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São misturas homogêneas de duas ou mais substâncias. Nas soluções o disperso recebe o nome de soluto e o dispersante de solvente. São sistemas nos quais uma substância esta disseminada sob a forma de pequenas partículas numa segunda substância. Disperso é a primeira substância e a segunda e o Dispersante. Soluto: Em uma solução, as partículas do soluto são átomos, íons ou moléculas totalmente dissolvidas no solvente. Solvente: é aquele que dissolve o Soluto. Exemplo: água mineral Polaridade: Semelhante dissolve semelhante Uma substância polar tende a se dissolver num solvente polar e uma substância apolar num solvente apolar. Exemplo: NaCl em H 2 O (ambos são polares). I 2 em CCl 4 (ambos são apolares). De acordo com a Fase de Agregação Soluções sólidas: aliança de ouro Soluções líquidas: água mineral Soluções gasosas: ar atmosférico De acordo com a natureza do soluto Soluções moleculares: quando as partículas dispersas são moléculas, Ex: moléculas de açúcar (C 12 H 22 O 11 ) em água. Soluções iônicas: quando as partículas dispersas são íons. Ex: os íons do sal de cozinha Na + e Cl - em água. As dispersões podem ser classificadas, com base na dimensão média das partículas da fase dispersa. Quando as partículas dispersas têm até 1nm (10 -9 m) de diâmetro. Não é possível ver as partículas dissolvidas nem com microscopia eletrônica. Exemplos: Solução de sal em água; solução de açúcar em água. Colóides ou dispersão coloidal: quando as partículas dispersas têm entre 1nm e 100nm de diâmetro. São misturas que a olho nu aparentam ser homogêneas, mas na realidade não o são. Ex: sangue humano, fumaça, gelatina. Quando as partículas dispersas têm mais de 100nm de diâmetro. É possível ver as partículas a olho nu. Ex: água e areia. Observação: 1 nm (nanômetro) = 10 -9 metros 1 nm (angstron) = 1O Å = 10 -10 metros É a quantidade máxima de soluto capaz de se dissolver em uma quantidade fixa de solvente sob certas condições de temperatura e pressão. Ex: o coeficiente de solubilidade do KNO 3 em água é 31,6g de KNO 3 para 100g de H 2 O a 20ºC. 51 Mg(HCO 3 ) 2 NaHCO 3 KHCO 3 H 2 O Ca(HCO 3 ) 2

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São misturas homogêneas de duas ou mais

substâncias. Nas soluções o disperso recebe o

nome de soluto e o dispersante de solvente.

São sistemas nos quais uma substância esta

disseminada sob a forma de pequenas

partículas numa segunda substância. Disperso

é a primeira substância e a segunda e o

Dispersante.

Soluto: Em uma solução, as partículas do

soluto são átomos, íons ou moléculas

totalmente dissolvidas no solvente.

Solvente: é aquele que dissolve o Soluto.

Exemplo: água mineral

Polaridade:

Semelhante dissolve semelhante

Uma substância polar tende a se dissolver

num solvente polar e uma substância apolar

num solvente apolar. Exemplo:

NaCl em H2O (ambos são polares).

I2 em CCl4 (ambos são apolares).

De acordo com a Fase de Agregação

Soluções sólidas: aliança de ouro

Soluções líquidas: água mineral

Soluções gasosas: ar atmosférico

De acordo com a natureza do soluto

Soluções moleculares: quando as partículas

dispersas são moléculas,

Ex: moléculas de açúcar (C12H22O11) em água.

Soluções iônicas: quando as partículas dispersas

são íons. Ex: os íons do sal de cozinha Na+

e Cl-

em água.

As dispersões podem ser classificadas, com

base na dimensão média das partículas da fase

dispersa.

Quando as partículas dispersas têm até 1nm

(10-9

m) de diâmetro. Não é possível ver as

partículas dissolvidas nem com microscopia

eletrônica. Exemplos: Solução de sal em água;

solução de açúcar em água.

Colóides ou dispersão coloidal: quando as

partículas dispersas têm entre 1nm e 100nm de

diâmetro. São misturas que a olho nu aparentam

ser homogêneas, mas na realidade não o são. Ex:

sangue humano, fumaça, gelatina.

Quando as partículas dispersas têm mais de

100nm de diâmetro. É possível ver as partículas

a olho nu. Ex: água e areia.

Observação: 1 nm (nanômetro) = 10-9

metros

1 nm (angstron) = 1O Å = 10-10

metros

É a quantidade máxima de soluto capaz de se

dissolver em uma quantidade fixa de solvente

sob certas condições de temperatura e pressão.

Ex: o coeficiente de solubilidade do KNO3 em

água é 31,6g de KNO3 para 100g de H2O a 20ºC.

51

Mg(HCO3)2

NaHCO3

KHCO3

H2O

Ca(HCO3)2

Com base no coeficiente de solubilidade de

um soluto em determinado solvente se

classifica as soluções em:

(a) Solução Insaturada: Dizemos que uma

solução é insaturada, quando ela contém uma

quantidade de soluto inferior ao seu

coeficiente de solubilidade na temperatura que

se encontra a solução.

Observação: todos os pontos do gráfico que

estão abaixo da curva de solubilidade

correspondem a concentrações de soluções

insaturadas

Dependendo da quantidade de soluto em

relação à quantidade de solvente, uma solução

insaturada pode ser classificada em:

- Solução Diluída: A quantidade de soluto

dissolvida na solução é bem abaixo do

coeficiente de solubilidade.

- Solução Concentrada: A quantidade de

soluto dissolvido na solução é bem próximo

do coeficiente de solubilidade.

(b) Solução Saturada: Dizemos que uma

solução é saturada quando ela contém uma

quantidade de soluto igual ao seu coeficiente

de solubilidade na temperatura em que se

encontra a solução.

Se acrescentarmos 36,0g de NaCl a 20ºC

todo o sal irá se dissolver na água e a solução

será saturada sem a presença de corpo de

fundo.

Se acrescentarmos 38,0g de NaCl em 100g

de água a 20ºC, apenas 36,0g do sal irá se

dissolver na água e 2,0g do sal precipitará para

o fundo do recipiente. A solução obtida será

saturada com presença de corpo de fundo.

(c) Solução Supersaturada: Uma solução é

supersaturada quando contém uma quantidade

de soluto superior ao seu coeficiente de

solubilidade na temperatura que se encontra.

A solução supersaturada é instável, e a

mínima perturbação do sistema faz com que o

Excesso de soluto sofra cristalização. Nesse

caso, a solução torna-se saturada em presença

de corpo de fundo.

52

É a representação gráfica dos coeficientes de

solubilidade de uma solução em função da

temperatura

Supersaturada

Saturada

Insaturada

Temperatura/ºC

Gráfico de dissolução Endotérmica

Curva de solubilidade do KNO3 em

água em função da temperatura

160 -

140 - 120 - 100 - 80 -

60 -

40 -

20 -

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Temperatura/ºC

Quando o aumento da temperatura provoca um

aumento da solubilidade ou do coeficiente de

solubilidade. A dissolução endotérmica ocorre

com absorção de energia e é favorecida pelo

aumento da temperatura.

Gráfico de dissolução Exotérmica

Curva de solubilidade do Ca(OH)2 em

água em função da temperatura

0.200 -

0.180 - 0.160 - 0.120 - 0.100 -

0.060 -

0.040 -

0.020 -

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Temperatura/ºC

Quando o aumento da temperatura provoca

uma diminuição da solubilidade ou do

coeficiente de solubilidade. Ocorre com

liberação de energia e por isso é inibida pelo

fornecimento de energia térmica.

Gráfico de Compostos Hidratados

Curva de solubilidade Na2SO4 .10 H2O e do Na2SO4

50 - Ponto de Inflexão

40 -

30 -

20 -

10 -

Temperatura/ºC

O 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Gráfico da solubilidade

de gases em líquidos

Os gases em geral são poucos solúveis em

líquidos. Podemos tomar como exemplo lL de

água dissolve apenas 19mL de ar em

condições ambientes.

Efeito da Temperatura

A solubilidade do gás no líquido sempre

diminui com o aumento da temperatura. Por

isso os peixes não vivem bem em águas

quentes, pois tem pouco oxigênio dissolvido.

0,006 -

0,005 - O2

0.004 -

0,003 -

0,002 - N2

0,001 -

O 10 20 30 40 50

Efeito da Pressão

A pressão só influi na solubilidade de

solutos gasosos. Praticamente não influi na

solubilidade de solutos sólidos ou líquidos.

Aumentando-se a pressão sobre o gás

estaremos empurrando o gás para dentro do

líquido, portanto, a solubilidade do gás

aumenta.

Em temperaturas constantes a solubilidade de

um gás é diretamente proporcional à pressão

do gás.

Nas expressões adotamos a seguinte convenção

para diferenciar soluto, solvente e solução.

Soluto Índice (1)

Soluto Índice (2)

Solução não terá índice

n1 = Quantidade de matéria do soluto

m2 = massa do solvente

V = Volume da solução

Essa convenção está relacionada ao proce-

dimento correto em laboratório. O soluto (1) é

colocado primeiro no recipiente o solvente (2) é

acrescentado depois para complementar deter-

minado volume da solução.

1) Titulo ou Porcentagem

em massa ou volume

a) Titulo em massa: É a relação entre a massa do

soluto e a massa da solução.

b) Titulo Percentual ou Percentagem em massa:

É a relação entre o volume do soluto e o volume

da solução.

ou

c) Titulo em volume: é a relação entre o volume

do soluto e o volume da solução.

Onde V ≠ V1 + V2

Como a relação entre a massa é feita sempre

numa mesma unidade o título sempre será um

número puro e menor que a unidade, pois a

massa do soluto é sempre menor que a massa da

solução. Quando dizemos que uma solução

possui um título igual a 0,25, isso significa que a

unidade de massa do solvente é de 0,75. É um

valor que varia entre 0 e 1. Por este motivo que

geralmente é escrito na forma percentual ou

percentagem em massa do soluto.

53

m2+= m1mEm que

m1=T

+ m2

m1Logo

=T% 100 T.=T m1% 100 .

m

=TV

v1

=Tm1

m

Quando calculamos o titulo em volume, o

volume da solução (V) não é sempre igual à

soma do volume do soluto com o volume do

solvente, porque ao misturarmos água e álcool

etílico ocorre uma contração de volume, ou

seja, o volume da solução V é menor que a

soma dos volumes. Quando dizemos, por

exemplo, que uma solução de água dissolvida

em álcool etílico apresenta título em volume

igual a 0,04 ou 4% isso significa que, de cada

100 unidades de volume da solução, apenas 4

unidades de volume são de soluto nesse caso,

a água.

2) Concentração Comum ou

Concentração em g/l

A concentração em massa (C) indica a quanti-

dade de soluto (m1) que se encontra dissolvida

em um volume-padrão de solução (V).

Simplificamente podemos escrever:

Quando dizemos, por exemplo, que uma

solução possui concentração igual a 150g/L,

isso significa que em cada litro de solução, há

150g de soluto dissolvido.

3) Densidade

A densidade (d) de uma solução é a relação

entre a massa (m) e o volume (V) dessa

solução.

Simplificamente podemos escrever:

A densidade da solução é geralmente ex-

pressa em g/mL, mas também pode ser

expressa em g/L, g/cm3, etc.

Quando dizemos que uma solução apresenta,

por exemplo, densidade igual a 0,8g/mL, isso

significa que cada 1 mL da solução tem massa

igual a 0,8g.

Relação entre as expressões físicas

Observando atentamente as expressões da

concentração (C), da densidade (d) e do título

em massa (T), verificamos que é possível

relacionar todas elas numa única expressão.

54

Acompanhe:

Portanto, podemos escrever:

Portanto, podemos escrever:

Substituindo na expressão da concentração em

massa, teremos:

Se a concentração estiver expressa em g/L e a

densidade em g/mL, basta multiplicar a

densidade por 1000, pois 1L = 1000mL. Nesse

caso, temos:

C (g/L) = 1000. d (g/mL) .T

4) Concentração em quantidade de matéria

por volume, concentração molar,

concentração mol/L ou simplesmente

molaridade

É a razão entre o número de mols de soluto e o

volume de solução dado em L.

Como Então:

Unidade

Mol/L ou Molar

M = Molaridade;

n1= número de mols de soluto;

V= Volume da solução (litros);

m1= massa do soluto (gramas);

M1 ou Mol = massa molar do soluto.

Quando se diz, por exemplo, que uma solução

apresenta concentração em quantidade de

matéria igual a 2,5 mol/L, isso significa que

existem 2,5 mol de soluto a cada litro de

solução.

=Tm1

m

m1 = T m.d =

m

V

d=

mV

d=Cm

.mT .=C T d.

T m.

d

mC =C =

m1

V

n1 =m1

M1

g/LV

m1=C

d =m

Vg/mL

.VM =

m1

M1

(g)

(g/mol) (L)

(L)V=M

n1

Relação entre concentração

comum e molaridade

e

Dividindo a concentração comum pela

molaridade temos:

Simplificando a massa pelo volume

5) Fração em quantidade de matéria ou

Fração Molar

A fração em quantidade de matéria de soluto

(X1) em uma solução é a relação entre a

quantidade de matéria do soluto (n1) é a

quantidade de matéria da solução (n).

X1 = Fração molar do soluto

X2 = Fração molar do solvente

n1 = número de mols de soluto

n2 = número de mols de solvente

Por ser uma relação entre quantidades de

matéria, X1 e X2 são sempre números

adimensionais e menores que a unidade.

X1 + X2 = 1

Se uma solução é feita de dois ou mais solutos

diferentes, cada soluto terá a sua respectiva

fração em quantidade de matéria na solução.

6) Equivalente-grama (Eq-g)

Equivalente-grama para um

elemento químico

K é o nox do elemento químico em módulo

Ex: cálcio Ca E = M1/K E = 40/2 = 20g

Equivalente-grama para uma

substância simples

K é a valência do elemento que forma a

substância, multiplicada pelo número de vezes

que ele aparece na fórmula.

Ex: gás flúor F2

E = M1/K E = 38/1.2 E = 19g

Equivalente-grama de um ácido

Pode ser calculado pela razão entre a massa

molar do composto anidro (não ionizado) e o

número de hidrogênios ionizáveis.

E = Equivalente-grama

M1 = Massa Molar

K = número de hidrogênios ionizáveis

unidade eq-g

Equivalente-grama de uma base

O equivalente-grama de uma base é calculado

pela razão entre a massa molar dessa base e o

número de grupos hidróxidos, OH-1

.

E = Equivalente-grama

M1 = Massa Molar

K = número de grupos OH-1

unidade eq-g

Equivalente-grama de um sal

O equivalente-grama de um sal é calculado

pela razão entre a massa molar desse sal e a

carga total de cátion ou de ânions em módulo.

E = Equivalente grama

M1 = Massa molar

K = módulo do produto x.y

unidade eq-g

55

X1 =n1

nX1 =

n1

n2+n1

X1 =

+m1 m2

M1 M2

M1

m1

X2n2

n= X2

n2

n1 + n2=

X2 =

+m1 m2

M1 M2

m2

M2

.V

M m1

M1

C=

m1

V

V..

m1

=C M1m1

M

V.

C =m1

V

=C

M1M

.VM =

m1

M1

MM1C = .

KE

M1=

KE

M1=

KE

M1=

7) Número de equivalente-grama (eq-g)

Calcula-se o número de equivalentes-gramas

em uma massa qualquer de determinada

substância pela razão entre essa massa (m) em

gramas e a massa de 1 equivalente-grama (E)

da substância.

e = nº de equivalente grama

m = massa da substância(g)

E = 1 equivalente grama

8) Normalidade

A normalidade (N) é a relação entre o número

de equivalentes-gramas do soluto (e1) e o

volume da solução em litro (V).

Quando se diz que a normalidade, por

exemplo, possui 2,5 eq/L ou que a solução é

2,5 normal (2,5 N), isso significa que em cada

litro de solução há 2,5 equivalentes-gramas de

soluto.

Relação entre

Normalidade (N) e Molaridade (M)

e

Sabendo que:

Portanto:

Relação entre Normalidade (N) e

(C) concentração em massa

Temos que: e

Portanto: ou

56

Diluição de Soluções

Diluir uma solução significa acrescentar

solvente a essa solução de modo a

diminuir a sua concentração. A quantidade

de soluto permanece inalterada.

1 2

V2 = V1 + Vadicionado

Misturas de Soluções

Na mistura de soluções de um mesmo

soluto, sem reação química, obtemos uma

nova solução, onde a solução é intermediária

as concentrações misturadas.

A + B C

O volume final é a soma dos volumes

de todas Soluções intermediárias

Titulação

Titulação: Em geral utiliza-se um ácido para

titular uma base e vice-versa. No instante em

que ocorre a neutralização ácido-Base total

(ponto de viragem), verifica-se a mudança de

cor de um indicador (geralmente Fenolftaleína).

A = ácido B = base

n° eq-g = V. N

Na.Va = Nb.Vb

Xa.ma.Va = Xb. mb.Vb

e =m(g)

(g/eq)E

=(g)

(g/eq)N

V(L)

m1

E1 .

(L)V

e1N =

E1

m1e1 =

KE1

M1=

=N .K M

=NV(L)

m1

E1.

(L)M1

KV

m1

.N =

(L)

=N. m1

V

K

M1.

(L).VM =

m1

M1

=NV(L)

m1

E1. (L)V

m1=C

=NE1

CE1.N=C

C1 > C2

V1 < V2

m1(soluto) = m2(soluto)

C1.V1 = C2.V2

M1.V1 = M2.V2

N1.V1 = N2.V2

Cc.Vc = Ca.Va Cb.Vb +

+Nc.Vc = Na.Va Nb.Vb

Mc.Vc = Ma.Va Mb.Vb +

Propriedades coligativas das soluções

Significado: A água pura mantém temperatura

constante durante a ebulição 100ºC ao nível do

mar, o que não acontece se a ela misturarmos

sal. Nesse caso a água inicia a ebulição a

temperatura superior a 100ºC. Dizemos que a

temperatura de ebulição é uma propriedade

coligativa.

Propriedades coligativas: São aquelas que

surgem com a presença de um soluto e

dependem única e exclusivamente do número

de partículas que estão dispersas na solução,

não dependendo da natureza do soluto. Isso

significa dizer que a quantidade de partículas

que estão dispersas na solução é que irá

influenciar na intensidade das propriedades

coligativas.

Pressão máxima de vapor: É a pressão que

seu vapor exerce num recipiente fechado

quando se está em equilíbrio com o líquido, a

uma certa temperatura.

- Quanto maior a temperatura, maior a pressão

de vapor de uma substância.

- Quanto mais volátil uma substância, maior a

sua pressão de vapor, ou seja, entram em

ebulição antes.

- Maior pressão de vapor implica atingir o

ponto de ebulição mais rápido.

- Quando a pressão de vapor se iguala a

pressão externa local o líquido entra em

ebulição.

- A pressão atmosférica diminui conforme a

altitude aumenta, ou seja, quanto maior a

altitude menor a pressão atmosférica.

- O tempo de cozimento dos alimentos

aumenta quando a pressão externa diminui.

Efeitos coligativos

Tonoscopia

Abaixamento da pressão máxima de vapor

de um solvente causado pela adição de um

soluto não-volatil.

Ebulioscopia

Aumento do ponto de ebulição do solvente

causado pela adição de um soluto não-volátil.

Crioscopia

Abaixamento do ponto de solidificação do

solvente causado pela adição de um soluto não-

volátil.

Osmocopia

Pressão osmótica: Líquidos podem aparecer

separados por uma membrana semipermeável. A

membrana semipermeável é uma barreira fina

que permite a passagem de certas espécies

atômicas, mas de outras não neste caso, permite

a passagem de moléculas do solvente e do

Soluto não.

Osmose: Passagem do solvente do meio mais

diluído para o meio mais concentrado através de

uma membrana semipermeável.

Diagrama de fases

Diagrama de fases e o ponto triplo característico

de cada substância.

O ponto exato em que as curvas da variação

das temperaturas de ebulição e de solidificação

em função da pressão de vapor coincidem é

denominado ponto triplo da substância e

representa o equilíbrio entre as fases sólida,

líquida e vapor.

Exemplo: Para a água, isso ocorre quando a

pressão é igual a 4,579mmHg e a temperatura é

igual a 0,0098ºC.

760

4,579

0 0.0098 100 t/ºC

No ponto triplo coexistem as 3 fases

fase sólida fase líquida fase vapor

Na curva de sublimação coexistem as fases

fase sólida fase vapor

Na curva da solidificação coexistem as fases

fase sólida fase líquida

Na curva de ebulição coexistem as fases

fase líquida fase vapor

57

A termoquímica é a parte de uma ciência

denominada termodinâmica que estuda as

trocas de calor entre o sistema e o meio

ambiente. Desenvolvida durante uma reação

química.

» Conceitos

» Sistema: parte isolada do universo físico

cujas propriedades estão sendo estudadas.

» Fronteira: são os limites que definem o

espaço físico do sistema, separando-o do resto

do universo.

» Meio ambiente: é a porção do universo que

rodeia as fronteiras do sistema e que pode, na

maioria dos casos, interagir com o sistema.

» Calor: é a energia que é diretamente

transferida de um sistema para outro, ou entre

o sistema e o meio. Normalmente é medido

em cal ou Kcal.

» Temperatura: medida da energia cinética

média das partículas de um corpo qualquer

que estamos considerando.

Entalpia (H)

É o calor trocado a pressão constante

Variação da entalpia (ΔH)

É o calor liberado ou absorvido em uma

reação a pressão constante.

Variação de entalpia ΔH: é a diferença entre

a entalpia dos produtos e a entalpia dos

reagentes.

Reagente → Produto

↓ ↓

Inicio Fim

ΔH = H(fim) – H(inicio)

ΔH = H(produto) – H(reagente)

ΔH = HP – HR

Unidades: Caloria (cal) e Joule (J) ou em um

dos seus múltiplos como quilojoule (KJ).

1 cal = 4,18J ou 1 Kcal = 1 KJ

Classificação

As reações podem ser classificadas como

58 endotérmicas ou exotérmicas.

São aquelas que liberam energia

na forma de calor.

A + B → C + D + calor

Numa reação exotérmica, a entalpia dos

reagentes é maior do que a entalpia dos produtos

uma vez que ocorre liberação de energia.

Reação exotérmica: HR > HP

Sendo, ΔH = HP - HR

Concluímos que: ΔH < O (-)

Reação exotérmica representada em gráfico.

H

A + B

HR

AH < O C + D

HP

Caminho da Reação

São aquelas que absorvem energia

na forma de calor.

A + B + calor → C + D

Numa reação endotérmica a entalpia dos

produtos é maior que a entalpia dos reagentes

uma vez que ocorre absorção de energia.

Reação endotérmica: HR < HP

Sendo, ΔH = HP - HR

Concluímos que ΔH > O (+)

Reação endotérmica representada em gráfico.

H

C + D

HP

A + B AH > O

HR

Caminho da reação

Há um princípio fundamental da Termoquímica,

determinado por Thompsen e Berthelot (1867).

Segundo o qual:

“Dentre um conjunto de reações químicas

possíveis ocorrerá primeiro, espontaneamente,

aquela que for mais exotérmica”.

Equação Termoquímica

Como o valor do ΔH de uma reação varia

em função de vários fatores, é preciso fornecer

na equação as seguintes informações.

► As substâncias que reagem e que são

produzidas, com os respectivos coeficientes.

► A temperatura e a pressão.

► A fase de agregação (sólido-líquido-gasoso).

► A variedade alotrópica.

► A quantidade de calor que foi liberada ou

absorvida durante a reação.

Notações utilizadas

Para informar que uma reação é exotérmica

ou endotérmica, utiliza-se uma das notações

indicadas nos exemplos a seguir.

Reação exotérmica

O calor é liberado, portanto é um produto da

reação retirado dos reagentes:

2H2(g) + 1O2(g) → 2H2O(L) ΔH = - 136,6 Kcal

2H2(g) + 1O2(g) → 2H2O(L) + 136,6 Kcal

2H2(g) + 1O2(g) - 136,6 Kcal → 2H2O(L)

Reação endotérmica

O calor é absorvido, integrando aos reagentes

da reação.

4C(graf) + 1S8(romb) → 4CS2(L) ΔH= + 104,4 Kcal

4C(graf) + 1S8(romb) → 4CS2(L) -104,4 Kcal

4C(graf) + 1S8(romb) + 104,4 Kcal → 4CS2(L)

Fatores que influenciam o ΔH de uma reação

» Fase de agregação.

fase sólida < fase líquida < fase gasosa

H2 + ½ O2 → H2O(g) ΔH = - 57,8 Kcal/mol

H2 + ½ O2 → H2O(l) ΔH = - 68,3 Kcal/mol

» A forma alotrópica.

Entre as formas alotrópicas de um mesmo

elemento, há aquela mais estável e, portanto,

menos energética, e a menos estável, portanto,

mais energética. Em geral, quanto maior a

estabilidade, menor a energia e vice-versa.

C(grafite) + O2 → CO2 ΔH = - 94,0 Kcal

C(diamante) + O2 → CO2 ΔH = - 94,45 Kcal

» Temperatura: O aumento da temperatura pro-

voca um aumento da quantidade de calor

liberado.

CH4 + 2O2 → CO2 + 2 H2O

ΔH = - 210,8 Kcal/mol (20ºC)

CH4 + 2O2 → CO2 + 2 H2O

ΔH = - 212,8 Kcal/mol (25ºC)

» Quantidade de matéria.

A quantidade de calor envolvida em uma

reação é proporcional à quantidade de reagentes

e produtos que participam da reação (ou seja,

dependem da massa). Se, por exemplo,

dobrarmos a quantidade de reagentes e produtos,

a quantidade de calor irá dobrar igualmente.

1H2 + 1Cl2 → 2HCl ΔH = - 44,2 Kcal

2H2 + 2Cl2 → 4HCl ΔH = - 88,4 Kcal

» Dissolução (presença ou não de solvente)

Quando dissolvemos uma substância em um

solvente qualquer, ocorre liberação ou absorção

de energia na forma de calor.

1H2 + 1Cl2 → 2HCl(g) ΔH = - 44,2 Kcal

2H2 + 2Cl2 → 4HCl(aq) ΔH = - 80,2 Kcal

A diferença 80,2 – 44,2 = 36,0 Kcal é igual à

energia liberada na dissolução de 2 mol de HCl em água (cada 1 mol de HCl dissolvido em água

liberada 18,0 Kcal).

Entalpia Padrão (HO)

Para Toda substância simples, no estado

padrão possui entalpia (H) igual a zero.

O estado padrão obedece à seguinte condição.

