as caraíbas e a união europeia

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As Caraíbas e a União Europeia COMISSÃO EUROPEIA DE 113 MAIO DE 2002 DESENVOLVIMENTO

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Page 1: As Caraíbas e a União Europeia

As Caraíbase a União Europeia

O C E A

COMISSÃO

EUROPEIA

DE 113

MAIO DE 2002

DES

ENV

OLV

IMEN

TO

NH

-43-02-777-PT-C

Podem ser obtidas mais informações nas Delegações ouGabinetes da Comissão Europeianos seguintes países:

ANTÍGUA E BARBUDA (GABINETE)P.O. Box 1392St John’s, Antigua, West IndiesTel: (268) 462.2970Fax: (246) 427.8687E-mail: [email protected]

BARBADOS (DELEGAÇÃO)P.O. Box 654 CBridgetownTel: (1-246) 427.4362Fax: (1-246) 427.7687E-mail: [email protected]ém acreditada junto de:• Antígua e Barbuda (Ver Gabinete)• Domínica• Granada• São Cristóvão e Nevis• Santa Lúcia• São Vicente e GranadinasTambém responsável por:• Anguila• Guayana Francesa• Guadalupe• Martinica• Montserrate• Ilhas Virgens

BELIZE (GABINETE)P.O. Box 907Belize CityTel: (501-2) 32.070Fax: (501-2) 72.785E-mail: [email protected]

REPÚBLICA DOMINICANA (DELEGAÇÃO)Aptdo. postal 226-2Santo DomingoTel.: (1-809) 540.58.37Fax: (1-809) 227.05.10E-mail: [email protected]

GUIANA (DELEGAÇÃO)P.O. Box 10847GeorgetownTel: (592-22) 626.67Fax: (592-22) 626.15E-mail: [email protected]ítio Web: www.delguy.cec.eu.intTambém acreditada junto de:• Suriname (Ver Gabinete)

HAITI (DELEGAÇÃO)B.P. 15.588Petion Ville, Port au PrinceTel: (509) 249.01.41Fax: (509) 249.02.46E-mail: [email protected]

JAMAICA (DELEGAÇÃO)P.O. Box 463Kingston 8, Jamaica W.I.Tel: (1-876) 924.63.33 – 7Fax: (1-876) 924.63.39E-mail: [email protected]ítio Web: www.deljam.cec.eu.intTambém acreditada junto de:• Baamas• Belize (Ver Gabinete)Também responsável por:• Ilhas Caimão• Ilhas Turcas e Caicos

SURINAME (GABINETE)P.O. Box 484ParamariboTel.: (597) 49.93.22Fax: (597) 49.30.76E-mail: [email protected]ítio Web: www.delsur.cec.eu.int

TRINIDADE E TOBAGO (DELEGAÇÃO)P.O. Box 1144Port of Spain, TrinidadTel: (1-868) 622.6628Fax: (1-868) 622.6355E-mail: [email protected]ém acreditada junto de:• Antilhas Neerlandesas

(Ver Gabinete)Também responsável por:• Aruba• Antilhas Neerlandesas

ANTILHAS NEERLANDESAS (GABINETE)Postbus 822Willemstad (Curaçao) NATel: (599-9) 461.84.88Fax: (599-9) 461.84.23E-mail: [email protected]

A DELEGAÇÃO DA COMISSÃO EUROPEIA NO

MÉXICO ESTÁ IGUALMENTE ACREDITADA

JUNTO DE

CUBA

Tel: (5255) 55.40.33.45Fax: (5255) 55.40.65.64E-mail: delmex.cec.eu.int

Comissão EuropeiaDirecção-Geral do Desenvolvimento

Endereço postal: rue de la Loi, 200 – B-1049 Bruxelas (Bélgica)Morada: rue de Genève, 12 – B-1140 Bruxelas (Bélgica)

Fax: +32.2.299.25.25E-mail: [email protected]: http://europa.eu.int/comm/development

SERVIÇO DAS PUBLICAÇÕES OFICIAIS DAS COMUNIDADES EUROPEIASL-2985 Luxemburgo

Comissão Europeia

Luxemburgo: Serviço das Publicações Oficiais das Comunidades Europeias

2002 — 48pp. — 29,7X21 cm

ISBN 92-894-3638-7

Page 2: As Caraíbas e a União Europeia

Publicado pela Comissão Europeia.

As informações contidas na presente brochura não reflectem necessariamente as posiçõesoficiais da União Europeia.

A Comissão Europeia ou qualquer pessoa actuando em seu nome não se responsabiliza pelautilização que possa ser dada às informações da presente brochura.

Autorizada a reprodução parcial ou integral do texto, desde que a fonte seja mencionada.

Luxemburgo: Serviço das Publicações Oficiais das Comunidades Europeias, 2002ISBN 92-894-3638-7

© Comunidades Europeias, 2002

Consultores: Strat&Com - Produção: Mostra! Communication

Impresso na Bélgica

Page 3: As Caraíbas e a União Europeia

As Caraíbas e a União Europeiapautam-se pelos mesmos valores e partilham uma história comum. Estes

pontos comuns foram traduzidos num vasto e intenso programa de cooperação

e de assistência humanitária desde que as Caraíbas aderiram em 1975 aos

Acordos ACP-UE. Agora existem as bases necessárias para enfrentar o futuro

com optimismo e determinação e para avançar para novos desafios.

Neste contexto, a União Europeia está fortemente empenhada no

desenvolvimento sustentável da região das Caraíbas. O objectivo central é a

redução da pobreza e, a prazo, a sua erradicação, em consonância com os

objectivos de desenvolvimento sustentável e de uma integração benéfica dos

países das Caraíbas na economia mundial. Investir nas pessoas, melhorar as

condições de saúde e de educação, desenvolver a economia e as infra-

estruturas e ajudar as Caraíbas a iniciarem uma reforma estrutural da

economia e a procederem a um reposicionamento estratégico são elementos

fundamentais das relações entre a União Europeia e os países das Caraíbas,

bem como dos mecanismos de cooperação e integração regionais.

O Acordo de Cotonu, concluído entre os Estados de África, das Caraíbas e do

Pacífico (ACP) e a União Europeia, permitirá intensificar a nossa parceria,

enriquecer o nosso diálogo e implicar todos os sectores da sociedade das

Caraíbas, incluindo o sector privado e as organizações da sociedade civil, nas

nossas relações políticas, económicas e de cooperação. Juntos poderemos

aperfeiçoar a cooperação, intensificar as relações comerciais e aumentar o

impacto dos nossos esforços para a população das Caraíbas.

A parceria estratégica bi-regional União Europeia – América Latina e Caraíbas

(UE-ALC) constitui ao mesmo tempo uma excelente oportunidade para

consolidar e dar nova dimensão a estas relações. Um diálogo político fecundo,

relações económicas e financeiras sólidas baseadas numa liberalização

progressiva, equitativa e equilibrada do comércio e dos fluxos de capitais, bem

como uma cooperação dinâmica e construtiva nos domínios educativo,

científico, tecnológico, cultural, humano e social contribuirão para se

aproveitarem as oportunidades proporcionadas por um mundo cada vez mais

global e para fazer face aos desafios que esta situação coloca.

| 1

Poul Nielson

Membro da Comissão Europeia

responsável pelo Desenvolvimento

e Ajuda Humanitária

Prefácio

Page 4: As Caraíbas e a União Europeia

O C E A

3 A União Europeia

3 Unidos na paz e prosperidade3 As instituições3 A moeda única4 A política externa e de segurança comum da UE4 Alargamento4 A Comissão Europeia4 Os três pilares

5 A União Europeia na cena internacional

5 Relações externas da UE

6 O Acordo de Parceria UE-ACP – Cotonu

6 Redução e, a prazo, erradicação da pobreza6 Diálogo político e aumento da participação6 Um novo espírito de cooperação para o desenvolvimento7 Apoio aos Estados menos desenvolvidos, sem litoral ou insulares7 Os instrumentos7 Cooperação económica e comercial

9 UE-ALC – uma nova parceria para um novo século

9 Madrid – fazer face aos desafios do século XXI9 Aspectos comerciais e económicos10 Iniciativas de cooperação

11 A UE e as Caraíbas – uma parceria regional sólida

11 Uma região caracterizada pela diversidade11 Diálogo político UE-Caraíbas12 Cooperação e integração regionais15 Alargamento da cooperação – PTU e DU16 Desafios e oportunidades20 Programas indicativos regionais das Caraíbas

22 Comércio – uma visão global

22 Relações com a OMC22 Regras comerciais relativas às bananas22 Protocolo sobre o Açúcar23 Rum – apoio a uma exportação valiosa23 Apoio aos produtores de arroz das Caraíbas23 Pesca – fazer face aos desafios

24 Instrumentos financeiros

24 Instrumentos de apoio ao sector privado no âmbito do FED

24 CDE – um impacto positivo nas PME

25 Banco Europeu de Investimento

2 | As Caraíbas e a União Europeia

Índice

27 Cooperação com os Estados ACP

28 Antígua e Barbuda29 Baamas30 Barbados31 Belize32 Domínica33 República Dominicana34 Granada35 Guiana36 Haiti37 Jamaica38 São Cristóvão e Nevis39 Santa Lúcia40 São Vicente e Granadinas41 Suriname42 Trindade e Tobago

43 Cuba

44 Cooperação com os Países e Territórios Ultramarinos (PTU)

44 Anguila44 Ilhas Virgens Britânicas44 Ilhas Caimão44 Monserrate45 Antilhas Neerlandesas e Aruba45 Ilhas Turcas e Caicos

46 Cooperação com os Departamentos Ultramarinos (DU) Franceses

46 Guadalupe46 Guiana francesca46 Martinica

47 Abreviaturas

48 Sítios úteis

Page 5: As Caraíbas e a União Europeia

Unidos na paz e prosperidade

O processo de integração europeia caracterizou-se por progressos ealterações constantes desde a criação da Comunidade Europeia doCarvão e do Aço (CECA) em 1952. A CECA tinha como objectivo lançaros fundamentos de uma paz duradoura e de prosperidade numcontinente dividido pela diversidade e por diferentes sistemas políticose económicos.

A UE é o resultado de um processo de profunda cooperação eintegração regionais que se iniciou em 1951 entre os países doBenelux (Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo) e se alargou para incluira Alemanha, França e Itália. Após cerca de 50 anos de cooperaçãopolítica, económica e social, a UE alargou-se a 15 Estados-Membrose vai proceder a um novo alargamento para incluir países do leste, bemcomo do "centro" do Mediterrâneo. 12 países estão actualmente anegociar a adesão à UE.

O mercado único europeu assenta em quatro liberdades – livrecirculação de pessoas, de mercadorias, de serviços e de capitais. Éesta a base para desenvolver poder económico, coerência política ecoesão social em toda a região. Hoje em dia o comércio externo, aagricultura, as pescas, os transportes e outros sectores da economiasão regulados por políticas comuns. Os principais objectivos são:

• promover o progresso económico e social num contexto regional;

• afirmar a identidade da UE na cena internacional (através da ajudahumanitária europeia a países de fora da UE, da política externa e desegurança comum, da intervenção em crises internacionais e deposições comuns no âmbito de organizações internacionais);

• instituir a cidadania europeia (que não substitui a cidadania nacional,mas completa-a mediante a atribuição de direitos civis e políticos aoscidadãos europeus);

• desenvolver um espaço de liberdade, segurança e justiça (associadoao funcionamento do mercado interno e em especial à livrecirculação das pessoas);

• manter e desenvolver o acervo jurídico da UE (toda a legislaçãoadoptada pelas instituições europeias, juntamente com os Tratadosfundadores).

As instituições

A UE é dirigida por cinco instituições que reforçam as quatro liberdadese assentam nos princípios fundadores. Estas instituições traduzem avontade de criar uma união cada vez mais estreita entre os povos daEuropa, baseada na partilha das responsabilidades políticas. AComissão propõe, o Parlamento aconselha, o Conselho de Ministrosdecide, o Tribunal de Justiça aprecia a legalidade e o Tribunal de Contasgarante a transparência. À medida que foram aumentando asresponsabilidades da UE, também as instituições se foram alargandoe se tornaram mais numerosas.

Estas instituições colaboram estreitamente numa cooperaçãoconstrutiva em benefício de todos os cidadãos e são assistidas peloComité Económico e Social, pelo Comité das Regiões, pelo BancoCentral Europeu, pelo Provedor de Justiça Europeu e pelo BancoEuropeu de Investimento (BEI).

A moeda única

O euro é actualmente a moeda oficial dos Estados-Membros da União,com excepção do Reino Unido, Dinamarca e Suécia. As moedas e notasde euros entraram em circulação em 1 de Janeiro de 2002. O euro éo esteio da União Económica e completa o mercado único.

Para chegarem a acordo sobre uma moeda única, os Estados-Membros puseram de lado as suas preocupações nacionais ecelebraram um Pacto de Estabilidade, um compromisso de respeitarcondições que garantam a estabilidade dos preços em toda a região econdições equitativas para as empresas comunitárias e nãocomunitárias. Estas condições incluem a exigência de acabar com osdéfices orçamentais excessivos.

Entre as vantagens da moeda única podem citar-se:

• aumento de transparência;• inexistência de onerosas flutuações das taxas de câmbio;• custos de transacções mais reduzidos;• processos contabilísticos simplificados;• comparações mais fáceis de custos e de preços;• redução dos custos de gestão de diferentes moedas;• aumento da concorrência intracomunitária, criando um ambiente

mais favorável para as empresas.

Este mercado, unido por uma moeda única, induz a redução dasbarreiras comerciais, a redução dos riscos e mercados maisconcorrenciais.

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A União Europeia

Um fundamento para a paz

Os fundadores da União Europeia, Robert Schuman e Jean Monnet, estavam empenhados em construiruma união regional forte a partir dos destroços das duas guerras mundiais.

“A paz mundial não poderá ser salvaguardada sem esforços criadores (…) A Europa não foi construída,tivemos a guerra.” Declaração Schuman, Maio de 1950.

“Construir a Europa é construir a paz. Hoje as nossas nações têm de aprender a viver juntas, com regrascomuns e instituições livres.” Jean Monnet, Agosto de 1952.

Estados-Membros da EU

Bélgica, Dinamarca, Alemanha, Grécia, Espanha, França, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Países Baixos,Áustria, Portugal, Finlândia, Suécia e Reino Unido.

Países candidatos

Bulgária, Chipre, República Checa, Eslováquia, Eslovénia, Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia, Malta,Polónia, Roménia e Turquia.

Maior bloco comercial do mundo

O mercado único da UE, constituído por 370 milhões de consumidores com elevado poder de compra,é o maior bloco comercial do mundo. O euro torna este bloco comercial ainda mais competitivo e maisforte, tanto do ponto de vista económico como político, na cena mundial.

A UE determina o quadro legal do comércio internacional

• Legislação comercial interna e internacional • Pautas aduaneiras• Direito da concorrência, aquisições e fusões• Normalização de produtos• Regulamentação ambiental• Direitos de propriedade intelectual – patentes e marcas comerciais• Contabilidade, regras contabilísticas e divulgação dos resultados financeiros

Page 6: As Caraíbas e a União Europeia

A política externa e de segurançacomum da UE

As crises e os desafios a nível global e regional, juntamente com aevolução da própria UE, fizeram novas exigências em matéria dasactividades externas da região. Assim, em 1993 a UE lançou as basespara uma Política Externa e de Segurança Comum (PESC), baseada nasolidariedade europeia.

Ao quadro da PESC foi acrescentada uma Política de Defesa eSegurança Comum, cujos objectivos são preservar a paz e reforçar asegurança internacional, de acordo com os princípios da Carta das NU,promover a cooperação internacional e desenvolver a democracia e oEstado de direito, bem como o respeito pelos direitos humanos e asliberdades fundamentais.

Alargamento

O Tratado de Nice (2000) estabeleceu o quadro para preparar oalargamento da UE, a fim de incluir os países da Europa Central eOriental, do Mediterrâneo e do Báltico. O princípio básico dasnegociações é que os países candidatos devem aceitar o acervocomunitário e os princípios democráticos, incluindo o Estado de direito,uma economia de mercado, o respeito pelos direitos humanos eprincípios de boa governação.

Estas economias de mercado emergentes caracterizam-se por umacultura empresarial que representa a esperança, a prosperidade e aoportunidade de construir uma sociedade sã e qualificada, enquanto aUE continua a desenvolver a sua tradição de uma parceria regionalforte, integrando estas nações na família europeia.

Países candidatos: Bulgária, Chipre, República Checa, Eslováquia,Eslovénia, Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia, Malta, Polónia, Roméniae Turquia.

A Comissão Europeia

Enquanto órgão executivo da UE, a Comissão Europeia trabalha emestreita colaboração com as outras instituições europeias e com osgovernos dos Estados-Membros. Embora seja a Comissão que tem odireito de iniciativa, todas as decisões legislativas importantes sãoaprovadas pelos Ministros dos Estados-Membros no Conselho da UniãoEuropeia, num processo de co-decisão ou de consulta com oParlamento Europeu, eleito democraticamente.

A missão da Comissão consiste em assegurar que a UE atinja oobjectivo de uma união cada vez mais estreita dos seus membros. Deveigualmente assegurar uma repartição equilibrada dos benefícios daintegração entre países e regiões, empresas e consumidores e oscidadãos europeus. A Comissão trabalha em estreita colaboração comdois órgãos consultivos da União, o Comité Económico e Social e oComité das Regiões.

A Comissão faz propostas legislativas, é a guardiã dos Tratados da UE,a fim de garantir que a legislação é aplicada correctamente, e funcionacomo órgão executivo responsável pela política de execução e degestão. Administra igualmente o orçamento anual da União, que em2001 ascendeu a 96,2 mil milhões de euros, e gere os FundosEstruturais e Regionais, cujo objectivo principal é atenuar asdisparidades económicas entre as regiões e os Estados-Membros maisricos e mais pobres. Compete-lhe igualmente negociar e aplicar osacordos de comércio e de cooperação com países terceiros e gruposde países.

