglomerados humanos, caracterizados pela interdependência funcional dos seus componentes.

De um modo geral, esse grau de interdependência, é comumente maior na periferia do núcleo central, e cada vez menor à medida que dele se distancia; nas áreas vizinhas, os meios de comunicação e transporte convergem na sua direção; a densidade demográfica, o movimento da população e o comércio são também mais intensos nas suas proximidades.

A participação da comunidade, através de seus membros e de entidades públicas e privadas, assume importância primordial para a consecução e a continuidade das ações. É fundamental motivá-la, torná-la consciente do trabalho a ser desenvolvido, e da necessidade de sua participação ativa.

– Das Ações de SaúdeAs ações de saúde estendidas às populações rurais, não diferem substancialmente das

prestadas nos centros urbanos. Institucionais ou domiciliares devem atender efetivamente às necessidades e aos problemas prioritários

Nas áreas de trabalho da FSESP são consideradas essenciais, as seguintes atividades:

− saúde materno-infantil;− assistência médico-sanitária ao adolescente e ao adulto;− controle de doenças transmissíveis− odontologia sanitária− alimentação e nutrição;− enfermagem;− saneamento;− educação em saúde;− coleta e registro de estatísticas de saúde.

As ações de saúde materno-infantil, o controle de doenças transmissíveis, (destacando-se a tuberculose, a lepra, e doenças outras evitáveis por imunizantes, como o sarampo, a poliomielite, o tétano, a difteria, e a coqueluche) e as medidas de saneamento ambiental, são preferenciais.

As ações de saneamento, executadas pelo pessoal das unidades, têm por finalidade:

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− proteger as populações menos densas com medidas individuais, enquanto se aguardam soluções coletivas;

− estimular as populações, das áreas periféricas dos centros urbanos, das vilas e áreas rurais, a executar instalações sanitárias individuais;

− orientar as populações quanto à melhor maneira de utilizar os benefícios.

Essas ações são implementadas em estreita cooperação com as municipalidades e participação dos próprios beneficiários. Consistem na construção de melhoria sanitárias domiciliares: fossas secas, privadas higiênicas e benfeitorias destinadas à proteção da água de utilização doméstica.

As localidades deverão, sempre que possível, ser incluídas nos “Projetos de SaneamentoBásico em Áreas Rurais”, de modo a receberem os benefícios decorrentes da construção de serviços públicos de abastecimento de água e outros.

Aliás, convém salientar, o Ministério da Saúde, através da Fundação SESP, vem executando um projeto dessa natureza, que objetiva levar a atenção governamental às populações com características tipicamente rurais, com o sentido de evitar enfermidade cujo controle é perfeitamente conhecido, reduzir o impacto negativo da doença em sua economia, elevar sua esperança de vida, melhorar sua produtividade, enfim, concorrer para o desenvolvimento das condições sócio-econômicasda região em que vivem.

De acordo com esse projeto estão sendo construídos cerca de 400 sistemas de abastecimento público de água, e milhares de instalações sanitárias domiciliares, que vão beneficiar grande número de habitantes em pequenas comunidades.

Com o mesmo propósito, encontra-se também em execução o “Projeto de Saneamento em Áreas de Esquistossomose Endêmica”, áreas tipicamente rurais onde a prevalência da doença é mais elevada.

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TABELA XIV

BRASIL – MORTALIDADE INFANTIL NA REGIÃO NORDESTE (+)

(+) – Dados de áreas trabalhadas pela Fundação SESP

TABELA XV

BRASILMORTALIDADE PROPORCIONAL EM MUNICíPIOS DO INTERIOR (+)

(+) – Dados de áreas trabalhadas pela Fundação SESP.

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– Da Infra-EstruturaA extensão de ações de saúde, em termos de prestação de serviços médico-sanitários visa não

somente à implantação de infra-estrutura, com essa finalidade, em áreas desprovidas da mesma, como também a completar quantitativa e qualitativamente o pessoal das unidades locais de saúde existentes. As comunidades são pobres, porém dispõem, algumas vezes, de recursos que podem ser melhor utilizados. A extensão das ações efetua-se com a presença permanente ou periódica de médico e outros profissionais da saúde, e a fixação de pessoal auxiliar, variável conforme as características da população a servir.

Algumas situações podem ser identificadas:

a) Localidades desprovidas de qualquer infra-estrutura de saúde que:– comportam médico e pessoal auxiliar em caráter permanente;– comportam apenas pessoal auxiliar.

b) Localidades dotadas de infra-estrutura de saúde, simples ou mais diferenciadas que:– comportam a presença em caráter permanente de médico e pessoal auxiliar;– comportam apenas pessoal auxiliar.

Nessas localidades, conforme o caso, constroem-se unidades com estrutura física proporcional às ações a desenvolver, adaptam-se ou se ampliam as instalações por ventura existentes.

– Recursos HumanosDe modo geral, a Fundação Serviços de Saúde Pública, utiliza pessoal auxiliar, em caráter

permanente, (uma visitadora e um auxiliar de conservação e saneamento) nas localidades com menos de 2.500 habitantes. Este pessoal, recrutado na própria área e convenientemente preparado, executa todas as ações de saúde compatíveis com sua formação, e é supervisionado por médico, e outros profissionais localizados nas "Unidades de Apoio". A partir de 2.500 e até 5.000 habitantes as Unidades dispõem de um médico em caráter permanente, e pessoal proporcional às necessidades da população. Conforme, entretanto, a exigência da situação geográfica e o número das localidades incluídas na área, essas unidades podem dispor de mais um médico (Tabela XVIII).

A periodicidade das visitas às localidades cujas unidades possuem apenas pessoal auxiliar em caráter permanente, é estabelecida de acordo com as necessidades da comunidade, o número de habitantes e as facilidades de comunicação e transporte.

O mencionado pessoal auxiliar, além de apoio ao médico, representado, pela triagem e convocação de pacientes para as consultas periódicas, dá continuidade a uma série de ações para as quais foi capacitado como, por exemplo, a aplicação de vacinas, a administração de medicamentos que obedecem a esquemas padronizados, a tratamentos prescritos, curativos, assistência a partos normais, a orientação de curiosas, a colheita de material para exame de laboratório, a educação sanitária, às visitações domiciliares de rotina, a remoção para a Unidade de Apoio de enfermos e parturientes que exigem atendimento de emergência, e a coleta e registro de dados bio-estatísticos.

No que se refere especificamente às ações de saneamento, o pessoal identifica as melhorias a serem introduzidas nos domicílios, orienta a sua construção e dela participa, demonstra sua utilidade e ensina como conservá-las. Complementa medidas iniciadas na Unidade, quando do atendimento de casos de doenças de origem hídrica, e outras condicionadas pelo meio ambiente, e informa à comunidade sobre os trabalhos executados, predispondo-a de maneira favorável para as ações subseqüentes.

O quadro de pessoal das Unidades de Apoio (Unidades Sanitárias mais diferenciadas, ou Unidades Mistas que funcionam em regime ambulatório e de internação) é constituído de acordo com as necessidades do sistema que serve de base.

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– Seleção e TreinamentoO recrutamento e a seleção dos recursos humanos (pessoal auxiliar), no próprio local, é um

fator importante para a implantação e continuidade do empreendimento, além de contribuir para a fixação do rurícola ao seu meio, e para atenuar o problema das migrações internas.

O treinamento do pessoal assim escolhido, realiza-se em estrutura regional devidamente preparada para ministrar os cursos, situada o mais próximo possível da sede onde o elemento vai atuar. O programa leva em consideração as características sócio-culturais e a nosologia regional nos objetivos do ensino e nos planos de estudo, e dá ênfase às ações de promoção e de prevenção da saúde. O material didático, cuidadosamente preparado, é distribuído aos participantes, e o aproveitamento é medido pelos meios habituais de avaliação.

As falhas que se observam na prestação de serviços de saúde resultam em grande parte do treinamento deficiente desse pessoal e da sua disciplina de trabalho. É preciso ter-se presente que o pessoal auxiliar não constitui uma solução temporária. É, ao contrário, parte integrante e permanente do programa cujo êxito depende do seu preparo. Assim, a par de uma definição bem clara e precisa dos seus deveres e tarefas, o treinamento visa a proporcionar o conhecimento indispensável sobre a filosofia fundamental do trabalho a desenvolver e sobre os métodos e técnicas de que necessita para executar as ações previstas, com segurança e efetividade.

Um plano regular de supervisão e avaliação garante a correção dos defeitos funcionais, permite conhecer atitudes, retreinar e estimular o pessoal auxiliar no desempenho de suas responsabilidades.

– Normas e InstruçõesConsidera-se condição da maior importância para o bom funcionamento do sistema, conduzir o

trabalho das unidades de saúde nele integradas, por normas e instruções unificadas, de modo que as ações, a despeito do grau de complexidade de cada unidade, caminhem em direção aos objetivos fixados pelo órgão central, os quais devem ser comuns para todos.

Um Manual de Normas e Instruções é o guia que orienta as ações da equipe de saúde sobre "o que fazer (normas) e como deve fazer (instruções)", e dispõe ainda quanto ao uso de todos os formulários, inclusive os de estatísticas vitais.

Por ser completo quanto possível e conter os detalhes dos aspectos mais importantes do programa a ser desenvolvido pela rede de unidades, além de facilitar, constitui-se também em fator de eficiência da coordenação, supervisão e avaliação da programação de todo o sistema.

– Metas OperacionaisAs normas e instruções estabelecem para as ações um nível útil de cobertura das populações

capaz de realmente influir no sentido de remover ou atenuar os diversos problemas defrontados na comunidade. Este nível é traduzido em metas operacionais fáceis de serem avaliadas, tomando possível a comparação dos resultados com parâmetros pré-estabelecidos.

– Coordenação e SupervisãoO sistema é coordenado por equipes técnicas e multiprofissionais, a partir de 2 níveis: o Central

ou Nacional, e o Regional ou Intermediário. A supervisão, imprescindível por envolver inclusive atividades delegadas, é realizada com regularidade, conforme estabelecido em programação específica, e tem presente, continuamente, os valores a serem alcançados a curto e médio prazos.

Em seu trabalho essas equipes procuram reunir e adequar, entrosar recursos e tarefas, intercambiar fatos e idéias, e, com esse espírito, indenticar e corrigir as falhas e desvios. As ações desenvolvidas, além de corretivas, são preventivas e promotoras.

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CONCLUSÃO

A atual conjuntura de saúde rural indica claramente que sem uma transformação substancial nas atitudes e estruturas tradicionais, não será possível prover as populações do interior de serviços integrados de saúde que superem os atuais em extensão, cobertura, utilização e efetividade.

Nas áreas rurais a disparidade entre a demanda e a oferta de serviços de saúde é cada vez maior em virtude do crescimento da população, em que predominam os grupos etários mais jovens, sem qualquer poder aquisitivo.

A magnitude e a complexidade da situação se avultam em face da própria conceituação de saúde como setor dinâmico de economia, em sua condição de componente básico do processo de desenvolvimento.

Dentro desse contexto, a Fundação SESP, a par das operações que desenvolve com êxito nas diferentes regiões do país, vem executando projetos de "Extensão de Ações de Saúde às Populações Rurais" na Rodovia Transamazônica; no Vale do São Francisco, compreendendo uma área de Alagoas e outra de Sergipe; na Paraíba, na Bahia e em Pernambuco, – na Zonas da Mata Úmida – este já constituído em processo mais diferenciado de regionalização, onde todas as unidades federais, estaduais e municipais, funcionam integradas em um só sistema e sob um só comando, de acordo com padrões, normas e instruções, previamente estabelecidas.

Projetos semelhantes deverão ser iniciados em futuro próximo em áreas da Rodovia Perimetral Norte, da Rodovia Cuiabá/Porto Velho no Território de Rondônia, do Alto Solimões, dos Vales do Parnaíba e do Jaguaribe.

A estratégia utilizada torna possível estender progressivamente as ações de saúde às populações que vivem em ambiente com características tipicamente rurais, sem privilégio, como sempre ocorre, para as populações de maior concentração demográfica, onde sempre começam as tentativas de ruralização dessas ações.

O procedimento adotado, realista e viável, concentra-se em problemas comuns usando os recursos disponíveis, e, utilizando modernas técnicas, ressalta seu sentido social oferecendo serviços de saúde àqueles que têm sido privados por tanto tempo de um benefício ao qual têm todo o direito.

Posto em prática, em toda amplitude, o mecanismo simples de regionalização que estamos utilizando para estender ações de saúde às áreas rurais, seriam beneficiadas todas as localidades, com menos de 5.000 habitantes, e como complemento, as cidades de 5.000 a 10.000 residentes, onde as ações seriam ampliadas conforme a exigência dos problemas resultantes da urbanização.

Finalmente, convêm ter-se presente que a prestação de serviços de saúde às populações rurais, fator de grande relevância e significação para o bem estar comum, deve ser acompanhada por outras ações integrantes do desenvolvimento social e econômico. O saneamento, que já salientamos, a educação, a habitação, a nutrição e as comunicações, por exemplo, são também fatores que exercem considerável influência na melhoria da qualidade de vida.

REFERÊNCIAS

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CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

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tema 1

SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE

A inclusão deste tema para discussão buscou orientar a aceitação das atividades de saúde como partes de um sistema geral de saúde, em que se anulem a competição, as rivalidades e as lutas entre instituições que prestam serviços de saúde, visando a proporcioná-los em quantidade e qualidade suficientes tanto a pessoas quanto á coletividade.

A necessidade crescente de serviços médico-assistenciais de melhor qualidade com aumento do número de pessoas a atender; a necessidade de organizar serviços que atendam aos problemas de saúde dos grupos economicamente ativos da população; a complexidade crescente na forma de atender a esses requisitos e o seu custo em ascensão permanente, são algumas das razões que impuseram a inclusão deste tema.

As estruturas funcionais do sistema, com os seus deveres e responsabilidades bem definidos, guardarão as suas linhas de ação harmônica para evitar duplicações e interferências, reduzindo ao mínimo as deficiências, sem compartimentos isolados ou estanques.

As modificações continuadas a que estão sujeitos os serviços de saúde do país, como resultado dos programas de desenvolvimento econômico-social e dos avanços tecnológicos, diversificando os campos de ação, justificaram e impuseram a necessidade de organizá-los em um sistema, coordenando ações que até então se processavam de forma individualizada, acarretando freqüentemente a duplicação de serviços, instalações e atividades.

O Conselho de Desenvolvimento Social, sob a Presidência do Exmo. Sr. Presidente da República e integrado pelos Ministros das Pastas mais diretamente responsáveis pelas ações de saúde, é o órgão disciplinador do sistema compatibilizador de programas, tendo por objetivo conjugar esforços e recursos da União, dos Estados e dos Municípios.

O II Plano Nacional de Desenvolvimento do país (1975-1979) define as necessidades a serem prioritariamente atendidas no Setor Saúde e o Plano Decenal de Saúde para as Américas, com os objetivos e metas aprovados na III Reunião dos Ministros de Saúde das Américas, orienta sobre os programas prioritários a serem executados pelo Sistema Nacional de Saúde.

Os participantes da V Conferência Nacional de Saúde apreendendo bem as diretrizes que o Governo do Brasil pretende imprimir à política e à execução das atividades de saúde, a se integrarem no sistema nacional, após amplos debates, chegaram às seguintes Conclusões e Recomendações:

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CONCLUSÃO:

É necessária a delimitação de áreas de atuação a nível federal, desde que associada a uma eficaz coordenação interministerial. Essa coordenação deve ser efetuada em todos os níveis da administração até constituir-se, a nível de execução, em verdadeira integração. A finalidade dessas medidas é a eliminação de paralelismos e duplicações, com óbvias e indesejáveis conseqüências na operação do Sistema.

Quanto à contribuição dos Órgãos Centrais do Sistema,

RECOMENDA:Que por parte dos órgãos centrais haja a fixação de diretrizes, normas, prioridades, definição de

níveis de apoio e de incentivos técnicos e financeiros aos órgãos estaduais e locais, bem como contribuição à formação de recursos humanos;

Estender as ações coordenadas de nível central, aos níveis estadual e municipal,especialmente no que se refere à utilização dos recursos próprios desses níveis, a exemplo do Fundo de Participação dos Municípios;

Que sejam utilizados e reforçados os órgãos existentes que já realizam atividades de coordenação e de execução integral e integrada de serviços de saúde.

Quanto às contribuições dos Órgãos Estaduais e Municipais do Sistema,

RECOMENDA:A compatibilização e mútua colaboração dos órgãos a nível estadual e local, de molde a facilitar

sua integração às diretrizes federais do Sistema;Que os municípios reforcem seus serviços de saúde, complementando as ações dos órgãos de

outros níveis e integrando-se ao Sistema, quer nos aspectos de programação, quer nos de execução;A aprovação, por parte dos Estados e Municípios, de legislação específica que promova sua

integração mais eficaz ao Sistema, especialmente no que se refere a aspectos financeiros;O fornecimento aos níveis centrais, de informações compatíveis no referente a estatísticas

vitais, epidemiológicas, operacionais e de custos, viabilizando assim a retro-alimentação indispensável ao funcionamento harmônico do Sistema;

Que o setor privado seja progressivamente integrado ao Sistema, em contrapartida aos benefícios técnicos e financeiros que recebe do poder público. Essa integração deverá ser realizada em termos de observância de normas e diretrizes, assim como no fornecimento de informações, de tal forma que todas as atividades de saúde que se exerçam no país sejam progressivamente integradas ao Sistema Nacional de Saúde.

Quanto à conveniência do prosseguimento da discussão do tema,

RECOMENDA:O prosseguimento das discussões sobre o tema nos diversos níveis administrativos objetivando:– o esclarecimento dos participantes do Sistema, bem como da coletividade, em todos os

níveis;– ampla contribuição à regulamentação da lei 6.229 de 19.07.75.

Que os órgãos promotores dos debates sejam precipuamente as Secretarias de Estado de Saúde e os órgãos municipais correspondentes; sem exluir outras instituições interessadas, especialmente as Universidades.

A realização, a curto prazo, de seminários e cursos intensivos a nível regional, com participação ampla dos órgãos envolvidos, focalizando especialmente as peculiaridades sanitárias regionais segundo o enfoque sistêmico, visando a proporcionar difusão imediata dos conhecimentos indispensáveis à implantação do Sistema.

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tema 2

PROGRAMA DE SAÚDE MATERNO-INFANTIL

O tema focaliza a parcela mais vulnerável da população representando 70,98% da população total, ou o equivalente a 76.170.700 indivíduos aproximadamente.

Os coeficientes de mortalidade infantil oscilam nas capitais brasileiras desde 40,2 em Aracaju até 229,0 óbitos por 1.000 nascidos vivos em Recife segundo os dados registrados pelo IBGE em 1974, sendo provavelmente mais elevados em muitas áreas, como resultado da deficiência de registro ainda existente.

Os dados conhecidos sobre a mortalidade materna, apesar de insuficientes, indicam a necessidade de melhorar as condições de atendimento adequado durante a gestação, o parto e o puerpério, para reduzir os riscos de complicações e morte materna.

A população feminina de 15 a 49 anos, isto é, mulheres em idade fértil, é estimada em 25.943.902 pessoas.

A problemática do programa materno-infantil está associada às condições de alimentação e nutrição, à prevalência das doenças transmissíveis e à insuficiente cobertura do grupo, pelos serviços de assistência materno-infantil, em especial nas áreas rurais. Fatores sociais e a má distribuição da renda "per capita" – preocupação do Governo, evidenciada no II PND – aumentam os riscos de adoecer e morrer do grupo materno-infantil, como conseqüência de alimentação deficiente e precárias condições de saneamento básico. O resultado dessa situação é, além da desnutrição a existência de condições favoráveis à disseminação de doenças transmissíveis, responsáveis principais pelas causas de morte mais importantes no grupo infantil, tais como as gastrenterites, as infecções respiratórias e as doenças evitáveis por vacinação.

A importância de se estabelecer ação coordenada está perfeitamente caracterizada na seleção dos temas em discussão nesta V Conferência Nacional de Saúde, como orientação a seguir no Programa Materno-Infantil, devido à sua inter-relação com outras áreas do Setor Saúde. Conjugando esforços é possível prosseguir buscando os objetivos e metas recomendados na Reunião de Punta del Este em 1961 e reiterados na III Reunião Especial de Ministros da Saúde em 1972, com endosso do Governo do Brasil.

O Promater, implantado e implementado a partir de 1974, estendido por intermédio das Secretarias de Saúde a todo o território nacional, apresentou as bases técnicas de operação do Programa Materno-Infantil, visando à integração de atividades nesse campo e à racionalização dos recursos humanos, materiais e financeiros disponíveis.

Após ampla discussão e proveitosa troca de pontos de vista entre os participantes, analisando os indicadores existentes e a inter-relação das diferentes áreas de ação que possam influir no encaminhamento favorável do Programa Materno-Infantil, foram aprovadas as Conclusões e Recomendações que vêm a seguir.

CONCLUSÕES

Foram apontados como principais dificuldades à implantação do programa os seguintes itens:z

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1) Pluralidade de instituições e órgãos atuantes no setor.2) Heterogeneidade das ações produzidas pelas d iferentes instituições que agem no setor,

usando modelos programáticos diferentes, que dificultam a avaliação a nível central e local.

3) Deficiência qualitativa e quantitativa dos recursos humanos disponíveis.4) Distribuição de recursos financeiros sem adequado controle da aplicação e avaliação de

resultados.5) Precariedade da infra-estrutura dos serviços materno-infantis para atender às suas

necessidades específicas.6) Inexistência de programação integrada com identidade de objetivos.7) Ausência de normas técnicas aplicáveis aos vários níveis.8) Deficiência de um bom sistema de informação conseqüente a:

8.1 multiplicidade de entidades envolvidas em atenção materno-infantil, com diferentes processos de informação;

8.2 insuficiente registro de dados;8.3 bloqueios nos fluxos de informação, tanto em sentido ascendente quanto de retorno;8.4 multiplicidade de dados coletados e complexidade de modelos a serem preenchidos

nos diferentes níveis;8.5 falta de pessoal preparado para o preenchimento de modelos.

9) Conhecimento deficiente da problemática de saúde do grupo materno-infantil.10) Barreiras econômico-sociais reduzindo a eficiência e eficácia do programa.

RECOMENDAÇÕES1) Adequação do programa às realidades locais ou regionais.2) Dar ao programa materno-infantil a prioridade necessária.3) Discussão do programa nos diferentes níveis, antes da sua aplicação.4) Adotar o modelo operacional proposto, como padrão mínimo, em todos os níveis, como

garantia da aplicação das normas técnicas estabelecidas.5) Estabelecer mecanismos de supervisão, controle e avaliação, de forma a permitir o

processo contínuo de coordenação.6) Promover a compatibilização das ações destinadas à área materno-infantil, a nível federal,

estadual e municipal.7) Desenvolver esquema adequado de regionalização das instituições que já participem do

programa ou que venham a ser nele integradas, a fim de assegurar a otimização do seu uso.

8) Cadastro dos órgãos e entidades atuantes na área materno-infantil.9) Formação de pessoal de nível universitário e auxiliar para atender às diversas atividades

do programa.10) Disciplinação da aplicação dos recursos distribuídos.11) Criação de um sistema eficiente de informação.12) A participação da comunidade foi reconhecida como de vital importância, sendo

imprescindível para obtê-la:12.1 identificação das legítimas lideranças locais;12.2 utilização permanente dos meios de comunicação coletivos;12.3 aproveitamento dos programas comunitários existentes;12.4 institucionalização de programas comunitários que visem à organização e ao

desenvolvimento da comunidade;12.5 respeitar os preceitos de natureza sócio-cultural da comunidade.

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tema 3

SISTEMA NACIONAL DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

Os progressos alcançados desde a Reunião de Punta del Este foram significativos logrando-seerradicar a varíola e reduzir a área e a população exposta à malária, de forma digna de admiração.

As doenças transmissíveis, entretanto, continuam a representar a principal causa de óbito da população infantil, entre as quais se destacam, além das gastrenterites e das doenças respiratórias, as enfermidades controláveis por vacinação, como o sarampo, a coqueluche, o tétano, a difteria, a tuberculose e mais recentemente a meningite meningocócica.

A partir de 1950 e principalmente depois da XXI Assembléia Mundial da Saúde, quando a "Vigilância Nacional e Universal das Doenças Transmissíveis" foi tema das discussões técnicas daquela Assembléia em 1968, a vigilância epidemiológica evoluiu, de uma relacionada apenas ao indivíduo doente e poderíamos dizer, quase policial, para um sentido dinâmico e mais eficiente.

Dispensando o critério individualista passou a investigar e relacionar entre si, os fatores que podem influir ou determinar a existência e disseminação de casos de doença transmissível ou seja, além do agente etiológico, todos os fatores contributivos como os relativos ao hospedeiro, os vetores, o meio ambiente, as condições sócio-econômicas correlatas e outros que possam propiciar a difusão da doença na comunidade.

A vigilância epidemiológica é uma atividade contínua, que compreende a compilação sistemática da informação, seu estudo e avaliação para conhecimento e uso das autoridades responsáveis pelas decisões a tomar, no que se refere às medidas de controle, inclusive vacinação, quando indicada.

A estratégia do Programa de Erradicação da Varíola no Brasil teve, na vigilânciaepidemiológica, seu elemento essencial de sucesso e foi ela a base original do subsistema ora em implementação para outras doenças transmissíveis. Houve exemplos no Brasil, em que as atividades de vigilância epidemiológica da varíola, partindo de apenas uma notificação, rastrearam-se até 40casos que ficariam desconhecidos, como ocorreu em Telêmaco Borba, no Estado do Paraná.

A tríade informação-decisão-controle, bem evidenciada no documento de trabalho, caracteriza as atividades básicas, a metodologia e as etapas a seguir. Atualmente, a vigilância epidemiológica é falha ou inexiste em muitas áreas, por escassez ou carência de epidemiologistas, falta de laboratórios qualificados para diagnóstico e falta de informação, por não existir um sistema de coleta, registro, consolidação, análise, avaliação e distribuição da informação, com as recomendações resultantes.

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Situação idêntica se observa em relação à vigilância das zoonoses.O fluxo emperrado entre a obtenção da informação e a tomada de decisão é outro fator que

debilita ou anula o processo. Isto será tanto mais grave, quando se trata de doença de rápida disseminação, como no caso das doenças sujeitas ao Regulamento Internacional de Saúde, por exemplo a cólera. Em certos casos, tal situação decorre das deficiências de infra-estrutura, mas em outros é devida à complexidade burocrática existente.

A institucionalização do Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica, para funcionar com êxito, deve receber, de todos os integrantes do Sistema Nacional de Saúde do país, o mais incondicional apoio.

É preciso considerar o fato de que a Vigilância Epidemiológica não pretende substituir as funções dos serviços de epidemiologia. Procura apenas enfatizar uma das grandes tarefas daqueles serviços, qual seja a de manter um estado de alerta em relação a um determinado número de agravos à saúde, para os quais dispomos de medidas efetivas de prevenção, que impõem a adoção de esquemas de prevenção.

Espera-se, com a implantação da Vigilância Epidemiológica, que as informações originadas a nível operacional, não apenas acionem medidas de controle, previamente programadas, como também, propiciem em nível superior, decisões técnico-normativas e possam, ainda, ativar e condicionar tecnicamente a decisão política. Entretanto, para que tal se concretize é indispensável que haja uma atitude mental receptiva nos diferentes níveis administrativos do país.

O Grupo apresentou as Conclusões e Recomendações a seguir:

CONCLUSÕES

1) As ações dos Serviços de Epidemiologia e Estatística, que geralmente estão englobados em uma estrutura única, limitam-se a atividades de estatística (coleta e processamento de dados de morbidade e mortalidade).

2) Desatualização das informações disponíveis, em razão de atraso na coleta e no processamento dos dados. As informações restrigem-se, algumas vezes, apenas às capitais de Estado.

3) Falta dinamicidade aos serviços de epidemiologia, uma vez que os dados não são em geral utilizados para a tomada oportuna de decisões.

4) Exceção feita para alguns programas verticais, pode-se dizer que de um modo geral não há programas bem definidos de controle de doenças transmissíveis.

5) Notificação deficiente, que resulta de formação profissional básica, inadequada, do médico quanto à saúde pública, mas também resulta da precariedade dos serviços de epidemiologia, que não geram as ações de saúde necessárias ao atendimento das notificações.

6) Escassez de pessoal em regime de tempo integral, em atividades de epidemiologia nas Secretarias de Saúde, ao que se acresce o indesejável desvio de técnicos para o exercício de outras funções.

7) Falta de autonomia dos serviços de epidemiologia, que não têm sido considerados prioritariamente pelos níveis decisórios, e que apresentam dificuldades administrativas tais como deficiência de meios para o deslocamento de equipes (transporte, diárias, etc.).

8) Deficiência dos laboratórios de Saúde Pública, como mecanismos de apoio aos programas de vigilância.

9) Não existe vinculação em nível satisfatório entre as atividades dos Serviços de Epidemiologia e Estatística e a execução das medidas de controle das doenças transmissíveis.

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10) Não existe difusão satisfatória de informações sobre a situação epidemiológicano exterior (caso da cólera, por exemplo).

11) Em nível federal, há deficiente coordenação entre os diversos órgãos atuantes nesta área, resultando em multiplicidade e paralelismo de solicitações às Secretarias de Saúde, dispersando esforços e confundindo os responsáveis nos Estados.

12) Insuficiente apoio técnico e administrativo, em caráter supletivo, aos serviços estaduais, por parte do Governo Federal.

13) Inexistência de normas de direito positivo atualizadas, que estabeleçam obrigações em matéria de vacinas e notificação compulsória de doenças.

RECOMENDAÇÕES

1) Estruturar os Serviços de Epidemiologia estaduais, com auxílio técnico e administrativo supletivo do Governo Federal, atendidas as particularidades locais.

2) Gradual ampliação e dinamização da rede de postos de notificação, dando ênfase à notificação voluntária, a exemplo do conseguido pela campanha de erradicação da malária.

3) Proporcionar pronta resposta às notificações recebidas, o que é indispensável para manter o interesse do notificante.

4) Proporcionar aos profissionais de saúde facilidades para a confirmação laboratorial de casos suspeitos de doenças transmissíveis.

5) Estabelecer normas para o controle e a avaliação dos programas.6) Proporcionar o aproveitamento do pessoal técnico, existente nos Estados, que possua

formação em vigilância epidemiológica, e preparar pessoal auxiliar qualificado (auxiliares de epidemiologia).

7) Difundir regularmente, informações atualizadas sobre a situação epidemiológica no país e no exterior.

8) Franquia postal e telegráfica, concedida por lei federal, para a notificação de casos suspeitos de doenças transmissíveis.

9) Integração programática dos órgãos atuantes na área da epidemiologia, comhierarquização técnica, nos diferentes níveis de governo e necessidade de que as informações de um mesmo caráter sejam consolidadas por um único órgão coordenador.

10) Redução do número de doenças obrigatoriamente notificáveis, sujeitas a investigação epidemiológica.

11) Atuação do Ministério da Educação no sentido de adequar ao sistema a formação de médicos e demais profissionais na área de ciências da saúde. Também as professoras devem ser utilizadas para a notificação de casos suspeitos de determinadas doenças.

12) Vincular órgãos de classe ao Sistema, como por exemplo à Associação Médica Brasileira.13) Vincular os pagamentos de contas da Previdência Social ao recebimento de notificações

por entidades convenentes.14) Instituir a obrigatoriedade da notificação por parte dos órgãos oficiais de saúde,

responsáveis que são pela grande maioria dos atendimentos médicos, visando a melhorar a descoberta de casos.

15) A execução das atividades de vigilância epidemiológica deve ser de responsabilidade dos serviços usuais de Epidemiologia e Estatística das Secretarias de Saúde dos Estados. entretanto, indispensável a dinamização desses serviços para o que se considera fundamental: a capacitação técnica de seu pessoal e o amparo financeiro, promovidos pelos Órgãos Centrais.

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tema 4

PROGRAMA DE CONTROLE DAS GRANDES ENDEMIAS

A importância das grandes endemias está evidenciada na política de saúde do Governo, quando, na recente lei que instituiu o Sistema Nacional de Saúde, no seu artigo 3º item I, estabelece que a União exercerá ação própria, entre outras, no combate às endemias e no controle das epidemias. Para dar maiores facilidades de operação, o Decreto 74.891 de 13 de novembro de 1974, que dispõe sobre a estrutura básica do Ministério da Saúde, estabeleceu como um dos órgãos de Administração de Atividades Específicas, a Superintendência de Campanhas de Saúde Pública, diretamente subordinada ao Ministro de Estado.

Ministério da Saúde está assim habilitado a mobilizar rapidamente seus recursos para o Controle das Endemias, em atividades destinadas a atender grandes massas de população, inclusive na eventualidade de surtos epidêmicos de doenças, como a meningite, que não se incluem no grupo das grandes endemias.

Entre estas, vale destacar pela importância epidemiológica e distribuição por extensas áreas geográficas do Brasil, a Malária, a doença de Chagas e a Esquistossomose. Duas outras, sujeitas ao Regulamento Internacional de Saúde, merecem referência: uma, como no caso da peste, tem distribuição focal e a outra, a febre amarela, está circunscrita às zonas selváticas, por haver sido erradicado, por primeira vez, em 1956, o Aedes aegypti, transmissor urbano da doença; este vetor voltou a ser erradicado em campanha recente e exitosa, após ser reintroduzido nos Estados do Pará e Maranhão.

O programa de erradicação da malária foi instituído atendendo à recomendação aprovada na VIII Assembléia Mundial da Saúde em 1955, com previsão para alcançá-la em 10 (dez) anos. Sobrevieram, contudo, numerosas dificuldades técnico-administrativas que levaram à aprovação de uma nova Resolução em 1970, pela 22ª Assembléia Mundial da Saúde, dando ênfase ao controle imediato e permanente e relegando a erradicação a longo prazo.