► condições ambientes de 25ºC e 1 atm;

► estado alotrópico mais estável;

Variações de entalpia de uma reação

Para simplificar o estudo, classificam-se as

variações de entalpia que ocorrem nas reações

termoquímicas conforme o tipo de fenômeno

químico envolvido, a saber: ΔH de combustão,

ΔH de neutralização, ΔH de formação. Em todos

os casos, convenciona-se que o valor de ΔH

deve ser medido em condições padrão. O ΔH

para combustão, neutralização, ou formação de

1 mol de determinada substância é indicado pela

notação ΔH0.

59

Entalpia padrão de combustão

Denomina-se entalpia-padrão de combustão

a variação de entalpia, ΔH0, envolvida na

combustão completa de l mol de determinada

substância em que todos os participantes da

reação se encontram em condições padrão.

Ex: Combustão completa do metano. CH4.

1 CH4(g) + 2 O2(g) → 1 CO2(g) + 2 H2O(L)

ΔH0combustão

= -212,8 Kcal

Note que a combustão completa de qualquer

composto que possua apenas carbono e

hidrogênio ou carbono, hidrogênio e oxigênio

irá produzir sempre gás carbônico e água.

- Combustão: é a reação entre um combustível

e um comburente, liberando calor.

- combustível: pode ser qualquer substância.

- comburente: o principal deles é o oxigênio.

OBS: a combustão sempre é exotérmica.

Entalpia padrão de formação

Denomina-se entalpia padrão de formação a

variação de entalpia, ΔHf envolvida na reação

de formação de 1 mol de moléculas de

determinada substância, a partir de substâncias

simples na forma alotrópica mais estável, em

condições padrão. Ex: H2O; HCl, O3.

1 H2(g) + ½ O2 → 1 H2O(L) ΔHf = -68,3 Kcal

½ H2 + ½ Cl2(g) → 1 HCl(g) ΔHf = -22,1 Kcal

3/2 O2(g) → 1 O3(g) ΔHf = +34,0 Kcal

Pela definição de entalpia padrão de

formação, concluímos que a entalpia padrão

de qualquer substância simples, na forma

alotrópica mais estável e em condições padrão,

é zero.

Ex: H2(g) → H2(g) ΔHf = 0,0 Kcal

O2(g) → O2(g) ΔHf = 0,0 Kcal

Entalpia padrão de neutralização

Denomina-se entalpia padrão de neutralização

a variação de entalpia, (ΔHN), envolvida na

neutralização de 1 equivalente-grama de um

ácido, por um equivalente-grama de uma base,

ambos em soluções aquosas diluídas.

1HCl(aq) + 1NaOH(aq) →1NaCl(aq) + 1 H2O(L)

ΔHN = -13,8 Kcal

1HNO3(aq) + 1KOH(aq) → 1KNO3(aq) + 1 H2O(L)

60 ΔHN = -13,8 Kcal

Observe que o ΔHN de neutralização entre

ácidos fortes e bases fortes é constante e igual a

-13,8 Kcal/equivalente. Isso se justifica porque

todos os ácidos fortes e as bases fortes se

encontram praticamente 100% ionizados ou

dissociados em soluções aquosas diluídas.

Energia de Ligação

É a medida pela energia média (ΔH) que é

necessária para romper 1 mol de ligações

covalentes (simples, dupla ou tripla) entre 2

átomos de modo a obter esses átomos na fase

gasosa.

» Quebra de ligações: O processo de romper

uma ligação química é sempre endotérmico.

Ex: H – H(g) → H(g) + H(g) ΔH = +104,2 Kcal

» Formação de ligações: O processo de formar

uma ligação química é sempre exotérmico.

Ex: H(g) + H(g) → H – H(g) ΔH = -104,2 Kcal

Calculando a entalpia de formação

ΔH = ΔHP - ΔHR

Ex: Reação de obtenção do ferro a partir da

hematita: A partir das entalpias de formação

das substâncias:

ΔHf Fe2O3(S) = - 196,5 Kcal

ΔHf CO(g) = - 26,4 Kcal

ΔHf Fe(S) = 0,0 Kcal

ΔHf CO2(g) = - 94,1 Kcal

1 Fe2O3(S) + 3CO(g) → 2 Fe(S) + 3 CO2(g)

- 196,5 + 3x (-26,4) → 2x (0) + 3x (-94,1)

- 275,7 → - 282,3

ΔH = ΔHP - ΔHR

ΔH = -282,3 - (- 275,7)

ΔH = - 6,6 Kcal

Calculando a energia de ligação

O ΔH pode ser calculado através das energias de

ligação das substâncias compostas, a partir da

seguinte equação:

ΔH = ΣΔH ligações rompidas + ΣΔH ligações formadas

dos reagentes dos produtos

ΔH = ΣΔH0

reagentes + ΔH = ΣΔH0produtos

Ex: H2(g) + Cl2(g) → 2 HCl(g) ΔH = ?

H – H(g) + Cl – Cl(g) → 2 H – Cl(g)

436KJ + 242,6KJ → 2x 431,8KJ

+ 678,6 - 863,6

ΔH = ΣΔH0reagentes + ΔH = ΣΔH

0produtos

ΔH = + 678,6 + (-868,6)

ΔH = - 185 KJ

LEI DE HESS

A quantidade de calor liberada ou absorvida

numa reação química depende unicamente do

estado inicial e final da mesma e não dos

estados intermediários.

Ex: A reação de combustão incompleta do

carbono produzindo apenas CO(g):

Equação x: 2C(graf) + 1O2(g) → 2CO(g) ΔH = ?

Equação I.

1C(graf) + 1O2(g) → 1CO2(g) ΔH = -94,1 Kcal

Equação II.

2C(graf) + 1O2(g) → 2CO2(g) ΔH = - 135,4 Kcal

Obedecendo algumas regras matemáticas

podemos “manipular” as equações I e II, de

modo que ao somá-la o resultado seja a

equação x.

Na equação I devemos multiplicar toda a

equação por 2.

Importante: ao multiplicar ou dividir os

coeficientes de uma reação termoquímica por

um número qualquer, deve-se multiplicar ou

dividir o valor de ΔH dessa reação pelo

mesmo número.

Na equação II devemos inverter a reação para

que possamos obter a reação x.

Importante: Ao inverter uma reação termo-

química , deve-se trocar o sinal do ΔH, pois,

se em determinado sentido a reação libera

calor, em sentido contrário a reação terá de

absorver a mesma quantidade de calor que

havia liberado e vice-versa.

Somando-se a equação I e II, após a aplicação

das regras iremos obter a equação x.

2C(graf) + 2O2(g) → 2CO2(g) ΔH = -188,2 Kcal

2CO2(g) → 2CO(g) + 1O2(g) ΔH = +135,4 Kcal

2C(graf) + 1O2(g → 2CO(g) ΔH = - 52,8 Kcal

A Cinética Química estuda a velocidade das

reações e os fatores que a influenciam. Estuda

ainda a possibilidade de controlar essa

velocidade, tornando as reações mais rápidas ou

mais lentas.

O termo velocidade em Química não tem o

mesmo sentido que em Física ou seja, espaço

percorrido em função do tempo. Em química o

termo velocidade está relacionado a quanto uma

reação química se desenvolve mais rapidamente

ou mais lentamente.

Classificação quanto à velocidade

► Reações Lentas: Formação do petróleo.

► Reações Moderadas: Digestão dos alimentos.

► Reações Rápidas: A combustão do TNT.

Velocidade Média das substâncias

A velocidade média, Vm, calculada em função

de uma das substâncias participantes da reação é

a razão entre a quantidade consumida ou

produzida da substância e o intervalo de tempo,

Δt, em que isso ocorreu.

Vm = Velocidade média a reação em função de

qualquer substância participante.

Δ|substância| = variação da concentração molar.

Δt = intervalo de tempo. Δt = tfinal - tinicial

Velocidade Média da reação

A velocidade média da reação é o módulo da

velocidade de consumo de um dos reagentes, ou

da velocidade de formação de um dos produtos,

dividido pelo respectivo coeficiente da

substância na equação da reação corretamente

balanceada.

Se considerarmos a equação genérica:

aA + bB → cC + dD

OBS: Podem ser expressas também em variação

de massa Δm, variação de quantidade de matéria

Δn, ou em variação de pressão Δp.

61

Vm = Quantidade

t

[A]

t

- =Vm =a

=Vm =-

t

[B]

b

[D]

t=Vm=Vm =

t

[C]

c d

+ +

Gráfico: Velocidade da Reação

Antes que uma reação tenha início, a

quantidade de reagentes é máxima e a

quantidade de produtos é zero. À medida que a

reação se desenvolve, os reagentes vão sendo

consumidos e, portanto, a quantidade de

reagentes vai diminuindo até se tornar mínima

(ou eventualmente zero). Ao mesmo tempo, os

produtos vão sendo formados. Logo, a

quantidade de produtos, que no inicio é baixa

começa a aumentar, até que no final da reação,

se torna máxima.

produtos

reagentes

Gráfico da velocidade em função do tempo

para uma reação genérica:

Condições fundamentais para que ocorra

uma reação química

Há duas condições que são fundamentais

(embora não sejam suficientes) para que uma

reação química possa ocorre:

► Contato entre os reagentes (colisão efetiva)

► Afinidade química

Além disso é necessário que as partículas

(moléculas,íons) dos reagentes colidam entre

si, e a colisão entre as partículas dos reagentes

deve ocorrer numa orientação favorável, com

energia suficiente para romper as ligações

existentes.

Teoria das colisões: Quanto maior o número

de colisões efetivas maior será a velocidade da

reação.

62

Energia de ativação (Ea)

É a quantidade mínima de energia necessária

para que ocorra uma reação. Ex: faísca elétrica.

Complexo ativado

Estado intermediário ou estado de transição

formado entre reagentes e produtos, cuja

estrutura existe ligações fracas nos reagentes

permitindo a formação de novas ligações

ocorrendo assim à formação dos produtos.

Gráfico da Reação Endotérmica

Complexo ativado

Produtos

Ea

Reagentes ΔH > 0

caminho da reação

Gráfico da Reação Exotérmica

Complexo ativado

Reagentes Ea

ΔH < 0

Produtos

caminho da reação

OBS: Quanto menor a Ea maior a velocidade da

reação e vice-versa.

Fatores que influenciam a

velocidade da reação

► Superfície de Contato: Em reações das quais

participa um sólido, a velocidade será tanto

maior quanto maior for à superfície de contato

desse sólido.

► Temperatura: Quanto maior a temperatura,

maior a energia cinética das moléculas

reagentes, aumentando o número de colisões,

portanto maior a velocidade de reação.

Regra de Vant’Hoff

Um aumento de 10ºC faz com que a

velocidade da reação dobre.

Temperatura 5ºC 15ºC 25ºC

Velocidade V 2V 4V

►Concentração dos reagentes: Quanto

maior o número de partículas de reagente por

unidade de volume, maior a chance de haver

colisão efetiva entre essas partículas e maior a

velocidade da reação.

►Pressão: A pressão só provoca a variação

na velocidade de uma reação onde exista pelo

menos um reagente gasoso. Caso esta

condição exista, o aumento da pressão provoca

a redução no volume do sistema, provocando

um aumento na concentração dos reagentes, o

que aumenta a velocidade da reação.

►Natureza dos reagentes: Reações que

envolvem a separação de muitos átomos

tendem a ser mais lentas e as que envolvem a

separação de poucos átomos tendem a ser mais

rápidas. Exemplos:

Reação muito lenta a 20ºC

1C3H6(s) + 5O2(g) → 3CO2(g) + 4 H2O(v)

Reação muito rápida a 20ºC

1HCl(aq) + 1NaOH(aq) → 1NaCl(aq) + 1 H2O(L)

►Luz e Eletricidade: Muitas reações só são

ativadas na presença de luz (reações

fotoquímicas) ou de eletricidade (eletrólise).

Quanto maior o fornecimento de luz e de

eletricidade maior a velocidade das reações.

* Fotossíntese

6CO2 + 6H2O Luz C6H12O6 + 6O2

clorofila

* Fotólise

2H2O(L) faísca 2H2(g) + O2(g)

►Catalisador: o catalisador é uma substância

que interage com os reagentes fornecendo um

caminho mais fácil para que a reação se

efetive. Todo catalisador possui em comum as

seguintes características:

- Não sofre alteração permanente na sua massa

ou na sua composição, ele será integralmente

recuperado no final da reação.

- A ação catalítica só é possível quando existe

afinidade química entre os reagentes. Isso

significa que não há catalisador que faça ocorrer

uma reação não espontânea, por exemplo, a água

reagir com o monóxido de carbono.

- Se a reação for reversível, os produtos reagem

entre si formando novamente os reagentes.

reação direta

Reagentes Produtos

reação indireta

A adição de um catalisador irá aumenta

igualmente as velocidades das reações direta e

inversa não alterando o ΔH das reações.

Podemos representar graficamente

a ação de um catalisador.

Gráfico da Reação Endotérmica

Sem

Com catalisador

catalisador

Ea

caminho da reação

Gráfico da Reação Exotérmica

Com Sem

Catalisador Ea catalisador

caminho da reação

Catálise

São reações que ocorrem na presença de

catalisadores tais como:

Metais (Co, Ni ,Pd ,Pt), óxidos metálicos Al2O3

Fe2O3,V2O5, ácidos,bases, enzimas.

Catálise homogênea

Quando o catalisador forma com os reagentes

um sistema monofásico.

NO2(g)

2 SO2(g) + 1O2(g)

2SO3(g)

63

Catálise heterogênea

Nesse tipo de reação, os reagentes e o

catalisador formam um sistema com mais

de uma fase.

V2O5(S)

2SO2(g) + 1O2(g) 2SO3(g)

Autocatálise

É um tipo de reação na qual um dos produtos

reage como catalisador.

Ex: reação entre cobre metálico e ácido nítrico

catalisada pelo monóxido de nitrogênio que é

um dos produtos da reação:

3Cu + 8HNO3 → 3Cu(NO3)2 + 4H2O + 2NO

Outros conceitos

- Inibidor: também chamado de catalisador

negativo, é a substância que diminui a

velocidade de uma reação. Ex: o nitrito de

sódio, NaNO2(s) diminui a velocidade da

reação de decomposição das carnes.

- Ativador: também chamado de promotor do

catalisador, é a substância que intensifica o

efeito do catalisador que sozinha, não

exerceria nenhum efeito sobre a reação.

Ex: a fabricação da amônia que utiliza o ferro

como catalisador e é ativada pelo óxido de

potássio K2O(s) e óxido de alumínio Al2O3(S).

- Veneno do catalisador: é a substância que

diminui ou mesmo anula o efeito do

catalisador. Ex: Arsênio As(s) anula a ação

catalítica da platina.

- Catálise enzimática: Algumas reações

que seriam lentas em um tubo de ensaio

ocorrem rapidamente em organismos

vivos pela presença de catalisadores deno-

minados enzimas. Também chamados de

catalisadores biológicos, as enzimas são

moléculas de proteínas com grande massa

molar. A ação de uma enzima é altamente

específica, ou seja, geralmente cada

enzima catalisa uma única reação.

Ex: A enzima maltase catalisa apenas o

processo de transformação da maltose em

glicose.

maltase

C12H22O11 + H2O 2C6H12O6

maltose glicose

64

A LEI DA AÇÃO DAS MASSAS DE

GULDBERG E WAAGE

Condisere a equação genérica, corretamente

balanceada abaixo:

aA + Bb → cC + dD

A velocidade dessa reação pode ser calculada

pela equação:

V = K.[A]a . [B]

b

Na qual K é uma constante que só depende da

temperatura.

Reação elementar: Quando uma reação química

se desenvolve em uma única etapa.

H3O+1

(aq) + OH-1

(aq) → 2 H2O(L)

V = K. [H3O+].[ OH

-1]

Reação não elementar: Quando a reação se

desenvolve em duas ou mais etapas distintas, a

velocidade da reação depende apenas da

velocidade da etapa lenta.

A etapa lenta é a etapa

determinante da velocidade da reação

Etapa I H2 + 2NO → N2O + H2O (lenta)

Etapa II H2 + N2O → N2 + H2O (rápida)

2H2 + NO → N2 + 2H2O

A velocidade da reação será determinada pela

velocidade da etapa I, que é a etapa lenta.

V = K.[H2].[NO]2

Ordem de uma reação: Chamamos de ordem

de uma reação à soma de todos os expoentes que

aparecem na expressão da velocidade da reação.

V = K.[H2].[NO]2

Ordem da reação: 1+ 2 = 3 (3ª ordem)

Ordem da reação em relação ao H2: 1ª ordem

Ordem da reação em relação ao NO: 2ª ordem

Isso significa que se dobrarmos a concentração

de H2(g) e mantivermos a concentração do NO(g)

constante, a velocidade da reação dobra.

Por outro lado, se dobrarmos a concentração de

NO(g) e mantivermos constante a concentração

do H2(g) a velocidade da reação quadruplica.

Muitas das reações químicas, realizadas em

determinadas condições são reversíveis, nos

quais os reagentes dão origem a produtos e os

produtos reagem entre si, reconstituindo os

reagentes.

Reações irreversíveis: Queima de um fósforo.

Reações reversíveis: H2O(s) ↔ H2O(L)

O equilíbrio químico ocorre em:

► Sistema fechado: Não há troca de matéria

com o meio ambiente.

► Temperatura constante: Não há troca de

energia com o meio ambiente.

Ex: reação realizada em ambiente fechado e a

pressão constante.

Reação direta

H2(g) + CO2(g) H2O(L) + CO(g)

Reação indireta

Característica do equilíbrio

1ª) Velocidade direta = Velocidade indireta

No equilíbrio químico no inicio da reação,

têm-se apenas as substância reagentes. A

quantidade de produtos é igual a zero. A

reação inicia-se e a velocidade da reação direta

é máxima, pois a concentração de reagentes é

máxima. Os produtos vão sendo formados. A

reação inversa inicia-se. Em certo instante, as

velocidades das reações direta igualam-se e o

equilíbrio é atingindo.

2ª) O equilíbrio é dinâmico

As propriedades macroscópicas de um siste-

ma em equilíbrio químico, permanecem cons-

tantes. As propriedades microscópicas de um

sistema em equilíbrio tais como transformação

de uma substância em outra, permanecem em

evolução, ou seja, não para.

3ª) As concentrações permanecem constante

No inicio da reação, a concentração dos

reagentes é máxima com o passar do tempo, a

concentração dos reagentes vai diminuindo e a

dos produtos aumentando, até atingir o tempo

de equilíbrio e as concentrações de reagentes e

produtos se estabilizarem.

Gráfico da Velocidade x Tempo

Velocidade

Reagentes (Velocidade direta) = V1

V1 = V2 ≠ 0

Produtos (Velocidade indireta) = V2

te Tempo

OBS: A adição de um catalisador em um sistema

em equilíbrio químico aumenta igualmente as

velocidades das reações direta e inversa, sem

favorecer nenhuma das reações.

Gráfico da Concentração x Tempo

[ ] mol.L-1

[Reagentes] = [Produtos]

te Tempo

[r] = [p]

Reação direta

Reagentes Produtos

Reação indireta

[ ] mol.L-1

[Reagentes] > [Produtos]

te Tempo

[r] > [p]

Reação direta

Reagentes Produtos

Reação inversa

[ ] mol/L-1

[Reagentes] < [Produtos]

te Tempo

[r] < [p]

Reação direta

Reagentes Produtos

Reação inversa

65

onstante em termos de Concentração

Dada a equação genérica

V1

aA + bB cC + dD

V2

V1 = K1. [A]a. [B]

b

V2 = K1. [C]c. [D]

d

Sabendo que no equilíbrio V1 = V2

K1. [A]a. [B]

b = K2. [C]

c. [D]

d

Isolando as constantes K1/K2

K1 = [C]c. [D]

d

K2 = [A]a. [B]

b

Convencionou-se chamar K1/K2 = K

Genericamente, temos:

Kc = [PRODUTO]

[REAGENTE]

Ex: N2(g) + 3H2(g) ↔ 2NH3(g)

- Na expressão do Kc não entra sólido

somente substâncias que se encontram no

estado líquido e gasoso.

Constante em termos de

ressão parcial

A definição da constante de equilíbrio em

termos de pressão parcial, Kp, é análoga à

definição de Kc.

Dada a reação genérica:

V1

aA + bB cC + dD

V2

66

Exemplo: N2(g) + 3H2(g) ↔ 2NH3(g)

- Na expressão de Kp só entram gases,

pois a pressão parcial de sólidos e líquidos é

desprezível.

- A constante de equilíbrio é característica de

cada reação e também da temperatura, ou seja, o

valor de Kc ou de Kp para uma mesma reação,

só irá variar se a temperatura variar.

- Um valor alto de Kc ou de Kp indica que a

quantidade de produtos é alta em relação à

quantidade de reagentes, sendo assim, o

equilíbrio tende para a direita, ou seja, no

sentido de formação dos produtos.

Relação entre Kc e Kp

Kp = Kc . (R.T)Δn

Kp = constante de pressões parciais

Kc = constante de concentrações molares

R = constante universal (0,082 atm.L.mol-1

.k-1

)

T = temperatura absoluta (Kevin)

T/K = T/ºC + 273

Δn = (nº de mol produtos ) - (nº de mol reagente)

Exemplo: N2(g) + 3H2(g) ↔ 2NH3(g)

Δn = 2 – (1+3) → Δn = -2

Grau de equilíbrio (α)

Denomina-se grau de equilíbrio α de uma

reação química em relação a um reagente o

quociente entre a quantidade de matéria

consumida desse reagente e a quantidade de

matéria que havia no inicio.

α =

ou

α =

Ex: Na reação A(g) + B(g) ↔ C(g) + D(g) temos no

inicio da reação 50 mol de A e, ao chegarmos ao

equilíbrio, ainda sobram 20 mol de A sem

reagir, isso indica que reagiram:

50 – 20 = 30 mol

α = 30 ÷ 50 = 0,6

É comum expressar α em porcentagem, logo no

exemplo citado teríamos α = 60%.

Kc =[NH3]

[H2][N2]

2

.3

=. 3

Unidade(mol/L)2

(mol/L)(mol/L)

2(mol/L)=-

=.

Kc( )pC c

. pD( )d

( )pBpA( )a b

=. 3

22(atm)

=Kc( )pNH3

.( )( )pN2 pH2 (atm)(atm)=

3(atm)-2

quantidade de matéria consumida

quantidade de matéria inicial

quantidade de matéria que sofreu dissociação

quantidade de matéria inicial

Quando um sistema de reação atinge o

equilíbrio químico, ele tende a permanecer

dessa maneira indefinidamente, desde que não

seja perturbado por algum fator externo, que

pode ser uma mudança na concentração das

substâncias participantes da reação, na pressão

ou na temperatura. Le Chatelier, estudando o

comportamento de sistemas em equilíbrio

químico quando sujeitos à variação de um

desses três fatores, chegou à conclusão

experimental.

Quando se provoca uma perturbação

sobre um sistema em equilíbrio, este se

desloca no sentido que tende a anular essa

perturbação, procurando se ajustar a um

novo equilíbrio.

Fatores que deslocam o equilíbrio

» Concentração

► Quando aumentamos a concentração de um

lado da reação, deslocamos o equilíbrio para o

lado oposto.

► Quando reduzimos a concentração de um

lado da reação, deslocamos o equilíbrio para o

mesmo lado.

» Pressão

► Quando aumentamos a pressão sobre o

sistema o equilíbrio é deslocado no sentido do

maior número de mols gasosos para o menor.

► Quando reduzimos a pressão sobre o

sistema, o equilíbrio é deslocado no sentido do

menor número de mols gasosos para o maior.

» Temperatura

► Quando aumentamos a temperatura de um

sistema, favorecemos a reação endotérmica,

deslocando o equilíbrio no sentido da mesma.

► Quando reduzimos a temperatura de um

sistema, favorecemos a reação exotérmica,

deslocando o equilíbrio no sentido da mesma.

A reação direta é exotérmica

e a reação inversa é endotérmica.

Influencia do Catalisador

O catalisador faz com que o equilíbrio seja

atingido mais depressa, mas não o desloca no

sentido de nenhuma das reações.

Equilíbrio Iônico é um caso particular de

equilíbrio químico onde aparecem íons.

Como em qualquer equilíbrio, aqui também

serão definidos um α e um K, que agora recebem

nomes definidos:

α = Grau de ionização ou dissociação iônica.

Ki = Constante de ionização ou dissociação iônica.

ÁCIDOS

Considere, por exemplo, a reação reversível de

ionização de um ácido genérico:

A expressão de kc para essa reação é:

Como a água também atua como solvente,

podemos considerar sua concentração prati-

camente constante e incluir o valor [H2O] no

valor do kc.

Se chamarmos kc.[H2O] = Ki

No caso dos ácidos Ki = ka

BASES

Da mesma maneira como definimos cons-tante

de ionização para ácidos, podemos fazê-lo para

bases fracas.

No caso das bases Ki também é simbolizado por

Kb.

Observações sobre ácidos e bases

» Quanto maior for o valor de Ka, maior a

ionização do ácido; portanto, maior a sua força e

vice-versa.

» Quanto maior o valor de Kb, maior a

dissociação da base; portanto, maior a sua força

e vice-versa.

» Os valores de ka e Kb assim como os valores

de Kc só dependem da temperatura.

67

Kc =[H3O

+]

[H2O][HA]

[A-]

.

.

Kc =[H3O

+]

[H2O][HA]

[A-]

..

.[A-]

[HA]

[H3O+]

=Ka

HA + H2O H3O+

+ A-

BOH + H2O B+

+ OH-

. [OH-]

[BOH]

[B+]

=Kb

ÁGUA

Produto Iônica da água

Sabe-se que a água sofre auto-ionização em

escala muito pequena, ou seja, a água é um

eletrólito fraco que apresenta valores baixos

de α e de kc o que significa a baixa

condutibilidade elétrica da água pura.

Equação que representa a auto ionização da

água

2H2O(L) ↔ 1H3O+

+ 1OH-

Expressando kc para essa reação, temos:

Simplificando: H2O(L) ↔ H+

(aq) + OH-(aq)

Como a auto-ionização da água é extrema-

mente pequena, podemos considerar a concen-

tração em quantidade de matéria da água

praticamente constante e, desse modo, embutir

seu valor de kc.

Kc . [H2O] = [H+] . [OH

-]

O produto [H+].[OH-] é denominado produto

iônico da água e é simbolizado por kW

(W = Walter, água).

kW = [H+].[OH

-]

10-14

= 10-7

. 10-7

Assim como o Kc e Ki, o produto iônica da

água, Kw, só varia com a temperatura.

Dentro deste contexto, definem-se o meio

neutro, ácido e básico.