A Comissão Europeia é composta por um Presidente, escolhido pelosChefes de Estado e de Governo da UE, e por 19 Comissários,designados pelos Governos dos Estados-Membros da UE com aaprovação do Presidente da Comissão, que são depois sujeitos a umvoto de aprovação do Parlamento Europeu. Os Comissários, que têmpastas específicas, são responsáveis pelas Direcções-Gerais (DG) eServiços Especializados que estão na sua dependência. Existem 36 DGe Serviços Especializados.

O âmbito de actividades e de responsabilidades da Comissão alargou-se, tendo passado a incluir políticas de apoio ao mercado interno, comoo ambiente, educação, saúde, questões dos consumidores, assuntosexternos, desenvolvimento das redes transeuropeias nos transportes ecomunicações, política de I&D, cultura e união económica e monetária.Tem igualmente responsabilidades importantes em matéria deprogramas de ajuda e desenvolvimento aos países terceiros.

Os três pilares

A UE é constituída por “três pilares”: Comunidade Europeia, PolíticaExterna e de Segurança Comum (PESC) e Justiça e Assuntos Internos.Esta estrutura de três pilares foi criada pelo Tratado de Maastricht de1992.

O primeiro pilar: a Comunidade Europeia – integra os três Tratadosdas Comunidades Europeias existentes (Comunidade Europeia doCarvão e do Aço, ou CECA, de 1951, Comunidade Económica Europeia,ou CEE, e Euratom, a Comunidade Europeia da Energia Atómica, ambosde 1957). O acto jurídico que institui a CEE é conhecido por Tratado deRoma e foi assinado pelos membros fundadores da Comunidade:Bélgica, França, Alemanha Ocidental, Itália, Luxemburgo e PaísesBaixos.

O primeiro pilar inclui igualmente o Acto Único Europeu, de 1986, quecompleta o mercado interno comunitário, consagrando o princípio daliberdade de circulação das pessoas, mercadorias e serviços. Abrangeas instituições (Comissão, Parlamento Europeu e Conselho) e osprocedimentos legislativos, a política agrícola, incluindo a PolíticaAgrícola Comum, o ambiente, os direitos dos cidadãos, a UniãoEconómica e Monetária e a política regional.

O segundo pilar: Política Externa e de Segurança Comum – constituium passo importante para alcançar uma união política.

O terceiro pilar: Justiça e Assuntos Internos – estabelece acooperação entre Estados-Membros em domínios como a política deasilo e de imigração, a luta contra a droga e a cooperação policial.

4 | As Caraíbas e a União Europeia

Países da UE Superfície População Produto Interno Índice de desenvolvimento Índice de realização km2 1999 Bruto (PIB) 1999 humano (IDH) 1999 tecnológica (IRT)

1999

Total em mil milhões de dólares PPC per capita Valor Posição

Bélgica 30 520 10 190 000 248,4 25 443 0,935 5 0,553

Dinamarca 43 090 5 284000 174,3 25 869 0,921 15 ..

Alemanha 356 910 82 071 000 2 119,9 23 742 0,921 17 0,583

Grécia 131 957 10 522 000 125,1 15 514 0,881 23 0,437

Espanha 504 782 39 323 000 595,9 18 079 0,908 21 0,481

França 551 602 58 607 072 1 432,3 22 897 0,924 13 0,535

Irlanda 70 283 3 661 000 93,4 25 918 0,916 18 0,566

Itália 301 270 57 523 000 1 171,0 22 172 0,909 20 0,471

Luxemburgo 2 586 421 500 19,3 42 769 0,924 12 ..

Países Baixos 41 526 15 607 000 393,7 24 215 0,931 8 0,630

Áustria 83 849 8 072 180 208,2 25 089 0,921 16 0,544

Portugal 92 082 9 945 000 113,7 16 074 0,874 28 0,419

Finlândia 338 130 5 139 840 129,7 23 069 0,925 10 0,744

Suécia 449 964 8 849 440 238,7 22 636 0,936 4 0,703

Reino Unido 244 101 59 009 000 1 441,8 22 093 0,923 14 0,606

Total da UE 3 242 652 374 225 032 8 505,4

(..): dados não disponíveisFontes: Relatório DH 2001; Atlaseco 2000, N.O.

Page 7: As Caraíbas e a União Europeia

Relações externas da UE

A UE demonstrou que a integração regional fomenta uma distribuiçãoequitativa da riqueza e a estabilidade regional. Talvez seja este oinstrumento mais poderoso a que os países podem recorrer para fazerface aos desafios económicos e sociais da globalização. Nas suasrelações com outros países, a UE procura incentivar o comércio mundialsustentável e o desenvolvimento económico equitativo dos países maispobres.

O objectivo central da UE é reduzir – e a prazo erradicar – a pobreza.A ajuda e a assistência ao desenvolvimento são poderososcatalisadores de mudança e contribuem para criar condições para aspessoas mais pobres poderem obter os seus rendimentos e terem maistempo de vida, com mais saúde e mais produtivas. No centro desteprocesso está a integração benéfica dos países em desenvolvimento naeconomia global.

Nos últimos 50 anos verificaram-se alguns casos de sucessoconsideráveis, tal como insucessos, de ajuda ao desenvolvimento. A UEestá apostada em continuar estes sucessos e reconhece que a ajudaé mais eficaz quando são os próprios países beneficiários queconduzem as suas reformas e o desenvolvimento institucional.

Uma voz importante a nível mundial a favor da mudança

A Europa chegou a uma viragem no modo como se relaciona com oresto do mundo e por isso está apostada em desenvolver todo o seupotencial para ser uma importante força a favor de uma mudançaglobal positiva. Para o efeito a UE está igualmente determinada a criarum ambiente em que a sociedade civil se possa desenvolver. Tal implicacolaborar com a sociedade civil e os agentes sociais e económicos emtodos os domínios da cooperação externa para realizar os objectivos dodesenvolvimento.

Apropriação, parceria e responsabilidade estão no centro do seuprograma de desenvolvimento. A UE dá apoio aos governos paradesenvolverem estratégias de redução da pobreza e dá força à voz dospaíses em desenvolvimento nas instituições mundiais.

A Comissão Europeia desempenha um papel fundamental na execuçãoda política externa e outras políticas da UE, desenvolvendo a suaactividade através das 128 Delegações e Gabinetes que tem em todoo mundo e que estão a ser progressivamente reforçados para que aajuda externa da UE possa ser prestada de forma mais eficaz.

Os governos nacionais da UE são parceiros importantes no G8, naOrganização Mundial de Comércio (OMC), no Fundo MonetárioInternacional (FMI), no Banco Mundial e na ONU.

Trabalhar em parceria

A UE concede 60% da ajuda mundial, se somarmos os programasmultilaterais geridos pela Comissão Europeia aos programas bilateraisdos Estados-Membros. A UE é o segundo maior dador multilateral,concedendo anualmente 6,8 mil milhões de euros em assistência.É igualmente o maior dador de ajuda humanitária do mundo.

Em muitos casos a UE é o principal parceiro comercial dos países emdesenvolvimento. Representa o maior mercado único de importações eexportações, superior ao dobro do comércio entre os países emdesenvolvimento e os EUA, Japão e Canadá em conjunto.

Na arquitectura das relações externas da Comissão, a Direcção-Geraldo Desenvolvimento colabora estreitamente com outros Serviços daComissão, em especial a Direcção-Geral das Relações Externas, oServiço de Cooperação (EuropeAid) e o Serviço de Ajuda Humanitáriada União Europeia (ECHO). Tem igualmente relações muito estreitascom a Direcção-Geral do Comércio. A cooperação comunitária para odesenvolvimento é coordenada com as políticas dos Estados-Membrose, na medida do possível, com os principais dadores internacionais.

As Convenções ACP-UE constituem um modelo inovador de cooperaçãointernacional baseado numa parceria equitativa e em relaçõescontratuais, ajuda e comércio, obrigações mútuas e instituiçõesconjuntas para assegurar um diálogo permanente.

Relações comerciais

Juntamente com as políticas de desenvolvimento, a cooperaçãoeconómica e a política comercial constituem o principal pilar dasrelações da UE com o resto do mundo, assegurando uma abordagemabrangente e integrada para que os países em desenvolvimento sepossam integrar na economia mundial.

Assistência humanitária

O Serviço de Ajuda Humanitária da UE (ECHO) foi criado em 1992 coma missão de fornecer ajuda de emergência e auxílio às vítimas decatástrofes naturais ou de conflitos armados fora da UE. Desenvolvendoa sua actividade por intermédio de parceiros nacionais e regionais, aresposta inicial envolve a concessão de ajuda essencial, como ajudaalimentar, pacotes não alimentares de emergência, cuidados médicos,abrigos temporários, recuperação dos sistemas de água e desaneamento, bem como vigilância epidemiológica.

Segurança alimentar

A Comissão Europeia está a intensificar os seus esforços para aresolução dos problemas da fome como parte da sua política dedesenvolvimento global. Antes, esta política centrava-se no aumento dofornecimento de alimentos através da concessão de ajuda alimentar eapoio à produção local. Actualmente reconhece-se que a insegurançaalimentar é provocada não só pela inexistência de alimentos, mastambém pela falta de acesso económico e físico aos alimentos,devido ao fraco poder de compra das famílias pobres e das zonasrurais.

As estratégias para combater a pobreza e a insegurança alimentarcentram-se no apoio aos grupos de pessoas mais pobres e vulneráveis.A CE alterou a sua política de segurança alimentar a fim de a integrarnos objectivos do desenvolvimento sustentável e da luta contra apobreza. Anualmente é atribuído um montante de 500 milhões de eurospara a rubrica orçamental da CE relativa à segurança alimentar.

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A União Europeia na cena internacional

W Prioridade à equidade

Ao colocar a equidade no centro das suas políticas, a UE dá prioridade à defesa dos interessesdos países em desenvolvimento mais desfavorecidos e às camadas mais pobres da populaçãodos países em desenvolvimento mais avançados.

EUROPEAIDCO-OPERATION OFFICE

Page 8: As Caraíbas e a União Europeia

O Acordo de Parceria UE-ACP – Cotonu

Após 25 anos de quatro Convenções de Lomé sucessivas (a quarta comdois protocolos financeiros), o Acordo de Cotonu, assinado em Junhode 2000 e concluído por um prazo de vinte anos, constitui um quadroinovador para uma parceria mais intensa que pretende fazer face – emconjunto – aos grandes desafios da pobreza, dos conflitos e da guerra,das ameaças ao ambiente e dos riscos de marginalização económicae tecnológica.

O Acordo marca uma viragem em termos dos objectivos, bem como dosmodos e dos meios para os alcançar, e da natureza da parceria. Associade forma clara a dimensão política, o comércio e o desenvolvimento ea parceria, com base em critérios de eficiência bem definidos. Nestecontexto, a partir do Fundo Europeu de Desenvolvimento (FED), a UEconcede assistência a 77 países da África, das Caraíbas e do Pacífico(ACP) e aos Países e Territórios Ultramarinos (PTU).

A cooperação para o desenvolvimento será executada medianteestratégias integradas que incluem elementos económicos, sociais,culturais, ambientais e institucionais que devem ser geridos localmente.Deve por isso proporcionar um quadro coerente de apoio às estratégiasde desenvolvimento dos próprios países ACP, garantindocomplementaridade e interacção entre os diversos elementos.

O novo regime de comércio previsto no Acordo de Cotonu representauma perspectiva absolutamente diferente para os parceiros ACP. Parapromover o desenvolvimento sustentável e a erradicação da pobreza,os Estados ACP e a UE decidiram concluir acordos de comérciocompatíveis com a OMC, que irão eliminar progressivamente asbarreiras comerciais entre as duas zonas e melhorar a cooperação emtodos os domínios relevantes para o comércio. Este compromissoassumirá a forma de negociação de Acordos de Parceria Económica(APE) a partir de Setembro de 2002, devendo estar concluídos atéDezembro de 2007.

Redução e, a prazo, erradicação da pobreza

A parceria ACP-UE tem como objectivo central reduzir e, a prazo,erradicar a pobreza, em consonância com os objectivos dedesenvolvimento sustentável e de integração progressiva dos paísesACP na economia mundial.

Diálogo político e aumento da participação

O diálogo desempenha um papel essencial para o êxito das actividadesde cooperação para o desenvolvimento e está no centro das relaçõesACP-UE. É realizado dentro e fora do quadro institucional, a nívelnacional, regional ou ACP, a fim de incentivar a integração de todos ossectores da sociedade, incluindo o sector privado e as organizações dasociedade civil, na vida política, económica e social.

O respeito pelos direitos humanos e as liberdades fundamentais,princípios democráticos, boa governação e o Estado de direito sãoelementos essenciais da parceria e um sistema de governotransparente e responsável faz parte integrante do desenvolvimentosustentável. Uma abordagem participativa, que inclua a sociedade civile os agentes económicos e sociais na parceria ACP-UE, ajudará adefinir estratégias e prioridades que antes eram da competênciaexclusiva dos governos.

Um novo espírito de cooperaçãopara o desenvolvimento

O Acordo de Cotonu define um quadro estratégico geral que reflecte oscompromissos internacionais e ao mesmo tempo tem em conta osaspectos políticos, económicos, sociais, culturais e ambientais dodesenvolvimento. As estratégias de cooperação reflectemcompromissos internacionais, nomeadamente as conclusões dasconferências das NU e a estratégia do Comité de Ajuda aoDesenvolvimento da OCDE (Organização de Cooperação eDesenvolvimento Económico). As prioridades são fixadas numa basenacional e centram-se na redução da pobreza. As estratégias dedesenvolvimento promovem a apropriação local das reformas sociais eeconómicas.

Nas Convenções de Lomé anteriores, a cooperação em matéria decomércio baseava-se em generosas pautas preferenciais. O novoAcordo ACP-UE tem como finalidade apoiar a cooperação económicae comercial e da ajuda ao desenvolvimento, efeitos que se reforçamreciprocamente. O objectivo de integrar os países ACP na economiamundial implica um aumento da capacidade de produção, deabastecimento e da comercialização, bem como um reforço dacapacidade dos países ACP para atrair investimento, reforçar aspolíticas comerciais e de investimento e fazer face todas as questõesrelacionadas com o comércio. Os Acordos de Parceria Económica(APE), juntamente com a assistência para o desenvolvimento, incluindoa assistência técnica relacionada com o comércio, eliminarãoprogressivamente os obstáculos às trocas comerciais entre os paísesACP e a UE e reforçarão a cooperação numa vasta gama de domíniosrelacionados com o comércio.

A cooperação para o desenvolvimento da UE atribui grande importânciaà integração e cooperação regionais. Baseia-se no princípio de que estaabordagem promove o desenvolvimento económico e social, melhorae mantém uma melhor governação e fomenta relações estáveis epacíficas entre as nações. Permite igualmente que os países enfrentemmais facilmente os desafios transfronteiriços, especialmente nodomínio do ambiente e da gestão dos recursos naturais.

O peso político e financeiro da UE permite-lhe participar na melhoriado quadro macroeconómico dos países parceiros ACP. Isto implicapolíticas e um quadro institucional para efeitos de equilíbrio fiscal,sustentabilidade da dívida e equilíbrio externo em termos económicose comerciais, bem como para incentivar a concorrência e odesenvolvimento do sector privado.

6 | As Caraíbas e a União Europeia

P Grupo dos países ACP

Fundado em 1975, com a assinatura do Acordo de Georgetown, o grupo dos países ACP é constituídopor 77 países de África, Caraíbas e Pacífico.

P Instituições

Conselho de Ministros: órgão supremo, com competência para a tomada de decisões. Os Estados-Membros são representados a nível ministerial. O Conselho define as directrizes das políticas do Grupoe analisa a cooperação ACP-UE, bem como questões entre membros ACP.

Comité de Embaixadores: composto pelos Embaixadores dos Estados ACP junto da UE ou seusrepresentantes, assiste o Conselho de Ministros e acompanha a aplicação do Acordo de Cotonu.

Secretariado-Geral ACP: coordena as actividades das instituições ACP, estando sediado emBruxelas.

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São essenciais sistemas de transportes eficientes para o desenvolvimentoeconómico e social e para o acesso a serviços sociais de base. Oenvolvimento dos países parceiros constitui uma condição dasustentabilidade destes esforços.

A eliminação da fome e da má nutrição é um elemento essencial dodesenvolvimento sustentável. A pobreza continua a ser o principal desafiode alimentar a população mundial de forma sustentável. A segurançaalimentar e o desenvolvimento rural sustentável são fundamentais paraas estratégias da UE de combate à pobreza e contribuem para a suaredução, enquanto a ajuda alimentar é um instrumento de ajudahumanitária.

A cooperação dará sistematicamente atenção aos aspectos institucionaise apoiará os esforços dos Estados ACP para desenvolver e reforçar asestruturas, as instituições e os procedimentos. O objectivo é ajudar apromover e a manter a democracia, a dignidade humana e a justiça sociale pluralismo, o respeito integral pelos direitos humanos e as liberdadesfundamentais, desenvolver e reforçar o Estado de direito e oprofissionalismo e independência do sistema judicial e assegurar umagovernação e administração transparentes e responsáveis em todas asinstituições públicas.

Apoio aos Estados menos desenvolvidos, sem litoral ou insulares

Foram previstas disposições e medidas específicas de apoio aos EstadosACP menos desenvolvidos, sem litoral e insulares. No que se refere aestes últimos, tais medidas destinam-se a apoiar os Estados ACPinsulares nos seus esforços para superar as dificuldades naturais egeográficas que entravam o seu desenvolvimento.

Os instrumentos

O Acordo de Cotonu racionalizou a vasta gama de instrumentos queexistia antes nas Convenções de Lomé. Os recursos disponíveis paraapoiar o desenvolvimento a longo prazo são canalizados através deprogramas indicativos nacionais e regionais e da Facilidade deInvestimento, um fundo renovável destinado a fomentar o investimento ea reforçar a capacidade das instituições financeiras locais e que é geridopelo Banco Europeu de Investimento.

