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AS FACES DA VIOLÊNCIA COMO ENTENDER E ENFRENTAR A AGRESSIVIDADE JUVENIL Quem nunca presenciou um tumulto ou algum caso de discriminação? A violência tem muitas caras: não é apenas assalto, seqüestro e homicídio. Ela pode assumir diversas outras formas, como a destruição coletiva ou a humilhação e a perseguição individual – todas igualmente devastadoras. Às vezes é difícil identificar suas máscaras, e mais difícil ainda saber como reagir. As faces da violência apresenta histórias típicas de nosso cotidiano – aliadas a reflexões teóricas – para ajudar o leitor a compreender o comportamento dos agressores, a resignação das vítimas e a cumplicidade dos espectadores. E mais importante: mostra como enfrentar essas situações. POSSIBILIDADES PEDAGÓGICAS 1 Vivenciar pela leitura experiências de violência tanto coletiva quanto individual, identificando-se tanto com a vítima quanto com o algoz. 2 Compreender o que leva uma pessoa a participar de desordem coletiva. 3 Pensar sobre a provável razão de uma vítima se deixar perseguir sem se queixar. 4 Refletir sobre os perigos da passividade diante de uma situação de violência: aceitar a chantagem do silêncio, fingir que não percebe o sofrimento da vítima diante dos maus-tratos ou da pressão do agressor. 5 Conhecer formas de reagir diante da violência sofrida ou presenciada. 6 Valorizar os sentimentos e as emoções do cotidiano, compreendendo, como diz Erich Fromm, que: “o homem sofre gravemente se o reduzem ao estado de máquina de comer e de se reproduzir, mesmo se dispuser de toda a segurança desejável. Ele busca o drama e a emoção; se não encontra satisfação de nível mais alto, provoca para si mesmo o drama da destruição.” (p. 82) 7 Conhecer direitos e deveres legalizados no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e criados para proteger os indivíduos que ainda não têm maturidade suficiente para reagir a determinadas situações de violência explícita ou implícita. (p. 102 e 103) 8 ABORDAGENS INTERDISCIPLINARES LÍNGUA PORTUGUESA • recursos de linguagem utilizados com a intenção de aproximar a linguagem da narrativa da linguagem do jovem, o provável leitor da história: – repetição de palavras destacadas pela forma diferente da letra, acentuando o efeito de ironia: “Houve belos discursos sobre a incrível sorte dos jovens de Campo Alegre e o incrível verão que iam passar em seu incrível centro de lazer financiado pela incrível prefeitura.” (p.13)

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Page 1: As faces da violencia - Paradidádicos · A violência tem muitas caras: não é apenas assalto, seqüestro e homicídio. Ela pode assumir diversas outras formas, ... As faces da

AS FACES DA VIOLÊNCIACOMO ENTENDER E ENFRENTAR A AGRESSIVIDADE

JUVENIL

Quem nunca presenciou um tumulto ou algum caso dediscriminação? A violência tem muitas caras: não é apenas assalto,seqüestro e homicídio. Ela pode assumir diversas outras formas,como a destruição coletiva ou a humilhação e a perseguiçãoindividual – todas igualmente devastadoras. Às vezes é difícilidentificar suas máscaras, e mais difícil ainda saber como reagir.As faces da violência apresenta histórias típicas de nossocotidiano – aliadas a reflexões teóricas – para ajudar o leitor acompreender o comportamento dos agressores, a resignação dasvítimas e a cumplicidade dos espectadores. E mais importante:mostra como enfrentar essas situações.

POSSIBILIDADES PEDAGÓGICAS

1 Vivenciar pela leitura experiências de violência tanto coletivaquanto individual, identificando-se tanto com a vítima quantocom o algoz.

2 Compreender o que leva uma pessoa a participar de desordem coletiva.

3 Pensar sobre a provável razão de uma vítima se deixar perseguir sem se queixar.

4 Refletir sobre os perigos da passividade diante de uma situação de violência: aceitar a chantagem dosilêncio, fingir que não percebe o sofrimento da vítima diante dos maus-tratos ou da pressão do agressor.

5 Conhecer formas de reagir diante da violência sofrida ou presenciada.

6 Valorizar os sentimentos e as emoções do cotidiano, compreendendo, como diz Erich Fromm, que: “o homem sofre gravemente se o reduzem ao estado de máquina de comer e de se reproduzir, mesmo se dispuser de toda a segurança desejável. Ele busca o drama e a emoção; se não encontra satisfação de nível mais alto, provoca para si mesmo o drama da destruição.” (p. 82)

7 Conhecer direitos e deveres legalizados no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e criados paraproteger os indivíduos que ainda não têm maturidade suficiente para reagir a determinadas situações de violência explícita ou implícita. (p. 102 e 103)

8 ABORDAGENS INTERDISCIPLINARES

LÍNGUA PORTUGUESA• recursos de linguagem utilizados com a intenção de aproximar a linguagem

da narrativa da linguagem do jovem, o provável leitor da história:– repetição de palavras destacadas pela forma diferente da letra,

acentuando o efeito de ironia: “Houve belos discursos sobre a incrível sorte dos jovens de Campo Alegre e o incrível verão que iam passar em seu incrível centro de lazer financiado pela incrível prefeitura.” (p.13)

Page 2: As faces da violencia - Paradidádicos · A violência tem muitas caras: não é apenas assalto, seqüestro e homicídio. Ela pode assumir diversas outras formas, ... As faces da

AS FACES DA VIOLÊNCIA

• valorização do estudo da língua e da literatura: “Leandro gosta de aprender coisas, como história,gramática, literatura, etc. Os outros dizem: ‘Isso não serve para nada.’ Ele não concorda. Serve parafazer pensar, e às vezes até mesmo sonhar.” (p. 14)

HISTÓRIA• os registros históricos do uso da violência.

CIÊNCIAS• a agressividade como elemento fundamental da natureza humana ou animal, responsável pela

sobrevivência da espécie ao longo do tempo.• a importância dos estudos sobre o funcionamento do cérebro para a compreensão das causas

e do controle das reações de violência.

9 TEMAS DE CIDADANIA

SAÚDE• a saúde mental e a capacidade de reagir contra a violência.

ÉTICA• o “bullying” como forma de abuso de poder entre os jovens e o desrespeito aos direitos do outro,

bem como à sua integridade física e mental.

COMO ENTENDER E ENFRENTAR A AGRESSIVIDADE

JUVENIL