Neutro

[H+] = [OH

-]

[H+] =10-7

Ácido

[H+] > [OH

-]

[H+] >10-7

Básico

[H+] < [OH

-]

[H+] <10-7

68

► Potencial Hidrogeniônico (pH)

pH = - log [H+]

► Potencial hidroxiliônico (pOH)

pOH = - log [OH-]

Assim se Kw = 1,0 x 10-14

podemos afirmar:

pH + pOH = 14

Escala de pH e pOH

Neutro

Ácido Básico

Indicadores

São substâncias orgânicas que mudam de cor

na presença de ácido ou base.

Peagâmetro

Aparelho que medem a

condutividade elétrica da

solução e possuem uma

escala já graduada em

valores de pH.

Nas piscinas, para controle

de pH, se usam aparelhos

menos sofisticados.

Indicadores Meio ácido Meio básico

Fenolftaleina Incolor Vermelho

Papel Tornassol Vermelho Azul

Metilorange Vermelho Laranja

Azul de bromotimol Amarelo Azul

Kc = .

[H2O]

[OH-][H

+]

[OH-][H3O

+]

[H2O]

.Kc =2

Deslocando equilíbrios ácido-base

Por envolverem a presença de íons, os

equilíbrios ácido-base pertencem à categoria

dos equilíbrios iônicos. Um equilíbrio iônico

pode ser deslocado para um dos lados por

meio da remoção ou adição de algum íon

presente na solução.

Por exemplo: Considere a dissolução em

meio ácido dos sais cromato de potássio,

K2CrO4(S) que forma solução de cor amarela,

e dicromato de potássio, K2Cr2O7(S) que

forma solução de cor laranja, representada

pela equação iônica.

Se adicionarmos um ácido como o ácido

clorídrico ao sistema ele irá se ionizar

formando o íon hidrônio.

1HCl + 1H2O ↔ 1H3O+ + 1Cl-

O equilíbrio, então irá se deslocar no

sentido da reação direta, de modo a

consumir o excesso de íons H3O+.

A coloração final do sistema é diferente da

coloração inicial porque, a concentração de

cada íon no equilíbrio foi alterada.

Se adicionarmos no sistema uma base

como, por exemplo, o NaOH o equilíbrio se

deslocará para o sentido inverso de modo a

repor os íons H3O+.

Efeito do íon comum

É o deslocamento da posição de equilíbrio

de um eletrólito, causado pela adição de um

segundo eletrólito possuidor de um íon

comum com o primeiro.

Exemplo: HF(aq) ↔ H+

(aq) + F-(aq)

Adicionando NaF à solução, ocorrerá a

dissociação do sal.

NaF(S) + H2O(L) ↔ Na+

(aq) + F-(aq)

Os dois processos possuem o íon fluoreto,

ou seja, F- é comum ao ácido e ao sal.

HF(aq) H+ + F

-

De acordo com o princípio de Le Chatelier é

possível prever que a adição de F- deslocará

o equilíbrio do ácido para a esquerda.

Solução Tampão

Denomina-se solução-tampão a solução que

praticamente não sofre variação de pH ou de

pOH pela adição de pequenas quantidades de

ácidos fortes ou de bases fortes.

Há dois tipos de soluções-tampão mais comuns:

► Um ácido fraco e um sal dele derivado.

HCN e NaCN (ânion comum CN-)

► Uma base fraca e um sal dela derivado.

NH4OH e NH4Cl (cátion comum NH4+)

O sangue é um exemplo de solução-tampão cujo

pH se mantém praticamente constante e igual a

7,4 mesmo quando ingerimos pequenas

quantidades de ácidos fortes ou bases fortes.

Hidrólise de Sais

Hidrólise de um sal é a reação entre o sal e água

produzindo o ácido e a base correspondentes.

SAL + ÁGUA ↔ ÁCIDO + BASE

Considerações importantes:

► Sal: Se dissocia muito (é iônico)

► Água: Se ioniza muito pouco (é molecular)

► Somente sofrem hidrólise os sais solúveis que

liberam seus íons para reagir com a água

formados por um cátion proveniente de uma

base fraca e/ou um ânion proveniente de um

ácido fraco. Sais formados pela reação entre um

ácido forte e uma base forte não sofrem

hidrólise.

1. Sal de ácido fraco e base fraca.

» caráter neutro

Ex: NH4CN

2. Sal de ácido fraco e base forte.

» caráter básico (alcalino)

Ex: NaCN

3. Sal de ácido forte e base fraca.

» caráter ácido

Ex: NH4Cl

4. Sal de ácido forte e base forte.

» não ocorre a Hidrólise

» caráter neutro

Ex: NaCl

69

CrO4-2

tende para o laranja

tende para o amarelo

++ 2 H3O+ Cr2O7

-23H2O

Amarelo Laranja

Kw

Ka Kb.Kh =

Kw

KaKh =

Kw

KbKh =

Produto de Solubilidade (KPS,KS,PS)

Ocorrem em soluções saturadas de sais

pouco solúveis, onde existe um equilíbrio

químico entre a solução e o precipitado

(equilíbrio Heterogêneo).

O estudo de compostos poucos solúveis é

fundamental a várias situações ligadas a

saúde das comunidades. Exemplo:

Al(OH)3 O hidróxido de alumínio, um

precipitado branco e gelatinoso, bastante

utilizado no tratamento de águas para as

cidades.

BaSO4 O sulfato de bário, devido a sua

pouca solubilidade ele é aproveitado em

exames do sistema gastro-intestinal, para

formar contrastes em raios x.

Vamos analisar o cloreto de prata,AgCl,

que precipita facilmente a partir de uma

mistura de nitrato de prata, AgNO3, e cloreto

de sódio NaCl.

Note que deve haver um equilíbrio dinâmico

entre os íons do sólido e os íons dissolvidos.

1: dissolução

2: precipitado

Temos então, a expressão da constante de

equilíbrio.

Lembre-se, porém que nessa expressão

devemos considerar como constante a

concentração molar dos participantes sólidos

assim temos: Precipitado → [Ag+].[Cl

-] = k’

Logo AgCl(S) ↔ Ag+

(aq) + Cl-(aq)

KPS = [Ag+].[Cl

-]

Outro exemplo:

Equilíbrio

Produto de solubilidade: É o produto das

concentrações em mol/L dos íons existentes

numa solução saturada, estando cada con-

centração elevada à potência igual ao

coeficiente do íon na equação de dissolução

iônica correspondente.

70

Cálculo do KPS

Ex: Cloreto de prata sólido, AgCl, é adicionado

em água pura a 25ºC. O sistema é deixado em

repouso por alguns dias, para que se tenha

certeza de que foi atingido o equilíbrio entre o

sólido e os íons Ag+ e Cl

- em solução. Qual o

KPS do cloreto de prata.

1,34.10

-5mol/L 1,34.10

-5 mol/L

AgCl(s)

A expressão do KPS é [Ag+].[Cl

-]

Substituindo na expressão os valores

apresentados temos:

KPS = [1,34.10-5

].[1,34.10-5

] = 1,8.10-10

Outro exemplo: Suponha a concentração da

solução igual a 1 mol/L, qual o valor de KPS?

Ca3(PO4)2(S) ↔ 3Ca2+

(aq) + 2PO42-

(aq)

1 mol/L 3 mol/L 2 mol/L

Portanto:

KPS = [Ca2+

]3.[PO4

2-]

2 » (3mol/L)

3. (2mol/L)

2

KPS = 108 (mol/L)5

OBS: BA ↔ B+ + A

-

» quando [B+].[A

+] < solução insaturada

» quando [B+].[A

+] = solução saturada

» quando [B+].[A

+] > solução super saturada

» quanto menor o valor de KPS de um eletrólito,

menos solúvel será esse eletrólito e vice-versa.

Introdução a eletroquímica

A eletroquímica estuda o aproveitamento

prático do fenômeno de transferência de elétrons

entre diferentes substâncias para converter

energia química em energia elétrica e vice-versa.

A conversão de energia química em energia

elétrica é um processo espontâneo, denominado

pilha ou célula galvânica.

A conversão de energia elétrica em energia

química é um processo não-espontâneo, deno-

minado eletrólise.

+(S) (aq)(aq)BaSO4 Ba SO4-2+2

KPS = [Ba ].[ ]SO4-2+2

K=[AgCl]

[Ag+].[Cl

-]

[Ag+].[Cl

-]=PSKK.K' =

[AgCl]K=

[Ag+].[Cl

-]

(aq) (aq)(S)2

1

+ Cl-

Ag+

AgCl

Cl-Ag

+

Pilha: Processo espontâneo

Eletrólise: Processo não-espontâneo

Processo espontâneo: É aquele que ocorre

naturalmente. Ex: combustão da madeira.

Processo não-espontâneo: Necessita de um

fornecimento constante de energia.

Ex: Empurrar um carro ladeira acima.

Em 1791 Luigi Galvani estava dissecando

uma rã e amarrou um de seus nervos a um

fio de cobre. Acidentalmente o fio tocou

uma placa de ferro e a rã morta entrou em

violentas convulsões. Galvani não soube

explicar o fato.

O cientista italiano Alessandro Volta certa-

mente não imaginava a enorme agitação que

iria provocar no mundo científico quando

em, 1800, empilhou alternadamente discos

de zinco e de cobre, separando-os por

pedaços de tecido embebidos em solução de

ácido sulfúrico. A pilha de Volta, como

ficou conhecida produzia energia elétrica

sempre que um fio condutor era ligado aos

discos de zinco e de cobre, colocados nas

extremidades da pilha. Volta apresentando a

sua pilha a Napoleão Bonaparte diante dos

membros da Academia de Ciências em

1801. Dessa data em diante, todos os

aparelhos que produziam eletricidade a

partir de processos químicos passaram a ser

chamados de celas voltaicas ou, simples-

mente, pilhas.

PILHA DE DANIELL

anôdo R cátado

(-) (+)

Zn Cu

ZnSO4 CuSO4

Em 1836, Jonh Frederic Daniell construiu

uma pilha diferente, substituindo as soluções

ácidas utilizadas por Alessandro Volta que

produziam gases tóxicos por soluções de

sais, tornando as experiências com pilha

menos arriscadas.

Eletrodos da pilha: ânodo [-] e cátodo [+]

► Ânodo ou pólo negativo da pilha: é o eletrodo

de onde saem os elétrons, no qual ocorre

oxidação. No esquema, o zinco metálico da

placa doa 2 elétrons que “correm” pelo fio

condutor em direção ao eletrodo de cobre e se

transforma em cátion zinco, Zn+2

(aq) que passa a

fazer parte da solução.

► Cátodo ou pólo positivo da pilha: é o eletrodo

para onde vão os elétrons, no qual ocorre

redução. No esquema, o cátion cobre, Cu2+

(aq)

que estava em solução, recebe os 2 elétrons

doados pelo zinco que vieram pelo fio condutor

até a placa de cobre e se transforma em Cu(S),

que passa a fazer parte da placa metálica.

A reação global da pilha (de óxido-redução) é a

soma das reações parciais de cada eletrodo:

Representação da pilha

Zn/Zn+2

//Cu+2

/Cu

Ponte salina: Em consequência dos fenômenos

descritos na pilha de Daniell, teremos:

» No ânodo: a placa de zinco diminui de massa

ao mesmo tempo em que a concentração de

cátions zinco em solução aumenta.

» No cátodo: a placa de cobre aumenta de massa

ao mesmo tempo em que a concentração de

cátions cobre em solução diminui.

Neste processo, as soluções de ambos os

eletrodos vão perdendo a neutralidade elétrica e

interromperiam precocemente o funcionamento

da pilha se não fosse adaptada ao sistema uma

ponte salina. A ponte salina é constituída de um

tubo de vidro em U contendo uma solução

aquosa concentrada de um bastante solúvel,

como por exemplo, KCl(aq) cloreto de potássio. A

função da ponte salina é permitir a migração de

íons de uma solução para a outra, de modo que o

número de íons positivos e negativos na solução

de cada eletrodo permaneça em equilíbrio.

71

Zn+2oxidação

2e-

+Zn(S) (aq)

2e-

+Cu+2

(S)(aq)redução Cu

Zn+2

2e-

+

Cu+2

(aq)Zn

Cu

(S)

(S)(aq)+ e

-2

+(aq) (S)(S) CuZn (aq)Cu

+2+ Zn

+2

Medida de potencial de um eletrodo

A capacidade de perder elétrons ou sofrer

oxidação é diferente para cada substância,

dizemos que um metal é reativo quando ele

possui grande facilidade em doar elétrons.

O funcionamento de uma pilha depende

principalmente de conectarmos metais com

diferentes capacidades de sofrer oxidação, ou

melhor, de diferentes potencias de oxidação.

Quanto maior a diferença de potencial (ddp)

dos eletrodos de uma pilha, maior será a

intensidade de corrente elétrica produzida.

potencial padrão (Eº)

O potencial padrão de um eletrodo varia

com a temperatura e a concentração da

solução. Convencionou-se o potencial de cada

eletrodo em relação a um eletrodo padrão

descrito a seguir.

» 25ºC; » gases participantes com pressão de 1

atm » íons participantes com concentração

molar igual a 1M » o eletrodo escolhido como

referência para servir de padrão de compara-

ção para os demais foi o eletrodo de

hidrogênio. Por convenção, foi atribuído a este

eletrodo o valor zero.

Potencial de Redução e Oxidação (Eº)

Nas pilhas, os elétrons fluem do eletrodo

onde ocorre oxidação (ânodo) para o eletrodo

onde ocorre a redução (cátodo), através do fio

externo, se colocarmos, nesse fio externo, um

aparelho denominado voltímetro conseguire-

mos medir a força eletromotriz (f.e.m. ou E)

da pilha.

U = E - r.i

Considerando as pilhas como geradores

ideais, r = zero. Assim temos:

U = E

A diferença de Potencial da pilha (ΔEº)

ΔEº = Eºred cátado - Eºred ânado

ΔEº = Eºoxid ânado - Eºoxid cátado

Em termos práticos, o valor de ΔEº sempre

pode ser calculado pela diferença algébrica

entre o potencial maior e o menor.

ΔEº = Eºred maior - Eºred menor

ΔEº = Eºoxid maior - Eºoxid menor

72

Exemplo:

1,10 V

Zn(S) CU(S)

Zn+2

CU+2

Eº red = - 0,76 V Eº red = + 0,34 V

oxidação redução

ΔEº = Eºred maior - Eºred menor

ΔEº = (+0,34) – (-0,76) = 1,10V

Algumas conclusões sobre potenciais:

● Em uma pilha, a espécie que apresenta maior

Eºred sofre redução e portanto, a outra espécie, de

maior Eºoxi sofre oxidação.

● Os melhores agentes oxidantes são aqueles

que apresentam maior potencial de redução.

● Os melhores agentes redutores são aqueles que

apresentam maior potencial de oxidação.

Por que as pilhas deixam de funcionar?

No caso das pilhas, a ddp diminui com o passar

do tempo, até chegar praticamente a zero. Nesse

momento, as pilhas deixam de funcionar e uma

das razões mais importantes para que isso ocorra

não é o esgotamento dos reagentes, mas a

variação das concentrações dos íons partici-

pantes. Por exemplo: à medida que a pilha Zn-

Cu for sendo utilizada, [Zn2+

] aumenta e a [Cu2+

]

diminui.

Outros tipos de pilhas

As pilhas feitas em solução aquosa só

apresentam aplicação em termos de pesquisa.

A pilha seca, entretanto, além de ser muito

prática, fornece uma corrente elétrica razoável

por um período de tempo prolongado. Esse tipo

de pilha foi desenvolvida pelo engenheiro

francês Georges Leclanché, por volta de 1866.

A reação química numa pilha seca é

considerada irreversível, ou seja, uma vez que

todos os reagentes foram transformados em

produtos, a pilha cessa seu funcionamento.

As pilhas comum possuem voltagem de 1,5V.

O esquema a seguir ilustra a composição de

uma pilha comum.

►Pilhas alcalinas: As pilhas comuns são

consideradas ácidas porque o cloreto de

amônio, NH4Cl(aq) sofre hidrólise tornando o

meio ácido, Assim, se na pasta externa, no

lugar do cloreto de amônio, for utilizada uma

substância de caráter básico, como o hidróxido

de potássio, KOH(aq), por exemplo, temos

uma pilha alcalina. As pilhas alcalinas

possuem rendimento de cinco a oito vezes

maior que o de uma pilha comum.

Porque as pilhas alcalinas duram mais que

as pilhas comuns? Na pilha alcalina não

ocorre à formação de amônia que “dificulta” a

passagem dos elétrons ao redor da barra de

grafite, além disso, o hidróxido de potássio é

melhor condutor eletrolítico resultando numa

resistência interna menor que na pilha de

lecanché e por este motivo possuem voltagem

praticamente constante de 1,5V.

Acumuladores ou baterias

Quando associamos um conjunto de pilhas

em série, ou seja, ligamos o pólo positivo de

uma pilha ao negativo de outra de modo que a

primeira e a última pilha sejam ligadas a um

aparelho que consuma energia elétrica,

formamos uma bateria ou um acumulador

capaz de adicionar esse aparelho.

● Bateria do automóvel: é composta de 6

pilhas cada uma planejada para apresentar

uma força eletromotriz de 2 volts, produzindo

12V no total.

Porque uma bateria de automóvel dura

tanto? Em uso contínuo, a bateria de chumbo

duraria poucas horas, mas no automóvel, ela é

recarregada pelo gerador, através da aplicação

de uma diferença de potencial superior a da

bateria em sentido contrário (eletrólise).

A eletrólise é um processo não-espontâneo de

descarga de íons, no qual, à custa de energia

elétrica, se faz o cátion receber elétrons e o

ânion doar elétrons, de modo que ambos fiquem

com carga elétrica zero e com energia química

acumulada. Para efetuar o processo de eletrólise,

é nece-ssário que haja íons livres no sistema, o

que só pode ser conseguido de duas maneiras:

► Pela Fusão de uma substância iônica

► Pela dissociação ou ionização de certas subs-

tâncias em meio aquoso.

A eletrólise permite obter uma série de subs-

tâncias que não são encontradas na natureza,

como cloro, iodo, soda cáustica e outros.

A eletrólise ígnea é feita com a substância

iônica na fase líquida (fundida). Na ausência da

água. O recipiente onde ocorre a eletrólise é

denominado célula ou cuba eletrolítica e é

construído de modo a suportar temperaturas

bastante elevadas, pois o ponto de fusão das

substâncias iônicas em geral é muito alto.

Ânado: onde ocorre a oxidação. É o eletrodo

ligado ao pólo positivo do gerador, é do ânado

que saem os elétrons e, portanto, é onde os

ânions se descarregam.

Catado: onde ocorre a redução: é o eletrodo

ligado ao pólo negativo que chegam os elétrons

e, portanto, é onde os cátions descarregam.

(+) (-)

(+) (-)

Na+

Cl-

Na temperatura de 800,4ºC, a eletrólise ígnea

do cloreto de sódio, passa do estado solido para

a fase líquida. No estado líquido o cloreto de

sódio se dissocia-se em íons Na+ + Cl

-.

Na+ + 1e

- ↔ Na Ered = - 2,71

2Cl- ↔ 2e- + Cl2 Ered = + 1,36

ΔE = Ered do cátado - Ered do ânado

ΔE = - 2,71 – (+1,36) → ΔE = - 4,07

Por se tratar de uma reação não-espontânea, o

sinal da força eletromotriz é negativo.

73

pasta externa

ZnCl (aq)+ NH4Cl (aq)

H2O + amido

pasta interna

(aq) + NH4Cl (aq)

H2O + amido

MnO2

barra de grafite:

polo positivo

envoltório de Zn(s)polo negativo

Considere uma solução aquosa de NaCl.

Quais íons estarão presentes nessa solução?

H+ OH

-

- +

Na+ Cl

-

A ionização da água é muito fraca são

necessários 555 milhões de moléculas de água

para apenas uma se ionizar. Ocorrendo a

ionização esses íons vão “competir” com os

íons provenientes da dissociação do NaCl.

» entre o Na+ e o H

+, o pólo negativo (catado)

“prefere” descarregar o H+;

» entre o Cl- e o OH

-, o pólo positivo (ânado)

“prefere” descarregar o Cl-.

Através da eletrólise do NaCl pode se obter

três substâncias de grande valor comercial:

NaOH, H2 e Cl2.

Ordem de preferência (prioridade) de descarga.

cátion ânion

1º) Grupo B 1º) ânion

desoxigenados

2º) H+ 2º) OH

-

3º) Família 1A 3º) ânion oxigenados

4º) Família 2A 4º) Flúor

5º) Família 3A

OBS: a eletrólise do hidrogênio produz gás

hidrogênio. A eletrólise da hidroxila produz

água e oxigênio gasoso. A descarga de um

cátion produz o metal correspondente. A

descarga de um ânion simples libera o próprio

ânion.

O ato de recobrir uma superfície de metal

com uma camada fina de outro metal é

conhecido como galvanização.

74

Cálculos que envolvem a eletrólise

1 mol de elétrons corresponde a 6,02.1023

e-

Carga elétrica de um elétron é igual a 1,6.10-19

C

1 elétrons → 1,6.10-19

C

6,02.1023

elétrons → X

X = (6,02.1023

)(1,6.10-19

C) = 96500C

O valor 96500C foi denominado

unidade faraday (F)

Uma das relações fundamentais de eletricidade:

Q = i . t

Q = carga Coulomb

i = intensidade da corrente (A) ampères

t = tempo segundos

Leis da eletroquímica: 1ª e 2ª Lei de Faraday

Michael Faraday (1791-1867) Formulou as

duas leis que regem a parte quantitativa dos

fenômenos ligados à eletrólise. Essas leis

relacionam a quantidade de eletricidade que

percorre o sistema com a massa e o equivalente-

grama das substâncias formadas nos eletrodos.

1ª Lei : A massa ,m, de determinada substância,

formada ou transformada pela eletrólise, é

diretamente proporcional à carga elétrica, Q, que

atravessa o sistema de um eletrodo a outro.

m = k’.Q

Deste modo, podemos escrever: m = k’. i . t

2ª Lei : A massa, m, de determinada substância

formada ou transformada por eletrólise, na

passagem de uma carga elétrica, Q, entre os

eletrodos, é diretamente proporcional ao

equivalente-grama, E, dessa substância.

m = k”. E

K” é uma constante de proporcionalidade.

Equação Geral da Eletrólise

Como Q = i.t, Podemos escrever:

Equivalente eletroquímico: Massa da substância

formada, liberada ou depositada num eletrodo,

quando numa eletrólise passa pela solução uma

carga de 1 Coulomb.

m = e Q ou m = e i t

m = Q . E

96 500

m = i . t . E

96 500

=96 500

e E

Denomina-se radioatividade a atividade que

certos átomos possuem em emitir radiações

eletromagnéticas e partículas de seus núcleos

instáveis com o propósito de adquirir estabi-

lidade.

Radiações nucleares naturais

Em 1896 o físico Antoine Henri becquerel,

ao fazer pesquisa sobre os raios X, que havia

sido recentemente descoberto por Röetgen,

descobriu a possibilidade de um elemento

químico emitir radiações naturalmente.

Maria Sklodowska Curie, jovem física

polonesa, ao pesquisar a radioatividade de um

minério de urânio descobriu o polônio

elemento com maior capacidade de emitir

radiações, ela e seu marido Pierre Curie

dedicaram sua vida ao estudo de tal fenômeno.

Ernest Rutherford realizou em 1903 um

experimento através no qual pode separar as

radiações emitidas determinando a natureza

delas.

Material fluorescente

γ

β α

Chumbo material

radioativo

α desviada para a placa negativa

β desviada para a placa positiva

γ não ocorre desvio

Emissões Alfa ( α )

Características: são partículas pesadas com

carga elétrica positiva constituída de 2 prótons

e de 2 nêutrons (como o núcleo de um átomo

de Hélio.

Velocidade: de 3000 até 30 000 Km/s (5% da

velocidade da luz).

Poder de Ionização: alto, a partícula alfa

captura 2 elétrons do meio ambiente, transfor-

mando-se em um átomo de hélio.

4

2α + 2e- →

42He

Poder de penetração: pequeno, são detidos por

uma folha de papel ou pela camada de células

mortas que reveste o corpo humano, podendo no

máximo causar queimaduras.

Emissões Beta ( -1β0 )

Características: partículas leves, com carga

elétrica negativa e massa desprezível (seme-

lhante a elétrons).

Velocidade: varia de 100 000 Km/s até 290 000

Km/s (95% da velocidade da luz).

Poder de ionização: médio, como as partículas

beta possuem carga elétrica menor que a das

partículas alfa, a ionização que provoca é menor.

Poder de penetração: médio, são detidas por

uma chapa de chumbo de 2 mm, podem penetrar

até 2 cm do corpo humano e causar sérios danos.

Emissões Gama ( γ )

Características: São radiações eletromagnéticas

semelhantes aos raios X. Não possuem carga

elétrica e não possuem massa.

Velocidade: possuem velocidade igual à da luz,

ou seja, aproximadamente 300 000 Km/s.

Poder de ionização: pequeno, o poder de

ionização depende quase que exclusivamente da

carga elétrica; por isso, a radiação gama

praticamente não forma íons.

Poder de penetração: Alto, são detidas por

placas de chumbo de pelo menos 5 cm. São mais

penetrantes que os raios X. Atravessam o corpo

humano e causam danos irreparáveis.

Leis da Radioatividade

A emissão de partículas do núcleo de um

átomo instável, isto é, o decaimento radioativo,

ocorre de acordo com algumas leis básicas,

estabelecidas por Ernest Rutherford e pelo

físico-químico Frederick Soddy.

►Quando um átomo de determinado elemento

químico emite uma partícula 4

2α ou uma

partícula 0

-1 β ele se transforma em um átomo de

outro elemento químico.

►Na radioatividade natural, a radiação 0

nunca é emitida sozinha, mas sempre acom-

panhando a emissão de uma partícula 42α e

0-1 β.

► A intensidade da emissão de partículas é pro-

porcional à quantidade de elemento radioativo

presente.

Soddy determinou exatamente o que ocorre com

um átomo que se desintegra emitindo partícula α

ou β e elaborou as leis da radioatividade.

75

42

00

0-1

Primeira Lei de Soddy

Quando um átomo emite uma partícula

42α

seu número atômico (Z) diminui de 2 unidades

e seu número de massa (A) diminui de 4

unidades.

ZXA → 4

2α + Z - 2Y A – 4

Ex: 92U238

→ 42α + 90Th

234

Segunda Lei de Soddy

Quando um átomo emite uma partícula -1β

0

seu número atômico (Z) aumenta de 1 unidade

e seu número de massa (A) permanece

constante.

ZQA → -1β

0 + Z + 1R

A

Ex: 55Cs137

→ -1β0

+ 56Ba137

Hipótese de Fermi

►A partícula -1β

0 é emitida quando um

nêutron instável se desintegra convertendo-se

em um próton.

