as duas fotos são a mesma foto em posições invertidas · as duas fotos são a mesma foto em...
TRANSCRIPT
As duas fotos são a mesma foto em posições invertidas:
A face que está em cima na foto A é a que está em baixo na foto B e vice versa.
As duas fotos são a mesma mas as suas duas faces não expressam o mesmo
significado, é uma foto com dupla personalidade.
É uma espécie de “bipolaridade” como, por exemplo qual é a mais simpática, a foto 1
ou a foto 2?
Independentemente da cor, como a leitura é da esquerda para a direita, na foto 1 a
boca negativa influencia mais e na Foto 2 a boca risonha é a dominante.
Foto 1 Foto 2
No caso das fotos iniciais, na verdade, estamos a falar da Monalisa, de Leonard de
Vinci:
Se se reparar no rosto, lá existem dois rostos diferentes, o lado direito mostra-nos um
perfil e o lado esquerdo mostra-nos outro... existem duas pessoas numa:
Em cada lado os “detalhes significativos” não são os mesmos:
Os olhos não têm o mesmo tamanho, têm expressões diferentes e o equilíbrio córnea-
retina difere:
A boca à direita é curta, tensa e contraída no rictos de um sorriso mas, à esquerda, é
séria, alongada e relaxada:
À direita o cabelo está solto, desformatado e “irrequieto” e cria uma moldura ao rosto
abrindo-o ao exterior e, à esquerda, está acamado, formatado e “quieto”, uma espécie
de cortina que o esconde, recatando-o do exterior:
Ou seja, a Monalisa é “dois em um”, à direita é uma pessoa e à esquerda é outra, pelo
que talvez não seja um retrato (apesar de retratar alguém) mas sim um símbolo da
mulher, oscilando entre a “mulher-amante” e a “mulher-mãe”, ou mesmo um símbolo
religioso entre a “mulher-companheira” e a mulher-mãe”.
De qualquer modo, o interessante é que o nosso córtex sem perceber a
mensagem...percebe a mensagem, simplesmente, “não nos diz”, pelo não percebemos,
não gostamos da “anomalia” ou ficamos atraídos pelo mistério ou gostamos. Como diz
o ditado [... o coração tem razões que a razão desconhece...].
Porém,
“O caminho está lá,
mas é preciso caminhar nele”
Zen
assim, “ler pintura” e/ou “ler a natureza” (como nos antigos taoístas) e descobrir o que
o nosso cérebro percebeu “obrigando-o” a dizer-nos... é uma atividade importante no
ensinar a pensar e a estudar, pois treina-se a sensibilidade ao detalhe e a criação de
significados, sendo o pensar um subproduto automático..
Normalmente sabemos mais do que julgamos saber, o que na gíria se chama intuição.
PS – O que acontece no teste inicial é que na foto A, normalmente vendo-a de cima
para baixo, a primeira referência obtida pelo córtex são os sinais do lado direito (o 1º a
ver) dominando assim a construção do significado.
Na foto B a referência dominante será o lado esquerdo, pois é o 1º a ver.