O Brasil, por suas características epidemiológicas e operacionais, estabeleceu o seu programa com base em dois conceitos: erradicação a curto e a longo prazo. Excetuando a Região Amazônica todas as demais foram incluídas em "área de erradicação a curto prazo". Por ser viável a erradicação da malária no país não houve necessidade de se incluir na categoria de controle nenhuma área. Atualmente, toda a área malárica do país encontra-se trabalhada e o programa evolui favoravelmente.

Somente 15 dos 42 milhões de habitantes das áreas em fase de ataque vivem ainda em regiões com transmissão. Essa transmissão deve-se principalmente a grupos humanos não coordenados e autônomos que penetram na Amazônia onde contraem malária e a disseminam, inclusive em áreas livres de transmissão, acarretando prejuízo para as comunidades organizadas. Contudo, existem

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perspectivas para limitar, até 1980, a transmissão da malária a focos restritos a Região Amazônica, permanecendo o restante do país livre da endemia.

A peste, a partir de 1935, está limitada a focos enzoóticos em áreas rurais do nordeste. Mantém-se vigilância epidemiológica das áreas endêmicas, só procedendo à profilaxia ofensiva, devido ao seu alto custo operacional, quando são detectados indicadores de epizootia ou há ocorrência de casos humanos.

Zoonose silvestre, a ação contra a peste tem limitado o seu controle ao ciclo doméstico. Quando se dispuser de vacina de elevado poder imunogênico poderá ser empregada para proteção da população exposta ao risco de infecção, até que a modificação das condições sociais, com elevação do nível de vida dos habitantes, possibilite a melhoria da habitação.

Alcançada em 1956 a erradicação do A. aegypti, transmissor urbano da febre amarela, o problema ficou limitado à forma selvática. É indispensável, portanto, manter vigilância eficiente nos pontos mais vulneráveis de reinfestação.

A importância da endemia chagásica resulta de sua vasta distribuição geográfica e elevada prevalência, determinando incapacitação para o trabalho nos grupos etários de 20 a 45 anos, contingente que contribui com a maior força de trabalho para as atividades agropecuárias. Essa endemia é fator importante como causa de "morte súbita".

A distinção entre infecção e doença merece estudo e definição clara, pelas repercussões de ordem social decorrentes. Inúmeras empresas recusam candidatos que apresentem reação positiva para a doença de Chagas, criando problema social a ser considerado e evitado.

A esquistossomose é a endemia que mais tem encontrado condições para sua expansão e representa, por isso, um dos mais importantes problemas de saúde pública do país. Portadores de S. mansoni oriundos de focos endêmicos, são transferidos pelas migrações para novas áreas, onde existe o molusco hospedeiro intermediário, encontrando assim, campo propício para aesquistossomose desenvolver-se em novos focos, principalmente nas áreas de irrigação ou de represas.

Dos focos originais do nordeste, onde primeiro implantou-se trazida da África, aesquistossomose alcançou o Maranhão e o Pará ao Norte, os Estados de São Paulo e do Paraná ao Sul, além de Goiás com alguns focos circunscritos.

No Estado de Alagoas está em andamento projeto de saneanento integral da área endêmica, compreendendo domicílios providos de água e destino adequado de dejetos, projeto a serdevidamente avaliado no seu custo e resultados.

OUTRAS ENDEMIAS

O tracoma, a bouba, a leishmaniose e a filariose são outras endemias prevalentes no país e que são atendidas de acordo com os recursos disponíveis, sendo que o tracoma e a bouba são endemias em franca regressão.

A leishmaniose exige estudo em íntima colaboração com as entidades e órgãos de investigação e pesquisa, em especial os vinculados ao Ministério da Saúde, para melhor conhecimento da leishmaniose tegumentar, principalmente devido aos freqüentes surtos epidêmicos observados ultimamente em áreas semi-urbanas. A penetração amazônica exige, igualmente, ampla pesquisa e estudo sobre essa zoonose de animais silvestres da região.

O problema das endemias rurais, portanto, assume importância especial quando se considera os projetos de incorporação de áreas da Amazônia, por exemplo, em que se instalam em regiões até então virgens ou pouco exploradas, importantes grupos populacionais provenientes de outras áreas do país.

O governo trata de mobilizar-se para controlar a possibilidade de exacerbação de endemias jáconhecidas na região, ou a irrupção de surtos de doenças novas.

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A malária na construção da estrada de ferro Madeira-Marmoré no início do século e, mais recentemente, a febre de Lábrea e a síndrome hemorrágica de Altamira, são exemplos de ambos os casos.

Outra área em que é importante a preparação necessária para prevenir o agravamento de doenças endêmicas é com relação aos projetos de construção de represas hidrelétricas e de irrigação.O deslocamento de grande número de pessoas, sem o devido, controle e orientação, poderia resultar em exacerbação de doenças como a esquistossomose, a doença de Chagas e a própria malária. A colaboração das Secretarias e outros serviços de saúde, assim como das companhias responsáveis pelas grandes obras de engenharia ou de colonização, é importante para o conhecimento da área a trabalhar, do número de pessoas a ocupar e dos recursos médico-assistenciais disponíveis, para proporcionar aos órgãos próprios do governo informações fundamentais para organizar as ações de controle.

Sobre o tema foram sugeridas as conclusões e recomendações que são apresentadas a seguir.

CONCLUSÕES:

O Ministério da Saúde necessita manter, nas várias áreas endêmicas, estrutura dinâmica e operacional satisfatórias, para prover as necessidades de combate às endemias predominantes no país até que as Secretarias possam assumir as atividades que lhes competem.

A participação das Secretarias e outros órgãos locais de saúde no programa de Controle de Grandes Endemias é importante e deverá ser feita de forma bem definida, sem necessidade de obedecer a modelo único, porém, considerando a situação real dessas entidades e desenvolvida da seguinte maneira:

a) Secretarias de Saúde:− integração coordenada mediante planejamento geral elaborado em nível superior;− mobilização de recursos próprios que devem somar-se aos demais recursos dos

programas de endemias;− incrementar a notificação e vigilância das doenças endêmicas;− motivar os serviços privados para os problemas ligados às endemias;− desenvolver ou colaborar nas atividades de controle de surtos epidêmicos.

b) Serviços locais:− colaborar nas atividades programadas e promover a mobilização da comunidade.

A decisão aprovada na Reunião dos Presidentes de República das Américas, em Montevidéu em 1965, merece atenção especial quanto à recomendação de que "nenhum projeto dedesenvolvimento deve ser aprovado sem que os pré-requisitos de saúde sejam atendidos ".

RECOMENDAÇÕES:

Com relação à participação das empresas responsáveis pela execução de projetos de desenvolvimento, na prevenção e combate às endemias:

a) que sejam submetidos a exame prévio do Ministério da Saúde os projetos, para indicação das medidas recomendáveis;

b) a criação de mecanismos junto aos órgãos de financiamento, a fim de que fique condicionada ao exame prévio do Ministério da Saúde a aprovação dos projetos;

c) a conscientização das empresas para valorizar o fator saúde e que os recursos específicospara a saúde nos projetos financiados sejam aplicados desde a implantação dos mesmos.

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Com relação às migrações dirigidas, que a entidade responsável promova a seleção dos migrantes nas áreas de origem, fazendo inclusive a triagem e tratamento dos portadores de doenças transmissíveis.

Quanto às correntes migratórias espontâneas, estabelecer vigilância epidemiológica em postos de controle, estrategicamente localizados no roteiro dos migrantes e nas áreas receptoras.

Que as Secretarias de Saúde promovam a divulgação e conscientização da população, a vigilância epidemiológica, o fluxo de informações, o levantamento de dados e a integração das atividades a nível das unidades sanitárias e o financiamento de certas atividades que o Ministério está impossibilitado de atender.

Que os projetos de colonização, agropecuários e de irrigação, além de outros, sejam submetidos obrigatoriamente, em sua fase de pré-inversão ao Ministério da Saúde, a fim de que sejam atendidas as exigências mínimas que impeçam a instalação ou disseminação de endemias.

Que a participação da comunidade em programas de saúde seja obtida através de:

a) conscientização da população quanto aos benefícios das ações integradas;b) orientação dos líderes da comunidade;c) utilização, tanto quanto possível, dos professores, principalmente os de 1º grau,

considerando que eles têm oportunidade para contribuir na educação sanitária de considerável parcela da comunidade.

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tema 5

EXTENSÃO DAS AÇÕES DE SAÚDE AS POPULAÇÕES RURAIS

Cerca de 50% da população do país vive em pequenas comunidades, em condições tipicamente rurais, apresentando uma estrutura jovem e com taxas de natalidade elevada. Nessas áreas rurais o desemprego ou os salários baixos; o analfabetismo elevado; o deficiente grau de nutrição e a insuficiência ou ausência quase completa de serviços de saúde por precariedade de recursos humanos e financeiros, produzem êxodo continuado para os centros urbanos, em busca de maiores recursos, em especial para as regiões industrializadas, criando a ruralização urbana e seus problemas decorrentes.

Estão entre as metas do Governo o desenvolvimento nacional, com humanização da distribuição da renda; a incorporação do planalto central e da Amazônia à economia nacional, e, em destaque, como objetivo maior de todo o planejamento nacional, o homem brasileiro. É indispensável, pois, fazer chegar a essa parcela apreciável da população que vive em áreas rurais, e à qual caberá destacada participação no setor agrícola e na colonização de novas áreas, um mínimo de prestação de serviços de saúde. A isso se propõe o Governo e o Ministério da Saúde apresentou o tema à V Conferência Nacional da Saúde.

A programação de tais serviços estabelecerá as prioridades dos seus vários componentes, entre os quais se destacam: assistência médica ambulatorial; assistência materno-infantil; saneamento básico; controle de doenças transmissíveis, inclusive vacinação e unidades de notificação — e registro de estatísticas para atividades de saúde.

Seria utópico imaginar que a extensão das ações de saúde ao meio rural poderia ser obtida nas próximas décadas, por intermédio da atuação permanente e direta de médicos, enfermeiros, veterinários, engenheiros e dentistas, entre outros.

O caminho a seguir será então recorrer aos auxiliares devidamente capacitados para exercerem uma série de funções delegadas, com supervisão e apoio periódico da enfermeira de área e do médico. Para atividades assim programadas é indispensável, entretanto, motivar, mobilizar e obter a colaboração decisiva da comunidade e fazê-la consciente de sua participação atuante no programa, principalmente por intermédio dos seus líderes naturais, entre os quais se destacam os sacerdotes, professoras, boticários e escrivães, para que colaborem na seleção e indicação dos auxiliares a escolher.

O auxiliar, além de seu treinamento especial e de receber o material mínimo de trabalho, terá a sua atividade diária registrada em modelos, o mais simples possível, para avaliação, controle e supervisão, nas visitas periódicas da enfermeira e do médico, que sempre aproveitarão tais ocasiões para ensinar e orientar.

É indispensável que os auxiliares atuem vinculados a unidades de apoio, às quais encaminham os doentes ou os problemas que fogem à sua capacidade, e onde possam buscar orientação e recursos para atender a eventuais problemas. Essas seriam unidades de saúde onde existem médico permanente, unidades mistas ou integradas.

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O Ministério da Saúde, por intermédio da F. SESP tem longa experiência na prestação de serviços a populações rurais de vários Estados, em especial na Amazônia e no Nordeste, e está ampliando suas ações nesse campo.

Dados da F. SESP informam que de 7 milhões e 600 mil domicílios existentes em área rural, somente 2,47% estão ligados à rede geral de distribuição d'água, enquanto 26% são abastecidos por nascentes. Quanto a instalações sanitárias, 1,6% possuem fossas sépticas, 23% fossas rudimentares e 75% não dispõem dessas instalações; 70 a 95% das habitações rurais lançam os seus despejos na superfície.

Outra informação é que cerca de 40% dos municípios brasileiros não dispõem de qualquer infra-estrutura de saúde e há Estados como o Maranhão, que tem na área rural, apenas 1 médico para 40.000 habitantes. Da pequena disponibilidade de serviços de saúde rural existentes, apenas 20 a 30% da população rural têm acesso aos mesmos e no Norte e Nordeste, os óbitos sem atestado médico alcançam a mais de 50% do total.

Tal situação justifica a decisão do Ministério da Saúde de expandir as ações de saúde às populações rurais, de acordo com os recursos humanos disponíveis e a participação ativa da comunidade rural e das administrações municipais.

Na região da área da Sudene, no norte do Estado de Minas Gerais e no Estado de Pernambuco, outras áreas de expansão de serviços de saúde rurais estão em implantação, compreendendo planos-piloto abrangendo municípios daquelas regiões.

O Ministério da Saúde, por intermédio da F. SESP, poderia proporcionar modelos, orientação e centros de treinamento para os auxiliares a serem aproveitados em programas semelhantes, organizados pelas Secretarias de Saúde dos Estados e Territórios, bem como das Prefeituras Municipais interessadas, atendidos, naturalmente, os recusos técnicos da referida Fundação.

A Conferência chegou às seguintes conclusões e recomendações sobre este tema:

CONCLUSÕES:

É importante a extensão das ações de saúde às áreas rurais e às periferias urbanas, com os seguintes resultados:

a) a racionalização na aplicação dos recursos financeiros;b) o estabelecimento de assistência imediata da demanda, diminuindo o afluxo às unidades

mais diferenciadas;c) a interiorização do sistema, independente do concurso permanente de profissionais em

todos os níveis;d) adequação dos recursos humanos às condições locais;e) o controle das doenças transmissíveis nas pequenas comunidades;f) a obtenção de dados que permitam o desenvolvimento do processo, programação,

avaliação e controle;g) a possibilidade de estender às populações rurais, ações educativas em saúde.

Face à impossibilidade de fixação de médicos em áreas de menor densidade demográfica, há necessidade de interiorizar as ações básicas de saúde através de estruturas permanentes e simplificadas, integrando órgãos e entidades do setor saúde, visando ao seguinte:

a) ações simplificadas de assistência médico-sanitária, voltadas prioritariamente ao Grupo Materno-Infantil;

b) o uso de pessoal auxiliar recrutado e selecionado em nível local é básico para estender as ações de saúde e saneamento às populações rurais. Tal pessoal deverá recebertreinamento ajustado às ações a serem executadas;

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c) o uso de pessoal auxiliar impõe a necessidade periódica de supervisão por pessoal técnico de acordo com mecanismo preestabelecidos.

RECOMENDAÇÕES:

A regionalização de serviços hierarquizados em complexidade crescente, é um processo eficaz na descentralização da prestação de serviços básicos de saúde e de racionalização do uso da capacidade instalada e recursos humanos;

A regionalização é sempre válida quando não há separação das ações preventivas e curativas, sendo importante considerar os aspectos de saneamento básico e da melhoria da habitação;

A adoção de um modelo de "Regionalização de Serviços" é fundamental na implementação do "Sistema Nacional de Saúde", com a integração indispensável de todas as unidades a nível operativo, tanto públicas, quanto privadas.

Dar ênfase ao aproveitamento da capacidade instalada do setor público na regionalização de atividades.

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EXPOSIÇÕES ESPECIAIS

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ASSUNTO: O Setor Saúde no II PNDEXPOSITOR: Dr. Vinicius FonsecaÓRGÃO: Secretaria de Planejamento da Presidência

da República

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Transferiu-me o Ministro João Paulo dos Reis Velloso a honra de falar, nesta importante reuniãonacional, sobre o tema proposto à Secretaria de Planejamento da Presidência da República: "o SetorSaúde no II PND". Cumpro a honrosa missão, já agora, na dupla posição de Assessor do Ministro Chefe da Secretaria de Planejamento, e de integrante da equipe do Ministro da Saúde, Dr. Paulo de Almeida Machado, desde que fui distinguido com o seu convite para ocupar a Presidência da Fundação Oswaldo Cruz.

Durante os últimos anos, tenho atuado como uma espécie de elemento de ligação entre os dois Ministérios, executando uma função peculiar ao antigo Ministério do Planejamento e Coordenação Geral, atual Secretaria de Planejamento da Presidência da República. Nesta condição, pude acompanhar de perto o esforço de planejamento para a Saúde, e o gradativo esclarecimento de alguns problemas que vêm desafiando a inteligência das pessoas envolvidas na relevante tarefa.

Poderia dizer, mais apropriadamente, que a experiência de nove anos de atividades junto ao Ministério do Planejamento foi para mim bem mais ampla: participei da implantação, no Brasil, de uma mentalidade moderna de administração pública, na qual a programação tem papel cada vez mais atuante, e a coordenação interinstitucional, um de seus instrumentos eficazes, adquire cada dia maior crédito.

Esta "era da tecnocracia", como alguns ironizam, culminou com a consolidação de um sistema de planejamento de que o II PND representa o produto mais recente.

O elenco das medidas que lastrearam a montagem deste esquema deita raízes na própria Constituição Federal, quando preceitua que à União compete "planejar e promover o desenvolvimento e a segurança nacionais".

O texto constitucional fornece um marco de referência para o sistema federal de planejamento nas suas múltiplas manifestações, das quais o Plano de Desenvolvimento pode ser entendido aomesmo tempo como síntese e como gênese.

É válido, a meu ver, recordar nesta oportunidade o esquema em que se fundamentou, e a forma como se corporificou, o sistema de planejamento em nosso país. Talvez seja uma útil contribuição do representante da SEPLAN, visto que o conteúdo do programa setorial de Saúde, no II Plano Nacional de Desenvolvimento, é muito mais familiar aos participantes desta Conferência. Aliás, o temário em debate compõe-se de alguns dos pontos mais relevantes daquele programa setorial.

As peças básicas do Sis tema Nacional de Planejamento repartem-se em:

1) O Plano Nacional de Desenvolvimento;2) O Orçamento Plurianual de Investimentos, de que a versão mais abrangente tem a forma de

um Programa Geral de Aplicações (ou de Dispêndios).

O Plano Nacional de Desenvolvimento incorpora objetivos e diretrizes de ação do Governo, e dispõe sobre a estratégia para concretizá-los. O caráter programático confere-lhe óbvia aderência política, recomendando que se limite cronologicamente ao prazo do mandato do Presidente daRepública. Assim concebido e legalmente fundamentado, o PND traduz, a par do ideário comum aos Governos da Revolução, a visão pessoal e as opções políticas do Chefe de Governo, em cada período presidencial.

A expressão financeira do Plano Nacional de Desenvolvimento é o Orçamento Plurianual de Investimentos, que relaciona todas as despesas de capital previstas para o período de referência – e as respectivas fontes, orçamentárias e extra-orçamentárias. A correspondência entre os dois importantes documentos, no nível de programas e projetos, assegura a cobertura financeira necessária à realização do Plano com tranqüilidade, liberando essa execução dos riscos, outrora usuais na administração pública, da descontinuidade causada sobretudo pela falta de recursos.

Trata-se, sem dúvida, de um modelo de racionalização político-administrativa susceptível, na prática, das intempéries próprias da dimensão histórico-social em que está inserido. São tantas as

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variáveis que interferem no processo econômico e social, tão ilimitadamente nuançadas, tão precariamente previsíveis, que só podem dar lugar a projeções igualmente imprecisas. Esta forma de compreender o planejamento econômico-social – e pois, o planejamento governamental – responderia a objeções e argumentos apressados que criticam planos e programas porque, ao final do prazo de referência, as estimativas numéricas não conferem com a realidade. Já vi, até, quem reprovasse planos por terem sido amplamente ultrapassadas as metas propostas.

O Plano Nacional de Desenvolvimento tem, assim, caráter necessariamente indicativo. O que nele conta é o roteiro de ação aberto às agências do Governo, e mesmo ao setor privado; são os mecanismos e instrumentos postos à disposição para o atingimento de objetivos e metas; é o apelo à criatividade de todos os segmentos sociais envolvidos, no sentido da descoberta ou invenção de novos instrumentos e mecanismos que dêem viabilidade à estratégia formulada. Cabe lembrar, aqui, aspalavras do pronunciamento do Senhor Presidente da República, ao encaminhar ao CongressoNacional o II Plano Nacional de Desenvolvimento, em setembro do ano passado: o Governo – disse o eminente Chefe da Nação – "através da meditação e do labor de todos os Ministérios sob a coordenação da Secretaria de Planejamento, consubstanciou (no Plano) metas tentativas a alcançar nos próximos cinco anos". Note-se o qualificativo: metas tentativas.

Mais adiante, explicou o Presidente Geisel:

"Cumpre aos responsáveis, em todos os escalões de Chefia ao longo do multiforme processo de desenvolvimento nacional, compensar os pecados imanentes ao planejamento, inserido num clima todo de incertezas, pela ação pronta e ágil, sábia no aproveitamento de oportunidades novas que se ofereçam, e capaz de atingir, a despeito de obstáculos imprevistos que não deixarão de ocorrer, os objetivos para a marcha ininterrupta do País aos destinos que lhe almejamos".

No campo de interesse específico desta Conferência, tivemos há pouco um exemplo ilustrativo da "ação pronta e ágil" a que se referiu o Presidente, para compensação da incerteza e da imprevisibilidade inerentes ao processo de planejamento econômico-social. Quero referir-me ao Programa Nacional de Combate à Meningite, que envolveu uma massa elevada de recursos financeiros e humanos, sem estar previsto no plano setorial de Saúde do II PND ou no correspondente Orçamento Plurianual. A luta contra a meningite não fora programada porque somente no final do ano passado caracterizou-se como foros de credibilidade oficial o surto epidêmico. Quando se confirmou oficialmente a epidemia, verificou-se que indícios disponíveis há algum tempo teriam fundamentado uma previsão oportuna. Dir-se-á que temos, no caso um bom exemplo de deficiência do sistema de vigilância epidemiológica no País. Mas isto prova, ainda, que os condicionamentos histórico-sociaisenquadram o ato de planejar em sua moldura pejada daqueles “pecados imanentes" a que alude a fala presidencial.

A imprevisibilidade do surto de memingite justificou as medidas de caráter extraordinário, extra-plano e extra-orçamento-programa, que se fizeram indispensáveis para enfrentá-lo. Seria porém imperdoável que isto acontecesse, por exemplo, com o controle da esquistossomose ou da malária. Porque essas são doenças muito nossas conhecidas, que enfrentamos há muitos anos, e assim, obrigatoriamente, terão que constar do Plano Setorial de Saúde, visto como ainda não foram debeladas.

O que pretendo dizer com a menção a essas distintas campanhas sanitárias – o combate à onda epidêmica de miningite, e o controle à endemia malárica – é que o levantamento dos fenômenos sociais e econômicos consolidam, através do tempo, um corpo substancial de informações comprovadas sobre fatos típicos, as quais podem fundamentar razoável interpretação diagnóstica. Com um embasamento assim seguro, é possível formular diretrizes, objetivos e metas físicas com boa probabilidade de virem a ser alcançados.

Na área da Saúde, o II PND encontrou um diagnóstico bastante elucidativo na indicação de deficiências, sobretudo institucionais e operacionais. O grande passo à frente que, a meu ver, foi conseguido mediante esse programa setorial, está representado exatamente pelo pragmático

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encaminhamento do problema institucional que, por muitos anos, manietou o pensamento criador de muitos e ilustres estudiosos e planejadores de Saúde.

Foi preciso para isso que se chegasse a um estilo de Governo – como é o atual – marcado pelo espírito do trabalho em equipe, pelo objetivo de integração interinstitucional, pelo prestígio da coordenação interministerial. Porque, em um clima de cooperação, de entrosamento, de mútuo entendimento, a controvertida dicotomia entre ações de saúde dita individual, e ações de saúde dita coletiva, reduz-se grandemente em interesse prático. Sem perder de vista que essacompartimentalização da Saúde não deve prevalecer indefinidamente, o Plano propôs para o Setor "uma estratégia que visa, primordialmente, a (sua) clara definição institucional, com base em mecanismos de coordenação que anulem imprecisões ou superposições de âmbitos de atuação".

E assim, pela primeria vez em um documento oficial de Governo, tornou-se viável estabelecer "dois campos institucionais" prioritários:

− "O do Ministério da Saúde, de caráter eminentemente normativo, com ação executiva preferencialmente voltada para as medidas e os atendimentos de interesse coletivo, inclusive vigilância sanitária.

− O do Ministério da Previdência e Assistência Social, com atuação voltada principalmente para o atendimento médico-assistencial individualizado".

A recente instituição, por lei, do Sistema Nacional de Saúde, deu conseqüência a essa diretriz do Plano. São conhecidas as restrições a esse texto legal. Mas creio que o Governo não esperava obter uma lei perfeita. A perfeição, se me permitem, é assim tão quanto a linha do horizonte...

Com a definição aberta, sem subterfúgios das competências prioritárias dos dois Ministérios mais diretamente envolvidos nas ações de Saúde, desanuviou-se o campo do que no passado se chamou de Saúde Pública, e que aos poucos foi-se desprestigiando como conceito e como modelo institucional e operacional. As ações de massa, o controle sanitário, as operações preventivas, voltaram ao primeiro plano das preocupações do Ministério da Saúde, sem muita atenção para discussões bisantinas quanto à propriedade ou impropriedade de tais expressões. E livre de lutas, igualmente infrutuosas, pelo domínio de determinadas áreas, ou pela hegemonia na formulação da política setorial.

É muito cedo para uma aferição de resultados desta nova mentalidade, que o II PND traduziu e está viabilizando na área de Saúde. Sobretudo, se considerarmos os muitos anos de discussão estéril em que se perderam as agências do Governo, e os seus técnicos mais prestigiosos. Creio, entretanto, que o quadro do que virá a ser o Ministério da Saúde – de suas relevantes funções no contexto da administração, de sua inelutável vocação para as ações coletivas – está-se compondo com celeridadee acuidade.

Anoto a seguir, frutos dessa atitude que está desentravando o Setor Saúde, certos programas e providências de grandes significação – vários, já indicados no próprio II PND.

A responsabilidade pela ação preventiva requer um bom aparelho de informaçãoepidemiológica. Trata-se, como sabemos, de uma área em que o Ministério da Saúde é extremamente deficiente. Sabia-se disso, mas não havia proposta concreta para superar a lacuna. Agora, o programado Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica vai materializar uma série de medidas que hão de suprir a falha histórica a que me referi. A montagem do Sistema, a sua fundamentação legal, os seus mecanismos operacionais, são assuntos de relevância que constituem um dos temas em debate nesta Conferência.

A mesma visão de Saúde Pública orienta o empenho do Ministério da Saúde em preencher outras lacunas no campo do disciplinamento de ações sanitárias e afins. O Programa Básico de Imunizações, por exemplo, vinha sendo executado modestamente, sem força coercitiva, sem o amparo legal indispensável. Já está na Presidência da República projeto de lei que, aprovado pelo Congresso

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como certamente o será, vai dar-lhe outra dimensão e base institucional – inclusive tornando obrigatória a vacinação nos casos de interesse público.

O controle de drogas e medicamentos, atribuição da agência de Saúde Pública do Governo, dispõe de cobertura legal inteiramente obsoleta, além de desconexa. O problema veio à ordem do dia dos trabalhos do Ministério da Saúde, e deu origem a uma proposta de legislação consolidada, atualizada, moderna. A par da fundamentação legal, os esquemas operacionais e seus agentes e instrumentos foram igualmente postos em evidência, com vistas ao equacionamento eficaz.

Na linha do controle de qualidade da produção de medicamentos e congêneres, cabe ainda uma referência à revisão completa, e sua atualização, da base legal concernente às atividades hemoterápicas. Exposição de Motivos encaminhada pela Ministro da Saúde ao Presidente da República já se encontra em exame nos escalões de assessoria da Presidência. Para usar palavras textuais do expediente do Ministro Almeida Machado, "trata-se de providência de grande alcance, capaz de regularizar atividade altamente tumultuada e desenvolvendo-se em nível inadequado aos foros de civilização e aos conceitos éticos que orientam o Brasil de hoje".

A própria atividade de erradicação de endemias, que se pode qualificar como um dos programas clássicos do Ministério da Saúde, passou a ser repensada, com vistas à identificação denovas tecnologias de combate a vetores, ou de controle de portadores e doentes. Projetos experimentais estão sendo desenvolvidos nesse sentido, e contam com a cobertura de recursos financeiros específicos.

A ação médico-assistencial, preferencialmente exercida pelo Ministério da Previdência e Assistência Social, admite contudo a participação do órgão de Saúde Pública, dentro dos esquemas novos de integração propostos pelo II PND. Assim, e de maneira tão pragmática quanto a que inspirou a definição geral das competências ministeriais, cabe aproveitar o grande potencial de recursos materiais e humanos da Fundação SESP, e sua valiosa vivência na lida com comunidades rurais e periféricas, para a implementação de um Programa de Interiorização da Ação Sanitária, já delineado. Dessa mesma organização de Saúde Pública, utilizar-se-á a vasta experiência no campo do Saneamento básico de pequenas coletividades, com vistas a dar encaminhamento novo – de forma integrada – a problemas sanitários crônicos, como a esquistossomose.

A pesquisa científica para a Saúde, também situada na área de competência do Ministério da Saúde, reconquistou a atenção governamental que outrora lhe deu relevo internacional. No bojo da Política Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, o programa setorial obteve expressivoaporte adicional de recursos – além de valioso apoio do CNPq – com o que será viável a recuperaçãoe modernização do sistema centralizado pela Fundação Oswaldo Cruz.

Enquanto a área de Saúde Pública se prepara da forma que exemplifiquei, o campo da assistência médica individual desencadeia todo um processo de estudos visando a objetivos ambiciosos. A universalização da assistência médico hospitalar, independentemente da vinculação contributiva do beneficiário, é a mais significativa dessas metas ousadas, que, quando alcançadas, hão de transformar o quadro médico-assistencial do país. Importa sobretudo, neste particular, constatar-seque o Governo está transcendendo limitações formais – mais do que as atuarias – que emperravam oplanejamento socialmente adequado da assistência médico-hospitalar, no âmbito de seu maior usuário no País, que é a Previdência Social.

O II PND representa, pois, um grande avanço para o planejamento do Setor Saúde no Brasil – epor conseqüência, para as ações de Saúde decorrentes. E também estou convencido de que este avanço tem apoio, notadamente, no equacionamento realista de certos conflitos institucionais que empolgavam as correntes de opinião, dificultando a tomada de decisões e iniciativas realmente proveitosas. Numa rápida comparação retrospectiva, percebe-se com nitidez a saudável mudança de rumos a que me refiro. Tome-se, por exemplo, a listagem dos projetos prioritários do Setor Saúde no I PND – depois, no II Plano. Eis o que constou daquele 1º Plano de Desenvolvimento.

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1) Na área de Saúde Coletiva:− erradicação da Varíola;− erradicação da Malária;− prevenção do reaparecimento da Febre Amarela nos centros urbanos;− redução da incidência a das outras endemias, particularmente Esquistossomose e

doença de Chagas;− intensificação da Profilaxia das Doenças Transmissíveis agudas, particularmente da

Poliomielite.

2) Na área da Saúde individual:− consolidação do Programa Nacional de Medicamentos Básicos;− integração progressiva dos Serviços Locais e Regionais de Assistência Médica.

3) Outros Programas:− Desenvolvimento do Sistema de Proteção Materno-Infantil;− Desenvolvimento da Operação Oswaldo Cruz (na Transamazônica);− Apoio ao Programa de Saneamento Básico;− Adoção de medidas e criação de legislação que permita estabelecer um Programa de

Combate à Poluição Ambiental;− Intensificação da Pesquisa Básica e Aplicada.

No II PND, a colocação enfática do problema prioritário – definição de áreas preferenciais de competência, conforme já assinalado – facilitou o alinhamento de programas e projetos de nítido conteúdo como Saúde Pública, conforme demonstra a listagem que vou transcrever:

1) Medidas de organização e articulação – com ênfase na idéia da integração interinstitucional, que teve na instituição do Conselho de Desenvolvimento Social o ponto culminante;

2) Instituição do Sistema de Vigilância Epidemiológica, (nem sequer citado no I Plano);3) Montagem de uma rede de Laboratórios de Saúde Pública (também não referidos no I

PND);4) Controle de endemias (programa convencional);5) Controle de doenças evitáveis por imunizantes – ou seja, Programa Básico de Imunizações

(só incidentalmente mencionado no I PND);6) Pesquisa científica e tecnológica (no I PND, a ênfase foi atribuída à pesquisa fundamental,

que, sem o apoio da experimentação tecnológica, muitas vezes não oferece conseqüências utilizáveis).

Estes simples exemplos situam a reorientação do Setor Saúde, dentro da filosofia retratada pelo II PND.

Não há dúvida que a definição institucional da área terá conseqüências positivas, na medida em que funcione outro dos importantes fatores da reformulação da política de Saúde no Brasil – a integração interinstitucional e intergovernativa. Inclusive, a integração intra-institucional, como diz o Ministro Paulo de Almeida Machado, numa referência à área de sua Pasta que considero pertinente também para outros Ministérios. Fazer com que aconteça, concreta e satisfatoriamente, esse entrosamento multiplicador de eficiência, é tarefa que poderá ser grandemente facilitada mediante o uso adequado dos mecanismos de coordenação explícitos, ou implícitos, no esquema do Conselho de Desenvolvimento Social. A meu ver, está colocada a questão, agora, em termos de sadia emulação e capacidade imaginativa de cada agência envolvida no processo. Sem a preocupação com a hegemonia “de papel passado”, o Setor Saúde, institucionalmente integrado, poderá transpor o hiato, ainda profundo, que o separa de outras áreas mais modernas e dinâmicas da administração pública.