A cooperação para o financiamento do desenvolvimento é executada combase em objectivos, estratégias e prioridades definidas pelos parceirosACP, tanto a nível nacional como regional. Esta cooperação promoverá aapropriação local e uma parceria baseada em direitos e obrigaçõesmútuos. Reconhece a importância da previsibilidade e da segurança dosfluxos de recursos e é flexível para se adaptar a situações individuais.

Cada país e região ACP recebe da Comunidade Europeia uma indicaçãodo volume de recursos disponíveis, durante um período de cinco anos,para financiar as actividades incluídas nos Programas indicativosnacionais ou regionais (PIN e PIR). A possibilidade de acesso deintervenientes não estatais a estes fundos aumentou com o Acordo deCotonu. Os recursos de que podem beneficiar os intervenientes nãoestatais fazem parte da dotação concedida a cada Estado ou região ACP.

Depois de acordada uma Estratégia de Apoio ao País (ou Regional), apósconsultas com os intervenientes, os Estados-Membros da UE e os dadoresbilaterais e multilaterais, essa estratégia é desenvolvida e executadaatravés de um programa de trabalho. Este programa serve de plano-director para todas as actividades em curso ou previstas da CE no paísou na região, repartidas por sector e por instrumento e de acordo comum calendário definido.

Para ajudar a diminuir o peso da dívida dos Estados ACP e as suasdificuldades de balança de pagamentos, são concedidos recursos paracontribuir para iniciativas de redução do peso da dívida acordadas a nívelinternacional. É concedido apoio para reformas macroeconómicas esectoriais. Neste contexto, as Partes devem garantir que o ajustamentoseja economicamente viável e social e politicamente suportável.

O acordo sobre apoio adicional em caso de flutuações das receitas deexportação reconhece a vulnerabilidade dos parceiros resultante daelevada dependência das receitas de exportação proveniente dos sectoresagrícola e/ou mineiro. A elegibilidade está ligada ao facto de a perda dereceitas pôr em causa a estabilidade macroeconómica global e emprincípio o apoio pode ser utilizado para financiar o orçamento nacional.

A cooperação centra-se em:• políticas e reformas sectoriais, sociais e económicas;• medidas destinadas a melhorar a actividade do sector produtivo e a

competitividade das exportações;• medidas destinadas a desenvolver serviços do sector social;• questões temáticas ou horizontais.

Este apoio é proporcionado através de programas sectoriais, apoioorçamental, investimentos, actividades de reabilitação, formação,assistência técnica e apoio institucional.

Um quadro político redefinido em matéria de cooperação descentralizadacoloca os agentes no centro da cooperação para o desenvolvimento eapoia programas realizados por intervenientes não estatais. Estaabordagem permite financiar programas que apoiam a descentralizaçãopara fomentar o aparecimento de sistemas eficientes de governação local,iniciativas de desenvolvimento local e o diálogo político e social.

O Acordo de Cotonu, reconhecendo o importante papel dos mercados edo sector privado enquanto motores do crescimento económico,proporciona uma abordagem integrada que implica o sector privado namaior parte dos domínios da cooperação ACP-UE. A ênfase é colocada nodesenvolvimento das capacidades de organizações representativas dosector privado para participarem neste diálogo. O investimento interno eestrangeiro é mobilizado através de um pacote de apoios sob formasassociadas a investimentos: promoção aos níveis nacional e regional,financiamento e apoio, garantias e protecção dos investimentos.

A cooperação técnica ajuda os parceiros ACP a valorizarem os recursoshumanos nacionais e regionais e a desenvolverem de forma duradouraas instituições indispensáveis ao êxito do desenvolvimento.

Cooperação económica e comercial

A cooperação económica e comercial assenta nas iniciativas deintegração regional dos Estados ACP e tem em conta as suas diferentesnecessidades e diversos níveis de desenvolvimento. O Acordo de Cotonuvisa uma integração harmoniosa dos Estados ACP na economia mundial,procurando reforçar as suas capacidades de produção, de abastecimentoe de comercialização. Isto implica um aumento da capacidade para atrairinvestimentos, para reforçar as políticas comerciais e de investimento epara fazer face a todas as questões relacionadas com o comércio.

Acordos de Parceria Económica (APE)

Como parte do impulso para alcançar estes objectivos, as preferênciascomerciais não recíprocas serão substituídas por disposições comerciaiscompatíveis com as regras da OMC. Os APE baseiam-se em trêsprincípios: liberalização do comércio (em ambos os lados; os parceirosACP abrirão progressivamente os seus mercados aos produtos europeusde forma flexível), integração regional (os APE desenvolverão eaprofundarão as iniciativas de integração regional de Estados ACP) ediferenciação segundo o nível de desenvolvimento (tendo especialmenteem atenção os países menos desenvolvidos).

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Os APE incluem objectivos como a integração da assistência para odesenvolvimento (incluindo a assistência técnica relacionada com ocomércio) e o acesso aos mercados, mas também prestam atenção aquestões importantes de natureza global como os serviços, propriedadeintelectual, normalização, medidas sanitárias e fitossanitárias, normas detrabalho e ambiente.

Cooperação nas instâncias internacionais

A UE apoia os esforços envidados pelos países ACP para se tornaremmembros activos de organizações internacionais, o que implica umaestreita cooperação na identificação e promoção dos seus interessescomuns no âmbito da cooperação económica e comercial internacional,em especial no contexto da OMC, e a participação na definição daagenda e na condução das futuras negociações comerciais multilaterais.

Comércio de serviços

A UE e os seus parceiros ACP reconhecem a importância crescente dosserviços no comércio mundial. As duas Partes reafirmam as suasobrigações respectivas por força do Acordo Geral sobre o Comércio deServiços (GATS) e salientam a necessidade de concessão de tratamentoespecial e diferenciado aos prestadores de serviços dos Estados ACP. Édada especial atenção aos serviços relacionados com a mão-de-obra, asempresas, a distribuição, as finanças, o turismo e a cultura, bem comoaos serviços de engenharia e de construção civil, a fim de desenvolver asua competitividade e aumentar o valor e o volume das suas trocascomerciais de bens e serviços.

8 | As Caraíbas e a União Europeia

P Preparação dos acordos de parceria económica (APE)

Foi preparado um programa comunitário de 20 milhões de euros para apoiar os países ACP nanegociação dos APE com a UE. As actividade de desenvolvimento de capacidades incluem:

• estudos específicos destinados a desenvolver as posições negociais;• acções de formação em técnicas de negociação destinadas aos funcionários dos países ACP que

dirigem as equipas de negociação;• assistência técnica a grupos económicos regionais no domínio da política comercial;• assistência técnica orientada para agrupamentos regionais que tenham como objectivo consolidar

iniciativas de integração económica.

As principais inovaçõestêm como objectivo:

• desenvolver a dimensão política;• fazer face à corrupção de forma expressa;• promover abordagens participativas;• envolver a sociedade civil nas reformas e políticas

a apoiar pela UE;• reorientar as políticas de desenvolvimento para as

estratégias de redução da pobreza;• basear a afectação de fundos não apenas numa

avaliação das necessidades de cada país, masigualmente nos resultados das suas políticas;

• criar uma Facilidade de Investimento para apoiar odesenvolvimento do sector privado;

• racionalizar instrumentos e introduzir um novosistema de programação flexível, que permite àComunidade e ao país beneficiário ajustaremperiodicamente o seu programa de cooperação;

• descentralizar as responsabilidades administrativase, nalguns casos, financeiras para o nível local, afim de tornar a cooperação mais eficaz;

• melhorar o enquadramento político dodesenvolvimento comercial e do investimento;

• aumentar a cooperação em todos os domíniosimportantes para o comércio, incluindo novasquestões como as normas de trabalho e asligações entre ambiente e comércio.

P Aspectos relevantes do novo Acordo ACP-UE

Critérios de desempenho:

• progresso na execução das reformasinstitucionais;

• eficiência a nível do país e regional nautilização dos recursos;

• execução eficaz das operações correntes;• atenuação ou redução da pobreza;• medidas de desenvolvimento sustentável;• eficiência das políticas macroeconómicas

e sectoriais.

P 9º Fundo Europeu de Desenvolvimento

O Fundo Europeu de Desenvolvimento (FED), para que todos osEstados-Membros da UE contribuem, financia projectos e programasnos Estados ACP e nos Países e Territórios Ultramarinos (PTU).

Este Fundo é administrado pela Comissão Europeia, com excepção docapital de risco, que é gerido pelo Banco Europeu de Investimento (BEI).Cada FED é completado por empréstimos do BEI.

A UE apoia os governos ACP através dos 13,5 mil milhões de euros do9º Fundo Europeu de Desenvolvimento, que cobrem os primeiros cincoanos do Acordo de Cotonu:

• Dotação a longo prazo: 10 mil milhões de euros• Dotação regional: 1,3 mil milhões de euros• Facilidade de Investimento: 2,2 mil milhões de euros• Saldos de FED anteriores: 9,9 mil milhões de euros• Recursos próprios do BEI: 1,7 mil milhões de euros

W Tudo menos armas – uma novidade mundial

A iniciativa "Tudo menos armas", lançada em Fevereiro de 2001, concede aos 48 países maispobres do mundo a isenção integral de direitos e acesso isento de quotas para todos osprodutos, excepto armas. Esta iniciativa faz da UE a primeira grande potência comercial domundo a comprometer-se a abrir completamente o seu mercado aos países mais pobres domundo e envia um sinal ao resto do mundo em como a Europa está disposta a partilhar comos países mais desfavorecidos os benefícios da liberalização do comércio. A eliminação dosdireitos e de quotas para praticamente todos os produtos entrou em vigor em Março de 2001.

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Madrid – fazer face aos desafios do século XXI

Reafirmando a sua perseverança na evolução do processo democrático,justiça social e equidade, esforços de modernização, liberalização docomércio, reformas estruturais, desenvolvimento sustentável, partilhaequitativa dos benefícios resultantes da globalização económica e das novastecnologias, bem como o seu apoio ao progresso dos processos deintegração nas duas regiões, a segunda Cimeira de Chefes de Estado e deGoverno UE-ALC, realizada em Madrid em Maio de 2002, proporcionou aoportunidade, através do Compromisso de Madrid, de dar um novoimpulso à parceria bi-regional e de estabelecer a agenda para os próximosanos.

De Madrid em 2002 a México em 2004

No domínio político:• Reforçar o sistema multilateral com base nos objectivos e princípios da

Carta das Nações Unidas e do direito internacional.• Reforçar as instituições democráticas e as normas legais, fortalecendo

sistemas judiciais que assegurem um tratamento equitativo conforme à leie promovam e protejam o respeito dos direitos humanos.

• Saudar o estabelecimento iminente e o funcionamento do Tribunal CriminalInternacional e procurar a adesão universal ao Estatuto de Roma.

• Combater o terrorismo em todas as suas formas e manifestações, deacordo com a Carta das NU e com total respeito pelo direito internacional,incluindo os direitos humanos e as disposições da legislação humanitária.

• Fortalecer a cooperação para combater os flagelos das drogas ilícitas edos crimes conexos, da corrupção e do crime organizado.

• Erradicar o racismo, a discriminação racial, a xenofobia e intolerânciasafins e cooperar na concretização dos compromissos da Declaração deDurban de 20001 e do Programa de Acção.

• Promover a igualdade entre as mulheres e os homens e a responsabilizaçãodas mulheres, bem como o bem-estar de cada criança de acordo com odocumento das NU aprovado “Um mundo adequado a cada criança”.

• Reforçar o diálogo politico bi-regional na agenda internacional com vistaa consultas no âmbito do sistema das NU e nas conferências importantesdas NU sobre as principais questões da agenda internacional.

No domínio económico: • Promover o crescimento económico para combater a pobreza, entre outras

coisas, através do fortalecimento das instituições democráticas, daestabilidade macroeconómica, da superação da lacuna tecnológica, demelhor acesso e melhor qualidade à/da educação, cuidados de saúde eprotecção social.

• Promover o comércio e os fluxos de capitais para um crescimentoeconómico sustentável e uma distribuição equitativa dos benefícios.Trabalhar rapidamente no programa de trabalho de Doha para alcançarmaior liberalização comercial e clarificação, melhoria e reforço das regrasmultilaterais.

• Colaborar para contribuir para o sucesso da Cimeira Mundial de 2002sobre o desenvolvimento sustentável. Proteger afincadamente o ambientequanto à alteração de modelos sustentáveis de produção e de consumo,à conservação da biodiversidade, ao ecossistema global e à utilizaçãoduradoira dos recursos naturais, trabalhando para realizar a ratificação eentrada em vigor do protocolo de Quioto o mais rapidamente possível.

• Actuar sobre os compromissos da conferência de Monterrey relativa aofinanciamento para o desenvolvimento, especialmente através damobilização dos recursos internacionais e nacionais, da criação demecanismos internos e internacionais para redução da pobreza, doaumento sensível da cooperação para o desenvolvimento e da procura demedidas relevantes para tratar o problema da dívida externa insustentáveldos países em desenvolvimento. Fomentar, neste quadro, uma execuçãorápida e eficaz da iniciativa melhorada de apoio aos países pobresaltamente endividados (HIPC).

• Vencer os desafios com que se deparam as pequenas economias eespecialmente os pequenos estados insulares.

• Melhorar o funcionamento do sistema financeiro global tendo em conta aspreocupações dos países em desenvolvimento e participar activamentenos esforços contínuos internacionais que visam a reforma do sistemafinanceiro internacional. Sublinhar a introdução do euro, cuja contribuiçãopara maior transparência das relações económicas e incentivo aocrescimento comercial e do investimento entre as duas regiões éconfirmada e reconhecida.

• Rejeitar firmemente todas as medidas de natureza unilateral e com efeitoextra-territorial que sejam contrárias ao direito internacional e às regrascomummente aceites de livre comércio e que constituam uma sériaameaça para o multilateralismo.

• Unir os esforços para desenvolver a sociedade da informação, reforçandoo acesso às tecnologias da informação e da comunicação em todas asáreas prioritárias, incluindo os serviços governamentais.

Cooperação nos domínios cultural, educativo, científico,tecnológico, social e humano: • Preservar as capacidades de desenvolvimento, promoção e respeito da

diversidade cultural; criar mais oportunidades de educação, cultura eacesso ao conhecimento como chaves do sucesso no século XXI.

• Construiu um espaço comum de ensino superior da União Europeia –América Latina e Caraíbas.

• Efectuar uma análise integrada por forma a implementar soluções e agarantir os direitos dos trabalhadores migrantes e das suas famílias, deacordo com o direito internacional e a legislação nacional.

• Combater a HIV/SIDA através de programas de prevenção, tratamento eapoio, especialmente nos países mais afectados, tendo em mente o direitoa níveis adequados de cuidados de saúde e a necessidade de promovermaior acesso aos medicamentos.

• Cooperar na promoção da prevenção de catástrofes naturais e napreparação da atenuação das suas consequências.

Aspectos comerciais e económicos

Um grande potencial em matéria de relações comerciais

As exportações da UE para a ALC passaram de aproximadamente17 000 milhões de euros em 1999 para 54 000 milhões de euros em 2000,enquanto as importações da UE provenientes da ALC passaram de cerca de27 000 milhões de euros em 1999 para 48 000 milhões de euros em 2000.No entanto, apesar desta expansão continuada, as trocas comerciais entre aUE e a ALC representam ainda pouco mais de 5% do comércio externo da UE.

Existe um potencial para o aumento das trocas comerciais. A ALC representaum mercado de cerca de 500 milhões de consumidores, com um rendimentomédio per capita de 6 880 dólares (7 568 euros) em termos de paridade depoder de compra (PPC). A região é rica em recursos naturais. Com oaperfeiçoamento da governação e uma agenda comercial positiva, a ALCbeneficiará de um desempenho económico acelerado, o que terá um efeitomultiplicador.

Importante destino de IDE

Desde meados da década de 90, a região tornou-se um dos principais destinosdo investimento directo estrangeiro da UE. Durante este período, a UEultrapassou os EUA como principal investidor directo nos países ALC,representando uma média de investimento de 23 614 milhões de euros, contra12 127 milhões de euros dos EUA. No final de 1998, os investimentos emcapital da UE nos ALC representavam 115 524 milhões de euros, comparadocom 113 150 milhões de euros dos EUA.

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UE-ALC – uma nova parceriapara um novo século

Page 12: As Caraíbas e a União Europeia

Iniciativas de cooperaçãoA UE é o principal dador de assistência para o desenvolvimento àAmérica Latina e Caraíbas (60% do montante total recebido por estaregião). A Comunidade Europeia fornece cerca de 16% dessaassistência, sendo a restante concedida bilateralmente pelos Estados-Membros da UE.

Abrir caminho para o mundo digital

É essencial que a região ALC avance para a criação dos quadrospolíticos e regulamentares necessários para atingir o mundo digitalatravés do fomento da Sociedade da Informação. O aumento deconexões entre redes e comunidades de investigadores, o incentivo deparcerias empresariais e tecnológicas, a criação de redes deintervenientes, utilizadores e instituições intermediárias são passosimportantes para atingir este fim.

O programa @LIS (Aliança para a Sociedade da Informação) incentivao diálogo entre a UE e as regiões da ALC e reforça as redes deorganizações de apoio às empresas e de outros intervenientes,nomeadamente instituições educativas e culturais, bem como parceirosde investigação e desenvolvimento. É dada especial ênfase àsnecessidades das comunidades locais e dos cidadãos. Outros domíniosde desenvolvimento futuro no quadro electrónico são o e-comércio, oe-governo (central e local), a e-educação e diversidade cultural, a e-saúde pública e a e-inclusão. Uma interconectividade global permitiráa integração vertical das comunidades tecnológicas e empresariaisregionais, promovendo novas oportunidades e incentivando acompetitividade regional.

