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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
DEPARTAMENTO DE TURISMO
CURSO DE TURISMO
LIZ MORENA CAVALCANTI BRYCKAERT
AS CONDIÇÕES DE PARQUES URBANOS PARA ATENDER A
ATIVIDADE TURÍSTICA: Um Estudo sobre o Parque das Dunas -
Natal/RN
NATAL
2015
LIZ MORENA CAVALCANTI BRYCKAERT
AS CONDIÇÕES DE PARQUES URBANOS PARA ATENDER A
ATIVIDADE TURÍSTICA: Um Estudo sobre o Parque das Dunas -
Natal/RN
Monografia apresentada ao Curso de Graduação em
Bacharelado em Turismo da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte, como requisito parcial para a obtenção do
Grau de Bacharel em Turismo.
Orientador: Prof. Michel Jairo Vieira da Silva, M.Sc.
NATAL
2015
Catalogação da Publicação na Fonte.
UFRN / Biblioteca Setorial do CCSA
Bryckaert, Liz Morena Cavalcanti.
As condições de parques urbanos para atender a atividade turística: um
estudo sobre o Parque das Dunas - Natal/RN / Liz Morena Cavalcanti
Bryckaert. - Natal, RN, 2015.
85f.
Orientador: Prof. Me. Michel Jairo Vieira da Silva.
Monografia (Graduação em Turismo) - Universidade Federal do Rio
Grande do Norte. Centro de Ciências Sociais Aplicadas. Departamento de
Turismo.
1. Turismo – Monografia. 2. Parques urbanos – Turismo - Monografia. 3.
Atividade turística - Parque das Dunas - Natal/RN - Monografia. I. Silva,
Michel Jairo Vieira da. II. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. III.
Título.
RN/BS/CCSA CDU 338.484
2
LIZ MORENA CAVALCANTI BRYCKAERT
AS CONDIÇÕES DE PARQUES URBANOS PARA ATENDER A
ATIVIDADE TURÍSTICA: Um Estudo sobre o Parque das Dunas -
Natal/RN
Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado à
Coordenação de Graduação em Turismo da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte - UFRN, com requisito
parcial para a obtenção do título de Bacharel em Turismo.
Natal, 03 de dezembro de 2015.
BANCA EXAMINADORA
_______________________________________________
Prof. Michel Jairo Vieira da Silva, M. Sc.
Orientador
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
_______________________________________________
Cleber Augusto Trindade Castro, M. Sc.
Examinador
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
_______________________________________________
Profª. Darlyne Fontes Virginio, M. Sc.
Examinadora
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN)
3
Aos meus pais que me deram sempre apoio e carinho, e
a certeza de um futuro melhor e Hudson por me fazer
acreditar que eu posso tudo.
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AGRADECIMENTOS
Nesse momento tudo é gratificante, todas as noites mal dormidas, todas as alegrias
com mais um tópico concluído e as lágrimas derramadas nos momentos em que achava que
não conseguiria concluir a tempo. Passaram-se quatro anos desde que fui aprovada na
instituição, e a mesma alegria da entrada sinto agora nos momentos de despedida, ou um até
logo. Agradeço a todos que estiveram comigo durante esses anos, me ajudando de forma
direta ou indireta a enfrentar todas as barreiras.
Agradeço primeiramente a Deus por ter me dado tudo de que mais preciso, saúde
e fé para atravessar todos os obstáculos e principalmente pela minha família, que sem seu
apoio certamente eu não seria capaz de chegar onde estou.
Agradeço por ter sempre do meu lado aquela que foi e sempre será o meu maior
exemplo de vitória e determinação, minha mãe (Maria Liana) e ao meu pai (Didier), esse que
me ensinou a ser forte em todos os momentos.
Também tenho que reconhecer que esse trabalho não foi apenas feito meu, tive o
apoio do meu querido orientador, prof. Michel Vieira, que me ajudou muito durante grande
parte da minha graduação, não só na orientação, mas sendo um exemplo de profissional e
pessoa. Muito Obrigada por me orientar e principalmente “me aguentar” nos meus momentos
de desespero.
A todos os meus familiares - que mesmo não estando próximos - sei que torcem
por mim mais que tudo, e que mesmo na distância tentam sempre se fazer presentes de
alguma forma na minha vida. Penso em vocês todos os dias.
Agradeço também ao meu namorado, Hudson Rodrigo, não só pela paciência, mas
também por ir além sempre, me ajudando, aconselhando, enxugando minhas lágrimas e me
dando forças de onde parecia já haver mais.
Aos professores que tive durante os quatro anos de graduação, vocês são grandes
mestres.
Aos meus amigos que me motivaram a ir até o fim e me ajudaram nos momentos
de tensão me arrancando diversas risadas, em especial Rejane, que me fez ir à biblioteca mais
do que eu fui em toda a graduação.
Por fim, mas não menos importante aos meus colegas de trabalho e a todos os
funcionários do Parque das Dunas, que me receberam de braços abertos. Tenham a certeza
que irei levar um pedacinho de vocês dentro de mim. Não tenho palavras para demonstrar
minha gratidão a todos vocês. Obrigada por tudo, vocês são demais.
5
“Determinação, coragem e autoconfiança são fatores
decisivos para o sucesso. Não importa quais sejam os
obstáculos e as dificuldades. Se estamos possuídos de
uma inabalável determinação, conseguimos superá-los.
Independentemente das circunstâncias, devemos sempre
ser humildes, recatados e despidos de orgulho”
(Dalai Lama)
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BRYCKAERT, Liz Morena Cavalcanti. AS CONDIÇÕES DE PARQUES URBANOS
PARA ATENDER A ATIVIDADE TURÍSTICA: Um Estudo sobre o Parque das Dunas
- Natal/RN. 2015. 85p. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Turismo) –
Coordenação de Curso de Turismo, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal.
RESUMO
A prática de turismo voltado para o meio ambiente é uma das atividades que mais apresentam
crescimento nacional e mundial. Isso se dá pela valorização da natureza, sendo essa utilização
necessariamente de forma consciente - buscando minimizar impactos negativos sobre o meio.
A atividade turística em áreas de reservas vem ganhando cada dia mais espaço nas
destinações brasileiras, e reconhecendo isso, esta pesquisa buscou avaliar um dos maiores
parque urbanos do pais, o Parque das Dunas. Este que é considerado a primeira unidade de
conservação do estado do Rio Grande do Norte e o maior parque urbano sobre dunas do país.
Desdobrando-se sobre prática turística no PD, o trabalho analisou as suas condições para
atender a atividade turística, a partir de uma abordagem qualitativa exploratória, com a
aplicação de questionário com turistas que visitaram o parque, além de lista de verificação
acerca das condições infra e superestruturais do local em questão (destacando também
entrevista com gestores do parque). Os resultados obtidos pela caracterização do perfil dos
visitantes (público ainda muitíssimo incipiente e esporádico) foi de maioria feminino, com
idade entre 31 a 50 anos, sendo turistas nacionais que visitavam o parque pela primeira vez, e
que mesmo apresentando diversas inquietações, destacaram satisfeitos com o local. Já as
questões analisadas no check list em relação à infra e superestrutura não tiveram o mesmo
desempenho, apresentando alguns problemas bem relevantes, como transporte público,
sinalização fora do parque, vias de acesso e acessibilidade para portador de necessidades
especiais. Contudo conclui-se que o Parque das Dunas possui uma boa estrutura para os
visitantes e com avanços e melhorias tem um forte potencial para fortalecer o turismo da
cidade do Natal.
Palavras-chave: Turismo. Parques Urbanos. Parque das Dunas.
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BRYCKAERT, Liz Morena Cavalcanti. LES CONDITIONS DES PARQUES URBAINS
POUR SERVIR Á L´ACTIVITÉ TOURISTIQUES: Une Étude sur le Parque des Dunes
- Natal/RN. 2015. 85p. Travail de conclusion de cours (Bachelier en tourisme) –
Coordénation du Cours de Tourisme, Université Fédérale du Rio Grande do Norte.
RESUMÉ
La pratique du tourisme orienté vers le milieu ambiant est une des activités qui présentent le
plus de croissance au niveau nacional et mondial. Celá par le fait de la valorisation de la
nature, son utilisation étant nécessairement faite de manière consciente , cherchant á
minimiser les impacts négatifs sur elle. L´activité touristique en zone de réserve gagne
chaque jour plus d´espace dans les destinations brésiliennes, et , reconnaissant celá, cette
recherche a cherché á estimer un des plus grand parque urbain du pays, le Parque des Dunes.
Celui-ci est considéré la première unité de conservation de l´état du Rio Grande do Norte et
le plus grand parque urbain sur dunes du pays. Se focalisant sur la pratique touristique au PD,
le travail a analisé ses conditions pour servir á l´activité touristique á partir d´un abordage
exploratoire qualitatif, comme l´application d´un questionnaire fait aux touristes qui ont visité
le parque, en plus d´une liste de vérification au sujet des conditions infra et superstructurelles
du local en question (détachant aussi entrevue comme les gestionnaires du parque). Les
résultats obtenus par la caractéristique du profil des visiteurs (public encore peu nombreux et
sporadique) furent en majorité de personnes féminines, entre 31 á 50 ans d´âge, touristes
nacionaux qui visitaient le parque pour la première fois, et que même montrant diverses
inquiétudes, ont été satifaites de la visite. Déjà les questions analysées par la check list en
relation á l´infra et superstructure n´ont pas eu le même rendement, elles ont présenté
quelques problémes bien évidents, comme transport pulic , signalisation en dehors du parque,
routes d´accés et accessibilité pour porteurs de déficiences spéciales. Cependant il se conclut
que le Parque des Dunes posséde une bonne structure pour les visiteurs et, comme progrès et
améliorations a un fort potenciel pour fortifier le tourisme de la ville de Natal.
POINTS CLÉS: Tourisme. Parcs Urbains. Parque des Dunes.
8
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 01 – LOCALIZAÇÃO DO PARQUE DAS DUNAS ............................................ 15
FIGURA 02 – LAGARTO DE FOLHIÇO ............................................................................ 16
FIGURA 03 – HYDE PARK EM LONDRES ....................................................................... 27
FIGURA 04 – PARC DE BAGATELLE NA FRANÇA ....................................................... 28
FIGURA 05 – CENTRAL PARK .......................................................................................... 29
FIGURA 06 – PARQUE NACIONAL DE ITATIAIA ......................................................... 30
FIGURA 07 – JARDIM BOTÂNICO ................................................................................... 31
FIGURA 08 – PINTURA DE PIETER GODFRED BERTICHEN ...................................... 32
FIGURA 09 – MODELO DO SISTUR ................................................................................. 35
FIGURA 10 – MAPA DO PARQUE DAS DUNAS ............................................................. 38
FIGURA 11 – RECEPÇÃO ................................................................................................... 41
FIGURA 12 – CAIXA DE SUGESTÃO ............................................................................... 42
FIGURA 13 – ESTACIONAMENTO ................................................................................... 44
FIGURA 14 – LIXEIRAS ...................................................................................................... 45
FIGURA 15 – VIA DE ACESSO LATERAL ....................................................................... 46
FIGURA 16 – AV. ALEXANDRINO DE ALENCAR ......................................................... 47
FIGURA 17 – CASAS DENTRO DO PARQUE .................................................................. 48
FIGURA 18 – QUADRA DE SPEEDY BALL ..................................................................... 49
FIGURA 19 – QUADRO DE AVISO DA PROGRAMAÇÃO DO FINAL DE SEMANA . 50
FIGURA 20 – PLACA DE ALERTA PARA UTILIZAÇÃO DOS BRINQUEDOS ........... 51
FIGURA 21 – VIAS DENTRO DO PARQUE ...................................................................... 51
FIGURA 22 – TRILHA PEROBA ........................................................................................ 52
FIGURA 23 – SITE DO PARQUE ........................................................................................ 59
FIGURA 24 – CONTA DO PARQUE NO FACEBOOK ..................................................... 60
FIGURA 25 – PERCURSO DA TRILHA PEROBA ............................................................ 63
9
LISTA DE QUADROS
QUADRO I - LEVANTAMENTO DE PESQUISAS ACADÊMICAS RELACIONADAS
AO PARQUE DAS DUNAS .................................................................................................. 17
QUADRO II – TIPOS DE TURISMO .................................................................................. 23
QUADRO III - BENEFÍCIOS GERADOS PELA VISITAÇÃO A PARQUES .................. 33
10
LISTA DE GRÁFICOS
GRÁFICO 1 – ANÁLISE DOS MOTIVOS DA VISITAÇÃO AO PARQUE .................... 65
GRÁFICO 2 – ANÁLISE DO QUE O PARQUE OFERECE DE MELHOR ...................... 66
GRÁFICO 3 – AVALIAÇÃO DO GRAU DE SATISFAÇÃO DO TURISTA ................... 67
GRÁFICO 4 – AVALIAÇÃO DO GRAU DE SATISFAÇÃO DO TURISTA ................... 68
11
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
CIPAM Companhia Independente de Proteção Ambiental
DETRAN Departamento Estadual de Trânsito
IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
IDEMA Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente
IMCBIO Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
RN Rio Grande do Norte
SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
SEMURB Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo
UC Unidade de Conservação
12
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 13
1.1 PROBLEMÁTICA ............................................................................................................ 13
1.2 JUSTIFICATIVA .............................................................................................................. 16
1.3 OBJETIVOS ..................................................................................................................... 18
1.3.1 Objetivo Geral ............................................................................................................. 18
1.3.2 Objetivo Especifico ..................................................................................................... 18
2 REFERENCIAL TEÓRICO .......................................................................................... 19
2.1 TURISMO E MEIO AMBIENTE .................................................................................... 19
2.2 PARQUES URBANOS .................................................................................................... 24
2.3 INFRA E SUPERESTRUTURA ...................................................................................... 33
3 METODOLOGIA .............................................................................................................. 37
3.1 TIPO DE PESQUISA ....................................................................................................... 37
3.2 UNIVERSO DA PESQUISA ............................................................................................ 37
3.3 PLANO DE COLETA DE DADOS ................................................................................. 38
3.4 TÉCNICA DE ANÁLISE DOS DADOS ......................................................................... 39
4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ........................................................... 40
4.1 INFRAESTRUTURA ....................................................................................................... 40
4.2 SUPERESTRUTURA ....................................................................................................... 53
4.3 PERFIL DO TURISTA QUE VISITOU O PARQUE DAS DUNAS .............................. 63
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................ 70
REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 72
APÊNDICES .......................................................................................................................... 77
13
1. INTRODUÇÃO
1.1 PROBLEMÁTICA
O presente estudo aborda e analisa o potencial do Parque Estadual Dunas
“Jornalista Luiz Maria Alves”, mais conhecido como Parque das Dunas ou Bosque dos
namorados (setor de passeio público). Essa pesquisa tem como principal objetivo analisar o
potencial infraestrutural e superestrutural do parque, com foco no seu aproveitamento
turístico.
O turismo consiste em uma atividade que vem se desenvolvendo cada dia mais em
diversas partes do mundo, sendo o Brasil um dos destaques. Nos últimos anos, os avanços
sociais, de comunicação e tecnológicos impulsionaram esse aumento, permitindo que muitas
cidades se tornassem destinos turísticos afetados positiva ou negativamente por diversas
forças e campos da sociedade.
O turismo apresenta um elevado potencial econômico, social, cultural e
ambiental, e esses itens são elementos extremamente ligados ao turismo, pois
estabelecem reciprocidade entre os elementos. É econômico quando gerador
de receita; É social por gerar grande número de postos de trabalho diretos e
indiretos; Cultural, pois tende a preservar a identidade do lugar, como
monumentos históricos; E ambiental, por aliar renda e preservação. Um
exemplo disso é o ecoturismo, que só existe com a preservação do meio-ambiente. (SILVA, 2011, p.13)
E quanto a essa última prática – o ecoturismo, mas também a outros segmentos
turísticos que acontecem com base em atrativos naturais - tem-se uma imagem de Natal-RN
como um destino turístico desejado por muitas pessoas do Brasil e do mundo. Isso se da
devidamente pelo fato da cidade ser caracterizada como litorânea, onde, os turistas procuram
praias, lagoas, parrachos e principalmente o clima quente de verão, em que o sol está presente
quase todos os dias do ano.
Apesar de todo esse potencial turístico, que está ligado ao turismo de “sol e mar”,
deixa-se escapar uma grande oportunidade para alavancar ainda mais o turismo de Natal – que
em seus limites geográficos possui uma diversidade pequena de atrativos naturais (o turista
geralmente sai de Natal para conhecer o litoral norte e sul). Oportunidade essa que poderia ser
aproveitada a partir dos serviços e bens oferecidos pela diversificação de atrativos com foco
em meio ambiente, por exemplo. Passeios ecológicos, trilhas, entre outra gama de
oportunidades parecem não ser devidamente aproveitadas, tão pouco oferecidas ao turista que
visita a “Cidade do Sol”.