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ASSUNTO: Assistência Médica na Previdência SocialEXPOSITOR: Dr. Hugo Vitorino AlqueresÓRGÃO: Ministério da Previdência e Assistência Social

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A assistência médica, nos termos da legislação da Previdência Social, pode ser considerada sob três aspectos: o descritivo, o analítico e o operacional. À base dos dois primeiros se estabelecem princípios e se adotam as diretrizes que, em cada área particular, formam as respectivas políticas de ação. Assim sendo, ter-se-á nesta V Conferência Nacional de Saúde, além dos temas oficiais apresentados pelo Ministério da Saúde, a participação do Ministério da Educação e Cultura, com o tema "Política Nacional de Formação de Recursos Humanos para a Saúde"; a do Ministério do Interior com a "Política Nacional de Saneamento Básico e Ambiental" e a do Ministério do Trabalho com a "Política Nacional de Segurança e Saúde Ocupacional". A participação do Ministério da Previdência e Assistência Social decorre do que a Lei 6.229 estabelece para o seu campo de ação, o do atendimentomédico assistencial individualizado, cabendo-lhe, particularmente:

a) Elaborar planos de prestação de serviços de saúde às pessoas;b) Coordenar, em âmbito nacional, o subsistema de prestação de serviços de saúde às

pessoas;c) Credenciar, para integrarem o subsistema público, instituições de finalidade não lucrativa

que prestem serviços de saúde às pessoas;d) Prestar diretamente serviços de saúde às pessoas, ou contratá-los com entidades de fins

lucrativos ou não, sujeitando-as a fiscalização permanente;e) Experimentar novos métodos terapêuticos e novas modalidades de prestação de

assistência, avaliando sua melhor adequação às necessidades do País;f) Fixar, em colaboração com o Ministério da Saúde, normas e padrões para prestação de

serviços de saúde a pessoas, a serem observados pelas entidades vinculadas ao Sistema;g) Promover medidas adequadas à redução do custo dos medicamentos de maior eficácia e de

comprovada necessidade para proteção da saúde e combate às doenças, inclusive subvencionando sua aquisição, ou distribuindo-os gratuitamente às classes mais pobres da população.

1. ASPECTO DESCRITIVO

Compreende o conhecimento da infra-estrutura da assistência médica: as regiões do país e o povo que nelas habita; suas características sócio-econômicas; seus índices demográficos de natalidade, morbidade e mortalidade; a nosologia dos vários ambientes e todos os fatores que influenciam essas características. A capacidade, quantidade e qualidade dos prestadores de assistência médica é registrada em termos de agentes e instituições. A descrição desta área completa-se com o estudo das inter-relações necessárias ao conhecimento da administração por sistemas, onda a hierarquia funcional estabelece métodos de coordenação. A formação de recursos humanos para a saúde e a criação e o desenvolvimento das instituições congêneres formam subsistemas de análise complexa. A mesma complexidade é observada quanto à produção de insumos básicos para a assistência médica, tais como medicamentos, aparelhos de diagnóstico e tratamento, equipamento e materiais especializados. Neste particular, é de suma importância a correlação com o intercâmbio externo, ou seja, o que é importado e o que se exporta em bens materiais. Não raro, há exportação de bens de alto valor de que se tem carência, como recursos humanos, ao passo que, simultaneamente, se importam produtos industriais que a tecnologia autóctone não obtém. Todos esses aspectos descritivos vão sendo conhecidos e divulgados por inúmeros trabalhos sobre a Assistência Médica, a maioria mostrando estatísticas, nem sempre comparáveis.

Existe, no entanto, uma quase unanimidade entre os técnicos que analisaram a Assistência Médica e Hospitalar brasileira, em considerar a Previdência Social como a grande mola impulsionadora do setor. Sem os recursos lançados principalmente pelo INPS, não teria ocorrido o acentuado surto do desenvolvimento assistencial que agora se observa.

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Nossos hospitais ainda estão, em sua maioria, ajustando-se a padrões técnicos superiores; deve-se, contudo, registrar que deixamos, na úlltima década, a fase de baixa produção e pouca eficiência que caracterizava os atendimentos nosocomiais. Possuímos hoje, em praticamente todas as regiões, mesmo em longínguas cidades, unidades hospitalares dotadas dos recursos mais sofisticados, permitindo o correto atendimento de todos quantos as procuram. E quase todas sao contratadas pela Previdencia Social Brasileira, recebendo recursos do INPS, IPASE, FUNRURAL e LBA.

Apenas para se ter uma rápida visão da importância desses recursos, mostram os quadros I e II o número de hospitais e de leitos existentes e aqueles a serviço da Previdência Social.

As despesas corn Assistência Médica na Previdência Social vem crescendo acentuadamente de ano para ano, como mostra o quadro III, onde se indicam apenas os gastos do INPS.

O Ministério da Previdência e Assistência Social, através de seu Plano de Pronta Ação (setembro/1974), agilizou o mecanismo de relacionamento com a rede médico-hospitalar; esse Plano permite admitir que as projeções assistenciais para o qüinqüênio 1975-1979 serão plenamente alcançáveis.

A prestação da assistência médica, no ambito do INPS, é essencialmente descentralizada quanto aos atendimentos hospitalares; ao inverso do que se refere aos atendimentos ambulatoriais. Os primeiros equivalem a 72% das despesas de saúde daquela Instituição e correspondem a ocupação média diária de 120.000 leitos, dos quais 11.000 próprios e 109.000 contratados. Os atendimentos ambulatoriais e atos complementares excedem de 80 milhões (1975); correspondem a 28% das despesas, na quase totalidade atribuídas a serviços diretos, prestados por médicos e pessoal de saúde, a todos os níveis, em regime assalariado.

A partir de 1975, foi incentivada a realização de convênios com quaisquer prestadores de assistência médica. As Portarias Nos MPAS-78 e 79 especificam as modalidades; desses convênios e as condições por que se regem. Mobilizando todos os recursos assistenciais do país, estão sendo definidas as especificações para os convênios com Estados e Municípios, tendo como objetivo apoiar o desenvolvimento das unidades de pronto socorro, a cargo dos municípios, e o máximo aproveitamento dos postos e unidades de saúde dos Estados, que trabalham, em geral, em regime de horários reduzidos.

Também a partir de fins de 1974 iniciaram-se convênios, sob moldes específicos, com os hospitais universitários e de ensino. Predominou nessa modalidade assistencial o conceito de atribuir as Faculdades de Medicina decisivo apoio a formação técnica do profissional habilitado as condições brasileiras. Assim, cuidarão as Faculdades convenentes de prestar assistência integral aos grupos populacionais que lhes forem atribuídos, dentro de critérios de regionalização: por zonas, nas grandes concentrações urbanas; e áreas, nas regiões de baixa densidade demografica.

Com a DATAPREV ficou o MPAS dotado de um sistema de computação adequado às múltiplas solicitações em relação ao controle das modalidades de prestações concedidas pela Previdência Social. Incontestavelmente, bem maiores do que as exigências que lhe impõem a concessão de benefícios pecuniários, são as que exigem os registros médicos e o controle de quantidade, qualidade e custos dos serviços assistênciais a toda a população protegida pelos diversos regimes da Previdência Social (INPS, FUNRURAL e IPASE). Estudos em curso permitirão em breve o cadastramento e a identificacao individual pelo CDAP (Cartão de Domicílio Assistencial Próprio) dos residentes em cada região, área ou zona assistencial.

Incluem-se nos atos de organização do Ministério da Previdência e Assistência Social, no ambito da Assistência médica, mais dois expressivos:

1) A reformulação das atividades da Central de Medicamentos, possibilitando-lhe decisivo apoio a prestação da assistência farmacêutica, que constitui complemento lógico para obtenção de maiores benefícios no campo médico-assistencial. O consumo atual de medicamentos, financiados apenas pelo INPS, excede de 2 bilhões de cruzeiros anualmente. Esses gastos, em progressão crescente, exigem medidas, ora em execução,

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para assegurar, a par da qualidade e eficácia, a distribuição de remédios a populações cuja renda seja insuficiente para adquiri-los. Corn a atual reformulação administrativa, coordena-se a produção e o consumo de medicamentos utilizados pela Previdência Social, constantes de uma "Relação de Medicamentos Básicos". O significado desta medida é que, na realidade, o elenco de prestações da Previdência Social fica acrescido de outra de expressivo valor econômico e de larga repercussão sobre os mecanismos corn que se eleva a renda dos grupos menos favorecidos, ou mais expostos às contingências que a Previdência Social se destina a amparar.

2) O acompanhamento das despesas assistenciais e o controle de preços dos serviços médicos adquiridos de terceiros, uma vez que, por decisão do Conselho Interministerial de Preços, essas atividades foram transferidas para o MPAS. É desnecessário frisar que a multiplicidade dos serviços comprados exige controle de preços e supervisão do financiamento dos serviços de saúde. Assim sendo, sobre um total de gastos anuais, orgados neste ano em cerca de 15 bilhões de cruzeiros, serão cotejados os custos e preps especificos, a fim de que as prioridades assistenciais, com justo dimensionamento, proporcionem o maximo de benefício social.

2. ASPECTO ANALÍTICO A assistência médica no Brasil é essencialmente financiada pelos regimes de previdência

social, podendo-se afirmar que esse fato decorre da tradição, pois a primeira lei previdenciária, em 1923, das quatro prestações então concedidas, colocava a assistência médica e o fornecimento de medicamentos em primeiro e segundo lugares. Hoje, os setores público e privado participam ativamente do processo assistencial. O setor público se caracteriza por ser o grande financiador dense consumo e empregador de recursos humanos de maior qualificação; o setor privado é tipicamente o prestador de cuidados hospitalares, fornecedor de medicamentos, equipamentos e material de consumo, e empregador da maior parte dos recursos humanos de menor qualificação. Os gastos com saúde, que ultrapassam de 22 bilhões de cruzeiros (4% da Renda Nacional Bruta), se distribuem da seguinte forma:

60% cabem ao Ministério da Previdência e Assistência Social; 15% cabem as demais instituições públicas (federais, estaduais, municipais, de administração

direta e indireta). 25% são gastos efetuados pelo setor privado (18% destinam-se à aquisição de medicamentos e

7% à remuneração de serviços meédicos).

Por intermédio de sua Subsecretaria de Estudos Especiais, o MPAS passou a analisar as principais causas de descontentamento que se apontam na organização nacional dos serviços assistenciais. Nessa área é classico arrolar a insuficiência, a descoordenação, a má distribuição e a inadequação.

A Previdencia Social se empenha, com firme propósito, em combater essas causas por meio de políticas de preços justos, de incentivos ao aperfeiçoamento técnico, de programas de modernização administrativa, de mecanismos de controle da qualidade, e de financiamentos proporcionados pelo Fundo de Apoio Social para a expansao e melhoria dos serviços hospitalares.

Os mecanismos de coordenação permitirão amplo desenvolvimento das ações de saúde. Algumas apenas iniciadas, pela cooperação pluri-institucional, antecipam resultados promissores. Está em curso o plano de saúde do Nordeste, ao qual se seguirão os da Amazônia e do Cento-Oeste, sem prejuizo das medidas executivas que, por força da regulamentagação da lei sobre o Sistema Nacional de Saúde, deverão orientar as diretrizes futuras. No que tange as ações relacionadas às pessoas, os participantes da V Conferência Nacional de Saude contribuirão com recomendação específicas, a fim de que o desenvolvimento da assistência médica tenha respaldo na conceituação moderna atribuída à

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integralidade dos cuidados médico-assistenciais. A implementação progressiva do sistema, as peculiaridades das áreas menos desenvolvidas e a coordenação dos responsáveis por determinados programas de alta prioridade (alimentação e materno-infantil) constituem pontos para os quais a metodologia operacional deverá contar com os esforços comuns dos que integram o Sistema, a fim de excluir ações paralelas ou a superposição de ações semelhantes nas mesmas áreas geográficas. As análises que foram obtidas pelos dados estatísticos de que se serviram os planejadores do 2º PND, dos planos regionais a cargo dos Ministérios componentes do Conselho de Desenvolvimento Social, dos Estados e Municípios, merecerão cotejo permanente com o acompanhamento da execução por meio dos indicadores definidos pela listagem preliminar, em 19.6.75, do Conselho de Desenvolvimento Social. Por esse motivo, o Ministério da Previdência e Assistência Social, em coordenação com o Ministério da Saúde e o IBGE, promovem a implantação de indicadores de saúde padronizados para fins de diagnóstico conjuntural, de acompanhamento, e de avaliação das relações adequadas ao subsistema de proteção às pessoas, como sejam as relações de custos/benefícios, de eficiência operacional e de eficácia dos resultados.

3. ASPECTO OPERACIONAL A assistência médica, administrada pelas instituições de previdência social, é essencialmente

indireta no que toca aos serviços hospitalares. Mais de cinco milhões de hospitalizações são pagas a terceiros, anualmente. Já os serviços ambulatoriais são predominantemente diretos e prestados por pessoal dos quadros das instituições. A partir de 1975, a descentralização dessa assistência por intermédio de prestadores contratados, foi incentivada e regulamentada. Todas as modalidades de convênio com empresas contribuintes e com organizações universitárias, profissionais, sindicais e governamentais estão sendo financiadas e controladas. As internações hospitalares são prescritas pelos médicos da Previdência Social. Em relação às contas nosocomiais, responsáveis por mais de 70% do orçamento de assistência médica das instituições de Previdência Social, o controle vem se modernizando intensamente graças a computação eletrônica, realizada pela DATAPREV, órgão sob a jurisdição ministerial. Novos mecanismos operacionais permitiram reduzir as reclamações dos hospitais contratados e o atraso com que são retribuídos os serviços que prestam. Esse atraso, aliado ao que consideram baixa remuneração dos trabalhos realizados, não raro ocasiona situações pouco recomendáveis de superfaturamentos em determinados itens das contas hospitalares.

O Ministério da Previdência e Assistência Social tem feito sentir, aos órgãos representativos da organização hospitalar, que tais irregularidades seriam puníveis, e tem procurado evitar quaisquer falhas dessa organização, ajustando seguidamente os valores pagos pelos atendimentos.

O principal método adotado pela Previdência para tornar mais rápido e simples o pagamento dos serviços hospitalares foi a utilização do processamento das Contas Hospitalares, pela DATAPREV, através de "gabaritos" estabelecidos pelos técnicos da Assistência Médica.

Esse sistema, atualmente em uso em três Estados (Paraná, Rio Grande do Sul e Ceará), vem sendo testado cuidadosamente, corrigindo-se os erros e imperfeições encontrados, de molde a aplica-lo, antes do final do corrente ano, em todas as localidades onde a Previdência compra serviços hospitalares.

O seu mecanismo d bastante simplificado e as contas, desde que corretamente preenchidas, são pagas no prazo de 20 dias, por dep6sitos bancários em agências escolhidas pelos hospitais.

Os valores dos "gabaritos" não são divulgados e sofrem permanente reajuste, conforme variem os valores dos diferentes componentes da conta. O quadro IV mostra como se compõe o valor médio total da conta nosocomial.

As contas são sumariamente examinadas por um grupo especializado, que as devolve aos hospitais no caso de incorreções do preenchimento (falta do código ou dados essenciais). As aceitas são imediatamente enviadas à DATAPREV, que fará o registro em fita.

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As fitas são, então examinadas pelo computador, que libera, de imediato, aquelas cujos valores estejam dentro dos limites estabelecidos, emitindo as faturas e demais documentos necessários.

As contas rejeitadas são devolvidas ao órgão receptor, que providenciará o seu exame por um grupo especialmente criado, de Auditoria Médica, o qual poderá liberá-las de pronto se verificar que as diferenças encontradas, e que provocaram o não pagamento, são justificáveis por motivos técnicos.

Quando a conta apresentada não for justificável, será realizada cuidadosa revisão técnico-administrativa de todos os documentos anexados, incluindo o prontuário médico, podendo, então, nessa fase, serem efetuadas as chamadas glosas, ou sejam, cortes nos valores cobrados. Essas glosas, das quais pode o hospital recorrer, seguem normas preestabelecidas, mas, deve-se reconhecer, prendem-se muito a decisões individuais, motivo pelo qual muitos dos recursos apresentados são atendidos, em parte ou na totalidade.

Paralelamente, aos trabalhos de implantação do sistema de "gabarito", vem sendo realizados estudos estatísticos sobre as contas nosocomiais, como o iniciado no Estado do Paraná, para possibilitar possíveis correntes dos indicadores estabelecidos. Tais estudos vêm servindo igualmente para liberar contas rejeitadas durante a fase inicial de implantação do sistema.

É de se prever que, corrigidas as imperfeições iniciais, admissíveis em todo projeto de tal envergadura, no próximo ano de 1976, todos os hospitais contratados pela Previdência Social receberão em dia as suas contas.

A implantação do sistema de pagamento de contas por "gabaritos" levantou, de imediato, algumas questões que exigiram soluções especiais. A primeira se prende ao fato de que, com alguma observação, é possível estabelecer se um valor próximo aos programados na memória do computador, o que levaria a aceitação de valores irreais.

Para atingir tal objetivo o hospital baixaria, provavelmente, o padrão de atendimento, sacrificando a qualidade da assistência prestada ao beneficiário internado.

Visando impedir tal atitude, foi criada a Auditoria Médica, grupo especialmente preparado para avaliar a qualidade dos serviços prestados pelos hospitais, próprios e contratados. Tal grupo, formado por médicos, enfermeiros e técnicos em administração, verifica, periodicamente, como estão sendo atendidos os pacientes internados, através do exame dos prontuários médicos e dos índices hospitalares correntes.

Com a implantação da Auditoria Médica e o aperfeiçoamento de sua ação, não haverá mais lugar para o "Supervisor Hospitalar", médico dos quadros da Previdência Social que visita, diariamente, os hospitais contratados, realizando uma ação fiscalizadora do atendimento aos internados. Essa ação direta, que inclui vistoria dos prontuários e análise do tratamento, tem sido causa de grandes atritos, que envolvem, inclusive, os Conselhos Regionais e Federal de Medicina. Constantemente, médicos-supervisoeres tem sido acusados de atentarem contra Ética Médica, sendo julgados pelos Conselhos, por obedecerem a ordens das autoridades superiores.

O trabalho da Auditoria Médica irá certamente eliminar tais eventos, pois será realizado sobre os prontuários dos que obtiveram alta e sobre os índices hospitalares apurados pelo nosocomio. Entre esses índices citem-se: o tempo médio de permanência, a taxa de ocupação, a taxa de infecção hospitalar, as taxas de mortalidade e outros usuais.

A atividade de revisão das contas rejeitadas pelo computador será uma das funções do grupo da Auditoria Médica, utilizando, neste caso, a cooperação de outros elementos técnicos, como contadores, odontólogos, farmacêuticos, etc.

A Auditoria Médica não deve ser confundida, em nenhum momento, com a Auditoria Contábil realizada pelos órgãos próprios da Previdência Social. A análise dos custos será procedida por grupos específicos. Durante a visita aos hospitais não irá interessar aos Auditores o valor das contas apresentadas, ou o custo do tratamento, e, sim, se a qualidade dos serviços prestados a adequada e se os beneficiários da Previdência Social estão recebendo todos os recursos médico-hospitalares necessários a cada caso.

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Um dos grandes fatores do encarecimento da assistência médica é representado pelo uso indiscriminado de medicamentos não justificáveis. O número desmedido das apresentações farmacêuticas, superior a 30.000, faz com que seja esquecido muitas vezes que, em igualdade de eficácia, os médicos devem considerar a medicação mais econômica. A Previdência Social, adotando a partir de julho passado a "Relação de Medicamentos Básicos", para utilização em todos os seus serviços, diretos e indiretos, serve-se de um poderoso dispositivo de contenção de gastos reconhecidamente supérfluos.

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QUADRO II

MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL SECRETARIA DE SERVIÇOS MÉDICOS

INPS - SECRETARIA DE ASSISTÊNCIA MÉDICA HOSPITAIS E LEITOS EXISTENTES E A SERVIÇO DO INPS POR ESTADOS

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QUADRO III

MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA E ASSISTENCIA SOCIAL SECRETARIA DE SERVIÇOS MÉDICOS

INPS - SECRETARIA DE ASSISTÊNCIA MÉDICA RECURSOS CONSUMIDOS COM ASSISTENCIA MÉDICA

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QUADRO IV

MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL SECRETARIA DE SERVIÇOS MÉDICOS

INPS – SECRETARIA DE ASSISTÊNCIA MÉDICA COMPOSIÇÃO DA CONTA NOSOCOMIAL

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MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL SECRETARIA DE SERVIÇOS MÉDICOS

INPS – 1975 SERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA MÉDICA PRESTADA ATRAVÉS DE CONVÊNIOS

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(Continuação)

MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL SECRETARIA DE SERVIÇOS MÉDICOS

INPS – 1975

SERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA MÉDICA PRESTADA ATRAVÉS DE CONVÊNIOS

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DISTRIBUIÇÃO DOS RECURSOS HOSPITALARES NO BRASIL 1971

SITUAÇÃO ATUAL E PREVISTA NO S.N.S.

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ASSUNTO: Política de Formação de Recursos Humanos para o Setor Saúde EXPOSITOR: Dr. Edson Machado de Sousa ÓRGÃO: Ministério da Educação e Cultura

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INTRODUÇÃO

A formulação de uma política de educação numa sociedade que vem atravessando profundas transformações em sua paisagem sócio-política-econômica e cultural não é tarefa fácil, principalmente se levarmos em conta que a educação é simultaneamente, um meio e um fim. É meio quando considera apenas os aspectos produtivos, de preparação de mão-de-obra para atendimento da demanda e da manutenção do "steady state" entre o sistema formador de recursos humanos e o sistema utilizador desses recursos. De outro lado, não se pode perder de vista, que a educação é também um fim, é consumo, é a melhor forma de proporcionar ao indivíduo a sua auto-realização. Sob esse aspecto, uma política de educação pressupõe uma filosofia da educação, edificada fundamentalmente sobre as bases vivas e caracteres contingentes da coletividade, auscultando mesmo as mínimas vibrações sociais, num comportamento "de baixo para cima" a fim de incorporar as grandes linhas de preocupação dessa coletividade.

De outro lado uma política de educação deve estar amparada numa política mais geral, para que as ações dela emanadas não venham a prejudicar ou mesmo conflitar com outros setores do desenvolvimento social.

Uma análise da evolução do sistema de ensino brasileiro mostra logo como cresceu de forma desarticulada de outros setores, sem atentar para a sua importância na transformação sócio-econômica do País. Esse crescimento gerou uma série de problemas, só corrigíveis mediante a adoção de planejamento realista e de visão globalizante.

São bastante conhecidas as distorções quanto à quantidade, onde de um lado há excessivo número de profissionais, e de outro, é inexpressivo o seu número. Ainda há pouco, detectou-se um acentuado número de vagas ociosas no ensino superior da região sudeste, principalmente na área de ciências humanas. As distorções são também de qualidade, pois é natural que um crescimento acelerado e muitas vezes aquém das reais possibilidades do sistema, provocasse grande heterogeneidade do nível do ensino o que não se confunde necessariamente com queda da qualidade. A questão da qualidade do ensino tem outro ângulo de consideração nem sempre devidamente colocado. Trata-se da adequação dos currículos seja aos reais reclamos da sociedade, seja ao novo clima em que se desenvolve o ensino. É preciso não esquecer que a super-qualidade é tão prejudicial quanto à sub-qualidade. Na avaliação da qualidade do ensino nem sempre válido adotar padrões comparativos, mormente num país de tantas diversidades regionais que, por conseguinte, exige recursos humanos em níveis e tipos diferentes.

Há também distorções no que se refere à distribuição geográfica das instituições de ensino, tradicionalmente concentradas na faixa litorânea e no centro-sul do País.

Finalmente há distorções na composição da pirâmide educacional, com acentuada carência nos níveis intermediários, principalmente de auxiliares, técnicos e tecnólogos.

A atual política de educação do Ministério da Educação e Cultura vem procurando corrigir tais distorções, atuando com o objetivo de reajustar o sistema de educação para que possa oferecer respostas rápidas aos reclamos do processo de modernização do País, introduzindo para tanto uma sistemática de planejamento suficientemente flexível e aberta a inovações.

Uma pedra angular dessa política, no que se refere a educação profissional, é a progressiva articulação com outros Ministérios e órgãos públicos ou privados, com o objetivo de atender em tempo as necessidades do sistema utilizador, em quantidade e qualidade. Na área das ciências da saúde, essa articulação praticamente não tem história.

Todos nós sabemos que o exame sumário do quadro da saúde no Brasil coloca para o administrador público desafios imensos, quer em seus aspectos quantitativos (distribuição regional e setorial) quer, sobretudo, em seus aspectos qualitativos.

Dentre as inúmeras causas que concorrem para essa situação creio que não será demais apontar para a inadequação da maior parte do aparelho formador de pessoal e do de prestação de serviços, concebidos e organizados que foram a partir de modelos e procedimentos apropriados para contextos

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sociais, culturais e econômicos bem distintos da realidade passada e atual do Brasil. Conseqüentemente o profissional da saúde e os serviços por ele operados estão mais voltados para o atendimento individual, complexo e de alta especialização – e, por isso mesmo, acessível a poucos – do que para a saúde pública e os serviços de maior alcance e abrangência social. Na ausência de qualquer estímulo maior, exógeno, para uma mudança radical de estilo e comportamento, era inevitável que o sistema formador de recursos humanos permanecesse inteiramente voltado para as carreiras tradicionais, oferecidas com o conteúdo tradicional que as tem caracterizado.

Conseqüência dessa orientação do sistema até aqui vigente é a recente proliferação das oportunidades oferecidas para residência médica, com o conseqüente aviltamento e desvirtuamento das funções desse treinamento especializado. Se bem os críticos mais apressados pretendam atribuir esse fato à decantada queda de qualidade do ensino médico resultante da expansão não planejada dos estabelecimentos de ensino, é bom ressalvar que esta expansão se deu sob forte pressão social acionada não apenas pelas evidências de escassez de profissionais, mas também pelo alto conteúdo de prestígio social e "status" econômico que a profissão parecia conferir, decorrência da distorção antes apontada no sistema de prestação de serviços.

Caímos, assim, num processo de causação circular extremamente rígido, impermeável, que tendia a agravar as distorções existentes.

Esta situação levou o Governo a assentar a atual estratégia de ação nas seguintes proposições básicas:

1) É necessário modificar a tendência até agora observada de referir o problema da saúde principalmente à cura ou tratamento, mas dever-se-á orientá-la sobretudo para os serviços preventivos e de atenção coletiva;

2) O atual número de profissionais de saúde não atende ás nossas necessidades médico-sanitárias, não só por quantitativamente deficiente como pela inadequada proporção entre os diversos tipos de profissionais necessários;

3) No estágio que se inicia, será executada política social articulada, que não constitua simples conseqüência da política econômica, mas objetivo próprio (II PND).

Com a criação do Conselho de Desenvolvimento Social efetivamente deu-se início a uma atuação integrada e a instituição do Sistema Nacional de Saúde deverá colocar ordem no que era antes um emaranhado de ações ora paralelas ora superpostas, com acentuado desgaste de recursos financeiros e humanos.

O MEC E O SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE

As responsabilidades do Ministério da Educação e Cultura no contexto do Sistema Nacional de Saúde estão claramente definidas na lei que acaba de ser sancionada. Além da incumbência básica relativa à formação regular dos profissionais de nível superior, assim como do pessoal técnico e auxiliar necessário ao setor saúde, caberá ainda ao Ministério incentivar e apoiar as instituições de ensino no sentido de participarem ativamente do processo permanente de avaliação e planejamento das atividades de saúde em âmbito regional.

Para o desempenho de suas funções, conforme já referido anteriormente, o Ministério da Educação e Cultura busca atualmente uma efetiva integração com os outros Ministérios com responsabilidade no setor, sendo oportuno destacar aqui, o trabalho que ora vem sendo desenvolvido conjuntamente com os Ministérios da Saúde e da Previdência e Assistência Social, visando configurar uma orientação comum para racionalizar a formação de recursos humanos para a saúde, em todos os níveis e tipos.

Como parte ainda dessa política de integração, deve ser realçado o protocolo assinado com o Ministério da Previdência e Assistência Social, que viabiliza a incorporação dos hospitais universitários

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na rede de prestação de serviços, concretizando desta forma uma antiga aspiração. Com isto se espera, de um lado, melhor adequação do ensino aos problemas mais prevalentes de saúde e, de outro lado, melhoria da qualidade dos serviços prestados a coletividade.

Procura o Ministério, com o mais vivo interesse, adequar a formação do pessoal de saúde aos reais problemas e necessidades de nossa população, promovendo experiências de desenvolvimento curricular e de novas metodologias de ensino e incentivando a criação de cursos em áreas não tradicionais.

Nesse sentido, torna-se importante não restringir a atuação do Ministério a umas poucas áreas profissionais habitualmente tidas como mais relevantes, mas visualizar todo o espectro de ocupações, tradicionais ou não, de interesse para a preservação e manutenção da saúde da população.

DESEMPENHO ATUAL E PERSPECTIVAS DO SISTEMA FORMADOR

Parece conveniente apontar, nesta oportunidade, os resultados da autação do MEC, nesse empenho por uma melhor adequação do sistema de formação de recursos humanos aos requerimentos do setor saúde.

Primeiramente, em relação ao ensino de 2º grau deverá ocorrer substancial incremento de formação de técnicos e pessoal auxiliar. O Conselho Federal de Educação já apreciou e aprovou currículos para oito modalidades de cursos de formação de técnicos e treze para a formação de auxiliares, em áreas que vão desde a Enfermagem até a Patologia Clínica e Histologia, passando pela Administração Hospitalar e a Documentação Médica.

A iniciativa da implantação desses cursos certamente não cabe diretamente ao Ministério, vez que a rede de ensino de 2º grau está precipuamente sob a jurisdição dos Estados. Mas cabe referir que uma das dificuldades para a disseminação dos cursos de técnicos e auxiliares de 2º grau reside na quase total ausência de tradição de cooperação entre os sistemas de ensino e os de assistência médico-hospitalar, nesse nível de ensino. Eis aqui um campo plenamente aberto às experiências e inovações por parte dos sistemas estaduais de saúde e de ensino.

Além da via regular de formação a nível de 2º grau a modalidade de ensino supletivo, particularmente o chamado supletivo profissional, poderia ser também amplamente explorada em certos casos com muitas vantagens, pela sua flexibilidade. Novamente aqui talvez esteja faltando capacidade de iniciativa da parte dos sistemas estaduais, que poderiam receber importante apoio de programas federais na área do Ministério do Trabalho.

Acreditamos que o entrosamento do ensino de 2º grau em sua forma regular e supletiva com o sistema de prestação de serviços poderá abreviar a superação da carência de recursos humanos nos níveis técnico e auxiliar, dotando o sistema prestador de serviços do pessoal de apoio necessário.

Quanto ao ensino superior, o comportamento atual do sistema garante, até 1980, o atendimento das necessidades profissionais em Medicina, Odontologia e Farmácia, tomando-se por base as metas recomendadas pelo Plano Decenal de Saúde para as Américas. Projeções realizadas indicam para o final da década um estoque de 102.000 médicos, 60.000 odontólogos e 20.000 farmacêuticos. Estimando-se uma população de 125 milhões de habitantes, teremos respectivamente, 8,2 médicos, 4,8 odontólogos, para 10.000 habitantes e quase 20 farmacêuticos para 100 médicos, índices que superam o proposto pelo Plano Decenal.

O mesmo não ocorre entretanto quanto à Enfermagem, em relação à qual se pode constatar acentuado déficit de profissionais. Tomando-se ainda por base a recomendação do Plano Decenal de Saúde para as Américas, teríamos em 1980, se mantido o atual ritmo de formação, um déficit de 38.600 enfermeiros. Entretanto o MEC já vem tomando providências não apenas para fomentar o aumento de vagas nos atuais cursos de enfermagem, como também para criar novos cursos, junto às instituições federais e em regiões ainda não servidas. O plano de implantação dos novos cursos de enfermagem já se encontra em plena fase de execução. A partir de 1976, o país contará com mais 13 cursos de Enfermagem, aumentando em 1/4 a oferta atual de vagas, salientando-se ainda que praticamente todas as unidades da federação estarão servidas.

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Os cursos de graduação em Nutrição constituem outro problema que vem sendo devidamente considerado. Existem atualmente 8 instituições que ministram cursos de nutrição, sendo que a metade está localizada no Rio de Janeiro. Como os programas federais, principalmente o PRONAN (Programa Nacional de Saúde) e o PNS (Plano de Nutrição em Saúde) vão gerar demanda no setor, o MEC em articulação com o Instituto Nacional de Nutrição (INAN), vem estudando o problema, prevendo-se para 1976, um aumento da rede em pelo menos 50%. Juntamente com a Nutrição, vêm sendo feitos estudos sobre a Tecnologia de Alimentos, setor onde também se constata atualmente grande carência de especialistas. Torna-se necessário frisar que até agora não existiam no País cursos regulares de tecnologia de alimentos ou engenharia de alimentos. Recentemente elaborou-se projeto de currículo mínimo, já remetido ao exame do Conselho Federal de Educação. Constitui firme propósito do Ministério incrementar com a urgência que for possível a formação regular de engenheiros de alimentos, indispensáveis dentro do atual estágio do nosso desenvolvimento.

Outro tipo de profissional, que até então não vinha recebendo consideração à altura de sua importância, é o engenheiro sanitarista, cuja formação passa a ser incrementada a nível de graduação. Pretende-se viabilizar ainda a formação regular de ecólogos, sendo que já se encontra em análise no Conselho Federal de Educação, proposta de currículo mínimo. Consideramos de suma importância a presença desses profissionais, principalmente se atentarmos para o fato de que a melhoria da saúde da população está sobremodo condicionada aos requisitos básicos de saneamento e de equilíbrio da comunidade biológica.

O reajuste do sistema formador de recursos humanos, tendo em vista a ascensão gradativa de sua qualidade e progressiva adequação às novas exigências coletivas, supõe também a preparação de outros tipos de especialistas predominantemente voltados para as tarefas de administração e planejamento.