Ex: 0n1 → 1P

1 + -1β

0 + 0γ

0 + 0ν

0

são eliminados do núcleo

► O próton fica no núcleo e, como a massa do

próton é praticamente igual à massa do

nêutron, a massa total do núcleo atômico não

se altera.

►A partícula -1β0 é expulsa do núcleo com

radiação 0γ0 e uma outra partícula chamada

neutrino (0ν0), de carga, elétrica igual a zero e

massa desprezível.

► O pósitron ou partícula beta positiva, +1β0 é

na verdade uma antipartícula beta negativa -1β0

quando um pósitron e uma partícula beta se

chocam, há extinção de matéria e liberação de

energia na forma de radiação gama.

Ex: 15P30

→ +1β0 + 14Si

30

+1β0 + -1β

0 → 0γ

Transmutação

Natural: através de emissões sucessivas alfa e

beta os radioisótopos pesados sofrem trans-

formações originando uma série de elementos

intermediários, resultando como produto final

um isótopo estável do chumbo.

Artificial: obtida por bombardeamento de

núcleos estáveis com partículas alfa, prótons,

nêutrons, etc.

76

Período de meia-vida

Denomina-se período de meia vida ou período

de semi-desintegração ( P ou T1/2 ) o tempo

necessário para que a metade dos núcleos

radioativos se desintegre, ou seja, para que uma

amostra radioativa se reduza a metade.

P P P

mo mo/2 mo/4 mo/8

(massa inicial)

Curva de decaimento do

radioisótopo oxigênio 15.

20

10

5

2,5

0 2 4 6 tempo (min)

No gráfico, uma amostra inicial de 20 mg de

8O15

após 2 minutos, se reduz a 10 mg que , após

2 minutos se reduz a 5 mg e assim sucessi-

vamente, logo, podemos concluir que a meia

vida do isótopo 8O15

é de 2 minutos, ou seja,

cada 2 minutos a amostra se reduz à metade.

A meia-vida não depende da quantidade inicial

e também não é afetada por variações de pressão

e temperatura, já que essas transformações

envolvem um processo nuclear. As curvas de

decaimento sempre apresentam o mesmo

aspecto, mas os tempos de meia-vida podem

variar de frações de segundo a bilhões de anos,

como mostra a tabela abaixo:

Elemento Isótopo T1/2

polônio

214 0,001 s

218 3 min

210 138 dias

potássio 42 12,4 horas

iodo 131 8 dias

cobalto 60 5,27 anos

urânio

235 710milhões de anos

238 4,5bilhões de anos

carbono 14 5730 anos

Aplicações da radioatividade

Uma aplicação importante para o conceito

de meia-vida é o método de datação baseado

no isótopo 14 do carbono. Qualquer fóssil,

animal ou vegetal, ou mesmo um objeto

arqueológico que seja um subproduto de um

ser vivo, como um pedaço de madeira ou um

pedaço de pano, podem ter sua idade

determinada com certa precisão por esse

método. O carbono 14 forma-se naturalmente

no ar atmosférico quando nêutrons dos raios

cósmicos colidem com núcleos de nitrogênio:

7N14

+ 0n1 → 6C

14 + 1P

1

O carbono 14 reage então com o oxigênio do

ar formando gás carbônico radioativo, *CO2(g)

Esse *CO2(g) radioativo é absorvido pelos

vegetais por meio da fotossíntese e pelos

animais por meio da alimentação composta

por esses vegetais ou por animais que os

ingeriram.’’.

Assim a quantidade de carbono 14 nos

tecidos vegetais e animais vivos é pratica-

mente constante, pois, ao mesmo tempo em

que o carbono é absorvido pela alimentação,

ele também decai por emissão de partículas

beta negativa.

6C14

→ -1β0 + 7N

14

Quando o organismo morre, o 6C14

deixa de

ser reposto e a quantidade desse elemento no

organismo começa a decrescer. Com base

nesse fato e conhecendo o período de meia-

vida do carbono 14 que é de aproximadamente

5730 anos.

Os cientistas conseguem determinar a idade

de um fóssil ou de um objeto a partir da

relação entre a quantidade de 6C14

restante e a

quantidade que existe em uma espécie

semelhante atual.

Aplicação na medicina

Vários radioisótopos podem ser usados na

medicina nuclear, com o auxílio da física

médica, tanto no diagnóstico quanto no

tratamento de doenças. Por exemplo:

Isótopo Radiação Usos 51Cr γ Determinação de

volume do sangue. 60Co β, γ Tratamento do câncer

24Na β, γ Detecção de obstrução

no sistema circulatório. 59Tc γ Imagem do cérebro,

tireóide, fígado, rins.

Fissão Nuclear

( A quebra do núcleo atômico )

Fissão Nuclear é a partição de um núcleo

atômico pesado e instável provocada por um

bombardeamento de nêutrons com velocidade

moderada, originando 2 núcleos atômicos

médios, ocorrendo liberação de 2 ou 3 nêutrons

e uma quantidade muito grande de energia e de

outros neutros, que poderão repetir o processo

originando uma reação em cadeia.

92U235

+ 1

0n → 38Sr94

+ 54Xe139

+ 3 1

0n + energia

A fissão nuclear tem como principais aplicações

as bombas atômicas, como as que foram

lançadas em Hiroshima e Nagasaki, e as atuais

usinas nucleares, onde reatores nucleares usam a

fissão controlada para fornecer calor para a

água. A água, transformada em vapor move uma

turbina, “gerando” energia elétrica.

Fusão Nuclear

(União de núcleos atômicos)

Fusão Nuclear é a junção de dois ou mais

núcleos leves originando um único núcleo e a

liberação de uma quantidade colossal de energia.

Exemplo:

21H +

31H →

42He +

10n + energia

Atualmente existem pesquisas para o

aproveitamento da energia liberada na fusão

nuclear em reatores nucleares mais eficientes

que os atuais, movidos por fissão. Entretanto

os reatores de fusão nuclear ainda são um

sonho. No estágio tecnológico atual.

77

H21deutério

H13

trítioH2

4

hélio

10n

nêutron

Reações de Substituição

Troca de um átomo ou radical por

outro átomo ou radical

Halogenação

Substituição de alcanos ( Cl2 e Br2)

Nitração (HNO3 ácido nítrico)

Sulfonação (H2SO4 = HOSO3H)

OBS: carbonos terciários reagem mais rápida-

mente que carbonos secundários e carbonos

secundários mais rapidamente que carbonos

primários. As reações orgânicas são em geral

lentas e reversíveis.

Substituição em aromáticos

Halogenação

78

Nitração

Sulfonação

Radicais Dirigentes nos Aromáticos

Quando um radical ou grupo funcional estiver

ligado ao anel benzênico, estes dirigiram a

substituição (radicais dirigentes). As posições

1,2; 1,3; 1,4 nos compostos aromáticos são

chamadas respectivamente de orto, meta, para.

Radicais Orto e Para dirigentes: Orientam a

substituição para as posições orto e para.

Os principais radicais orto-para-dirigentes são:

-NH2, -OH, -OCH3, -CH3-CH2-CH3... F,Cl,Br,I.

Ex: Grupo orto-para-dirigente

Radicais Meta dirigentes: Orientam a subs-

tituição para a posição meta.

Os principais radicais meta-dirigentes são:

-NO2, -SO3H, -CHO, -COOH, -CN.

H3C Cl + NaOH H3C OH + NaCl

+C

H

H

H

H + Cl2Luz

C

H

H

H

Cl HCl

metano clorometano

ác. clorídrico

+C

H

H

H

H + C

H

H

H

NO2

metano

HONO2 H2O

ác.nítrico

nitrometano

água

+C

H

H

H

H + C

H

H

H

SO3H

metano ác. metanossulfônico

HOSO3H H2O

ác.sulfúrico água

+

AlCl3

Cl

HCl+ Cl2

H

HO NO2+H2SO4

+ HOH

NO2

benzeno nitrobenzeno

HO SO3H+

benzeno

SO3H

ác.benzeno sulfônico-

OH

+ Cl2

OH

Cl2

OH

Cl2

+

+HCl

HCl

+Cl2+ HCl

C

O HC

O H

Cl2

Reações de Adição

Consiste em adicionar compostos, átomos ou

radicais. Ocorrendo a quebra da ligação dupla

e tripla (ligações do tipo π) ligações mais

fracas.

Hidrogenação catalítica

Essa reação ocorre entre os hidrocarbonetos

alcenos, alcinos e dienos e o gás hidrogênio na

presença de catalisadores metálicos apropri-

ados, tais como Ni, Pt,Pd.

Regra de Markovnikov

O hidrogênio adiciona-se ao carbono que está

mais hidrogenado.

Reagentes H-X ( onde X = Cl; Br; I) e H2O.

Halogenação

eteno 1,2 dibromoetano

Adição de H-X (HCl,HBr,HI)

etino cloroeteno

Reação de Hidratação

Essas reações consistem na adição de água

(H2O ou HOH), na presença de catalisadores e

em meio ácido.

eteno etanol

Reações de Oxidação

Combustão: São reações exotérmicas que uti-

lizam como combustível os compostos orgânicos

e como comburente o gás oxigênio presente no

ar atmosférico.

Combustão completa: Ocorre produção de gás

carbônico e água como produtos finais.

CH4 + 2O2 → CO2 + 2H2O + calor

Combustão incompleta: Em geral, ocorrem por

deficiência de oxigênio, ocorrendo a formação

de substâncias como o monóxido de carbono

(CO), fuligem (C), CO2, etc.

CH4 + O2 → C + 2H2O + calor

Oxidação de Alcenos

Reação de Oxidação Branda

A oxidação Branda ocorre com hidrocarbonetos

insaturados e o elemento oxigênio é obtido, ge-

ralmente, a partir do permanganato de potássio

(KMnO4) em meio neutro ou ligeiramente

básico, diluído e a frio. Nessas condições o

KMnO4 é o agente oxidante, denominado

reativo de Baeyer.

Oxidação energética de alcenos: Os dois

oxidantes mais utilizados na reação é o KMnO4

e o K2Cr2O7 em meio ácido e a quente.

alceno → ácido + cetona

2-metilbut-2-eno ác. etanóico propanona

Ozonólise de alcenos:A ozonólise utiliza ozônio

(O3) na presença de água e zinco que evita que a

água oxigenada formada oxide os aldeídos.

2-metilbut-2-eno etanal propanona

Carbono primário e secundário: produz aldeído.

Carbono terciário: produz cetona.

79

C

H

H C

H

H + H H C

H

H

H

C

H

H

H

eteno etano

Ni

+Ni

H3C C

H

CH2 HCl H3C C

Cl

H

CH3

H2C CH2 + Br2 H2C CH2

Br Br

HC CH + HCl H2C CH

Cl

H2C CH2 + HOH H3C CH2

OH

+2 KMNO4 + H2OOH

-

2KOH + MnO22 3 [O]violeta castanho

H3C CH CH2

[O]/H2O

brandaH3C CH

OH

CH2

OH

alceno diálcool

[O]

energéticaCH3 C

O

OH

+H3C C

CH3

C

H

CH3 H3C C

O

CH3

CH3 C

O

H

H3C C

CH3

C

H

CH3 H3C C

O

CH3

+ O3 + +

H2OH2O

Zn

Oxidação de álcoois

etanol etanal ác. etanóico

álcool primário → aldeído → ác. carboxílico

Oxidação de álcool secundário

Propan-2-ol propanona

álcool secundário → cetona

A oxidação de álcool terciário não ocorre.

Por não apresentar hidrogênio ligado ao

carbono do grupo funcional, esses álcoois não

sofrem oxidação, mas apenas, combustão.

Oxidação em aldeídos e Cetonas

As reações de oxidação podem ser feitas

utilizando agentes oxidantes, tais como

KMnO4, K2Cr2O7, etc.

Em laboratório, para diferenciar aldeídos de

cetonas através de reações de oxidação, são

usadas algumas misturas oxidantes que

identificam o poder redutor dos aldeídos.

Reativo de Tollens: solução aquosa amoni-

acal de nitrato de prata (AgNO3/NH4OH). O

poder redutor dos aldeídos é identificado pela

formação de um espelho de prata, pelo

depósito de prata metálica.

Reativo de Fehling: solução aquosa de

sulfato cúprico pentahidratado em meio básico

e tartarato duplo de sódio e potássio. O poder

redutor dos aldeídos é identificado pela

formação de um precipitado laranja de Cu2O.

Reativo de Benedict: solução aquosa de

sulfato de cobre em meio básico e citrato de

sódio. O poder redutor dos aldeídos é

identificado pela formação de um precipitado

laranja de Cu2O.

80

Desidratação de álcoois

Desidratação intramolecular: Nessa reação

ocorre à saída de uma molécula de água de

“dentro” de cada molécula de álcool. Nesse tipo

de reação ocorre a saída do grupo OH, e do

carbono vizinho sai o outro hidrogênio,

originando um alceno e água.

Desidratação intermolecular: Nessa reação

ocorre a saída de uma molécula de água a partir

de duas moléculas de álcool, que interagem

pelos grupos OH devido a ligação de hidrogênio

que ocorre.

Reação de Esterificação

A reação de esterificação ocorre quando um

ácido reage com um álcool, produzindo éster e

água, o processo inverso é denominado

hidrólise.

etanol

ác.acético acetato de etila

Reação de Saponificação

Os glicerídeos são triésteres formados a partir

de três moléculas de ácidos graxos e uma

molécula do triálcool glicerina (propanotriol).

C

OH

H3C

H

H[O]

-1+2 +3H2O

H3C C

O

H

[O]H3C C

O

OH

[O][O]C

OH

H3C

H

CH3 H3C C

O

CH3não reage

R C

O

H

R C

O

OH

[O]

[O]

R C

O

R não reage

aldeído ácido carboxílico

cetona

C

H

H

H

C

OH

H

HH2SO4 conc

170 ºC

H C

H

C

H

H + H2O

etanoletileno

H3C CH2 OH

H3C CH2 OH ºC140

H2SO4 ConcH3C CH2 O CH2 CH3

+ H2O

etanol

éter dietílico

ácido + álcool éster +águaesterificação

hidrólise

H3C C

O

OH

+ HO CH2 CH3 H3C C

O

O CH2 CH3

+ HOH

glicerídeos

base forte

OC CH2

+CO

CO

CH

CH2

O

OC

O

OC

CO

O

CH2

CH

CH2

+ NaOH3

O-Na+

O-Na+

O-Na+

sais de ácidos

carboxílicos

(sabão)

OH

triálcool

glicerina

OH

OH

R1

R2

R3

R2

R1

R3

R1

R2

R3

hidrólise

esterificação

água

triésterestriálcoolácidos graxos

O

OHC CH2

+

HO

COH

O

COH

O

HO CH

CH2HO

O

OC

O

OC

CO

O

CH2

CH

CH2

+ H2O3R2

R1

R3

É o fenômeno caracterizado pela oco-

rrência de duas ou mais substâncias

diferentes, que apresentam a mesma

fórmula molecular, mas diferentes fórmu-

las estruturais.

Isomeria Plana

Mesma fórmula molecular

compostos diferentes

A isomeria plana é dividida em cinco casos:

1) Isomeria plana de função

A diferença entre os isômeros está

no grupo funcional

2) Isomeria plana de cadeia

A diferença entre os isômeros está no tipo de

cadeia carbônica

Cadeia fechada e cadeia aberta

Cadeia ramificada e cadeia normal

Cadeia heterogênea e cadeia homogênea

3) Isomeria plana de posição

A diferença entre os isômeros está na posição

de um grupo funcional, de uma insaturação ou

de um substituinte.

Diferente posição de um grupo funcional

Propan-1-ol propan-2-ol

Diferente posição de uma insaturação

but-1-eno but-2-eno

Diferente posição de um substituinte

1,1-dimetilciclopropano 1,2-dimetilciclopropano

4) Compensação ou metameria

A diferença entre os isômeros está apenas na

posição de um heteroátomo.

5) Dinâmica ou tautomeria

Esse tipo de isomeria ocorre quando dois

compostos de mesma fórmula molecular e

grupos funcionais diferentes coexistem em

equilíbrio dinâmico no qual um deles está

continuamente se transformando no outro e vice-

versa.

Tautomeria aldo-enólica (enol ↔ aldeído)

Tautomeria ceto-enólica (enol ↔ cetona)

Prop-1-eno propanona 81

H3C O CH3 H3C CH2 OH

metoximetano etanolC2H6O C2H6O

H3C

C

O

CH3

propanona

H3C CH2 C

O

Hpropanal

C3H6OC3H6O

CH2

CH2

H2C

H2C CH CH3

ciclopropano

propeno

C3H6

C3H6

H3C CH

CH3

CH3

metilpropano

H3C CH2 CH2 CH3

butano

C4H10C4H10

H3C N CH3

H H3C CH2 NH2

dimetilamina etilaminaC3H6 C3H6

H3C CH2 CH2 OH H3C CH CH3

OH

C3H8O C3H8O

H2C CH CH2 CH3 H3C CH CH CH3

C4H8 C4H8

CH2

C

H2C

H3C CH3

C

C

C

H CH3

CH3

H

H

HC5H10C5H10

C C

H

H

OH

H

C C

O

H

H

H

HC2H4O

C2H4Oetenol

etanal

H3C O CH2 CH2 CH3

H3C CH2 O CH2 CH3

metoxipropano

etoxietano

H3C C

OH

CH2H3C C C

O H

H

HC3H6O C3H6O

Isomeria Espacial

A isomeria espacial, também chamada

estereoisomeria, é um outro tipo de isomeria

que pode ocorrer em compostos orgânicos,

onde seus isômeros apresentam a mesma

fórmula molecular, mas as ligações entre os

átomos estão dispostas (orientadas) de maneira

diferente no espaço. Existem dois tipos de

isomeria espacial.

- Isomeria geométrica

- Isomeria óptica

Isomeria Geométrica ou Cis-Trans

Os isômeros cis e trans apresentam proprie-

dades físicas ligeiramente diferentes.

Isômero densidade PE

Cis 1,282 ≡ 59

Trans 1,257 ≡ 48

Isomeria geométrica de cadeia acíclica

» é necessário que os ligantes de cada

carbonos sejam diferentes entre si, pois se

forem iguais não haverá isomeria.

Ex:

As moléculas acima representam um único

composto.

►Isomeria cis-trans é o que ocorre no ácido

butenodióico.

Isomeria geométrica em compostos

de cadeia cíclica

A estrutura cíclica é “rígida”, logo para que

haja isomeria geométrica basta que pelo

menos dois átomos de carbono do ciclo

possuam ligantes diferentes entre si e iguais

aos de um outro átomo de carbono.

82

Traçando uma linha imaginária no sentido da

ligação dos átomos de carbono que possuem

ligantes diferentes, definimos os isômeros cis e

trans.

Considere por exemplo, o hidrocarboneto 1,2-

dimetilciclopropano

cis-1,2-dimetilciclopentano trans-1,2-dimetilciclopentano

OBS: Toda molécula cíclica que sofre isomeria

trans é assimétrica (não tem plano de simetria).

cis-1,2-dibromociclopropano trans-1,2-dibromociclopropano

Isomeria óptica

A isomeria óptica estuda o comportamento das

substâncias quando submetidas a um feixe de luz

polarizada, que pode ser obtida a partir da luz

natural (não polarizada). Esse fenômeno só

ocorre quando a molécula é assimétrica, ou seja,

quando não é possível dividi-la de modo que os

dois lados resultantes dessa divisão fique iguais.

Moléculas com um carbono assimétrico

Um modo de verificarmos se a molécula de

determinado composto é assimétrica e, portanto,

se possui atividade óptica, é observar se essa

molécula possui átomo de carbono assimétrico.

Átomos de carbono assimétrico, C*, é aquele

que sofre hibridação sp3 e possui todos os 4

ligantes diferentes entre sí.

Ligantes do C* : etil ≠ metil ≠ n-propil ≠ hidrogênio

C C

H

H3C

H

CH3

C C

H

CH3

CH3

H

CIS TRANS

C C

H

H

H

CH3

é igual aC C

H

CH3

H

H

C C

H

C

C

CH3

OOH

OOH

C C

C

H

C

H

OHH O OH

ácido cis butenodióicoácido maléico ácido fumárico

butenodióicoácido trans

H Br

Br H

H H

Br Br

H3C CH2 C

H

CH3

CH2 CH2 CH3

A presença de um carbono assimétrico

(quiral) em uma molécula garante a existência

de duas estruturas não sobreponíveis, as quais

correspondem a duas substâncias denominadas

isômeros ópticos, Esses isômeros têm a

capacidade de desviar o plano da luz

polarizada de mesmo ângulo, mas em sentidos

opostos, e são denominados opticamente

ativos.

A molécula assimétrica e seu isômero óptico

não são sobreponíveis e por isso, são

chamados de moléculas quirais. A palavra

quiral vem de mão (em grego).

Utilizando um polarímetro, verifica-se que

ambos os isômeros provocam o mesmo desvio

angular, mas em sentido opostos. O isômero

que produz o desvio para a direita é

denominado isômero dextrogiro (d), enquanto

o outro, que provoca o desvio para a esquerda,

é denominado isômero levogiro (l). Se misturarmos partes iguais de dois

antípodas ópticos (dextrogiro e levogiro),

obteremos uma mistura racêmica, que é

opticamente inativa por compensação

externa.

Regra de van’t Hoff

Indica o número de isômeros opticamente

ativos (IOA) e inativos ou racêmicos (IOI)

IOA = 2n onde n é o número de carbonos

assimétricos. IOI = 2n-1

O número de misturas racêmicas é sempre a

metade do número de isômeros ópticos ativos.

O composto 3-metilpentan-2-ol possui 2

átomos de carbono assimétricos diferentes

logo possuem 4 isômeros ópticos ativos e duas

misturas racêmicas.

Composto meso: Quando um composto

apresenta 2 carbonos assimétricos iguais, ou

seja apresentando os mesmos grupos ligantes.

2,3-dihidroxibutanodióico

ácido tartárico

A Bioquímica estuda os processos químicos

que ocorrem nos organismos vivos, animais e

vegetais, os compostos bioquímicos e sua

importância industrial. De modo simplificado,

para efeito de estudo, dividimos os compostos

bioquímicos em três classes principais:

- Glicídios

- Lipídios

- Proteínas

Glicídios (Carboidratos)

Os Glicídios ou açucares também são cha-

mados de carboidratos ou hidratos de carbonos.

O nome hidrato de carbono é devido ao fato de

que praticamente todos os compostos dessa

classe obedecem à seguinte fórmula geral:

Cx(H2O)y.

Os hidratos de carbonos são usados pelos

organismos vivos essencialmente na produção

de energia. As plantas fabricam os hidratos de

carbono por meio da reação de fotossíntese. Na

qual, utilizando a clorofila para reter a energia

luminosa, combinam água e gás carbônico para

produzir glicose, C6H12O6.

A reação de fotossíntese acima é simplificada.

Na verdade a reação entre o gás carbônico e

água não ocorre diretamente, mas desenvolve-se

por meio de uma série de reações, com a

participação de várias enzimas catalisadoras. A

fotossíntese pode ser dividida em duas fases:

uma que se processa em presença da luz, a etapa

de claro, e outra que independe da luz, a etapa

de escuro.

Os compostos ou hidratos de carbono são

compostos de função mista, poliálcool-aldeído

ou poliálcool-cetona, ou qualquer outro que, ao

sofrer hidrólise, se transforme num composto

desse tipo.

As fontes de carboidratos na alimentação são as

massas, os pães e os alimentos ricos em amido

(arroz, milho, batata).

Classificação de Glicídios

83

H3C C

OH

H

C CH2

H

CH3

CH3

C C

O

HO

OH

H

C C

OH

H

O

OH

Oses ou monossacarídios

OsídiosHolosídios

Aldoses

Cetoses

Oligossacarídios

Polissacarídios

Dissacarídios

Trissacarídios

Glicídios

Heterosídios

6O2+C6H12O6H2O+6CO2

luz e clorofila

6

OSES e OSÍDEOS

As oses são unidades básica de carboidratos

não sofrem hidrólise (monossacarídeos).

Os osídeos sofrem hidrólise (dissacarídeos,

tri, polissacarídeos).

Os carboidratos (glicídios) são compostos de

função mista poliálcool ou poliálcool cetona.

Glicose Frutose

(C6H12O6) (C6H12O6)

aldo-hexose ceto-hexose

C12H22O11 + H2O → C6H12O6 + C6H12O6

Sacarose água glicose frutose

osídeo ose ose

dissacarídeo monossacarídeo

Nomenclatura monossacarídeos (oses)

1º Prefixo “aldo” (função mista polialcool-

aldeído).

2º Prefixo “ceto” (função mista poliálcool-

cetona).

3º Indicar o número de carbonos.

3-C- Triose

4-C- Tetrose

5-C- Pentose

6-C- Hexose (separa-se por hífen)

OBS: Série “D” direita (hidroxila à direita no

penúltimo carbono). Série “L” esquerda

(hidroxila a esquerda no penúltimo carbono).

aldotriose aldotriose

D-gliceraldeido L-gliceraldeido

cetopentose

L-cetopentose

84

Nas oses ocorre um fenômeno muito importante

de ciclização da molécula, o grupo aldeído ou

cetona pode reagir com uma hidroxila da própria

molécula, dando uma cadeia fechada ou cíclica.

Quando α-glicose pura e β-glicose pura são

colocadas em água, uma transforma-se na outra

espontaneamente, essa transformação chama-se

mutarrotação.

Oligossacarídeos e Polissacarídeos

Oligossacarídeos: Sofrem hidrólise produzindo

um número pequeno de oses.

Ex: sacarose, rafinose.

C18H34O17 + H2O → C6H12O6 + C6H12O6 + C6H12O6

Rafinose glicose frutose galactose

Trissacarídeo mono mono mono

Osídeo ose ose ose

Polissacarídeos: Sofrem hidrólise produzem

um número muito grande de oses.

Ex: amido, celulose.

1(C6H10O5)n + nH2O → nC6H12O6

amido α-glicose

1(C6H10O5)n + nH2O → nC6H12O6

celulose β-glicose

Sacarose: dissacarídeo formado pela conden-

sação de uma molécula de glicose e uma

molécula de frutose. É o açúcar comum obtido

da cana de açúcar. Formula molecular C12H22O11

Amido: Polissacarídeo, formado pela conden-

sação de 30 a 3000 moléculas de α-glicose.

Reserva energética dos vegetais.

Celulose: Polissacarídeo, formado pela conden-

sação de 1200 a 12000 moléculas de β-glicose.

Importante componente estrutural dos vegetais é o

polissacarídeo mais abundante na natureza.

Maltose: dissacarídeo (açúcar da cerveja)

galactose + glicose.