O programa está preparado para admitir a participação das Caraíbas.

A luta contra a droga

O mecanismo de coordenação e de cooperação UE-ALC, baseado nosprincípios da partilha de responsabilidades, constitui o fundamento parafazer face a um dos problemas mais graves que minam odesenvolvimento económico e social dos países ALC produtores dedroga e dos países por onde esta transita. O Plano de Acção do Panamáde luta contra a droga, acordado em Abril de 1999 e aprovado naCimeira do Rio, tem em conta a importância de promover umacooperação e coordenação inter e intra-regionais em matéria de drogae a necessidade de aumentar o intercâmbio regular de ideias e deexperiências entre as autoridades políticas e técnicas das duas regiões.

A UE e os parceiros ALC estão empenhados em desmantelar todas ascomponentes do problema da droga a nível mundial, como umimportante contributo para combater o terrorismo e eliminar uma dascausas da desestabilização dos sistemas democráticos, em dar maiorprioridade do que no passado à cooperação em matéria de droga noquadro da cooperação bilateral entre a Comissão Europeia e osEstados-Membros da UE e os países da América Latina e Caraíbas eem coordenar, entre as duas regiões, o desenvolvimento de posiçõescomuns noutras instâncias internacionais sobre a droga.

Os esforços bi-regionais em matéria de luta contra a droga centram-se em áreas prioritárias como a redução da procura, o branqueamentode capitais, desenvolvimento alternativo e cooperação marítima. Estesesforços não negligenciarão outras áreas, como a prevenção e controlode precursores químicos de diversão, a cooperação policial e judiciária,o reforço das instituições e o desenvolvimento de legislação paraformular adequadamente políticas regionais e nacionais.

10 | As Caraíbas e a União Europeia

(..) : dados não disponíveisFontes: Relatório DH 2001; Pooth e Kirton, Março de 2002; Atlaseco 2000, N.O.

Países ALC Superfície População Producto Interno Índice de Desenvolvimento Índice de Realização km2 1999 Bruto (PIB) 1999 Humano (IDH) 1999 Tecnológica 1999

Total em mil milhões de dolares PPC per capita USD Valor Posição

Bolívia 1 098 581 7 767 000 8,3 2 355 0,648 104 0,277Colômbia 1 138 914 40 042 000 86,6 5 749 0,765 62 0,274Equador 270 667 11 937 000 19,0 2 994 0,726 84 0,253Peru 1 285 216 24 371 000 51,9 4 622 0,743 73 0,271Venezuela 916 050 22 777 000 102,2 5 495 0,765 61 ..Comunidade Andina 4 709 428 106 894 000 268,0Salvador 21 041 5 927 780 12,5 4 344 0,701 95 0,253Costa Rica 51 060 3 464 000 15,1 8 860 0,821 41 0,358Guatemala 108 890 10 518 740 18,2 3 674 0,626 108 ..Honduras 112 088 5 985 670 5,4 2 340 0,634 107 0,208Nicarágua 130 000 4 676 700 2,3 2 279 0,635 106 0,185Panamá 75 517 2 719 000 9,6 5 875 0,784 52 0,321América Central 498 596 33 291 890 63,1Antígua e Barbuda 442 66 290 .. 9 277 0,833 .. ..Baamas 13 935 289 000 .. 15 528 0,844 42 ..Barbados 431 264 870 2,5 14 353 0,864 31 ..Belize 23 667 229 500 0,7 4 959 0,776 54 ..Domínica 751 73 820 .. 5 425 0,793 .. ..Granada 344 95 500 .. 6 817 0,785 .. ..Guiana 214 969 847 700 0,7 3 640 0,704 93 ..Haiti 27 750 8 200 000 4,3 1 464 0,467 134 ..Jamaica 10 991 2 544 000 6,9 3 561 0,738 78 0,261São Cristóvão e Nevis 267 40 820 .. 11 596 0,798 .. ..Santa Lúcia 616 159 150 .. 5 509 0,728 .. ..São Vicente e Granadinas 346 112 420 .. 5 309 0,738 .. ..Suriname 163 265 411 550 0,8 4 178 0,758 64 ..Trindade e Tobago 5 128 1 307 300 6,9 8 176 0,798 49 0,328CARICOM 462 902 14 641 920 > 22,8Cuba 110 860 11 059 000 .. .. 0,783 .. ..República Dominicana 48 734 8 107 000 17,4 5 507 0,722 86 0,244CARIFORUM 622 496 33 797 920Argentina 2 776 889 35 676 200 283,2 12 277 0,842 34 0,381Brasil 8 511 965 163 689 184 751,5 7 037 0,750 69 0,311Paraguai 406 752 5 085 000 7,7 4 384 0,738 80 0,254Uruguai 176 215 3 266 000 20,8 8 879 0,828 37 0,343Mercosul 11 871 821 207 716 384 1 063,2México 1 958 201 94 348 864 483,7 8 297 0,790 51 0,389Chile 756 945 14 622 000 67,5 8 652 0,825 39 0,357

Total da América Latinae Caraíbas (ALC) 20 417 487 490 681 058 > 1 985,7 6 880 0,760

@LIS

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Uma região caracterizada pela diversidade

As Caraíbas estendem-se por 4 000 km de leste a oeste e 3 000 kmde norte a sul. São uma mistura de Estados continentais daAmérica Central e do Sul e de ilhas-nações com grandesdiferenças em termos de dimensão, cultura, língua, população edesenvolvimento económico.

A República Dominicana, com uma população de 8,5 milhões dehabitantes, o Haiti, com 8,3 milhões e Cuba com 11 milhões têmgrandes populações quando comparadas com os seus vizinhos,que vão dos 44 000 habitantes de São Cristóvão e Nevis até aos2,6 milhões da Jamaica. Mas também existem grandes diferençasem termos geográficos e de recursos naturais.

Quatro países (Cuba, República Dominicana, Haiti e Jamaica) sãoresponsáveis por grande parte do PIB do grupo, enquanto o PPCper capita varia enormemente no grupo, desde os níveis elevadosdas Baamas, Antígua, Barbados, São Cristóvão e Trindade e Tobagoaté aos baixos níveis de rendimento do Haiti e Guiana.

Estados-Membros vulneráveis

A maior parte dos Estados ACP das Caraíbas têm característicascomuns que os tornam vulneráveis:

• São pequenas economias abertas com uma gama de recursosnacionais não diversificados.

• Dependem das importações para a produção local e dasexportações para manter o crescimento económico.

• Têm uma base de exportações reduzida e fortementedependente, principalmente de produtos agrícolas e/ou doturismo.

• Apresentam grande volatilidade, causada tanto por factoreseconómicos e financeiros como por frequentes catástrofes naturais.

• A principal fonte de receitas governamentais são os impostossobre o comércio.

• Tradicionalmente dependem das preferências comerciais dosEUA, da UE e do Canadá, que compensam as condições externasadversas, mas não incentivam a diversificação das exportações.

A região é frequentemente fustigada por furacões e tempestadestropicais, existem longos períodos de seca e a pluviosidade é muitoirregular. As alterações climáticas agravam ainda a vulnerabilidadeda região às catástrofes naturais. Os ecossistemas frágeis sãosusceptíveis de danos em virtude da fixação humana, dodesenvolvimento industrial e do turismo.

Através dos instrumentos pertinentes, a UE sempre ajudou acompensar os prejuízos causados por catástrofes naturais e asperdas de receitas das exportações agrícolas e mineiras.

Diálogo político UE-Caraíbas

A UE e a maior parte dos sistemas políticos das Caraíbas baseiam-sena democracia pluralista, nos direitos fundamentais e no Estado dedireito. A cooperação política é intensa em vários domínios e ajudou asCaraíbas a diversificar as relações políticas, económicas e comerciais.As duas regiões actuam muitas vezes em conjunto na resolução dosdesafios globais através de abordagens multilaterais.

Quinze países independentes da região das Caraíbas assinaram asConvenções ACP-UE e criaram em Outubro de 1992 o Fórum dosEstados ACP das Caraíbas (CARIFORUM), que tem por objectivo garantirque os membros da CARICOM actuam concertadamente e prosseguemobjectivos comuns com o Haiti, a República Dominicana e o Suriname,bem como aumentar a coordenação dos apoios do FED à cooperaçãoregional. Desde então o Suriname e o Haiti tornaram-se membros daCARICOM, enquanto a República Dominicana assinou em 1998 umacordo de livre comércio (ALC) com a CARICOM, que entrou em vigorem 2001.

Antes da criação do CARIFORUM, os principais parceiros da cooperaçãoregional UE-Caraíbas eram a CARICOM e outras instituições regionaise sub-regionais, como a Organização dos Estados das CaraíbasOrientais (OECO), a Universidade das Índias Ocidentais (UWI) e aAgência para o Desenvolvimento das Exportações das Caraíbas(ADEC).

Todos os anos se realiza um diálogo regional a nível ministerial entre oCARIFORUM e a Comissão.

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A UE e as Caraíbas – uma parceria regional sólida

m CARIFORUM

Sede: Guiana. Estados-Membros: Antígua e Barbuda, Baamas, Barbados, Belize,Domínica, República Dominicana, Granada, Guiana, Haiti, Jamaica, Monserrate,São Cristóvão e Nevis, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, Suriname e Trindade eTobago. Cuba tornou-se membro em Outubro de 2001. Os PTU britânicos e neerlandesestêm o estatuto de observadores, sendo prosseguida uma cooperação activa com os DUfranceses.

O órgão político superior do CARIFORUM é o Conselho de Ministros, assistido por umSecretariado do CARIFORUM, constituído por um Secretário-Geral e uma Unidade deProgramação.O Secretariado-Geral está sediado na Guiana e a sua presidência é assegurada pelosEstados-Membros das Caraíbas.A organização é representada em Bruxelas por um Embaixador do Estado-Membro doCARIFORUM que ocupa a presidência.

Na arquitectura da cooperação e integração regionais das Caraíbas, o Secretariado doCARIFORUM também participa na coordenação e controlo dos recursos do Fundo Europeude Desenvolvimento (FED) e até à data tem sido o principal parceiro da Comissão Europeiaem todas as questões de cooperação regional.

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Cooperação e integração regionais

O regionalismo surgiu como resposta à necessidade de superar aslimitações do desenvolvimento decorrentes da reduzida dimensão.Pode também ajudar a reduzir a pobreza graças ao efeito positivo daintegração sobre o crescimento económico. Uma integração regionalbem sucedida traduz-se em mercados mais vastos, numa afectaçãomais eficiente dos recursos, no aumento da concorrência e num climamais favorável ao investimento. O apoio da UE sustenta tais esforços,realizados essencialmente pela CARICOM e que visam:

• incentivar a integração económica através da criação de umaeconomia e de um mercado únicos;

• reforçar a posição externa da região através da coordenação daspolíticas externas;

• reunir os recursos raros através da cooperação nas áreas sociais,ambientais e técnicas.

Uma alteração importante do 9º FED é que as estratégias de respostada UE se baseiam nas próprias estratégias das Caraíbas a nível dospaíses e da região, sendo ou podendo também ser apoiadas por outrosdadores.

Estratégia de integração regional e de desenvolvimento (EIRD) do CARIFORUM

O objectivo económico desta estratégia consiste em preparar aseconomias do CARIFORUM para responderem aos diversos desafiossuscitados pela sua integração na economia mundial. Os elementosessenciais destinados a alcançar este objectivo incluem:

• a integração económica e comercial regionais;• o desenvolvimento e a competitividade do sector privado;• a cooperação regional funcional;• a governação.

O objectivo último da EIRD é melhorar a qualidade de vida da populaçãodas Caraíbas. Componentes importantes desta estratégia são omelhoramento da educação e dos sistemas de saúde regionais e aestabilidade social, que é ameaçada pelas drogas ilegais e por outrasformas de crime internacional organizado. A participação da sociedadecivil no desenvolvimento faz parte da estratégia de boa governação daregião.

12 | As Caraíbas e a União Europeia

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m Comunidade e Mercado Comum das Caraíbas(CARICOM)

Estados-MembrosBaamas, Barbados, Belize, Guiana, Haiti, Jamaica, Trindade e Tobago,Suriname e membros da OECO: Antígua e Barbuda, Domínica, Granada,Monserrate, São Cristóvão e Nevis, Santa Lúcia e São Vicente e Granadinas.As Ilhas Virgens Britânicas e as Ilhas Turcas e Caicos tornaram-se membrosassociados da CARICOM em 1991. Doze outros Estados da América Latinae das Caraíbas têm o estatuto de observadores em diversas instituições destaComunidade.

ContextoO principal objectivo do Tratado que instituiu a CARICOM em 1973 erapromover a integração das economias dos seus Estados-Membros atravésda criação de uma economia e de um mercado únicos, da coordenação daspolíticas externas dos seus Estados independentes e de uma cooperaçãofuncional. Foi feita uma distinção entre países mais e menos desenvolvidos.Os países mais desenvolvidos são: Barbados, Jamaica, Trindade e Tobago eGuiana. Os menos desenvolvidos são os Estados-Membros da Organizaçãodos Estados das Caraíbas Orientais (OECO) e Belize. Até ao momento, estesúltimos recebem um tratamento especial e diferenciado quanto à execuçãodas políticas.

Os principais órgãos desta Comunidade são:

• Conferência dos Chefes de Governo.• Conselho de Ministros da Comunidade.• Outros órgãos: Conselho para o Desenvolvimento Económico e o Comércio

(CDEC), Conselho das Relações Externas e Comunitárias (CREC), Conselhopara o Desenvolvimento Humano e Social (CDHS) e Conselho das Finançase Planeamento (CFP).

• Instituições associadas: Banco de Desenvolvimento das Caraíbas (BDC).

Principais realizaçõesDesde a assinatura do Tratado foram elaborados nove protocolos para dotaras instituições do enquadramento político e regulamentar necessário paraconseguir uma integração efectiva:No que se refere ao comércio livre, a eliminação dos requisitos delicenciamento para as mercadorias CARICOM está a ser implementadaprogressivamente, enquanto a harmonização e desenvolvimento de normasregionais está em curso juntamente com a criação do Conselho de Normasdo Mercado Comum das Caraíbas.Quanto à liberdade de circulação dos serviços, do direito de estabelecimentoe de prestação de serviços e da circulação de capitais, é aplicável a quasetodos os Estados-Membros. A livre circulação de pessoas ainda não estáplenamente operacional, uma vez que os Estados-Membros aplicam regrasdiferentes. Ainda não existe um passaporte único CARICOM, mas já foramconcedidas facilidades aos cidadãos da CARICOM nos pontos de imigração.

Desde 1995 que os diplomados universitários circulam livremente na maiorparte dos países da CARICOM. O 2º Protocolo prevê a livre circulação depessoas para o estabelecimento de empresas, mas as necessáriasdisposições jurídicas ainda têm de ser implementadas.

A livre circulação de capitais avança muito lentamente. Só a Guiana, Jamaicae Trindade é que suprimiram os controlos cambiais. No entanto, é necessárioprogredir ainda muito para se atingir uma moeda única.De um modo geral, estas medidas aumentaram consideravelmente ocomércio intra-CARICOM nos últimos vinte anos, que chegou a crescer 13%na década de 90.

Política externa: a representação em organizações internacionais e na cenainternacional em geral tornou-se mais eficaz com a junção de forças dosEstados da CARICOM.

Evolução recente• A plena adesão do Haiti à CARICOM só aguarda a ratificação do Tratado

de Adesão pelo Parlamento do Haiti, na sequência das eleições.• Foram feitos progressos nos preparativos para a criação e implantação

de um Tribunal de Justiça das Caraíbas.• Em breve todos os Estados-Membros terão assinado os nove protocolos

que alteram o Tratado de Chaguaramas, com excepção dos dois últimos:• Protocolo I – Órgãos e instituições da Comunidade• Protocolo II – Direito de estabelecimento, de prestação de serviços

e de circulação de capitais• Protocolo III – Política industrial• Protocolo IV – Política comercial• Protocolo V – Política agrícola• Protocolo VI – Política de transportes• Protocolo VII – Países, regiões e sectores desfavorecidos

Em 2001 foi ratificado um Acordo de Livre Comércio entre a CARICOM e aRepública Dominicana, que está agora a ser implementado.

Os Estados-Membros da CARICOM adoptaram o "consenso de Chaguaramas",que analisa os progressos feitos e pretende dar um novo impulso àComunidade.

Confrontada com o desafio de uma transformação estrutural e de umreposicionamento estratégico das economias das Caraíbas, os países daCARICOM estão a envidar todos os esforços necessários para procederemao seu ajustamento e poderem beneficiar do comércio livre.

m Organização dos Estados das Caraíbas Orientais(OECO)

A nível sub-regional, os países das Caraíbas Orientais prosseguem aintegração económica através da Organização dos Estados das CaraíbasOrientais (OECO). Criada em 1981, a OECO reúne os Estados de menordimensão da região e criou uma União Monetária. Em 1983 foi criado oBanco Central das Caraíbas Orientais para sustentar o dólar das CaraíbasOrientais, a moeda única.O Secretariado representa os interesses dos Estados-Membros a nível daCARICOM e assiste estes Estados na implementação das medidas e dosprogramas de integração regional.

Sede: Castries, Santa Lúcia.

Estados-Membros: Antígua e Barbuda, Domínica, Granada, Monserrate,São Cristóvão e Nevis, Santa Lúcia e São Vicente e Granadinas.

Membros associados: Anguila e Ilhas Virgens Britânicas.

Page 16: As Caraíbas e a União Europeia

Integração económica nas Caraíbas

A integração económica regional começou com a criação em Maio de1968, da Zona de Comércio Livre das Caraíbas (CARIFTA), em queparticipavam 12 países da Commonwealth. A criação da CARICOMaprofundou o processo de integração regional através da criação de ummercado comum. Os Chefes de Governo da Comunidade das Caraíbasderam outro grande impulso para a integração em 1989, com a criaçãoda Economia e Mercado Únicos da CARICOM (EMUC). A EMUC deviafuncionar como uma plataforma económica harmonizada para facilitar aintegração da região no contexto internacional. No centro da EMUCencontra-se o Protocolo sobre o direito de estabelecimento, o comérciode mercadorias e serviços e a livre circulação de capitais e de pessoas.