A visitação não apenas ao Parque das Dunas (Área de Proteção Ambiental
localizado no “coração da cidade”), como também aos demais parques da cidade podem
14
diversificar o produto turístico, atraindo mais turistas. Principalmente os que desejam ter um
contato maior com a natureza e desfrutar suas belezas, tirando um pouco o foco do turismo de
“sol e mar”.
O Rio Grande do Norte possui em sua totalidade 6 parques, 3 desses estão sob a
administração e cuidados do IDEMA (Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio
Ambiente), são eles o Parque Estadual Dunas de Natal “Jornalista Luiz Maria Alves”, Parque
Ecológico Pico do Cabugi e Parque Estadual Mata de Pipa. Os outros 3 parques são: Cidade
da Criança (regido pela fundação José Augusto – Governo do RN), Parque da Cidade Dom
Nivaldo Monte e o Parque das Mangueiras, estes dois são geridos pela Prefeitura de Natal.
Nenhum desses parques possui grandes formas de divulgação, nem mesmo o Parque das
Dunas, que segundo o site do IDEMA (2013): “é considerado o maior parque urbano sobre
dunas do Brasil, exercendo fundamental importância para a qualidade de vida da população
natalense, contribuindo tanto na recarga do lençol freático, quanto na purificação do ar”.
Se houvesse divulgação apropriada (integração de poder público e privado –
agências e meios de hospedagem), esses lugares seriam mais visitados pelos turistas que
visitam a cidade, já que eles teriam mais visibilidade. Tendo em vista que os parques são
abertos à visitação, apresentam áreas de lazer, espaço para caminhada, possibilidade de
atividades de recreação, eventos e principalmente o contato com a natureza.
Analisando o plano de manejo do Parque das Dunas que foi criado no ano de
1981, mas só foi aprovado em 1989, e que até os dias de hoje não foi atualizado, percebe-se a
permanência de uma visão ainda reducionista das possibilidades de uso do parque. Podemos
notar que seu principal objetivo quando foi criado seria a geração de emprego e renda para a
população, além da conservação da fauna e flora local. Esquecendo inicialmente sua
manutenção a partir de sua capacidade de atração turística. Apesar disso, a visão seguinte
sobre o parque o coloca – mesmo que de maneira embrionária - o espaço como atrativo
turístico. Atividade turística essa que aparentemente ainda não se concretizou, visto o baixo
fluxo de turista que frequenta o parque.
O Parque das Dunas (figura 1) foi criado no dia 22 de Novembro de 1977, a
partir do Decreto n°7.237, sendo a primeira Unidade de Conservação do Estado, possuindo
uma extensão de aproximadamente 1.172 hectares, dispõe ao público o Bosque dos
Namorados, um lugar onde é possível ter o contato com a natureza e que desenvolve
atividades socioculturais, levando educação, valores, conhecimento e respeito ao meio
ambiente desde crianças a adultos. Realiza-se lá execução de trilhas, onde, a população e
(poucos) turistas podem entrar em contato direto com a fauna e flora do local. A unidade
15
também é considerada parte integrante da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica Brasileira
pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, à ciência e a cultura).
(IDEC, 1981).
FIGURA 01: Localização do Parque das Dunas
Fonte: Google, 2015.
A doação de mudas de médio e grande porte também são feitas no Parque, assim,
incentiva o reflorestamento, o arborizar da cidade gerando mais qualidade de vida para a
população. O parque possui uma vasta área para prática de caminhada e corrida (Cooper),
incentivando o esporte que e um fator importante para o aumento da qualidade de vida.
Ele é um atrativo turístico em potencial de grande importância para Natal, um
fator bastante relevante é que graças a ele a cidade já foi considerada com uma das com o ar
mais puro do mundo. Em 1994, segundo o site da Prefeitura Municipal, Natal recebeu o título
de ar mais puro das Américas pela NASA.
Como pode ser observado acima o Parque das Dunas é um local de grande
potencialidade turística. Porém, esse potencial não está evidenciado pelo fluxo de turistas que
visita o espaço – frequência que é aparentemente incipiente. Dessa forma, o trabalho
questiona: - Quais as condições (infra e superestruturais) que o Parque das Dunas de Natal
possui para a atividade turística?
16
1.2 JUSTIFICATIVA
Quando se trata dos porquês dessa pesquisa acerca do uso do Parque das Dunas
para o turismo, um dos motivos se apresenta pela afinidade da pesquisadora com o tema
“meio ambiente”, mas também pela mesma ter podido estagiar no Parque durante parte do
período da graduação. Como estudante do curso de turismo foi possível observar a
potencialidade do local como atrativo turístico, principalmente tendo em vista que a cidade
não possui uma diversidade de atrativos desvinculados do segmento “sol e mar”, e que se
dedicasse ao ecoturismo, aventura, ecológico, e pedagógico.
Apesar da grande potencialidade oferecida para o crescente no turismo em outros
segmentos, essas oportunidades não são aproveitadas claramente nem pelo setor público, nem
pelo particular. Como observado nesse período de aprendizado estagiando no parque, apenas
um grupo de turistas veio visitar o espaço com uma empresa ligada ao turismo, isso se deu no
período da Copa de 2014, em que a maioria dos componentes do grupo era de pesquisadores
que gostariam de conhecer um pouco mais do parque e fazer uma reportagem para ser exibida
na sua cidade de origem. O que é muito lamentável, já que o parque possui atrativos únicos,
como é o caso do Lagarto de Folhiço (Coleodactylus Natalensis Freire – Figura 2) que foi
encontrado primeiramente no Parque das Dunas em 1999, pela professora Eliza Maria. Além
de ser a primeira unidade de conservação do Rio Grande do Norte e o maior parque urbano
sobre dunas do Brasil. (IDEMA, 2013)
FIGURA 02: Lagarto de Folhiço
17
Fonte: Site da Prefeitura Municipal do Natal, 2015.
Resultados como esse, da possível subutilização do parque para fins turísticos,
evidencia a clara necessidade de investigar os porquês dessa condição de apatia que o espaço
– tão rico de possibilidades – apresenta quando se trata de atratibilidade turística, e
consequentemente intermediar proposições de melhorias e oportunidades de se tornar um
espaço turístico consolidado do destino Natal.
Quando se trata da relevância acadêmica deste trabalho, se percebe uma rica
utilização do parque para pesquisas, mas não em turismo, que pouco explora o espaço
enquanto locus de suas pesquisas no destino Natal. Foram encontrados alguns artigos tendo
como foco de estudo o Parque, mas nenhum abordava os aspectos estruturais e turísticos,
sendo em sua maioria a trabalhos voltados para a fauna e flora. Outros trabalhos encontrados
tendo como tema principal “parques urbanos”, falavam sobre o meio ambiente e a utilização
desse espaço para práticas de lazer e conservação, mas não estão direcionados ao Parque das
Dunas, em especial. A seguir apresenta-se um levantamento de pesquisas que contemplam
direta ou indiretamente a área de estudo, mas que pela pouca quantidade e focos distintos,
representam a necessidade de se estudar mais turisticamente o Parque das Dunas de Natal –
RN.
QUADRO I: LEVANTAMENTO DE PESQUISAS ACADÊMICAS RELACIONADAS AO PARQUE
DAS DUNAS
AUTOR(ES) TÍTULO
GÊNERO DE
TRABALHO
ACADÊMICO (tese/
dissertação/ monografia)
ANO INSTITUIÇÃO
André Luís Firmino
de Brito Barros
Valoração Econômica dos
Recursos Naturais e
Ambientais: um Estudo de
Caso do Parque das Dunas,
Natal – RN
Dissertação 2013 UFPB
Arlinete Souza de
Medeiros
Dípteros (Culicidae)
Transmissores de Arbovírus
em Área de Proteção
Ambiental Urabana (Parque
Estadual das Dunas Natal –
RN) 2004-2006
Dissertação 2009 UFRN
Carolina Maria
Cardoso Aires
Lisboa
Estrutura da População de Coleodactylus Natalensis
Freire, 1999 (squamata:
sphaerodactylidae) no
Parque Estadual Dunas de
Natal, Rio Grande do Norte,
Brasil
Dissertação 2008 UFRN
18
Kadydja Karla
Nascimento Chagas
Por uma Educação
Ambiental Corporalizada: a
Emoção em Trilhas
Interpretativas
Dissertação 2007 UFRN
Marcia Monteiro de
Carvalho
“Clima Urbano e Vegetação:
Estudo Analítico e
Prospectivo do Parque das
Dunas em Natal”
Dissertação 2001 UFRN
Roseane Dantas da
Silva
A Importância de Parques
Urbanos como Atração
Turística – Um estudo no
Parque das Dunas de Natal-
RN
Monografia 2011 UFRN
Tuísi Alves Torres
Competências Necessárias a um Gestor Hoteleiro – Uma
analise a partir da percepção
de gestores de hotéis do Pólo
Via Costeira Parque das
dunas da cidade do Natal
Monografia 2009 UFRN
Fonte: http://bdtd.ibict.br/ (acesso em: 21 de setembro de 2014)
https://sigaa.ufrn.br/sigaa/public/curso/secao_extra.jsf?lc=pt_BR&id=2000069&extra=971818160 (acesso em
14 de Julho de 2015)
Dos trabalhos encontrados o que chama atenção é o trabalho de André Luís
Firmino de Brito Barros, graduado pela Universidade Federal da Paraíba e fez sua dissertação
sobre o Parque e sua importância para a economia voltada ao meio ambiente. Os demais são
voltados à importância biológica, a preservação da fauna e flora.
Para ajudar a preencher a lacuna – a ausência de trabalhos em turismo com foco
em parques urbanos - este trabalho tem como caráter principal estudar o Parque das Dunas,
visando a sua estrutura para atender a demanda turística, levando em consideração o potencial
do local e a consolidação de um novo atrativo, o que enriqueceria mais a experiência turística
na cidade e abriria oportunidades de novos segmentos.
1.3 OBJETIVOS
1.3.1 Objetivo Geral
Analisar as condições do Parque das Dunas para atender a atividade turística em
Natal –RN.
1.3.2 Objetivos Específicos
a) Observar as condições infraestruturais do Parque das Dunas para receber turistas;
b) Identificar os elementos superestruturais (serviços) do Parque das Dunas que auxiliam a
experiência turística;
c) Analisar a opinião do turista com relação ao Parque das Dunas enquanto espaço de
visitação.
19
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 TURISMO E MEIO AMBIENTE
O turismo consiste em uma atividade muito importante para a economia não só de
uma localidade (vila, distrito, cidade, estado, país), que a partir do desenvolvimento da
atividade pode gerar emprego e renda para a população e desdobramentos na qualidade de
vida de seus residentes. Essa atividade engloba diversas áreas, e se manifesta em interfaces
com a gastronomia, cultura, administração, direito, biologia, geografia, entre outras áreas.
Dias (2008, p.9) afirma que o turismo: “é o setor que mais cresce na atualidade, já
tendo atingido o status de principal atividade econômica do mundo, superando setores
tradicionais, como a indústria automobilística, a eletrônica e a petrolífera”. A prática dessa
atividade vem crescendo cada dia mais, daí seu posto de uma das principais principal
atividade econômica do mundo.
Segundo a OMT (2013 apud SETTE et al. 2014, p. 27): “Em 2012, a América
Latina recebeu cerca de 8% do fluxo de turistas internacionais, sendo que, deste total, 2,6 %
das chegadas correspondem à América do Sul e cerca de 0,6% ao Brasil”.
Lage e Milone (1998, p.30), afirmam que:
Turismo, na sociedade moderna, pode ser considerado um conjunto de
atividades econômicas diversas que englobam os transportes, os meios de
hospedagem, os agenciamentos de viagens e as práticas de lazer, além de
outras tantas ações mercadológicas que produzem riquezas e geram empregos
para muitas regiões.
Mas um olhar menos economicista, e mais holístico, que envolve a sociedade, a
preservação do meio ambiente e a busca por um equilíbrio entre o bem estar no presente e no
futuro estão nas pautas acadêmicas e políticas que envolvem o turismo.
É possível definir turismo seguindo diversos conceitos, todos até tendem a possuir
um mesmo sentido inicial que é - a saída de uma pessoa do seu lugar de origem para outra
localidade, com objetivo principal de lazer. Mas as contribuições sobre o tema por hora são
diversas.
O turismo pode ser um eficiente meio para promover uma região, seus
valores naturais, sociais e culturais; além de abrir novas perspectivas sociais
como resultado do desenvolvimento econômico e cultural da região e
promover a melhoria da infra-estrutura local, podendo ser um instrumento
norteador para o crescimento da localidade, inserindo-a no contexto global.
(CARNEIRO; GONÇALVES, 2013, p.38)
De acordo com Almeida (2003 apud NASCIMENTO, 2008, p. 13):
O turismo se apresenta como um fenômeno inerente ao espaço geográfico.
Ele, em suas atividades, (re)cria, inventa novas formas, funções, processos e ritmos, dinamizando os lugares, as paisagens, os territórios, as regiões; enfim,
o próprio espaço, numa simbiose entre o particular e o universal, o local e o
20
global. Assim, ao mesmo tempo em que ele provoca a leitura de suas marcas
e impressões, ele desafia a compreensão e o entendimento de sua dinâmica.
O elemento fundamental para essa atividade é o espaço, as práticas turísticas não
podem acontecer sem ter um local para o desempenho destas. O problema dessa prática pode-
se considerar seus impactos negativos, já que o que é utilizado no turismo são as belezas,
podendo ser elas de varias origens. Segundo Dias (2008, p.77): “O turismo foi durante muito
tempo considerado uma atividade econômica limpa, não poluente, geradora de amplo leque de
oportunidades e de empresas que não lançam fumaça na atmosfera, como as fábricas
características da Revolução Industrial”.
Ao mesmo tempo abre a ideia que o turismo pode denegrir deteriorar um
ambiente natural visitado de forma que prejudique e não tenha recuperação do local, pelo falta
da ausência de manutenção ou plano de manejo conservacional. Dias (2008, p.77) exemplifica
as ações que o turismo pode trazer de forma positivas para as localidades que aceitam a
prática.
Muitos animais africanos poderiam estar em situação muito grave, e alguns
mesmo extintos, se não fosse o turismo, que propiciou que um enorme
número de pessoas os apreciasse em seu ambiente natural, deixando recursos
financeiros suficientes para serem criadas áreas naturais protegidas que
acabariam por gerar divisas para outros setores das economias nacionais nos
diversos países do continente, em particular Quênia, Uganda, Tanganica e
África do Sul.
Diversos são os autores trazem um olhar geográfico, antropológico, menos
economicista da prática turística, destacando equilibradamente alguns setores que são
beneficiados ou impactados com essa atividade. Eles mostram o lado não apenas econômico,
voltado para a geração de emprego, comércio e renda. Mas da preservação do meio ambiente,
do contato com a natureza, sua fauna, flora e bem-estar de visitantes e visitados.
Antigamente o turismo era considerado luxo, só sendo realizado por pessoas com
alto poder aquisitivo, tendo sua “explosão” após a segunda guerra mundial. As viagens eram
realizadas principalmente como finalidade de lazer, onde as famílias saiam dos centros
urbanos para cidades menores, muitas vezes praianas ou serranas.
A necessidade de procurar um refúgio não vem de hoje, as pessoas acabam
procurando lugares mais afastados justamente para poder descansar e relaxar da rotina. Com o
passar dos anos a tendência do turismo era viajar para lugares urbanizados, mais
desenvolvidos que a localidade de origem, onde era possível ter contato com uma grande
diversidade de equipamentos turísticos, principalmente voltados para a recreação.
A partir da década de 1980, é possível observar que uma parcela cada vez mais
evidente da população mundial não viaja apenas em busca de um lugar só para se divertir, sai
21
em busca de vivências mais enriquecedoras, onde possam ter contato com a história e
principalmente possam ter um contato com a natureza, “características que os principais
destinos consolidados internacionalmente já não são capazes de promover.” (FORTUNATO;
SILVA, 2013, p. 125).
Com o crescimento da crise ambiental e o aumento da consciência ecológica
das populações tanto dos países desenvolvidos como daqueles em
desenvolvimento, o turismo no final da década de 80 vê surgir uma demanda
por um tipo alternativo até então predominante de “sol e praia”. O novo tipo é
resultado de uma mudança de valores e hábitos, em que as pessoas buscam
melhorar sua qualidade de vida, o que inclui a procura por ambientes
saudáveis emoldurados por natureza exuberante. (DIAS, 2008, p. 16).