Lactose: dissacarídeo (açúcar do leite) glicose +

glicose.

Glicogênio: polissacarídeo (armazenamento de

energia dos animais.

Glicogênese: ocorre quando ingerirmos um

alimento que é ingerido e produz glicose. A

glicose obtida é transformada em glicogênio.

Glicogenólise: Ocorre quando o nível de glicose

diminui na corrente sanguínea.

C OHH2

H

H

OH

OH

C

C

C

CO

C

OH

OH

H

H

H

H2OHC

C O

COH H

C OHH2

H

H

OH

OH

C

C

C

C

O H

OHH

C

C

O H

HHO

H2C OHH2C OH

H2C OH

C O

C H

C

HO

OHH

H2C OH

LIPÍDIOS

A palavra lipídio vem do grego lipos, que

significa gordura. Os lipídios são altamente

energéticos e pouco solúveis em água e se

dissolvem em solventes orgânicos (como

clorofórmio, éter e benzeno), por isso cons-

tituem a maior forma de armazenamento de

energia do organismo. O tecido adiposo

(gorduroso) ajuda a manter os órgãos e nervos

no lugar, protegendo-os contra choques e

lesões traumáticas. A camada subcutânea de

gordura isola o organismo, preservando o

calor do corpo e mantendo a temperatura

constante. Os lipídios ainda auxiliam no

transporte e na absorção de vitaminas

lipossolúveis (A, D e E). As fontes de lipídios

na alimentação são óleos, azeites, margarina

maionese, amendoim, chocolate, etc.

Cerídeos

São conhecidos como ceras e podem ser de

origem animal ou vegetal.

Os cerídeos são ésteres formados a partir

de um ácido graxo superior e de um álcool

graxo superior.

Ácidos graxos: é todo ácido obtido a partir de

óleos e gordura animais e vegetais. Os ácidos

graxos são compostos monocarboxílicos, ou

seja, que apresentam um único grupo –COOH

na extremidade da cadeia.

Os compostos que apresentam mais de 10

átomos de carbono são chamados de ácidos

graxos superiores. Exemplo:

Ácido oléico ou ácido cis-9-octadecenóico

(constitui 83% azeite de oliva)

Álcoois graxos: são alcoóis com mais de 8

átomos de carbono na cadeia, que geralmente

é linear, compostos com mais de 16 átomos de

carbono são denominados alcoóis graxos

superiores.

Os cerídeos são utilizados na fabricação de

cosméticos, velas, sabões, graxa de sapato etc.

Exemplo: palmitato de merissila encontrado

nos favos de cera de abelha.

Glicerídeos

Os glicerídeos são óleos ou gorduras e podem

ser de origem animal ou vegetal.

Os glicerídeos são triésteres formados a

partir de três moléculas de ácidos graxos

superiores (iguais ou diferentes) e uma

molécula do triálcool glicerina (propanotriol).

Óleos: são derivados predominantemente de

ácidos graxos insaturados e apresentam-se na

fase líquida em condições ambientes.

Gorduras: são derivados predominantemente de

ácidos graxos saturados e apresentam-se na fase

sólida em condições ambientes.

Hidrogenação

Como a insaturação é a única diferença

química entre um óleo e uma gordura, é possível

transformar óleos em gorduras pela adição

catalítica de hidrogênio, que é o método que a

indústria utiliza para fabricar margarina (gordura

vegeta) a partir de óleos vegetais.

Saponificação

As gorduras animais como os sebos de porco ou

de boi são usadas na fabricação de sabão. Sabões

são sais de ácido graxo obtido (junto com a

glicerina) pela reação entre um glicerídeo e uma

base forte (NaOH ou KOH).

O sabão é biodegradável, isto é, consumido e

destruído por microorganismos existentes na

água, que deste modo não fica poluída.

85

H3C CH2 CH2 CH2 CH2 CH2 C

C C

H

C

H

CH2 CH2 CH2 CH2 CH2 CH2 C

O

OH

H2H2

H3C C C

O

OHH214

+ HO CH2 C CH3

14H2 29

H3C C C

O

O CH2 C CH329

H2

H2

+ H2O

ácido palmíticoálcool merissílico

palmitato de merissila

água

ácido graxo superiorálcool graxo superior

R1

R2

R3

hidrólise

esterificação

água

triésterestriálcoolácidos graxos

O

OHC CH2

+

HO

COH

O

COH

O

HO CH

CH2HO

O

OC

O

OC

CO

O

CH2

CH

CH2

+ H2O3R2

R1

R3

C C

H H

+ H2Ni (pó)

C CH H

H H

óleo vegetal margarina

glicerídeos

base forte

OC CH2

+CO

CO

CH

CH2

O

OC

O

OC

CO

O

CH2

CH

CH2

+ NaOH3

O-Na+

O-Na+

O-Na+

sais de ácidos

carboxílicos

(sabão)

OH

triálcool

glicerina

OH

OH

R1

R2

R3

R2

R1

R3

Sabão e Detergentes

O uso de KOH no lugar do NaOH permite

obter sabões moles que tem utilidade na

fabricação de cremes para barbear. A glicerina

ou (glicerol) é um subproduto da fabricação do

sabão. Por esse motivo, toda fábrica de sabão

vende também glicerina. Ela é adicionada aos

cremes de beleza e sabonetes, pois é um

umectante, isto é, mantém a umidade da pele.

A água por si só não consegue remover

certos tipos de sujeira, como, por exemplo,

restos de óleo em um prato, isso acontece

porque as moléculas de água são polares e as

de óleo, apolares. O sabão exerce um papel

importantíssimo na limpeza porque consegue,

assim dizer, “jogar nos dois times”, no das

substância polares e no das apolares.

Os detergentes sintéticos atuam da mesma

maneira, porém diferem dos sabões na

estrutura da molécula, Os sabões são sais de

ácido carboxílico de cadeia longa, e os

detergentes sintéticos, na grande maioria, sais

de ácidos sulfônicos de cadeia longa. Os

sabões em pó são, na verdade, detergentes

(sais de ácidos sulfônicos). Contêm também

outras substâncias, como Na2SO4, Na2CO3 etc.

PROTEÍNAS

As proteínas desempenham um papel estru-

tural, ou seja, são responsáveis pelo desenvol-

vimento da estrutura do organismo e são

formadas pela união de α-aminoácidos. As

fontes de proteínas na alimentação são carnes,

peixes, ovos e leguminosas, como feijão e soja

α-aminoácidos

Os α-aminoácidos (α indica que o grupo

amina se encontra no carbono 2 contando a

partir do grupo carboxila) são os monômeros

que dão origem às proteínas, polímeros

naturais.

86

Aminoácidos são compostos orgânicos de

função mista: amina e ácido carboxílico.

2 ou α 1

Nomenclatura

ácido (opcional) + localização do grupo amina

+amino + nome do ácido.

(ácido) α-aminoetanóico

glicina

(ácido) α-aminopropanóico

alanina

α-amino-3-metilbutanóico

valina

Como o átomo de carbono 1 é sempre o que

possui o grupo carboxila, é comum designar,

alga,α; beta,β; gama,γ ;delta,δ ;epsílon,ε; etc.

Assim, o α-amino valina, por exemplo, poderia

ser chamado de α-amino- β-metilbutanóico.

Ligação peptídica: É a ligação formada quando ocorre reação entre

um ácido carboxílico e uma amina.

Considere, por exemplo, dois α-aminoácidos

genéricos em que R e R’ são radicais quaisquer.

As proteínas são compostos formados pela

reação de polimerização (por condensação) de

um número muito grande de α-aminoácidos,

dando origem a mais de 100 ligações peptídicas.

constituintes básicos dos músculos, do sangue,

dos tecidos, da pele, hormônios e das enzimas

que catalisam as reações que ocorrem no nosso

organismo. As proteínas são constituídas pela

interação de 20 aminoácidos, desses oito são

essenciais ao organismo humano que não são

capazes de sintetizá-los. Por isso, esses

aminoácidos devem ser ingeridos durante o

consumo de alimentos como ovos, carnes

vermelhas e branca, arroz, milho e trigo.

CH3CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2 C

O

O-Na

+

cadeia apolar

capaz de interagir com a gordura

extremidade polar

capaz de interagir

com a água

C

O

OH

C

O

O-Na

+

SO3HSO3

- Na

+

sabão

detergente

C

NH2

C

O

OH

H2C C

NH2

O

OH

C

H

H3C

NH2

C

O

OH

C

H

C

NH2

C

O

OH

H3C

CH3

H

R CH C

N

H H

O

OH

+ R' CH C

N

H H

O

OH

H3O+

H3O+ R CH C

N

H H

O

N

H

CH C

O

OH

+ HOH

ligação peptídica (grupo amida)

POLÍMEROS

POLÍMERO DE ADIÇÃO

Os químicos na década de 30, através de

reações de adição, unir várias moléculas de

eteno(etileno) produzindo um composto de

alta massa molecular, chamado de polímero.

O reagente recebe o nome de monômero e a

reação de polimerização. As palavras

polímero e monômero vem do grego

poli(muitas), mono(uma) e mero(partes).

Polietileno

Onde n varia de 2000 até 50000

O polietileno de cadeia reta origina material

rígido, utilizado na fabricação de garrafas,

brinquedos e outros objetos, enquanto o

polietileno de cadeia ramificada produz um

material macio e flexível, tais como sacos e

embalagens.

Poliestireno

Polímero obtido pela adição sucessiva do

vinil-benzeno (estireno).

O poliestireno é usado na produção de

objetos moldados, como pratos, copos,

xícaras, seringas e objetos transparentes.

Quando sofre expansão provocada por gases,

origina o isopor.

Policloreto de vinila (PVC)

Aplicado em tubos para encanamento,

isolantes elétricos, pisos plásticos, etc.

Polipropileno

O polipropileno é obtido pela polimerização do

propeno(propileno).

É utilizado em pára-choques de automóvel,

peças moldadas, tapetes, etc.

Teflon

É o produto da polimerização do tetrafluoreteno

ou tetrafluoretileno.

Aplicado em revestimento de panelas e

frigideiras, veda-rosca usado por encanadores.

Poliacetato de vinila (PVA)

Utilizado em tintas, gomas de mascar, adesivos.

Poliacrilonitrila

Borracha

A borracha em geral, tanto as naturais como

as sintéticas são denominadas elastômeros

(polímeros que possuem alta elastidade).

Borracha Natural ou poliisopreno

É obtido a partir do metilbut-1,3-dieno,

conhecido como isopreno.

87

C C

H

H

H

Hn

P,T

catalisadorC

H

H

C

H

H netilenopolietileno

nP,T

catalisador

n

C C

HH

H

C C

HH

H

estirenopoliestireno

nP,T

catalisador

n

C C

H

H

H

ClC C

H

H

H

Cl

monômeropolímero

cloreto de vinilapolicloreto de vinila

nP,T

catalisador

n

C C

H

H

H

CH3

C C

H

H

H

CH3

monômeropolímero

propileno

polipropileno

n P,T

catalisador

n

C C

F

F

F

F

monômeropolímero

C C

F

F

F

F

tetrafluoretileno

politetrafluoretileno

teflon

nP,T

catalisador

n

C C

H

H

H

O C

O

CH3

monômero

polímero

C CH

H

H

O C

O

CH3

acetato de vinilapoliacetato de vinila (PVA)

C C

H

H

H

CN

polímeromonômero

C C

H

H

H

CNn

catalisador

P,Tn

cianeto de vinila

acrilonitrila policianeto de vinila

poliacrilonitrila

catalisadorH2C C CH CH2

CH3

H2C C CH CH2

CH3

isopreno poliisopreno (borracha natural)

Vulcanização da borracha

O látex obtido da seringueira é precipitado,

dando origem a uma massa viscosa que é a

borracha natural. Essa borracha é prensada

com o auxílio de cilindros, originando lâminas

moles de pequena resistência e elasticidade.

Essa borracha se torna quebradiça em dias

frios e extremamente gosmenta em dias

quentes. O aquecimento dessa massa viscosa

com enxofre produz um material bastante

elástico que praticamente não se altera com

pequena variações de temperatura. A esse

processo foi dado o nome de vulcanização.

Aplicação 70% utilizada para produção de

pneus. A borracha natural também é utilizada

para fabricação de luvas cirúrgicas, balões de

aniversários, borrachas escolares, etc.

Borracha sintética

A borracha sintética pode ser obtida a partir

do acetileno, C2H2(g), de acordo com as

seguintes etapas.

Dimerização do acetileno: duas moléculas de

acetileno associam-se para forma o vinil

acetileno.

Reação do vinilacetileno com gás hidrogênio,

produzindo o monômero but-1,3-dieno.

O monômero que dá origem ao polibutadieno

é o but-1,3-dieno. Reação de obtenção.

Semelhante às da borracha natural quando

vulcanizada, maior resistência à abrasão e

menor recuperação elástica que a borracha

natural. Mesma aplicação que a borracha

natural, exceto quando é necessário maior

elasticidade.

POLÍMEROS DE CONDENSAÇÃO

Formados a partir de um único monômero,

através de uma reação de condensação, com

eliminação de outra molécula, H2O, HCl, NH3.

nC6H12O6 → (C5H10O5)n + nH2O α-glicose amido (polímero

monômero de condensação)

nC6H12O6 → (C5H10O5)n + nH2O

β-glicose celulose (polímero

88 monômero de condensação

COPOLÍMEROS

Formados a partir de mais de um monômero,

através de reação de adição ou de condensação.

É o caso em que o polímero é obtido a partir de

dois ou mais monômeros diferentes.

Simbolicamente, podemos imaginar como uma

corrente formada por elos diferentes.

Energias Químicas no Cotidiano

PETRÓLEO

Como se Formou o Petróleo

A teoria mais aceita é que tudo começou a

milhares de anos, quando restos de animais e

vegetais mortos se depositaram no fundo dos

mares, nas vizinhanças de terra firme. Esses

restos foram sendo lentamente cobertos por

sedimentos (pó de calcário e areia) que com o

passar dos anos, se transformaram em rocha,

chamadas de rochas sedimentares (calcário e

arenito). Abaixo da superfície, sob efeito da alta

temperatura e da alta pressão aí, existentes, os

restos orgânicos dos animais e vegetais

sofreram, ao longo dos milhares de anos que se

seguiram, transformações químicas bastante

complicadas, formando o que hoje conhecemos

como petróleo, um líquido viscoso e geralmente

de coloração escura.

Composição do Petróleo

Constituído fundamentalmente por compostos

que contém apenas carbono hidrogênio ou seja

hidrocarbonetos, além dos hidrocarbonetos

contém em pequenas quantidades, substâncias

contendo nitrogênio, oxigênio e enxofre. Este

último é a pior impureza existente no petróleo,

estando presente na forma de substância simples

(S8), de gás sulfídrico (H2S) e também na

composição de substâncias orgânicas. O enxofre

deve ser retirado dos combustíveis, pois é

responsável pelo mau cheiro dos produtos na

queíma, atrapalha o funcionamento do motor e

faz com que o combustível fique corrosivo. É

também um dos responsáveis pelo fenômeno da

chuva ácida.

H C C C C H

HH

cat H C C C C H

H H H H

H C C C C H

H HCu2Cl2

NH4ClH C C H+H C C H

n

catH C C C C H

H H H H

C C C C

H2 H H H2

P,

H2C C

H

C

H

CH2 +n n H2C CH

eritreno

(monômero)

estireno(monômero)

C C

H

H

H

C C

H

H

C

H

H

C

H

buna S(copolímero de adição) n

Destilação do Petróleo

O processo de separação utilizado chama-se

destilação fracionada e é executado com o

auxílio de uma torre de fracionamento, uma

coluna de aço inoxidável cheia de “obstáculos

em seu interior. O petróleo aquecido é

introduzido próximo à base da coluna, às

moléculas menores (hidrocarbonetos com

baixo ponto de ebulição) conseguem contornar

esses “obstáculos” e chega ao topo da coluna.

Moléculas maiores (de hidrocarbonetos com

ponto de ebulição mais alto) não conseguem

chegar ao topo, acumulando-se nos diversos

níveis da coluna.

A destilação fracionada baseia-se na diferença de

volatilidade entre os vários componentes do

petróleo

Fração

Carbonos

Ebulição

Gases 1 a 4 Abaixo de 20

Éter de petróleo 5 a 6 20 a 60

Benzina 6 a 8 60 a 110

Gasolina 5 a 10 40 a 200

Querosene 12 a 18 175 a 235

Óleo diesel 12 a 20 250 a 400

Óleo lubrificante Acima de 20 300 a 500

Resíduos Acima de 20 ------

Craqueamento catalítico

Para obter ao grande consumo de gasolina, as

refinarias processam muito petróleo e, em

conseqüência, sobra óleo. Não haveria algum

meio de transformar esse excesso de óleo em

mais gasolina? A resposta é sim, bastando

quebrar, uma molécula de óleo com 16 átomos

de carbono em duas moléculas de 8, que

correspondem à gasolina. Essa quebra é feita sob

aquecimento (cerca de 500ºC) e utilizando um

catalisador apropriado. É chamada de pirólise ou

craqueamento catalítico.

Gasolina aditivada

A gasolina aditivada, disponível em alguns

poços, é uma gasolina comum acrescentada de

aditivos detergentes dispersantes. Esses aditivos

tem a finalidade a limpeza do sistema de

alimentação de combustível, incluindo linha de

combustível, bomba, injetores, válvulas, etc. Seu

uso permite que o motor opere nas condições

específicas pelo fabricante por mais tempo. A

gasolina aditivada possui maior octanagem em

relação a gasolina comum, possuindo melhor

desempenho.

Octanagem

Uma gasolina é de baixa qualidade quando não

espera a faísca da vela para explodir.Ela explode

antes do momento adequado, reduzindo assim o

rendimento do motor, que não funciona como

deveria.

A gasolina é uma mistura de hidrocarbonetos

com um número de carbonos em torno de 8. A

presença do heptano faz com que a gasolina seja

ruim. Já o isooctano torna-a de ótima qualidade.

A qualidade de uma gasolina é expressa através

de um número chamado de octanagem ou índice

de octanos. Ao heptano foi atribuído o valor

(zero) e ao isoocatno 100.

Há vários aditivos que aumentam a octanagem

de uma gasolina, são chamados de antideto-

nantes, pois evitam a explosão antes da faísca da

vela. Um exemplo desses aditivos é o etanol,

usado no Brasil com essa finalidade desde a

década de 80.

89

Hidrocarboneto

Hidrocarboneto

Hidrocarbonetomolécula grande

Óleo molécula pequena

Gasolina

catalisador

Gás Natural

Denomina-se gás natural a mistura de gases

aprisionada em bolsões no subsolo de algumas

regiões, aparece junto com o petróleo,

evidenciando a origem comum de ambos, ou

seja, a partir de resto de antigos organismos

marinhos. Embora a sua composição seja

bastante variável do local onde é encontrado, o

constituinte majoritário é sempre o metano

(CH4). Outros compostos são etano (C2H6),

propano (C3H8) e geralmente em quantidades

menores, butano (C4H10), metilbutano (C4H10),

dióxido de carbono (CO2), sulfeto de

hidrogênio (H2S), nitrogênio (N2) e outros.

A principal aplicação do gás natural é como

combustível. Para as indústrias, ele apresenta

algumas vantagens em relação ao carvão e ao

óleo combustível; seu transporte é bem mais

simples, é levado através de uma tubulação

(gasoduto) até o local de utilização e sua

combustão não deixa resíduos nos fornos e

caldeiras. No Brasil vem sendo utilizado em

alguns automóveis, tais como táxis e ônibus.

Hulha

A hulha é uma variedade de carvão mineral

que apresenta, aproximadamente, 80% em

carbono e possui um grande interesse

industrial. A destilação seca é o processo que

permite que a hulha ao ser aquecida entre

1000ºC e 1300ºC, numa retorta e em presença

de corrente de ar, obter três importantes

frações: a fração gasosa, a líquida e a sólida.

Fração gasosa: é usada como combustível

doméstico e também na indústria.

Fração liquida: formado por duas fases:

águas amoniacais e alcatrão da hulha.

Águas amoniacais; fase clara, menos densa

que a água é rica em NH3, que é empregado na

preparação de ácido nítrico (HNO3) e na

produção de fertilizantes (agricultura).

Alcatrão da hulha; fase escura e mais densa

que a água, constitui-se na mais importante

fonte natural de compostos aromáticos.

Frações que se obtêm do alcatrão da hulha

1ª fração: óleo leve ( benzeno, tolueno, etc.)

2ª fração: óleo médio ( fenol, naftaleno, etc.)

3 fração: óleo pesado ( naftóis, cresóis, etc.)

4ª fração: óleo verde ( antraceno, fenantreno)

5ª fração: resíduo (piche)

Fração sólida: Chamado carvão coque. Este

carvão é utilizado na siderurgia para produção

de ferro e aço e também na produção de

gasolina sintética.

90

Carvão Vegetal

Carvão vegetal é uma substância de cor negra

obtida pela carbonização da madeira ou lenha. É

muito utilizado como combustível para

aquecedores, lareiras, churrasqueiras e fogões a

lenha.

Biomassa

A biomassa é recurso natural renovável,

enquanto que os combustíveis fósseis não se

renovam a curto prazo. A biomassa é utilizada

na produção de energia a partir de processos

como a combustão de material orgânico

produzida e acumulada em um ecossistema,

porém nem toda a produção primária passa a

incrementar a biomassa vegetal do ecossistema.

Parte dessa energia acumulada é empregada pelo

ecossistema para sua própria manutenção. Suas

vantagens: baixo custo, é renovável, permite o

reaproveitamento de resíduos e é menos

poluente que outras formas de energias como

aquela obtida a partir de combustíveis fósseis. A

queima de biomassa provoca a liberação de

dióxido de carbono na atmosfera, mas como este

composto havia sido previamente absorvido

pelas plantas que deram origem ao combustível,

o balanço de emissões de CO2 é nulo. Um

exemplo de biomassa é a palha do arroz que

pode ser queimada para a produção de energia.

Biocombustíveis

Os biocombustíveis são apresentados como

alternativas aos combustíveis fosseis, visto que

são energias renováveis derivados de matérias

agrícolas como plantas oleaginosas, biomassa

florestal, cana-de-açúcar e outras matérias

orgânicas. Existem vários tipos de biocombus-

tíveis mas os principais biocombustiveis são: a biomassa, o bioetanol, o biodiesel e o biogás. Bioetanol: O bioetanol é a obtenção do etanol

através da biomassa, para ser usado diretamente

como combustível ou se juntar com os ésteres do

óleo vegetal e formar um combustível, a esse

processo se dá o nome de transesterificação.

Biogás é um tipo de mistura gasosa de dióxido

de carbono e metano produzida naturalmente em

meio anaeróbico pela ação de bactérias em

matérias orgânicas, que são fermentadas dentro

de determinados limites de temperatura, teor de

umidade e acidez.

OBS: As energias são consideradas energias

renováveis quando a sua produção ultrapassa o

seu consumo.

Biodiesel

Biodiesel é um combustível biodegradável

derivado de fontes renováveis, Pode ser produ-

zido a partir de gorduras animais ou de óleos

vegetais, tais como mamona, dendê ( palma ),

girassol, babaçu, amendoim, pinhão e soja,

dentre outras. O biodiesel substitui total ou

parcialmente o óleo diesel de petróleo em

motores automotivos (de caminhões, tratores,

camionetas, etc. Ou estacionários geradores de

eletricidade, calor, etc. Pode ser usado puro ou

misturado ao diesel em diversas proporções. A

mistura de 2% de biodiesel ao diesel de

petróleo é chamada de B2 e assim sucessi-

vamente, até o biodiesel puro, denominado

B100.

Segundo a Lei nº 11.097, de 13 de janeiro de

2005, biodiesel é um “bicombustível derivado

de biomassa renovável para uso em motores a

combustão interna com ignição por

compressão ou, conforme regulamento para

geração de outro tipo de energia, que possa

substituir parcial ou totalmente combustíveis

de origem fóssil”.

A transesterificação é o processo mais utili-

zado atualmente para a produção de biodiesel.

Consiste numa reação química dos óleos

vegetais ou gorduras animais com o álcool

comum (etanol) ou o metanol, estimulada por

um catalisador, da qual também se extrai a

glicerina, produto com aplicações diversas na

indústria química. Além da glicerina, a cadeia

produtiva do biodiesel gera uma série de

outros co-produtos (torta, farelo etc.) que

podem agregar valor e se constituir em outras

fontes de renda importantes para os produ-

tores. A transesterificação é uma reação

química entre um éster (RCOOR’) e um álcool

(R’’OH) da qual resulta um novo éster

(RCOOR’’) e um álcool (R’OH).

onde R,R’ e R’’ são radicais orgânicos

Esta reação, origina-se um éster de ácido

graxo e glicerol como subproduto. O processo

inicia-se juntando o óleo vegetal com um

álcool (metanol, etanol, propanol, butanol) e

catalisadores (que podem ser ácidos, básicos

ou enzimáticos) para acelerar a reação. Nesse

processo, obtém-se um éster de ácido graxo

(biodiesel) e glicerina como subproduto.

Água

A água em termos químicos também designa-

se por: hidróxido de hidrogênio, monóxido de

di-hidrogênio ou ainda protóxido de hidrogênio

é uma substância que, nas Condições Normais

de Temperatura e Pressão (0°C; 1atm), encontra-

se em seu ponto de fusão. Em condições

ambientes (25 °C; 1 atm) encontra-se no estado

líquido, visualmente incolor (em pequenas quan-

tidades), inodora e insípida.

Função Biológica

A água possui muitas propriedades incomuns

que são críticas para a vida: é um bom solvente e

possui alta tensão superficial. Por ser uma

substância estável na atmosfera, desempenha um

papel importante como absorvente da radiação

infravermelha, crucial no efeito estufa da

atmosfera. A água também possui um calor

específico peculiarmente alto que desempenha

um grande papel na regulação do clima global.

A água dissolve vários tipos de substâncias

polares e iônicas, como vários sais e açúcares,

facilitando na interação química entre as

diferentes substâncias fora e dentro dos

organismos vivos apesar disso, algumas subs-

tâncias não se misturam bem com a água,

incluindo óleos e outras, podendo ser classi-

ficadas como insolúveis e, em alguns casos,

hidrofóbicas. As membranas celulares, com-

postas por lipídios e proteínas, levam vantagem

das propriedades hidrofóbicas para controlar as

interações entre os seus conteúdos e o meio

externo.