A integração será ainda aprofundada com a criação em 2003 do Tribunalde Justiça das Caraíbas (TJC), com competências próprias e poderespara interpretar e julgar quaisquer questões relativas ao TratadoCARICOM revisto e aos litígios resultantes da implementação da EMUC.

Comércio regional

Embora tenha revelado sinais positivos durante a década de 90, ocomércio intra-regional da CARICOM continua a ser reduzido. Noentanto, as importações intra-regionais corresponderam em média acerca de 10% das importações totais da região durante os anos 90. Asimportações intra-regionais aumentaram em média anualmente 8%,enquanto as importações de fora da região cresceram 6,74%. Duranteo mesmo período as exportações intra-regionais aumentaram a umamédia anual de 9,6%, em comparação com um aumento anualinsignificante das exportações extra-regionais. Facto revelador, asexportações intra-regionais em 2000 representaram 22% dasexportações totais da CARICOM, tendo sido apenas de 12% em 1990.

Verificaram-se diferenças significativas nas taxas de crescimento dasexportações e das importações totais para e de fora da região durantea década de 90, com as exportações a crescerem apenas 4%, enquantoas importações aumentaram 55%. Prevê-se que as trocas comerciaisaumentem significativamente com o reforço da CARICOM e os benefíciosque resultarão do Acordo de Livre Comércio das Américas (ALCA), daAgenda para o Desenvolvimento de Doha e do Acordo de ParceriaEconómica (APE) com a UE.

UE-ALC – um novo conjunto de oportunidades

O processo UE-América Latina e Caraíbas (UE-ALC) reúne os parceirosCARIFORUM/CARICOM com os seus parceiros da América Latina e daEuropa. Para o efeito, os países das Caraíbas estão decididos a participarnas iniciativas a seguir à Cimeira do Rio e a beneficiar do diálogo e dacooperação nos domínios que resultaram da Cimeira de Madrid.

A cooperação com a ALC permite aos parceiros:• incentivar uma abordagem comum dos problemas mundiais, partilhar

um apoio comum ao multilateralismo e coordenar posiçõesrelativamente a muitas questões importantes da agenda global;

• fazer parte de uma parceria que acredita que uma integração regionalaberta tem um papel importante na promoção do crescimento, naliberalização do comércio, no desenvolvimento económico e social, naestabilidade democrática e numa inclusão mais equitativa no processode globalização económica;

• fomentar o aumento das relações económicas e comerciais numcontexto mais vasto e na perspectiva da evolução para a liberalizaçãoglobal, mas em articulação com o apoio à cooperação para darresposta às necessárias adaptações;

• participar em programas de cooperação que permitem, por envolveremum número maior de parceiros e num contexto mais lato, atingir umamassa crítica, optimizar a utilização de recursos e abrir assim maioresperspectivas em termos de realização e de sustentabilidade.

14 | As Caraíbas e a União Europeia

m ECONOMIA E MERCADO ÚNICOS DA CARICOM (EMUC)

O objectivo da Economia e Mercado Únicos da CARICOM (EMUC), aprovada pelos Chefes de Governodas Caraíbas em 1989, consiste em integrar as economias da CARICOM num mercado unificado emque pessoas, mercadorias, serviços e capitais possam circular livremente e numa economia única quefuncione com as mesmas políticas económicas coordenadas e harmonizadas. Subjacente a esteobjectivo está a convicção de que a EMUC reforçará o poder competitivo, permitindo às economias daCARICOM enfrentar os desafios da globalização e a erosão das preferências comerciais concedidaspelos países desenvolvidos.

Foram elaborados nove Protocolos para renovar o Tratado de Chaguaramas e facilitar a adopção daEMUC, assegurando assim o quadro legislativo e político para um acesso não discriminatório a umespaço económico único e alargado da CARICOM.

A fim de acelerar a plena aplicação da EMUC, em 6 de Fevereiro de 2002 os Chefes de Governo daCARICOM assinaram quatro novos instrumentos: Protocolo relativo à aplicação provisória do Tratado deChaguaramas revisto; Acordo que institui o Mecanismo Regional de Pesca das Caraíbas; Acordo queinstitui o Centro de Alterações Climáticas da Comunidade das Caraíbas; Acordo que institui aOrganização Regional para as Normas e Qualidade da CARICOM (ORNQC).

A finalização da EMUC e a sua aplicação integral estarão concluídas até 2005, a tempo de beneficiaremplenamente das oportunidades proporcionadas pelas negociações em curso em matéria de comérciointernacional.

m Acordo de Livre Comércio CARICOM/República Dominicana

O Acordo de Livre Comércio entre a CARICOM e a República Dominicana entrou em vigor com carácterprovisório em Dezembro de 2001 na República Dominicana e em todos os Estados da CARICOM, comexcepção da Guiana e do Suriname. Estes dois países ainda têm de concluir os procedimentosadministrativos. As Baamas não são Parte neste Acordo.

Trata-se do primeiro acordo de livre comércio concluído pela CARICOM. Para além de conterdisposições especiais para o comércio de bens e de produtos agrícolas, prevê disposições para ocomércio de serviços e para a promoção e protecção recíproca dos investimentos. Um Conselho Mistosupervisionará a implementação deste acordo de livre comércio.

m Mecanismo regional de negociação (MRN)

Os países do CARIFORUM têm uma abordagem conjunta das negociações internacionais em matériade comércio. Isto beneficia os países com estruturas de produção e outros interesses semelhantes,uma vez que reduz os custos das negociações e aumenta a sua eficácia e visibilidade. A CARICOMcriou o MRN em 1994. Os seus objectivos são:

• Prestar serviços globais em matéria de negociações aos países das Caraíbas como meio de facilitaruma integração global com êxito das suas economias através do comércio.

• Prestar serviços em matéria de preparação de documentação técnica, de mobilização de uma posiçãoregional comum sobre diversas questões, de apoio aos Ministros e Embaixadores e de condução denegociações.

As principais tarefas incluem a formulação de estratégias de negociação e respectiva assessoria, bemcomo a condução de negociações não apenas com a OMC, mas também entre os membros do ALCAe a UE. A República Dominicana também beneficia do MRN.

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Alargamento da cooperação – PTU e DU

O Acordo de Cotonu prevê que os Países e Territórios Ultramarinos (PTU)e as regiões ultraperiféricas também possam participar na cooperaçãoe integração regionais. Devido à proximidade geográfica, ao mar dasCaraíbas comum, às tradições comuns e às semelhanças culturais, asCaraíbas e a União Europeia estão convictas de que o desenvolvimentoe a cooperação regionais se devem realizar em estreita coordenaçãocom os PTU e os Departamentos Ultramarinos (DU) Franceses daGuiana, Guadalupe e Martinica, que são regiões ultraperiféricas da UE.

Países e Territórios Ultramarinos (PTU) das Caraíbas

A diferença entre os PTU e os Estados ACP reside essencialmente noestatuto especial dos PTU. Embora não façam parte do território daComunidade, estão ligados constitucionalmente a um Estado-Membroda UE e não são países independentes. Muitos PTU tornaram-seindependentes nos anos 60, com o fim do período colonial, e aderiramem primeiro lugar aos Estados Africanos e Malgaxe Associados (EAMA),assinado em Iaundé em 20 de Julho de 1963, e depois ao grupo dosEstados de África, das Caraíbas e do Pacífico (ACP). No entanto, outrospermaneceram “países e territórios ultramarinos”. A Parte IV do Tratadode Roma de 1957 definiu disposições especiais para a associação dosPaíses e Territórios Ultramarinos à Comunidade, criando o FundoEuropeu de Desenvolvimento (FED) e prevendo medidas relativas aodireito de estabelecimento e ao comércio.

Desde então o Conselho Europeu tem adoptado decisões de cinco emcinco anos que regulam esta associação numa base idêntica, em certamedida, às Convenções ACP-UE. Dos sete PTU das Caraíbas, cinco sãobritânicos – Anguila, Ilhas Caimão, Monserrate, Ilhas Turcas e Caicos eIlhas Virgens Britânicas – e dois estão ligados aos Países Baixos –Aruba e as Antilhas Neerlandesas (Curaçau, Bonaire, São Martinho,Santo Eustáquio e Saba). No entanto, desde 1991 os PTU têm-sediferenciado cada vez mais dos países ACP, dado o seu estatuto jurídicodiferente e a sua dimensão.

Cooperação entre os Estados ACP das Caraíbas e osDepartamentos Ultramarinos (DU) Franceses vizinhos

O Acordo de Cotonu também incentiva uma maior cooperação regionalnas Caraíbas que envolva os Estados ACP e os DU Franceses vizinhos.Prevê-se que as Partes procedam a consultas mútuas sobre oprocedimento de promoção dessa cooperação e, neste contexto, quetomem medidas de acordo com as suas políticas e a situação na regiãoque lhes permita iniciativas no domínio económico, incluindo odesenvolvimento do comércio, bem como nos domínios sociais eculturais.

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m Uma parceria renovada entre a Comunidade Europeia e os PTU:a “Decisão Ultramarina”

História de uma associação: a Parte IV do Tratado da Comunidade Europeia (CEE) criou a “associaçãodos países e territórios ultramarinos”. A finalidade desta associação é “promover o desenvolvimentoeconómico e social dos países e territórios e estabelecer relações económicas estreitas entre eles e aComunidade no seu conjunto”.

A associação é regida por decisões do Conselho adoptadas periodicamente e paralelamente aos AcordosACP/UE. Abrange numerosos sectores, nomeadamente o ambiente e saúde, indústria, agricultura esegurança alimentar, pesca e comércio, transportes e comunicações, produtos mineiros, energia, turismoe integração regional.

Inovações institucionais: o procedimento de parceria introduzido em 1991 foi alargado, clarificado ereforçado, dando resposta ao pedido dos PTU de maior diálogo com a Comunidade. Um fórum anualreunirá os principais agentes da cooperação, incluindo, se necessário, os Estados-Membros que não sãoresponsáveis por qualquer PTU, podendo ao mesmo tempo ser realizadas reuniões ad hoc da parceriasobre questões específicas.

O FED e outros apoios financeiros: os fundos de ajuda no quadro do 9º FED foram atribuídos a PTUelegíveis segundo critérios uniformes, transparentes, objectivos e totalmente coerentes com asorientações recentemente acordadas em matéria de política de desenvolvimento da UE. Estas orientaçõesfavorecem os países menos desenvolvidos e com menores rendimentos e centram-se, nomeadamente,na boa governação, no ambiente e nos sectores sociais. Futuramente os procedimentos serão bastantedescentralizados, segundo o modelo dos Fundos Estruturais Europeus. Os PTU também se tornaramelegíveis para financiamentos adicionais a partir de outras rubricas do orçamento comunitário queabrangem uma vasta gama de sectores, bem como para apoio do BEI, através de uma nova Facilidadede Investimento para o sector privado, tal como estabelecido no Acordo de Cotonu.

O regime comercial: o novo acordo de associação inclui regras de origem e estabelece novas quotas,que se destinam a permitir um equilíbrio entre os interesses legítimos dos PTU e os dos operadorescomunitários, pugnando igualmente pelo interesse do verdadeiro desenvolvimento económico dos PTU.

m O INTERREG III como quadro da cooperação inter-regional nas Caraíbas (DU)

O programa comunitário INTERREG III para o período 2000-2006 apresenta um quadro operacional paradesenvolver a cooperação no terreno. os seus objectivos gerais são promover um desenvolvimentoequilibrado e harmonioso, bem como a integração regional das zonas envolvidas, em consonância comas prioridades estabelecidas para os programas regionais no quadro do 9º FED.

O objectivo é contribuir para:• promover o diálogo entre os diferentes países e territórios das Caraíbas, estabelecendo ligações com

as autoridades, as organizações e os agentes envolvidos na região;• criar parcerias alargadas que envolvam um vasto conjunto de intervenientes, não só institucionais, mas

também agentes e organizações socioeconómicos, melhorando dessa forma o desenvolvimento dacapacidade institucional;

• identificar questões e problemas comuns e desenvolver estratégias conjuntas para construir umaidentidade comum;

• dar apoio para traduzir os acordos políticos em mecanismos de cooperação activos no terreno;• criar condições para a execução de projectos comuns que envolvam parceiros da UE apoiados pelo

FEDER e de países e territórios terceiros apoiados pelo FED.

Os principais domínios de interesses podem ser os transportes (em especial os transportes marítimos ea segurança), turismo sustentável, protecção ambiental e prevenção de desastres naturais, tratamentode resíduos e promoção das energias renováveis, bem como as tecnologias da informação ecomunicação.

Page 18: As Caraíbas e a União Europeia

Desafios e oportunidades

Os desafios mais prementes que se colocam aos países doCARIFORUM/CARICOM são proceder a um reposicionamentoestratégico global das suas economias e ao mesmo tempo fazer faceaos desafios colocados pelas suas vulnerabilidades.

Existe espaço para um reposicionamento que tenha em conta umasérie de elementos, nomeadamente um processo de integraçãoeconómica bem estabelecido, uma mão-de-obra com elevado nível deensino e de qualificações, comercialização em nichos, aliançasestratégicas e uma cooperação mais intensa que envolva os governos,o sector privado e a sociedade civil.

Isto permitirá à região aproveitar as oportunidades de globalização paraassegurar o crescimento económico e preservar e aprofundar ademocracia, apesar das ameaças de vulnerabilidades, incluindoactividades criminais transnacionais e a vulnerabilidade financeira.

Localização estratégica

A proximidade dos países do CARIFORUM da América do Norte,especialmente os EUA, constitui uma vantagem importante. O seu vastomercado de consumidores inclui numerosos imigrantes das Caraíbas.A região é um importante destino turístico para a América do Norte eoferece benefícios potenciais para as empresas norte-americanas quese queiram instalar nas Caraíbas. Muitas destas vantagens ainda estãopor explorar por parte dos países membros. Ao mesmo tempo, a regiãosofre os efeitos negativos de estar exposta aos problemas do tráfico dedrogas e de branqueamento de capitais.

Melhores padrões de educação

Verificaram-se melhoramentos consideráveis no sector da educaçãodurante a década de 90, sendo mais de 85% do investimento total emeducação na região obtido através do financiamento do sector público.Todos os países têm uma determinada forma de ensino para os seusalunos até aos 14 anos. Muitos Estados do CARIFORUM alcançaram ameta do ensino secundário universal. No entanto, um novo desafioconsiste agora em fazer que o nível de ensino dos homens atinja o níveldo das mulheres. A média regional em termos de despesas comeducação em percentagem do PIB é de cerca de 4%, variando de 2%na República Dominicana até 7% na Jamaica.

Desenvolvimento humano

Os Estados do CARIFORUM têm níveis relativamente elevados dedesenvolvimento humano. Com base no Índice de DesenvolvimentoHumano (IDH) do PNUD, esses Estados apresentam resultadosrelativamente bons, havendo apenas o Haiti que fica na categoria dereduzido desenvolvimento humano.

Relativamente a 2000, Antígua/Barbuda, Baamas e Barbados estãoclassificados como tendo elevado IDH, mas Domínica, Granada, SãoCristóvão e Nevis, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas e Trindade eTobago saíram desde 1998 da posição de elevado IDH. A média daexpectativa de vida à nascença é de mais de 70 anos, excepto naGuiana (65 anos) e Haiti (54 anos). As taxas de alfabetização são emmédia superiores a 80%, com excepção do Haiti, que fica pelos 48%.

As TIC abrem novas oportunidades

As Caraíbas têm uma localização privilegiada para poderem beneficiardas empresas que procuram subcontratar as tarefas do processamentodas informações utilizando a comunicação electrónica directa. Essasempresas procuram ambientes apropriados para a informação,caracterizados por mercados bem regulados e sistemas muitoabrangentes e integrados, apoiados por trabalhadores qualificados.

A região tem potencialidades para criar postos de trabalho desde queexista o enquadramento regulamentar e as infra-estruturas estejamdisponíveis. As Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC)permitem o aumento da produtividade e da competitividade, elementosimportantes para uma região conseguir encontrar uma vantagemcompetitiva no mercado global.

A CARICOM tem em curso o processo de liberalização dos serviços detelecomunicações, um elemento essencial para impulsionar umambiente de TIC bem sucedido. A União de Telecomunicações dasCaraíbas (UTC), criada pela CARICOM para proceder à integração dosector das telecomunicações, está a elaborar reformas a nível político.

O objectivo do reforço institucional da UTC, financiado pelo FED nummontante de 750 000 euros, constitui um desenvolvimentoregulamentado e integrado do sector. Este reforço será prosseguidoatravés da definição de políticas de telecomunicações comuns eglobais, aplicando um quadro regulamentar coerente e desenvolvendomodelos de custos e de preços, assim como formação. A UE estádisposta, no âmbito do 9º FED, a apoiar outras iniciativas fundamentaispara:• implementar um quadro regulamentar para os serviços de

comunicações, através da adopção de políticas que promovam oacesso às TIC através do investimento e de parcerias;

16 | As Caraíbas e a União Europeia

m AEC – alargamento do regionalismo

A Associação dos Estados das Caraíbas (AEC), criada em 1994,abrange todos os países da bacia das Caraíbas, incluindo os países daAmérica Central e os da parte norte da América do Sul.Significativamente, Cuba é um membro fundador.

Entre os objectivos da AEC incluem-se o aumento da cooperação mútuanos domínios económico e relacionados com o comércio, como oturismo, transportes, agricultura, utilização sustentável dos recursosnaturais e a prevenção/atenuação das catástrofes naturais. Asactividades da AEC limitam-se à coordenação e cooperação em matériade desenvolvimento do turismo, telecomunicações e transportes. Ainclusão dos PTU e dos DU constitui uma excelente oportunidade paradar maior coerência e complementaridade aos esforços globais dedesenvolvimento das Caraíbas.