O turismo com foco no VERDE tem como principal artifício a natureza, essa
atividade utiliza-se do espaço geográfico, que acaba se transformando para acomodar os
elementos presentes nessa prática. O turismo é uma atividade que causa sim impactos
negativos, mas dependendo do ponto de partida (seu planejamento) ele pode relativizar
desvantagens. Tendo em vista que a prática traz, além de visitantes que movimentam a
economia e gera emprego, ainda incentiva a proteção de áreas ambientais, levantando a
experiência turística de forma positiva.
A mudança do turismo no início da década de 1980 vai gerar um leque de
oportunidades com a ideologia de que empresas, gestores públicos, visitantes e visitados não
agridam o ambiente. Isso se reflete na inibição de edificação de hotéis próximos à zona
litorânea e que despejem detritos no mar, acarretando uma poluição e uma praia imprópria
para banho; a firmeza das leis ambientais e sua fiscalização; a conscientização de turistas e
residentes acerca do respeito aos recursos naturais.
Assim, para esse novo tipo de turismo os atores teriam que se adaptar, tendo que
os operadores do turismo oferecerem produtos e serviços de qualidade sem agredir o principal
atrativo turístico, para que não fiquem impróprios, para o turista e residente a curto, médio ou
longo prazo (princípios do turismo sustentável), muito difundido entre os praticantes do
ecoturismo.
Segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT), o ecoturismo “é
proporcionalmente o segmento turístico que mais cresce no mundo, em virtude da divulgação
maciça de lugares exóticos e da exaustão sofrida pelo turismo convencional” (OLIVEIRA;
SANTOS JUNIOR, 2010, p.461). Atualmente é notável uma “onda sustentável” que vem
crescendo na sociedade, a geração atual está cada vez mais pensando no futuro e com isso
tentam encontrar meios para minimizar seus impactos sob o meio natural.
22
O turismo acaba sofrendo essa influência e os turistas estão buscando com mais
frequência destinos que tenham alternativas mais naturais, mais autênticas e que não destrua a
natureza. Para Magalhães (2002, apud DIAS, 2008, p. 16):
O turismo alternativo foi desenvolvido na Europa com o intuito de satisfazer
as necessidades de uma clientela com aspirações e motivações, decorrentes
de uma nova realidade contemporânea, bem como de tentar atender às
exigências do meio ambiente. Talvez isso tenha sido, além de uma estratégia
de expansão capitalista (em vista da saturação do turismo tradicional), um
resultado da emergência das questões ambientais que vêm ocupando
gradativamente o centro do cenário político internacional.
As atividades do turismo mais ligado aos temas ambientais vêm se tornando um
movimento crescente, onde a prática de um turismo mais alternativo, livre e ligado ao contato
com a natureza de forma direta ou indireta chama a atenção de toda a população. Não é só o
jovem que busca novos meios de proteger o meio ambiente, as pessoas com mais idade
também estão entrando para esse time, onde o objetivo é quebrar as formas de turismo
tradicional, a troca de viagens com objetivo de cidades urbanizadas, com grandes centros
comerciais e bastantes poluentes, por lugares mais tranquilos, no qual é possível ter contato
com a população, conservando a identidade da comunidade, e desfrutar de forma consciente e
sem muitos impactos as paisagens naturais do local. Para Wearing e Neil (2001, apud DIAS,
2008, p.16):
O termo alternativo implica o seu oposto. Assim, ‘turismo alternativo’ é
oposto ao que é visto como negativo ou prejudicial no turismo convencional:
caracteriza-se pela tentativa de minimizar o visível impacto ambiental e
sociocultural negativo das pessoas em férias, promovendo abordagens radicalmente diferentes em relação ao turismo convencional.
A busca por alternativas que quebrem o paradoxo do turismo tradicional
influência e muito no ecossistema desses novos destinos. Todo o contato com a natureza por
menor que seja gera um impacto, em alguns casos os pontos positivos da prática acabam não
sendo tão relevantes em relação aos pontos negativos. Por mais que se tente minimizar os
impactos, eles sempre vão existir. Para que a natureza não seja tão agredida é necessário que a
gestão desses lugares sejam eficientes e responsáveis, já que qualquer deslize pode ocasionar
uma perda muito grande da fauna e/ou flora do local.
Dias (2008, p.16) ainda comenta que “no turismo alternativo predominam as
atividades que buscam maior contato com a natureza, como agroturismo, ecoturismo,
espeleoturismo, turismo de aventura, montanhismo, canoagem etc”. Todas essas atividades
levam o turista para mais perto da natureza, tendo esse contato direto ou indireto o visitante
tem novas experiências, as quais nem sempre são possíveis de se ter quando o destino é muito
urbanizado.
23
As áreas naturais, em particular as áreas protegidas legalmente, sua paisagem,
fauna e flora – juntamente com os elementos culturais existentes – constituem
grandes atrações, tanto para os habitantes dos países aos quais as áreas
pertencem como para turistas de todo o mundo. Por esse motivo, as
organizações para a conservação reconhecem a enorme relevância do turismo
e estão cientes dos inúmeros danos que um turismo mal-administrado ou sem
controle pode provocar no patrimônio natural e cultural do planeta.
(Ceballos-Lascuráin, 2001, apud DIAS, 2008, p. 23).
As práticas de novas atividades no turismo mais ligado a sustentabilidade pode ser
bem vasta, a diversidade nessas novas formas de turismo abrange diversas áreas de
conhecimento, onde o turista pode ir ao seu destino para lazer, conhecimento, contato com a
natureza e até mesmo pesquisa. A partir de Beni (2000) é possível identificar alguns tipos de
turismo voltados à natureza.
QUADRO II: TIPOS DE TURISMO
Turismo Paisagístico: Refere-se à demanda por núcleos receptores cujo principal produto turístico é a paisagem,
os aspectos cênicos da natureza, compreendendo-se aí todos aqueles locais em que características geográficas,
ecológicas e mesológicas, combinadas, constituem o principal fator de atração.
Turismo Científico: Refere-se ao deslocamento de turistas potenciais que se dirigem a grandes centros
universitários como manifesta atuação no setor de pesquisa e desenvolvimento.
Turismo de Aventura: Denominação dada ao deslocamento de pessoas para espaços naturais, com ou sem
roteiros programados e ausência ou incipiência de equipamentos receptivos, motivadas pela atração exercida
pelo desconhecido e desejo de enfrentar situação de desafio físico e emocional. Compreende múltiplas formas
de treinamento de sobrevivência na selva e em outros locais inóspidos ou ainda não desbravados e contato com
culturas primitivas. Alguns autores chamam-no de turismo selvagem ou de turismo de exploração. Na Europa, o
denominado turismo montanhês inclui-se nesta categoria. No Brasil, este tipo de turismo vem sendo praticado
na floresta amazônica, no pantanal mato-grossense, em algumas chapadas do planalto central e nos lençóis
maranhenses.
Turismo Educacional: Retomada da antiga prática amplamente utilizada na Europa e principalmente nos
Estados Unidos por colégios e universidade particulares, e também adotada no Brasil por algumas escolas de
elite, que consistia na organização de viagens culturais mediante o acompanhamento de professores
especializados da própria instituição de ensino com programa de aulas e visitas a pontos históricos ou de
interesse para o desenvolvimento educacional dos estudantes. Hoje, pouquíssimas instituições ainda mantém
essa prática pedagógica em destinações no exterior, enquanto expandem-se as viagens regionais e nacionais
com a mesma finalidade, estendendo-se agora aos estudos de ecossistemas e outros aspectos do meio ambiente.
Turismo Ecológico: Denominação dada ao deslocamento de pessoas para espaços naturais, com ou sem
equipamentos receptivos, motivadas pelo desejo/necessidade de fruição da natureza, observação passiva da
flora, fauna, da paisagem e dos aspectos cênicos d entorno – neste sentido, pode ser também chamado de turismo da natureza, turismo verde. Incluem-se aqui também aquelas que buscam uma observação participante e
interativa com o meio natural, na prática de longas caminhadas, escalada, desbravamento e abertura de trilhas,
rafting, outros esportes radicais em que a natureza é apenas o pano de fundo para o desafio de superar limites
físicos de tolerância como canyoning, off-road, rapel (neste sentido, pode também confundir-se, segundo alguns
autores, como o chamado turismo de aventura e inserir-se no desportivo como nos Jogos da Natureza). Somam-
se a essas atividades o exercício eventual da caça e pesca, excursões programadas para pontos geográficos de
interesse turístico: rios, ilhas, montanhas e chapadas, grutas e cavernas, minas e jazidas. Em todos esses casos,
ainda que haja uma preocupação de educação e conscientização ambiental, a característica dominante é uma
maior flexibilização ou inexistência de restrições rígidas e limites à utilização do espaço visitado.
Ecoturismo: Denominação dada ao deslocamento de pessoas a espaços naturais delimitados e protegidos pelo
estado ou controlados em parcerias com associações locais e ONGs. Pressupõe sempre uma utilização controlada da área com planejamento de uso sustentável de seus recursos naturais e culturais, por meio de
estudos de impactos ambiental, estimativas da capacidade de carga e suporte do local, monitoramento e
avaliação constantes, com plano de manejo e sistema de gestão responsável. É claro que todas as atividades
24
previstas no turismo ecológico podem, em geral, ser realizadas, desde que rigorosamente observadas às
restrições de uso desses espaços. No Brasil, o ecoturismo, além de ser comumente confundido com o turismo
ecológico, está até o momento circunscrito a poucos casos, levando em conta que as nossas áreas de
conservação e proteção ambiental ainda não dispõem de uma política integrada e de um planejamento
estratégico de uso e ocupação voltados especificamente para o turismo.
Turismo Alternativo: Envolve comumente muitas das definições acima, como aquelas atividades realizadas com
impacto no meio ambiente. Na medida em que estas vão sendo estabelecidas e conceitualmente melhor
definidas, seu campo passa a ser conhecido com precisão em virtude do gradual surgimento de métodos e
processos de planejamento e gestão.
Fonte: Fragmentos extraídos da obra de BENI, Mário Carlos. Analise estrutural do turismo. 3ª Ed. rev. e ampl.
– São Paulo: Editora SENAC São Paulo, 2000, 517 p.
É notável que a diversidade de atividades - que podem ser desenvolvidas tendo
como principal objetivo o contato com a natureza – pode ser ampla. É importante observar
que as atividades não possuem restrições nem público-alvo claro, isso se dá porque essas
práticas podem ser desenvolvidas por todo o tipo de público (normalmente), não é preciso ser
naturalista ou moderno para praticar o turismo de aventura, por exemplo. Simples atividades
podem fazem parte da programação: pequenas trilhas, contemplação da fauna e flora,
atividades recreativas leves, turismo pedagógico, entre outros.
Em um passeio pelo parque é possível ter contato com a fauna e flora local,
conhecer o ambiente e até mesmo fazer uma trilha, pessoas com mais idade podem
desempenhar essas atividades sem necessariamente ser “radical”. O turismo nesses parques –
sejam urbanos ou não - acaba sendo uma atividade que tem como objetivo despertar o prazer
e a emoção das descobertas.
2.2 PARQUES URBANOS
Se vive em uma época em que a tecnologia esta ganhando cada vez mais espaço, o
que se quer é mais agilidade, rapidez e facilidade ao alcance das nossas mãos. Não se para
muitas vezes para admirar a natureza porque acreditamos que é perda de tempo. Na correria
diária muita gente não se dá o luxo de contemplar as árvores, escutar os pássaros, sentir o
vento bater no nosso rosto, tudo o que fazem é correr para dar tempo de executar todas as
atividades do cotidiano.
Com isso, destrói-se a natureza para ganhar mais espaço, para novas construções,
para um maior desenvolvimento da região, mas não percebe-se que sem a vegetação a
qualidade de vida tende a ser baixa, o oxigênio diminui, o ar fica mais poluído, as pessoas, em
especial as crianças, mais vulneráveis a doenças, a cidade fica sem cor. Dai a importância da
valorização dos parques urbanos.
25
Lima (1994, p.10) define parque urbano como: “uma área verde, com função
ecológica, estética e de lazer, no entanto com extensão maior que as praças e jardins
públicos”. Para que um espaço seja considerado parque é preciso ter mais do que algumas
árvores e área para lazer, constitui-se de um conjunto de elementos que devem ter como
principal objetivo conservar a natureza trazendo beleza e qualidade de vida à comunidade
local.
Kliass (1993, p.19) afirma que: “os parques urbanos são espaços públicos com
dimensões significativas e predominância de elementos naturais, principalmente cobertura
vegetal, destinados à recreação”. Os dois autores citados apresentam uma definição clara de
que esses espaços devem possuir uma área média ou grande que ocupe uma dimensão
considerável e que não atenda só a preservação, mas sim a outras necessidades, voltada
principalmente para a recreação e lazer (para este estudo – o turismo).
O governo do estado de São Paulo apresenta uma definição ao que parece ainda
mais completa sobre o que são parques urbanos e quais suas vantagens, citando também um
aspecto muito importante que é o da conscientização ambiental, que apresenta bastante
relevância para minimizar os impactos negativos da modernização a esses lugares.
Os Parques Urbanos são grandes espaços verdes localizados em áreas
urbanizadas de uso público, com o intuito de propiciar recreação e lazer aos
seus visitantes. Em sua maioria, oferecem também serviços culturais, como
museus, casas de espetáculo e centros culturais e educativos. Também estão
frequentemente ligados a atividades esportivas, com suas quadras, campos,
ciclovias etc. A grande vantagem dos parques urbanos é propor aos
moradores de metrópoles a opção de visitar áreas naturais, com paisagens
verdes, fauna e flora, sem a necessidade de percorrer grandes distâncias. É
neles que grande parte da população urbana desenvolve sua relação com a natureza, o que faz deles uma importante ferramenta para conscientização
ambiental. (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2014)
Existem diversas definições que podem conceituar o que são parques urbanos,
todas apresentam algumas características semelhantes, que partem do principio que tais áreas
devem conservar a mata natural, tendo acesso livre ao público, principalmente a população
local (não excluindo seu papel de atrativo turístico), possuindo um horário de funcionamento,
sendo delimitado por cercas e portões, dispondo de áreas de lazer e administração própria.
(GARABINI, 2004)
Macedo (2002) afirma que essas áreas verdes foram criadas a partir da:
“necessidade de dotar as cidades de espaços adequados para atender a uma nova demanda
social: o lazer, o tempo de ócio e para contrapor se ao ambiente urbano”. A palavra chave
para a criação de tais foi à revolução industrial, onde a população não tinha tempo para o
26
lazer, em que o foco era trabalhar mais em pouco tempo. Os parques urbanos surgem como
forma de quebrar o estresse do cotidiano.
Os parques tinham importantes funções, além da questão estética, abordada pelos
autores citados, representavam o aumento da qualidade de vida da população, aonde tais iam a
esses espaços não só para contemplar a natureza, indo também para conversar, passear com as
crianças, caminhar, passar o tempo e, principalmente, se socializar. Os pintores e poetas
utilizavam os parques como forma de inspiração, de onde tiravam sua inspiração e
romantismo.
Era entendido não como uma parte integrante do meio urbano, mas como um
local de refugio, cujo valor essencial vinha do contraste com a ruidosa e
empoeirada colméia urbana. O valor recreativo dos parques era também
incontestável, além disso, serviam de barreira contra um desenvolvimento
contínuo da cidade. Mas, salvo no caso das classes privilegiadas, esses
parques só eram utilizados nos domingos e em dias de festas.
(GUIMARÃES, 2010, p.10).
Essas áreas possuem como principal objetivo o lazer, onde o visitante (residente
ou turista) vai usufruir da área verde para desopilar, aproveitar o espaço para relaxar e
desfrutar das áreas oferecidas pelo local. A ideia central dos parques é o contado das pessoas
com a natureza, não necessariamente precisa possuir uma quantidade delimitada de árvores,
mas é importante que nesses ambientes apresentem um número significativo de árvores, já
que uma das características principais de tais é o contato com a natureza, visando que a sua
criação foi justamente para a finalidade de trazer para a cidade uma ideia de embelezamento
natural, como forma de barreira para o grande desenvolvimento das cidades.
Segundo Garabini (2004), antigamente os parques urbanos eram conhecidos como
landscape gardeners, espaços privados utilizados pelos mais afortunados, que utilizavam
esses lugares para a prática da caça. Com os movimentos de transformação na Europa, a
Inglaterra defende a liberação do uso dessas áreas para ser utilizada por toda a população
(visitantes e visitados – inclusive os parques Europeus são bastante visitados por turistas),
onde tais devem conservar a vegetação natural da região e que seja aberto ao público para que
esses possam desfrutar desses espaços para se livrar dos efeitos da industrialização.
Os primeiros parques afloraram na Europa e concomitantemente na América
a partir do século XVI, e recorreram ao pensamento europeu de ideias
hegemônicos de embelezamento e salubridade e gradativamente,
transformaram a fisionomia urbana pela criação de bulevares, ajardinamentos
de avenidas, praças e parques. (KOCH, 2009, p. 29).