No âmbito dos cursos regulares de graduação, a formação de administradores hospitalares, que ultimamente tem sido intensificada, desponta como de suma importância, já que os modernos complexos hospitalares dificilmente poderão ser geridos racionalmente, sem a presença desses especialistas. Cabe aqui destacar o esforço que vem sendo desenvolvido pelo Programa Nacional de Treinamento de Executivos, nos cursos de treinamento de administradores hospitalares ministrados em várias cidades do país. Por sua vez, acaba o MEC de instituir o Núcleo de Assistência em Administração Hospitalar, para treinamento gerencial e apoio administrativo às Instituições de Ensino Superior da área da saúde.

O TECNÓLOGO NA ÁREA DA SAÚDE

Não obstante prever-se o atendimento satisfatório das necessidades em relação às principais profissões do setor saúde, continua a existir um inquietante vazio entre o técnico de nível médio e o superior tradicional, situação que vem obrigando a subutilização de profissionais tradicionais ou alternativamente o emprego de pessoas não devidamente preparadas. Vem-se procurando cobrir essa lacuna ocupacional com a criação de novas categorias profissionais (não é demais lembrar que é limitado o número atual de profissões de saúde) com características bastante diversas das existentes. Trata-se do tecnólogo, um profissional formado em menor tempo e detentor de um perfil profissiográfico acentuadamente operacional. No Plano Setorial de Educação e Cultura do MEC, há um projeto especificamente destinado a fomentar a formação desse novo profissional. Diversas experiências estão sendo levadas a efeito em outros setores, mormente no de ciências agrárias e tecnologia industrial.

Na área da saúde, apesar de já se ter dado início às primeiras experiências com os cursos de tecnólogo em Fonoaudiologia, Ortóptica, e mais recentemente Saneamento Ambiental, há atualmente um estudo em andamento, inclusive com a participação de peritos internacionais, que visa identificar na área da saúde os setores mais propícios à inserção de tecnólogos.

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Não tem sido pacífica a introdução dos cursos de tecnólogos no sistema educacional brasileiro. Provavelmente não poderia ser de outra forma. Não conhecemos nenhuma história da educação, de nenhum povo, que registre o advento pacífico de inovações educacionais. É perfeitamente normal que toda inovação gere uma reação.

Estejam certos entretanto que a presença de tecnólogos no setor saúde não apenas se torna necessária, como se reveste de certa urgência. Virá de um lado, preencher um vazio ocupacional e, de outro, aliviar a pressão da procura pelas profissões tradicionais.

Além disso o tecnólogo, atuando numa faixa que liberará de muitas funções secundárias o profissional tradicional, contribuirá para aumentar-lhe a produtividade e, em conseqüência, tornar mais eficiente a prestação de serviços de saúde.

PÓS-GRADUAÇÃO E QUALIDADE DO ENSINO

No que tange agora à qualidade do ensino, creio ser mais uma vez oportuno lembrar que este aspecto foi uma das primeiras prioridades relacionadas pela gestão atual, efetivamente concretizada com a criação do Conselho Nacional de Pós-Graduação e, recentemente, com a aprovação do Plano Nacional de Pós-Graduação.

No que se refere à área da Saúde, sabemos que o SNS requer de forma concreta e sem distorções, a preparação de pessoal de alto gabarito, a nível de pós-graduação. Nesse sentido pretende o MEC acionar, dentro do esquema previsto no PNpG, os mecanismos necessários para a transformação dos cursos de mestrado e doutorado em núcleos efetivos de formação de pessoal qualificado para o sistema de ensino superior e a pesquisa. Paralelamente serão ativados os cursos de aperfeiçoamento e especialização, através de programas específicos, para que possam atender de maneira mais eficiente e flexível as necessidades de treinamento profissional para o mercado de trabalho. Especificamente, para a área de saúde, prevê o Piano Nacional de Pós-Graduação, para o qüinqüênio 1975/1979, a preparação de 3.950 mestres e doutores, sendo 2.300 para o setor básico das ciências biomédicas e 1.650 para as áreas profissionalizantes da saúde.

Contudo, a melhoria da qualidade do ensino não se prende exclusivamente a cursos de pós-graduação, em sentido estrito ou em sentido amplo.

A adequação dos currículos às reais necessidades do País e, particularmente, das suas regiões fisiográficas é da mais alta importância. Há a urgente necessidade de as instituições de ensino refletirem realisticamente sobre o seu papel na região onde estão inseridas, no sentido de, efetivamente, cumprir sua vocação regional. Foi com base nesse raciocínio que o Ministério da Educação e Cultura reservou a extensão universitária um importante papel nos próximos anos, pois tem esta missão precípua de transformar o saber acadêmico numa experiência exata das coisas, introduzindo as instituições de ensino no seio da coletividade, e trazendo esta para o campus universitário num processo recíproco de realimentação.

O Plano de Extensão Universitária elaborado para o qüinqüênio 75/79 tem a função de impedir que os currículos se esterilizem e se desenvolvam à margem dos fatos sociais.

A qualidade do ensino condiciona-se igualmente ao aperfeiçoamento do processo de transmissão do conhecimento. Já se deu início na área da saúde à experimentação de novas tecnologias educacionais. Atualmente, cinco universidades e uma escola isolada estão desenvolvendo na área básica uma experiência que visa a reorientação do processo ensino-aprendizagem com vistas à melhoria do ensino ministrado. Trata-se da metodologia de ensino integrado que além de evitar superposições de conteúdo, o dispõe em uma complexidade crescente, mostrando a unidade da ciência na multiplicidade de suas abordagens.

Os resultados já obtidos são suficientemente animadores para que a experiência seja estendida ao ciclo profissional e atinja gradativamente todas as profissões da área da saúde. Essa experiência ensejou ainda a criação de órgãos de assessoramento pedagógico, compostos de pessoal multiprofissional, com o encargo de prestar assistência ao corpo docente.

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HOSPITAIS DE ENSINO E FORMAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS

Não poderia deixar de referir-me, finalmente, a uma das questões cruciais da problemática da formação de recursos humanos para o setor saúde: a articulação entre o sistema de ensino e a rede de assistência hospitalar à comunidade.

Creio que já é bastante conhecida a posição do MEC em relação à questão, mas não será certamente supérfluo resumi-la rapidamente nos seguintes pontos básicos:

1) O ensino não pode ser desenvolvido de maneira adequada exclusivamente dentro dos hospitais universitários, como também não deve ser feito apenas nos estabelecimentos hospitalares da comunidade;

2) O hospital universitário deve estar integrado ao sistema assistencial da comunidade, ocupando, a nível regional ou micro-regional, posição de hospital de base, tendo em vista os recursos humanos e materiais de que dispõem em geral;

3) Os hospitais gerais e especializados da rede Regional ou micro-regional devem estar disponíveis para utilização para fins de ensino, assegurados procedimentos adequados de supervisão docente das atividades dos alunos;

4) Dada essa integração hospital-ensino, o hospital universitário deve receber dos sistemas regionais ou micro-regionais de saúde adequada retribuição dos serviços que presta aos mesmos sistemas.

Parece-me que o grau de articulação desejável, segundo esses pressupostos, entre os sistemas de ensino e de prestação de serviços, ainda não foi atingido. Não obstante os progressos já alcançados entre as instituições e agências federais, particularmente após o protocolo MPAS-MEC, muito ainda resta fazer no âmbito das redes estaduais e municipais e, principalmente, no que respeita à situação dos estabelecimentos privados de ensino médico. Estes estabelecimentos vêm enfrentando dificuldades crescentes para oferecer adequado treinamento profissional, principalmente devido à precariedade das instalações e condições em que é oferecido o ciclo clínico da formação do médico.

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ASSUNTO: Política Nacional de Saneamento Básico e Ambiental

EXPOSITOR: Dr. Alberto Carlos de Azevedo Klumb ÓRGÃO: Ministério do Interior

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O que é e quais são os objetivos do PLANASA? O PLANASA, Plano Nacional de Saneamento, criado em 1971, é um instrumento de ação

do Governo, destinado a mobilizar e aplicar recursos com vistas ao campo do saneamento básico, sendo seus objetivos permanentes a eliminação, no menor tempo, do déficit setorial, com um mínimo de custos; a manutenção do equilíbrio atingido, abrangendo o atendimento a todas as cidades brasileiras, mesmo aos núcleos urbanos mais pobres. Para tanto, o PLANASA pressupõe uma política tarifária de acordo com as possibilidades dos consumidores e com a demanda de recursos e serviços, de forma a obter equilíbrio permanente entre receitas e despesas. Outra faceta a considerar é a sistemática de redução de custos operacionais em função da economia de escala com reflexos diretos no esquema tarifário. Para eficientemente perseguir tais fins, é necessário, sobretudo, desenvolver programas de pesquisas, treinamento e assistência técnica.

Quais são as metas atuais do PLANASA? O PLANASA, de conformidade com a Exposição de Motivos no 003/75, de 16 de abril de

1975, do Conselho de Desenvolvimento Social, aprovada pelo Exmo. Sr. Presidente da República, visa a: 1) atender, até 1980, com água potável a mais de 80% da população urbana de pelo menos 80% das cidades brasileiras e todas as regiões metropolitanas; 2) atender, até 1980, às regiões metropolitanas, capitais e cidades de maior porte, com serviços adequados de esgotos sanitários; 3) atender, na medida do possível, com serviços de esgotos mais simples, cidades e vilas de menor porte.

Tais metas significam que, além das 9 regiões metropolitanas, com 40 milhões de habitantes em 1980 nos seus 116 Municípios, pretende o Governo Federal que também disponham de sistema de água potável a maior parte das demais cidades brasileiras que contarão, naquele ano, também com 40 milhões de habitantes, pois de 80 milhões será a população urbana do País no final desta década.

Trata-se, sem dúvida, de ambiciosa proposição, pois, sendo 3.951 o número de Municípios no País, para que as metas sejam atingidas, será necessário que, até 1980, mais de 3.000 disponham de água de boa qualidade para a maior parte de sua população (pelo menos 80% da população urbana de cada Município).

Essas metas hoje são viáveis, por força dos recursos financeiros, humanos e institucionais e da experiência adquirida, e decorrem ainda da própria dinâmica do País, que rapidamente muda as suas posições relativas, em processo de desenvolvimento bem conhecido não só internamente, mas também no exterior.

Na medida em que o País vai atingindo novas etapas do seu desenvolvimento, é preciso que todos os programas sejam revistos de forma tão dinâmica quanto a do processo, a fim de que sejam evitados hiatos ou defasagens, que desacelerariam esse ritmo, o que deve ser evitado com lucidez e a tempo.

Quanto aos serviços de esgotos sanitários, grande esforço será feito, para que, além das regiões metropolitanas, capitais e cidades de maior porte construam novos e/ou ampliem os sistemas existentes.

Mas a atenção do Governo volta-se, também, para as cidades e vilas de menor porte, embora com sistemas simplificados.

No campo dos esgotos sanitários, as atividades foram programadamente defasadas em relação às pertinentes ao suprimento de água, não só pela prioridade do abastecimento de água, como pela inviabilidade de execução concomitante, em mesmo ritmo, de ambos os programas.

Essa a razão das previsões mais consistentes para programas de abastecimento de água. Mas, já a partir do corrente ano (1975), os níveis de detalhamento técnico do programa de

esgotos serão aumentados, de forma a permitir uma aceleração dos Programas Estaduais de Controle da Poluição (PECON), "pois os despejos de esgotos sanitários deverão ter seu destino final adequado, com vistas ao referido controle".

Ênfase especial merece o fato de que "os dados necessários ao estabelecimento dos programas de controle da poluição hídrica são baseados sobretudo na realização de estudos e pesquisas por bacia

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hidrográfica, capazes de garantir a execução de programa integrado de controle da poluição das águas – interiores e costeiras – através da instalação de esgotos sanitários e de seu adequado destino final", para a preservação dos corpos receptores, assegurando seu uso pela atual e futuras gerações.

Daí decorrem as dificuldades técnicas para se estabelecerem programas de esgotos sanitários, sem estarem ainda concluídos os levantamentos básicos necessários.

Não obstante, até fins de 1974, já haviam sido contratados, através do SFS, investimentos da ordem de 3.237,7 milhões de cruzeiros, beneficiando "os sistemas de esgotos sanitários de Manaus, Belém, João Pessoa, Campina Grande e mais 7 cidades da Paraíba, Olinda e Caruaru em Pernambuco, Salvador, Ilhéus, Itabuna e Jequié no Estado da Bahia.

Na cidade do Rio de Janeiro, estão em construção obras de controle da poluição das águas costeiras da Zona Sul, enquanto em São Paulo estão sendo executadas obras relativas a Grande São Paulo, além daquelas principais, que integram as bacias dos rios Paraíba, Piracicaba, Tietê, Sorocaba e da região relativa à Baixada Santista".

Os Estados de Pernambuco, Bahia, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul já têm as suas principais bacias em estudos, pretendendo-se, até fins deste ano, estabelecer programações para o País, que abrangerão, prioritariamente, as capitais e principais cidades, especialmente as integrantes das áreas metropolitanas.

Como pensa o BNH enfrentar tais desafios? Governo Federal, ao colocar as preocupações com o saneamento em primeiro plano,

evidentemente passou a dedicar especial atenção a cada aspecto do problema, enervando a ação de cada um dos organismos empenhados na sua solução.

Essa ação do Governo, gizada em duas reuniões do Conselho de Desenvolvimento Social, tem grandes reflexos na ação do BNH, que busca corresponder a todas as expectativas, empenhando-se a fundo, para que as metas sejam atingidas.

Mas o BNH, inobstante ser o órgão central do Sistema Financeiro do Saneamento, é apenas uma peça nesta complexa engrenagem montada para enfrentar os desafios.

Às companhias estaduais de saneamento cabe grande responsabilidade e em suas áreas de competência estão, efetivamente, empenhadas em somar os seus esforços, aos do Banco e de outros setores do Governo Federal, pois do esfoço conjugado de todos é que se poderá esperar a consecução de objetivos de tamanho vulto como os do PLANASA.

Para atingi-los, Estados, bancos estaduais, órgãos gestores dos Fundos de Financiamento para Água e Esgotos – FAE, e órgãos técnicos, estes dedicados a projetos e fiscalização, devem trabalhar harmonicamente, como integrantes de sistema, que pressupõe a cooperação de todos.

Do parque privado espera-se que as firmas responsáveis pela elaboração de projetos tenham desenpenho rápido e de excelente qualidade, e que as firmas construtoras realizem as obras com o nível técnico desejado e nos prazos de contrato.

Há planos especiais de financiamento dos materiais necessários às obras? Embora não lhe caiba o papel de principal financiador da produção dos materiais necessários á

instalado e funcionamento do PLANASA, e sim o de financiar, complementarmente, a produção de tais insumos, o BNH está atuando, intensamente, nesse campo, visto que as obras exigidas para o tratamento de água e rede de esgotos só se executam com materiais acessíveis no momento adequado e a preços compatíveis.

Para acelerar a realização dos investimentos, destinados tanto à instalado de novas fábricas, quanto à ampliação das existentes, reduziu as taxas de juros, que, de 8% a.a. para os Agentes, passaram a ser de 6% a.a..

Além disso, participa com 500 milhões no contrato de 1 bilhão de cruzeiros, que firmou com o BNDE, para aplicações com taxas de juros variando de 4 a 8%, e média não superior a 6%, o que,

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seguramente, viabiliza a construção dos empreendimentos industriais ou a ampliação dos existentes e a aceleração da produção dos referidos materiais.

Convém, entretanto, lembrar que esse convênio com O BNDE é apenas parte do programa de financiamento à produção de materiais, porque essa linha de crédito pode fluir através da rede bancária, oficial ou privada.

De que recursos dispõe o País, para cumprir a programação anunciada? Ao mencionarmos a possibilidade de concretizar as atuais metas do PLANASA,

dissemos mesmo que eram viáveis, porque poderíamos contar com recursos financeiros, humanos e institucionais compatíveis.

Sob esse aspecto, importa mencionar que BNH assegura os financiamentos, segundo os critérios do PLANASA, aos programas de saneamento, para que as metas sejam atingidas. Além disso, vem de reduzir as taxas de juros, que de 4 a 8% passaram a ser de 2 a 7%, implicando sensível redução dos encargos financeiros para as companhias, aumentando a viabilidade da execução do programa e inclusive da própria situação das mesmas entidades.

Estão programados para abastecimento de água, no período 1975-1980, investimentos da ordem de 14,174 bilhões de cruzeiros, participando o BNH com 7,123 bilhões de cruzeiros, os FAEs com Cr$ 6,554 bilhões, sendo 497 milhões de cruzeiros a aplicação sem retorno (fundo perdido) de origem federal.

Quanto aos recursos humanos, é importante salientar que só será possível realizar plano dessa envergadura, com pessoal que, além de imensa boa vontade, tenha qualificação adequada, pois não basta boa vontade; é preciso, também, competência, que não se improvisa e resulta de metódico trabalho.

Esse vem se realizando sob a coordenação da própria Associação Brasileira de Engenharia Sanitária – ABES, que o implementa em todo o território nacional através de organizações competentes para treinar, como, por exemplo, o PlPMO, do Ministério do Trabalho; a Fundação CENAFOR, do Ministério da Educação e Cultura; a CETESB, do Governo do Estado de São Paulo; a FEEMA, do Governo do Estado do Rio de Janeiro; o SENAI e, também, o Programa Nacional de Treinamento de Executivos – PNTE, da Secretaria de Planejamento da Presidência da República, em projeto específico de desenvolvimento dos quadros dirigentes das empresas, bem como, de parte do exterior, a AWWA – American Water Works Association.

O somatório de todas essas forças permite prever o treinamento de, no mínimo, 12 mil empregados das empresas em 1975/76, equivalente a 20% do pessoal empregado no setor, com aplicação de recursos de diversas fontes, sendo que a participação do BNH nos custos diretos será em torno de 15 milhões de cruzeiros, sem retorno.

Mas, além dos recursos humanos e financeiros, são fundamentais também recursos institucionais.

Não é demais enfatizar novamente o relevante papel reservado aos Estados através de suas companhias de saneamento, que devem ter ação eficiente e exemplar.

Mas tal não decorrerá apenas de estilo administrativo; também e principalmente, da adequação de sua estrutura e trabalho às características do programa a ser executado.

Com vistas a tornar mais adequada a sua atuação e mais viável a empresa e mesmo colaborar, para que essa atuação se realize de forma mais eficiente, foi estruturado um sistema de assistência técnica, através de convênio de nível internacional firmado entre o Ministério do Interior, o Ministério da Saúde, o BNH e a Organização Pan-Americana de Saúde – OPS, gerando o Programa de Assistência Técnica para o Desenvolvimento Institucional das Empresas Estaduais de Saneamento Básico – SATECIA, que se encontra em pleno desenvolvimento e que tem importância transcendental para a ação das empresas como organismos para execução do PLANASA em cada um dos Estados e, portanto, em todo o território nacional.

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Assim, como decorrência dos recursos financeiros, humanos e institucionais, e do equilíbrio de ações desses três elementos é que esperamos, com propriedade, chegar aos objetivos assinalados para o PLANASA.

– Além da ação das companhias de saneamento, qual a participação dos Estados com vistas à realização das metas do PLANASA?

– É importante que os Estados ingressem, conforme convênio, com o numerário correspondente à sua contrapartida de integralização dos FAEs, com vistas a realizar o programa de investimentos no Estado, nos prazos previstos.

De outra parte, uma das condições de viabilidade do PLANASA, explicitamente mencionada na Exposição de motivos nº 003/75, do CDS, repousa no fortalecimento, em cada Estado, da empresa estadual de saneamento, incumbida de implantar, ampliar e/ou melhorar sistemas de esgotos sanitários e de abastecimento de água, sendo responsável pela sua operação e manutenção.

A economia de escala e a caixa única, permitindo compensação financeira, asseguradas através de empresa estadual de saneamento, viabiliza o atendimento a todos os núcleos urbanos do Estado, mesmo os de menor porte.

Mediante esse processo, os sistemas de cidades mais pobres terão, quando for o caso, o seu déficit coberto pelo superavit dos Municípios de maiores recursos, de forma que a tarifa mínima seja suportável pelas famílias de mais baixa renda.

Dessa maneira, estamos logo a perceber a importância que tem a participação dos Estados na Execução do Plano Nacional de Saneamento.

Temos hoje 951 Municípios integrados no PLANASA, com sistemas de abastecimento de água potável.

Confiamos que esse número continue a crescer, a fim de que possamos aproximar-nos mais rapidamente das metas traçadas, e que foram estabelecidas com base nas análises realizadas pelo Governo e na experiência já acumulada nesta matéria.

– Que teria a dizer aos que participam do esforço brasileiro em prol do saneamento? – Todos, seguramente, se sentirão compensados dos trabalhos e corresponderão ao que

deles se espera, pois sem dúvida é privilégio ser convocado para, através do esforço conjunto, solucionar grandes problemas do País, exatamente no momento histórico, em que os mesmos estão sendo resolvidos.

Mas isso só, será verdade se o ritmo de trabalho for satisfatório. Nosso País então figurará nas estatísticas internacionais sem problemas de suprimento de água potável às suas populações e terá buscado com afinco o controle da poluição hídrica através da construção e/ou ampliação de sistemas de esgotos sanitários.

Sem dúvida tal feito representará mais uma etapa do gigantesco esforço em prol do desenvolvimento nacional.

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ASSUNTO: Política Nacional de Segurança e Saúde Ocupacional

EXPOSITOR: Dr. Roberto Raphael Weber ÓRGÃO: Ministério do Trabalho

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O combate ao acidente do trabalho é matéria atual, de enfoque prioritário, e isto porque, a cada minuto, no Brasil, ocorrem 7 acidentes de trabalho, 6 mil por dia útil trabalhado.

Gasta-se com os acidentes laborais – custos diretos e indiretos – mais do que se dispende com o Exército e a Marinha juntos, mais do 10% do orçamento Federal.

Um milhão e novecentos mil acidentes do trabalho ocorreram em 1974, sendo que 1.760.000 foram eventos típicos, dos quais 65.500 operários ficaram definitivamente incapazes para o trabalho, tornando-se pesos mortos ao Governo e a sociedade: 38.000 acidentes de trajeto; 1.839 doenças do trabalho e 3.800 mortes, gastando-se 8 bilhões de cruzeiros no correr do ano.

O total de horas perdidas chegou ao assombroso número de 23 milhões e 900 mil horas. São Paulo, face ao seu imenso parque industrial liderou mais uma vez a estatística do ano de

1974, com 780 mil eventos, na média de 2.540 acidentes por dia útil trabalhado, quase a metade do País, que atingiu a 5.891 acidentes por dia.

Cerca de 56% dos acidentes ocorrem com os membros superiores, enquanto que 17% com os inferiores. O simples uso dos equipamentos de proteção individual – luvas e botas – reduziria estes índices para 22% e 9%, respectivamente, deixando de lesar, pelo menos, mais de um milhão de trabalhadores, o que permitiria ao Governo economia de cerca de 5 bilhões de cruzeiros em custos diretos e indiretos.

Somente na atividade da Construção Civil ocorreram mais uma vez 1 milhão de acidentes, no período de 1973 e 1974, atingindo, anualmente, a percentagem de quase 1/3 do número total de acidentados no País, constituindo-se na maior preocupação no campo da prevenção.

Da inobservância das regras legais elementares por parte dos empregadores e empregados, e desde que o Governo não venha tomar medidas prioritárias de prevenção, ocorrerão, em 1975, cerca de 2 milhões de acidentes do trabalho, e, em 1980, 3 milhões, com prejuízo incauculável à Nação.

Entretanto, cônscio de suas obrigações para com o homem brasileiro, vem o Governo estudando o problema em todas as suas formas e executando medidas destinadas a minimizar o índice de acidentes do trabalho, abrindo lutas em várias frentes, no seu empenho constante de proporcionar melhor proteção do trabalhador, voltando-se, cada vez mais, para o seu bem-estar.

Busca o Governo aplicar, imediatamente, os objetivos definidos pelo Comitê Misto da OIT, para o campo de segurança e medicina do trabalho promovendo e mantendo o mais elevado grau de bem-estar físico, mental e social dos trabalhadores, prevenindo todo dano causado à sua saúde pelas condições de trabalho; – colocando e mantendo o trabalhador em função profissional que convenha à suas aptidões fisiológicas, adaptando o homem ao trabalho e o trabalho ao homem, através de seu treinamento e aperfeiçoamento.

Um país que atinge os índices de desenvolvimento econômico que temos alcançado nos últimos anos, não pode permitir a sobrevivência do triste quadro estatístico alusivo aos infortúnios do trabalho, o qual constitui um dos raros hiatos no sistema sócio-jurídico de proteção ao trabalhador, seja sob o prisma da preservação da intensidade biológica do homem, seja sob o ângulo do desenvolvimento da economia nacional.

E o Ministério do Trabalho, entendendo que estava diante de uma situação a ser enfrentada com urgência e determinação, dada a sua dimensão social e seu papel nos propósitos gerais na sua área, baixou medidas de caráter prioritário, principalmente no que se refere à preparação de profissionais especializados para inspeção e orientação, cumprimento das normas de segurança, higiene e medicina do trabalho, promovendo a divulgação de ensinamentos práticos de prevenção, com o propósito de educar os trabalhadores e conscientizá-los da importância do uso do material de segurança exigido para determinadas profissões.

Objetivamente, a política atual do trabalho cuida das seguintes medidas:

1) Reforma da Consolidação das Leis do Trabalho – Capítulo V, do Título II, referente à Segurança e Medicina do Trabalho cuja legislação, atualmente, carece de aprimoramento, com a inclusão de novos dispositivos legais.

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2) Face as disposições legais resultantes do artigo 164 da CLT, determinando que as empresas com mais de 100 empregados, dependendo do risco de sua atividade, devem manter, obrigatoriamente, Serviço Especializado em Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho nos seus estabelecimentos, baixou o Ministério do Trabalho as Portarias MTb–3.237 e 3.442 e DNSHT–17 e 40 com o objetivo de definir as características do pessoal especializado, suas atribuições, qualificação e proporção, bem como o devido registro.

3) Evidentemente, como em 1974, o número de especialistas era suficiente para atender, em todo o Território Nacional, às referidas exigências legais, assinou o Ministro do Trabalho convênios com a Fundação Centro Nacional de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho, no sentido desta planejar, coordenar e executar cursos de especialização profissional das atividades de Engenheiros de Segurança do Trabalho, Médicos do Trabalho, Supervisores de Segurança do Trabalho e Auxiliares de Enfermagem do Trabalho, tendo sido formados em 1974:

1.885 Engenheiros de Segurança do Trabalho; 2.681 Médicos do Trabalho; 8.099 Supervisores de Segurança do Trabalho; 1.486 Auxiliares de Enfermagem do Trabalho.

Para o ano de 1975, formará o MTb também em convênio com a FUNDACENTRO, os seguintes especialistas:

3.580 Engenheiros de Segurança do Trabalho; 2.950 Médicos do Trabalho; 6.200 Supervisores de Segurança do Trabalho; 900 Auxiliares de Enfermagem do Trabalho; 550 Enfermeiros do Trabalho.

4) Visando o reforço das ações da FUNDACENTRO no desenvolvimento de pesquisas referentes aos problemas de saúde ocupacional nos diferentes setores da economia, a obtenção de assistência técnica por especialistas de alto nível e fornecimento de equipamentos técnicos e científicos relacionados às atividades de segurança, higiene e medicina do trabalho, está sendo elaborado, com assessoria de técnicos da Organização Internacional do Trabalho, um projeto de assistência técnica que será apresentado ao PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. O projeto, adequado às condições técnicas da FUNDACENTRO, e ajustado aos seus planos de desenvolvimento, permitirá à instituição a solução de seus problemas referentes à obteção de especialistas de alto nível para o alcance de seus objetivos, além de possibilitar o conhecimento, através de pesquisas científicas, dos problemas da medicina, higiene e segurança do trabalho dos trabalhadores brasileiros.

O Ministério do Trabalho, órgão responsável, em nome do governo brasileiro, na ação conjunta com as agências internacionais da ONU, espera desenvolver, com a ação executiva da FUNDACENTRO, no plano nacional, o projeto de cooperação técnica, em elaboração, a partir do segundo semestre de 1976.

5) Firmou-se, ainda em 1975, Convênio com a FUNDACENTRO, autorizando-a planejar, coordenar e executar em São Paulo, 3 cursos com 80 horas de aula cada um, destinados a coordenadores, a fim de que, em seguida pudessem ser ministrados, nos estados em que não foram realizados cursos durante 1973/74, 293 cursos de Médicos do Trabalho,

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Engenheiros de Segurança do Trabalho e Enfermeiros do Trabalho, os dois primeiros com 400 horas e este com 200 horas de aula, visando a continuação e execução do programa de especialização profissional previsto na alínea E do artigo 1º do Decreto 70.861, que estabeleceu prioridade quanto à Política de Valorização do Trabalhador. Tais cursos têm por finalidade complementar o número de especialistas necessários para atender o mercado do Trabalho.

6) A FUNDACENTRO ampliou, por outro lado, as suas atividades a partir de 1975, com a execução do projeto que, sob a égide do MTb, visa a reforçar o empenho do Governo Federal da Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho, prevendo-se a descentralização de suas atividades, com a instalação de Centros Regionais em diversos Estados, cuja medida permitirá às empresas enquadradas nas disposições legais sobre a matéria, inclusive aquelas com menos de 100 empregados, com melhor assessoria técnica, como também os referidos núcleos prestarão assistência às Delegacias Regionais do Trabalho, às Delegacias do Trabalho Marítimo e na instalação e supervisão de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes – CIPA – exigida por lei.

7) Com a finalidade de dinamizar as lideranças sindicais, no sentido de colaborar com os poderes públicos no desenvolvimento da verdadeira Solidariedade Social, assinou o MTb convênio com a FUNDACENTRO, para realizar 216 cursos para dirigentes sindicais sobre prevenção de acidentes do Trabalho envolvendo 22 Estados, e devendo atingir a 6.480 dirigentes.

Tais cursos, objetivarão: a) Promover a efetiva integração das Entidades Sindicais na CANPAT. b) Alcançar a cooperação dos dirigentes no sentido da conscientização dos

Trabalhadores representados, quanto à implantação de uma efetiva mentalidade prevencionista.

c) Assegurar aos sindicatos, com a abertura deste novo campo de atração, maior arregimentação da categoria representada, com o conseqüente incremento do índice de sindicalização.

8) A despeito de novas técnicas e da atenção previdenciária que progressivamente vem sendo dedicada aos trabalhadores rurais, ressente-se o meio agrícola de um amparo maior no campo da Segurança do Trabalho. Em conseqüência, autorizou o MTb a FUNDACENTRO a realizar projeto junto com o FUNRURAL que tem por fim atender numa primeira fase, na implantação e funcionamento de um Centro de Registro de dados sobre acidentes do trabalho e doenças profissionais na Agricultura, e em médio prazo, realizar pesquisa nacional, por amostragem, acerca do mesmo problema.

Concluídas estas fases, será desenvolvido, durante 2 anos, um programa de prevenção na Agricultura, nas áreas consideradas prioritárias pelas informações do Centro de Registro de Dados. Esse projeto evidencia a preocupação que o Governo vem demonstrando ao homem que, no campo, impulsiona a produção e sustenta o desenvolvimento econômico do País, constituindo-se a meta principal dos esforços empregados em torno da evolução e do aperfeiçoamento da Segurança do Trabalho.

9) Promulgou o Governo, através do Decreto nº 75.242/75, o Protocolo Adicional ao Tratado de ITAIPU, sobre relações de Trabalho e Previdência Social, Brasil-Paraguai, que, além de regular a aplicação do contrato individual do Trabalho, disciplina o Trabalho em condições insalubres e perigosos, dispondo ainda sobre a forma de aplicação de medidas

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preventivas de Higiene e Segurança do Trabalho, visando a eliminar ou atenuar ao máximo o efeito de insalubridade e do perigo na execução do Trabalho. Para essa finalidade, foram expedidos, pelas autoridades brasileiras e paraguaias em matéria de segurança, higiene e medicina do trabalho, em conjunto, Atos Normativos aplicáveis aos trabalhadores e empresas encarregadas da construção da hidrelétrica de ITAIPU, sobre os seguintes assuntos:

Exame médico obrigatório; Equipamento de Proteção Individual; Atividades e Operações Insalubres; Atividades e Operações Perigosas; Higiene Pessoal, Vestiário, Refeitórios e Água Potável; Instalações Elétricas, Permanentes e Provisórias de Caráter Geral; Serviço de Segurança do Trabalho e de Higiene e Medicina do Trabalho; Comissões Internas de Prevenção de Acidentes; Soldagem e Corte a Quente; Prevenção contra a Fadiga; Iluminação; Limpeza dos Locais de Trabalho; Andaimes; Ferramentas;Materiais; Movimentação de Cargas; Máquinas e Equipamentos; Combustíveis e Inflamáveis; Explosivos; Proteção contra Incêndio; Trabalhos a Céu Aberto; Escavações; Limpeza de Taludes; Equipamentos de Terraplenagem; Concretagem e colocação de formas e armações; Centrais de britagem e concreto; Tráfego de veículos e transporte de pessoal; Centrais de ar comprimido; Ação integrada das Comissões Internas de Prevenção de Acidentes; Edificações.

10) Considerando a necessidade de cada vez mais intensificar e incentivar a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho principalmente no Nordeste do País, que ainda não foi suficientamente favorevido com realizaçãoes que motivem, objetivamente os trabalhadores e empresários contra os riscos de acidentes e a obrigatoriedade do uso do equipamento de proteção individual, traçou o Departamento Nacional de Segurança e Higiene do Trabalho plano de ação imediata, em determinados locais de grande concentração de trabalhadores, com as seguintes realizações:

a) Exposição Itinerante, composta de painéis apresentando publicações específicas da matéria pertinente a este órgão, peças de cera do Museu de Higiene e Segurança do Departamento Nacional de Segurança e Higiene do Trabalho, concernentes a acidentes e doenças do trabalho, bem como os Equipamentos de proteção Individual a serem usados pelos operários, para a proteção devida. Durante a expo-

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sição, é feita projeção constante de filmes e dispositivos técnicos sobre Segurança e Prevenção de Acidentes, assim como em entidades de ensino ou auditorias para o público em geral. Durante os dias de exposição nas diversas localidades, são providas palestras em auditórios, rádios, etc., e entrevistas na imprensa escrita e falada. Também é feito durante a exposição, distribuição às empresas, CIPAs e entidades de ensino técnico, volantes e cartazes sobre segurança e prevenção de acidentes e facículos sobre legislação atinente.