Membros:Membros de pleno direito (25): Grupo dos Três (Colômbia, México eVenezuela), Mercado Comum da América Central (Costa Rica, Salvador,Guatemala, Honduras e Nicarágua), CARICOM, "Países não Agrupados"(Cuba, República Dominicana e Panamá).Membros associados (3): Aruba, Antilhas Neerlandesas e França (emrepresentação da Guiana Francesa, Guadalupe e Martinica).Países observadores (16): Itália, Países Baixos, Espanha e Reino Unido,Índia, Brasil, Equador, Argentina, Rússia, Canadá, Egipto, Peru, Chile,Marrocos, Coreia e Turquia.

Page 19: As Caraíbas e a União Europeia

• desenvolver centros regionais de excelência para o ensino e formação;• estabelecer e desenvolver a Sociedade da Informação numa vasta

gama de aplicações num quadro de interconectividade global quetambém fomente a competitividade;

• interligar as Caraíbas mediante o programa @LIS da UE-LAC.

Turismo: um grande potencial

O turismo constitui uma importante fonte do PIB e do emprego naregião. As Caraíbas são uma das regiões do mundo mais dependentesdo turismo, gerando este sector cerca de 25% do PIB e do empregoda região. Em relação a alguns dos Estados insulares mais pequenos,este valor ultrapassa 50%. As Caraíbas tornaram-se igualmente noprincipal destino de cruzeiros marítimos para turistas, representando53% do mercado mundial de cruzeiros. Em 1999, este sector foiresponsável por 41% do capital investido na região. O turismo é umaactividade de trabalho intensivo e fomenta ligações sectoriais, o espíritoempresarial local no domínio da agricultura, restaurantes, actividadesde lazer, transportes, equipamentos desportivos, comércio e artesanato.Com o turismo podem ser utilizados mais recursos locais: por exemplo,os hotéis devem recorrer cada vez mais à produção local em termosde bens alimentares.

Prevê-se que este sector cresça 4% a 5% nos próximos 10 anos. Odesafio está em manter a competitividade da região como destinoturístico, o que implica práticas concorrenciais justas, dar resposta aosproblemas ambientais, melhorar as acessibilidades a algumas zonas,desenvolver as empresas de distribuição de água e energia, utilizar osrecursos locais de forma mais eficiente, melhorar as infra-estruturaslocais e fazer face à criminalidade.

Um programa da UE no âmbito do 8º FED (8 milhões de euros para2002-2008) dá apoio à implementação de uma política regional parao desenvolvimento do turismo sustentável e irá reforçar a capacidadedas instituições e associações dos sectores público e privado.

Desafios sociais importantes

Apesar dos níveis aceitáveis de desenvolvimento humano, os paísesmembros do CARIFORUM têm-se defrontado com graves problemassociais nos últimos anos. Entre esses problemas incluem-se oselevados níveis de pobreza, o desemprego, a desigualdade crescentena distribuição da riqueza e dos rendimentos, o aumento dacriminalidade, o crescente consumo de drogas, o aumento daincidência do VIH/SIDA e de doenças curáveis/evitáveis, como atuberculose.

VIH/SIDA

As Caraíbas são a zona do mundo, logo a seguir a África, mais atingidapela epidemia universal do VIH/SIDA. Em 2000, cerca de 2% dapopulação da região – mais de 500 000 pessoas – estava infectada.A progressão da doença está a aumentar significativamente, emespecial entre os grupos etários mais produtivos. É a principal causade mortalidade nos homens e mulheres entre os 15 e 45 anos.

A epidemia alastrou à população em geral em cinco países, onde 5%ou mais da população está infectada – Haiti, Baamas, Barbados,República Dominicana e Guiana. Prevê-se que em 2020 a SIDA possaser responsável por 73,5% das mortes.

Os governos da região elaboraram um plano estratégico regional daCARICOM contra a SIDA, que dá primazia à prevenção e ao controlo dadoença e permitiu desenvolver uma abordagem regional.

Até à data, foram a Comissão Europeia e os Estados-Membros queforneceram a maior parte dos fundos externos para apoiar a região,com mais de 11 milhões de euros autorizados ou pagos. Em 2000, umprojecto de 6,9 milhões de euros no âmbito do 8º FED forneceu apoiotécnico, material e financeiro a seis instituições regionais para ajudara coordenar, planear, implementar e controlar uma resposta a esteproblema a nível da região.

A luta contra a droga

O tráfico e consumo de drogas está a aumentar nas Caraíbas. O trânsitode cocaína pela região aumentou extraordinariamente desde finais dadécada de 90 – calcula-se que dois terços de toda a cocaína comorigem na América do Sul passa pela região, o que torna as Caraíbaso maior centro de trânsito de cocaína do mundo. O comércio destadroga representa 85% das receitas totais geradas pelo tráfico dedrogas e actividades conexas na região, enquanto a marijuana éproduzida normalmente em toda a região.

O consumo na região está a crescer. A utilização de crack e de cocaínaestá a aumentar, mas a marijuana é a droga mais comum. Ostraficantes de droga utilizam normalmente a cocaína para pagamentosde transbordo, o que levou a um aumento do consumo. O tráfico e oconsumo crescentes contribuíram para níveis de violência maiselevados das organizações de drogas e dos toxicodependentes e parao aumento da entrada de armas de fogo ilegais. A corrupção associadaàs drogas também está a aumentar.

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Proyecto Países beneficiários

Tratamento e reabilitação Trindade e Tobago, Barbados, Santa Lúcia, Jamaica,

República Dominicana, Baamas e Haiti

Toxicodependência Todos os países do CARIFORUM

Sistema de vigilância epidemiológica

Reforma penal e tratamento de drogas para delinquentes nas Caraíbas Barbados, Jamaica, República Dominicana, Granada, Santa Lúcia,

Domínica, São Vicente e Trindade e Tobago

Estudo Ganja Região

Redução da procura Baamas, Belize, Domínica, República Dominicana, Jamaica, Santa Lúcia,

Suriname e Trindade e Tobago

GGP: Gabinete de Gestão do Projecto (cooperação marítima) Todos os países e territórios das Caraíbas

Acções de formação em sedes nacionais conjuntas 12 países das Caraíbas

CCLEC: Sistema de Compensação Regional Todos os países das Caraíbas e alguns da América Central

CALP: Programas contra o branqueamento de capitais das Caraíbas 25 países CFATF (Caribbean Financial Action Task Force) das Caraíbas e

da América Latina

Mecanismo de controlo de precursores 11 países das Caraíbas

Programa de aperfeiçoamento de laboratórios médico-legais 17 países das Caraíbas

Integração e harmonização dos serviços médico-legais nas Caraíbas Todos os membros da CCFLH das Caraíbas

MCC: Mecanismo de Coordenação das Caraíbas Todos os países das Caraíbas envolvidos no PAB

Financiamento ou co-financiamento pela CE do Plano de Acção de Barbados (PAB)

Page 20: As Caraíbas e a União Europeia

A UE contribuiu significativamente para aumentar a capacidade daregião das Caraíbas para uma abordagem integrada e equilibrada deredução da oferta e da procura. Também foi reforçada a capacidade nosdomínios da cooperação marítima, branqueamento de capitais evigilância epidemiológica.

O Plano de acção regional de 1996 relativo à luta contra a droga –Plano de Acção de Barbados (PAB) – definiu uma abordagem regionale aprofundou a cooperação regional. A Comunidade Europeia foi aprincipal dadora para este PAB. Os objectivos a longo prazo consistemem assegurar que as políticas relacionadas com a droga sãoplenamente integradas nas estratégias de desenvolvimento regional,bem como no tecido social, económico e político da sociedade dasCaraíbas.

No quadro do Plano de Acção do Panamá, os esforços na luta contraa droga serão coordenados com esforços idênticos da América Latina,através do Mecanismo de Cooperação e Coordenação UE-ALC.

Segurança alimentar no Haiti

Quase 80% dos habitantes do Haiti vivem abaixo do nível de pobreza.A insegurança alimentar é uma realidade diária neste país, onde aprodução alimentar estagnou há quase 20 anos. Desde 1995, a UE jáatribuiu 36 milhões de euros para criar uma estratégia nacional desegurança alimentar, em parceria com o Governo e com as ONG.

A instabilidade política e institucional tem constituído um obstáculo àrealização deste objectivo, mas o desenvolvimento rural beneficiou dasrubricas orçamentais da CE para a segurança alimentar e a ajudaalimentar, sob a forma de ajuda directa ao Estado e financiamentoindirecto através das ONG.

Assistência humanitária e atenuação dos efeitos dascatástrofes

O Serviço de Ajuda Humanitária da Comunidade Europeia (ECHO)concedeu cerca de 6 milhões de euros aos países ACP das Caraíbaspara catástrofes naturais: seca na Guiana, erupção de um vulcão emMonserrate e tufões, nomeadamente os tufões Georges, Floyd eMichèle nas Caraíbas e Keith e Iris em Belize.

A UE, através do DIPECHO (Programa ECHO de Prevenção e Preparaçãodas Catástrofes), está a financiar projectos de pequena dimensãoexecutados por ONG ou por organizações internacionais e visam aformação e sensibilização, bem como a criação de um sistema de alertaprecoce e o reforço institucional. O actual programa DIPECHO dispõede um montante de 2,1 milhões de euros para a região, para além dos900 000 euros para Cuba.

No âmbito dos financiamentos do 8º FED, um projecto de Sistema deRedes de Radar vai substituir a obsoleta rede de radaresmeteorológicos da região por um sistema moderno e combinadoelectronicamente, que constitui o principal instrumento do sistema dealerta precoce de condições atmosféricas graves para cobrir os Estadose PTU ACP das Caraíbas, ligado aos Departamentos UltramarinosFranceses.

18 | As Caraíbas e a União Europeia

Área de Livre Comércio das Américas (ALCA) – uma via para obter mais oportunidades

Serviço de Ajuda Humanitária

Os esforços para unificar as economias do hemisfério ocidental numazona única de comércio livre começaram na cimeira das Américas,realizada em Dezembro de 1994 em Miami. Os Chefes de Estado e deGoverno dos 34 países da região (excepto Cuba) chegaram a acordosobre uma Área de Livre Comércio das Américas (ALCA), na qual serãoprogressivamente eliminados os obstáculos ao comércio e aoinvestimento. As negociações devem estar concluídas até 2005.

Os participantes comprometem-se a implementar um sistema decomércio global mais aberto e equilibrado e crêem que o facto de seatingirem os objectivos mais vastos da ALCA reforçará a democracia epermitirá realizar o potencial humano. As negociações económicas sãoimpulsionadas por uma vasta agenda económica e social, que prevêmelhores condições de vida e de trabalho e a protecção do ambiente.

Um objectivo geral consiste em criar políticas ambientais e deliberalização do comércio que se completem e reflictam o trabalhorealizado pela OMC, bem como proteger os direitos dos trabalhadoresmediante a aceitação das normas laborais essenciais, tal comoprevistas pela Organização Mundial do Trabalho. Foram realizadosimportantes progressos em questões como os serviços aduaneiros,regras de origem, direitos de propriedade intelectual, investimento,contratos públicos e normas técnicas.

Page 21: As Caraíbas e a União Europeia

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PaÍses Esperança de vida Mortalidade infantil Literacia em População em situação de pobreza % Taxa de desemprego População urbana(Anos) por 1 000 nados-vivos % dos adultos Linha de pobreza nacional % %

Antígua e Barbuda 76,0 16,1 95,0 .. 7,0 36,6

Baamas 74,0 17,6 95,5 .. 7,8 88,1

Barbados 76,5 10,0 97,0 .. 9,3 49,5

Belize 74,9 27,8 92,7 .. 11,5 53,4

Cuba 75,7 6,0 97,0 .. .. ..

Domínica 76,0 24,0 94,0 .. 70,7

República Dominicana 70,9 40,1 82,8 20,6 13,8 64,4

Granada 72,0 13,2 96,0 11,5 37,5

Guiana 64,8 56,8 98,3 .. .. 37,6

Haiti 54,0 97,1 47,8 80,0 70,0 35,1

Jamaica 75,0 20,4 86,0 34,2 15,7 55,6

São Cristóvão e Nevis 70,0 12,7 90,0 .. .. 34,1

Santa Lúcia 70,0 16,4 82,0 .. 18,1 37,7

São Vicente e Granadinas 73,0 19,6 82,0 .. .. 53,5

Suriname 70,3 25,0 93,0 .. 20,0 73,4

Trindade e Tobago 74,0 15,7 93,4 21,0 12,8 73,6

CARIFORUM: resumo dos indicadores sociais (1999)

(..): dados não disponíveisFontes: Pooth e Kirton, Março de 2002: Relatório DH, 2001

Através dos sucessivos Fundos Europeus de Desenvolvimento (FED), reconstituídos de cinco em cinco anos, a UE é o principal dador de fundospara as Caraíbas. A nível da cooperação técnica e financeira, a assistência da UE aos Estados ACP e PTU das Caraíbas nos primeiros 25 anos decooperação (1976-2000) ascendeu a 2 348 milhões de euros. A assistência da UE centrou-se fundamentalmente nas infra-estruturas detransportes e de comunicações, no desenvolvimento empresarial e desenvolvimento do turismo, da agricultura e da pesca, na saúde, incluindoVIH/SIDA, governação, ambiente, luta contra a droga e desenvolvimento dos recursos humanos.

Cooperação para o desenvolvimento

Cooperação para o desenvolvimento da UE 1976-2001Instrumentos de cooperação Milhões de euros

Cooperação programável (países) 1 234

Cooperação regional 353

Programa de apoio à indústria do rum das Caraíbas 70

Estabilização das receitas das exportações (Stabex e Sysmin) 252

Ajustamento estrutural 165

QEA para as bananas 132

Ajuda de emergência 117

Luta contra a droga 25

Total 2 348

Page 22: As Caraíbas e a União Europeia

Programas indicativos regionais das Caraíbas

O financiamento pela UE dos Programas Indicativos Regionais dasCaraíbas começou em 1975. Em termos gerais, o objectivo dacooperação UE-CARIFORUM era contribuir para o desenvolvimentosocial e económico sustentável da região, a fim de melhorar ascondições de vida das populações da região e promover umaintegração favorável na economia global.

Cooperação no âmbito do 1º Protocolo Financeiro de LOMÉ IV – 7º FED

Os principais sectores da ajuda comunitária no âmbito do ProgramaIndicativo Regional do 7º FED, assinado em Julho de 1992, foram aagricultura, comércio, turismo, desenvolvimento dos recursos humanos,ambiente e telecomunicações, para os quais foi disponibilizado ummontante global de 105 milhões de euros. Os principais projectosfinanciados foram o desenvolvimento da agricultura e da pesca(22,2 milhões de euros), ensino superior (27 milhões de euros), desen-volvimento do comércio (14 milhões de euros) e o desenvolvimento doturismo (11 milhões de euros) e ambiente (9,1 milhões de euros).

Cooperação no âmbito do 2º Protocolo Financeiro de LOMÉ IV – 8º FED

O principal objectivo da cooperação regional da CE no âmbito do 8º FED(90 milhões de euros) era apoiar o processo de integração económicae social, em especial nos domínios que contribuem para que aeconomia regional se torne mais competitiva, e contribuir para asustentabilidade futura:

• Cooperação e integração económica regional, destinada a apoiara liberalização da circulação intra-regional de bens e serviços,o desenvolvimento de actividades que conduzem a exportações,o aumento da capacidade para participar em convénios a nível globale do hemisfério, a integração dos transportes regionais, redes decomunicação e de informação e desenvolvimento de políticas parafavorecer parcerias estratégicas entre os sectores público e privado.

• Desenvolvimento dos recursos humanos e reforço de capacidades,destinado a melhorar o capital humano e a capacidade institucionala nível regional, como aspectos importantes da sustentabilidade alongo prazo do desenvolvimento económico da região.

20 | As Caraíbas e a União Europeia

38%Cooperação e integraçãoeconómica regional (incluindocomércio, apoio ao sector privado,serviços e turismo)

2%Outras(apoio institucional ao CARIFORUM )

15%Desenvolvimento das infra-estruturas de transportese comunicações

8%Desenvolvimento rural,pesca e florestas

5%Prevenção, atenuação e

resposta a catástrofes

2%Luta contra a droga

4%Cooperação descentralizada

(incluindo ONG e agentes não estatais)

26%Desenvolvimento humano e reforço

de capacidades (incluindodesenvolvimento dos recursoshumanos, investigação, apoio

cultural, ambiente e saúde)

Cooperação regional

Page 23: As Caraíbas e a União Europeia

O impacto da cooperação regional da CE nas Caraíbas foi positivo,contribuindo para desenvolver mecanismos e acções coordenadas quepermitiram que a região progredisse no processo de integração ealargasse as ligações económicas, facilitando o processo de integraçãona economia mundial.

Para apoiar o processo contínuo de ajustamento a um novo regime decomércio foram afectados à região das Caraíbas alguns instrumentosadicionais: o Quadro Especial de Assistência (QEA) aos fornecedorestradicionais de bananas (uma média de 33,5 milhões de euros por anoa partir de 1999) e os programas integrados para os sectoresespecíficos do rum e do arroz.

A cooperação da CE constituiu igualmente um instrumento eficaz parapromover as relações transfronteiriças na região entre a RepúblicaDominicana e o Haiti e para facilitar o alargamento do processo deintegração das Caraíbas (adesão do Suriname e do Haiti à CARICOM eALC com a República Dominicana). A participação destes países nodiálogo regional e nas actividades de cooperação aumentou asensibilização para o interesse comum e a confiança mútua.