Desde a antiguidade que os parques existiam, só não eram utilizadas pelos menos
afortunados. Com as transformações na Europa essas áreas começaram a se tornar abertas a
qualquer pessoa, não importando seu título. Sua principal função era a de deixar a cidade mais
27
bela e passar a ideia de um lugar limpo, já que naquela década a preocupação era com as
enfermidades, destacando o higienismo, que parte do conceito de Louis Pasteur (1861 apud,
COSTA, 2012) sobre a função das bactérias e dos micróbios. A partir dessa descoberta a
população começou a ter cuidado com contaminações, começando os primeiros processos de
saneamento. Os parques acabaram se tornando sinônimo de saúde.
FIGURA 03: Hyde Park em Londres.
Fonte: Site Visitlondon.com, 2015.
28
FIGURA 04: Parc de Bagatelle na França.
Fonte: Site O guia de Paris, 2011.
Os parques das Américas foram criados seguiram influência europeia,
principalmente do modelo Inglês (figura 3) e Francês (figura 4), destacando o arquiteta-
paisagístico norte-americano Frederick Law Olmsted, que trás uma visão nova para o
continente, destacando que os parques fazem parte da necessidade das cidades. Olmsted criou
um sistema denominado de parkways, que consiste, resumidamente, em estradas no meio dos
parques, que tinham como principal objetivo ligar uma área verde a outra.
Giedion (1978 apud GARABINI, 2004, p. 72), define o sistema criado como:
Se trata de uma sucessão de instalações sociais para os desportes públicos,
para o recreio, a educação, atravessados por quatro avenidas que asseguram uma perfeita integração do parque à cidade, sem interromper a continuidade
da paisagem; Olmsted introduz um complicado sistema de circulação
diferenciado e independente por meio de pontes e passagens subterrâneas.
Temos como principal exemplo desse sistema o Central Park (figura 5) em Nova
York. É possível considerar um “paraíso entre arranha-céus”, já que esta localizada numa dos
países mais desenvolvidos e importantes do mundo. Já apareceu em diversos filmes e novelas,
é um dos principais pontos turísticos da cidade, quem vai a Manhattan não pode deixar de
conhecer. Esse parque deixa claro o modelo se sistema de Olmsted, tendo em vista que foi ele
quem projetou o Central Park.
29
FIGURA 05: Central Park.
Fonte: Susana Steil, 2015.
No Brasil os primeiros parques urbanos tiveram origem com a chegada da família
Real Portuguesa, em 1808, que foram construídos não para a população, mas sim como forma
de elitização, onde só alguns poderiam ter acesso, sendo inspirados no modelo norte-
americano de Olmsted.
O “belo” e o “sublime” que conceituava os desenhos do movimento inglês,
descrito como picturesque, a configuração natural, romântica e pictórica
passou a representar o ideal do século XIX para parques. Na América, os
parques Central Park (Nova York), 1858 e o Prospect Park (Nova York),
1865, entre outros vários projetos da dupla Frederick L. Olmsted e Calvert Vaux combinam arte e gestão. Com terrenos extensos, grandes lagos e
massas arbóreas que representam uma porção rural no meio urbano,
reponderam às condições ambientais degradantes das cidades industriais. Os
parques urbanos surgiram como forma de salvaguardar os patrimônios
naturais em áreas urbanas e em áreas rurais, caso do Yellowstone National
Park, que após a sua criação em 1872, nos EUA, houve um avanço
significativo no número de novos parques protegidos, inclusive no Brasil
onde o primeiro foi o Parque Nacional de Itatiaia, criado em 1937.(KOCH,
2009, p. 30).
30
FIGURA 06: Parque Nacional de Itatiaia.
Fonte: IMCBio , 2015.
O conceito de parque que chegou ao Brasil foi um pouco diferente dos demais, já
que não partia da razão de atender a população como forma de lazer e recreação da massa, e
sim como forma de atender aos mais afortunados, que estavam migrando de Portugal. Tais
lugares foram criados para a distração da nova elite formada, tentando seguir os modelos
internacionais. Os parques eram bem restritos, para ter acesso era preciso pagar uma taxa para
usufruir dos atrativos do lugar, alguns possuíam pequenos zoológicos ou exposição. Eram
localizados nos bairros nobres, e inicialmente só tinha nas principais cidades do país. (BOVO;
CONRADO, 2012).
31
FIGURA 07: Jardim botânico.
Fonte: Camila Faria, 2012.
O jardim Botânico no Rio de janeiro (figura 7) é um exemplo dos parques trazido
pela chegada da família real no Brasil. Um dos lugares mais bonitos da cidade carioca, possui
uma beleza natural inestimável, com grandes palmeiras, fontes, arcos, entre outras coisas,
mostra a grandeza desses espaços e que claramente vem sendo conservada ate os dias de hoje.
É possível observar na pintura de Pieter Bertichen (figura 8) quem frequentava esses locais, as
famílias com mais poder aquisitivo e de maioria brancos, o que era característica de um tempo
onde não existia inclusão social, e só os mais afortunados tinham direito de passear e se
divertir em áreas públicas.
32
FIGURA 08: Pintura de Pieter Godfred Bertichen.
Fonte: Begonha Bediaga et al., 2007.
Os parques possuem uma beleza natural, onde é possível o contato e desfrutar da
natureza, esse bem que é oficialmente de toda a população brasileira (os acessos normalmente
são a preços simbólicos de manutenção ou gratuitos). Porém, as comunidades muitas vezes
não sentem que aquela área pertence a ela, acham que quem frequenta o parque é mais rico,
ou que é “só mato”, ou até mesmo não ligam para o espaço e acabam querendo destruí-lo ou
invadi-lo para construções irregulares (como é o caso de algumas áreas do Parque das Dunas
de Natal).
Essas áreas são de extrema importância para a saúde citadina, tendo em vista que
esses locais possuem várias árvores que ajudam a produzir o oxigênio. Além desse fato, os
parques beneficiam e muito na qualidade de vida de quem mora por perto, não apenas por
trazer uma beleza paisagística autêntica, mas por trazer outros benefícios.
Machado (2005) cita alguns desses benefícios que essas localidades podem
oferecer não apenas aos turistas, mas, principalmente, à população da cidade, que deve ser a
maior favorecida e também preocupada no manejo desses espaços.
33
QUADRO III: BENEFÍCIOS GERADOS PELA VISITAÇÃO A PARQUES
São grandes os benefícios gerados por uma prática adequada de visitação a Parques bem
planejados e bem administrados, que poderão diluir-se por toda região de atração, servindo como componente
expressivo na formação de um produto mais amplo:
Auxilia na fixação da comunidade ao seu local de origem através das novas alternativas de
desenvolvimento.
Gera emprego local, considerando diretamente o setor turístico através de atividades de condução de
visitantes, hospedagem, alimentação, comércio.
Gera divisas que, de outro modo, não chegariam ao domínio da comunidade.
Serve como motivador da auto-estima da comunidade, que se sente prestigiada pela visitação recebida.
Diversifica a economia local, propiciando novas atividades nas áreas de entorno, e desenvolve programas aliados às práticas tradicionais de pecuária e agricultura locais.
Reapropria valores culturais esquecidos.
Promove melhoria na infraestrutura regional, na área de transportes, eletricidade, comunicação e
saneamento, como benefícios para todos.
Incentiva a organização da comunidade na defesa de valores culturais e ambientais.
Possibilita oportunidades de recreação para a comunidade local.
Promove a manutenção do Patrimônio Cultural.
Promove a manutenção do Patrimônio Natural.
Fonte: fragmentos extraídos da obra de MACHADO, Álvaro. ECOTURISMO: UM PRODUTO VIÁVEL : A
experiência do Rio Grande do Sul. Rio de Janeiro: Ed. Senac Nacional, 2005. 232p.
A quantidade de benefícios que os parques trazem a população (visitantes e
visitados) é grande, não apenas através da melhoria da umidade do ar e da sensação térmica
próxima à essas áreas, na melhoria das vias de acesso, na beleza estética, no fortalecimento da
identidade local, mas também porque essas áreas são de proteção, então não podem ser tirado
da sociedade.
Porém, a má administração dos parques pode levar a população a perder essas
áreas, e até mesmo a própria pode não achar que esse espaço é digno de cuidado e ajudar na
depredação dele. A importância da conscientização das pessoas (turistas, residentes e gestores
do parque) em relação os parque deve ser sempre considerado pela gestão desses lugares,
destacando os elementos infra e superestruturais presentes e à disposição de seus usuários,
nesse caso – turistas.
2.3 INFRA E SUPERESTRUTURA
A infra e superestrutura apesar de andarem sempre de mãos dadas possuem
suas particularidades. Todas as duas dependem de uma instância maior para serem
executadas. A primeira abrange diversos itens que tem como principal objetivo atender as
necessidades locais, assim, os visitantes também são beneficiados. Já a superestrutura
possibilita a estadia dos turistas e a promoção da cidade, tendo o caráter mais ligado a quem
vem de fora.
34
Segundo Beni (2000, p. 99) entende-se que superestrutura: “Compreende a
política oficial de Turismo e sua ordenação jurídico-administrativa que se manifesta no
conjunto de medidas de organização e de promoção dos órgãos e instituições oficiais, e
estratégias governamentais que interferem no setor”.
Já a infraestrutura pode ser destacada em três elementos principais, os serviços
urbanos, saneamento básico e sistema viário e de transportes. Cada um deles possuem pontos
que são indispensáveis para a população. Nos serviços urbanos destacasse os seguintes
componentes: “energia e iluminação pública; limpeza pública; transporte coletivo;
comunicações; abastecimento; conservação de logradouros públicos; controle da poluição da
água e do ar; e equipamentos e serviços de infraestrutura do Turismo” (BENI, 2000, p. 127).
Já o saneamento básico atende, principalmente, aos seguintes itens:
Abastecimento de água; coleta e disposição de águas residuárias;
acondicionamento, coleta, transporte e destino final do lixo; controle da
poluição das águas e do ar; extermínio de artrópodes e roedores; higienização
de habitações e dos locais de trabalho, educação e recreação,
tradicionalmente de atribuição especifica dos Municípios. (BENI, 2000, p.
127).
No sistema viário e de transportes, Beni (2000, p.133) afirma que: “os
investimentos na infraestrutura do sistema viário e de transportes merecem especial atenção
em todo o processo de análise da infraestrutura necessária para o Turismo que, evidentemente,
sem condições de acesso e meios de transporte, não pode existir”.
A infraestrutura e superestrutura são essenciais para que os visitantes possam
usufruir do destino da melhor forma possível e minimizando os impactos ambientais que
podem ser gerados, boas vias de acesso, uma qualidade de equipamentos de uso público
adequado, saneamento básico, sinalização, transporte de qualidade, entre outros.
No modelo do Sistur (figura 9), Beni faz a relação da infraestrutura e
superestrutura com os demais elementos da atividade turística, ele classifica os itens em
questão como “Conjunto da Organização Estrutural – OE”, mostrando que tudo faz parte de
um ciclo, estando todos os componentes diretamente ligados um com os outros.
35
FIGURA 09: Modelo do Sistur.
Fonte: Beni, 2000.
Porém, essa perspectiva de infra e superestrutura turística com foco em destinos,
defendida por BENI, também pode ser aplicada em equipamentos turísticos isoladamente,
agora destacando os elementos físicos e serviços ofertados por eles ao público turístico –
nesse caso da pesquisa o Parque das Dunas – Natal / RN.
No quesito visitação as unidades de conservação é necessário que a gestão siga
alguns itens infraestruturais. Dentro desse item podem ser englobado vários pontos (DIAS,
2008), como por exemplo: a sinalização dentro e fora da unidade; o investimento em
manutenção nesses locais e o investimento em equipamentos para o uso da população e do
turista; os cuidados ligados a primeiros socorros caso aconteça algum acidente, entre outros.
Para o estabelecimento da visitação em UC são necessários dois pré-
requisitos básicos: o primeiro é a unidade possuir um instrumento de
planejamento, como o plano de manejo, e o segundo é a União ter a posse da
terra, neste caso, das áreas onde deverão ser instalados os equipamentos e a
infraestrutura de apoio necessária ao manejo da visitação. (PASSOLD; KINKER, 2010, p. 401)
Para uma unidade de conservação ter a possibilidade de acesso à comunidade
local e aos visitantes, ela precisa cumprir alguns quesitos. Como citado anteriormente, é
necessário que ela tenha primeiramente um plano de manejo, onde nele vai conter todas as
informações relevantes da unidade, como aspectos geográficos e históricos, fatores biofísicos
(geologia e geomorfologia, clima, hidrologia, solos, fauna e flora), fatores socioeconômicos
36
(demonografia, economia regional e turismo), valores culturais, entre outras informações que
vão acrescentar valor nesse documento. O segundo ponto é que a área da unidade de
conservação seja de propriedade pública, que não faça parte de nenhuma pessoa física ou
jurídica. Mas não são apenas esses itens que uma UC deve seguir para ter condições à
visitação.
O roteiro turístico em uma unidade de conservação pode ser definido como
um pacote de componentes tangíveis ou não, com base na atividade em um destino cujas atrações naturais são protegidas por lei. O pacote é percebido
pelo turista como uma experiência, disponível a determinado preço. Há cinco
componentes principais no produto turístico em uma unidade de conservação:
Atrações no destino e no meio ambiente; Instalações e serviços do destino;
Acessibilidade ao destino; Imagens do destino; e Preço para o consumidor.
(BASTOS, 2010, p. 436)
Entende-se que para o sucesso e a alta atratividade, as unidades de conservação e
os parques tendem a seguir um plano (superestrutura) que envolva um conjunto de fatores que
são oferecidos aos visitantes/ turistas e a população. Para complementar essa melhora do
serviço oferecido, mudanças internas tendem a ser realizadas para se adequar ao que se
oferece. Acompanhado de outras melhorias externas que seriam realizadas pela prefeitura,
estado ou até mesmo pela federação.
Porém, devido a grande maioria dos planos diretores dessas unidades ou desses
locais não contemplarem fortemente uma visão turística, deixam de levar em consideração a
questão desse fluxo de visitantes. Deixando a desejar nos componentes do produto turístico,
acarretando uma baixa procura e sendo pouco visitados.
37
3. METODOLOGIA
3.1 TIPO DE PESQUISA
O presente trabalho tem como caráter uma pesquisa qualitativa exploratória
indutiva. De acordo com Gerhardt e Silveira (2009) a pesquisa qualitativa não procura
enumerar e/ ou medir os eventos estudados, nem emprega ferramentas exclusivamente
estatísticas na análise dos dados, onde parte de questões ou focos de interesses amplos, vão se
definindo à medida que o estudo se desenvolve. O autor ainda afirma que este tipo de
pesquisa envolve a obtenção de dados descritivos sobre pessoas, lugares e processos
interativos pelo contato direto do pesquisador com a situação estudada, procurando
compreender os fenômenos segundo a perspectiva dos sujeitos, ou seja, dos participantes da
situação em estudo.
Dencker (2007, apud MONTEIRO, 2012, p.31) afirma que: “é recomendável
iniciar a pesquisa por um estudo exploratório, para tomar conhecimento da situação”. Já para
Cervo et. al. (1996, apud FERREIRA, 2013, p. 27):
O estudo exploratório [...] é normalmente o passo inicial no processo de
pesquisa pela experiência e auxílio que traz na formulação de hipóteses
significativas para posteriores pesquisas. Os estudos exploratórios não
elaboram hipóteses a serem testadas no trabalho, restringindo-se a definir objetivos e buscar maiores informações sobre determinado assunto de estudo.
Isso quer dizer que a pesquisa tem como critério a obtenção de informações para
atender o objetivo do trabalho reconhecendo a familiarização com o objeto estudado - o
Parque das Dunas, tendo como alvo os recursos infra e superestruturais - as condições de
atender o turismo. O trabalho pretende estudar o parque e expor as suas conformidades e
desconformidades turísticas, levantando juntamente a opinião do turista que o visita.
3.2 UNIVERSO DA PESQUISA
A área delimitada para o estudo é o Parque das Dunas (figura 10), com destaque
para as atividades de lazer turístico que nele ocorre, buscando informações com grupo de
gestão, que esteve sob a coordenação de Mary Sorage, (que falaram sobre a atuação turística
no parque e ajudaram no check list da pesquisa) e com turistas que no equipamento estiveram.
38
FIGURA 10: Mapa do Parque das Dunas
Fonte: Site do Parque das Dunas, 2015.
O turista que visitou o parque teve a oportunidade de apresentar sua opinião
acerca das condições dos equipamentos, juntamente com os meios de conhecimento e acesso
ao local, já a gestão auxiliou na execução do check list, datando esse contato entre os dias 27
de outubro até 13 de novembro de 2015.