A referida exposição constante de três roteiros, obedecerá ao seguinte cronograma:

ROTEIRO I – de 15/7 a 08/8 Vitória Ilhéus AracajuSalvador

ROTEIRO II – de 12/8 a 04/9 Maceió João Pessoa Natal Recife

ROTEIRO III – de 09/9 a 03/10 Fortaleza Teresina São Luís Belém

b) Realização de três (3) Seminários, com técnicos do DNSHT, visando ministrar os ensinamentos inerentes à segurança do Trabalho, principalmente no que se refere à implantação e denominação dos serviços especializados de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho, treinamento e motivação do trabalhador, na prevenção de acidentes, e uso do Equipamento de Proteção Individual, com o seguinte cronograma.

Salvador – dias 6, 7 e 8 de agosto Manaus – dias 1, 2 e 3 de setembro Belém – dias 1, 2 e 3 de outubro

Dentro destes esquemas, sempre é precedido a programação uma equipe base técnica que procura motivar e fazer participar do programa todas as áreas da comunidade ligadas à segurança e medicina do trabalho.

11) Contratação pelo regime da CLT de 3000 Inspetores do Trabalho aprovados em Concurso Público, realizado pelo DASP, já tendo sido nomeados os primeiros 600, para os seguintes Estados:

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cuja função será de fiscalizar o cumprimento dos dispositivos legais da CLT, mas cuja ação deverá ocorrer em 3 fases: Em primeiro lugar, uma ação de características educativas, isto é, de orientação às empresas e aos empregados quanto às diretrizes da legislação trabalhista. Durante a execução deste trabalho, os inspetores deverão esclarecer as dúvidas de como as deficiências e os prazos para correição.

A segunda etapa de execução, diz respeito à verificação do cumprimento da lei por parte dasempresas e o maior rigor na punição das faltas e irregularidades; em seguida, na última fase os inspetores do trabalho deverão avaliar a eficiência da ação fiscalizadora com uma comunicação periódica ao Delegado Regional do Trabalho, sugerindo medidas aperfeiçoadoras do processo a ser adotado.

Para uma maior eficiência nas tarefas a serem desenvolvidas pelos novos inspetores do trabalho, haverá treinamento especial através de grupos volantes de instrutores experimentados que percorrerão todas as delegacias do trabalho, realizando dois cursos especiais. Um curso se destinará aos inspetores da área marítima e outro para os inspetores da região amazônica.

12) Considerando a grande oferta de mão-de-obra não qualificada, que constitui a maior parte da força de trabalho no País, é a causa principal que leva um grande contingente de brasileiros a se marginalizar desse processo ou a se submeter a subempresas, baixou o Governo o IIº Plano Nacional de Desenvolvimento que prevê aumento de 16% na força de trabalho, cuja mão-de-obra ativa no País é de 30 milhões de pessoas, menos de 1/3 de nossa população. Nos próximos anos, o MTb, através do SENAI e do SENAC, principais responsáveis pela formação de novos profissionais, com área de atuação que abrange todo o Território Nacional, com seus cursos regulares de treinamento e aperfeiçoamento formarão mais de 800 mil alunos, sendo de notar que, em 1974, só o SENAI acusou 300 mil alunos matriculados. A consecução destes objetivos de treinamento e aperfeiçoamento da mão-de-obra especializada, cujo resultado de um conjunto de estudos e medidas levam ao preparo profissional para ocupações de diferentes setores da economia, com aulas de Segurança do Trabalho, incluídos nos currículos, tornou-se um dos projetos prioritários do MTb, previsto no II PND, e já posto em prática, e prevê, mediante convênios já assinados:

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a) Treinamento intensivo de 363 mil trabalhadores na área da Construção Civil e obras públicas;

b) Alfabetização, Treinamento e Aperfeiçoamento de 263 mil trabalhadores e conscritos para o setor primário;

c) Treinamento de 3.150 trabalhadores para a área da pesca; d) Treinamento e Aperfeiçoamento de 756.100 trabalhadores para a Indústria, Comércio e

Serviços outros; e) Treinamento e Aperfeiçoamento de 168 mil trabalhadores para o Turismo; f) Treinamento de 40 mil para o trabalho doméstico; g) Treinamento e Aperfeiçoamento de 90 mil artesões para a produção utilitária da arte popular

e da pequena indústria; h) Treinamento acelerado de 16 mil estudantes evadidos dos cursos superiores ou técnicos.

13) Convênio com o Governo do R.G. do Sul – Fundação Gaúcha do Trabalho e a Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor – a fim de proporcionar iniciação profissional de 10 mil menores, capacitando-os tecnicamente a diversas atividas econômicas, constando, nos preparos a serem elaborados, o correspondente aprendizado à prevenção dos acidentes do trabalho e o uso correto do equipamento de proteção individual.

14) Ainda no Rio Grande do Sul, por iniciativa da Secretaria de Educação e Cultura – Departamento de Ensino Fundamental, dentro do espírito da CANPAT – Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho, com a colaboração do MTb pelo DNSHT e DRT/RS, INPS e FUNDACENTRO foi lançado na última semana de maio p.p. o programa seguinte; Partindo do princípio de que a escola é o local de trabalho do estudante, a Campanha deve se constituir em parte integrante das atividades curriculares, aproveitando todas as situações da vida escolar e recursos disponíveis, para que o aluno seja capaz de:

– Identificar as mais prováveis fontes geradoras de acidentes e indicar as possíveis conseqüências;

– reconhecer as causas determinantes de acidentes do trabalho; – estabelecer possíveis medidas preventivas e corretivas relativamente aos acidentes do

trabalho.

Em última análise, a preocupação final é criar no aluno a consciência de uma mentalidade prevencionista que não só o acompanhe quando adulto no exercício de suas atividades profissionais, como esperando possa servir de multiplicador no seio da comunidade.

15) Aprovação pelo Departamento Nacional de Segurança e Higiene do Trabalho, do MTb, dos currículos dos cursos a serem ministrados por universidades, instituições especializadas, entidades públicas ou privadas, de acordo com o disposto no artigo 7º da Portaria Ministerial 3442, de dezembro de 1974.

16) Contato permanente do Departamento Nacional de Segurança e Higiene do Trabalho com entidades Sindicais de Empregadores e Empregados visando à conscientização das suas

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obrigações e à tomada de medidas a curto prazo com a participação de ambos à minimização dos infortúnios do trabalho.

17) Quanto ao XIII Congresso Nacional de Prevenção de Acidentes – realizado na Capital do Estado de São Paulo, de 27 a 31 de outubro de 1974, contou pela primeira vez, em sessão inaugural, com o Chefe do Poder Executivo, Presidente Ernesto Geisel, que, com palavras incisivas abriu os trabalhos no Congresso, fato este que repercurtiu, profundamente em todos os níveis da vida social, demonstrando a preocupação do Governo com o grave problema que é o acidente laboral.

Pela sua repercussão, o XIII CONPAT teve dimensões que todos os anteriores não tiveram, contando com a participação ativa de 4 mil congressistas, entre os quais, além dos especialistas e técnicos, face a concentração industrial que caracteriza o referido Estado, compareceram administradores de empresas, chefes de pessoal, dirigentes sindicais, empresários e trabalhadores e, sobretudo, funcionários do Governo e de todas as Delegacias Regionais do Trabalho, a fim de se estudar meios capazes de impedir o assombroso aumento no quadro das estatísticas de acidentes do trabalho. A luta que se impõe contra essa fatalidade, levou o Governo a organizar um temário objetivo puramente técnico, a fim de que, obedecidas as suas inclusões e sugestões, possam os dois elementos mais importantes nesse campo, empregados e empregadores, se capacitarem a se conscientizarem da responsabilidade de cada um a fim de que o esforço de todos não seja vão.

TEMÁRIOPrevenção de Acidentes e Segurança do Trabalho na Indústria Química. Segurança do Trabalho na Manutenção em linhas energizadas. Aspectos jurídicos na Prevenção de Acidentes e Higiene e Segurança do Trabalho. As CIPA e sua relação com os serviços especializados em "Segurança e Higiene e Medicina do Trabalho".

18) Para o corrente ano, promoverá o MTb a realização do XIV Congresso Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho, no período de 9 a 14 de novembro de 1975, no Rio de Janeiro, no Hotel Nacional, que congregará, pelo menos, 3 mil participantes e que terá, por finalidade, proporcionar o intercâmbio de conhecimentos e experiências de técnicos e especialistas nos diferentes aspectos de prevenção, cujos Temas Oficiais, atualizadíssimos, serão os seguinte:

1) Implantação das atividades de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho nas empresas – Portaria 3237.

2) Formação e treinamento em Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho. 3) Segurança na agropecuária. 4) Participação das Entidades Sindicais nos programas de Prevenção. 5) Participação do empresário na prevenção de acidentes. 6) Acidentes sem lesão.

Segundo a experiência de 1974, quando o Conclave foi realizado em São Paulo, convencionou o MTb com a FUNDACENTRO, no sentido desta realizar o mesmo.

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19) Com o objetivo de levar a todos os pontos do País, um intercâmbio de conhecimentos e experiências, aproximando homens e idéias, realizou o MTb, através do DNSHT, no mês de maio, nas capitais dos Estados, com o concurso das Delegacias Regionais do Trabalho, sedes sindicais, empresários e trabalhadores e, sobretudo, funcionários do Governo e de todas as Delegacias Regionais do Trabalho, a fim de se estudar meios capazes de impedir o assombroso aumento no quadro das estatísticas de acidentes do trabalho. A luta que se impõe contra essa fatalidade, levou o Governo a organizar um temário objetivo puramente técnico, a fm de que, obedecidas as suas inclusões e sugestões, possam os dois elementos mais importantes nesse campo, empregados e empregadores, se capacitarem e se conscientizarem da responsabilidade de cada um, a fim de que o esforço de todos não seja em vão.

20) Destacam-se nas SPAT – Semana de Prevenção de Segurança de Acidentes as seguintes atividades:

a) Entrega de medalhas do Mérito da Segurança do Trabalho aos empregadores que mais se distinguiram na prevenção de acidentes.

b) Exposição de Cartazes e Equipamentos de Proteção Individual, ensinando-os a usarem tais objetivos.

c) Distribuição gratuita das publicações das Leis, Regulamentos e Portarias alusivas à Segurança do Trabalho, cartilhas, regras de segurança, calendários, flâmulas, plásticos, etc.

d) Entrevistas, palestras e reportagens com exibição de filmes e "slides". e) Visitas educativas a empresas previamente selecionadas e que se destacaram no

campo da prevenção.

21) Criação de um grupo de trabalho na Amazônia – GTA com atividades no campo de valorização de recursos humanos, com treinamento dos trabalhadores, inclusive, na área de segurança do Trabalho.

22) Com a finalidade de desenvolver as capacidades residuais dos incapacitados, visando a reintegrá-los no trabalho, promover a readaptação profissional de 20 mil acidentados para o trabalho, através do Serviço Assistencial de alcance social, inserido no Plano de Prestações da Lei Orgânica da Previdência Social.

23) Catalogação de 25 mil produtos capazes de produzir as chamadas doenças químicas, atingindo especialmente os trabalhadores das indústrias químicas, metalúrgicas, de papel, couro, fiação e tecelagem, cujas doenças incidem mais, nas pequenas indústrias, com menos de 100 empregados, e que constitui metade do parque industrial do País.

24) Reformulação nos quadros das Delegacias Regionais do Trabalho, no setor de Segurança e Saúde Ocupacional, com a criação dos novos cargos de Medicina do Trabalho, Engenheiro de Segurança do Trabalho, Enfermagem do Trabalho cujo pré-requisito será de: registro no DNSHT da especialização correspondente. Mais Assistente Social e Nutricionista cujas atribuições são óbvias. Os vários profissionais acima sendo de nível superior. Quanto ao nível médico, o Agente de Segurança do Trabalho cujo pré-requisito é o registro no DNSHT de Supervisor de Segurança do Trabalho, que exercerá a função de inspeção nas empresas no que tange à Segurança e Saúde Ocupacional.

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Para a inclusão destes novos quadros, o processo respectivo já se encontra no DASP para aprovação e posterior abertura de concurso público. Quanto ao esquema de fiscalização, considerando as dificuldades inerentes a uma estrutura compulsória às empresas de acordo com a Portaria 3.237 de 27.07.72, em que a obrigação de contratação de técnicos, cujo número, horário e qualificação estará na dependência de dois fatores, um o número de empregados na empresa, acima de 100, e outro o risco em que se encontra classificada a empresa, é o seguinte: Basicamente são três fases: a primeira em que é configurada pelo agente de segurança do trabalho na empresa, a existência de irregulariedade que é comunicada ao empresário e encaminhada ao DRT, setor de Segurança e Saúde Ocupacional que encaminhará técnico, seja Medicina do Trabalho ou Engenheiro de Segurança do Trabalho, que prestará orientação ou Assistência Técnica no sentido de eliminar a irregulariedade, sendo dado prazo para sua correção de acordo com a empresa. Numa segunda fase, é verificada se dentro do prazo referido foi feita a correção. Se não, a empresa deverá justificar ao Setor em apreço na DRT as razões, sendo dado novo prazo mas reduzido a metade do inicial, que será por sua vez acompanhado para verificação da eliminação da irregulariedade. E, em terceira fase, caso não tenha sido corrigido, será feito autuação da empresa e multada então na base de tabela que foi corrigida, tendo sido seus valores aumentados substancialmente. Como o esquema exposto em linhas bastante gerais, nossa intenção é ir ao encontro da empresa, possibilitando condições da mesma se enquadrar efetivamente no programa, ficando a autuação e multa apenas para o que não está interessado no cumprimento das disposições legais da Portaria 3.237. Por outro lado, ainda dentro do esquema da supervisão, elaboramos o chamado perfil de auditagem do programa, que permitirá um levantamento das condições de risco de uma empresa, assim como das medidas para sua remoção e da eficácia do funcionamento do programa de prevenção de riscos profissionais e podendo chegar a estabelecer pontuação, que será de valor para comparação de programas entre empresas.

25) Está também o MTb procurando criar instrumentos paralelos à legislação específica de Segurança e Saúde Ocupacional, que promovam um maior interesse do empresário na organização de seus serviços médicos do trabalho e de segurança. Por entendimentos com o BNH e Ministério do Interior, estudando a colocação de cláusula obrigatória em concorrências e pedidos de financiamento, que exija não só a existência de serviço que já é obrigatório por legislação, mas que seja atuante. Neste sentido o já citado Perfil de Auditagem de Programas de Segurança e Saúde Ocupacional que permitirá de maneira objetiva estabelecer avaliação e pontuação.

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SESSÃO DE ENCERRAMENTO

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DISCURSO DO SENHOR DIRETOR DA ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE DR. HECTOR R. ACUÑA

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Sejam minhas primeiras palavras de mui sincero agradecimento ao Governo do Brasil, na pessoa do Excelentíssimo Senhor Ministro da Saúde, Dr. Paulo de Almeida Machado, pela gentileza do convite de que fui objeto e que me permitiu assistir à V Conferência Nacional de Saúde, de cujas deliberações, estou persuadido, resultaram práticas e importantes conclusões que contribuirão para resolver os grandes problemas incluídos no temário, problemas esses de interesse não apenas do Brasil, mas de todos os países da região.

É-nos sumamente grato haver participado desta Conferência, expressão máxima da análise e do estudo da problemática de saúde do Brasil, que se realiza quase uma década após a anterior. Desde então, muito aconteceu neste país: mais de 100 milhões de habitantes ocupam a maior República Federal da América do Sul; 60% desses habitam em cidades e outros em grandes extensões de difícil acesso; experimenta-se e vive-se um modelo de desenvolvimento que levará o Produto Bruto Interno a uma cifra superior a 1.300 bilhões de cruzeiros em 1980, com um ingresso per-capita de 11.300 cruzeiros anuais, o que representa um grande aumento em relação a 1970. O II PND brasileiro, 1975 a 1979, declara a intenção do Governo de que, pari passu com o desenvolvimento econômico, devem dar-se as condições para um desenvolvimento social que permita a essa numerosa população alcançar os níveis de vida que merece. Recentemente, por ocasião das celebrações do Dia do Trabalho, o Excelentíssimo Senhor Presidente General Ernesto Geisel, declarou a respeito: "O desenvolvimento não pode ser apenas econômico ou político, deve ser também social, tendo como objetivo colocar o homem em sua verdadeira posição de alavanca que impulsione, dinamize e consolide a riqueza do país".

O mesmo II PND, ao tratar os aspectos relativos à estratégia do desenvolvimento social, especifica mui claramente que "a solução do desenvolvimento através do mero crescimento pode demorar mais que a consciência social admite em termos da necessidade de melhoria rápida do nível de bem-estar do maior número de habitantes", e fixa, como metas, alcançar um aumento de renda real de todas as classes, uma redução substancial da pobreza absoluta, uma atenção sanitária para 90% da população, um aumento de expectativa de vida média, de 59 anos em 1970, para 65 anos em 1980, uma redução de taxa de mortalidade geral de 9.9. para 7.4. por mil no mesmo período e, ainda, obter, para 80% da população urbana, um fornecimento de água potável e uma rede de eliminação de dejetos para 50% do mesmo grupo populacional.

Embora comparáveis em termos percentuais, aquelas propostas para os demais países da América Latina, essas metas revelam-se de tal magnitude que, para alcançá-las, serão necessários ingentes esforços financeiros e, sobretudo, o trabalho incansável e espírito de criatividade de seus homens de saúde pública.

Nesse sentido, conta-se com instrumentos eficientes: maior inversão econômica na área social (761 bilhões de cruzeiros para o qüinqüênio) e, especialmente, a criação do Conselho de Desenvolvimento Social que, como órgão de assessoramento do Presidente da República, impulsionará a política de desenvolvimento social. Cabe a esse Conselho, criado em outubro de 1974, presidido pelo Presidente da República e integrado pelos Ministros de Estado de Educação e Cultura, do Trabalho, da Saúde, do Interior, da Previdência e Assistência Social e tendo como Secretário o Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Planejamento, formular a política social e a coordenação das atividades dos citados Ministérios, considerar a política nacional de saúde formulada pelo Ministro da Saúde, assim como os planos setoriais do Ministério da Previdência e Assistência Social e do Ministério da Educação e Cultura, relativos à assistência médica e à formação profissional, médica e para-médica, fixando diretrizes para sua execução.

Deparam-se-nos agora os primeiros frutos do trabalho daquele Conselho: formulou-se uma política nacional de saúde e criou-se o sistema nacional de saúde, havendo sido analisado e discutido nesta reunião o modelo integrador, com o objetivo de encontrar os caminhos necessários para pô-lo em prática.

Existe, atualmente, grande preocupação no que se refere à melhor utilização dos recursos existentes para atender os programas de saúde, de acordo com as prioridades próprias assinaladas pelas

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políticas de saúde dos países; assim é que nos últimos anos intensificou-se marcadamente o processo de planificação, com a finalidade de unificar os esforços que desenvolvem diversas entidades do setor saúde, constituindo o que se veio a chamar de Sistemas de Serviços de Saúde.

O crescimento acelerado da população e a predominância de grupos jovens da mesma, em quase todos os países da América, faz com que a atenção de mães e crianças constitua a prioridade número um dos programas de saúde, ao mesmo tempo que nos obrigam a uma contínua expansão dos serviços que permita melhorar a atenção prestada a esse grupo fundamental na população.

Assim o compreendeu o Ministério da Saúde do Brasil ao desdobrar esforços nesse sentido através de seu programa de atendimento materno-infantil, programa prioritário nesta fase de consolidação e avaliação, e para o qual a OPAS prestou, e seguirá prestando apoio. Colaboramos com esse programa, e continuaremos colaborando, porque nele vimos, Senhor Ministro, o sincero e titânico esforço posto em prática pelo Ministério a seu cargo, a fim de diminuir as elevadas taxas de mortalidade materno-infantil ocorrentes no país.

As doenças transmissíveis continuam, ainda ocupando os primeiros lugares nas taxas de morbidade e mortalidade, apesar dos progressos alcançados nos últimos anos, tanto no que se refere a procedimentos e técnicas para combatê-las, quanto aos resultados obtidos no caso de algumas delas, o que nos obriga a aperfeiçoar os processos de vigilância epidemiológica.

Verificou-se um impulso de características dramáticas no controle e erradicação das chamadas grandes endemias, como, por exemplo, no caso da erradicação da varíola que desapareceu do continente; a malária, embora ainda não erradicada, tem sido eliminada em extensas zonas com a conseguinte redução das cifras de morbidade e mortalidade; a febre amarela urbana foi erradicada; a poliomielite e o sarampo deixaram de constituir a grande ameaça que foram no passado. Entretanto, ingentes problemas neste campo estão ainda sem resolver, por exemplo, a esquistossomose, a doença de Chagas e as parasitoses intestinais, mas a ameaça da cólera no continente faz com que estejamos vigilantes e profundamente preocupados em conhecer melhor os problemas dela decorrentes e descobrir novos processo que nos permitam controlá-la ou erradicá-la.

Muitos dos êxitos obtidos na luta contra as doenças transmissíveis, em particular as grandes endemias, devem-se à dedicação e espírito de criatividade de sanitaristas que, com seu esforço, alcançaram os dramáticos resultados que hoje admiramos.

Seguimos, passo a passo, os esforços que o Governo do Brasil e em especial Vossa Excelência, Senhor Ministro, e seus colaboradores, têm desenvolvido e continuam desenvolvendo para deter a epidemia de meningite meningocócica que assolou, principalmente, a região sudeste do país. Tivemos ocasião de apreciar a vacinação maciça (mais de 10 milhões de habitantes vacinados em menos de 5 dias no Estado de São Paulo e outras cifras milionárias nos Estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, etc.) com a finalidade de cortar a cadeia epidemiológica.

Acreditamos que não exista no mundo antecedente igual, pelas cifras de vacinados em tempo tão exíguo, pela logística aplicada com uma vacina de tão difícil manuseio e pelos resultados que as primeiras avaliações demonstraram. Desejamos valer-nos desta oportunidade, Senhor Ministro, para felicitá-lo e à sua equipe, assim como à própria comunidade brasileira, por este exemplo de decisão, de defrontação resoluta de um problema e por haver posto em prática as medidas para solucionar tal problema.

Embora todos os aspectos antes mencionados constituam, igualmente, diretrizes fundamentais para o trabalho de nossa Organização, existe um, o último dos temas que constituem o ponto de referência desta Conferência, que é, também para nós, de primordial importância. Trata-se da extensão dos serviços de saúde às áreas rurais.

Conforme tive ocasião de expressar durante a 74ª reunião do Comitê Executivo da OPAS em Washington, DC, em julho passado, acredito que maior atenção deveria ser dada ao desenvolvimento da infra-estrutura dos serviços de saúde, a fim de melhorar, de maneira efetiva, a prestação de serviços de saúde locais, sobretudo nas zonas rurais. Ë de esperar-se que os serviços de saúde se adaptem às

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modalidades de vida e às necessidades das comunidades que devem ser atendidas, e que a comunidade participe de todas as etapas de planejamento, realização e avaliação dos serviços prestados.

Tem-se dito, com freqüência, que neste processo deve-se recorrer às reservas consideráveis de recursos humanos, materiais e institucionais representados pelas comunidades que compreendem pessoas que, tradicionalmente têm sido responsáveis pela proteção de saúde de seus vizinhos. A "curiosa", o "curioso" o líder da comunidade, o professor, etc., formam parte dos recursos de saúde comunitários. Deve-se identificar estas pessoas e capacitá-las a realizar seu trabalho com eficiência ainda maior dentro dos lineamentos propostos pelos serviços de saúde. O importante é criar um mecanismo que incorpore essa estrutura de saúde comunitária "informal" ao sistema de saúde de cada país. Durante mais de 40 anos realizaram-se nas Américas projetos-piloto com a finalidade de utilizar os serviços de auxiliares e obter a participação da comunidade em programas de saúde. Chegou o momento de aplicar essa política em tal sentido.

Por outro lado, embora os programas de saúde, e suas soluções, sejam iguais, em termos gerais, no meio urbano e no rural, as condições especiais relativas à acessibilidade, cultura, composição étnica (em alguns casos), para citar apenas algumas, fazem com que o enfoque a ser dado ao problema seja diferente, de modo tal que os serviços de saúde sejam efetivos e aceitos pela comunidade.

É bem conhecido o espírito de trabalho em comum que prevalece em muitas comunidade rurais, de acordo com o seu acervo cultural e hábitos ancestrais, resultando disso que se tome em consideração, de modo muito especial, talvez mais do que no meio urbano, sua participação ativa no fornecimento de serviços de saúde e outros.

Todas estas razões levaram os países a tentar processos que permitam a solução deste grande problema, tratando de empregar processos de baixo custo e utilização fácil que não requeiram alta tecnologia nem pessoal muito qualificado, naturalmente com base em um sistema de saúde que permita prestar o devido suporte logístico e de supervisão.

São numerosos os exemplos de programas destinados a resolver este problema ou a demonstrar como pode ser resolvido. Por essa razão, a Organização Mundial de Saúde, em associação com o Fundo das Nações Unidas para o Desenvolvimento, realizou um estudo conjunto em 9 países do mundo que vêm desenvolvendo esforços com o propósito de estender a cobertura seguindo processos diferentes, de acordo com a sua organização política, social, econômica, geográfica e cultural. Este estudo demonstrou que existem programas desta natureza que tiveram êxito definitivo ou potencial, atendendo as necessidades básicas de saúde da população dos países em via de desenvolvimento. Estes programas variam desde o estabelecimento de serviços de saúde completamente novos, organizados com base em uma mudança radical dos sistemas político e social do país ou em algumas de suas regiões, com programas que cobrem áreas limitadas, como uma extensão da organização tradicional existente.

Não obstante, creio que se deve ter o cuidado de não permitir que as estruturas físicas, a rede propriamente dita, se transforme em objetivo. Deve-se ter em mente que uma organização de saúde local é um serviço comunitário. O pessoal do serviço de saúde local deve estudar os problemas de saúde e, juntamente com os dirigentes da comunidade, planejar cuidadosamente programas para resolver problemas. E o que é igualmente importante, os sistemas de saúde regionais ou nacionais devem planejar e efetuar a supervisão e a consulta técnica do pessoal de saúde local.

Temos o propósito de encarecer os governos a descartarem a idéia de "qualidade primeiro, extensão depois". As atividades de colaboração da Organização devem ter por finalidade estender a cobertura dos serviços de saúde a todas as pessoas às quais possam chegar, com todos os meios a seu alcance. Só quando houver sido atingido este objetivo, é que se deve facilitar um serviço da mais alta qualidade possível, mas sem comprometer o objetivo imediato que é a cobertura total.

A escassez de pessoal qualificado, como foi assinalado, é um dos principais fatores que impedem a extensão de cobertura aos serviços de saúde nas áreas rurais; disso decorre a necessidade do ades-

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tramento de recursos humanos através de processos diferentes dos tradicionais. A utilização de pessoal adequado, com custos mínimos e tarefas definidas nas instalações de saúde do país, é o que deve determinar o tipo de adestramento que se lhe deve dar.

Os trabalhadores da Saúde, tal como os definimos anteriormente, isto é, os próprios recursos humanos da comunidade, devem ser selecionados dentro da comunidade, como pontos de entrada para o sistema de saúde. Consideramos que são efetivos, aceitáveis e pouco custosos e requerem apenas um adestramento inicial, podem desempenhar atividades em muitos campos simples, tais como no controle das doenças transmissíveis, no materno-infantil, no da nutrição, saneamento, etc., bem como na prestação de primeiros socorros.

No que se refere aos outros temas da Conferência, a OPAS vem prestando, por solicitação do Ministério da Saúde do Brasil, sua colaboração técnica; especialmente em relação a este último tema, vem-se trabalhando juntamente com esse Ministério no Plano Nacional de Desenvolvimento de Recursos Humanos para o setor saúde, que, neste ano, recebeu do Governo Brasileiro todo o apoio financeiro requerido para a sua execução. Nossa Organização está disposta a continuar dando todo seu apoio a este programa, e uma demonstração desse fato é o acordo que amplia o Convênio Geral de Desenvolvimento de Recursos Humanos que esta sendo negociado com o Ministério da Saúde.

Muito fizeram os sanitaristas brasileiros pela saúde de seu povo, de Oswaldo Cruz e Carlos Chagas aos atuais, mas ainda há muito a fazer; reuniram-se agora para discutir, analisar e fazer propostas; amanhã estarão dispersados, alguns isolados, lutando para levar adiante as ações propostas. Sejam nossas palavras finais de reconhecimento por esta árdua tarefa e nossos votos de que seja o êxito o seu resultado, manifestado pelo maior bem-estar físico e social do homem brasileiro que, como Vossa Excelência assinalou, Senhor Ministro, no primeiro encontro sobre recursos humanos organizados por seu Ministério em junho passado, "é este homem o sujeito e o fim de todas as ações de saúde".

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DISCURSO DE ENCERRAMENTO DO SR. MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE SUA EXCELÊNCIA DR. PAULO DE ALMEIDA MACHADO

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Chegamos ao término de uma Conferência que foi antes de mais nada uma eloqüente demonstração da vitalidade do Sistema Nacional de Saúde.

No calor das discusões travadas nas 14 salas onde se reuniram os diversos grupos de trabalho, na sabedoria e ponderação reinantes nos gabinetes dos senhores coordenadores, na gravidade do plenário ouvindo as magníficas conferências apresentadas pelos diferentes Ministérios integrantes do C.D.S., em toda a parte e a cada momento desta laboriosa semana, ficou evidente a participação multissetorial, interessada e, ativa, reveladora da saúde do Sistema.

Cabe-me antes de mais nada congratular-me com a Secretaria Geral do Planejamento da Presidência da República, com o Ministério da Educação e Cultura, com o Ministério do Trabalho, com o Ministério do Interior e com o Ministério da Previdência e Assistência Social pela sua preciosa participação. O conhecimento dos progressos realizados, dos projetos em desenvolvimento e das metas estabelecidas em cada setor robusteceu a confiança de todos no êxito do Sistema.

A presença dos Senhoras Secretários de Saúde de todas as unidades da Federação durante toda esta semana revelou que aquela coesão se estende no âmbito estadual, em todo o território nacional, provando que o Sistema não é uma abstração, mas uma realidade viva e palpitante em todo o Brasil, uma comunidade ansiando pela racionalização, consciente do dever de melhor servir o Homem Brasileiro.

A partir das opiniões colhidas nesta Conferência, o Ministério da Saúde estará melhor informado para a gradual regulamentação da lei que institucionalizou o sistema nacional de saúde e para a elaboração da Política de Saúde a ser submetida ao Conselho de Desenvolvimento Social.

A regulamentação deverá ser gradual e prudente, estabelecendo mecanismos de coordenação, avaliação e intercomunicação, sem quaisquer veleidades monopolistas e com o absoluto respeito pelas autonomias previstas na Lei. Deverá caracterizar-se pela parcimônia, limitando-se ao essencial, necessário e eficaz. Deverá evitar a abundância de recomendações nem sempre exequíveis e nem sempre capazes de gerar benefícios reais.

Semelhante regulamentação seria tarefa das mais difíceis na ausência de uma perfeita sintonia intersetorial que nos assegura a certeza de uma co-autoria esclarecida na redação dos documentos a ser submetidos ao Conselho do Desenvolvimento Social.

Além de fornecer subsídios para a regulamentação da Lei 6.229, esta conferência reuniu informes e opiniões de importância básica para a elaboração de uma Política de Saúde justamente reclamada.

A Política de Saúde será antes de mais nada uma filosofia de trabalho. Um documento conceitual que servirá de base para futuros planos e projetos de saúde.

O Ministério da Saúde pretende cumprir o dever de elaborá-la. Todavia, deseja fazê-lo com a assistência dos demais Ministérios interessados para poder

submeter ao Conselho de Desenvolvimento Social um documento elaborado conforme a filosofia de trabalho do Sistema Nacional de Saúde.

Em termos de Política de Saúde, já existem opções político-administrativas do atual governo, em pleno vigor.

O reconhecimento da importância da Saúde Pública como conjunto de ações de saúde de interesse coletivo é uma das posições claramente assumidas pelo atual Governo.

O reconhecimento das relações indissociáveis do planejamento para a saúde com o plano de desenvolvimento sócio-econômico, é outra posição evidenciada na criação das Coordenadorias Regionais de Saúde.

Também está definida a posição do Governo no que concerne à necessidade da coordenação intersetorial corporificada no Conselho de Desenvolvimento Social, colocando a sintonia interministerial em termos operacionais.

Está igualmente fixada a opção pela organização sistêmica pluralista, racionalizando-se o sistema de saúde espontâneo pré-existente.

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Temos assim os princípios básicos de uma Política de Saúde a ser estabelecida, cabendo enriquecê-los com outros conceitos complementares, a ser ainda criteriosamente discutidos antes de ser submetidos ao Conselho de Desenvolvimento Social.

Considero uma questão de lealdade e uma justa homenagem aos participantes desta Conferência, a revelação de algumas idéias, relativas ao setor saúde pública, e que serão submetidas ao grupo que irá redigir o documento setorial básico para a discussão da Política Nacional de Saúde ou da Política de Saúde do Governo.

Insisto em que se trata de idéias preliminares que somente serão validadas se aprovadas pelo Conselho de Desenvolvimento Social.