Propriedades Físicas e Químicas

Uma característica incomum da água é a sua

dilatação anômala. Ela se contrai com a queda

de temperatura, mas a partir de 4°C começa a se

expandir, voltando a se contrair após sua

solidificação. Isso explica porque a água congela

primeiro na superfície, pois a água que atinge a

temperatura de 0°C se torna menos densa que a

água a 4°C, consequentemente ficando na

superfície. Esse fenômeno também é importante

para a manutenção da vida nas águas frias, pois

faz com que a água a 4°C fique no fundo e

mantenha mais aquecidas as criaturas que ali

vivem. Cerca de dois terços da superfície da

Terra está coberta por água, 97,2% dos quais

contêm os cinco oceanos. O aglomerado de gelo

do Antártico contém cerca de 90% de toda a

água potável existente no planeta.

91

R C

O

O R'

+ R'' OH R C

O

O R''

R' OH+

Relações de Química com as Tecnologias

a Sociedade e o Meio Ambiente

Química no cotidiano

O ensino de Química

deve ser um facilitador da

leitura do mundo.

Gabriel Gouveia

Desde muitos séculos se sabe que muitos materiais

podem emitir luz quando excitados. Isto ocorre

quando os elétrons dos átomos absorvem energia e

passam para níveis mais altos. Quando os elétrons

voltam para os níveis mais baixos, liberam a

diferença de energia. E esta liberação pode ocorrer

na forma de emissão de luz. Este fenômeno é

usado, por exemplo, na confecção dos fogos de

artifício. Quando os fabricantes desejam produzir

fogos de artifício coloridos, misturam à pólvora

compostos de certos elementos químicos apro-

priados, utilizam sais de diferentes metais na

mistura explosiva (pólvora) para que, quando

detonados, produzam cores diferentes. Para se

obter a cor amarela, por exemplo, adicionam sódio

(Na), para conseguir o vermelho-carmim, colocam

estrôncio (Sr). Quando querem o azul-esverdeado,

utilizam cobre (Cu). Na hora em que a pólvora

explode, a energia produzida excita os elétrons

desses átomos, ou seja, os elétrons "saltam" de

níveis de menor energia (mais próximos do núcleo)

para níveis de maior energia (mais distantes).

Quando retornam aos níveis de menor energia,

liberam a energia, na forma de luz colorida. As

diferentes cores são observadas quando os elétrons

dos íons metálicos retornam para níveis menores de

energia (mais internos), emitindo radiações com a

coloração característica de cada "salto" energético

(diferentes comprimentos de onda). Lembre-se do

que acontece na sua cozinha, quando a água com

sal do arroz escorre na panela e atinge a chama

azul do fogo. Aparece uma coloração amarela bem

forte. O sal de cozinha é o cloreto de sódio, e a cor

característica do sódio é amarela. Os luminosos de

neônio (Ne) e as lâmpadas de vapor de sódio ou

mercúrio (Hg), utilizadas em iluminação pública,

são dispositivos baseados em tubos de raios

catódicos. Estes tubos são ampolas de vidro com

um gás no seu interior, a baixa pressão, e que

possuem extremidades metálicas onde se aplica

uma diferença de potencial elétrico. Eles são

semelhantes aos tubos de imagem dos televisores.

Nestes, há uma substância no estado gasoso, cujos

elétrons são excitados por ação da corrente elétrica.

Quando esses elétrons retornam, há a emissão e

luz. Nos luminosos de gás neônio, a luz emitida é

vermelha, e nas lâmpadas de vapor de sódio é

amarela.

92

Reações químicas utilizam a energia dos alimentos

para excitar elétrons de alguns átomos. Quando os

elétrons voltam ao estado fundamental, há emissão de

luz. Esse fenômeno é chamado de bioluminescência.

O caso mais conhecido de bioluminescência é o dos

vaga-lumes (ou pirilampos). Há evidências de que

eles utilizam os sinais luminosos para se comuni-

carem com os parceiros do sexo oposto. Alguns

materiais, quando absorvem radiação, emitem de

volta luz visível. Esse fenômeno é chamado generi-

camente de luminescência. Quando a emissão ocorre

imediatamente após a incidência da radiação, o

fenômeno é chamado de fluorescência. Se, por outro

lado, a emissão demorar alguns segundos ou até

mesmo algumas horas, chamamos de fosforescência.

Portanto as lâmpadas são fluorescentes e os

interruptores de luz são fosforescentes. Podemos

notar que a química está mesmo presente em tudo,

desde a fabricação de fogos de artifício, até a

comunicação entre os insetos. Estes fenômenos

aparentemente são bem diferentes, mas, na realidade,

utilizam as mesmas propriedades básicas da matéria

como a espectroscopia, estrutura atômica, etc.

Química na agricultura

O solo agrícola tem profundidade em torno de 20

cm a 40 cm e é constituído de uma mistura complexa

de matéria orgânica (vegetais e húmus) e de minerais

proveniente da desagregação de rochas, como areias

grossa ou finas, argila, calcário e óxido de ferro.

O húmus é o produto de decomposição parcial de

restos de vegetais e animais e é importante como

fonte de matéria orgânica para a nutrição vegetal

além de possui alta capacidade de reter a água.

O primeiro fertilizante utilizado provavelmente foi o

estrume, pois somente no século XVII que ficou

constatado os benefícios do uso do salitre (NaNO3)

nitrato de sódio e do nitrato de potássio (KNO3), o

que difundiu a utilização de nitrato como fertili-

zantes. Na primeira metade do século XIX, a

agricultura científica identificou o desempenho dos

nutrientes, nitrogênio, fósforo e potássio (NPK) no

desenvolvimento dos vegetais considerados atual-

mente como macronutrientes.

Macronutrientes: são os nutrientes de que as plantas

necessitam em maiores quantidades para se

desenvolver plenamente. Podem ser primários: nitro-

gênio, fósforo e potássio; ou secundários: magnésio,

cálcio e enxofre. Além dos macronutrientes as

plantas necessitam em menor quantidades dos

Micronutrientes para se desenvolver plenamente:

ferro, manganês, cloro, cobre, boro, molibdênio,

cobalto e níquel. Entretanto, é preciso muito cuidado

na aplicação dos micronutrientes pelo fato de as

plantas as exigiram em quantidades mínimas. No

entanto, a deficiência de nutrientes pode compro-

meter o rendimento da lavoura.

Poluição por fertilizantes

Usados em grandes quantidades para aumentar as

colheitas, os fertilizantes que contêm principal-

mente os íons nitrato, NO31-

, nitrito, NO2-1

, fosfato-

monoácido HPO42-

e fosfato diácido,H2PO4-1

(muito

solúveis) são arrastados pela irrigação e pelas

chuvas para os lençóis subterrâneos, lagos e rios.

Quando esses íons alcançam as águas de lagos,

rios e represas passam a nutrir a população

microscopia de algas que constituem o chamado

fitoplancto. Bem nutrida, essa população de algas

se reproduz numa velocidade acima do normal.

Muitas vezes, os nutrientes também favorecem a

multiplicação de algas macroscópicas, que formam

um tapete cobrindo a superfície, isolando a água do

oxigênio do ar, o que diminui as chances de

preservação da vida no sistema aquático. Além

disso, quando as algas morrem, produzem grandes

quantidades de detritos que são decompostos por

microorganismos aeróbicos, ou seja, utilizam as

reservas de oxigênio da água para realizar seu

trabalho. Isso provoca a morte das plantas

aquáticas e de peixes num processo que vai se

agravando até atingir todo o ecossistema. A esse

fenômeno é dado o nome de eutrofização.

Química na Saúde

Desde a mais remota antiguidade, o homem

primitivo procurou alívio para suas dores e

enfermidades em extratos vegetais, poções, etc.

Com as descobertas de muitos medicamentos, a

incidência de epidemias pelo mundo diminuiu

bastante. No entanto, em muitos países várias

doenças consideradas “antigas” persistem em

forma endêmica, epidemia ocorre quando a doença

surge e rapidamente atinge um número muito

grande de pessoas; endemia, quando a doença

persiste por longo tempo num lugar, mas atingindo

um número menor de pessoas. No Brasil temos

muitos exemplos de situações endêmicas. Podendo

citar como exemplo a Febre amarela: causada por

um vírus, transmitido pelo Aedes aegypti (existe

vacina). Passando agora falar em medicamentos,

podemos dizer que droga é qualquer substância

que, por sua natureza química, altera a estrutura ou

o funcionamento de um organismo vivo. Além

disso, devemos lembrar que um determinado

composto químico pode ser remédio ou veneno,

dependendo da dose utilizada. Dentre os

medicamentos mais comuns podemos citar:

Antiácidos: Produtos que combatem a hiper-

acidez estomacal(azia). Eles contêm substâncias de

caráter básico como o bicarbonato de sódio

NaHCO3, o hidróxido de magnésio, Mg(OH)2 etc.

capaz de neutralizar o excesso de ácido clorídrico

do suco gástrico.

Analgésicos e Antitérmicos: Os analgésicos

aliviam a dor, e os antitérmicos diminuem a febre.

Unindo essas duas características, temos os medica-

mentos mais vendidos no mundo a aspirina, que

corresponde quimicamente ao ácido acetilsalicílico

(AAS).

Em estado puro, um pó cristalino branco ou cristais

incolores, pouco solúvel na água, solúvel no álcool e

no éter.

Medicamentos contra infecções:Quando uma

pessoa é vítima de uma infeccção, isso significa que

os microorganismos que a invadiram estão se

multiplicando mais depressa do que o tempo que as

células brancas do sangue levam para devorá-los. E

significa também que as toxinas produzidas por esses

microorganismos aumentam mais depressa do que o

tempo que os anticorpos (proteínas do organismo)

gastam para neutralizá-las.

No início do século XX, as infecçõess eram as

maiores causadoras de mortes. Atualmente, porém, a

maior parte das infecções pode ser controlada. Um

dos primeiros medicamentos de grande sucesso no

combate às infecções foram as SULFAS, como por

exemplo, a sulfanilamida, a sulfadiazina, etc.

Posteriormente surgiu os ANTIBIÓTICOS, que são

compostos químicos produzidos por microorganis-

mos e que conseguem retardar o crescimento ou

mesmo matar outros microorganismos.

Como exemplo, podemos citar o caso da primeira

penicilina (penicilina G). As penicilinas são usadas

no combate à pneunomia, à furunculose, às infecções

urinárias, à sífilis, etc.

Anestésicos: Anestésicos são medicamentos que

causam a perda da sensação de dor. O óxido nitroso

(N2O), chamado de “gás hilariante” e o éter comum

(C2H5-O-C2H5) já foi utilizado como anestésicos na

época que o tratamento era feita a sangue frio ou seja

o paciente aguentava toda a dor acarretada pela

intervenção. Posteriormente foram descobertos

outros anestésicos, mais poderosos e com menos

efeitos colaterais. Como por exemplo, o clorofórmio

(CHCl3), o ciclopropano, o metoxiflurano (CH3-O-

CF2-CHCl2) o halonato (CHClBr-CF3), etc.

São conhecidos também os chamados anestésicos

locais,como, por exemplo, a novocaína (cloridrato de

procaína) e a benzocaína.

Atualmente, o número de medicamentos é muito

grande, e a maiorias deles é vendida livremente em

farmácias e drogarias. Isso leva muitas pessoas a

criarem o hábito da automedicação, o que é muito

perigoso.

93

COOH

O C

O

CH3

ácido acetilsalicílico

H2N SO2 NH2

sulfanilamida

H2N SO2 NH C

N

Nsulfadiazina

H2N C O

O

CH2 N

C2H5

C2H5

Cl-

novocaina

H2N C O

O

CH2 CH3

Benzocaína

BIOTECNOLOGIA

Biotecnologia é o conjunto de técnicas e processos

que utilizam organismos vivos na fabricação de

produtos de importância agrícola, industrial, farma-

cêutica, e também em serviços de utilidade pública,

como tratamento de águas.

A biotecnologia é uma área multidisciplinar que

engloba setores da Bioquímica, da Genética, da

Microbiologia, da Biologia Molecular, da Farma-

cologia, etc. Ela se desenvolve a passos largos e

causará, sem dúvida, um grande impacto econô-

mico num futuro próximo.

Alguns exemplos da Biotecnologia clássica são:

a) as fermentações que visam a fabricação de:

- produtos alimentícios, como bebidas, iogurtes,

pães, queijo, etc.

- produtos químicos: como etanol, acetona, etc.

- produtos farmacêuticos, como antibióticos, vita-

minas, etc.

- enzimas: que são catalisadores biológicos, muitos

dos quais usados nas indústrias de alimentos, de

medicamentos, de detergentes, etc.

b) Fabricação de vacinas: usadas na prevenção de

doenças, como o sarampo, coqueluche, paralisia

infantil, etc.

c) Fabricação de soro: usados no tratamento de

pacientes atacados pela raiva, por picadas de

cobras, etc.

d) O uso de biodigestores: que provocam a

fermentação de resíduos, vegetais e de fezes de

animais, produzindo o biogás (mistura de CH4 e

CO2), que é usado como combustível.

Ainda dentro dos processos da Biotecnologia

clássica podemos citar a seleção e o cruzamento de

animais e vegetais. Assim como é possível colocar

uma floresta dentro do tubo de ensaio para produzir

um determinado produto químico capaz de

combater o câncer como é o caso do taxol

encontrada em árvores raras. No entanto, o maior

avanço no campo da Biotecnologia ocorreu na

década de 1970 com o advento da Engenharia

genética. Que entre outras técnicas, possibilitou a

produção da insulina humana. (Insulina é um

hormônio produzido no pâncreas que controla o

metabolismo do açúcar no corpo humano; sua falta

acarreta o tipo comum de diabete). Hoje é extraída

do Pâncreas do boi ou do porco, a preços elevados.

Poluição e Tratamento das águas

A água potável é a que pode ser consumida pelas

pessoas, sem pôr em risco sua saúde, e que

apresenta certas características físicas, químicas e

bacteriológicas que são padronizadas nas Estações

de Tratamento (ETAs). A água que evapora para a

atmosfera proveniente de oceanos, lagos, rios etc.

entra em contato com os gases poluentes

produzidos pelos veículos de transporte e pelas

indústrias como os óxidos de enxofre e nitrogênio.

Quando essa água precipita ela reage com

compostos tóxicos, dando origem às chuvas ácidas.

94

que vão contaminar as águas destinadas às ETAs. A

água proveniente de precipitações, ao atravessar a

atmosfera, arrasta compostos químicos tóxicos e

matéria orgânica das mais diversas origens, poluindo

as reservas subterrâneas. Muitas vezes, as águas de

rios e represas destinada às ETAs recebem direta-

mente resíduos domésticos, que são recolhidos por

sistemas de esgotos oficiais ou clandestinos, causan-

do turvação e contaminação da água. Diante de todos

esses fatores antes de ser distribuída para as residên-

cias, a água precisa passar por uma série de tratamen-

tos para melhor seu aspecto e eliminar os tipos mais

comuns de contaminantes.

Coagulação ou floculação: Muitas das impurezas

contidas na água ficam dispersas uniformemente não

sofrendo sedimentação pela ação da gravidade, esse

fenômeno pode ser explicado pelo fato de essas

partículas possuírem a mesma carga elétrica e,

portanto sofrem repulsão mutua impedindo que se

choquem e formem aglomerados de dimensões

maiores que poderiam precipitar naturalmente. Para

resolver o problema coloca-se coagulantes químicos

que neutralizam a carga elétrica das partículas pro-

movendo a colisão entre elas. O coagulante mais

utilizado no Brasil é o sulfato de alumínio Al2(SO4)3

que é adicionado à água com óxido de cálcio CaO.

1CaO(S) + 1H2O(L) → 1Ca(OH)2(aq)

Al2(SO4)3 + 3Ca(OH)2 → 2Al(OH)3 + 3CaSO4

As reações acima promovem o aglutinação das

partículas em suspensão ou dispersão coloidal,

facilitando sua deposição sobre a forma de flóculos.

Sedimentação ou decantação: A água contendo os

flóculos de impurezas segue diretamente para os

decantadores ou tanques de sedimetação. Ficando

cerca de quatro horas, tempo suficiente para que os

flóculos, lama, e microorganismos se sedimentem,

um vez que apresentam densidade maior que a água.

Filtração em areia e cascalho: A água isenta

praticamente de flóculos passa por filtros constituídos

de uma camada de areia, geralmente 75 cm de altura,

depositada sob uma camada de cascalho, com cerca

de 30 cm de altura, que por sua vez encontra-se sob

uma base de tijolos especiais dotados de orifícios

drenantes. Após a água é levada a grandes

reservatórios para o tratamento final com cloro para

matar as bactérias.

Arejamento da água: O arejamento da água tem por

objetivo introduzir gás oxigênio que atua removendo

o gosto ruim e o cheiro desagradável. Neste processo

a água é geralmente pulverizada ou projetadas por

fios através do ar.

ÁGUAS RESIDUAIS (ESGOTOS)

Estação de Tratamento de Águas Residuais

(ETAR) que, no Brasil, se designa oficialmente

também por Estação de Tratamento de Efluentes

(ETE), são estações que tratam as águas residuais

de origem doméstica ou industrial, comumente

chamadas de esgotos sanitários ou despejos

industriais , para depois serem escoadas para o mar

ou rio com um nível de poluição aceitável (ou

então, serem "reutilizadas" para usos domésticos).

Numa ETAR as águas residuais passam por vários

processos de tratamento com o objectivo de separar

ou diminuir a quantidade da matéria poluente da

água.

Fases do tratamento

Tratamento Preliminar: O esgoto é sujeito aos

processos de separação dos sólidos mais grosseiros

tais como a gradagem (no Brasil, chamado de

gradeamento) que pode ser composto por grades

grosseiras, grades finas ou peneiras rotativas, o

desarenamento nas caixas de areia e o desengor-

duramento nas chamadas caixas de gordura ou em

pré-decantadores. Nesta fase, o esgoto é, desta

forma, preparado para as fases de tratamento

subsequentes, podendo ser sujeito a um pré-

arejamento dos poluentes.

Tratamento Primário: Apesar do esgoto

apresentar um aspecto ligeiramente mais razoável

após a fase do tratamento preliminar, possui ainda

praticamente inalteradas as suas características

poluidoras. Segue-se, pois, o tratamento propria-

mente dito. onde a matéria poluente é separada da

água por sedimentação Este processo exclusiva-

mente de ação física pode, em alguns casos, ser

ajudado pela adição de agentes químicos que

através de uma floculação possibilitam a obtenção

de flocos de matéria poluente de maiores

dimensões e assim mais facilmente decantáveis.

Após o tratamento primário, a matéria poluente que

permanece na água é de reduzidas dimensões,

normalmente constituída por colóides, não sendo

por isso passível de ser removida por processos

exclusivamente físico-químicos. A eficiência de

um tratamento primário pode chegar a 60% ou

mais dependendo do tipo de tratamento e da

operação da ETE.

Tratamento Secundário: constitui num processo

biológico, do tipo iodo ativado ou do tipo filtro

biológico, onde a matéria orgânica (poluente) é

consumida por microorganismos nos chamados

reatores biológicos. Estes reatores são normal-

mente constituídos por tanques com grande

quantidade de microorganismos aeróbios, havendo

por isso a necessidade de promover o seu

arejamento. O esgoto saído do reator biológico

contem uma grande quantidade de microor-

ganismos, sendo muito reduzida a matéria orgânica

remanescente. A eficiência de um tratamento

secundário pode chegar a 95% ou mais dependendo

da operação da ETE. Os microorganismos sofrem

posteriormente um processo de sedimentação.

sedimentadores (decantadores) secundários. Fina-

lizado o tratamento secundário, as águas residuais

tratadas apresentam um reduzido nível de poluição

por matéria orgânica, podendo na maioria dos casos,

serem despejadas no meio ambiente receptor.

Tratamento Terciário: Antes do lançamento final

no corpo receptor, é necessário pro-ceder à desin-

fecção das águas residuais tratadas para a remoção

dos organismos patogênicos ou, em casos especiais,

à remoção de determinados nutrientes, como o

nitrogênio (azoto) e o fósforo, que podem potenciar,

isoladamente ou em conjunto, a eutrofização das

águas receptoras.

Remoção de Nutrientes: Águas residuárias podem

conter altos níveis de nutrientes como nitrogênio e

fósforo. A emissão em excesso destes pode levar ao

acúmulo de nutrientes, fenômeno chamado de

eutrofização, que encoraja o crescimento excessivo

(chamado bloom) de algas e cianobactérias (algas

azuis). A maior parte destas algas acaba morrendo,

porém a decomposição das mesmas por bactérias

remove oxigênio da água e a maioria dos peixes

morrem. Além disso, algumas espécies de algas

produzem toxinas que contaminam as fontes de água

potável (as chamadas cianotoxinas).

processos para remoção de nitrogênio e fósforo

A Desnitrificação requer condições anóxicas

(ausência de oxigênio) para que as comunidades

biológicas apropriadas se formem. A desnitrifi-

cação é facilitada por um grande número de

bactérias. Métodos de filtragem em areia, lagoa de

polimento, etc. pode reduzir a quantidade de

nitrogênio. O sistema de lodo ativado, se bem

projetado, também pode reduzir significante parte

do nitrogênio.

A Remoção de fósforo, que pode ser feita por

precipitação química, geralmente com sais de ferro

cloreto férrico ou alumínio sulfato de alumínio). O

lodo químico resultante é difícil de tratar e o uso dos

produtos químicos torna-se caro. Apesar disso, a

remoção química de fósforo requer equipamentos

muito menores que os usados por remoção biológica.

Desinfecção: A desinfecção das águas residuais tra-

tadas objetiva a remoção dos organismos pato-

gênicos. O método de cloração também tem contri-

buído significativamente na redução de odores em

estações de tratamento de esgoto. Revelou-se entre os

processos artificiais o de menor custo e de elevado

grau de eficiência em relação a outros processos

como a ozonização que é bastante dispendiosa e a

radiação ultra-violeta que não é aplicável a qualquer

situação. Neutralização: Utiliza produtos de caráter

básico ou ácido, como cal, CaO, carbonato de sódio,

Na2CO3, hidróxido de ´sodio, NaOH, e dolomita,

CaMg(CO3)2 ácido sulfúrico, H2SO4, para neutraliar

a água, que pod estar levemente ácida ou alcalina, A

água é considerada neutra quando possui a 25ºC um

índice de acidez (PH) igua a 7. Antes da água ser

devolvida para o meio ambiente deve ser submetida a

uma desinfecção, por meio de cloração, a fim de

perder a cor e as bactérias causadoras de doenças.

95

OBTENÇÃO OU PRODUÇÃO DE

SUBSTÂNCIAS QUÍMICA

Cloro

O cloro é obtido principalmente a partir do

cloreto de sódio, NaCl, em solução aquosa através

de um proceso denominado eletrólise.

Principais aplicações

- Um processo de purificação de águas ampla-

mente utilizado é a cloração. O agente é o ácido

hipocloroso , HClO , que se produz dissolvendo

cloro na água e regulando o pH.

- Outra aplicação que vem ampliando sobremaneira

os níveis de qualidade de vida das populações que

usufruem deste processo, é a aplicação de cloro em

estações de tratamento de esgoto.

- Na produção de papel se emprega cloro no

branqueamento da polpa, apesar de estar sendo

substituído pelo díoxido de cloro, ClO2.

- Uma grande parte de cloro é empregada na

produção de cloreto de vinila, composto orgânico

usado como matéria-prima para a obtenção de

policloreto de vinila, conhecido como PVC.

- Também é utilizado na síntese de numerosos

compostos orgânicos e inorgânicos como, por

exemplo, o tetracloreto de carbono (CCl4), o

clorofórmio (CHCl3) e diferentes halogenetos

metálicos.

- Preparação de cloreto de hidrogênio puro, que

pode ser obtido por síntese direta: H2 + Cl2 →

2HCl

- O cloro é usado como desinfetante (no tratamento

de água, na desinfecção de verduras).

Hidróxido de Sódio

O hidróxido de sódio (NaOH), é uma base forte

devido a seu baixo custo. No comércio é vendida

com o nome de soda cáustica. É um sólido branco

que ataca a pele, o vidro e alguns metais (Al, Zn).

Por sua grande afinidade com a água (higroscó-

pico), absorve o vapor de água do ar. O NaOH é

obtido por eletrólise do NaCl(aq). Utilizado na

preparação de sabões e detergentes, na refinação de

petróleo nas indústrias de papel e têxtil.

Ácido Sulfúrico

O ácido sulfúrico, H2SO4, é um ácido mineral

forte, e solúvel na água em qualquer concentração.

O ácido sulfúrico tem várias aplicações industriais

e é produzido em grande quantidade.

Obtenção do SO2: Pode ser feita por queima do

enxofre, naturalmente livre na natureza, de sulfe-

tos metálicos, como a pirita, FeS2. S(S) + O2(g) → SO2(g) ∆H < 0 (exotérmica)

4FeS2(S) + 11O2(g) → 8 SO2(g) + 2FeO3(g)

96

- Oxidação do SO2: Essa etapa é mais difícil do

processo, já que o rendimento em SO3 é baixo:

SO2(S) + O2(g) ↔ SO3(g) ∆H < 0 (exotérmica)

O SO3 em contato com água ou H2SO4 em solução

completará a síntese: SO3 + H2O → H2SO4

Principais Usos: O ácido sulfúrico é uma fonte

barata de íons H+. Tem largo emprego em obtenção

de ácidos voláteis, através de dupla troca.

2NaCl + H2SO4 → 2HCl + Na2SO4 (obtenção de HCl)

CaF2 + H2SO4 → 2HF + CaSO4 (obtenção de HF)

É utilizado na fabricação de fertilizantes, na indústria

petrolífera (para retirada de algumas impurezas), na

produção de baterias, tintas, plásticos, detergentes,

explosivos, entre inúmeras outras utilizações. Sendo

utilizado como desidratante eficaz. Assim, a obtenção

da nitroglicerina pode ser favorecida pela extração de

água pelo ácido sulfúrico.

Amônia

Amoníaco, gás amoníaco ou amônia é um com-

posto químico cuja molécula é constituída por um

átomo de Nitrogênio e três átomos de hidrogénio de

formula molecular NH3. A molécula não é plana,

apresenta geometria piramidal. Esta geometria ocorre

devido à formação de orbitais híbridos sp³. Em

solução aquosa se comporta como uma base

transformando-se num íon amônio, NH4+, com um

átomo de hidrogênio em cada vértice do tetraédro:

Obtenção: O processo de Haber (também conhecido

como Processo Haber-Bosch) é uma reação entre nitrogênio e hidrogênio para produzir amoníaco. Esta reação é catalisada com o ferro, sob as

condições de 250 atm de pressão e uma temperatura

de 450ºC. N2(g) + 3H2(g) ↔ 2NH3(g) + energia

Aplicações: Matéria-prima na preparação de fertili-

zantes que fornecem o nitrogênio necessário ao

crescimetno ds plantas. Atualmente, a amônia tem

sido usada diretamete como fertilizantes.