3.3 PLANO DE COLETA DE DADOS
Para a coleta de dados foram utilizados dois questionários, um para os turistas e
uma pauta de entrevista com a equipe de gestão do parque, além de prática de observação de
itens infraestruturais do parque mediante visita técnica e registro fotográfico.
O número inicialmente estipulado de questionários a serem aplicados com os
turistas foi de 10 questionários. Isso se dá pelo reconhecimento do pequeno número de
visitantes advindas outras localidades. Tal questionário foi dividido em três partes, na
primeira se traça o perfil do entrevistado, com perguntas relacionadas ao gênero, faixa etária e
local onde reside, elemento crucial e determinante para a pesquisa. Na segunda parte
encontra-se perguntas ligadas ao conhecimento e meios de acesso ao parque. Já na última
parte se coleta a satisfação do cliente em relação à visita e aos equipamentos disponíveis para
39
o uso público, tais como recursos naturais, sala de exposição, limpeza do parque, segurança
do local, entre outros itens.
A pauta da entrevista semi-estruturada direcionada para a gestão do parque
contempla perguntas acerca de elementos superestruturais do parque, sendo levantados
quesitos como projetos de inclusão da comunidade, atendimento ao turista e projetos futuros,
itens que não poderiam ser observados mediante a visita técnica.
A elaboração de um check list também foi utilizada como instrumento para
verificar as condições super e infraestruturais do parque para atender a atividade turística da
cidade (destaque para observação e registro fotográfico). Este foi montado em cima de um
modelo desenvolvido pela autora da pesquisa, levando em consideração alguns autores
citados no referencial teórico, como Beni, Bastos e Machado, e o material do SEBRAE –
Programa Turismo Melhor. O principal objetivo da lista – que foi preenchida mediante
observação - foi apreciar as conformidades e não conformidades do equipamento turístico,
encontrando a partir disso, oportunidades de melhorias.
3.4 TÉCNICA DE ANALISE DOS DADOS
Buscando elucidar as inquietações da pesquisa, pretendeu entrecruzar as
informações havendo uma reflexão dividida em 3 tópicos. O primeiro observando as
condições infraestruturais dentro do Parque das Dunas, o segundo tópico identificando os
serviços oferecidos aos visitantes, justamente com questões ligadas a superestrutura do local,
e por último tópico aborda-se a opinião do visitante de outra localidade em relação aos dois
tópicos antecedentes.
40
4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Essa pesquisa teve como intuito analisar a infra e superestrutura do Parque das
Dunas para evidenciar as condições do espaço para atender a atividade turística. Para isso,
aplicou-se lista de verificação (check list com 56 itens, dividido em infraestrutura (29) e
superestrutura (27)), além de uma entrevista com a equipe gestora do Parque (auxiliando as
questões da lista de verificação), buscando compreender a visão do grupo sobre a relação
entre o Parque e Turismo, culminando com questionários com turistas que estiveram no
parque entre os meses de outubro e novembro de 2015.
4.1.INFRAESTRUTURA
Quando se fala em infraestrutura o que vem logo em mente é saneamento básico,
iluminação e transporte público, só que quando se analisa todos os itens que a infraestrutura
abrange um número elevado de itens, os quais às vezes acabam passando despercebida, tais
como acessibilidade, estrutura física de um prédio, equipamentos de primeiros socorros,
placas, calçamentos, entre outros já citados segundo Beni (2000). O seguinte tópico tenta
levantar alguns desses itens encaixando-os com a realidade do parque, vendo o que está
adequado e o que pode ser melhorado para atender melhor os visitantes e até se tornar uma
referencias em relação aos demais parques da cidades e do país.
RECEPÇÃO
Área da recepção - A área da recepção (figura 11), localizada na administração, do
lado da lanchonete, está em bom estado de conservação, tendo paredes limpas,
cadeiras para os visitantes, um balcão de mármore com um computador para o
agendamento das trilhas e um telefone. É possível também encontrar um bebedor, uma
mesa, cadeiras e a copa para o uso dos funcionários.
41
FIGURA 11: Recepção
Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
Acessibilidade nas áreas de circulação - Existe acesso e circulação (desníveis, rampas
e largura de corredores) para pessoas com necessidades especiais que atendem às
necessidades da NBR 9050;
Armazenamento de itens que não podem ser levados para as trilhas – Não existe local
apropriado onde possam ser guardadas de forma ordenada e segura os itens que os
visitantes não podem levar nas trilhas. Nesses casos, as pessoas deixam seus pertences
(bolsas normalmente) na recepção, onde a funcionária aloca as bolsas de maneira
desordenada - uma em cima da outra - em um espaço muito pequeno e sem qualquer
controle (etiquetagem e canhoto para entregar ao usuário).
O ideal seria a aquisição de um armário com chave para que os visitantes que vão
realizar a trilha possam deixar suas bolsas ou demais itens. O modelo seria seguro, já
que os visitantes teriam que levar consigo a chave, tendo só eles o acesso ao conteúdo
no armário. Se mantendo o formato atual, faz-se necessário a criação de um controle
(canhotos para ser preenchidos por funcionário e cliente), e armazenamento dos
guardados em local seguro e espaçoso.
42
Livro de Ocorrências - Existe livro de ocorrências (log book) e mecanismos similares
para registro interno. Existe um livro de protocolo para a entrada na administração e
outro para a sala de exposição, e um livro de ocorrência para as trilhas. Neles os
funcionários devem escrever como encontraram o local e se tem algo fora do normal, e
logo abaixo as anotações devem colocar o dia e assinar;
Caixa de sugestão - No local existem 2 caixas de sugestões, elogios e reclamações.
Essas caixas são localizadas, uma perto da recepção e outra próxima a sala de
exposição (figura 12), onde tem uma prateleira com a caixa que é fechada (o acesso
aos opinários é feito apenas pela arquiteta do parque que faz a verificação das
sugestões).
FIGURA 12: Caixa de sugestão.
Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
SEGURANÇA PATRIMONIAL E DO TRABALHO
Equipamentos básicos de primeiros socorros – O local dispõe de alguns materiais de
primeiros socorros, como maca, kit básico e espaço para atendimento. Como no
parque tem uma sala com a enfermaria é possível encontrar diversos tipos de
materiais, como termômetro, tesoura, pinça, algodão, esparadrapo, band-aid, água
43
oxigenada e medicamentos, mas não possuem desfibrilador, garrafa de oxigênio com
mascara de aspiração e calços imobilizadores. No local é muito comum a presença de
idosos caminhando e de escolas primarias. Quando acontece algum acidente grave, a
estagiaria de enfermagem deve ligar para alguma unidade de saúde, ou o SAMU ou
para a Unimed, a qual o parque tem parcerias, onde elas encaminharam uma
ambulância para tratar desse ferido.
Aponta-se que é importante a aquisição de equipamentos de primeiros socorros, como
desfibrilador, garrafa de oxigênio com mascara de aspiração e calços imobilizadores,
para que o ferido seja atendido mais rapidamente e não tenha que esperar a chegada
de uma ambulância para ter os primeiros cuidados.
Ramais telefônicos - Os funcionários possuem acesso a ramais telefônicos
funcionando corretamente e com acesso a ligações internas e externas.
ÁREAS DE CIRCULAÇÃO
Limpeza dos corredores de acesso aos visitantes - Os corredores de acesso para a sala
de exposição, áreas de lazer (piquenique, playground, quadra), teatro e trilha estão
limpos, conservados e são devidamente iluminados. Destaca-se que apenas próximo à
caixa de sugestão é encontrada uma parede riscada (figura 12).
Aponta-se que o ideal seria a vistoria, manutenção e limpeza adequada das paredes
(maior atenção à caixa de sugestão).
Estacionamento - Não foi evidenciado estacionamento privado para visitantes. O
parque possui estacionamento para os próprios funcionários ou para funcionários do
IDEMA; Algumas outras pessoas têm acesso à essas áreas, previamente autorizadas
pela administração. O estacionamento possui duas vagas para pessoas com
necessidades especiais (figura 13), mas o piso não encontrasse em bom estado de
conservação, tendo partes que estão rachadas e a sinalização no chão com a pintura
clara (baixa resolução). As placas estão em bom estado de conservação e visíveis.
Uma atenção maior para o piso do estacionamento, colocando um revestimento
uniforme e sem rachadura. É preciso pintar as vagas reservadas para pessoas com
necessidades especiais, de forma a ficar nítido. Também é apontado que se crie vagas
para idosos, tendo em vista que é Lei que em estacionamentos com mais de 3 vagas
reserve uma para pessoas com necessidades especiais e outra para idosos.
44
FIGURA 13: Estacionamento.
Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
Iluminação de emergência - As áreas de circulação não dispõem de iluminação de
emergência. Apenas o auditório apresenta esse tipo de equipamento funcionando
adequadamente.
A implementação de iluminação de emergência em locais estratégicos, como a sala de
exposição e administração, além de rota de saída é fundamental, tendo em vista que
esses lugares possuem mais acesso de visitantes e/ou funcionários, sendo os dois
primeiros salas fechadas.
MANUTENÇÃO E LIMPEZA
Limpeza das dependências - As áreas de acesso ao público (sala de exposição, unidade
de mostra, oficina), incluindo equipamentos de lazer e prestação de serviços, estão
limpos e bem conservados, sem falhas grosseiras.
MEIO AMBIENTE
Informativo de uso racional de água e energia – Não existem informativos (cartazes,
adesivos ou similares) distribuídos na empresa sobre uso racional de água e energia,
que possibilite alertar clientes e funcionários.
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O ideal seria que os funcionários fossem conscientizados em relação ao uso da água e
energia (com informes adesivos e treinamentos). Colocar placas perto de
interruptores, bebedouros, torneira e vasos sanitários para que não só os
funcionários, mas os visitantes também possam fazer o uso consciente da energia
elétrica e da água;
Lixeiras - Existem lixeiras identificadas para coleta seletiva (figura 14), em alguns
lugares estratégicos existem lixeiras para materiais orgânicos. Em todas observa-se o
uso adequado por parte dos usuários.
FIGURA 14: Lixeiras.
Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
Consumo consciente de energia elétrica - A empresa utiliza-se de recursos naturais de
iluminação, como meio para reduzir o consumo de energia elétrica. Durante o dia e
uma parte da tarde as luzes ficam desligadas nos corredores e na recepção, sendo
utilizada a fonte natural de luz.
Porém, sugere-se a aquisição de lâmpadas de baixo consumo de energia, o uso de
sensores de presença, entre outras formas de economizar no consumo de energia
elétrica.
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ENTORNO
Placas informativas e indicativas – Não foi evidenciada qualquer placa de sinalização
(informativa e/ou indicativa) para chegar ao Parque das Dunas.
Indica-se que a gestão poderia solicitar à Prefeitura do Município de Natal e
SEMURB a confecção e implantação de placas informativas e indicativas para a
chegada otimizada do visitante ao parque;
Vias de acesso – A via principal para chegar ao parque (Av. Alexandrino de Alencar)
está adequada para o uso, com pavimentação, mão dupla e acostamento. Entretanto, a
via secundária, que esta na lateral do parque (figura 15), não se encontra em bom
estado de uso. A rua é de paralelepípedo e em uma parte do percurso é possível ver
uma baixa onde se encontra lama com mau cheiro e dificuldades para passagem de
carros. Destaca-se também a insegurança nesse trecho da rua.
O ideal seria que a gestão do parque solicitasse à Prefeitura de Natal o investimento
na pavimentação da rua para resolver o problema da baixa e dos paralelepípedos
soltos. Tentar, assim, resolver com tal a questão da lama no local.
FIGURA 15: Via de acesso lateral.
Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
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Iluminação pública – Existe iluminação pública funcionando na via principal de
chegada ao parque. Porém, na rua lateral não se tem nenhuma forma de iluminação
pública (figura 13). À noite essa rua se apresenta bastante escura, já que não se tem
nenhum poste até a proximidade das casas visinhas, como pode ser visto na figura
acima.
Um diálogo entre a gestão e o órgão responsável pela iluminação pública da cidade
(COSERN), para alertar sobre a situação e tomar as providências cabíveis.
Estacionamento – Não há lugares apropriados para o estacionamento de veículos. Os
visitantes que vêm motorizados devem deixar seus veículos fora do parque - na rua
(figura 16). Onde corre-se o risco de serem arrombados, quando não seus motoristas
roubados e até mesmo multados (comum em horários de grande fluxo, em que as
pessoas acabam estacionando inadequadamente).
Como não é possível a criação de estacionamento na proximidade e nem dentro do
parque, o ideal seria que a gestão, primeiramente dialogue com o DETRAN para
tentar negociar um local onde os carros possam estacionar seguramente, e sem serem
multados. Para, além disso, é preciso solicitar da polícia um ronda permanente,
quando não em horários de pico (início da manhã ou fim de tarde) para garantir a
segurança de seus usuários (moradores e turistas).
FIGURA 16: Av. Alexandrino de Alencar.
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Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
Calçamento – Há calçamento em bom estado de conservação para a utilização dos
pedestres. Apenas na lateral do parque é possível encontrar alguns trechos com folhas
secas ou capim. Com a limpeza rotineira desse local o problema seria resolvido;
Delimitações - Não existe cercas ou muros de limitação entre todo o perímetro da
unidade de conservação e as comunidades ao entorno. Em alguns bairros de Natal
onde a Unidade faz limite com outros bairros, não evidencia muro e sim cerca. Porém,
em alguns trechos essas cercas estão bastante danificadas (figura 17), não possuindo
arame, o que facilita a entrada de pessoas não autorizadas no local. Na comunidade
visinha ao parque existem algumas casas que estão dentro da UC, o que não é
permitido segundo o Plano de Manejo.
A construção de muros e verificação das cercas de limitação deve ser cogitada, onde
periodicamente tenha um monitoramento destas delimitações para impedir a
população de desrespeitar as regras da UC. Conscientizar as comunidades
circunvizinhas sobre a importância da área protegida a promover junto ao poder
público a desapropriação e/ou relocação dos moradores dessas casas que se
encontram em terreno de proteção ambiental;
FIGURA 17: Casas dentro do parque.
49
Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
EVENTOS E LAZER
Equipamentos disponíveis – Os equipamentos disponíveis na área de piquenique
(cadeira, mesa, lixeira) se encontram em bom estado de conservação;
Áreas de lazer – A quadra esportiva, o tabuleiro de xadrez humano/damas, as quadras
de speedy Ball (figura 18) estão em bom estado de conservação;
FIGURA 18: Quadra de Speedy Ball.
Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
Lago Artificial – O lago não se encontra com água de boa aparência e limpa. Água
tem cor de verde lodo, o que dificulta a visualização dos peixes que lá se encontram.
A melhora para esse item seria a limpeza periódica e registrada do lago, destacando
inclusive sua profundidade (para evitar acidentes).
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Quadro de aviso – Foi observada a existência de quadro de aviso com a programação
atualizada de atividades recreativas ou eventos que ocorreram semanalmente (figura
19), essas placas estão em português, não estando em outro idioma.
O ideal seria colocar algumas das informações contidas nas placas, como data,
horário e evento em um outro idioma, no mínimo em inglês;
Sinalização nas áreas – Algumas áreas apresentam sinalização, estando elas em
português e inglês e outras apenas em português (figura 20), como na figura abaixo.
Algumas das placas encontradas estavam sujas e outras desgastadas.
A principio as placas deveriam ser todas padronizadas, identificadas com o símbolo
do parque e as informações sejam apresentadas em 2 idiomas (português e inglês).
Também seria adequado que essas placas sejam distribuídas em toda a área do
parque estrategicamente, assim, identificando todos os setores. É aconselhado a
manutenção rotineira e averiguação do estado das mesmas para uma boa
conservação e um maior tempo de vida do objeto;
FIGURA 19: Quadro de aviso da programação do final de semana.
Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
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FIGURA 20: Placa de alerta para utilização dos brinquedos.
Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
Vias – As vias (figura 21) que se concentram dentro do parque estão em bom estado
de conservação, sendo um dos pontos fortes do parque;
FIGURA 21: Vias dentro do parque.
Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
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Trilhas - As trilhas não estão com o trajeto visível (figura 22), com boas condições de
trafegar. Atualmente encontrassem com muitos galhos, troncos e folhas que dificultam
a passagem dos visitantes, não apenas por ter caminhos estreitos em que o trilheiro
precise se abaixar, mas também por ter o risco de cair se não prestar atenção
(desníveis), além das folhas que acabam dificultando um pouco o caminhar por serem
escorregadias.