Deixo igualmente bem claro que estas idéias não pretendem esgotar o assunto, devendo necessariamente ser enriquecidas com as proposições dos demais setores do S N S.

Em ações de Saúde, o Homem é insubstituível. Poucas atividades dependem tão estritamente dos recursos humanos como a ação sanitária. A escassez de recursos humanos foi repetidas vezes mencionada como bloqueio em diferentes fases

do Sistema Nacional de Saúde. No entanto, utilizam-se recursos altamente qualificados onde poderiam ser eficazes e suficientes

recursos de nível médio. A atitude é anti-social uma vez que limita as oportunidades a servidores de menor renda. É antieconômica por elevar o custo operacional. É ineficaz por não existirem em número suficiente os recuros altamente qualificados.

A Política Nacional de Saúde deverá encarar de frente o problema. Na quantificação dos recursos humanos necessários precisamos considerar não somente os

percentuais ótimos estabelecidos em padrões internacionais, mas também a capacidade de absorção pelo mercado de trabalho. Face à evidente disparidade entre o número de empregos oferecidos e o número de empregados exigidos pelos padrões ótimos, não basta cuidar de formar maior número de profissionais; impõe-se também estudos concomitantes visando à expansão do mercado de trabalho. Aqui ressalta a importância do estabelecimento de uma carreira de saúde pública, assegurando-se sobretudo possibilidade de acesso e subordinando as promoções ao aperfeiçoamento individual.

A atividade em saúde pública é inseparável do tempo integral e dedicação exclusiva. O profissional de saúde Pública deve estar sempre disponível para deslocar-se imediatamente a qualquer ponto do País. Tal disponibilidade é incompatível com o múltiplo emprego.

É portanto imprescindível que a carreira assegure o presente e o futuro do profissional dentro de uma atividade única.

Ainda no que concerne a recursos humanos, cumpre considerar a possibilidade do aproveitamento dos recursos existentes dentro de um espectro mais amplo.

A limitação dos recursos humanos já obrigou a utilização mais racional de alguns profissionais. Já vai longe a época em que o Ministério da Saúde, no combate à peste, tinha funcionários encarregados de combater as pulgas e outros funcionários encarregados de combater os ratos. Hoje, o mesmo funcionário sabe combater pulgas e ratos e mais, atua no controle da doença de Chagas, da Malária e da Esquistossomose.

O que ocorreu por imposição da pobreza de recursos, pode transformar-se numa opção política com melhor capacitação de pessoal e melhor remuneração.

No que tange às grandes endemias, será também oportuno examinar a conveniência de uma definição política, optando pela concentração máxima de recursos em áreas sucessivas e contínuas e pelas medidas de inspiração ecológica, não se limitando a combater o agente etiológico e o vetor, mas indo além, até a melhoria da habitação e modificação do meio ambiente.

A procura de processos biológicos de controle deverá ser considerada face à redução crescente da produção de inseticidas.

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No que concerne à alimentação e nutrição, notáveis progressos foram realizados, caminhando-se para definições políticas multissetoriais susceptíveis de se transformarem em ações capazes de alterar o melancólico quadro atual.

A colaboração da SEPLAN, Ministério da Agricultura, Ministério da Previdência e Assistência Social, Ministério da Indústria e Comércio, conduzirá à montagem de um programa realista.

Situações especiais justificarão a distribuição pura e simples de alimentos em caráter supletivo e mesmo com intentos curativos. Todavia, qualquer distribuição de alimentos divorciada de mecanismos válidos da avaliação e divorciada de atividades visando libertar o homem da dependência de tal donativo seria mera atividade paternalista. A magnitude do problema exige integração de esforços multissetoriais. A Política Nacional de Saúde deverá identificar os grupos prioritários para atendimento e provavelmente reconhecerá que atividades de pesquisa, visando a produção de alimentos a preço accessível, seriam tão importantes quanto a mera doação de suplementos alimentares.

Não menos importante para a Política de Saúde será uma opção realista e efetiva no que se relaciona com a saúde mental.

Os velhos asilos de irrecuperáveis deveriam ser menos desumanos e ficariam melhor situados dentro dos programas de assistência social, permitindo o desenvolvimento dos serviços preventivos, das unidades de pronto-socorro psiquiátrico e das clínicas para tratamento precoce e efetivos que irão reduzir o número de candidatos aos asilos de irrecuperáveis.

A coordenação das ações de saneamento básico, a cargo de diferentes órgãos, devem forçosamente ser considerada na Política de Saúde. Além do estabelecimento dos padrões de qualidade, de responsabilidade do Ministério da Saúde, deverá ser estabelecida a responsabilidade dos órgãos de saúde no controle sanitário de águas e esgotos, em perfeita coordenação com o controle próprio das empresas que exploram aqueles serviços. O perfeito entrosamento com a Secretaria do Meio Ambiente do Ministério do Interior deverá ser outro item de importância.

O fortalecimento do nível local será também preocupação da Política de Saúde, que deverá buscar mecanismos susceptíveis de capacitar cada município a realizar um mínimo de ações de saúde compatível com suas disponibilidades. O incremento das disponibilidades locais para investimentos em saúde deverá preocupar uma boa Política de Saúde.

Aliás, propõe-se à discussão o conceito de que despesas com a saúde pública são inversões e não gastos.

A ação normativa do Ministério será válida na presença de mecanismos de avaliação e cobrança da execução das normas.

Semelhantes mecanismos serão agentes eficazes de fortalecimento do nível local, não sendo menos valioso do que a ajuda financeira.

De fato, deveriam anteceder àquela ajuda. Áreas particularmente conturbadas são as das atividades hemoterápicas e da fiscalização de

drogas, medicamentos e alimentos. A perturbação decorre, antes de tudo, de uma timidez crônica e da protelação de decisões

político-administrativas. Dizem que são problemas capazes de derrubar o Ministro que ouse tocá-los. É chegado o momento de enfrentá-los. As irregularidades repetidamente denunciadas à opinião pública, no campo das atividades

hemoterápicas, o vil comérico do sangue humano, a extração de sangue de quem não o tem em condições satisfatórias para si mesmo, a transfusão de sangue portador de sífilis, doença de Chagas, hepatite e outras enfermidades, o abuso da plasmoferese, o desperdício de material nobre como o é o sangue humano, a ausência de controle de estoques para utilização em situações de emergência, são fatos amplamente divulgados, sendo inadmissível a omissão dos responsáveis.

Com relação a medicamentos, também já é tempo de estabelecer-se uma política no que concerne ao licenciamento, ao controle de qualidade e à fiscalização. Associações inúteis e por vezes maléficas, dosagens excessivas sem outra vantagem que não a de onerar o custo, propaganda de virtudes não coincidentes com as ações farmacológicas cientificamente reconhecidas, venda indiscri-

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minada de medicamentos com ações colaterais exigindo controle médico, tudo isto tem sido repetidamente comentado. Acidentes com medicamentos por falhas de fabricação e falhas no controle de qualidade também têm sido registrados. É necessário fixar uma Política definindo responsabilidades e prevendomecanismos capazes de tomar operante a fiscalização.

A indústria responsável e cuidadosa deve ser protegida contra suspeitas injustificadas e a população tem o direito de servir-se com confiança dos medicamentos que lhe são oferecidos.

No que concerne a alimentos, é de se registrar que os cuidados do Ministério da Agricultura com o quecome o boi são mais atentos do que os cuidados do Ministério da Saúde com que come o homem. É justa e necessária a atenção com as rações animais. É lamentável a omissão no que concerne a alimentos. Incremento da capacidade operacional do Sistema Nacional de Saúde neste setor deve ser uma opção político-administrativa a ser tomada. Aquele incremento deverá considerar o potencial instalado, fortalecendo-o e coordenando-o.

Evidentemente toda a operacionalidade do Sistema Nacional de Saúde nestas três áreas conturbadas dependerá da capacidade de fortalecimento do nível local.

Dependerá também de uma rede de laboratórios de Saúde Pública, que não devem ser confundidos com laboratórios de pesquisas ou com laboratórios de análises clínicas.

À vigilância epidemológica será reservado destaque na Política a ser proposta ao CDS. É bem recente a dura experiência da expansão da epidemia da doença meningocócica que chegou a ameaçar 80 milhões de brasileiros.

A invasão do território nacional, a partir do foco inicial, processou-se sobretudo em virtude da ausência de serviço operante de vigilância epidemiológica. O assunto é prioritário e urgente e decisões deverão ser tomadas engajando todo o SNS, de maneira atuante, alerta e ágil, num subsistema nacional de vigilância epidemiológica.

A epidemiologia irá alimentar um outro subsistema, o de informática para a saúde. Aqui, será sugerida uma política semelhante à que orientou a institucionalização do SNS: reconhecer o existente e ampliar a sua capacidade operacional antes de criar novos órgãos; promover a uniformização de métodos, buscando obter dados compatíveis, e integrar todos os órgãos interessados num subsistema de informática para a saúde.

Educação para a saúde deverá forçosamente constituir-se em item prioritário. Uma opção quanto à política de educação sanitária é altamente desejável. É preciso reconhecer o

progresso substancial na área do Mobral, a partir da aprovação dos conteúdos básicos. Mas é também oportuno lembrar que a clientela com o maior poder multiplicador se encontra nos cursos de formação de professores de primeiro e segundo graus. Um posicionamento a ser considerado seria a capacitação formal de alunos dos cursos formadores de professores de primeiro e segundo graus, seguido de educação para a saúde, ministrada informalmente no decurso do currículo do primeiro e segundo graus, discutindo-se a conveniência da introdução, no currículo do final do segundo grau, de uma disciplina de educação para a saúde.

Ao mesmo tempo, e, para viabilizar as providências acima, seria considerada a possibilidade de restabelecer, em número limitado, a formação de educadores sanitários, em nível de pós-graduação, para assessoria técnica.

Educação para a Saúde é assunto relevante, que já mereceu a atenção do Ministério da Educação e Cultura, e que se aproxima de uma solução concreta, facilitada agora pela lei que institucionalizou o SNS.

A proteção da Saúde Materno-Infantil, interessando 70% da população brasileira, deverá ter lugar de destaque em qualquer Política de Saúde.

Um dos resultados desta Conferência é o modelo para a organização de serviços de proteção materno-infantil.

Já se esboça uma inovação na política materno-infantil, com a introdução de mecanismos de controle e avaliação das atividades, prevendo que tais atividades não deverão limitar-se a um caráter

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assistencial-paternalista, mas inspirar-se no desejo de modificar efetivamente o nível de saúde do grupo, dando prioridade às ações de caráter preventivo.

A política materno-infantil considerará a realidade sócio-econômica-cultural, buscando mecanismos de ação ajustados ao momento, eficazes na situação presente, sem aguardar a erradiação da pobreza como condição indispensável à obtenção de resultados.

O aumento da mortalidade infantil nas áreas metropolitanas é motivo de justa preocupação. O desencadeamento do Planasa infunde novas esperanças, uma vez que o saneamento básico da

periferia das metrópoles melhorar os níveis de saúde. Mas continua deficiente o dispositivo para o atendimento materno-infantil, sendo grave o déficit de

leitos obstétricos e pediátricos. Aquele déficit atingiu proporções tais que dificilmente seria coberto dentro de um prazo

razoável. A significância daquele déficit acentua-se dia a dia com o crescimento da população infantil nos bairros periféricos.

Enquanto tende a diminuir a natalidade nos bairros de melhor nível sócio-econômico, onde as crianças disporiam de melhor abrigo, alimentação e educação, mantém-se alta a natalidade nos bairros mais modestos, onde as crianças encontrarão menos oportunidade de sobreviver.

Semelhante situação tem repercussão inegável sobre o coeficiente de mortalidade infantil e, ao mesmo tempo, traduz um crescimento da população com menor potencial biológico, requerendo um dispositivo maior para a assistência adequada.

A melhoria do atendimento médico-sanitário em áreas rurais configura-se como um recurso válido para a redução do êxodo rural, com reflexos sobre a saúde das áreas metropolitanas.

Fala-se às vezes com orgulho na urbanização da rurícola como manifestação de progresso. No entanto, mais do que a urbanização do rurícola, há a ruralização das cidades, em cuja

periferia se estabelece um padrão de vida inferior ao das áreas rurais. Os problemas de saúde urbana seriam menores se menos homens se vissem forçados a desvincular-se de suas raízes, dos seus hábitos tradicionais, para procurar melhores condições de vida na cidade.

Experiências já colhidas ressaltam a importância de uma política de ação para áreas rurais, baseada em rede médico-sanitária integrada e de complexidade crescente, associada necessariamente ao saneamento básico e utilizando, sempre que possível, pessoal de nível médio recrutado localmente e convenientemente treinado e supervisionado.

O estabelecimento de metas e cronogramas de atividades é essencial à eficácia de semelhante rede, principalmente nas unidades periféricas.

A participação crescente das forças comunitárias seria um alvo a ser atingido, procurando não só maior rendimento das ações de saúde, mas propiciando também estímulo ao desenvolvimento da comunidade.

O desenvolvimento acelerado do País convida a Saúde Pública a olhar para o futuro. J á se pode prever o controle de velhas e tradicionais endemias rurais e o progresso do saneamento. Num futuro não muito distante, mantidos o ritmo e a qualidade do trabalho atualmente projetados, poderá a Saúde Pública liberar-se dos velhos problemas de medicina sanitária colonial. Cumpre então, desde já, pensarmos na saúde metropolitana e mais do que isto, na ecologia do homem urbano sujeito a todas as pressões e limitações do meio ambiente que ele construiu para si mesmo. Cumpre também considerar os problemas de reabilitação – reabilitação preventiva e reabilitação reparadora – buscando-se normas simplificadas accessíveis a nível periférico.

Felicito os senhores componentes da V Conferência Nacional de Saúde pelo grau de participação e integração revelado.

Foram discutidos problemas técnicos, em nível elevado, sem incorrer na velha e já monótona lamúria do passado quando a falta de recursos era sempre a justificativa da modéstia das ações.

Hoje, todos estão convencidos de que antes de lamentar a parcimônia de recursos, cumpre aplicar melhor os recursos financeiros disponíveis.

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Surgiram porém duas alegações, não raro repetidas: a carência de recursos humanos e o baixo nível sócio-econômico da população.

É certo que os recursos humanos são parcos. Mas como estarão sendo utilizados estes parcos recursos? Quantos sanitaristas,

epidemiologistas, enfermeiros, estarão sendo utilizados em outras funções? Não há muito, encerrou-se um curso para codificadores de óbitos, financiado pelo Ministério da Saúde. Quantos daqueles técnicos estão trabalhando em codificação de óbitos e quantos estão sendo utilizados em funções de escritório? Quantos cargos que o bom-senso indica deverem ser ocupados por sanitaristas estarão em mãos de outros especialistas?

Dentro de seis meses serão diplomados cerca de 150 sanitaristas nível 1. Quem tem previsões para utilizá-los?

Há falta de recursos humanos. Mas não tem o direito de citá-la quem nada faz para minorá-la. E para minorar a carência, não há melhor providência do que oferecer oportunidades de emprego.

O baixo nível sócio-econômico da população é a outra justificativa. O soldado não pode ensarilhar armas quando levado a combater em terreno áspero ou em dia de

chuva. As condições são estas que aí estão e cabe ao Sistema Nacional de Saúde demonstrar imaginação, energia e adaptabilidade. Afinal, cólera, peste e febre amarela foram erradicadas pelos nossos antecessores em condições bem mais desfavoráveis.

A conferência revelou coesão, notável avanço no nível técnico e disposição para a luta, à altura das inovações institucionais dos últimos meses.

Estou certo de que dentro de dois anos voltaremos a nos reunir com a confortadora certeza do dever cumprido e com o espírito de coesão cimentado por todo um biênio de proveitosa colaboração dentro da nova organização sistêmica.

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PARTICIPANTES

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A

DR. ATAHUALPA FERNANDEZ MédicoPresidente da Associação de Hospitais do Pará Rua Frei Cart Vila Nova, 59 Belém – PA

DR. ALEXANDRE GOMES DE MENEZES NETTO Médico Sanitarista Setor Sergipe da SUCAM – Ministério da Saúde Rua de Itabaiana, 276 Tel.: 2504 Aracaju – SE

DR. AUGUSTO BASTOS FILHO Médico Sanitarista Coordenador de Saúde do Sul Ministério da Saúde Tel.: 23-0834 Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 Brasília – DF

DR. ADEMYR RODRIGUES DA SILVEIRA MédicoDiretor da Divisão Nacional de Dermatologia Sanitária Ministério da Saúde Rua São Cristovão, 1298 Tel.: 234-6403 Rio de Janeiro – RJ

Dr. ANTONIO DE DEUS DE OLIVEIRA MELLO Médico Sanitarista da SUCAM – Ministério da Saúde Rua Pte. Coutinho, 92 Tel.: 22-5800 Florianópolis – SC

DR. ARISTIDES CELSO FERREIRA LIMA VERDE Médico Sanitarista Diretor do Serviço de Saúde dos Portos – Ministério da Saúde Praça Marechal Âncora S/N Tel.: 224-5443 Rio de Janeiro – RJ

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DR. AMADOR R. NEGHME Médico Diretor da Biblioteca Regional de Medicina OPAS/OMS Rua Botucatu, 862 – Vila Clementina Tel.: 71-1545 São Paulo – SP

DR. ÁLVARO CERNE DE CARVALHO Médico Delegado Federal de Saúde – Ministério da Saúde Rua Deodoro, 22 – 2º andar Florianópolis – SC

DR. ANTONIO MÁRCIO JUNQUEIRA LISBOA Médico Assessor da Coordenação de Proteção Materno-Infantil Ministério da Saúde Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 Brasília – DF

DR. ARNALDO FAIVRO BUSATO Médico Secretário de Saúde e Bem-Estar Social do Paraná Rua Engenheiro Rebouças, esquina Rua Periqui Tel.: 24-6776 Curitiba – PR

DR. ALBERTO GARNIER DE SOUZA Engenheiro Enc. Turma de Análises de Operação de Inseticida – SUCAM Ministério da Saúde Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 – 7º andar Tel.: 24-9605 Ramal 163 Brasilia – DF

DR. ANTONIO AUGUSTO CARDOSO D'OREA Assessor do Ministro da Saúde Ministério da Saúde Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 Tel.: 24-4319 Brasília – DF

DR. ALBERTO GONÇALVES NEVES Médico Assessor do Superintendente – SUCAM Ministério da Saúde Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 – 6º andar Tel.: 24-9605 Brasília – DF

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DR. ABEL TENÓRIO DE SOUZA ROCHA Médico Diretor da Divisão de Saúde – FSESP Av. Rio Branco, 251 – 13º andar Tel.: 232-8066 Rio de Janeiro – RJ

DR. ALDIR HENRIQUE SILVA Odontólogo Sanitarista Assessor do Secretário Geral do Ministério da Saúde Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 – 8º andar Brasilia – DF

DR. ALDO OLMOS MOLINA Médico Chafe da Divisão de Saúde – FUNAI SAS Bloco "O" – 3º andar Brasília – DF

DR. ÁTILA FREITAS LIRA Economista Dir. do Departamento de Administração da Secretaria de Saúde do Piauí Assessor do Secretário de Saúde do Piauí Rua Álvaro Mendes Tel.: 8233 Teresina – PI

DR. ALBERTO COUTINHO FILHO Médico Assessor da Secretaria Nacional de Saúde Ministério da Saúde Tel.: 260-8220 Rio de Janeiro – RJ

DR. ARMANDO DE JESUS CAMPOS Economista Assessor da Federação Brasileira de Hospitais Av. Nilo Peçanha, 50 – 1508 Tel.: 242-0066 Rio de Janeiro – RJ

DR. AGOSTINHO CRUZ MARQUES Médico Assessor da Superintendência de Saúde Pública – SUCAM Ministério da Saúde Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 Tel.: 24-6992 Brasília – DF

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DR. ANTÔNIO JORGE DE ALMEIDA Médico Assistente do Superintendente da Unidade de Planejamento – PAPPE Ministério da Saúde Av. Brasil 4046 – 9º andar Tel.: 230-1679 e 260-4430 Rio de Janeiro – RJ

DR. ÁLVARO JOSÉ DE PINHO SIMÕES Médico Diretor Executivo da CAIS Ministério da Saúde Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 – 8o andar Tel.: 24-5797 Brasília – DF

DR. ADALBERTO CORRÊA CAFÉ Médico Diretor de Saúde da Marinha Ministério da Marinha Edifício Barão de Ladário Rua 1º de Março Rio de Janeiro – RJ

DRA. ANA MARIA BARAT Economista Assessora do Secretárib Geral do Ministério da Saúde Av. Brasil, 4.036 Rio de Janeiro – RJ

DR. ARESKY GOMES DE AMORIM Médico Membro do Conselho Nacional de Saúde Delegacia do Ministério da Saúde Rio de Janeiro – RJ

DR. ALOYSIO DE BARROS ARAÚJO Médico Sanitarista Superintendência de Campanhas de Saúde Pública – SUCAM Ministério da Saúde Tel.: 24-9605 – Ramal 160 Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 Brasilia – DF

DR. AUGUSTO ALVES DE AMORIM Médico Coordenador de Assistência Médica e Hospitalar do Ministério da Saúde Rua Alvarenga Peixoto, 563 Belo Horizonte – MG

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DRA. ANNA VIRGÍNIA ALMEIDA MACHADO Secretária Executiva Assessora do Ministro da Saúde Ministério da Saúde Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 Brasilia – DF

DR. ANTÔNIO CABRAL DE ANDRADE Técnico em Planejamento Social Assessor do Ministro de Planejamento para Assuntos do Conselho de Desenvolvimento Social Edifício BNDE, 12º andar – SBS Tel.: 24-1684 Brasilia – DF

DR. ARLÉCIO ALEXANDRE GAZAL Diretor de Divisão da SUCAM Ministério da Saúde Tel.: 24-7319 Brasilia – DF

DR. ANTÔNIO ALVES DUARTE Médico Secretário de Saúde do Estado de Mato Grosso Tel.: 3024 Cuiabá – MT

DR. ANTÔNIO CARLOS DE AZEVEDO Médico Assessor – Coordenador de Saúde da Amazônia Ministério da Saúde Tel.: 23-5089 Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 – 4º andar Brasilia – DF

DR. AGOSTINHO SALDANHA DE LOYOLA Médico Sanitarista Chefe do Grupo de Planejameno Setorial Secretaria de Saúde e do Bem-Estar Social do Paraná Rua Engenheiro Rebouças, 1707 – 2ºandar Tel.: 24-7065 Curitiba – PR

DRA. ABIGAIL VALOIS DE OLIVEIRA Médica Secretária do Conselho Nacional de Saúde Av. Brasil, 4046 – sala 408 Tel.: 260-6845 Rio de Janeiro – RJ

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DR. ANTÔNIO ALCIDES KLUG Médico Chefe do Setor da SUCAM – Paraná –Ministério da Saúde Rua Professor Ovídio da Costa, 639 Tel.: 42-2362 Curitiba – PR

DR. ALEXANDRE DE ÁVILA BORGES JR. Farmacêutico Presidente do Conselho Federal de Farmácia Av. Liberdade, 834 – 5º andar Tel.: 278-6475 São Paulo – SP

DR. ANTÕNIO RODRIGUES RIBEIRO Engenheiro Sanitarista Diretor da Divisão de Engenharia e Ciências do Ambiente – FSESP Av. Rio Branco, 251 – 14º andar Tel.: 232-8066 Rio de Janeiro – RJ

DR. ALBERTO M. D. MAGALHÃES Médico Psiquiatra Diretor da Divisão Nacional de Saúde Mental Ministério da Saúde Av. Pasteur, 296 Tel.: 226-8577 Rio de Janeiro – RJ

DR. ANTÔNIO VESPASIANO RAMOS Médico Coordenador de Assistência Médica Diretoria Geral do Funrural Rua Alcindo Guanabara, 24 3º andar Tel.: 222-4734 Rio de Janeiro – RJ

DR. ARTHUR L. A. DE ALCANTARA Médico Membro do Conselho Nacional de Saúde Ministério da Saúde Av. Brasil Tel.: 260-6845 Rio de Janeiro – RJ

DR. ANUAR AUAD Médico Secretário de Saúde do Estado de Goiás Rua 5 no 615 -S.O. Tel.: 24709 Goiania – GO

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DR. ADAIL MONTEIRO SANTANA Médico Sanitarista Chefe do Setor PiauÍ da SUCAM – Ministério da Saúde Av. Frei Serafim, 1869 Tel.: 3010 Teresina – PI

DR. ANNIBAL RODRIGUES SANTOS Médico Chefe do Setor Ceará da SUCAM – Ministério da Saúde Rua José Lourenço, 680 Tel.: 24-0876 Fortaleza – CE

DR. ANTÔNIO MENNA Médico Chefe do Escritório Regional Sul Organização Sanitária Pan-Americana OPAS/OMS T. Aceleno de Carvalho, 21 – 11º andar Tel.: 25-7583 Porto Alegre – RS

DRA. ALBINA GUIMARÃES ALBUQUERQUE Médica Pediatra Fundação Hospitalar do Distrito Federal Secretaria de Saúde Av. W-3 Sul Inter quadras 509/508 Tel.: 42-5229 Brasilia – DF

DR. ALCEU DE CASTRO ROMEU Médico Assessor Técnico da Superintendência da Campanha Nacional de Alimentação Escolar Ed. Venancio II – 1º andar Tel.: 23-6192 Brasilia – DF

DR. AMARO LUIZ ALVES Técnico de Administração Técnico de Planejamento Secretaria Geral do Ministério da Saúde Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 – 8º andar Tel.: 24-9605 Brasilia – DF

DR. ALDO VILLAS BOAS Médico Presidente da Fundação Serviços de Saúde Pública Ministério da Saúde Av. Rio Branco, 251 – 12º andar Rio de Janeiro – RJ

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DRA. ANNA THEREZA LEMOS Pedagoga Coordenação de Programas de Saúde Rua Rio de Janeiro, 2418 Tel.: 222-0211 Belo Horizonte – MG

B

DR. BICHAT DE ALMEIDA RODRIGUES Médico-Sanitarista Coordenador da Região Sudeste Ministério da Saúde Esplanada dos Ministérios - Bloco 11 Brasilia – DF

DR. BOLESLAU USSYK Médico Sanitarista Delegado Federal de Saúde – 10º Região – Paraná Ministério da Saúde Alameda Dr. Carlos de Carvalho, 1640 Tel.: 24-2834 Curitiba – PR

DR. BOLIVAR BASTOS GONÇALVES Delegado Federal de Saúde – 3ª Região Ministério da Saúde Rua dos Tabajaras, 268 Tel.: 26-8223 Fortaleza – CE

DR. BENEDITO SOARES DE LYRA PESSOA Dentista Secretaria de Saúde do Maranhão Rua Rio Branco, 251 Tel.: 2-1471 São Luis – MA

DR. BENEDITO JOAQUIM BARBOSA Psiquiatra Secretaria de Saúde do Amazonas Rua Crisanto Jobim, 700 Manaus – AM

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337

C

DRA. CLARICE FERRARINI Enfermeira Hospital das Clínicas – São Paulo Av. Dr. Enéas Carvalho Aguiar, 225 Tel.: 814146 São Paulo – SP

DR. CARLOS AUGUSTO TELLES DE BORBOREMA Médico Secretário de Saúde do Amazonas Rua Joaquim Nabuco, s/nº Tel.: 32-1130 Manaus – AM

DR. CÉLIO DA CUNHA Professor Universitário Assessor MEC – DAU MEC – Esplanada dos Ministérios, 7º andar – s/721 Tel.: 23-7393 Brasilia – DF

DR. CARLOS ORLEANS BRANDÃO Médico Secretário de Saúde do Maranhão Tel.: 2-1471 São Luis – MA

DR. CYRO COIMBRA DE RESENDE Médico Coordenador do Programa de Proteção Materno-Infantil Ministério da Saúde Av. Brasil, 4036 – 5º andar Rio de Janeiro – RJ

DR. CARLOS JOSÉ MANGABEIRA DA SILVA Médico Responsável pela Chefia do Setor Amazonas – SUCAM Ministério da Saúde Rua Comandante Alexandre Amorim, 339 Tel.: 324671 Manaus – AM

DR. CRISTOVAM COLOMBO S. DANTAS Assessor do Ministro da Saúde Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 – 4º andar Tel.: 24-9605 – Ramal 349 Brasilia – DF

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DRA. CÉLIA MARIA DE ALMEIDA BRUNORO Médica Assessora da Coordenação Materno-Infantil Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 – 8ºandar Tel.: 24-9605 Ramal 132 Brasilia – DF

DR. CLÓVIS BEZERRA CAVALCANTI Médico Secretário de Saúde da Paraíba Tel.: 4706 e 4707 João Pessoa – PB

DR. CARLOS JOSÉ HILBURG Engenheiro Sanitarista Organização Pan-Americana da Saúde – Zona V Av. Presidente Wilson, 164 – 7º andar Tel.: 221-1064 Rio de Janeiro – RJ

DR. CELSO ARCOVERDE DE FREITAS Médico Sanitarista Diretor do Instituto de Endemias Rurais da Fundação Osvaldo Cruz Ministério da Saúde Estrada da Covanca, 56 Tel.: 392-1093 Rio de Janeiro - RJ

DR. CARLOS ALBERTO SAMPAIO PEREIRA Médico Diretor Regional da Fundação Serviço de Saúde Pública Ministério da Saúde Av. 7 de Setembro, 379 Tel.: 5-3962 Salvador – BA

DR. CARLOS FERRERO Médico Assessor Regional Sistemas de Información en Salud Organización Panamericana de La Salud (OPAS/OMS) Los Cedros, 269 San Isidro Tel.: 40-9200 Lima – PERU

DR. CARLOS BARREIROS TERRA Médico Diretor da Divisão de Higiene do Trabalho Ministério do Trabalho

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Av. Presidente Antônio Carlos, 251 – 3º andar Tel.: 232-1916 Rio de Janeiro – RJ

DR. CARLOS LEOPOLDO PHILIPOVSKY Engenheiro Sanitarista Chefe do Setor de Proteção do Ambiente e Pesquisas Tecnológicas da FSESP Ministério da Saúde Av. Rio Branco, 251 – 14º andar Tel.: 232-8066 Rio de Janeiro – RJ

D

DR. DÉCIO ANDRADE PACHECO Médico Assessor Técnico da Secretaria Nacional de Saúde Ministério da Saúde Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 Tel.: 24-0797 Brasilia – DF

DRA. DALVA SAYEG Médica Ministério da Saúde – Rio de Janeiro Av. Brasil, 4.036 Tel.: 260-9898 Rio de Janeiro – RJ

DR. DARCY FERREIRA MENEZES Médico Sanitarista Chefe da Divisão de Preservação de Recursos Humanos (Saúde) Sudene/Minter Av. Prof. Moraes Rego – Cidade Universitária Tel.: 27-01-11 – Ramal 551 Recife – PE

DR. DJALMA DE OLIVEIRA Médico Assessor da Divisão Nacional do Câncer Ministério da Saúde Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 – 3º andar Tel.: 24-9494 Brasilia – DF

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340

DR. DARIO FARIA TAVARESMédicoSecretário de Saúde de Minas Gerais Secretaria de Saúde Av. Augusto Lima, 785 Tel.: 224-8468 Belo Horizonte – MG

DR. DARIO ALVES DOS SANTOS MédicoChefe da Divisão de Medicina da LBA Ed. José Severo – s/216 Tel.: 24-5266 Brasilia – DF

DR. DURVAL DE ARAÚJO CONÇALVES MédicoChefe do Setor Rio de Janeiro – SUCAM Ministério da Saúde Av. Brasil, 4.036 Tel.: 261-0309 Rio de Janeiro – RJ

DRA. DULCE DE CASTRO MENDES Enfermeira Coordenadora de Recursos da Saúde de Minas Gerais Av. Augusto Lima, 785 Tel.: 224-9585 Belo Horizonte - MG

E

DR. ERNESTO FESSEL MédicoCoordenador de Unidades Médicas Assistenciais Ministério da Previdência e Assistência Social Av. 13 de Maio, 13 – 21º andar Tel.: 221-8193 Rio de Janeiro – RJ

DR. ERNÂNI GUILHERME FERNANDES DA MOTTA MédicoSuperintendente da SUCAM Ministério da Saúde

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Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 Tel.: 23-6798 Brasília – DF

DR. ERNÂNI BRAGA Médico Professor Adjunto da Faculdade de Medicina Universidade Federal do Rio de Janeiro Tel.: 280-2522 – Ramal 774 Ilha do Fundão – Rio de Janeiro – RJ

DR. ERNÂNI AGRÍCOLA Médico Vice-Presidente do Conselho Nacional de Saúde Av. Brasil, 4.036 – s/408 Tel.: 260-6845 Rio de Janeiro – RJ

DR. EDILBERTO PARIGOT DE SOUZA FILHO Médico Chefe do Setor Acre da SUCAM Ministério da Saúde Rua Cel. João Donato, 125 Tel.: 2513 Rio Branco – AC

DR. EDINALDO ALVES PINHEIRO Médico Chefe da CEM – SUCAM Ministério da Saúde Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 – 7º andar Tel.: 24-9605 Brasília – DF

DR. ERNESTO LIMA GONÇALVES Médico Diretor da Divisão de Saúde Universidade de São Paulo Av. Dr. Arnaldo, 455 Tel.: 256-4611 São Paulo – SP

DR. EDMUNDO JUAREZ Médico Assessor do Ministro da Saúde Ministério da Saúde Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 Tel.: 23-5089 Brasília – DF

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DR. ELYSIO PERÁSCO Médico Assessor da Secretaria Médica do INPS Ministério da Previdência e Assistência Social Av. 13 de Maio, 13 – 26º andar Tel.: 242-4267 Rio de Janeiro – RJ