Ácido Nítrico

Tem a fórmula molecular HNO3, é um ácido de

elevado grau de ionização e volátil à temperatura

ambiente. É produzido industrialmente pelo processo

Ostwald. A amônia é aquecida com um catalisador

(platina) para a formação do óxido nítrico (NO), que

é oxidado para produzir dióxido de nitrogênio (NO2),

que reage com a água produzida anteriormente

originando finalmente o ácido nítrico:

4 NH3 + 5 O2 → 4 NO + 6 H2O

2 NO + O2 → 2 NO2

4 NO2 + O2 + 2 H2O → 4 HNO3(aq)

O nitrogênio fixado na amônia e ácido nítrico foi a

chave para o desenvolvimento da produção de

fertilizantes e explosivos. As fontes que originaram a

utilização do nitrogênio para a produção de fertili-

zantes foi o salitre do Chile ( NaNO3 ).

SOLUÇÕES

1) A principal característica de uma solução

consiste no fato de ser:

a) sempre uma mistura homogênea

b) sempre um líquido com outra substância

dissolvida.

c) um sistema com mais de uma fase.

d) homogênea ou heterogênea, dependendo da

condições de pressão e temperatura.

e) uma substância pura em um único estado

físico.

2) Assinale a alternativa que contém exemplos

de soluções.

a) água de torneira, mar, granito.

b) granito, mistura de água e óleo, ar.

c) petróleo no mar, granito, água destilada

d) água pura, gás nitrogênio, ouro

e) ar, água de torneira, ouro de 18 quilates.

Com relação ao texto abaixo, responda aos

testes 3 e 4.

“As soluções iônicas, ou eletrolíticas, condu-

zem eletricidade porque apresentam cátions e

ânions com movimentos relativamente livres,

Nessas soluções, o soluto é denominado

eletrólito. O eletrólito é uma substância que,

em presença de água, sofre ionização ou

dissociação iônica.”

3) São eletrólitos:

a) o sal de cozinha e o açúcar.

b) o açúcar e o óleo.

c) o sal de cozinha e a soda cáustica (NaOH).

d) a soda cáustica e o açúcar.

e) o ácido acético do vinagre e o óleo.

4. São soluções eletrolíticas;

a) a água de torneira, água do mar e o granito.

b) o ouro de 18 quilates e o ar.

c) uma mistura de água e óleo e o granito.

d) a água de torneira e o vinagre.

5) Adicionando-se soluto, a um solvente

chega-se a um ponto em que o solvente não

mais consegue dissolver o soluto. Neste ponto

a solução torna-se:

a) diluída b) concentrada c) fraca d) saturada

Responda as questões 6 e 7 abaixo com base no

gráfico em que constam as curvas de solubili-

dade de diversas substâncias em g/100g de H2O.

160 -

140 - NaNO3 120 - NH4Cl 100 - KNO3 80 - NaCl

60 -

40 -

20 - Ce2(SO4)3

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Temperatura/ºC

6) Quais as substâncias que sofrem dissolução

endotérmica ao entrar em contato com a água.

a) somente o KNO3

b) somente o NaNO3

c) somente o Ce2(SO4)3

d) KNO3, NaNO3, NH4Cl e NaCl

e) todos

7) Quais as substâncias que sofrem dissolução

exotérmica ao entrar em contato com a água.

a) somente o KNO3

b) somente o NaNO3

c) somente o Ce2(SO4)3

d) KNO3, NaNO3, NH4Cl e NaCl

e) todos

8) Um adulto possui em média, 5L de sangue

com cloreto de sódio dissolvido na concentração

de 5,8g/L. Qual a massa de NaCl no sangue de

uma pessoa adulta.

a) 29g b) 35g c) 37g d) 38g e) 39g

9) Sabendo que o leite bovino contém um

açúcar(lactose) na concentração de 45g/L,

determine a massa de lactose em uma xícara que

contém 50 mL de leite.

a) 225g b) 2,25g c) 325g d) 3,25g e) 4g

10) o ar livre de poluição pode conter ozônio na

concentração máxima de 80 microgramas(µg)

por metro cúbico. Uma sala com dimensões de

5m x 4m x 3m, contendo 7,2mg de ozônio

espalhados no ar. O ar da sala está poluido com:

a) 80µg b) 90µg c) 100µg d) 110µg e) 120µg

97

11) A secreção média de lágrimas de um ser

humano é de 1mL por dia. Admitindo que as

lágrimas possuam sais com concentração de

6g/L, indique a massa de sais em um dia.

a) 0,6mg b) 0,6g c) 0,006g d) 0,06g

12) A concentração de sais na água do mar,

em media, é igual a 35g/L. Em uma salina, um

tanque com dimensões de 10m x 5m x 1m foi

completamente preenchido com água do mar.

Após a evaporação, a massa de sal que restou

no tanque foi de: (dado 1m3 = 1000L)

a) 1750g b) 17,5Kg c) 700Kg d) 1750Kg

13) A sacarina é um adoçante artificial que

possui um sabor centenas de vezes mais

intenso que o açúcar comum.

No rótulo de um refrigerante

light, a concentração de sacarina

deste refrigerante é igual a:

(Dados: volume = 1,5L sacarina = 116mg)

a) 0,005 g/L b) 0,08g/L c) 1,0g/L d) 1,5g/L

14) Um químico dissolveu 60g de açúcar em

água suficiente para 800mL de solução. Em

seguida, colheu uma amostra de 10mL dessa

mistura. Qual a massa de açúcar contida na

amostra.

a) 0,25g b) 0,27g c) 0,30g d) 0,75g e) 1,0g

15) Sabendo que uma colher de chá contém

cerda de 5g de açúcar comum, quantas

colheres cheias devemos adicionar a um copo

de laranjada com 200mL para que a concen-

tração de açúcar comum seja de 50g/L.

a) 1 colher b) 2 colheres c) 3colheres

d) 5 colheres e) 10 colheres

16) Pode-se obter magnésio a partir da água

do mar, que contém íons Mg+2

na concen-

tração de 1,2g/L. Nessas condições, para obter

6,0Kg de magnésio uma indústria tem de

utilizar quantos litros da água do mar:

a) 5000L b) 7000L c) 9000L d) 20000L

17) sabendo que o soro fisiológico contém sal

de cozinha na concentração de 9g/L, calcule o

volume de soro que você pode preparar, com

45g de NaCl.

a) 2 litros b) 3 litros c) 4litros d) 5 litros

98

18) Uma xícara contém 90g de café com leite.

Considerando, que você adoce essa mistura com

duas colheres de chá. Contendo 5g de açúcar

cada uma; a porcentagem em massa de açúcar

comum será.

a) 12,5% b) 6,25% c) 25% d) 10% e) 5%

19) Uma xícara contém 200 cm3 de leite

adoçado com 6,84g de açúcar comum, C12H22O11

(sacarose).

Qual alternativa que contém a concentração

molar do açúcar comum. (Dado: massa molar da sacarose = 342g/mol)

a) 0,5mol/L b) 0,4mol/L c) 0,3mol/L

d) 0,2mol/L e) 0,1mol/L

20) Quando um gás é colocado em um líquido, o

volume do líquido praticamente não se altera.

Um químico preparou amoníaco, borbulhando

10g de gás amônia(NH3) em 500mL de água

destilada. Qual alternativa que contém a concen-

tração da amônia em g/L.

a) 80g/L b) 60g/L c) 40g/L d) 20g/L e) 10g/L

21) Uma solução de 0,8M de CaCl2 apresenta:

a) [Ca+2

] = 1,6 M e [Cl-] = 0,8 M

b) [Ca+2

] = [Cl-] = 0,8 M

c) [Ca+2

] = [Cl-] = 1,6 M

d) [Ca+2

] = 0,8 M e [Cl-] = 1,6 M

e) [Ca+2

] = [Cl-] = 0,4 M

22) Admitindo que a concentração molar de íons

cálcio no mar seja igual a 0,01M, cada litro de

água do mar irá conter uma massa de cálcio

igual a:

a) 0,1g b) 0,2g c) 0,3g d) 0,4g e) 0,5g

23) O vinagre contém ácido acético (C2H4O2) na

concentração média de 50g/L. Nessas condições,

indique a concentração molar aproximada desse

ácido.

a) 1,0 M b) 0,9 M c) 0,8 M d) 0,7 M

24) A bateria de um carro possui uma solução

aquosa de ácido sulfúrico, cuja concentração é

representada por [H2SO4] = 5,0 M

a) cada litro contém 5,0 mol de H2SO4

b) cada litro contém 5,0g de H2SO4

c) cada mililitro contém 5,0g de H2SO4

d) cada mililitro contém 5,0 mol de H2SO4

e) cada litro contém 9,8g de H2SO4

25) A figura abaixo mostra o rótulo de um

reagente muito importante para trabalhos

desenvolvidos em laboratórios.

H2SO4

d = 1,84g/cm3

T = 95%

Qual alternativa que representa a concentração

correta do ácido sulfúrico em gramas por litro.

a) 1500 g/L b) 1748 g/L c) 1848 g/L

d) 1800 g/L e) 1908 g/L

26) Baseando-se no exercício anterior calcule

a concentração em mols por litro e identifique

a alternativa correta.

a) 17,8 mol/L b) 19.7 mol/L c) 28 mol/L

d) 28,48 mol/L e) 29,2 mol/L

27) As soluções aquosas concentradas de sal

de cozinha são chamadas de salmouras.

Considere que uma salmoura tenha densidade

igual a 1,2g/cm3

e possua 20% em massa de

sal. A concentração da salmoura será:

a) 60 g/L b) 120 g/L c) 240 g/L d) 300 g/L

28) Uma solução de H2SO4 cuja concentração

é igual a 4,9g/L terá concentração molar igual

a:

a) 0,05 mol/L b) 0,1 mol/L c) 0,2 mol/L

d) 0,3 mol/L e) 0,4 mol/L

29) A “água de lavadeira” ou água sanitária

pode ser considerada uma solução de

hipoclorito de sódio (NaClO) a 5% em massa.

Qual a concentração desse sal em g/L? (dados

densidade da “água de lavadeira” = 1,0 g/mL)

a) 10 g/L b) 20 g/L c) 30 g/L d) 50 g/L

30) As baterias novas possuem soluções

aquosas de H2SO4 a 38% em massa e

densidade de 1,3g/mL. A concentração molar

dessa solução vale:

a) 1,5 M b) 5,0 M c) 7,0 M d) 0,05 M

31) O álcool iodado, usado como germicida, é

uma solução de álcool etílico com 10% em

massa de iodo. A concentração comum e a

concentração molar do iodo nessa mistura são

respectivamente iguais a: (Dados: massa molar

do ido (I2) = 254 g/moL; densidade do álcool

iodado = 0,8 g/mL).

a) 80 g/L e 0,6 mol/L b) 8 g/L e 0,3 mol/L

c) 80 g/L e 0,3 mol/L d) 0,8 g/L e 0,6 mol/L

32) Qual volume de água deve ser adicionado a

50cm3 de solução de NaOH, cuja concentração é

igual a 60g/L, para que seja obtida uma solução

a 5,0 g/L.

a) 350cm3 b) 450cm

3 c) 500cm

3 d) 550cm

3

33) Sabendo que 8cm3 de água destilada foram

adicionados a 2cm3 de solução de H2SO4 3,0M,

determine a concentração molar final da solução.

a) 0,8M b) 0,4M c) 0,6M d) 3,5M e) 3,8M

34) Para diluir 100 mL de solução de HCl 1,8M

de modo que a concentração diminua para 0,3M,

você deverá adicionar:

a) 600 mL de água

b) 500 mL de água

c) 400 mL de água

d) 300 mL de água

35) Que volume de solução 0,5 M de KOH

neutralizará completamente 500 mL de solução

0,1 M de HNO3.

a) 0,1 L b) 0,2 L c) 0,3 L d) 0,4 L e) 0,5 L

PROPRIEDADES COLIGATIVAS

36) Qual alternativa que engloba fatores que

influem na evaporação de um líquido.

a) Massa e temperatura

b) Superfície de contato com o ar e temperatura

c) Superfície de contato e densidade

d) Massa e densidade

e) Temperatura e volume

37) No diagrama de fases da água: as tempera-

turas tA e tB correspondem respectivamente, aos:

760 mmHg

tA tB

a) pontos normais de fusão e ebulição

b) pontos normais de ebulição e fusão

c) pontos de sublimação e fusão

d) pontos de ebulição e sublimação

99

38) Sob pressão atmosférica, têm-se dois siste-

mas contendo, respectivamente, (I) H2O e (II)

solução aquosa de NaCl. Comparando-se as

temperaturas de ebulição (te) e de congelação

(tc) inicias entre os sistemas, temos:

te tc te tc

a) II > I e I > II b) I > II e I > II

c) II > I e II > I d) II = I e II = I

39) Considere as seguintes amostras, à mesma

pressão:

I - água pura

II - solução aquosa 0,75 mol/L de glicose

III - solução aquosa 0,50 mol/L de glicose

IV - solução aquosa 0,25 mol/L de NaCl

V - solução aquosa 0,25 mol/L de glicose.

A amostra com maior temperatura de ebulição

é a alternativa:

a) I b) II c) III d) IV e) V

TERMOQUÍMICA

40) Observe o esquema abaixo:

De acordo com o esquema apresentado, pode-

mos dizer que esse processo deverá ser.

a) exotérmico e absorve 900 KJ

b) exotérmico e liberar 200 KJ

c) exotérmico com ∆H = - 900 KJ

d) endotérmico com ∆H = + 200 KJ

e) endotérmico com ∆H = - 200 KJ

41) Uma lata de spray esfria quando é agitada

ou quando lançamos no ambiente a substância

contida no frasco. Esse fenômeno ocorre

porque:

a) há vaporização do líquido e esse processo é

endotérmico.

b) há liquefação do vapor e esse processo é

exotérmico.

c) há solidificação do líquido e esse processo é

endotérmico.

d) há ebulição do líquido e esse processo é

exotérmico

e) há sublimação.

42) Observe o processo de vaporização da

água: H2O(L) → H2O(g) ∆H = + 44 KJ/mol

100

Determine a alternativa que representa o calor

absorvido na vaporização de 0,9g de água.

a) 5,2 KJ b) 4,2 KJ c) 3,2 KJ d) 2,2 KJ

43) O mercúrio pode ser obtido pela reação de

cinábrio, HgS (sulfeto de mercúrio), com o

oxigênio do ar.

HgS(S) + O2(g) → Hg(L) + SO2(g) ∆H = - 238KJ/mol

Determine a alternativa que representa o calor liberado

na formação de 4,0 g de mercúrio. (Dado: Hg = 200)

a) 5,24 KJ b) 4,76 KJ c) 3,22 KJ d) 2,24 KJ

44) Dado o diagrama de entalpia:

H2O(L)

∆H = - 10Kcal/mol

H2O(L)

Determine a alternativa que representa o valor

de ∆H na solidificação de 900 mL da água líquida

(Dados: d = 1,0 g/mL; massa molar = 18g/mol).

a) 700Kcal b) 600Kcal c) 500Kcal d) 400Kcal

45) Técnicos compararam a capacidade energé-

tica dos combustíveis em função do calor

liberado por massas iguais dessas substâncias.

Assim, montaram a tabela abaixo:

Qual desses combustíveis tem maior capacidade

energética?

a) o etanol tem maior capacidade energética

b) o metanol tem maior capacidade energética

c) a capacidade energética do metanol é de 44 kJ

d) a capacidade energética do etanol é de 44 kJ

46) É possível preparar gás oxigênio em labora-

ório pelo aquecimento cuidadoso de clorato de

potássio, de acordo com a equação:

2KClO3 → 2KCl + 3O2 ∆H = - 90 KJ

A entalpia do KCl vale – 436 KJ/mol, a entalpia

do KClO3 deverá valer:

a) –782 KJ/mol b) +782KJ/mol c) -391 KJ/mol

d) + 391 KJ/mol e) -196 KJ/mol

Combustíveis Massa Molar Entalpia

Álcool etílico 46 g/mol - 1369 KJ/mol

Álcool metílico 32 g/mol - 763 KJ/mol

47) A fotossíntese é a principal fonte de

energia alimentar das plantas, ocorrendo até

mesmo em alguns tipos de bactérias.

A equação química da fotossíntese é dada

por:

6CO(g) + 6H2O(L) → C6H12O6(S) + 6O2(g)

Substância Entalpia (kj/mol

CO2(g) - 394

H2O(L) - 286

C6H12O6(S) - 1275

Considerando a tabela de entalpias acima

determine a alternativa que possui a variação

de entalpia na produção de 1 mol de glicose.

a) + 1275 b) + 286 c) + 394 d) + 2805

48) Na respiração celular a glicose reage

com o oxigênio de acordo com a equação:

C6H12O6(S) + 6O2(g) → 6CO2(g) + 6H2O(L)

Qual o ∆H do processo. Dados:

I) 6Cgraf + 6H2(g) + 3O2(g) → C6H12O6(S)

∆H = - 1275 KJ

II) Cgraf + O2(g) → CO2(g) ∆H = - 394 KJ

III) H2(g) + 1/2O2(g) → H2O(L) ∆H = -286 KJ

a) + 2010 KJ

b) + 2009 KJ

c) - 2010 KJ

d) - 2009 KJ

e) - 2805 KJ

49) O diborano (B2H6) é um hidreto de boro

altamente reativo, considerado atualmente

como possível combustível de foguetes em

programas espaciais.

Qual alternativa que possui o ∆H da síntese

do diborano a partir dos elementos quími-

cos, de acordo com a equação abaixo:

2B(S) + 3H2(g) → B2H6(g)

I) 2B2(S) + 3/2O2(g) → B2O3(S) ∆H = - 1273KJ

II) B2H6(g) + 3O2(g) → B2O3(S) + 3H2O(g) ∆H = - 2035KJ

III) H2(g) + 1/2O2(g) → H2O(g) ∆H = - 242KJ

a) + 36KJ b) + 336KJ c) - 2226 KJ

d) - 3256 e) – 4894

50) Dadas as energias de ligação

F – F -------------------- ∆H = 155 KJ

Br – Br -------------------- ∆H = 193 KJ

Pode-se concluir que:

a) as ligações F-F e Br-Br rompem-se com a

mesma facilidade.

b) a quebra da ligação F-F libera energia

c) a união entre átomos de bromo absorve

energia.

d) a ligação F-F é mais fraca que a ligação Br-Br

e) é impossível romper as duas ligações.

51) São conhecidos os seguintes valores de

energia de ligação, a 25°C.

Determine a alternativa que possui a variação de

entalpia para a reação abaixo:

CH4(g) + Cl2(g) → H3CCl(g) + HCl(g)

a) - 74 Kcal b) + 74 Kcal c) - 24,2 Kcal

d) + 24,2 Kcal e) + 338.8 Kcal

CINÉTICA

52) No processo de hidrogenação do acetileno

produzindo etano C2H2 + 2H2 → C2H6 é possível

afirmar que a velocidade:

a) de consumo de C2H2 é o dobro da velocidade

de consumo de H2.

b) de consumo de H2 é igual à de formação de

C2H6.

c) de consumo de C2H2 é diferente da velocidade

de formação de C2H6.

d) de formação de C2H6 é a metade da

velocidade de consumo de H2.

e) de consumo de C2H2 é igual à do H2.

53) A chama de um aquecedor está queimando

10L de propano a cada minuto, de acordo com a

seguinte equação:

C3H8(g) +5O2(g) → CO2(g) + H2O(g)

Nas mesmas condições de pressão e temperatura

determine a alternativa que apresenta correta-

mente a velocidade de consumo de O2(g) em

L/min e a velocidade de formação de CO2(g) em

L/min. Respectivamente.

a) 30 L/min e 40 L/min

b) 30 L/min e 50 L/min

c) 50 L/min e 30 L/min

d) 40 L/min e 50 L/min

101

Ligação Energia de ligação

Cl - Cl 57,8

H - Cl 103,0

C - H 99,5

C - Cl 78,5

55) Considere o seguinte processo de for-

mação de ozônio.

3O2(g) → 2O3(g)

Se a velocidade de consumo de O2(g) for

igual a 6L/S, Qual é a alternativa que possui

a velocidade de formação de 2O3(g)

a) 12L/S b) 8L/S c) 6L/S d) 4L/S e) 2L/S

56) A transformação de ozônio é dada pela

equação abaixo:

2O3(g) → 3O2(g)

Um químico obteve a curva de concentração

de O3 mostrada abaixo:

[O3] (mol/L)

0,80

0,40

0,20

0 5 10 15 tempo

No intervalo entre 10 e 15min, determine a

alternativa correta que representa a veloci-

dade média de decomposição do O3.

a) 0,01 mol.L-1.min

-1

b) 0,02mol.L-1.min

-1

c) 0,03 mol.L-1.min

-1

d) 0,04 mol.L-1.min

-1

e) 0,05 mol.L-1.min

-1

57) Observe o diagrama de energia a seguir.

+ 90

- 10

- 40

caminho da reação

É correto afirmar que:

a) o processo é exotérmico

b) a reação tem ∆H = -30KJ

c) o complexo ativado é mais estável que os

reagentes e o produto

d) a energia de ativação vale +130KJ

102

58) Sobre o diagrama abaixo:

134 KJ

CO + NO2

- 226 KJ CO2 + NO

Caminho da reação

Um estudante afirmou.

I. O processo é endotérmico

II. O ∆H vale – 226 KJ

III. A energia de aivação vale +134 KJ

Estão correta(s) somente a(s) afirmativas(s)

a) I b) II c) III d) I e II e) II e III

59) Um aumento da temperatura da reação geral-

mente provoca:

I) diminuição da agitação molecular

II) aumento da agitação molecular

III) diminuição da velocidade de reação

IV) aumento da energia de ativação.

Está(ão) correta(s) somente a(s) afirmativas(s):

a) I b) II c) III d) IV e) I e III

60) O ferro reage com uma solução aquosa de

HCl, originando gás hidrogênio e cloreto de

ferro II. Assinale a alternativa que indica a

reação mais rápida entre o ferro e uma solução

de HCl 1,0 M.

Fe(s) + 2HCl → FeCl2(aq) + H2(g)

a) um prego de ferro, a 25ºC

b) um prego de ferro, a 40ºC

c) ferro em pó, a 40ºC

d) ferro a 25ºC

e) Essa reação não depende da superfície de

contato ou da temperatura.

61) Catalisador é:

a) uma substância que não possui participação

na reação.

b) sinônimo de luz.

c) sinônimo de calor

d) uma substância que acelera a reação e, no

final desaparece no sistema.

e) uma substância que acelera a reação e, no

final, apresenta massa constante.

62) Assinale a alternativa que traz agentes que

tendem a aumentar a velocidade de uma

reação:

a) calor, obscuridade, catalisador.

b) calor, maior superfície de contato entre rea-

gentes, ausência de catalisador.

c) calor, maior superfície de contato entre rea-

gentes, catalisador

d) Frio, obscuridade, ausência de catalisador.

63) Uma das reações mais importantes do

smog fotoquímico, tipo de poluição que ocorre

em cidades com muitos carros, é dada pelo

mecanismo.

NO2(g) → NO(g) + O(g) (etapa lenta)

O2(g) + O(g) → O3(g) (etapa rápida)

NO2(g) + O2(g) → NO(g) + O3(g)

Qual alternativa que apresenta a lei da velo-

cidade correta.

a) V = K[NO2]

b) V = K[NO] .[O] c) V = K[O2]

d) V= K[NO2] .[O2]

e) V = K[NO].[O3]

64) Para uma determinada reação experimen-

talmente verificou-se que a velocidade era

proporcional ao quadrado da concentração de

gás hidrogênio V = K[H2]2. Assim se a con-

centração de H2 for triplicada, a velocidade da

reação deverá:

a) aumentar três vezes

b) diminuir três vezes

c) aumentar seis vezes

d) aumentar nove vezes

e) diminuir nove vezes

65) A quantidade mínima de energia nece-

ssária para que as moléculas possam reagir

chama-se:

a) energia de ionização b) energia de ligação

c) energia de ativação d) energia de ionização

66) Uma reação química que apresenta energia

de ativação extremamente pequena deve ser:

a) lenta

b) exotérmica

c) endotérmica

d) instantânea

67) Em geral, o aumento de temperatura

aumenta a velocidade:

a) das reações exotérmicas

b) das reações endotérmicas

c) das reações endotérmicas e exotérmicas

d) apenas de determinadas reações

68) Quando se leva uma esponja de aço à chama

de um bico de gás, a velocidade da reação de

oxidação é tão grande que incendeia o material.

O mesmo não ocorre ao se levar uma lâmina de

aço à chama. Nessas experiências, o fator que

determina a diferença das velocidades da reação:

a) pressão b) catalisador c) o estado físico

d) a concentração e) a superfície de contado

69) Analise o gráfico referente a reação:

M + N → P + Q

Com temperatura a pressão constante.

+100

I

X II Y

0

M + N Z P + Q reagentes produto

-100

coordenada da reação

Entre as afirmativas que se seguem, referente ao

gráfico, assinale a única errada.

a) X representa a energia de ativação da reação

direta não catalisada.

b) Y representa a energia de ativação da reação

direta catalisada.

c) Z representa o calor liberado na reação exo-

térmica.

d) A velocidade da reação representada pela cur-

va I é a menor que a representada pela curva II.

e) O calor de reação correspondente à curva II é

menor que o correspondente à curva I.

70) A reação NO2(g) + CO(g) → CO2(g) + NO(g)

é de segunda ordem em relação ao NO2(g) e de

ordem zero em relação ao CO(g). Em

determinadas condições de pressão e tempe-

ratura, essa reação ocorre com velocidade v. Se

triplicarmos a concentração de NO2(g) e

duplicarmos a concentração de CO(g), a nova

velocidade será:

a) 3v b) 6v c) 9v d) 12v e) 18v

103

Equilíbrio Químico

71) Em determinadas condições de pressão e

temperatura, um frasco fechado contém

0,4mol/L de O3(g) em equilíbrio com 0,2mol de

O2(g) de acordo com a seguinte equação:

3O2 ↔ 2O3

Determine a alternativa que apresenta o valor

de Kc.

a) Kc = 5 b) Kc = 10 c) Kc = 15

d) Kc = 20 b) Kc = 25

72) Considere as seguintes afirmações sobre

equilíbrio químicos:

I. As velocidades das reações opostas são

iguais

II. No equilíbrio não existem reações químicas

III. As concentrações dos participantes são

iguais entre si.

IV. As concentrações dos participantes são

constantes ao longo do tempo.

Está(ão) correta(s) somente a(s) afirmativas(s)

a) I e II b) I e III c) I e IV

d) II e III e) III e IV

73) A expressão de equilíbrio do processo

3O2 ↔ 2O3

a) K = [O2]3[O3]

2

b)

b)

d)

74) O fosfogênio COCl2 é um gás tóxico que

foi usado como arma durante a Primeira

Guerra Mundial. Atualmente, é utilizado na

produção de alguns polímeros e inseticidas.