O ideal seria fazer uma avaliação periódica das trilhas, onde elas devem ser
observadas a “limpeza”, tirando alguns galhos, troncos e folhas do caminho para
facilitar o trajeto e evitar acidentes – logicamente respeitando a natureza e a beleza
selvagem da paisagem;
Equipamentos de apoio nas trilhas – Não existem alguns equipamentos de apoio,
como corda e corrimão nas trilhas, o único apoio que existe são alguns pequenos
bancos de madeira que estão localizados apenas na trilha Peroba. Sugere-se que seja
adquirido ou confeccionado bancos para a trilha Perobinha e alguns outros
equipamentos que podem ajudar no percurso como cordas e corrimão para os pontos
com aclives e declives;
FIGURA 22: Trilha Peroba.
Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
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Placas informativas nas trilhas – Não são todas as placas que estão em bom estado de
conservação, contendo informações sobre o local durante o percurso das trilhas.
Algumas placas que estão no percurso da trilha estão em péssimo estado, algumas não
apresentam nenhuma informação, estando totalmente desgastadas e brancas.
A confecção de placas padronizadas e com material resistente para a exposição ao
sol e chuva atenderia esse item e ajudaria os visitantes no autoguiamento no
percurso.
4.2 SUPERESTRUTURA
Nesse tópico são abordados itens ligados à superestrutura do Parque das Dunas,
algumas pessoas não conseguem diferenciar ou até mesmo confundem o que é infra com
superestrutura. Alguns dos itens superestruturais podem não ser tangíveis como os serviços
prestados, a qualificação dos funcionários, os meios virtuais de divulgação e a qualidade do
atendimento, são alguns exemplos dos itens analisados pelo check list. Como já foi citado por
Bastos (2010, p.436): “Há cinco componentes principais no produto turístico em uma unidade
de conservação: Atrações no destino e no meio ambiente; Instalações e serviços do destino;
Acessibilidade ao destino; Imagens do destino; e Preço para o consumidor”.
Alguns dos itens abordados pelo autor trás questões super e infraestruturais, todas
elas devem estar conformes para que aconteça a atividade turística dentro de uma UC de
forma consciente e divertida. Os itens abaixo foram divididos seguindo o padrão do analisado
na infraestrutura, mas analisando o que corresponde à superestrutura.
RECEPÇÃO
Identificação dos funcionários – Os funcionários possuem uniforme, mas não é de uso
obrigatório para os estagiários. Os terceirizados possuem fardamento completo, calça
e blusa adequados e identificados com o nome da empresa da terceirização. Os
estagiários possuem algumas camisas de eventos do parque e uma camisa polo com
sua logomarca, que é usada ou com calça jeans ou legging e tênis. Porém não é
obrigatório o uso das camisas. Os demais funcionários possuem camisas do parque,
que utilizam para ir trabalhar, mas apresentam-se de calça jeans ou de tecido e sapato
normal. Os funcionários não possuem crachá de identificação, somente os
conveniados que utilizam roupas próprias e crachás de identificação do IDEMA.
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A confecção de um uniforme padrão para os funcionários do parque e estagiários,
ajudaria na identificação e elevaria a seriedade de tais. Para os que fazem trilha
precisam de uma blusa com proteção contra os raios solares, para não ficarem
desprotegidos e colocarem sua pele expostas ao sol. Confecção de um crachá para
todos os colaboradores, não apenas para os funcionários fixos, mas para os
terceirizados e estagiários do parque, também auxiliaria na identificação;
Conhecimento de outro idioma pelos funcionários - Não existem funcionários que
falem outro idioma com fluência suficiente para receber e transmitir mensagens e
orientar os visitantes. Alguns estagiários possuem conhecimento de outro idioma
(inglês, francês e espanhol), mas não com fluência para transmitir todas as
informações necessárias. Os que possuem algum conhecimento ajudam apenas para
passar as informações básicas. Apenas a arquiteta do parque possui fluência no idioma
inglês, mas não se encontra sempre disponível para o atendimento ao público, tendo
em vista que sua função é outra no parque.
O ideal seria que houvesse um treinamento e/ou incentivo para os funcionários a
aprender outro idioma, ou então, contratar pelo menos um funcionário efetivo que
saiba falar outro idioma fluentemente e que esteja disponível pelo menos nos horários
com possível presença turística;
Higiene pessoal e aparência – Todos os funcionários observados possuem bom
aspecto de higiene pessoal e uma boa aparência;
Atendimento telefônico – O atendimento ao telefone não é sempre realizado no
máximo até o terceiro toque. Às vezes o telefone é atendido após o terceiro toque,
tendo em vista que possui apenas uma pessoa responsável pelo atendimento e dois
aparelhos. Sempre que solicitado pelo cliente, são oferecidos informações sobre o
parque.
Para a otimização do serviço seria interessante que no lugar de ter dois aparelhos ter
apenas um, o que ajudaria a atendente a desempenhar sua função de forma mais ágil;
Prestação de informações locais – Os funcionários não prestam informações sobre o
município e/ou comunidade próxima e atrativos turísticos. O que se percebe é que
55
alguns estagiários do curso de turismo passam informações ao visitante quando estão
presentes na recepção.
O ideal seria a realização de treinamento com os funcionários para passar
informações da cidade para os visitantes. Possuir mapas e/ou panfletos informativos
da cidade, com os atrativos turísticos, o que facilita a visualização do local para o
turista;
Reserva de trilhas – O serviço de reserva de trilha acontece por e-mail. Porém, as
vezes o parque não disponibiliza adequadamente seu serviço de internet, o que
dificulta a resposta de tais solicitações. Muitas vezes as pessoas esperam mais de 18
horas para receberem um retorno do e-mail. Além disso, ressalta-se a lentidão do
serviço de cobertura de internet no perímetro.
Sistematizar a rotina de resposta à e-mails, como também verificar a possibilidade de
reordenamento da cobertura de internet, principalmente durante o período de
expediente.
SEGURANÇA PATRIMONIAL E DO TRABALHO
Treinamento para situações de emergência – Os empregados não são treinados
anualmente para situações emergenciais (assalto, primeiros socorros e incêndio).
Um treinar anualmente ou semestralmente para todos os funcionários do parque,
tanto os terceirizados, efetivos e estagiários para saber como conduzir de forma
apropriada em situações de fogo, assalto e principalmente com primeiros socorros;
Qualidade dos serviços - Não existe planejamento anual para treinamentos regulares
aos funcionários em áreas relacionadas à qualidade dos serviços. Os funcionários
sabem que devem ser educados e simpáticos com os visitantes, mas não possuem
nenhum treinamento para isso.
Para melhorar nesse quesito seria ideal que fosse desenvolvido um plano para o
treinamento regular dos funcionários. Tendo periodicamente reuniões para saber o
desempenho de tais e ouvindo suas sugestões.
MANUTENÇÃO E LIMPEZA
56
Estrutura de manutenção – A empresa possui estrutura de manutenção própria e
terceirizada. Quando acontece algum problema com equipamentos eletrônicos, como
computadores, ar condicionados e telefones chamasse técnicos do IDEMA para
resolver o problema. Porém, muitas vezes eles demoram para realizar o atendimento.
Quando acontece algum problema com os brinquedos ou outros equipamentos do
parque - como queda de árvore, torneira quebrada, por exemplo - o parque dispõe de
um funcionário para fazer esse tipo de serviço, que é acionado quando ocorre o
sinistro.
A gestão deve negociar com o IDEMA a permanência de um técnico exclusivo para o
parque. Além disso, sugere-se realizar a manutenção preventiva e não a corretiva de
equipamentos e espaços.
Funcionários da manutenção – Os funcionários da manutenção do IDEMA
apresentam-se uniformizados e com um bom aspecto de higiene pessoal e aparência.
Já o funcionário do parque não apresentasse uniformizado completamente, ele se
caracteriza com uma calça ou bermuda jeans, uma blusa do parque e um sapato
fechado.
A confecção ou aquisição de um uniforme para o funcionário da manutenção, para
que ele possa ter mais conforto na hora de executar sua tarefa é muito importante,
não só para a identificação dele, mas principalmente para o seu bem estar.
MEIO AMBIENTE
Sistemática para redução de consumo de papel e cartucho - Não existe sistemática para
a redução do consumo e reutilização de papel e cartucho. Alguns funcionários fazem a
reutilização do papel, para fazer blocos de anotações, mas são poucos.
Adotar o hábito de reutilizar o papel e de preferência usar papel reciclado, já que o
parque é voltado para o uso sustentável do ambiente. Fazer a utilização frente e verso
da folha e tentar diminuir o número de papel utilizado, fazendo a reutilização dos que
ainda podem ser aproveitado, além de uso de cartucho reabastecido, o que vai ajudar
a diminuir custos.
Separação do lixo – Existem recipientes diferenciados para cada tipo de lixo, papel,
metal, plástico, vidro e não reciclado, que são separados pelos funcionários
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terceirizados. Os objetos de plástico são limpos e guardados, a cada fim de mês são
vendidos a uma empresa de reciclagem;
Descarte do lixo – O lixo originado do banheiro não e separado dos demais. Apenas é
colocado em um saco a parte, porém, descartado no mesmo local de lixo dos demais.
Seria necessário a utilização de um processo de separação de lixos contaminados dos
demais. Assim, o descarte seria de forma correta e não prejudica (contaminar o lixo
possivelmente reciclável), já que não iria para o mesmo lugar que os demais rejeitos.
ENTORNO
Transporte Público – Existe poucas opções de transporte público para chegar ao
parque, são apenas duas linhas de ônibus que passam em frente ao parque (68 e 57).
Essas opções demoram consideravelmente, de 30 a 40 minutos para passar nos pontos
de ônibus. Estas possuem cobertura e tem algumas que apresentam bancos de concreto
para os usuários sentarem enquanto esperam.
A solicitação à prefeitura de uma quantidade maior de opções de ônibus para chegar
ao parque, o que motivaria a maior presença de turistas e residentes nas
dependências desse atrativo.
Policiamento – Não existe ronda permanente de policiamento na região do entorno do
parque. No parque existe a CIPAM e do lado externo encontrasse as residências do
exercito, então em alguns pontos existem soldados do batalhão, mas não ficam em
todo o trajeto para chegar ao parque.
O policiamento nas áreas de acesso ou até mesmo fazer uma parceria com o batalhão
para que alguns soldados façam as rondas para a segurança dos visitantes e da
comunidade seria de extrema importância.
ADMINISTRAÇÃO
Articulação com o poder público – Segundo a gestora do parque, Mary Sorage: “O
Parque das Dunas é uma Unidade de Conservação de Proteção Integral (SNUC – Lei
Federal nº 9.985/2000), possui um Plano de Manejo que define programas e projetos a
serem desenvolvidos/implantados no Parque. A infraestrutura prevista para a gestão da
Unidade encontra-se implantada. Algumas inovações estão sendo desejadas e deverão
58
ser analisadas na revisão do atual Plano de Manejo”. Para que o ocorra essa revisão é
preciso que alguma empresa ganhe a solicitação para realizar o estudo, um processo
que acaba sendo muito lento por depender do órgão administrados e do andamento do
processo de licitação da empresa “ganhadora” da solicitação;
Monitoramento de impactos da presença de visitantes – Não foi observado um sistema
de monitoramento dos impactos da visitação. O que se tem no local é a manutenção
semanal, não apenas da área pública, como do percurso das trilhas. Porém nem todas
as manutenções são devidamente realizadas, são feitas apenas quando solicitadas.
O ideal seria se o parque tivesse um monitoramento dos impactos ambientais
causados principalmente pela presença humana, assim seria mais fácil saber como
anda as trilhas e até mesmo a conservação de todo o parque. Sugere-se que seja
realizado um estudo para saber como o parque esta atualmente e depois comparado
com o que vai estar no futuro (diagnóstico e prognóstico), para saber se houve algum
impacto, perca de elementos da fauna e da flora e se for constatado que houve serem
apresentadas maneiras de minimizar e até mesmo restaurar a perda;
Controle do número de visitantes – Não foi evidenciado um controle do número de
visitantes anuais no parque.
O ideal é a realização de uma contagem do número de visitantes que o parque recebe
não apensa ao ano, mas se possível mensalmente. Isso facilitaria o conhecimento da
quantidade de pessoas que o parque recebe por determinado período. Essas
informações seriam de grande importância para saber os impactos causados no
parque e até mesmo saber se o parque vem crescendo em número de visitantes, não só
externos, mas também internos; Como também conhecer seu perfil e propor
programação alinhada com isso.
Pesquisa de satisfação do cliente – No local são disponibilizadas caixas de sugestão. É
a forma como a gestão analisa o grau de satisfação do cliente, o que é possível é feito
para a melhoria do local, algumas reclamações e sugestões são atendidas, as que
podem ser executadas, as demais são lidas passadas para a gestora e depois guardadas,
se apresentar um conteúdo que interesse ao parque, se tiver alguma sugestão
desnecessária ela é descartada. Não existe nenhuma tabulação desses dados, os
funcionários também não possuem acesso a elas.
59
Seria interessante expor esses dados para os funcionários, por exemplo, se por acaso
tiver algum elogio para algum funcionário, terceirizado ou estagiário, seria uma
forma de motivação. A tabulação desses dados também serviria para que a gestão
tivesse um controle com a qualidade, para ver se o erro esta sendo repetido ou se esta
melhorando.
Meios de divulgação – O parque possui página na internet (figura 23) que é atualizada
sempre que tem algum evento, informação ou programação especial para a semana ou
fim de semana, também possui uma conta no facebook (figura 24) que é atualizada
com mais frequência que o site. A fanpage tem 1.104 curtidas, e nela são postadas
fotos de eventos do parque, atuação de projetos e a divulgação de cursos oferecidos
pelo parque. O site possui informações muito detalhadas e às vezes repetitivas, já que
é possível encontrar mais de uma vez o mesmo dado.
O parque precisa de mais investimento na sua divulgação, em panfletos distribuídos
em meios de hospedagens, restaurantes e agências, comerciais na televisão com a
programação do final de semana, e até mesmo uma associação com algumas agências
para levarem os turistas até o parque, seriam formas de obter mais visitantes.
FIGURA 23: Site do parque.
Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
60
FIGURA 24: Conta do parque no Facebook.
Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
Formas de pagamento – O parque não aceita formas de pagamento diversas. Como a
entrada custa um real o parque não possui maquineta para cartão de credito ou debito,
o que as vezes dificulta a entrada do visitante, que acaba querendo pagar com quantias
altas e as vezes não se tem troco.
Seria importante que a gestão adquira uma maquineta para cartão de credito e
debito, assim, se adequando as leis do consumidos. A troca de cédulas por moedas
também ajudariam a facilitara a devolução do troco;
Inclusão da comunidade local – Segundo a gestora do parque, Mary Sorage: “Até
2005 foi desenvolvido um trabalho de Educação Ambiental com a comunidade de
Mãe Luiza, notadamente nas Escolas Públicas. Atualmente, é desenvolvido o Projeto
Parque Itinerante, o qual trabalho com a sociedade de forma geral, levando o Parque
das Dunas para todos (as)”. O projeto nas escolas do bairro de Mãe Luiza já foi
encerrado e o projeto Parque Itinerante leva alguns animais para as escolas públicas da
cidade, mas esse projeto não é suficiente para inclusão da comunidade local, já que os
adultos acabam não sendo contemplados por esse projeto e nem alunos de escolas
particulares.
61
O ideal seria que a realização desse projeto fosse levado a todos, principalmente as
pessoas que moram perto do parque, que tendo consciência do que é o parque e que
ele é um bem de todos preservariam mais o loca, sugere-se que adotem programas
que atendam as comunidades, como educação ambiental, onde os funcionários e/ou
estagiários fariam palestras para os moradores falando da unidade de conservação e
seus benefícios, incentivando as pessoas a visitarem o parque com mais frequência, a
criação de uma recreação rotineira para as crianças para que elas se sintam
motivadas a ir ao parque e também o acesso livre das pessoas das comunidades
próximas ao parque, assim elas sentiriam que o local é um bem dela e cuidaria mais
dele.
Projetos de educação ambiental para os visitantes - Durante as trilhas interpretativas e
a visitação na sala de exposição é feita a conscientização sobre preservação do meio
ambiente e do parque, mas não existe nenhum projeto específico para a educação
ambiental dos visitantes.
Seria importante elaborar cartilhas sobre o meio ambiente e a forma consciente de
convívio no parque e a sociedade, destacando assim o uso adequado dos recursos
naturais, como a água. Também pode ser feito alguns cartazes informativos para que
os turistas possam se conscientizar.
EVENTOS E LAZER
Recreação – O parque possui algumas atividades de recreação, tais como oficina de
artes, onde as crianças podem pintar, possui também espaços para realização de
atividades recreativas, como futebol, xadrez/damas e Speedy Ball. Nos finais de
semana é possível ver apresentações de momulengo e peças de teatro;
Informações sobre o plano de manejo – Existe alguns banners informando o que não é
permitido fazer no parque, localizado no portão de entrada. Mas tais informações
acabam sendo desconsideradas pelos visitantes. Nos brinquedos existem placas
informando que não é permitido uso por pessoas maiores de 10 anos, mas essas por
sua vez apresentam as informações com letra pequena e nem em todos os brinquedos.