DR. EDMUR ARNALDO CHIEREGATTO Professor Secretário-Adjunto da SEMOR Secretaria do Planejamento da Pres. da República Ed. B.N.D.E. Tel.: 24-3039 Brasília – DF

DR. EDUARDO SOLER Educador de Saúde Pública/Antropólogo Social Consultor em Educação para a Saúde OPAS/OMS Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 – 3º andar Tel.: 23-0839 e 23-9684 Brasília – DF

CORONEL EBERT JOSÉ SEIXAS DUARTE Assessor do Ministro da Saúde Ministério da Saúde Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 – 4º andar Brasília – DF

DRA. EUCLAIR MIRANDA DE OLIVEIRA Médica Diretora do Departamento de Medicina da Diretoria Nacional da LBA Fundação Legião Brasileira de Assistência Av. General Justo, 275 Tel.: 222-3747 Rio de Janeiro – RJ

DRA. ERMENGARDA DE FARIA ALVIM Enfermeira Diretora da Divisão de Estudo e Planejamento – FSESP Ministério da Saúde Av. Rio Branco, 251 – Caixa Postal 1.530 Tel.: 232-8066 Rio de Janeiro – RJ

DR. EURICO SUZART DE CARVALHO FILHO Médico Subsecretário de Saúde Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro

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Av. Marechal Câmara, 350 – 3º andar Tel. 232-0055 Rio de Janeiro – RJ

DR. ENRIQUE MORA Médico Veterinário Consultor em Medicina Veterinária – OPAS/OMS Ministério da Saúde Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 – 3º andar Tel.: 23-0839 Brasília – DF

F

DR. FRANCISCO DE SALLES BAPTISTA FERREIRA Engenheiro Sanitarista Superintendente da CAESB SCS – CAESB Tel.: 24-9813 Brasília – DF

DR. FERNANDO JOSÉ PEREIRA GOMES Médico Diretor da Divisão de Epidemiologia, Estatística e Informação – FSESP Ministério da Saúde Av. Rio Branco, 251 – 13º andar Tel.: 232-8066 Rio de Janeiro – RJ

DR. FLÁVIO VILHENA DE SALES DIAS Técnico de Administração – SEMOR Secretaria de Planejamento da Pres. da República Setor Bancário Sul – Ed. do BNDE – 15º andar Tel.: 23-2472 Brasília – DF

DR. FRANCISCO LUIZ TORRES DE OLIVEIRA Técnico de Administração Subsecretário de Estudos Especiais da Secretaria Geral Ministério da Previdência e Assistência Social Rua Pedro Lessa, 36 – 12º andar Rio de Janeiro – RJ

DR. FEDERICO BRESANI Chefe do Escritório da OPAS/OMS para o Brasil

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Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 – 3º andar Tel.: 23-1839 Brasília – DF

DR. FERNANDO VASCONCELLOS THEOPHILO Médico INPS – Ministério da Previdência e Assistência Social SAS – Quadra 2 – Bloco L – 8º andar Tel.: 24-9014 Brasília – DF

DR. FRANCISCO BENEDETTI Médico Diretor do Departamento e Assistência do IPASE Rua Pedro Lessa, 36 Tel.: 242-9584 Rio de Janeiro – RJ

DR. FROYLAN R. MOITTA Engenheiro Diretor da Divisão Nacional de Engenharia Sanitária Ministério da Saúde Av. Brasil, 4.036 Tel.: 260-4427 Rio de Janeiro – RJ

DR. FERNANDO SARMENTO PLECH Médico Delegado Federal de Saúde da 13ª Região – Mato Grosso Ministério da Saúde Av. Getúlio Vargas, 685 Tel.: 33-42 Cuiabá – MT

DR. FÁBIO FONSECA E SILVA Deputado Federal Presidente – C. Saúde da Câmara dos Deputados Tel.: 24-0719 Brasília – DF

DR. FRANCISCO GUIMARÃES ROLLEMBERG Médico Deputado Federal Câmara dos Deputados Tel.: 23-7548 Brasília – DF

DR. FERNANDO OTTO VON SPERLING Engenheiro Civil e Sanitarista – FSESP Ministério da Saúde

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Rua Espírito Santo, 1.059 – 5º andar Tel.: 224-8775 Belo Horizonte – MG

DR. FRANCISCO DE PAULA CASTRO NETO Médico Delegado Federal de Saúde da 1ª Região Ministério da Saúde Rua José Clemente, 322 Manaus – AM

DR. FERNANDO PROENÇA DE GOUVÊA Médico Secretário de Higiene e Saúde Município de São Paulo Pavilhão Manoel de Nóbrega – Parque Ibirapuera Tel.: 71-6251 São Paulo – SP

DR. FRANCISCO SABOYA VALENTE Engenheiro Agrônomo Ministério da Agricultura Av. W3 Norte – Quadra 502 – Bloco B – Lojas 41 a 45 Tel.: 24-1148 Brasília – DF

DR. FLAVIANO OJEDA VILLALBA Médico Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição Ministério da Saúde SCS Ed. Chams, 4º andar Tel.: 24-0120 – Ramal 121 Brasília – DF

DRA. FERNANDA EUGÊNIA LUZ DA MOTTA Médica INPSAv. W3 Sul – Quadra 714 Brasília – DF

DR. FRANZ RULLI COSTA Médico Secretário de Saúde e Ação Social do Território Federal do Amapá Av. FAB Tel.: 2806 Macapá – AP

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G

DR. GERSON SÁ PINTO COUTINHO Médico Presidente da Central de Medicamentos – CEME Ministério da Previdência e Assistência Social Tel.: 24-3529 Brasília – DF

DR. GILSON FERREIRA DE ALMEIDA Médico Assessor do Ministro da Saúde Ministério da Saúde Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 Tel.: 24-0797 Brasília – DF

DR. GUILLERMO GARZON DIAZ Engenheiro Arquiteto Encarregado da Turma de Planejamento e Operações – SUCAM Ministério da Saúde Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 – 7º andar Tel:: 24-9605 Brasília – DF

DR. GILVAN ROCHA Médico – Senador Vice-Presidente da Comissão de Saúde Senado Federal Anexo II – Gabinete 26 Tel.: 24-9009 Brasília – DF

DR. GEORGE SCHAHIN Médico Diretor da Divisão Técnica do Hospital das Clínicas da UNICAMP Universidade Estadual de Campinas Rua Benjamim Constant, 1657 Tel.: 2-5836 Campinas – SP

DR. GUILHERME DE MOURA MAGALHÃES Arquiteto Chefe da Seção de Operações de Inseticida – SUCAM Ministério da Saúde Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 – 7º andar Tel.: 24-9605 Brasília – DF

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DR. GETÚLIO FERNANDES TEIXEIRA Médico Encarregado da Campanha de Bócio e Tracoma do DF – SUCAM Ministério da Saúde Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 – 6º andar Tel.: 24-9605 – Ramal 162 Brasília – DF

DR. GERALDO MARTINS Médico Chefe Setor – SUCAM Av. Beira Mar, 260 – Fone: 2-2653 São Luís – MA

DR. GASTON OXMAN Engenheiro – ST/PLEV – OPAS/OMS 525 – 23 rd. st. NW Washington D.C. Tel.: 331-4307 U.S.A. – 20014

DR. GERALDO JOSÉ MENELAU Médico Chefe de Epidemiologia da Malária – SUCAM – Ministério da Saúde Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 – 6º andar Tel.: 24-9605 – Ramal 160 Brasília – DF

H

DR. HECTOR R. ACUÑA – CONVIDADO ESPECIAL Médico Diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) 23 Street N.W. Washington, DC 20037 – USA Tel.: 223-47 – Área code 202

DRA. HORTÊNSIA DE HOLLANDA Educadora em Saúde Diretora da Divisão Nacional de Educação Sanitária Ministério da Saúde Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 – 3º andar Brasília – DF

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348

DR. HUGO VITORINO ALQUERES BAPTISTA Médico Secretário de Serviços Médicos Ministério da Previdência e Assistência Social Palácio do Trabalho – 11º andar Rio de Janeiro – RJ

DR. HELVÊRCIO BOAVENTURA LEITE Médico Presidente da Federação Brasileira de Hospitais Av. Nilo Peçanha, 50 Tel.: 242-3378 Rio de Janeiro – RJ

DR. HENO JACOMO PERILLO Farmacêutico Diretor da LBA – Goiás Faculdade de Farmácia Praça Universitária Tel.: 6-1131 Goiânia – GO

DR. HERODOTO PINHEIRO RAMOS Médico Delegado Federal de Saúde da 4ª Região – Substituto Ministério da Saúde Av. Conde da Boa Vista, 1570 Tel.: 22-1204 Recife – PE

DR. HUMBERTO FASANARO Médico Sanitarista Assessor de Planejamento e Coordenador de Projeto de Saúde Secretaria de Saúde do Rio Grande do Norte Av. Junqueira Ayres, 488 Tel. 2-3603 Natal – RN

DR. HUMBERTO ABREU SOARES Médico Chefe da Seção Técnica da Delegacia Federal de Saúde da 6ª Região Ministério da Saúde Av. Augusto de Lima, 785 Tel.: 224-2321 Belo Horizonte – MG

DR. HUMBERTO TORLONI Médico Diretor da Divisão Nacional do Câncer

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349

Ministério da Saúde Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 Tel.: 24-9494 Brasília – DF

DR. HUMBERTO DANTAS GURGEL Médico Coordenador de Saúde Secretário de Saúde do Estado da Paraíba Av. Pedro II nº 1.826 Tels.: 4706 a 4707 João Pessoa – PB

DR. HARLEY PINHEIRO PADILHA Médico Diretor do Centro de Treinamento Secretaria de Saúde do Estado da Bahia Av. Sete de Setembro, 280 Tel.: 5-0064 Salvador – BA

DR. HERNAN ALBI DE LA FUENTE Engenheiro Assessor OPAS/OMS Ministério da Saúde Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 – 3º andar Tel.: 23-0839 Brasília – DF

DR. HÉLIO ANJOS ORTIZ Médico Secretário de Saúde do Estado de Santa Catarina Rua Trajano, 18 Tel.: 22-3788 Florianópolis – SC

DR. HERMANDO CARDENAS Médico Assessor – OPAS/OMS Ministério da Saúde Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 – 3º andar Brasília – DF

DR. HENRIQUE MAIA PENIDO Médico Superintendente Substituto PAPPE Ministério da Saúde – 9º andar Rio de Janeiro – RJ

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350

DR. HUDSON DE BARROS SILVA Médico Sanitarista Assessor do Secretário Geral do Ministério da Saúde Av. Brasil, 4.036 Tel.: 230-1640 Rio de Janeiro – RJ

DR. HÉLIO NOGUEIRA LOPES Médico Secretário de Saúde de Alagoas Secretaria de Saúde e Serviço Social de Alagoas Av. Duque de Caxias, 781 Tel.: 3-6084 Maceió – AL

DR. HÉLIO PEREIRA DIAS Advogado Consultor Jurídico Ministério da Saúde Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 Brasília – DF

DR. HÉSIO DE ALBUQUERQUE CORDEIRO Médico Instituto de Medicina Social U.E.R.J. Av. 28 de Setembro, 87 – Vila Isabel Tel.: 254-3431 Rio de Janeiro – RJ

I

DR. INOCÊNCIO GOMES DE OLIVEIRA Médico Deputado Federal Câmara dos Deputados – Anexo III – Gabinete 343 Tel.: 23-7245 Brasília – DF

DR. INOCÊNCIO NOGUEIRA LIMA Médico Diretor do Centro Regional de Estatísticas de Saúde do Nordeste (CRESNE) Fundação SESP – Ministério da Saúde Av. Rosa e Silva, 1.489 Tel.: 22-2125 Recife – PE

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351

DRA. IZAURA LOPES DE GODOY Enfermeira Supervisora Fundação SESP – Ministério da Saúde Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 Tel.: 24-1073 Brasília – DF

J

DR. JOÃO YUNES Médico Assessor do Ministro da Saúde Ministério da Saúde Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 – 8º andar Tel.: 24-9605 Brasília – DF

DR. JAYME TREIGER Médico Secretaria de Serviços Médicos – Ministério da Previdência e Assistência Social Av. Antônio Carlos, 131 Tel.: 252-4259 Rio de Janeiro – RJ

DR. JACOB FREITAS ATALLAH Médico Secretário de Saúde de Rondônia Secretaria de Saúde e Ação Social Rua José de Alencar, 2.062 Tel. 2478 Porto Velho – RO

DR. JOSÉ AGRIPINO MENDES Médico – Assessor do Presidente da FSESP Ministério da Saúde Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 – 8º andar Tel.: 24-1073 Brasília – DF

DR. JOAQUIM DE CASTRO FILHO Médico Coordenador de Saúde do Nordeste Ministério da Saúde

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352

Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 – 4º andar Tel.: 23-0834 Brasília – DF

DR. JOSÉ GRANADO NENA Médico Secretário de Assistência Médica do INPS Ministério da Previdência e Assistência Social Av. 13 de Maio, 13 – 26º andar Tel.: 242-4267 Rio de Janeiro – RJ

DR. JOSÉ JUCIÊ DA CRUZ Chefe do Setor Pernambuco da SUCAM Rua Góis Cavalcante, 480 Tel.: 28-0398 Recife – PE

DR. JAYME SANTOS NEVES Médico Diretor da Divisão Nacional de Tuberculose Ministério da Saúde Rua do Resende, 128 Tel.: 232-3604 Rio de Janeiro – RJ

DR. JOSÉ SMITH BRAZ Economista Ministério da Previdência e Assistência Social/Ministério do Trabalho Esplanada dos Ministérios – Ed. do Ministério do Trabalho – 5º andar Tel.: 24-8473 Brasília – DF

DR. JOSÉ DA SILVA GUEDES Médico Assessor do Secretário de Saúde Secretaria da Saúde de São Paulo Av. São Luís, 99 – Tel.: 256-2747 São Paulo – SP

DRA. JUDITH FEITOZA DE CARVALHO Enfermeira Assistente do Programa Materno-Infantil Ministério da Saúde Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 Brasília – DF

DR. JOSÉ MONIZ B. DE ARAGÃO Médico Chefe do Setor SUCAM

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Ministério da Saúde Rua da Graça, 54 Tel.: 5-0318 Salvador – BA

DR. JOÃO PEQUENO MADRUGA Médico Chefe do Setor Paraíba – SUCAM Ministério da Saúde Rua das Trincheiras, 262 Tel.: 4803 João Pessoa – PB

DR. JOÃO BAPTISTA CARIBE Médico Delegado Federal de Saúde da 5a Região Ministério da Saúde Rua Cláudio Manoel da Costa, 75 Tel.: 3-9314 Salvador – BA

DR. JORGE JOSÉ COELHO TAVARES Diretor da Divisão de Saúde SESC – São Paulo Rua Dr. Vila Nova, 228 – 7º andar Tel.: 256-0903 São Paulo – SP

DR. JURANDI MENDES SOARES Médico Secretário de Saúde do Piauí Rua Álvaro Mendes Tel.: 8341 Teresina – PI

DR. JOSÉ ADOLFO DE FIGUEIREDO Médico Chefe da Divisão de Epidemiologia Secretaria de Saúde – Mato Grosso Palácio Alencastro, 7º andar Tel.: 2430 Cuiabá – MT

DR. JUL JAN D. CZAPSKI Médico Secretário-Geral Federação Brasileira de Hospitais Av. Brigadeiro Luís Antônio, 4.677 Tel.: 282-7799 São Paulo – SP

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DR. JORGE ARESTIVO Médico Coordenador Regional do Sudeste OPS/OMS Rua Enéas Carvalho Aguiar, 188 Tel.: 80-3373 São Paulo – SP

DR. JOSE RICHELIEU A. FILHO Médico Subsecretário Regional de Assistência Médica INPS – Ministério da Previdência e Assistência Social Setor de Autarquias Sul, Bloco 5 – Quadra 4 – s/502 Tel.: 24-3919 Brasília – DF

DR. JAEDER SOARES Médico Delegado Federal de Saúde da 7a Região – Espírito Santo Rua General Osório, 83 – 8º andar Edifício Portugal Tel.: 3-5859 Vitória – ES

DR. JUAN PONCE DE LEON Médico Chefe do Escritório da Região Amazônica OPAS/OMS Rua Conselheiro Furtado, 1.597 Tel.: 224655 Belém – PA

DR. JAIR DE O. SOARES Dentista Secretário de Saúde do Rio Grande do Sul Av. Borges de Medeiros Tel.: 24-1335 Porto Alegre – RS

DR. JOSÉ DE SOUZA TEIXEIRA Técnico de Administração da SEMOR Secretaria de Planejamento da Presidência da República Setor Bancário Sul – Ed. BNDE – 15º andar Tel.: 23-2472 Brasília – DF

DR. JUDÁ DANTAS VANDERLEI Médico Chefe do Setor Mato Grosso – SUCAM Ministério da Saúde

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Rua 24 de Outubro, 565 Tel.: 3378 e 2280 Cuiabá – MT

DR. JOAQUIM RODRIGUES CAVALCANTI Médico Chefe do Setor Espírito Santo – SUCAM Ministério da Saúde Rua Dom Pedro II, s/nº Tel.: 70975 Vitória – ES

DR. JOSÉ AUGUSTO DANTAS Médico-Assessor do Coordenador de Saúde do Nordeste Ministério da Saúde Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 – 4º andar Tel.: 23-0834 Brasília – DF

DR. JOSÉ DE CAMPOS SAMPAIO Médico Delegado Federal de Saúde do Estado de São Paulo Av. Ipiranga, 1.071 Tel.: 34-3356 São Paulo – SP

DR. JOSÉ DE RIBAMAR PINTO SERRÃO Médico Diretor do Hospital dos Servidores da União IPASE – Ministério da Previdência e Assistência Social Av. L2 Norte – Quadra 605 Tel.: 72-1402 Brasília – DF

DR. JUAREZ COSTA DE ALBUQUERQUE Coronel R/1 do Exército Assessor do Diretor da D.S.I. e D.A. Ministério da Saúde Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 – 9º andar Tel.: 24-3499 Brasília – DF

DR. JOSÉ PAULO FILGUEIRA FILHO Médico-Sanitarista Chefe da CCDCH e CAMEM – SUCAM Ministério da Saúde Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 – 7º andar Tel.: 24-9605 – Ramal 163 Brasília – DF

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DR. JOÃO GUILHERME TELLES DE MENEZES Médico Assessor da Secretaria de Assistência Médica Rua 13 de Maio, 13 – 26º andar Tel.: 242-4267 Rio de Janeiro – RJ

DR. JOSÉ DA ROCHA CARVALHEIRO Médico Assessor do Ministro da Saúde Ministério da Saúde Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 – 8º andar Tel.: 23-5089 Brasília – DF

DR. JOÃO BOSCO REMO SALOMON Médico-Professor Fac. Ciências da Saúde – UnB Tel.: 72-0000 – Ramal 2193 Brasília – DF

DR. JOÃO BAPTISTA RISI JÚNIOR Médico Chefe do Setor de Epidemiologia Fundação SESP – Ministério da Saúde Av. Rio Branco, 251 – 13º andar Tel.: 232-8066 Rio de Janeiro – RJ

DR. JOSÉ CARLOS SEIXAS Médico Sanitarista Secretário-Geral do Ministério da Saúde Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 – 8º andar Tel.: 23-5089 Brasília – DF

Dr. JAISON TUPY BARRETO Deputado Federal Vice-Presidente – Comissão de Saúde Câmara dos Deputados – Anexo III – s/345 Tel.: 23-2198 Brasília – DF

DR. JOSÉ ALUÍSIO DE CASTRO Médico Sanitarista Observador da Secretaria de Saúde do DF Ministério da Saúde Av. W3 Sul – Interquadras nºs 508 e 509 Tel.: 43-0106 Brasília – DF

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357

DR. JOSÉ MAGALHÃES DA SILVEIRA FILHO Médico Sanitarista Fundação Hospitalar do Distrito Federal Secretaria de Saúde do DF Av. W3 Sul – Interquadras nºs 508 e 509 Tel.: 42-2952 Brasília – DF

DR. JUAN EDILBERTO ANTEZANA PANIAGUA Médico Sanitarista OPAS – OMS Ministério da Saúde Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 – 3º andar Tel.: 23-0839 Brasília – DF

L

DR. LUIZ CARLOS MOREIRA DE SOUZA Médico Secretário Nacional de Saúde Ministério da Saúde Av. Brasil, 4.036 – Sala 813 Tel.: 260-7463 Rio de Janeiro – RJ

DR. LÚCIO TAVARES DE MACEDO Médico Veterinário Departamento Nacional de Inspeção de Produtos de Origem Animal DIPOA – Ministério da Agricultura Edifício Gilberto Salomão – 13º andar – SCS Tel.: 24-9414 Brasília – DF

DR. LÚCIO GONÇALO DE ALCÂNTARA Médico Secretário de Saúde do Estado do Ceará Rua Visconde de Mauá, 685 Tel.: 24-0066 Fortaleza – Ceará

DRA. LUZIA DA SILVA Enfermeira Escola de Enfermagem da UFMG

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Av.. Alfredo Balena, S/N Tel.: 224-3012 Belo Horizonte – MG

DR. LUIZ CARLOS GALVÃO LOBO Médico Diretor do Centro Latino-Americano de Tecnologia Educacional para Saúde Universidade Federal do Rio de Janeiro Organização Pan-Americana de Saúde Centro de Ciências de Saúde – Bloco A – Sala 26 UFRJ – Ilha do Fundão Tel.: 230-2260 Rio de Janeiro – RJ

DR. LUCIANO THEBANO BARRETO LIMA Técnico de Administração Assessor do Ministro da Saúde Ministério da Saúde Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 – 4º andar Tel.: 23-8168 Brasília – DF

DR. LUIZ IGNACIO DE ANDRADE LIMA NETO Médico Vice-Presidente da Federação Brasileira de Hospitais Av. Conde de Boa Vista, 1509 Tel.: 22-1193 Recife – PE

DR. LAERTE SILVIO TRALDI Médico Veterinário Polícia Militar do Estado de São Paulo SCS Edifício Ceará – 14º andar Tel.: 23-5768 Brasília – DF

DR. LEOPOLDO EDUARDO CASTRO Médico Chefe I – Escritório Regional OPAS/OMS Nordeste Rua Rosa e Silva, 1489 Recife – PE

DR. LINCOLN PORTO DE QUEIROZ Médico Coordenador de Assistência Médica Sec. de Estado de Saúde de Minas Gerais Av. Augusto de Lima, 785 Tel.: 224-0903 Belo Horizonte – MG

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DRA. LÉA MARINA FAJARDO BALIEIRO DE JÁCOME Engenheira Banco Nacional de Habitação Av. Chile, 230 – Tel.: 232-8899 Rio de Janeiro – RJ

DR. LÉLIO BRINGEL CALHEIROS Médico Assessor do Ministro da Saúde Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 – 7º andar Tel.: 24-9605 Brasília – DF

DR. LAVOISIER MAIA SOBRINHO Médico Secretário de Saúde do Rio Grande do Norte Av. Junqueira Ayres, 488 Tel.: 2-3603 Natal – RN

DR. LUDWIG WERNER KOCH Engenheiro Diretor do Setor de Engenharia em Pernambuco Fundação SESP – Ministério da Saúde Av. Rosa e Silva, 1489 Tel.: 22-1688 Recife – PE

DR. LAURÊNIO LINS DE LIMA Médico Presidente Substituto da Fundação SESP Ministério da Saúde Av. Rio Branco, 251 – 12º andar Tel.: 232-8066 Rio de Janeiro – RJ

DR. LUÍS ALBERTO OLMOS MOLINA Chefe do Setor Goiás – SUCAM Ministério da Saúde Rua 18 no 106 – Centro Tel.: 6-07-22 Goiânia – GO

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360

M

DR. MANOEL DO CARMO OLIVEIRA Militar – Cirurgião Dentista Diretor da LBA Praça dos Três Poderes Tel.: 23-4764 Brasília – DF

DRA. MARIA RITA D'ANGELO SEIXAS Psicóloga Universidade de Brasília Campus Universitário Tel.: 72-0000 Brasília – DF

DR. MAURÍCIO FIGUEIREDO LEITE Advogado Subchefe do Gabinete do Ministro da Saúde Ministério da Saúde Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 – 4º andar Tel.: 23-7384 Brasília – DF

DR. MARCO ANTÔNIO FIORI Professor Universidade Estadual de Londrina Campus Universitário Tel.: 22-3200 Londrina – PR

DRA. MARIA ROSA SOUSA PINHEIRO Enfermeira Diretora – Escola de Enfermagem Escola de Enfermagem Universidade de São Paulo Av. Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 419 Tel.: 256-5408 São Paulo – SP

DR. MANOEL ETELVINO DA CUNHA NETO Farmacêutico Chefe do Setor Malariologista do Rio Grande do Norte – SUCAM Ministério da Saúde Rua Junqueira Ayres, 408 Tel.: 2-1412 Natal – RN

DR. MANOEL DA COSTA SOUZA Médico

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Secretário de Saúde Secretaria de Saúde do Estado do Acre Tel.: 2753 Rio Branco – AC

DRA. MARIA INÊS JACON Economista Técnico de Planejamento Ministério da Saúde Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 – 8° andar Tel.: 24-9605 Brasilia – DF

DR. MANOEL BIANCHI Agente de Saúde Chefe de Setor – SUCAM Ministério da Saúde Rua Turná, 83 Tel.: 227-7228 Sao Paulo – SP

DR. MARCIO REINALDO DIAS MOREIRA Economista Assessor do Secretário Geral do Ministério da Saúde Ministério da Saúde Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 Tel.: 23-5089 Brasilia – DF

DR. MAX HERBERT BERNER Medico Sanitarista Delegado Federal de Saúde da 12a Região Ministério da Saúde Rua Vigário José Inácio, 303 – 4° andar Tel.: 24-5608 Porto Alegre – RS

DR. MURILLO VILELLA BASTOS Medico Assessor do Ministro da Previdência e Assistencia Social Ministério da Previdência e Assistencia Social Rua Pedro Lessa, 36 – 11º andar Tel.: 231-2349 Rio de Janeiro – RJ

DR. MANUEL AYRES Medico Secretário de Saúde do Para Rua Presidente Pernambuco Tel.: 23-1180 Belem – PA

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DR. MURILLO BELCHIOR Medico Presidente do Conselho Federal de Medicina Conselho Federal de Medicina Av. Rio Branco, 18 – 18 andar Rio de Janeiro – RJ

DRA. MARIA JOSE DE LIMA Enfermeira Coordenadora de Planejamento da SAM – Substituta Instituto Nacional de Previdencia e Assistencia Social Av. 13 de Maio, 13 – 25º andar Tel.: 231-3197 Rio de Janeiro – RJ

DR. MARIO DE M. CHAVES Medico Representante da Fundação o Kellogg Rua Mexico, 41 – Sala 704 Tel.: 221-6775 Rio de Janeiro – RJ

DRA. MARIA BERILA CONCEIÇÃO Medica Secretaria Geral-PAPPE e Conselho Nacional de Saúde Ministério da Sande Av. Brasil, 4.046 Rio de Janeiro – RJ

DR. MARCO AURELIO PACHECO DE BRITO Economista Técnico de Planejamento e Pesquisa SEPLAN/Presidência da República Esplanada dos Ministérios – Bloco 7 – 9º andar S/911 Tel.: 24-8510 – Ramal 211 Brasilia – DF

DR. MANOEL ESTEVAO DE UZEDA LUNA FILHO Medico Sanitarista Chefe de Seção de Erradicação e Controle Endemias Rurais – SUCAM Ministério da Saúde Setor Alagoas Rua Epaminondas Gracindo, 57 – Tel.: 345-73 Maceió – AL

DRA. MARISA DURAO Técnico de Administração Coordenador de Convênios INPS – Secretária de Assistencia Medica

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Rua 13 de Maio, 13 – 25° andar Tel.: 221-6578 Rio de Janeiro – RJ

DRA. MARIA FRANCISCA TERESA VIANA COSTA Médica Nutrólogo INAM – Ministério da Saúde Ed. Chams, 4° andar – SCS Brasília – DF

DR. MANOEL JOSÉ FERREIRA SanitaristaSuperintendente da PAPPE Ministério da Saúde Tel.: 260-4430 Rio de Janeiro – RJ

DR. MARCOS DE CARVALHO CANDAU Sociólogo Secretário de Assistência Social Ministério da Previdência e Assistência Social Rua São Salvador, 56 Tel.: 265-9448 Rio de Janeiro – RJ

DR. MOZART DE ABREU E LIMA Técnico de Administração Secretário de Planejamento do INAM Ministério da Saúde Ed. Chams – 4° andar – SCS Tel.: 24-0870 Brasília – DF

DR. MIGUEL CLETO MOREIRA FILHO Assessor Departamento de Ensino Fundamental Ministério da Educação e Cultura Esplanada dos Ministérios – Bloco "L" – 6° andar Brasília – DF

DR. MARCOS ANTÔNIO SOARES PORTO Médico Chefe Setor Roraima da SUCAM Ministério da Saúde Tel.: 2411/2087 Caixa Postal 179 – Boa Vista – RR

DR. MÁRIO PALHA DE MORAES BITTENCOURT Médico

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Chefe da 9ª Seção – Saúde Estado Maior das Forças Armadas Esplanada dos Ministérios – EMFA Brasília – DF

DRA. MARIA STELLA DO VALLE BEZERRA WINGE Psicóloga Chefe do Núcleo de Planejamento da Secretaria Geral Ministério da Saúde Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 – 8° andar Tel.: 24-9605 Brasília – DF

N

DRA. NELLY RODÔ Enfermeira Assessora OPAS/OMS Ministério da Saúde Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 – 3° andar Tel.: 23-0839 Brasília – DF

DR. NEWTON WIESMANN GUIMARÃES Médico – Coordenador de Distribuição Central de Medicamentos Esplanada dos Ministérios – Ed. do DASP – Bloco 7 – 4° andar Tel.: 23-1728 Brasília – DF

DR. NELJANIR DA SILVA GUIMARÃES Administrador de Empresas Coordenador-Geral do Projeto Rondon Av. W3 – SQN 502 – Bloco B – Lotes 5/6 Tel.: 24-7716 Brasília – DF

DR. NEWTON POTSCH MAGALHÃES Médico – Diretor do Instituto Fernandes Figueira Fundação Oswaldo Cruz – Ministério da Saúde Av. Rui Barbosa, 716 Tel.: 225-3369 Rio de Janeiro – RJ

DR. NEWTON MUYLAERT DE AZEVEDO Médico – Secretário de Saúde do Distrito Federal

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Governo do Distrito Federal Edifício Pioneiras Sociais – 9° andar Tel.: 24-9159 Brasília – DF

DRA. NAIR CARMEN DE OLIVEIRA HAMANN Educadora-Pedagoga Assessoria Técnica – EMBRATER Edifício Araguaia – 5° andar Tel.: 24-0120 Brasília – DF

DR. NATHANAEL RAUTA RAMOS Médico – Chefe de Gabinete Secretaria de Saúde Av. Beira Mar, s/n° Tel.: 7-1486 Vitória – ES

DRA. NINA VIVINA PEREIRA NUNES Médica – Professor Inst. de Med. Social U.E.R.J. Rua Teodoro da Silva, 48 – Vila Isabel Tel.: 254-3431 Rio de Janeiro – RJ

O

DR. OSWALDO LOPES DA COSTA Diretor do Instituto Pres. Castelo Branco Ministério da Saúde Av. Brasil – Manguinhos Tel.: 260-5432 Rio de Janeiro – RJ

DR. ODILON MARTINS ROMERO Advogado Diretor da SUDECO Ministério do Interior SAS – 3º andar – Lote 1 Tel.: 24-6709 Brasília – DF

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DR. OLYMPIO OLIVEIRA RIBEIRO DA FONSECA Médico – Membro do Conselho Nacional de Saúde Ministério da Saúde Tel.: 230-9988 Rio de Janeiro – RJ

DR. ORLANDO RIBEIRO GONÇALVES Médico Sanitarista Coordenador do Grupo Setorial da Indústria Farmacêutica Ministério da Indústria e do Comércio – STI Esplanada dos Ministérios – Bloco 7 – 4° andar – s/403 Tel.: 24-4643 Brasília – DF

DR. OSWALDO MARTINS REIS Professor Universitário – Médico Assessor – Professor CENDEC/IPEA/SEPLAN Faculdade de Ciências da Saúde Universidade de Brasília Tel.: 72-0000 – Ramal 2269 Brasília – DF

P

DR. PROPÍCIO CALDAS FILHO Médico Coordenador Saúde Centro Oeste Ministério da Saúde Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 – 4° andar Tel.: 23-0834 Brasília – DF

DR. PAULO DE BARROS LYRA Médico Assessor do Secretário Geral Ministério da Saúde Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 – 8° andar Tel.: 23-5089 Brasília – DF

DR. PAULO NÓBREGA Farmacêutico-Química Diretor do LCCDMA Ministério da Saúde

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R. Coelho e Castro No 6 Tel.: 243-1805 Rio de Janeiro – RJ

DR. PAULO ROBERTO PINHEIRO DE MENDONÇA Engenheiro Chefe dos Serviços de Engenharia da FSESP em Alagoas Ministério da Saúde Praça dos Palmares, 232 – 6° andar – Centro Tel.: 36459 Maceió – AL

DR. PAULO HELÊNIO CARVALHO Tec. Planejamento e Pesquisa Assessor – SEMOR SEPLAN/Presidência da República SBS – Ed. BNDE Tel.: 23-2578 Brasília – DF

DR. PAULO ROBERTO HUMMEL Eng. Adm. de Empresa Coordenador pela FGV Esc. de Adm. de Empresas de S. Paulo Rua Tupi, 441 Tel.: 67-0363 São Paulo – SP

DR. PLÍNIO TEÓFILO DE AGUIAR Médico Assessor do Presidente Fundação de Serviços de Saúde Pública – Ministério da Saúde Av. Rio Branco, 251 – 12° andar Tel. 232-8066 Rio de Janeiro – RJ