No equilíbrio CO(g) + Cl2 ↔ COCl2(g) temos, a

100ºC.

[CO] = 6.10-5

mol/L [Cl2 ] = 4.10

-7 mol/L

[COCl2] = 0,12 mol/L

Identifique a alternativa que determina o valor

de Kc.

a) 5.109 b) 15.10

12 c) 24.10

-12 d) 12.10

12

104

75) O diagrama abaixo mostra variações de con-

centração molar de NO2 e N2O, até atingirem o

equilíbrio, dado pela reação 2NO2 ↔ N2O4.

[ ] (mol/L)

4

3

[NO2] = constante

2

[N2O4] = constante

1

Tempo

a) Kc = 0,50 b) Kc = 0,25 c) Kc = 0,20

d) Kc = 0,15 e) Kc = 0,12

76) O equilíbrio 2A ↔ B apresenta Kc = 1.

Podemos concluir que:

a) [A] = 2[B]

b) 2[A] = [B]

c) [A] = [B]

d) [A]2 = [B]

77) Considere o seguinte equilíbrio em um

recipiente fechado: 3O2(g) ↔ 2O3(g)

Sabendo que as pressões parciais de O2 e O3

valem, respectivamente 1,0.10-3

atm e 2,0.10-4

atm, determine o valor de Kp para esse equi-

líbrio.

a) 10 b) 20 c) 30 d) 40 e) 50

78) No equilíbrio 2NO + Cl2 ↔ 2NOCl o

aumento da concentração de NO provocará:

a) menor produção de NOCl b) aumento da concentração de Cl2 c) deslocamento do equilíbrio par a esquerda

d) formação de maior número de moléculas

NOCl

79) ocorre o equilíbrio químico quando:

a) ocorre simultaneamente nos sentidos direto e

inverso.

b) as velocidades das reações direta e inversa

são iguais.

c) os reagentes são totalmente consumidos

d) a temperatura do sistema é igual à do

ambiente

[O3]K =

[O2]

3[O3]

2K =[O2]

3[O3]

2

K =[O2]

Equilíbrio Iônico

80) Um alvejante de roupas, do tipo “ água de

lavadeira” apresenta [OH-] aproximadamente

igual a 1,0.10-4

mol/L Nessas condições, a

concentração de H+ será da ordem de:

a) 10-2

b) 10-3

c) 10-10

d) 10-14

e) zero

81) Observe o quadro atentamente os dados

abaixo:

Solução [H+] (25ºC)

A 1,0.-3

M

B 1,0.-7

M

C 1,0.-10

M

Com base nesses dados, assinale a alternativa

que traz as conclusões corretas:

a) a solução A tem pH = 11 é básica

b) a solução B tem pH = 7 é ácida

c) a solução C tem pH = 10 é neutra

d) a solução A tem pH = 3 e é ácida

e) a solução C tem pH = 4 e é ácida

82) A tabela abaixo fornece o intervalo

aproximadamente de pH de alguns líquidos do

nosso corpo. Observe:

Líquido pH

Suco gástrico 1 a 3

Saliva 6,2 a 6,9

Urina 4,8 a 7,5 (normal = 6)

Leite 6,6 a 7,6

Sangue 7,3 a 7,5

Lágrima 7,3

Assinale a alternativa que traz os líquidos que

estão na faixa das soluções alcalinas (básicas):

a) suco gástrico e sangue

b) sangue e lágrima

c) saliva e leite

d) suco gástrico e saliva

e) urina e saliva

83) A análise de um suco de laranja revelou

[H+] = 1,0.10

-4 mol/L. pode-se concluir sobre

esse suco que:

a) é uma solução básica, com pH = 4

b) é uma solução ácida, com pH = 10

c) é uma solução ácida, com pH = 4

d) é uma solução neutra

e) terá [OH-] também igual a 1,0.10

-4 mol/L

84) Na tabela abaixo, está representado o pH de

alguns sistemas

Sistema pH

I Urina 6

II Saliva em repouso 6,4 – 6,9

III Saliva (refeição) 7,0 – 7,3

IV Água do mar 7,8 – 8,3

V Ovos frescos 7,6 – 8,0

Com base nessa tabela, podemos concluir que:

a) I é o sistema mais básico.

b) a saliva não participa da digestão dos ali-

mentos.

c) na água do mar tem-se [H+] > [OH

-].

d) V é o sistema mais ácido, com pH < 7.

e) na urina tem-se [H+] > [OH

-].

85) O fluoreto de sódio é usado na prevenção da

cárie. A hidrólise desse sal produz.

a) NaOH (forte) e HF (fraco).

b) NaOH (fraco) e HF (fraco).

c) NaOH (forte) e HF (forte).

d) NaOH (fraco) e HF (fraco)

86) A análise de uma amostra de 500 mL de um

refresco de laranja (fruta rica em vitamina C)

mostrou a existência de 5.10-6

mol de íons H+.

Sabendo que o pH do suco de laranja puro é 4, é

correto afirmar que a concentração hidrogeniô-

nica molar desse refresco é:

a) superior à do suco de laranja puro, seu pH é

5,0.

b) inferior à do suco de laranja puro, seu pH é

6,0.

c) superior à do suco de laranja puro, seu pH é

6,0.

d) inferior à do suco de laranja puro, seu pH é

5,0.

87) Dada a afirmação “a urina é uma solução

aquosa que apresenta pH = 5”, podemos afirmar:

a) a solução tem caráter básico.

b) a concentração hidrogeniônica é 10-5

mol/L

c) a concentração hidroxiliônica é de 10-7

mol/L

d) a constante de ionização da água e 10-5

88) Sabendo que a clara do ovo tem [OH-] =

1,0.10-6

mol/L, determine o valor de seu pH.

a) 8 b) 6 c) 4 d) 2 e) 1

105

Eletroquímica

89) Sobre as pilhas, um estudante afirmou:

I. Sempre envolvem processos de oxirredução.

II. Catado é o eletrodo em que há redução.

III. Pólo negativo é aquele que emite elétrons

para o circuito externo.

Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s):

a) I b) II c) II e III d) I, II e III e) III

90) Na pilha Al│Al+3║Cu+2

│Cu é correto

afirmar que:

a) o eletrodo de cobre é o ânodo

b) o eletrodo de alumínio é o pólo positivo

c) a massa da placa de alumínio aumenta

d) a concentração de íons Cu+2

aumenta

Responda as questões 91, 92 e 93 baseadas

nas seguintes semi-reações abaixo:

Pb+2

+ 2e- ↔ Eºred = - 0,13V

Al+3 + 3e

- ↔ Eºred = - 1,66V

91) Em uma pilha com eletrodos de chumbo e

alumínio, pode-se prever que:

a) o eletrodo de alumínio é o cátodo

b) o eletrodo de chumbo é o pólo negativo

c) a massa da placa de chumbo diminuirá

d) ∆Eº vale 1,53V

92) Em uma lista de potenciais, o melhor

oxidante é a espécie que possui tendência de

sofrer redução. Nas semi-reações acima, o

melhor oxidante será:

a) Pb+2

b) Pb0 c) Al+3

d) Al0 e) Pb+2

e Al+3

93) Nessa mesma lista, o melhor agente

redutor será:

a) Pb+2

b) Pb0 c) Al+3

d) Al0 e) Pb+2

e Al+3

94) Na pilha Znº│Zn+2

║Cu+2

│Cuº ocorrem

reações de oxirredução, Nesse sistema pode-se

afirmar que :

a) há oxidação de Cuº a Cu+2

no pólo negativo

b) há oxidação de Znº a Zn+2

no pólo negativo

c) há oxidação de Cuº a Cu+2

no pólo positivo

d) há oxidação de Znº a Zn+2

no pólo positivo

e) há redução de Zn+2

a Znº no pólo positivo

106

95) O cádmio é um elemento escasso na crosta

terrestre. Aproximadamente três quartas partes

desse metal produzido são empregadas na

fabricação de baterias. Geralmente ele ocorre em

minas misturado com zinco e, quando essa

mistura entra em contato com água. Forma a

célula galvânica representada a seguir.

Zn(s)│Zn+2

(aq) ║Cd+2

(aq) │Cd(s)

Sabendo que os potenciais das semi-reações são:

Cd+2

(aq) + 2e- → Cd(s) Eº = -0,40V

Zn+2

(aq) + 2e- → Zn(s) Eº = -0,76V

O potencial da reação espontânea que ocorre na

célula é:

a) – 1,16V b) + 0,36V c) + 1,16V d ) - 0,36V

96) A cromagem consiste na eletrólise de uma

solução de Cr2(SO4)3. O objeto a ser cromado é

preso ao pólo negativo do gerador, como mostra

a figura:

(+) (-)

(+) (-)

Cr+3

SO42-

Sobre uma cromagem pode-se afirmar que:

a) forma-se O2(g) no catado.

b) forma-se uma película de crômio no catado.

c) descarregará apenas H+ da água.

d) o objeto a ser cromado funcionará como pólo

positivo.

e) não é um processo de oxirredução.

97) 1,0F corresponde a 96500C. Em uma

eletrólise, 38600C atravessaram o circuito.

Assim, em cada eletrodo passou uma quan-

tidade de elétrons igual a:

a) 0,1 mol b) 0,2 mol c) 0,3 mol d) 0,4 mol

98) A massa de sódio produzida na eletrólise

ígnea de NaCl, após a passagem de 5,0F será

igual a: (Dado Na = 23)

a) 46g b) 2,3g c) 230g d) 115g e) 4,6g

Radioatividade

99) (Enem-MEC) na música Bye, bye, Brasil

de Chigo Buarque de Holanda e Roberto

Menescal, os versos: “puseram uma usina no

mar; Talvez fique ruim pra pescar”.

Poderiam estar se referindo à usina de Angra

dos Reis, no litoral do Estado do Rio de

janeiro. No caso de trata-se dessa usina, em

funcionamento normal, dificuldades para a

pesca nas proximidades poderiam se causadas

a) pelo aquecimento das águas, utilizadas para

refrigeração da usina, que alteraria a fauna

marinha.

b) pela oxidação de equipamentos pesados e

por detonações que espantariam os peixes.

c) pelos rejeitos radioativos lançados continu-

amente no mar que provocariam a morte dos

peixes.

d) pela contaminação por metais pesados dos

processos de enriquecimento do urânio.

e) pelo vazamento de lixo atômico colocado

em tonéis e lançado ao mar nas vizinhanças da

usina.

100) (Enem-MEC) A energia térmica liberada

em processos de fissão nuclear pode ser

utilizada na geração de vapor para produzir

energia elétrica.

Com base no esquema de uma usina nuclear,

são feitas as seguintes afirmações:

I. A energia liberada na reação é usada para

ferver a água que, como vapor a alta pressão,

aciona a turbina.

II. A turbina, que adquire uma energia cinética

de rotação, é acoplada mecanicamente ao

gerador para produção de energia elétrica.

III. A água depois de passar pela turbina é pré-

aquecida no condensador e bombeada de volta

ao reator.

IV. O aumento da temperatura da água do rio

ou do mar, reduz a quantidade de O2(g)

dissolvido, que é essencial para a vida

aquática e para a decomposição da matéria

orgânica.

V. O aumento da temperatura da água mo-

difica o metabolismo dos peixes.

VI. O aumento na temperatura da água

diminui o crescimento de bactérias e de algas,

favorecendo a vegetação.

Das afirmativas acima, somente estão corretas:

a) todas b) I, II, III e IV c) II, IV, V e VI

d) I, II, IV e V e) I,II, III e V

101) Ao acessar a rede internet, procurando

algum texto a respeito do tema radioatividade no

“cadê” (http://www.cade.com.br), um jovem

deparou-se com a seguinte figura, representativa

do poder de penetração de diferentes tipos de

radiação.

I metal chapa

chapa grossa

II fina chumbo

III papel

Com o auxilio da figura, julgue os itens abaixo:

1. A radiação esquematizada em II representa o

poder de penetração das partículas beta.

2. A radiação esquematizada em III representa o

poder de penetração das partículas alfa.

3. As partículas alfa e beta são neutras.

4. Quando um núcleo radioativo emite uma

radiação do tipo I, o número atômico fica inal-

terado.

a) 1(correto); 2(correto); 3(correto); 4(correto).

b) 1(correto); 2(errado); 3(correto); 4(errado).

c) 1(correto); 2(errado); 3(errado); 4(errado).

d) 1(errado); 2(correto); 3(correto); 4(correto).

102) Assinale a alternativa incorreta: Quando

um elemento emite uma partícula:

a) “ α ” seu número atômico diminui em duas

unidades;

b) “ β ” seu número atômico aumenta de uma

unidade;

c) “ γ ” ocorre emissão de uma onda eletro-

magnética

d) “ α ” seu número de massa diminui de quatro

unidades;

103) A pedra filosofal, sonho dos alquimistas,

consistia em uma fórmula secreta capaz de

converter metais comuns em ouro. Um cientista

moderno, mas não menos sonhador, afirma que

encontrou a fórmula secreta e a propôs na

seguinte versão: Diga quem é X:

a) 5X13

isótopo do Boro.

b) 5X14

isótopo do Ouro

c) 6X15

isótopo do Hélio

d) 6X16

isótopo do Chumbo

107

Pb206

82+ He

42

XAu197

79+

Reações Orgânicas/Isomeria/Bioquímica

104) Para obter tetracloreto a partir do metano

deve-se reagir esse gás com:

a) cloro

b) cloreto de hidrogênio

c) cloreto de sódio

d) diclorometano

e) 1,2-diclorometano

105) É dada a Reação:

Que é classificada como uma reação de:

a) adição b) ciclo adição c) condensação

d) eliminação e) substituição

106) O fenol (C6H5OH) é encontrado na urina

das pessoas expostas a ambientes poluídos por

benzeno (C6H6). Na transformação do benzeno

em fenol ocorre:

a) substituição do anel aromático

b) quebra da cadeia carbônica

c) rearranjo no anel aromático

d) formação de cicloalcanos

e) não ocorre a transformação

107) Considere a reação de substituição do

butano.

O nome do composto X é:

a) cloreto de hidrogênio

b) 1-clorobutano

c) 2-clorobutano

d) 1,1-diclorobutano

e) 2,2-diclorobutano

108) A hidrogenação das duplas ligações de 1

mol de benzeno produz:

a) ½ mol de naftaleno

b) 1 mol de fenol

c) 2 mol de ciclopropano

d) 1 mol de ciclo-Hexano

e) 3 mol de etileno

109) Pode-se prever pela regra do químico

russo Markovnikov que o produto da reação

do 2-metilpropeno com cloreto de hidrogênio

é a substância.

a) 2-cloro-2-metilpropano

108

b) 1,1-dicloro-2-metilpropano

c) 1-clorobutano

d) 1-cloro-2-metilpropano

e) 2-cloro-butano

110) Em condições adequadas, podemos hidratar

o eteno. O produto dessa reação é o:

a) acetileno

b) etileno

c) etano

d) etanol

e) etanal

O texto abaixo serve de base para as questões

111,112 e 113.

O ácido sórbico e seus sais de sódio e seus sais

de sódio e de potássio são usados, principal-

mente, como conservantes na industria de

alimentos para prevenir o crescimento de fungos

em queijos e derivados, bolos, refrigerantes etc.

A sua ação conservantes depende do pH do

meio, sendo mais efetiva até 6,5.

Também, em muitos alimentos, esse ácido é

usado como acidulante.

111) Assinale a alternativa que completa, corre-

tamente, as lacunas na seguinte frase:

O ácido sórbico, segundo as regras oficiais da

IUPAC, tem o nome de ________ e apresenta o

grupo funcional _______ numa cadeia _______

a) ácido 1,3-hexadienóico ou (ácido hexa-1,3-

dienóico); hidroxila; homogênea, alifática e

saturada.

b) ácido hexanóico; carboxila; heterogênea,

alifática e insaturada.

c) ácido 2,4-hexadienóico ou (acido hexa-2,4-

dienóico); carboxila; heterogênea, alifática e

saturada.

d) ácido 2,4-hexadienóico ou (acido hexa-2,4-

dienóico); carboxila; homogênea, alifática e

insaturada.

e) ácido 1,3-hexadienóico ou (ácido hexa-1,3-

dienóico); carbonila; homogênea, alifática e

saturada.

112) As reações do ácido sórbico com etano e

com hidróxido de sódio levam, respectivamente,

à formação de:

a) éster e aldeído

b) sal e álcool

c) aldeído e cetona

d) éster e sal

e) ácido carboxílico e sal

+ H2SO4 H2OSO3H +

+ +Cl2 X YCH2CH3 CH2 CH3

113) O ácido sórbico pode apresentar

a) isomeria geométrica, por apresentar um

centro de assimetria.

b) isomeria cis-trans, por ter ligantes diferen-

tes em cada carbono da insaturação.

c) isomeria espacial, por apresentar um centro

quiral.

d) isomeria óptica, por apresentar insaturação.

e) esteroisomeria, por apresentar carbono assi-

métrico.

114) Segundo o texto, na fração gasosa da

hulha aparecem compostos orgânicos da

função _________ as águas amoniacais são

encontradas aminas cujo grupo funcional é

__________ e, no óleo médio, o fenol e os

cresóis, que se caracterizam por apresentarem

__________ ligada diretamente ao anel

aromático.

Assinale a alternativa que apresenta os termos

que completam corretamente a frase acima.

a) hidrocarboneto; –NH2; carbonila

b) hidrocarboneto. –NH2; hidroxila

c) hidrocarboneto; CONH2; hidroxila

d) fenol; –NH2; carbonila

e) fenol; CONH2; hidroxila

115) Considerando os compostos citados no

texto como componentes dos diversos óleos

oriundos d destilação fracionada do alcatrão

da hulha, os que apresentam oito átomos de

hidrogênio na fórmula molecular são.

a) tolueno, o naftaleno e os cresóis.

b) o benzeno, o tolueno e os xilenos.

c) o fenol, o naftaleno e o antraceno.

d) o tolueno, os xilenos e os cresóis.

e) o benzeno, o antraceno e o fenol

O texto abaixo serve como subsídio para

responder às questões 116 a 117.

Num brejo, quando animais e vegetais

morrem, acabam ficando dentro da lama (sem

oxigênio) onde passam a sofrer decomposição

(apodrecendo), transformação provocada por

microorganismos e chamada de decomposição

anaeróbica.

Ela envolve muitas reações químicas, nas

quais se formam, entre outros gases, CH4; H2S

e CO2; desses gases apenas o metano e o gás

sulfídrico são inflamáveis, Uma dessas rea-

ções é a fermentação da celulose, substância

presente em grande quantidade nos vegetais e

está representada pela equação a seguir:

(C6H10O5)n + nH2O → 3nCH4 + 3nCO2

Processo semelhante acontece em biodigestores

com restos de animais, de vegetais, sobras de

comida e, até mesmo, fezes. A mistura gasosa

resultante, nesse caso, é chamada de biogás,

Algumas fazendas e cidades brasileiras já

exploram esse recurso energético, cujo resíduo

pode ser usado como adubo (fertilizante).

116) A equação apresentada no texto como

fermentação da celulose resume as seguintes

transformações:

I. (C6H10O5)n + nH2O → nC6H12O6

II. C6H12O6 → 3nCH4 + 3nCO2

Essas equações representam, respectivamente,

reações de:

a) combustão e de oxi-redução.

b) hidrólise e de redução.

c) hidrogenação e de redução.

d) polimerização e de combustão.

e) neutralização e de redução.

117) Como o biogás é proveniente da fermen-

tação de matéria orgânica pode se dizer que ele

também é proveniente da fermentação anaeró-

bica de proteínas, que apresentam em suas

estruturas aminoácidos, entre os quais, a

metionina e a cisteína, fontes de enxofre para a

produção do gás sulfídrico, cujas fórmulas são:

A respeito desses compostos, assinale a afir-

mativa correta.

a) A metionina é o antípoda óptico da cisteína

b) A cisteína é isômero de posição da metionina

c) Ambos possuem carbono assimétrico na es-

trutrutura; logo, apresentam atividade óptica.

d) A metionina e a cisteina apresentam isomeria

cis-trans.

e) ambos constituem um par de isômeros entre si

cuja isomeria é chamada de tautomeria.

109

H3C S CH2 CH2 CH COOH

NH2

Metionina

Cisteína

HS CH2 CH COOH

NH2

118) Ainda considerando a metionina e a cis-

teína (fórmulas na questão anterior), assinale a

afirmativa correta sobre suas estruturas.

a) ambos os aminoácidos apresentam um

átomo de carbono cuja hibridação é sp2 e

cadeia carbônica homogênea.

b) Ambos os aminoácidos apresentam um

átomo de carbono cuja hibridização é sp2, mas

a metionina tem cadeia carbônica heterogênea

e a cisteína homogênea.

c) Ambos os aminoácidos apresentam um

átomo de carbono cuja hibridação é sp2 e

cadeia carbônica heterogênea.

d) Ambos os aminoácidos apresentam os

átomos de carbono com hibridização sp,

cadeia carbônica homogênea.

e) Ambos os aminoácidos apresentam os

átomos de carbonos com hibridização sp, mas

a metionina tem cadeia carbônica homogênea

e a cisteína heterogênea.

119) Observe os aminoácidos abaixo:

Leucina: aminoácido de maior

concentração de proteína

Dos aminoácidos relacionados, podemos

afirmar que:

a) Isoleucina e valina são isômeros de cadeia

e, por apresentarem carbono assi-métrico

ambos são opticamente ativos.

b) Leucina e Isoleucina são isômeros de

posição e, por terem carbono assimétrico

apresentam isomeria óptica.

c) Leucina e Valina são isômeros de função e,

por apresentarem carbono assi-métrico, ambos

tem um par de enantio-meros.

d) Leucina e Isoleucina são isômeros de

função e não são opticamente ativos.

e) Valina e Isoleucina são isômeros de cadeia,

porém somente a valina é óptica-mente ativa.

110

120) O aldeído Glicérico, cuja fórmula es-

trutural é:

a) Glicídios

b) Lipídios

c) Glicerídeos

d) Protídios

e) Aminoácidos

121) apresentam ligações peptídicas:

a) Proteínas

b) Aminas

c) Lipídios

d) Ácidos Carboxílicos

e) Hidratos de carbonos

122) Margarinas são produtos comestíveis

obtidos por:

a) hidrogenação de gorduras animais

b) dedução de proteínas vegetais

c) hidrogenação de óleos vegetais

d) hidrogenação de glicídeos

e) oxidação de glicerídeos

123) As unidades constituintes das proteínas são

compostos orgânicos que apresentam ao mesmo

tempo, as funções:

a) álcool e éster

b) ácido carboxílico e amina

c) ácido carboxílico e éter

d) amina e álcool

e) cetona e aldeído

124) O BIOGÁS, que é uma mistura gasosa

formada pela atividade de bactérias sobre

matéria orgânica em decomposição, tem como

principal componente o:

a) acetileno

b) eteno

c) metano

d) naftaleno

e) oxigênio

125) O craqueamento de uma molécula de

tridecano pode originar:

a) CH4 + 2C3H6 + 3C2H4

b) CH4 + C5H10 + C7H14

c) C7H14 + C6H12 + H2O

d) C5H12 + C5H10+ C3H8

e) C7H16 + C5H12 + C2H2

CH3 CH2 CH

CH3

CH

NH2

COOH

Isoleucina

CH3 CH2

CH3

CH

NH2

COOH

Valina

CH3 CH CH2

CH3

CH COOH

NH2

Polímeros

126) Náilon e borracha sintética podem ser

citados como exemplos de:

a) hidratos de carbonos b) proteínas

c) lipídios d) polímeros e) enzimas

127) Polímeros (do grego poli, “muitas

partes”) são compostos naturais ou artificiais

formadas por macromoléculas que, por sua

vez, são constituídas por unidades estruturais

repetitivas, denominadas ____________ assim

entre outros exemplos, podemos citar que o

amido é um polímero originado a partir da

glicose que o polietileno se obtém o etileno,

que a borracha natural, extraída da espécie

vegetal Hevea brasilienses (seringueira), tem

como unidade o ____________ e que o

polipropileno é resultado da polimerização do

______________

As lacunas são preenchidas, correta e respecti-

vamente, por:

a) elastômeros, estirenos e propeno.

b) monômero, isopreno e propeno.

c) anômeros, cloropreno e neopreno.

d) monômero, propeno e isopreno.

e) elastômeros, eritreno e isopreno.

128) Os plásticos constituem uma classe de

materiais que confere conforto ao homem. Sob

ponto de vista químico, os plásticos e suas

unidades constituintes são, respectivamente:

a) hidrocarbonetos; peptídios;

b) macromoléculas; ácidos graxos;

c) polímeros; monômeros;

d) polímeros; proteínas;

e) proteínas; aminoácidos;

129) Esta é uma fibra conhecida como dácron.

A estrutura de uma seção de sua molécula

pode ser representada por:

a) poliálcool

b) poliamida

c) poliéter

d) poliéster

130) A Química do Amor ocorre quando uma

pessoa se apaixona, o organismo sintetiza e

libera muitos hormônios. Uma das substâncias

responsáveis pela paixão é a (etilfenilamina).

Podemos classificar essa substância como:

a) amina secundária e possui caráter básico.

b) amina primária e possui caráter ácido.

c) amina secundária e possui caráter neutro.

d) amina primária e possui caráter básico.

GABARITO

111

1. A 48. E 95. B 2. E 49. A 96. B 3. C 50. D 97. D 4. D 51. C 98. B 5. E 52. D 99. A 6. D 53. C 100. A 7. C 54. D 101. C 8. A 55. B 102. E 9. B 56. D 103. A 10. E 57. E 104. A 11. C 58. E 105. E 12. D 59. B 106. A 13. B 60. C 107. C 14. D 61. E 108. D 15. B 62. C 109. A 16. A 63. A 110. D 17. D 64. D 111. D 18. D 65. C 112. D 19. E 66. D 113. B 20. D 67. D 114. B 21. D 68. E 115. A 22. D 69. E 116. B 23. C 70. C 117. C 24. A 71. D 118. B 25. B 72. C 119. B 26. A 73. E 120. A 27. C 74. A 121. A 28. A 75. B 122. A 29. D 76. D 123. B 30. B 77. D 124. C 31. C 78. D 125. B 32. D 79. B 126. D 33. C 80. C 127. B 34. C 81. D 128. C 35. C 82. B 129. D 36. B 83. E 130. A 37. B 84. C 38. A 85. A 39. B 86. D 40. B 87. B 41. A 88. A 42. D 89. D 43. B 90. A 44. C 91. D 45. A 92. D 46. C 93. D

47. D 94. B

OOC COO CH2 CH2 OOC