É preciso colocar mais placas informativas ou banners com o que não é permitido
fazer no parque, assim os visitantes podem visualizar em diversas áreas as restrições
do local. Reformular as placas que estão nos brinquedos, aumentando a fonte e até
62
mesmo destacando a idade permitida. Deve-se também executar uma melhor
distribuição de tais em todos os pontos necessários;
Treinamento para primeiros socorros durante as trilhas – Não existem funcionários
treinados para o atendimento de primeiros socorros durante as trilhas interpretativas.
As trilhas ocorrem com um estagiário e com um guarda ambiental da CIPAM. Os
estagiários por sua vez não possuem nenhum treinamento para o atendimento de
primeiros socorros, e os guardas possuem treinamento para o manuseio de animais.
O ideal seria que houvesse treinamento para os estagiários que vão para as trilhas
com instruções básicas de primeiros socorros. Principalmente para que eles possam
conduzir a situação sem colocar a vida de ninguém em risco;
Acessibilidade das trilhas interpretativas - Não é possível que as pessoas com
necessidades especiais realizem as trilhas do parque. Tais trilhas encontrasse com
caminhos de solos irregulares, o que dificulta a passagem até mesmo dos demais
visitantes.
Seria importante a elaboração de uma trilha especial, com o caminho adequado para
que tais pessoas possam desfrutar do parque da melhor forma possível. Isso pode
ocorrer se for feita uma trilha com um percurso pequeno e que contenha
acessibilidade, com um solo plano, sem a presença de muitos galhos ou folhas no
caminho e com adequação para as pessoas com dificuldades visuais.
63
FIGURA 25: Percurso da trilha peroba.
Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
4.3 PERFIL DO TURISTA QUE VISITA O PARQUE DAS DUNAS
Os resultados obtidos a partir da aplicação dos questionários foram dívidas em
duas partes, a primeira são levantados dados sobre o perfil dos turistas que visitam o parque,
onde são abordadas questões como sexo, faixa etária, onde reside, se é a primeira vez que
visitou o parque, qual a motivação levou ele até o local, como ele tomou conhecimento do
parque, como chegou e o que ele achou mais atrativo. Já na segunda parte é analisado o grau
de satisfação, onde o turista teve que escolher entre “ótimo”, “bom”, “ruim” e “péssimo” em
alguns itens ligados a infra e superestrutura do parque e no entorno.
Durante os dias de coleta foram entrevistadas 10 turistas, dos quais 4 eram do
sexo masculino e 6 do sexo feminino, a faixa etária dos visitantes variou de 20% entre 18 a 30
anos, 60% entre 31 a 50 anos e 20% entre 51 a 65 anos. A maioria dos visitantes (80%)
residem no Brasil, somente 2 dos entrevistados residem em outro país, sendo eles Alemanha e
Venezuela. Já quando se foi perguntado aos que residem no país qual a região onde moram
foi obervado que a predominância dos visitantes são da região sudeste (62%), variando entre
Rio de Janeiro e São Paulo e apenas 38% eram do Nordeste, dos estado do Ceará (2) e do
Piauí (1).
64
Dos 10 entrevistados apenas 1 já conhecia o parque, os demais (90%) estavam
fazendo sua primeira visita. A maioria deles informou que tomou conhecimento do parque a
partir de amigos (50%), 42% afirmou que foi por outra forma, como parentes e guias
turísticos, apenas um visitante disse que tonou conhecimento do parque pela internet, alguns
dos entrevistados citaram que tomou conhecimento através de mais de um meio de
comunicação. É claro que o uso da internet não é a principal forma de conhecimento do
visitante ao local, mas o meio de divulgação virtual ajudaria muito para tornar o parque mais
visível. Os entrevistados levaram em consideração a indicação de familiares ou amigos para
tomar conhecimento do parque, as formas de divulgação virtual foi a que apresentou o menor
índice. Algumas alternativas não foram nem consideradas pelos turistas, como a televisão, o
jornal e as redes sociais, o que é bastante negativo, já que atualmente uma das melhores
formas de divulgação é nos meios virtuais.
Um ponto que também pode ser abordado é que a maioria dos turistas que
realizaram a pesquisa é do país (80%), isso pode ser resultado dos meios de marketing e
divulgação, tendo em vista que apensas 1 visitante tomou conhecimento do parque a partir da
internet e a metade soube do parque a partir de algum amigo, que é considerada a divulgação
boca a boca.
Quando foram abordados sobre os meios de locomoção para a chegada do parque
foi observado que a maioria (80%) foi de carro próprio ou alugado, 10% de ônibus e 10% de
taxi. Todos os entrevistados usaram a via principal, a Avenida Alexandrino de Alencar, para
chegar ao parque. O número de visitantes que escolhem chegar ao local de ônibus é bem
pequeno, tendo em vista que para chegar ao parque o visitante só tem duas opções, ou pegar o
ônibus 68 ou 57, como mencionado no check list, que são linhas que demoram mais de 30
minutos, outra forma de chegar ao parque com esse meio de transporte é pegar alguma linha
que passe na Avenida Salgado Filho e desça próximo a avenida principal do parque e a pé até
o local, uma caminhada que dura aproximadamente 40 minutos. Isso se torna um fator
negativo para os visitantes que devem caminhar dependendo do horário no sol quente e sem
segurança, já que no local não tem ronda policial, como também levantado no check list.
MOTIVAÇÕES
Tratando dos motivos da visitação ao parque, alguns dos visitantes assinalaram
mais de um item da pesquisa, foi observado que todas as alternativas foram escolhidas menos
a de Eventos culturais, tendo em vista que esses eventos só acontecem no final de semana.
65
GRÁFICO 1 – Análise dos motivos da visitação ao parque.
Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
No gráfico 1 é possível observar que os visitantes foram motivados a ir ao parque
pelo contato com a natureza (43%), sendo importante o maior investimento em atividades que
permitam essa maior interação com o meio ambiente, como maior número de horários de
trilhas, e demais atividades que configuram esse contato. Na opção “outro”, que corresponde
a 7%, foi relatado que a motivação foi à realização das trilhas que o parque oferece ao
visitante a partir do agendamento – o que colaboraria com a ideia também de contato com a
natureza.
Ainda sobre o gráfico 1 nota-se que atividade física (22%) e conhecimento
especifico da fauna e flora (21%) se somados dão a mesma porcentagem dos que escolheram
contato com a natureza (43%), isso se da porque o parque possui área para prática de
atividades físicas, como pista pra Cooper, espaços para alongamentos e exercícios mais
voltados para saúde do corpo, como barra pra flexão e abdominal. Já para o conhecimento da
fauna e/ou flora encontra-se a sala de exposição, que trás um pouco do que é possível
encontrar no parque e na mata atlântica, que é a mata presente no parque.
Outro item questionado foi quanto à opinião do visitante em relação ao que o
parque oferece de melhor. Grande parte dos visitantes assinalou em mais de uma opção.
Diferente do gráfico anterior que nem todas as opções foram preenchidas.
22%
43%
21%
7% 7%
Motivo da Visitação
Atividade física
Contato com a natureza
Eventos culturais
Conhecimento especifico
fauna/flora
Recreação
Outro
66
GRÁFICO 2 – Análise do que o parque oferece de melhor.
Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
É possível observar no gráfico 2 que a maioria (40%) dos visitantes afirmou que o
parque tem de melhor é o contato com a natureza, em segundo lugar tem as trilhas (13%) e o
espaço para a prática de atividades físicas (13%). Na opção “outro” foi descrito que o que
chamou atenção foi todos os itens listados.
GRAU DE SATISFAÇÃO DO TURISTA
Os turistas foram questionados quanto a sua satisfação em relação aos atrativos,
infra e superestrutura dentro e fora do Parque das Dunas, por exemplo, recursos naturais,
preço da entrada, divulgação, limpeza e sinalização. O gráfico 3 mostra a opinião dos
entrevistados, que tiveram 4 opções de escolha, alguns por sua vez preferiram não opinar,
deixando a questão em branco. A justifica para tão ação foi que não tinham conhecimento do
item em questão.
Sala de exposição
Contado com a natureza
Trilha Interpretativa
Lazer
Unidade de mostra/Viveiro
Recreação
Atividade física
Outro
0 1 2 3 4 5 6 7
Atr
ati
vos
Nº de visitantes
Atrativos do Parque das Dunas
67
GRÁFICO 3: Avaliação do grau de satisfação do turista.
Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
Os turistas se mostram bastante satisfeitos em relação aos recursos naturais, o
preço da entrada, a sala de exposição e ao horário de funcionamento, no item sala de
exposição duas pessoas preferiram não respondeu a questão, por não saberem classificar, pois
não sabiam que no parque tinha esse atrativo. Tendo em vista que 43% dos visitantes tiveram
como motivação para ir ao parque o contato com a natureza, o resultado obtido na satisfação
de tais é muito positivo, já que ele foi o principal motivo para a visitação do parque. O que é
preocupante desse item, como foi abordado no check list, o parque não tem nenhum
monitoramento dos impactos de visitação, nem um controle da capacidade, o que acaba sendo
negativo para a unidade de conservação, já que seu principal objetivo é proteger os recursos
naturais, e ele por sua vez é a principal motivação para a visitação, o que deve alertar a gestão
para um cuidado maior para esse item.
Nos itens equipamentos de lazer e Unidade de Mostra os entrevistados se mantêm
com uma opinião positiva, mas acham que pode melhorar um pouco mais. Nesses dois itens
teve no total 4 pessoas que preferiram não comentar, 1 no item equipamentos de lazer, por
não ter utilizados os espaços, e 3 em relação a Unidade de Mostra, afirmaram que não tinham
conhecimento do local.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
10
N°
de T
uris
tas
Itens Questionados
Avaliação de Satisfação
Ótimo
Bom
Ruim
68
No gráfico 3 é possível observar que o item que possui mais variação é o de
Divulgação, dos 10 entrevistados, apenas 1 pessoa preferiu não opinar, afirmou, assim como
nos demais itens não respondidos, que não tinham conhecimento de nenhum meio de
divulgação do parque. A metade dos turistas acham que a divulgação era boa e 20% achou
que era ótimo ou ruim. O que é um pouco contraditório, já que a maioria dos visitantes não
tomou conhecimento pelos meios de divulgação e sim pelos amigos ou parentes.
GRÁFICO 4: Avaliação do grau de satisfação do turista.
Fonte: Dados da pesquisa, 2015
No gráfico 4 foi observados outros itens presentes dentro e fora do parque. Nos
primeiros itens é possível observar que o grau de satisfação é muito positivo, onde mais da
metade dos visitantes nesses quatro primeiros itens responderam “ótimo” nos
questionamentos. O item Condições da via de acesso tem uma variedade considerável que as
demais quatro. 70% respondeu que as vias estão em “ótimo” estado, 20% disse que estava
“bom” e apenas 10% disse que estava “ruim”, isso se da porque mais da metade dos
entrevistados chegaram ao parque de carro próprio ou alugado, eles até afirmaram que vieram
pela via principal, à Avenida Alexandrino de Alencar, a qual possui uma via em bom estado
de conservação, iluminada e com sinalização de trânsito.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
10
N°
de T
uris
tas
Itens Questionados
Avaliação de Satisfação
Ótimo
Bom
Ruim
Péssimo
69
No item Sinalização dentro do parque 60% afirmou que as placas informativas
estavam “boas”, mas opinaram que poderia melhorar, deixando elas mais visíveis. Alguns dos
entrevistados reclamou que viu as placas, porém elas acabam passando despercebidas (não
eram chamativas).
O último item questionado, sinalização fora do parque, é o que apresenta mais
variação dos dois gráficos de satisfação. 10% dos visitantes afirmaram que as placas fora do
parque estavam “ótimas”, 50% afirmou que estava “bom”, 30% disse que tava “ruim” e 10 %
falou que estava “péssimo”. Alguns dos entrevistados afirmaram que não existe sinalização
para chegar ao parque, mas que em alguns lugares da cidade é possível observar algumas
placas informativas. Esse item é o único que apresenta alguma porcentagem no quesito
“péssimo” – e portanto deve ser levado em consideração mais profundamente.
No geral, os turistas que visitaram o Parque das Dunas estão satisfeitos com os
atrativos, a infra e superestrutura do local, apresentado reclamações que podem ser facilmente
resolvidas pela gestão, destacando então entre elas:
A divulgação – pode ser resolvida investindo em meios de divulgação e marketing,
utilizando as mídias sociais, comerciais na televisão e panfletos informativos sobre o
parque, que podem ser distribuídos em meios de hospedagem, restaurantes e agências
de viagens;
Condições de vias acesso ao parque – esse problema não é apenas dos turistas, mas
também da comunidade local, que acaba não visitando o parque por não possuir
transporte público suficiente para chegar ao parque, o que se resolveria com uma
conversa entre a gestão e a prefeitura para ofertar mais linhas de ônibus que vão até o
local ou aumentar a frota para as duas linhas existentes;
Sinalização fora do parque – não é possível observar nenhuma placa informativa sobre
a localidade do Parque das Dunas nas vias de acesso ao local, o que acaba sendo um
ponto muito negativo, já que o turista muitas vezes deixa de ir ao parque por não saber
onde ele está, isso se resolveria de forma muito simples, colocando placas nas
proximidades do parque informando a quantos quilômetros o parque esta e setas
indicativas.
São pequenos ajustes que se forem executados de forma correta podem
transformar o parque em um grande atrativo turístico reconhecido nacional e
internacionalmente, fazendo com que o número de turistas aumente consideravelmente e abra
novos caminhos para o turismo da cidade, investindo em novos atrativos e novos roteiros
ligados a outros segmentos.
70
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante da análise e interpretação dos dados dos questionários, se tem um grau
otimista de satisfação por parte dos turistas em relação a diversos itens super e infraestruturais
questionados. E fazendo um pequeno resumo do perfil desse visitante (que é ainda incipiente
no parque –10 entrevistados em 15 dias), percebe-se que a maioria é de mulheres, com a faixa
etária de 31 a 50 anos e que residem no Brasil - para ser mais especifico, na região sudeste,
sendo a primeira vez que visitam o Parque das Dunas. A quase totalidade desses visitantes
chegou ao parque por meio de carro próprio ou alugado (fretado ou taxi) - apenas 1 através de
ônibus - tendo como principal motivação o contato com a natureza, achando eles que esse
item é o que há de mais destacável no parque.
Em relação à avaliação do grau de satisfação do visitante, é possível verificar que
os turistas estão com expectativas alcançadas com o que o parque oferece, apesar de
apresentar claras inquietações com relação à temas como: divulgação, condições de acesso ao
parque e sinalização externa. Percebe-se também que mesmo com a satisfação dos visitantes a
maioria citou possíveis melhorias para o aperfeiçoamento do local.
Já o check list possui uma diferença considerável quando se trata superestrutura e
infraestrutura. Existem alguns pontos a serem aprimorados ou melhorados como iluminação,
pavimentação de ruas de entorno, sinalização para fácil acesso e entre outros itens que o
parque deixa a desejar, e geram um impacto na visitação ao local. Acredita-se que o número
de visitações não se torna maior por certa influência desses quesitos que apresentam sérias
complicações.
Uma outra deficiência notada está em projetos ou programas de conscientização
sobre o consumo e desperdício de energia e água dentro da empresa. Tendo em vista que o
parque é uma unidade de conservação, que esta totalmente ligada ao uso consciente do meio
ambiente e a sua não degradação, isso é arbitrário e contraditório. Outro ponto negativo é a
falta de acessibilidade nas trilhas interpretativas. Nota-se que até mesmo alguns visitantes
sentem dificuldade para realizá-las por falta de corrimão, suporte ou apoios para a
movimentação. Em síntese, pensa-se que o Parque das Dunas se encontra em um bom estado
de conservação, mas com uma infraestrutura que ainda carece de cuidados e investimento
para receber turistas de todos os locais durante todo o ano.
Outra análise importante e notória é a boa relação do parque com órgãos públicos,
tais como o IDEMA, que é o órgão que administra o lugar, o IMCbio (Instituto Chico Mendes
de Conservação da Biodiversidade) e o IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
71
Recursos Naturais Renováveis). Porém, por outro lado a gestão acaba não dialogando com
certas instituições sobre determinados pontos que podem ser cruciais para a visitação, como a
SEMURB (mobilidade urbana) e o DETRAN (departamento de trânsito). Um exemplo é o
fato do parque não oferecer serviço de estacionamento, obrigando visitantes a deixarem seus
veículos na rua – sendo as vezes multados por terem colocado em lugar inapropriado por falta
de outra opção. Isso acaba interferindo no número de visitação, já que sabendo desse
problema os usuários preferem outros espaços da cidade.