DR. PEDRO DE LUCENA DIAS Médico Deputado Federal Câmara dos Deputados Brasília – DF

DR. PEDRO CALDAS DA CUNHA Médico Delegado Federal de Saúde – 8a Região Ministério da Saúde Av. Brasil, 4.036 Tel.: 260-9122 – Ramal 290 Rio de Janeiro – RJ

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368

DR. PEDRO MONTEIRO GONDIN Engenheiro Fundação Serviços de Saúde Pública – Min. da Saúde Av. Rio Branco, 251 – 12° andar Tel.: 232-8066 Rio de Janeiro – RJ

DR. PEDRO S. J. KASSAB Médico Presidente da Associação Médica Brasileira Membro do Conselho Nacional de Saúde Rua São Carlos do Pinhal, 324 Tel.: 287-0324 São Paulo – SP

DR. PAULO PINTO Médico Chefe da Seção Médico-Assistencial USIMINASRua Timbiras, 2.349 Tel.: 335-3522 Belo Horizonte – MG

DR. PEDRO VELOSO DA COSTA Médico Secretário de Saúde de Pernambuco Secretaria de Saúde Rua Oswaldo Cruz, s/n° Tel.: 22-2135 Recife – PE

DR. PEDRO CALHEIROS BONFIM Professor Universitário Presidente da L.B.A. Av. General Justo, 275 Rio de Janeiro – RJ

R

DR. RENATO C. FALCÃO Médico Assessor do Ministério da Previdência e Assistência Social Rua Pedro Lessa, 36 – 11° andar Tel.: 231-2345 Rio de Janeiro – RJ

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370

Ministério do Interior – 3° andar – SAS Tel.: 24-6709 Brasília – DF

DRA. REGINA MARIA LOTT COUTINHO DUTRA Socióloga Técnico de Planejamento Ministério da Saúde Av. Brasil, 4.036 Tel.: 260-9122 – Ramal 433 Rio de Janeiro – RJ

DR. RAYNERO DE CARVALHO MAROJA Médico Delegado Federal de Saúde da 2ª Região Ministério da Saúde Tel.: 22-5800 Rua Conselheiro Furtado, 1597 Belém – PA

DR. RONALD NIR ALONSO DA COSTA Médico – Professor Assessor da Secretaria de Serviços Médicos Ministério da Previdência e Assistência Social Palácio do Trabalho Av. Antônio Carlos Tel.: 242-8008 – Ramal 632 Rio de Janeiro – RJ

DR. RAIMUNDO RODRIGUES DA COSTA Médico Chefe do Setor Amapá – SUCAM Ministério da Saúde Av. Feliciano Coelho, 489 Tel.: 2359 Macapá – AP

DR. ROBERTO RAPHAEL WEBER Médico Diretor Geral do Departamento Nacional de Segurança e Higiene do Trabalho Palácio do Trabalho Av. Presidente Antônio Carlos, 251 – 3° andar Tel.: 232-1395 Rio de Janeiro – RJ

DR. ROBERTO MÁRIO CUNHA DA COSTA Economista-Professor Assistente Técnico do MOBRAL Rua Voluntários da Pátria, 53 – 4º andar Rio de Janeiro – RJ

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371

S

DR. SÉRGIO FRANCISCO PIOLA Médico Técnico de Planejamento IPEA/CNRHEd. do BNDE – 12° andar Tel.: 23-9317 Brasília – DF

DRA. SÔNIA DAHER Enfermeira da SAM/INPS Ministério da Previdência e Assistência Social Av. 13 de Maio, 13 – 26º andar Tel.: 224-2673 Rio de Janeiro – RJ

DR. SOLON DE CAMARGO Médico Assessor Técnico Superintendência de Campanhas de Saúde Pública Ministério da Saúde Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 – 6° andar Brasília – DF

DR. SÉRGIO RAYMUNDO NEGRÃO DE SOUZA FRANCO Médico Chefe de Gabinete do Ministro da Saúde Ministério da Saúde Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 – 4° andar Tel.: 24-3319/24-5269 Brasília – DF

DR. SANTIAGO REYES Bioquímico Repartição Sanitária Panamericana (OMS) Ministério da Saúde Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 – 3° andar Tel.: 23-0839 Brasília – DF

DR. SEBASTIÃO CABRAL Médico Secretário de Saúde do Estado do Espírito Santo Av. Beira Mar, s/n° Vitória – ES

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372

DR. SOLON MAGALHÃES VIANNA Cirurgião-Dentista Técnico de Planejamento e Pesquisa Secretaria de Planejamento da Presidência da República IPEA/CNRH Ed. do BNDE – 12° andar Tel.: 23-9317 Brasília – DF

DR. SYDNEY COSTA Economista Inspetor Geral de Finanças Ministério da Saúde Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 – 4° andar Tel.: 24-7053 Brasília – DF

DRA. SÔNIA MARIA DE SOUSA DUAILIBE Técnico em Desenvolvimento Econômico Coordenador Geral Executivo Projeto Rondon Ministério do Interior SAS – Bloco A Tel.: 24-4378 Brasília – DF

U

DRA. ÚRSULA MANNY TEIXEIRA Estatístico Técnico de Planejamento Secretaria Geral Ministério da Saúde Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 – 8° andar Tel.: 24-9605 Brasília – DF

DR. UBALDO PORTO DANTAS Médico Secretário da Saúde Secretaria de Saúde da Bahia Av. 7, n° 286 Tel.: 50064 Salvador – BA

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372

DR. SOLON MAGALHÃES VIANNA Cirurgião-Dentista Técnico de Planejamento e Pesquisa Secretaria de Planejamento da Presidência da República IPEA/CNRH Ed. do BNDE – 12° andar Tel.: 23-9317 Brasília – DF

DR. SYDNEY COSTA Economista Inspetor Geral de Finanças Ministério da Saúde Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 – 4° andar Tel.: 24-7053 Brasília – DF

DRA. SÔNIA MARIA DE SOUSA DUAILIBE Técnico em Desenvolvimento Econômico Coordenador Geral Executivo Projeto Rondon Ministério do Interior SAS – Bloco A Tel.: 24-4378 Brasília – DF

U

DRA. ÚRSULA MANNY TEIXEIRA Estatístico Técnico de Planejamento Secretaria Geral Ministério da Saúde Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 – 8° andar Tel.: 24-9605 Brasília – DF

DR. UBALDO PORTO DANTAS Médico Secretário da Saúde Secretaria de Saúde da Bahia Av. 7, n° 286 Tel.: 50064 Salvador – BA

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373

DR. ULISSES BEZERRA POTIGUAR Médico Deputado Federal Câmara dos Deputados Brasília – DF

V

DR. VICENTE CAPARELLI DE OLIVEIRA Médico Coordenador de Assistência Médica do INPS Ministério da Previdência e Assistência Social Av. 13 de Maio, 13 – 26° andar Tel.: 262-4267 Rio de Janeiro – RJ

DR. VALTERLINDO MIRANDA LOPES Advogado Assessor – D.S.I. Ministério da Saúde Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 – 9° andar Tel.: 24-9551 Brasília – DF

DR. VICENTE PINTO MUSA Médico Diretor da Divisão Técnica Superintendência de Campanhas de Saúde Pública Ministério da Saúde Av. Brasil, 4.036 – 7° andar Tel.: 260-6109 Rio de Janeiro – RJ

DR. VINÍCIUS FONSECA Economista Presidente da FIOCRUZ Fundação Oswaldo Cruz – Ministério da Saúde Av. Brasil Rio de Janeiro – RJ

DR. VINÍCIUS WAGNER Médico Sanitarista Diretor da Div. Nac. Epid. e Estatística da Saúde Secretaria Nacional de Saúde Ministério da Saúde

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374

Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 – 30 andar Tel.: 24-0847 Brasília – DF

DR. VÍTOR GOMES PINTO Cirurgião-Dentista Téc. Planejamento e Pesquisa IPEA – CNRH Ed. BNDE – 12° andar Tel.: 23-9317 Brasília – DF

DR. VALTER ANTONINHO BIANCHINI Bioquímico Secretário da Saúde de Roraima Secretaria de Saúde de Roraima Tel.: 2350 Boa Vista – RR

DR. VALÉRIO RODRIGUES Medico Deputado Federal Câmara – Gabinete 132 Tel.: 23-9893 Brasília – DF

W

DR. WALTER LESER Professor Universitário Secretário de Saúde de São Paulo Secretaria de Saúde Av. São Luis, 99 – 10° andar Tel.: 256-2747 São Paulo – SP

DR. WILLIAM E. MULDOON Chefe de Administração da Organização Pan-Americana (PAHO) Pan-American Health Organization 23 rd Street Washington, D.C. – USA

DR. WOODROW PIMENTEL PANTOJA Médico Secretário de Saúde

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375

Estado do Rio de Janeiro Av. Marechal Câmara, 350 – 3º andar Rio de Janeiro – RJ

DR. WALTER SILVA Médico Diretor da DNOSª Ministério da Saúde Esplanada dos Ministérios – Bloco 11 – 4° andar – sala 39 Brasília – DF

DR. WILSON DA COSTA FALCÃO Médico Deputado Federal Câmara dos Deputados – Gabinete 298 Tel.: 23-4248 Brasília – DF

Z

DR. ZOÊNIO MOTA GUEIROS Médico Chefe do Setor Pará da SUCAM Ministério da Saúde Av. Nazaré, 582 Tel.: 22-0456 Belém – PA

DR. ZENILDO PINTO DO NASCIMENTO Médico Chefe do Setor Rondônia da SUCAM Ministério da Saúde Av. Duque de Caxias, 592 Tel. 3471 Porto Velho – RO

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ANEXOS

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ANEXO I

PROGRAMA

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382

5 de agosto (3a feira)

11:00 – 12:00 h. – TEMA 1: SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE Dr. José Carlos Seixas Secretário Geral do Ministério da Saúde

14:00 – 15:45 h. – Documento Básico sobre o Sistema Nacional de Saúde Discussão de Grupo 16:00 – 17:00 h. Setor Saúde no II PND

Dr. Vinícius Fonseca Secretaria de Planejamento da Presidência da República

17:15 – 19:00 h. Apresentação e discussão das Conclusões dos Grupos sobre o Sistema Nacional de Saúde Plenário

19:30 – 21:30 h. Coquetel: Salão Azul do Hotel Nacional (convite especial)

6 de agosto (4a feira)

0830 – 1030 h. – Implementação do Sistema Nacional de Saúde Discussão de Grupo 11:00 – 12:00 h. – TEMA 2: PROGRAMA DE SAÚDE MATERNO–INFANTIL

Dr. João Yunes Assessor do Ministro da Saúde

14:00 – 15:45 h. – Documento Básico sobre o Programa Materno-Infantil Discussão de Grupo

16:00 – 17:00 h. – Assistência Médico Hospitalar no Brasil Hugo Vitorino Alquéres Baptista Ministério da Previdência e Assistência Social

17:00 – 18:00 h. – Apresentação e discussão das Conclusões dos Grupos sobre Implementação do Sistema Nacional de Saúde Plenário

18:00 – 19:00 h. – Apresentação e discussão das Conclusões dos Grupos sobre o Programa de Saúde Materno-Infantil Plenário

7 de agosto (5a feira)

08:30 – 09:30 h. – TEMA 3: SISTEMA NACIONAL DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA Dr. Edmundo Juarez Assessor do Ministro da Saúde

09:30 – 11:00 h. – Documento Básico sobre Vigilância Epidemiológica Discussão de Grupo

11:15 – 12:15 h. – Política Nacional de Formação de Recursos Humanos para a Saúde Dr. Edson Machado de Sousa Ministério da Educação e Cultura

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383

14:00 – 15:00 h. – TEMA 4: PROGRAMA DE CONTROLE DAS GRANDES ENDEMIAS Dr. Ernani Guilherme Fernandes da Motta Superintendente de Campanhas de Saúde Pública do Ministério da Saúde

15:00 – 16:45 h. – Documento Básico sobre Controle das Grandes Endemias Discussão de Grupo

17:00 – 18:00 h. – Política Nacional de Saneamento Básico e Ambiental Dr. Alberto Carlos de Azevedo Klumb Ministério do Interior

18:00 – 19:00 h. – Apresentação e discussão das Conclusões dos Grupos sobre o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica Plenário

8 de agosto (6a feira)

08:30 – 09:30 h. – Apresentação e discussão das Conclusões dos Grupos sobre o Controle das Grandes Endemias Plenário

09:30 – 10:30 h. – TEMA 5: EXTENSÃO DAS AÇÕES DE SAÚDE AS POPULAÇÕES RURAIS Dr. Aldo Villas Bôas Presidente da Fundação Serviços de Saúde Pública do Ministério da Saúde

10:45 – 12:15 h. – Documento Básico sobre Extensão das Ações de Saúde ás Populações Rurais Discussão de Grupo

14:00 – 15:30 h. – Apresentação e discussão das Conclusões dos Grupos sobre Extensão das Ações de Saúde às Populações Rurais Plenário

16:00 – 17:00 h. – Política Nacional de Segurança e Saúde Ocupacional Dr. Roberto Raphael Weber Ministério do Trabalho

18:00 h. – Apresentação e discussão das CONCLUSÕES FINAIS Plenário ENCERRAMENTO Exmo. Sr. Ministro da Saúde Dr. Paulo de Almeida Machado

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ANEXO II

REGIMENTO

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387

REGIMENTO ESPECIAL DA V CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAUDE

CAPÍTULO I

NATUREZA E FINALIDADE

Art. 1º – A V Conferência Nacional de Saúde, convocada pelo Decreto no 75.409, de 25 de fevereiro de 1975, tem por finalidade reunir profissionais e autoridades para o estudo e debate de temas relacionados com os principais objetivos do Governo Federal no Setor Saúde visando ao aperfeiçoamento dos programas nacionais e à integração dos órgãos participantes do Sistema Nacional de Saúde.

Art. 2º – São Participantes da V Conferência Nacional de Saúde: I –Como Delegados do Ministério da Saúde, os membros do Conselho Nacional de Saúde e

dirigentes de órgãos e entidades diretamente subordinados ou vinculados ao Ministério da Saúde.

II –Outros funcionários designados pelo Ministro da Saúde.

III –Representantes dos Ministérios integrantes do Conselho de Desenvolvimento Social.

IV –Os diretores dos serviços de saúde das Forças Armadas.

V –Secretários de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios e outras autoridades de saúde das Unidades da Federação especialmente designadas.

VI –Representantes oficiais de outros orgãos públicos de saúde, como Autarquias, Fundações e entidades para-estatais.

VII –Representantes de entidades particulares que tenham solicitado participação dentro do prazo estipulado no § 3º do art. 2º.

§ 1º – Os Participantes previstos neste artigo deverão confirmar suas presenças, devolvendo as fichas de inscrição que acompanham os convites, até o dia 27 de julho.

§ 2º – Poderão ser inscritas como Observadores quaisquer pessoas credenciadas por entidades integradas ao Setor Saúde, a critério da Comissão Organizadora.

§ 3º – Os Observadores da V Conferência deverão ser credenciados por suas entidades até o dia 27 de julho, através de carta endereçada ao "Comitê Executivo, Ministério da Saúde, 8º andar, Esplanada dos Ministérios, Brasília, DF".

§ 4º – Os profissionais de Imprensa serão credenciados mediante solicitação ao Assessor de Imprensa do Ministro da Saúde, ate o dia 27 de julho, ouvido o Comitê Executivo.

Art. 3º – A V Conferência Nacional de Saúde será realizada no período de 05 a 08 de agosto de 1975, em Brasília, Distrito Federal, utilizando o Salão de Conferências do Palácio Itamaraty.

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388

CAPÍTULO II

TEMÁRIO

Art. 4º – Constituirão o Temário da V Conferência:

1 – Sistema Nacional de Saúde

2 – Programa Materno-Infantil

3 – Vigilância Epidemiológica

4 – Controle de Grandes Endemias

5 – Extensão das Ações de Saúde às Populações Rurais (Rede de Unidades Básicas e Recursos Humanos).

CAPÍTULO III

ORGANIZAÇÃO

Art. 5º – A Conferência será presidida pelo Ministro de Estado da Saúde e, na sua ausência ou impedimento eventual, pelo Secretário Geral do Ministério da Saúde ou pelo Vice-Presidente do Conselho Nacional de Saúde.

Art. 6º – À Comissão Organizadora, designada pelo Ministro da Saúde, compete:

I –Aprovar o Programa elaborado pelo Comitê Executivo e promover a execução das atividades necessárias è realização da Conferência.

Art. 7º – Ao Comitê Executivo, designado pelo Ministro da Saúde, compete:

I –Coordenar e executar o Programa de atividades da Conferência, após aprovação da Comissão Organizadora.

II –Apresentar à Secretaria Geral do Ministério da Saúde o plano de aplicação de recursos financeiros destinados ao desenvolvimento dos trabalhos programados.

Art. 8º – São atribuições do Presidente da Comissão Organizadora:

I –Coordenar todas as atividades necessárias ao bom funcionamento da Conferência.

II –Aprovar os documentos básicos que constituem os Temas da Conferência.

III –Supervisionar as atividades da Secretaria Executiva.

IV –Convocar quando necessário, reuniões extraordinárias da Comissão Organizadora durante o transcorrer da Conferência.

V –Designar os relatores dos Temas, de comum acordo com os respectivos expositores.

VI –Assinar contratos de locação de serviços.

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Parágrafo Único – O Vice-Presidente da Comissão Organizadora auxiliará e assessorará o Presidente e, em seus impedimentos, exercerá todas as suas atribuições, inclusive a Presidência da Conferência, se for o caso.

Art. 9º – São atribuições do 1º Secretário:

I – Auxiliar o Presidente da Comissão Organizadora no planejamento das atividades da Comissão.

II –Orientar os trabalhos da Secretaria da Conferência.

III –Desenvolver contatos externos, quando necessário para contratação de serviços de terceiros.

IV –Elaborar o cronograma de trabalhos da Comissão Organizadora.

Art. 10 – São atribuições do 2º Secretário:

I –Auxiliar o Presidente da Comissão Organizadora no que se refere aos aspectos jurídicos relativos ao desenvolvimento das atividades de preparação e funcionamento da V Conferência.

II –Elaborar minutas de contratos a serem firmados envolvendo compromissos entre a V Conferência e terceiros.

Art. 11 – São atribuições do 1º Tesoureiro:

I –Auxiliar o Presidente da Comissão Organizadora no que se refere ao processamento dos gastos relativos à V Conferência.

II –Elaborar Planos de Aplicação e suas respectivas alterações.

III –Providenciar os dados para a prestação de contas dos gastos da V Conferência.

Parágrafo Único – O 2º Tesoureiro auxiliará e assessorará o 1º Tesoureiro e, em seus impedimentos, exercerá todas as suas atribuições.

Art. 12 – São atribuições do Relator Geral:

I –Orientar e coordenar os trabalhos dos Relatores de Temas na elaboração dos relatórios diários.

II –Elaborar o Relatório Final da V Conferência e apresentá-lo na Sessão de Encerramento.

CAPÍTULO IV

METODOLOGIA DA CONFERÊNCIA

Art. 13 – A V Conferência Nacional de Saúde será desenvolvida através de:

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I –Sessões Plenárias

II –Discussões por Grupos de Trabalho

Parágrafo Único – O cronograma das cerimônias de abertura e encerramento da V Conferência, bem como das atividades previstas neste artigo, será especificado no Programa Oficial da V Conferência Nacional de Saúde.

Art. 14 – Nas Sessões Plenárias serão apresentados os Temas previstos no Art. 4º e os relatórios respectivos.

Art. 15 – Após a apresentação dos relatórios em Plenário será permitida a formulação de perguntas por escrito pelos Participantes e Observadores.

Art. 16 – Os Temas referidos no Art. 4º serão discutidos em Grupos de Trabalho que apresentarão relatórios conclusivos de seus grupos.

Parágrafo Único – Os Grupos de Trabalho serão organizados pelo Comitê Executivo constituídos de no máximo, 15 Participantes, tendo cada um: Coordenador, Relator e Secretário, indicados pelos respectivos Grupos.

Art. 17 – Após a elaboração dos relatos de grupos, os Relatores constituirão 4 grupos com a finalidade de elaborarem 4 relatórios consolidados de cada Tema, para apresentação em Plenário.

Art. 18 – Os Relatores de Temas terão como atribuição acompanhar as reuniões de Grupos de Trabalho e apresentar ao Relator Geral da V Conferência o resumo das discussões dos Grupos, seus relatórios e os principais aspectos dos debates em Plenário.

CAPÍTULO V

SERVIÇOS DE SECRETARIA

Art. 19 – A Secretaria da Conferência terá por finalidade tomar todas as providências indispensáveis ao andamento dos trabalhos e, mais especificamente, de acordo com o que segue:

I –O Seminário contará com um Grupo de Recepcionistas treinadas para prestar todas as informações necessárias.

II –Os Participantes e Observadores poderão contar com recepção no Aeroporto de Brasília e transporte até o hotel, desde que confirmem suas presenças, de acordo com os §§ 1º e 3º do artigo 2º.

III –As reservas de hotéis e passagens poderão ser feitas desde que solicitadas com antecedência.

IV –No saguão contíguo ao Auditório do Itamaraty estará instalado um Balcão de Correio para atendimento aos Participantes.

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391

V –Haverá uma recepcionista encarregada de fazer as ligações telefônicas para os Participantes. As despesas com ligações interurbanas e internacionais serão pagas pelos interessados.

VI –Durante a Conferência haverá um serviço especial de passagens aéreas, instalado no saguão contíguo ao Auditório.

VII –Os Expositores e Debatedores poderão utilizar projetores de filmes ou de slides, retroprojetores, quadros e gravador. Para tanto, deverão entrar em contato com a Comissão Organizadora da Conferência com antecedência de 24 horas.

CAPÍTULO VI

PROCESSAMENTO DAS DESPESAS

Art. 20 – As despesas com a realização da V Conferência correrão à conta de recursos próprios do Ministério da Saúde, através de destaque especial na dotação orçamentária da Secretaria Geral.

Parágrafo Único – As despesas com viagens e estadias dos Participantes não se incluem neste artigo.

Art. 21 – Os trabalhos de apoio administrativo e secretariado poderão ser executados diretamente por funcionários do Ministério da Saúde ou através de contratos com pessoas físicas e/ou jurídicas especializadas.

CAPÍTULO VII

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 22 – Será expedido Certificado aos Participantes da V Conferência.

Art. 23 – Os casos omissos serão resolvidos pelo Ministro de Estado.

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ANEXO I I I

Lei no 6.229 de julho de 1975 Organização do Sistema Nacional de Saúde

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395

LEI No 6.229 – DE 17 de JULHO DE 1975

Dispõe sobre a organização do Sistema Nacional de Saúde.

O Presidente da República Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º O complexo de serviços, do setor público e do setor privado, voltados para ações de interesse da saúde, constitui o Sistema Nacional de Saúde, organizado e disciplinado nos termos desta lei, abrangendo as atividades que visem a promoção, proteção e recuperação da saúde, nos seguintes, campos de ação:

I –O do Ministério da Saúde, ao qual compete formular a política nacional de saúde e promover ou executar ações preferencialmente voltadas para as medidas e os atendimentos de interesse coletivo, cabendo-lhe particularmente:

a) Elaborar planos de proteção da saúde e de combate às doenças transmissíveis e orientar sua execução;

b) Elaborar normas técnico-científicas de promoção, proteção e recuperação da saúde;

c) Assistir o Governo na formulação da política nacional de alimentação e nutrição, inclusive quanto à educação alimentar, e, com a colaboração dos demais Ministérios diretamente envolvidos na execução dessa política, elaborar e propor à aprovação do Presidente da República o Programa Nacional de Alimentação e Nutrição, promovendo, através do Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição, a coordenação de execução, supervisão, fiscalização e avaliação de resultados;

d) Coordenar a ação de vigilância epidemiológica em todo o território nacional e manter a vigilância nas fronteiras e nos portos e aeroportos, principalmente de entrada, no País;

e) Efetuar o controle de drogas, medicamentos e alimentos destinados ao consumo humano;

f) Fixar normas e padrões pertinentes a cosméticos, saneantes, artigos de perfumaria, vestuários e outros bens, com vistas à defesa da saúde e diminuição dos riscos, quando utilizados pela população em geral;

g) Fixar normas e padrões para prédios e instalações destinados a serviços de saúde;

h) Avaliar o estado sanitário da população

i) Avaliar os recursos científicos e tecnológicos disponíveis para melhorar o estado sanitário da população e a viabilidade de seu emprego no País;

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396

j) Manter fiscalização sanitária sobre as condições de exercício das profissões e ocupações técnicas e auxiliares relacionadas diretamente com a saúde;

l) Exercer controle sanitário sobre migrações humanas, bem como sobre importação e exportação de produtos e bens de interesses da saúde.

I –O do Ministério da Previdência e Assistência Social, com atuação voltada principalmente para o atendimento médico-assistencial individualizado, cabendo-lhe particularmente:

a) Elaborar planos de prestação de serviços de saúde às pessoas;

b) Coordenar, em âmbito nacional, o subsistema de prestação de serviços de saúde às pessoas;

c) Credenciar, para integrarem o subsistema público, instituições de finalidades não lucrativas que prestem serviços de saúde as pessoas;

d) Prestar diretamente serviços de saúde às pessoas, ou contratá-los com entidades de fins lucrativos ou não, sujeitando-as à fiscalização permanente;

e) Experimentar novos métodos terapêuticos e novas modalidades de prestação de assistência, avaliando sua melhor adequação às necessidades do País;

f) Fixar, em colaboração com o Ministério da Saúde, normas e padrões para prestação de serviços de saúde a pessoas, a serem observados pelas entidades vinculadas ao Sistema;

g) Promover medidas adequadas a redução do custo dos medicamentos de maior eficácia e de comprovada necessidade para proteção da saúde e combate às doenças, inclusive subvencionando sua aquisição, ou distribuindo-os gratuitamente às classes mais pobres da população.

III –O do Ministério da Educação e Cultura, incumbido principalmente da formação e da habilitação dos profissionais de nível universitário, assim como do pessoal técnico e auxiliar necessário ao setor saúde, cabendo-lhe particularmente:

a) Orientar a formação do pessoal de saúde para atender às necessidades prioritárias da área em quantidade e em qualidade;

b) Manter os hospitais universitários ou de ensino zelando para que, além de proporcionarem elevado padrão de formação e aperfeiçoamento profissional, prestem serviços de assistência à comunidade em que se situem;

c) Orientar as universidades que incorporam a formação de pessoal para as atividades de saúde, no sentido de se capacitarem a participar do processo de avaliação e planejamento das atividades regionais de saúde;

d) Promover a integração progressiva dos hospitais e institutos de treinamento de

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pessoal de saúde no Sistema Nacional de Saúde, aparelhando-os para desempenhar as funções que lhes forem atribuídas pelo sistema e ampliando a área de treinamento pela utilização de outras instituições de prestação de serviços pessoais de saúde do Sistema Nacional de Saúde.

IV –O do Ministério do Interior, atuando nas áreas de saneamento, radicação de populações, desenvolvimento regional integrado e assistência em casos de calamidade pública, cabendo-lhe particularmente:

a) Realizar as obras de saneamento ambiental de sua responsabilidade e promover a ampliação dos sistemas de abastecimento d'agua e de esgotos sanitários, em conformidade com as prioridades dos planos de saúde e em articulação com o Ministério da Saúde;

b) Orientar a política habitacional no sentido de que, além de proporcionar acesso da população a morada adequada e confortável, observe as necessárias condições de higiene e preveja nos conjuntos habitacionais os equipamentos sociais indispensáveis à manutenção da saúde de seus moradores.

V –O do Ministério do Trabalho, quanto à higiene e segurança do trabalho, à prevenção de acidentes, de doenças profissionais e do trabalho a proteção, disciplina corporativa e política salarial das profissões de saúde cabendo-lhe particularmente:

a) Desenvolver as atividades de higiene e segurança do trabalho em consonância com as necessidades da área de saúde e tendo em vista a prioridade das ações preventivas;

b) Desenvolver programas de preparação de mão-de-obra para o setor saúde.

VI –O dos demais Ministérios cujas ações relacionadas com a saúde constituam programas específicos passíveis de medidas de coordenação pelo órgão disciplinador do sistema.

VII –O dos Estados, Distrito Federal, Territórios e Municípios, que receberão incentivos técnicos e financeiros da União para que organizem seus serviços, atividades e programas de saúde, segundo as diretrizes da Política Nacional da Saúde, cabendo assim, particularmente;

a) Aos Estados, ao Distrito Federal e aos Territórios: 1) Instituir em caráter permanente o planejamento integrado de saúde da

unidade federada, articulando-o com o plano federal de proteção e recuperação da saúde, para a região em que está situada;

2) Integrar suas atividades de proteção e recuperação da Saúde no Sistema Nacional de Saúde;

3) Criar e operar com a colaboração dos órgãos federais, quando for o caso, os serviços básicos do Sistema Nacional de Saúde previstos para a unidade federada;

4) Criar e operar as unidades de saúde do subsistema estadual, em apoio às atividades municipais;

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5) Assistir técnica e financeiramente os municípios para que operem os serviços básicos de saúde para a população local;

6) Cooperar com os órgãos federais no equacionamento e na solução dos problemas de saúde de sua área.

b) Aos Municípios: 1) Manter os serviços de saúde de interesse da população local, especialmente

os de pronto-socorro;

2) Manter a vigilância epidemiológica;

3) Articular seus planos locais de saúde com os planos estaduais e federais para a área;

4) Integrar seus serviços de proteção e recuperação da saúde no Sistema Nacional de Saúde.

Art. 2º O Conselho de Desenvolvimento Social apreciará a Política Nacional de Saúde formulada pelo Ministério da Saúde, bem como os programas de diferentes Ministérios, no que diz respeito a assuntos de saúde, com vistas a preservar as diretrizes de coordenação geral compatível, definidas nos Planos Nacionais de Desenvolvimento.

Parágrafo Único – Para fins programáticos, os planos setoriais serão classificados pelas seguintes áreas:

a) Área de ação sobre o meio ambiente, compreendendo atividades de combate aos agressores encontrados no ambiente natural e aos criados pelo próprio homem, e as que visem a criar melhores condições ambientais para a saúde, tais como a proteção hídrica, a criação de áreas verdes, o abastecimento de alimentos, a adequada remoção de dejetos e outras obras de engenharia sanitária;

b) Área de prestação de serviços a pessoas compreendendo as atividades de proteção e recuperação da saúde das pessoas, por meio da aplicação individual ou coletiva de medidas indicadas pela medicina e ciências correlatas;

c) Área de atividades de apoio, compreendendo programas de caráter permanente, cujos resultados deverão permitir: o conhecimento dos problemas de saúde da população; o planejamento das ações de saúde necessárias; a capacitação dos recursos humanos para os programas prioritários; a produção e a distribuição dos produtos terapêuticos essenciais, e outros.

Art. 3º Em relação a cada área de atuação, a União exercerá ações próprias e supletivas: I –No campo da saúde coletiva, ação própria no combate às endemias, no controle das

epidemias, nos casos de calamidade pública e nas ações de caráter pioneiro, utilizando na medida do possível a colaboração dos Estados e Municípios.

II –No campo da saúde individual, ações próprias e supletivas, de preferência conjugando os esforços e recursos da União, dos Estados e dos Municípios e das entidades privadas.

Art. 4º Na elaboração de planos e programas de saúde, ter-se-á em vista definir e estabelecer mecanismos de coordenação intersetorial, para aumento da produtividade, melhor aproveitamento de recursos e meios disponíveis em âmbito nacional, regional e local, visando a uma perfeita compa-

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tibilização com os objetivos, metas e ações dos planos de desenvolvimento do Governo Federal e com as diretrizes da Política Nacional de Saúde.

Art. 5o Os Ministérios que desempenhem atividades incluídas no Sistema Nacional de Saúde, com base no levantamento dos problemas epidemiológicos e no diagnóstico da situação de cada área do País, inclusive no que tange aos recursos físicos, humanos e financeiros disponíveis elaborarão programas regionais levando sempre em conta a participação de todos os órgãos públicos e privados que atuam na região, de modo a organizá-los segundo hierarquia técnica condizente com a área assistida e os pontos de convergência para atendimento de riscos especiais.

Parágrafo Único. As Coordenadorias Regionais de Saúde, do Ministério da Saúde, instituídas pelo Decreto no 74.891, de 13 de novembro de 1974, atuarão como unidades de apoio ao Sistema Nacional de Saúde, com vistas a conjugação de esforços para elaboração de programas regionais que integrem num todo harmônico as atividades preventivas, curativas e de reabilitação.

Art. 6º A construção ou ampliação de novos hospitais e outras unidades de saúde deverão observar obrigatoriamente os padrões mínimos fixados pelo Ministério da Saúde e visar ao preenchimento de lacunas na rede do Sistema, verificadas pelo Ministério competente referido no artigo.1º.

§ 1º – As instituições financeiras oficiais somente concederão créditos para construção, ampliação, reforma ou equipamento de unidades de saúde cujos projetos tenham sido previamente aprovados pelo Ministério competente do Sistema Nacional de Saúde.

§ 2º – Fica vedada a credenciação ou o contrato de serviços de unidades de saúde pela União, inclusive por seus órgãos da administração indireta, cuja construção se inicie após a promulgação desta Lei, sem que os respectivos projetos tenham sido previamente aprovados pelo Ministério competente referido no artigo 1º.

Art. 7º O Poder Executivo baixará os atos necessários à implementação da disciplina aprovada por esta Lei.

Art. 8º Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação revogadas as disposições em contrário.

Brasília, 17 de julho de 1975; 154º da Independência e 87º da República.

ERNESTO GEISEL Mário Henrique Simonsen Ney Braga Arnaldo Prieto Paulo de Almeida Machado João Paulo dos Reis Velloso Maurício Rangel Reis L.G. do Nascimento e Silva

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