Cooperação no âmbito do Acordo de Parceria de Cotonu – 9º FED

Foi atribuída à região do CARIFORUM uma dotação inicial indicativa de57 milhões de euros. O diálogo e os preparativos para a programaçãodo 9º FED começaram em 2000, com amplos debates sobre a melhorforma de apoiar a região, tirando partido das vantagens que estavama aparecer e analisando os desafios subjacentes. De um modo geral,na cooperação da CE com a região das Caraíbas, será dada prioridadeà intensificação da integração, através do aprofundamento e dapromoção da integração económica e do alargamento do âmbito docomércio e da cooperação. Também se prevê que a resposta aosprincipais problemas da estabilidade regional receba apoio da CE para:

• criar uma plataforma económica regional liberalizada e harmonizadaque vise economias de escala e ganhos de eficiência, a fim depromover o investimento, o crescimento económico sustentável e oemprego;

• assegurar os dispositivos de negociação mais eficazes com a vizinhaAmérica Latina, no hemisfério, na OMC e com a UE;

• promover uma transformação estrutural e um reposicionamentoglobal da economia regional através da melhoria do contextocomercial e do clima competitivo, do reforço da competitividaderegional e do aumento da capacidade dos operadores económicosregionais;

• reforçar os esforços regionais no controlo das drogas, domínio querequer uma resposta regional eficaz a uma vulnerabilidade queameaça a construção política e social da sociedade das Caraíbas ecoloca sérios entraves à criação de um ambiente comercialconducente ao investimento e ao crescimento sustentável.

Para isso será necessário promover um diálogo político acrescido esinergias com iniciativas desenvolvidas a nível nacional, bem comoassegurar um valor acrescentado à região através de maiorcomplementaridade no apoio do doador.

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Financiamento dos programas de países

Foi atribuído um montante de 1,2 mil milhões de euros a projectos a nível dos países em diversos domínios, nomeadamente:

• transportes e comunicações;• infra-estruturas sociais;• desenvolvimento de recursos;• educação;• saúde, incluindo VIH/SIDA;• energia;• pecuária e agricultura;• turismo.

Financiamento de programas regionais

Foram atribuídos 353 milhões de euros à região das Caraíbas para a cooperação e integração regionais nos seguintes domínios:

• promoção da actividade empresarial e do comércio;• desenvolvimento de um sistema integrado de ensino superior;• melhoramento das infra-estruturas de transportes;• desenvolvimento do turismo;• preparação para responder às catástrofes;• luta contra a droga e saúde;• aumento das relações transfronteiriças entre a República

Dominicana e o Haiti na ilha Hispaniola e inclusão dos dois países no processo de integração das Caraíbas.

m Cooperação da CE com as Caraíbasde 1976 a 2001

Page 24: As Caraíbas e a União Europeia

O actual enquadramento económico e comercial entre os países ACPe a UE baseia-se no princípio da integração regional, que incentiva acriação de mercados regionais mais vastos e mais unificados. Em2000, a UE importou mais de 3 mil milhões de euros de produtos daCARICOM (incluindo o Haiti) e cerca de 300 milhões de euros daRepública Dominicana. Por seu lado, a Europa exportou quase3,5 mil milhões de euros de produtos para a CARICOM e 1,116 mil milhõesde euros para a República Dominicana.

As principais importações foram alumínio, rum, açúcar, bananas epetróleo. As exportações incluíram produtos industriais diversificados.O comércio de serviços aumentou substancialmente durante a décadade 90 e o investimento directo da UE nas Caraíbas aumentou em 1999para mais de 1 000 milhões de euros.

Os Estados ACP das Caraíbas beneficiam de preferências comerciaisestabelecidas no Acordo de Cotonu, que assumem a forma de isençãode direitos pautais para a grande maioria dos produtos, incluindo todosos produtos industriais.

No que se refere aos Acordos de Parceria Económica (APE) ACP-UE,previstos no Acordo de Cotonu, ver a página 7.

Relações com a OMC

Todos os Estados-Membros da CARICOM, com excepção de dois, sãomembros da OMC. A aplicação dos compromissos da OMC continua aconstituir um grande desafio, já que a região tenta obter um tratamentoespecial através de períodos transitórios mais longos para aplicar asmedidas de liberalização e dar cumprimento às novas normas.

Para assegurar o respeito das normas da OMC, os países devemreforçar a sua capacidade legislativa e institucional. É necessáriaassistência técnica para aumentar a capacidade dos países paraconduzirem negociações comerciais.

O Comissário Europeu responsável pelo comércio, Pascal Lamy, definiua abertura da Representação dos Estados ACP em Genebra, em Janeirode 2002, como “um contributo para ajudar os Estados ACP asuportarem o investimento no desenvolvimento da capacidade”. Esteescritório reforça a representação dos países ACP em Genebra e vaiajudá-los a tornarem-se mais activos – e a continuarem activos – nasnegociações comerciais.

A UE foi igualmente o principal dador para o "Trust Fund" da OMCdestinado a garantir assistência técnica no âmbito da Agenda para oDesenvolvimento de Doha da OMC (2002) e atribuiu 10 milhões deeuros para um programa de integração dos países ACP no sistema decomércio multilateral.

Regras comerciais relativas às bananas

A exportação de bananas é fundamental para a estrutura económica,social e política de muitos países, para alguns dos quais este sectorrepresenta mais de 50% das receitas das exportações. Éabsolutamente necessário melhorar a competitividade e diversificar aseconomias.

As anteriores regras comerciais da UE sobre bananas beneficiavam asCaraíbas, mas estão agora no cerne de uma grande controvérsia a nívelinternacional. No entanto, o actual sistema de direitos pautais e dequotas será mantido até 2006, altura em que o regime comercial dasbananas passará a basear-se unicamente nos direitos pautais. Duranteeste período transitório, a região beneficiará de uma quota com isençãode direitos para os países ACP, obtida no âmbito da OMC.

Em 1999 o Conselho de Ministros da UE decidiu apoiar os fornecedorestradicionais de bananas dos países ACP ao abrigo de um QuadroEspecial de Assistência (QEA), destinado a facilitar a sua adaptação àsnovas condições do mercado. Através deste QEA, a UE tem-lhesatribuído em média por ano 33 milhões de euros, destinados apromover a diversificação, aumentar a produtividade e atenuar asperturbações sociais. São sete os países das Caraíbas que beneficiamdo QEA: Belize, Jamaica e Suriname e as ilhas a barlavento de SantaLúcia, São Vicente e Granadinas, Granada e Domínica.

Protocolo sobre o Açúcar

Até à data, muitos países das Caraíbas beneficiam do Protocolo sobreo Açúcar (PA), que prevê a importação de quantidades específicas deaçúcar a um preço garantido pela UE. O PA garantiu aos países ACPum nível estável e relativamente elevado das receitas de exportação deaçúcar. O preço de exportação garantido é muito superior ao preço domercado mundial e é mais ou menos estável, sendo a quota anual doPA fixa.

Como os preços do PA são muito mais elevados do que os preços nomercado mundial, este mecanismo representou uma transferência derendimentos para os seus beneficiários. Em 1997 e 1998, estatransferência de rendimentos para os países ACP e para a Índia foisuperior a 500 milhões de euros por ano.

22 | As Caraíbas e a União Europeia

Comércio – uma visão global

P Resolver as questões da OMC

A UE concede apoio financeiro (10 milhões de euros) para ajudar os países ACP a resolverem asquestões relacionadas com a OMC. Outros apoios ainda mais substanciais são concedidos atravésde programas de apoio nacionais e regionais.

P Aumentar a presença dos países ACP na OMC

O financiamento em Janeiro de 2002 (1,45 milhões de euros) de um escritório em Genebra paraajudar os países ACP a aumentarem a sua presença na OMC constitui um passo importante paracumprir o compromisso da UE de colocar as questões do desenvolvimento no centro dasnegociações de comércio multilaterais. No contexto do Global Trust Fund da Agenda para oDesenvolvimento de Doha da OMC, a UE e os seus Estados-Membros contribuíram com 63% (quase14 milhões de euros) do montante recentemente garantido pelos membros da OMC para 2002 paraapoio das negociações da OMC.

Page 25: As Caraíbas e a União Europeia

Rum – apoio a uma exportação valiosa

O rum é exportado para a Europa há mais de 300 anos. A indústriaemprega, directa e indirectamente, 50 000 trabalhadores e é a quartaexportação tradicional, assegurando mais de 260 milhões de dólarespor ano de divisas estrangeiras. Durante um período de 20 anos, noâmbito da Convenção de LOMÉ, o rum esteve sujeito a um acessorestrito ao mercado da UE isento de direitos aduaneiros, através dequotas.

Em 1 de Janeiro de 1995, as importações de rum foram liberalizadas,mas o tradicional rum forte continuou sujeito a quotas aduaneiras, queforam aumentando ano a ano até à sua completa liberalização em 1 deJaneiro de 2000. Em 1996, tanto os EUA como a UE aceitaramliberalizar os seus mercados em relação a certas bebidas espirituosasno âmbito de um acordo zero-por-zero.

No quadro do Acordo de Cotonu, a UE e os seus parceiros ACPassinaram uma Declaração Comum relativa ao Rum (XXV), quereconhece o seu valor concorrencial na economia global e anecessidade de desenvolver mais a indústria, especialmente através damodernização e de uma melhor comercialização.A UE concedeu 70 milhõesde euros para um programa específico do rum.

Apoio aos produtores de arroz das Caraíbas

Os países que produzem mais arroz são a República Dominicana, aGuiana e o Suriname, sendo os dois últimos exportadores para a UE.Tendo em conta a erosão gradual das preferências comerciais, está aser apreciado um programa que abranja todo o sector para reforçar aeficiência e a competitividade do sector do arroz na Guiana e noSuriname. O FED financiou um estudo de diagnóstico da indústria doarroz do CARIFORUM e está previsto um programa de apoio aodesenvolvimento da indústria do arroz nesses países.

Pesca – fazer face aos desafios

Em vários países da CARICOM o sector da pesca tem aumentado deimportância. Em 1997, as exportações de peixe representaram cercade 50 milhões de euros. Os principais países exportadores de peixe sãoas Baamas, Guiana, Belize, Jamaica, Suriname, Haiti, São Vicente eAntígua e Barbuda. O acesso aos mercados é em parte condicionadopelas normas sanitárias vigentes nos países importadores. Em 1991 aUE introduziu normas sanitárias harmonizadas para os produtos dapesca, que também se aplicaram às importações de países terceiros,o que afectou o acesso destes países ao mercado da UE. Para resolvera questão dos controlos sanitários deficientes dos produtos da pescanos países ACP, em Dezembro de 2001 a UE lançou um projecto, comuma duração de cinco anos e um valor de 44,8 milhões de euros, parafazer face:

• à falta de recursos legais, técnicos, financeiros e organizacionais parasatisfazer as condições sanitárias de importação exigidas pelosmercados dos países desenvolvidos;

• á falta de competências e de capital para investimentos na própriaindústria, a fim de poder dar resposta aos requisitos técnicos maiselevados;

• à fraca integração da pesca em pequena escala nos sistemasinternacionais de comércio, resultante de capturas fracas e dedeficientes infra-estruturas sociais nos locais de desembarque, bemcomo da falta de competências em matéria de comercialização e detransformação.

A CE financia o Programa da Agricultura e Pesca das Caraíbas (PAPC),que se destina a reforçar as economias dos países do CARIFORUMatravés do desenvolvimento dos sectores da agricultura e da pesca. OPAPC financia a Unidade de Pesca da CARICOM (22,2 milhões deeuros), que tem por objectivo reforçar a capacidade de planificação ede gestão dos departamentos de pesca nacionais, a fim de conseguirgerir os recursos da pesca, costeiros e marítimos, da forma maiseficiente e sustentável possível.

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Page 26: As Caraíbas e a União Europeia

Instrumentos de apoio ao sector privado no âmbito do FED

Regime de assistência às empresas UE-ACP (RAE)

Esta facilidade tem como objectivo aumentar a competitividade dasempresas dos países ACP e desenvolver as capacidades dosintermediários privados do sector financeiro e não financeiro. Utiliza umregime de adequação da subvenção que incentiva as empresas e osintermediários a utilizarem serviços de consultoria de curto prazopara melhorar a sua competitividade. São concedidas subvençõesaté 70 000 euros a empresas e não existe qualquer limite para ovolume de subvenções aos intermediários. O orçamento total do RAEé de 20 milhões de euros.

PRO€INVEST – Promoção do investimento directo estrangeiro

Este programa, acessível a todos os países ACP, promove, numa baseregional, o investimento sustentável e favorável ao ambiente e acordosde cooperação interempresas em sectores fundamentais, com oobjectivo de aumentar a competitividade das economias dos paísesACP. Inclui o reforço da intervenção das Agências de Promoção doInvestimento, organizações intermediárias privadas e prestadores deserviços às empresas relacionados com o investimento (INTERPOWER).

O programa centra-se nos sectores e nos investimentos e parcerias UE-ACP que contribuirão para atingir objectivos sociais mais vastos dospaíses ACP (INVEST€TECH). A funcionar desde o início de 2001, oprograma possui um orçamento de 110 milhões de euros para umperíodo de sete anos.

Facilidade de Investimento

A Facilidade de Investimento, administrada pelo Banco Europeu deInvestimento, vai incentivar o investimento regional e internacional,reforçar a capacidade das instituições financeiras locais, desenvolveros mercados locais e os mercados financeiros e de capitais, fomentaro investimento estrangeiro e contribuir para o desenvolvimento dosector privado através do financiamento de projectos e de empresascom viabilidade comercial.

Para atingir estes objectivos, proporcionará capitais de risco sob aforma de empréstimos condicionais e subordinados, participações nocapital das empresas, assistência assimilável a entradas de capital ougarantias e outros mecanismos de reforço da fiabilidade do crédito parainvestidores ou mutuantes, tanto locais como estrangeiros. Osbeneficiários serão pequenas empresas, instituições financeiras locaise empresas em processo de privatização.

A Facilidade de Investimento terá uma dotação inicial de 2 200 milhõesde euros do 9º FED. Será gerida como um fundo renovável e procuraráser financeiramente sustentável.

Este novo instrumento proporciona aos países ACP segurança no quese refere ao montante do financiamento disponível para odesenvolvimento do sector privado a curto, médio e longo prazos.

24 | As Caraíbas e a União Europeia

Instrumentos financeiros

O Centro de Desenvolvimento Empresarial (CDE), anteriormentedesignado Centro de Desenvolvimento Industrial, concede desde há25 anos assistência técnica ao sector privado nos países ACP. Entre1977 e 2001, o CDE desenvolveu grande actividade nas Caraíbas,fornecendo apoio a cerca de 500 empresas locais num montantesuperior a 18 milhões de euros, 12 milhões dos quais a partir dos seusrecursos próprios.

O CDE, criado como uma instituição ACP-UE com pessoal eadministração comuns, fornece assistência técnica de elevado nível àsempresas numa vasta gama de sectores. Centra a sua actividade nasPME com um volume de negócios ou de investimentos de pelo menos80 000 euros e um mínimo de 5 trabalhadores, bem como nasempresas que estão a desenvolver novos projectos. A assistência incluiestudos de pré-viabilidade ou de viabilidade, assessoria em matéria demercados e de tecnologias e estudos financeiros e ambientais.

Promove o desenvolvimento do sector privado através de programassectoriais, incluindo reuniões de parceria, e opera através de uma redede contactos tanto nos países ACP como na UE. O apoio tem incididoprincipalmente na indústria transformadora – processamento deprodutos agrícolas, produtos da madeira e explorações mineiras – mascom a expansão do mandato, o sector do turismo também foi incluído.

Com o programa PRO€INVEST agora gerido pelo Centro, será dadamais ênfase ao incentivo a novos investimentos na região.

CDE – um impacto positivo nas PME

Page 27: As Caraíbas e a União Europeia

No quadro das sucessivas Convenções de Lomé, o Banco Europeu deInvestimento tem sido, juntamente com a Comissão, uma importantefonte de financiamento para todos os países ACP das Caraíbas. Desde1975, ano em que foi assinada a primeira Convenção de Lomé, o BEIconcedeu empréstimos no montante total de 585 milhões de euros apartir dos seus recursos próprios (fundos obtidos nos mercadosinternacionais de capitais) e 270 milhões de euros de capitais de risco(financiados pelos sucessivos FED). O primeiro empréstimo foi assinadoem 1977 e desde então tem-se verificado uma tendência para umaumento progressivo dos montantes concedidos (tendo algunsprojectos, bastante grandes, sido financiados em 1996).

As principais operações do BEI, que representam um terço domontante total concedido, centraram-se no apoio financeiro a PMEatravés de intermediários financeiros locais. Calcula-se que nosúltimos vinte e cinco anos beneficiaram destas linhas de crédito maisde mil pequenas empresas das Caraíbas. Em geral, os intermediáriosforam bancos de desenvolvimento nacionais, pertencentes ao sectorpúblico, que foram criados na maior parte dos países das Caraíbasapós a independência.

No entanto, estes bancos de desenvolvimento precisam agora dealargar o seu âmbito e fontes de financiamento, ou então têm pelafrente um futuro cada vez mais incerto. Estão a aparecer instituiçõesregionais, incluindo fundos de capital de risco regionais, que investemnas PME e os bancos comerciais privados também se estão a envolvercada vez mais. O papel do BEI também se alargou nos últimos anos:por um lado, investiu em diversas iniciativas de capital de risco naregião e por outro está a apoiar instituições de microfinanciamentos naRepública Dominicana, Trindade e Guiana. Em relação ao futuro, oBanco tenciona desempenhar um papel importante no aprofundamentoe no reforço dos mercados financeiros, especialmente a nível regional.

Pode observar-se a mesma tendência para um maior envolvimento dosector privado na segunda prioridade dos empréstimos do BEI naregião, a saber, o apoio às infra-estruturas e ao fornecimento de águae energia. O sector da luz e energia (que absorveu 250 milhões deeuros desde 1975) foi o mais importante e o Banco financiou projectos

neste sector em doze dos quinze países ACP da região – que vão desdeprojectos de gás e refinação na Trindade, até pequenas centraiseléctricas a diesel na maior parte dos países da OECO. Depois destesector vêm os transportes (116 milhões de euros), com especialdestaque para a transformação do Terminal de Contentores deKingston, na Jamaica, num importante centro de transbordointernacional, que foi apoiado por três importantes empréstimos do BEI.Ver gráfico a seguir.