Outro ponto de suma importância é a capacitação do quadro de funcionários,
sejam eles efetivos, terceirizados, conveniados ou estagiários. Nesse quesito existe uma
deficiência na preparação do colaborador para enfrentar situações adversas como, por
exemplo: problema de saúde de algum visitante durante execução de exercício físico ou
trilhas interpretativas, falta de equipamentos para um socorro imediato de gravidade mais
elevada, falta de treinamento para manuseio de equipamentos de primeiros socorros e entre
outros.
A pesquisa revelou uma opinião em geral satisfatória dos turistas em relação ao
parque em estudo, o que gera um ponto muito positivo para a gestão. Porém, levando em
conta não apenas essa avaliação do turista, mas também o check list - que pode contribuir de
forma notória para minimizar deficiências, o parque pode dar um salto importante de
qualidade, visibilidade e acesso turístico, se tornando definitivamente um atrativo consolidado
da cidade de Natal – RN.
O parque pode atender diversos segmentos turísticos: lazer, pedagógico,
cientifico, ecoturismo, aventura e outros. O espaço possui um grande potencial, mas pode-se
notar que não apresenta muitos estudos relacionados à área do turismo. A maioria das
pesquisas envolvendo o parque refere-se a ciências biológicas, o estudo da fauna e/ou flora. O
equipamento tem muito o que ser estudado, como o número de visitantes que recebe por ano,
semestralmente ou mensalmente, os impactos gerados pelos visitantes no local e formas de
encaixar o parque em um roteiro turístico, tendo em vista que essa analise percebe a não
consolidação do Parque das Dunas como atrativo turístico de Natal. Sua diversidade é
riquíssima, principalmente para os turismólogos, que além de poder desenvolver várias
atividades, tais como recreação e lazer, possuem um atrativo diferenciado dos demais pontos
turísticos da cidade (atrelados à sol & mar).
72
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KLIASS, R.G. Parques urbanos em São Paulo. São Paulo: Projeto, 1993
KOCH, M. B. Parques urbanos sul-americanos: imaginação e imaginabilidade. Análise
comparativa dos parques: Metropolitano de Santiago (Chile), do Ibirapuera de São Paulo
(Brasil), Tres de Febrero de Buenos Aires (Argentina) e El Prado de Montevidéu (Uruguai,
para subsidiar elaboração de diretrizes gerais para projetos de sinalização visual, importante
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Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Universidade de São Paulo. São Paulo,
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LAGE, B. H. G.; MILONE, P.C. Impactos Socioeconômicos do Turismo. Revista de
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MACHADO, Á. ECOTURISMO: UM PRODUTO VIÁVEL : A experiência do Rio Grande
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75
MONTEIRO, R. L. Impactos do Intercâmbio Cultural na Formação Profissional: Uma analise
na percepção de intercambistas de Natal/RN. 2012. 54f. Monografia (Graduação em Turismo)
– Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal. 2012.
OLIVEIRA, J. P, de; SANTOS JUNIOR, O. D. dos. Infra-estrutura Viária e Turismo em
Unidades de Conservação. In: PHILIPPI JUNIOR, A; RUSCHMANN, D. V. de M. (orgs).
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PHILIPPI JUNIOR, A; RUSCHMANN, D. V. de M. (orgs). Gestão ambiental e
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STEIL, S. Nova York por menos de US$ 60/dia – Roteiro de 5 dias (parte 1). Disponível
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76
VISITLONDON. Family Day Out for £ 50. Disponível em:<
http://www.visitlondon.com/things-to-do/sightseeing/one-day-itineraries/budget-family-
itinerary>. Acesso em 17 de Outubro de 2015.
77
APÊNDICE A – Questionário aplicado aos turistas que visitaram o Parque das Dunas.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
DEPARTAMENTO DE TURISMO
CURSO DE BACHARELADO EM TURISMO
QUESTIONÁRIO- Opinião do turista que visitou o Parque das Dunas
1. Gênero: ( ) Masculino ( ) Feminino
2. Faixa etária:
( ) Entre 18 a 30 anos ( ) Entre 31 a 50 anos ( ) Entre 51 a 65 anos ( ) Mais de 65
anos
3. Local onde reside: ( )Brasil ( )Exterior
4. Qual região mora (apenas para quem mora no Brasil):
( ) Norte ( )Sul ( ) Centro-oeste
( ) Nordeste ( )Sudeste
5. E sua primeira visitação ao parque? ( ) Sim ( ) Não
6. Como tomou conhecimento do parque das dunas?
( ) Internet ( ) Jornal ( ) Amigos
( ) TV ( )Redes Sociais ( ) Outro: ____________________________
7. Como chegou ao parque? (qual transporte utilizou para o deslocamento)
( ) Carro próprio/alugado ( ) Taxi ( ) A pé
( ) Ônibus ( ) Motocicleta ( ) Outro: _______________________
8. Qual o motivo da visitação ao parque? (para que fins busca o parque)
( ) Atividade Física ( ) Conhecimento Especifica Fauna/Flora
( ) Contato Com A Natureza ( ) Recreação
( ) Eventos Culturais ( ) Outro: _____________________________
9. Em sua opinião, o que este parque oferece de melhor?
( )Sala De Exposição ( ) Unidade De Mostra/Viveiro
( )Contato Com A Natureza ( ) Recreação
78
( )Trilha Interpretativa ( ) Atividades Físicas
( ) Lazer ( ) Outro: ________________
10. Como você classifica os seguintes itens:
Ótimo Bom Ruim Péssimo Não
Opinar
Recursos naturais
Divulgação
Preço da entrada
Equipamentos de lazer (área de piquenique,
quadra de esportes, quadra de speedy ball, parque
infantil)
Sala de exposição
Unidade de Mostra / Viveiro de Mudas
Horário aberto ao público (08h – 17h)
Atendimento dos funcionários, estagiários e
terceirizados
Limpeza do parque
Condições das vias de acesso ao parque
Segurança no local
Sinalização (placas informativas) dentro do
parque
Sinalização (placas informativas) fora do parque
79
APÊNDICE B – Questionário aplicado à gestão do Parque das Dunas.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
DEPARTAMENTO DE TURISMO
CURSO DE BACHARELADO EM TURISMO
QUESTIONÁRIO- Gestão do Parque das Dunas
1 - Nome:
2 - Cargo ocupado no parque:
3 - Grau de instrução:
4 - Desde que ano trabalha no parque:
5 - Quais os principais obstáculos enfrentados durante todo o processo de gestão?
6 - Qual o principal público alvo do parque?
7 - Quais os principais serviços oferecidos pelo parque?
8 - Como são investidos os recursos que entram no parque?
9 - Existe alguma forma de divulgação do parque para os turistas que chegam a Natal?
10 - Existe algum projeto de inclusão da comunidade local?
11 - O parque possui alguma parceria com algum órgão, por exemplo, a secretaria de
turismo, para a divulgação do parque?
12 - Existe incentivo a visitação de turistas de outras localidades no parque?
13 - Existe articulação com o poder público local e UC para a implantação da
infraestrutura turística necessária no parque?
14 - Existe um sistema de monitoramento dos impactos da visitação (impactos biofísicos,
paisagísticos, desgastes nas trilhas)?
15 - Existe um controle o número de visitantes (quantidade dos visitantes anuamente)?
16 - A gestão realiza pesquisa periódica para medir o grau de satisfação do cliente,
analisando e utilizando seus resultados para melhoria do local?
17 - Quais são os projetos futuros que contemplarão o turismo no parque?
80
UFRN – CCSA - DETUR
CHECK-LIST – CONDIÇÕES INFRA E SUPERESTRUTURAIS
DADOS DA EMPRESA:
NOME FANTASIA:
RAZÃO SOCIAL:
ENDEREÇO:
CNPJ:
RESPONSÁVEL:
CONTATOS: E-MAIL:
CONSULTOR:
CONTATOS: E-MAIL:
INFRAESTRUTURA
SECÇÃO 01
RECEPÇÃO
SITUAÇÃO ENCONTRADA SUGESTÃO DE MELHORIA
01.01 A área da recepção está em bom estado de conservação?
01.02 Existe acesso e circulação (desníveis, rampas e largura de
corredores) para pessoas com necessidades especiais? Verificar
condições de acesso exigidas pela NBR 9050.
01.03 Existe local apropriado onde possam ser guardadas de forma
ordenada e segura os itens que os visitantes não podem levar nas
trilhas?
01.04 Existe Livro de Ocorrências (log book) ou mecanismo similar
para registro interno, com atualização por turno?
01.05 No local existe meios de registro de elogios, sugestões e
81
reclamações (livro de sugestões / guest book, formulários, etc.)?
SEÇÃO 02
SEGURANÇA PATRIMONIAL E DO TRABALHO
SITUAÇÃO ENCONTRADA SUGESTÃO DE MELHORIA
02.01 O estabelecimento dispõe de material para primeiros
socorros, como o kit básico (termômetro, tesoura, pinça, algodão,
esparadrapo, band-aid, água oxigenada, entre outros materiais),
espaço para atendimento de urgência, maca, desfibrilador, garrafa
de oxigênio com mascara de aspiração e calços imobilizadores?
02.02 Os funcionários possuem acesso a ramais telefônicos
funcionando corretamente?
SEÇÃO 03
AREAS DE CIRCULAÇÃO
SITUAÇÃO ENCONTRADA SUGESTÃO DE MELHORIA
03.01 Os corredores de acesso para a sala de exposição, áreas de
lazer (piquenique, playground, quadra), teatro e trilha estão limpos,
conservados e são devidamente iluminados?
03.02 Caso exista estacionamento privativo para os visitantes,
existem vagas privilegiadas e identificadas para acesso a pessoas
com necessidades especiais e idosas?
03.03 As áreas de circulação dispõem de iluminação de emergência,
funcionando corretamente, acionadas automaticamente em caso de
interrupção do fornecimento de energia?
SEÇÃO 04
MANUTENÇÃO E LIMPEZA
SITUAÇÃO ENCONTRADA SUGESTÃO DE MELHORIA
04.01 As áreas de acesso ao público (sala de exposição, unidade de
mostra, oficina), incluindo equipamentos de lazer e prestação de
serviços, estão limpos e bem conservados, sem falhas grosseiras?
SEÇÃO 05
MEIO AMBIENTE
SITUAÇÃO ENCONTRADA SUGESTÃO DE MELHORIA
05.01 Existem informativos (cartazes, adesivos ou similares)
distribuídos na empresa sobre uso racional de água e energia, que
possibilite alertar clientes e funcionários?
05.02 Existem lixeiras identificadas para coleta seletiva, nas áreas
do empreendimento? [verificar a aplicação]
05.03 A empresa utiliza-se de recursos naturais de iluminação,
como meio para reduzir o consumo de energia elétrica?
SEÇÃO 06 SITUAÇÃO ENCONTRADA SUGESTÃO DE MELHORIA
82
ENTORNO
06.01 Existe sinalização (placas informativas e indicativas) para
chegar ao parque?
06.02 Existe uma via de acesso adequada (acostamento,
pavimentação, mão dupla) para o local?
06.03 Existe iluminação pública funcionando e suficiente nas
proximidades do parque?
06.04 Há lugares apropriados para o estacionamento de veículos?
06.05 Há calçamento em bom estado de conservação para a
utilização dos pedestres?
06.06 Existe cercas ou muros de limitação entre a UC e as
comunidades ao entorno?
SEÇÃO 07
EVENTOS E LAZER
SITUAÇÃO ENCONTRADA SUGESTÃO DE MELHORIA
07.01 Os equipamentos disponíveis na área de piquenique (cadeira,
mesa, lixeira) se encontram em bom estado de conservação?
07.02 Os equipamentos de lazer (quadra esportiva, xadrez/damas,
quadras de speedy Ball) em bom estado de conservação?
07.03 O lago artificial se encontra com água de boa aparência e
limpa?
07.04 Existe quadro de aviso com a programação atualizada de
atividades recreativas ou eventos, em português e inglês?
07.05 As áreas de eventos, social e lazer são sinalizadas, incluindo
tradução para o inglês?
07.06 As vias dentro do parque estão em bom estado de
conservação?
07.07 As trilhas estão com o caminho visível, sem muitas folhas ou
galhos, com um bom estado de conservação?
07.08 Existe algum equipamento de apoio, como corda, corrimão
ou banco, nas trilhas?
07.09 Existe placas em bom estado de conservação, contendo
informações sobre o local durante o percurso das trilhas?
SUPERESTRUTURA
SECÇÃO 01
RECEPÇÃO
SITUAÇÃO ENCONTRADA SUGESTÃO DE MELHORIA
83
01.01 Os funcionários estão identificados, de modo que os clientes
podem reconhecê-los com facilidade? [Verificar se a identificação
inclui o nome do funcionário]
01.02 Há pelo menos um funcionário, que fale outro idioma, com
fluência suficiente para receber e transmitir mensagens e orientar os
visitantes?
01.03 Os funcionários apresentam bom aspecto de higiene pessoal e
aparência?
01.04 O atendimento telefônico é realizado, no máximo, até terceiro
toque do telefone e inclui informações sobre o parque, quando
solicitado pelo cliente?
01.05 Os funcionários prestam informações sobre o município e/ou
comunidade próxima e atrativos turísticos, quando solicitado pelo
cliente?
01.06 Quando o serviço de reservas de trilhas é oferecido por
internet (e-mail), são disponibilizadas informações atualizadas e o
retorno sobre as solicitações é realizado em tempo adequado (até 18
horas)?
SEÇÃO 02
SEGURANÇA PATRIMONIAL E DO TRABALHO
SITUAÇÃO ENCONTRADA SUGESTÃO DE MELHORIA
02.01 Os empregados são treinados anualmente para situações de
emergência (primeiros socorros, fogo e assalto)?
02.02 Existe planejamento anual para treinamentos regulares aos
funcionários em áreas relacionadas à qualidade dos serviços?
SEÇÃO 03
MANUTENÇÃO E LIMPEZA
SITUAÇÃO ENCONTRADA SUGESTÃO DE MELHORIA
03.01 A empresa possui estrutura de manutenção (própria ou
terceirizada), capaz de solucionar em tempo hábil as falhas em
equipamentos e instalações?
03.02 Os funcionários da manutenção (própria ou terceirizada)
apresentam-se uniformizados, identificados e com bom aspecto de
higiene pessoal e aparência?
SEÇÃO 04
MEIO AMBIENTE
SITUAÇÃO ENCONTRADA SUGESTÃO DE MELHORIA
04.01 Existe sistemática para a redução do consumo e para a
reutilização de papel (carta, A4, ofício duplo, etc)?
84
04.02 O lixo recolhido é separado por categoria na origem? Secos
(metal, papel, plásticos, etc.) e Molhados (restos e sobras de
comida, etc.)?
04.03 O lixo originado nos banheiros é separado dos demais numa
categoria à parte como lixo contaminado? Estão disponíveis lixeiras
nas áreas comuns?
SEÇÃO 05
ENTORNO
SITUAÇÃO ENCONTRADA SUGESTÃO DE MELHORIA
05.01 Existem opções de transportes públicos para chegar ao
parque? Os pontos de ônibus estão adequados?
05.02 Existe ronda permanente de policiamento na região do
entorno do parque e vias de acesso?
SEÇÃO 06
ADMINISTRAÇÃO
SITUAÇÃO ENCONTRADA SUGESTÃO DE MELHORIA
06.01 Existe articulação com o poder público local e UC para a
implantação da infraestrutura turística necessária no parque?
06.02 Existe um sistema de monitoramento dos impactos da
visitação (impactos biofísicos, paisagísticos, desgastes nas trilhas)?
06.03 Existe um controle do número de visitantes (quantidade dos
visitantes anuamente)?
06.04 A gestão realiza pesquisa periódica para medir o grau de
satisfação do cliente externo, analisando e utilizando seus
resultados para melhoria do local?
06.05 O parque possui pagina atualizada na internet ou em alguma
mídia social?
06.06 O parque aceita formas de pagamento diversas (debito em
conta, cartão de credito, cheque)?
06.07 Há projetos de inclusão da comunidade local?
06.08 Há projetos de educação ambiental para os visitantes?
SEÇÃO 07
EVENTOS E LAZER
SITUAÇÃO ENCONTRADA SUGESTÃO DE MELHORIA
07.01 O estabelecimento proporciona diferentes oportunidades de
recreação?
07.02 Existe a disponibilidade das informações sobre o que o
visitante não pode fazer no parque, em relação ao plano de manejo?
85
07.03 Existe funcionários treinados para atendimento de primeiros
socorros durante as trilhas interpretativas?
07.04 É possível que alguém com necessidades especiais realizem
as trilhas interpretativas?
________________________________
Local, Data, Assinatura do Consultor