Nos projectos relativos ao fornecimento de água e energia verifica-sea necessidade de conciliar os interesses diferentes dos governos e dosconsumidores, que é de terem serviços económicos eficientes e aomenor custo possível, e os interesses dos financiadores e das entidadesque fornecem capital e competências, que é de serem remunerados deforma adequada pelos seus investimentos. No caso dos projectos deágua e de saneamento há ainda questões adicionais relacionadas coma manutenção da sustentabilidade dos recursos e as elevadas normasambientais, que são exigidas sobretudo pelo sector do turismo, de quemuitos países dependem. Estes dilemas são especialmente graves nospequenos países insulares, onde a concorrência é necessariamentelimitada. O envolvimento do sector privado é importante, mas emmuitos casos ainda é preciso encontrar soluções estáveis e de longoprazo para estas várias questões.

Considerada no seu conjunto, a região das Caraíbas éextraordinariamente diversificada, encontrando-se todos os sectores etipos de actividade económica em qualquer local da região. Mas aseconomias nacionais continuam muito estreitas e demasiadodependentes de uma pequena gama de sectores ou de culturas. Daí otema, ao longo desta brochura, da necessidade de as economiasindividuais das Caraíbas se diversificarem e darem resposta aosmercados e regimes comerciais internacionais em mutação. Tal comoo que se disse atrás e o gráfico revela, o BEI já tem uma vastaexperiência numa gama diversificada de sectores produtivos da região,bem como no sector financeiro regional. Estes atributos constituem, emconjunto, uma boa base para o BEI continuar a apoiar odesenvolvimento, a diversificação, a integração e a cooperação mútuasdas economias das Caraíbas no futuro.

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Banco Europeu de Investimento

Montantes concedidosàs Caraíbasentre 1975 e 2001(em milhões de euros)

29%Energia

1%Infra-estruturas diversas

33%Empréstimos globais; Empréstimos agrupados7%

Indústria

14%Transportes

8%Água e saneamento básico

1%Agricultura, pesca e silvicultura

2%Serviços

5%Telecomunicações

Repartição sectorial nas Caraíbas – Anos de 1975 a 2001

Ano Capital de Recursos Risco própios

1975

1976

1977 1,0

1978 3,2 8,0

1979 0,1 2,5

1980 10,0

1981 0,2

1982 8,4 12,0

1983 1,6 2,0

1984 3,9 4,0

1985 8,4 29,6

1986 2,0 21,5

1987 8,1 16,9

1988 4,9 6,0

1989 13,4 31,0

1990 1,0 4,2

1991 3,1 53,0

1992 5,8

1993 11,3 24,0

1994 35,3 10,5

1995 30,9 33,0

1996 5,0 187,5

1997 4,0

1998 12,0 49,0

1999 18,3 10,0

2000 44,3 40,0

2001 43,0 30,0

TOTAL 269,0 584,7

Page 28: As Caraíbas e a União Europeia

26 | As Caraíbas e a União Europeia

© Reporters : P. Broze

Page 29: As Caraíbas e a União Europeia

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Guiana

SurinameGuiana Francesa

Cuba

Belize

Haiti República Dominicana

Ilhas Turcas e Caicos

Ilhas CaimãoGuadalupe DominicaMartinica Santa Lúcia

BarbadosGranada

Trindade e TobagoAntilhasNeerlandesas

Antígua e Barbuda

AnguilaIlhas Virgens Britânicas

Jamaica

Baamas

São Cristóvão e Nevis

Monserrate

São Vicente e Granadinas

Aruba

São Martinho

Cooperação com os Estados ACP

Cooperação com os Países e Territórios Ultramarinos (PTU)

Cooperação com os Departamentos Ultramarinos Franceses (DU)

Estados ACP Países eTerritóriosUltramarinos(PTU)

DepartamentosUltramarinosFranceses (DU)

Page 30: As Caraíbas e a União Europeia

Quadro de referência

Antígua, com as suas cerca de 365 praias, é conhecida como a ilhaclássica para férias. Durante muitos anos a economia estevedependente sobretudo da cultura do açúcar e do algodão, mas com oevoluir dos anos mudou para o turismo e serviços conexos. A indústriado turismo representa cerca de 76% do PIB e emprega 25% dapopulação activa.

Antígua e Barbuda beneficiam do acesso, isento de direitos e dequotas, ao mercado da UE em relação a todos os seus produtosmanufacturados e à grande maioria das outras exportações. A indústriatransformadora orientada para a exportação (vestuário, tintas,mobiliário, têxteis para o lar e chapas galvanizadas) progrediu bastantena década de 80.

Durante os anos 80 Antígua registou taxas de crescimento económicoimpressionantes (média anual de 9%), devido principalmente aoaumento do turismo de luxo e da indústria transformadora e a uma forteentrada de investimentos estrangeiros, incluindo a contracção deempréstimos pelo Governo. No entanto, apesar do rendimento percapita relativamente elevado comparado com os padrões das Caraíbas,o excesso de dependência do sector do turismo, combinado com arecessão económica global do início dos anos 90, demonstrou avulnerabilidade do país.

O crescimento recuperou no final dos anos 90, atingindo em média 5%,devido em grande parte à actividade de reconstrução a seguir aofuracão e ao aumento das estadias, mas em 2000 novos furacõesconduziram à queda das receitas do turismo e o crescimento do PIBbaixou para 3,5%.

Em 2000, as importações da UE provenientes deste país atingiram6,1 milhões de euros, enquanto as exportações totalizaram502,3 milhões de euros (1).

Desafios e oportunidades

O Governo acumulou uma enorme dívida externa que se não fordrasticamente reduzida pode ter efeitos negativos na capacidade dopaís para desenvolver as suas infra-estruturas económicas e sociais atéatingir os padrões necessários para satisfazer as suas exigências decrescimento. Em 1994, por não ter conseguido manter os programasde ajustamento estrutural acordados, o país deixou de contar com acooperação das instituições de Bretton Woods, tendo-lhe sido atribuídauma classificação de zero em termos de crédito. A partir daí teve decontrair empréstimos no mercado livre a taxas de juro comerciais.

A estratégia de médio prazo do Governo assenta na diversificaçãoeconómica, na racionalização das despesas públicas e numadistribuição equitativa dos recursos. Isto implica a introdução daprogramação orçamental, novos impostos e o melhoramento dacobrança dos impostos existentes. A diversificação económicaprossegue através dos serviços financeiros offshore e das actividadesde serviços baseados nas tecnologias da informação etelecomunicações, paralelamente a medidas para desenvolver osrecursos humanos do país.

Cooperação para o desenvolvimento

Desde 1976, o apoio da UE ascendeu a cerca de 26,8 milhões deeuros. Até aqui a assistência tem-se centrado no desenvolvimento dosrecursos humanos, nas infra-estruturas e na agricultura.

A assistência no âmbito das Convenções de Lomé I e II destinou-se àconservação e distribuição da água, recuperação de estradas edesenvolvimento da pecuária. No âmbito de Lomé III, cerca de 80% dosfundos concedidos foram atribuídos para melhorar a rede de estradas.O restante foi utilizado para financiar assistência técnica no domínio dasestatísticas, em especial para a realização de um recenseamento dapopulação.

No quadro das Convenções de Lomé IV e Lomé IVbis, a assistênciaconcentrou-se no desenvolvimento dos recursos humanos. O Centro deFormação Hoteleira de Antígua ficou concluído em 2002, o quepermitirá melhorar a qualidade dos serviços no sector da hotelaria erestauração e aumentar o número de trabalhadores qualificados. Estáprevisto um projecto para alargar o âmbito e a qualidade do ensino eformação profissionais, tendo sido reservada uma parte da assistênciapara apoiar a luta contra a droga.

O objectivo da assistência no sector dos recursos humanos consiste emreduzir as desigualdades sociais, alargar o acesso e as oportunidadesde emprego e fornecer capital humano suficiente para diversificar aeconomia.

A assistência do Banco Europeu de Investimento a Antígua e Barbudainclui um empréstimo de capital de risco para facilitar a instalação deequipamentos de navegação por radar no aeroporto internacional V.C. Bird. Em 1995 foi assinado um empréstimo de capital de risco de3,4 milhões de euros, concedido para a componente do programaregional de eliminação de resíduos de Antígua no âmbito de Lomé IV.

(1) A maior parte das "exportações" da UE corresponde à movimentação de iates, barcos de cruzeiro

e outras embarcações, etc., registada como comércio.

28 | As Caraíbas e a União Europeia

Data de independência 1 de Novembro de 1981

Capital St. John’s

Superfície 442 km2

População 68 000 (2000)

Língua Inglês

Principal actividade económica Turismo

PNB per capita 10 625 euros (estimativa de 2000)

Antigua e Barbuda

Lomé I Lomé II Lomé III Lomé IV Lomé IVbis Cotonu *

Programa Indicativo Nacional 3,2 2,7 4,5 3,5 4,5 3,0

Empréstimos BEI: capital de risco 1,5 3,4

Outra (ajuda de emergência, 0,1 0,4projectos de ONG,programa de controlo da SIDA)

Total 3,2 2,7 6,1 7,3 4,5 3,0

Total global 26,8

Antigua e Barbuda

Ajuda comunitária

(dotações em milhões de euros)

* Envelopes A e B

Estes valores não incluem programas e projectos regionais quebeneficiaram Antígua e Barbuda, directa ou indirectamente.

Page 31: As Caraíbas e a União Europeia

Quadro de referência

A Comunidade das Baamas é composta por 700 ilhas e cerca de 1 000ilhotas, das quais apenas 30 são habitadas. A superfície total dasBaamas é de 13 939 km2 e a sua população, de 298 000 habitantes,é essencialmente de origem africana (86%) e europeia (12%).

As Baamas têm um sistema de governo parlamentar, em que oGovernador-Geral é o Chefe de Estado e representa a Rainha deInglaterra. O Primeiro-Ministro é o chefe do executivo e líder do partidocom maior número de lugares no Parlamento. A independência dasBaamas foi obtida do Reino Unido em Julho de 1973, pondo assimtermo a 325 anos de regime colonial britânico e ao domínio político, dasociedade e da economia por uma pequena elite que controlava estasilhas desde a sua fundação como colónia, com base na escravatura dasplantações. O sufrágio universal dos adultos só foi concedido em 1962,muito mais tarde do que em qualquer outra parte da Comunidade dasCaraíbas.

Em 2000, as importações da UE provenientes deste país ascenderama 931,7 milhões de euros, enquanto as exportações atingiram 632milhões de euros.

Desafios e oportunidades

O turismo é o principal sector da economia – que depende igualmentedos serviços bancários e financeiros –, tendo-se transformado, graçasprincipalmente à proximidade do mercado norte-americano, numaindústria bem sucedida ao longo de todo o ano. No entanto, o facto deas Baamas serem excessivamente dependentes dos turistasamericanos pode ser negativo para o país em períodos deabrandamento económico nos EUA, como revelou a recente redução dofluxo de turistas depois do 11 de Setembro de 2001. O país necessita,portanto, de diversificar no futuro a origem dos seus turistas.

As regras do sigilo bancário são observadas com grande cuidado. Asempresas públicas são obrigadas a publicar as suas contas de acordocom boas práticas financeiras. A cotação do país em matéria de gestãodas suas actividades, segundo as principais agências de cotaçãoindependentes, como a Investor Services, é muito elevada. Em geral, opaís é elogiado pelas agências multilaterais pela gestão sã da economiae pela transparência da governação. É preciso que no futuro o paísmantenha estes padrões elevados.

As Baamas cooperam com os Estados Unidos na luta contra o tráficode drogas nas suas águas territoriais. O país criou também legislaçãopara impedir que fosse utilizado para o branqueamento de capitais epara dissimulação de receitas produzidas por actividades ilegais.

Cooperação para o desenvolvimento

Devido ao seu elevado rendimento per capita, as Baamas sãoclassificadas actualmente pelas instituições multilaterais dedesenvolvimento como um país de rendimento médio. Até ao final de2000, a cooperação CE-Baamas, existente há um quarto de século,concedeu um total de 75,3 milhões de euros, distribuídos como semostra no quadro mais à frente.

O último pacote de assistência no âmbito do 8º FED destinou-se aoprograma de reabilitação de estradas da ilha de Acklins, a que foramatribuídos 2,2 milhões de euros. Esta ilha é uma das menosdesenvolvidas e das mais remotas das ilhas Família, mas é consideradacomo tendo um potencial turístico considerável. Na assinatura doPrograma Indicativo Nacional no âmbito do 8º FED o governo dasBaamas salientou como prioridades:

• o desenvolvimento das infra-estruturas das ilhas Família para ajudara conter a migração para as ilhas mais desenvolvidas da NovaProvidência e para a Grande Baama;

• o reforço do desenvolvimento económico e social através dofortalecimento dos recursos humanos;

• a privatização das empresas públicas de água, electricidade e gás,com participação dos trabalhadores no seu capital;

• redução da pobreza, com especial atenção para as condições nasilhas Família.

Os fundos autorizados têm de ser utilizados integralmente e aindaexistem saldos do 8º FED. Alguns destes fundos estão relacionadoscom um projecto regional – a construção de um novo edifício para aFaculdade de Direito das Baamas. O Governo tem de atribuir fundos decontrapartida para este projecto. Para além do financiamento do FED,as Baamas conseguiram obter empréstimos do Banco Europeu deInvestimento, em grande parte para apoiar o desenvolvimento dasEmpresas de Electricidade e de Água e Saneamento das Baamas.

A estratégia de apoio ao país, que está a ser elaborada pela ComissãoEuropeia e pelo Governo no âmbito do 9º FED, centra-se no reforço dacapacidade das ilhas Família.

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Data de independência 10 de Julho de 1973

Capital Nassau

Superfície 13 939 km2

População 298 000

Língua Inglês

Principais exportações Peixe, citrinos, rum e tabaco

PNB per capita 16 500 euros

Baamas

Lomé I Lomé II Lomé III Lomé IV Lomé IVbis Cotonu

Programa Indicativo Nacional 1,8 2,1 4,0 4,4 4,5 4,5

Empréstimos e capital de risco do BEI 1,1 - 18,6 34,0

Outra (ECHO 1999) - - 0,3

Total 2,9 2,1 22,6 38,7 4,5 4,5

Total global 75,3

Baamas

Ajuda comunitária

(dotações em milhões de euros)

Page 32: As Caraíbas e a União Europeia

Quadro de referência

O país tem mantido uma admirável tradição de democraciaparlamentar, que data de 1627. A economia depende historicamenteda cultura da cana-de-açúcar e de actividades conexas, masrecentemente diversificou-se para a indústria transformadora e oturismo.

O turismo é o sector que gera mais divisas e o principal impulsionadordo crescimento, representando cerca de 15% do PIB. Os serviçosfinanceiros offshore e a informática também geram importantes divisas,existindo igualmente uma indústria ligeira significativa. O crescimentoreal do PIB em 2000 foi de 2,5%.

A seguir ao declínio económico que se verificou no final dos anos 80,foi lançado um programa de ajustamento estrutural, com o objectivo deassegurar a estabilização económica. No entanto, este programa teveconsequências importantes para o sector social, com a subida emflecha do desemprego.

No âmbito das Convenções de Lomé, os produtos manufacturados deBarbados beneficiam de acesso isento de direitos e de quotas aomercado da UE. O mercado europeu representa aproximadamente 20%das importações e 15% das exportações de Barbados.

O Protocolo sobre o Açúcar e uma quota anual de 50 312 toneladas(reduzida para 49 300 toneladas no quadro do Acordo de Cotonu)constitui o maior mercado e mais lucrativo das exportações, sendo osubsídio implícito estimado num sexto do valor das exportações totais.No ano 2000, as importações da UE provenientes de Barbadostotalizaram 69,2 milhões de euros e as exportações atingiram169,8 milhões de euros.

Desafios e oportunidades

Os resultados alcançados pelo país continuam a ser fracos, devido àvulnerabilidade inerente às economias das pequenas ilhas. Tanto osector do açúcar como a indústria transformadora estão a passar porgraves dificuldades: a indústria do açúcar tenta produzir o suficientepara os mercados de exportação preferenciais (principalmente a UE),enquanto o sector transformador sofre de falta de competitividade.

O governo continua a envidar esforços para reduzir a elevada taxa dedesemprego, incentivar o investimento directo estrangeiro e privatizaras empresas públicas que ainda restam. Na última década os elevadoscustos laborais tornaram-se uma grave restrição ao desenvolvimento.

Sendo um dos países mais desenvolvidos da região, a ilha é conhecidapelo elevado nível dos seus serviços de educação e de saúde.

Cooperação para o desenvolvimento

Os recursos financeiros atribuídos pela UE desde 1976 a projectos,programas e operações totalizam 115,8 milhões de euros. Quase doisterços deste montante foram concedidos através do Banco Europeu deDesenvolvimento (BEI), sob a forma de empréstimos bonificados ou decapital de risco. A assistência da UE concentrou-se na agricultura,comércio e indústria, infra-estruturas sociais, transportes ecomunicações, energia, turismo e desenvolvimento dos recursoshumanos. No domínio do desenvolvimento rural foram financiadosprojectos importantes nos sectores da pesca, agricultura e pecuária.

O governo solicitou assistência no quadro de Lomé I para melhorar asprestações de cuidados de saúde. Um programa de desenvolvimentoda pecuária destinado a incentivar a auto-suficiência em termos decarne de vaca e de borrego e reduzir as importações proporcionouassistência técnica e apoio em matéria de comercialização, bem comocrédito a cerca de 400 agricultores.

Uma estratégia de desenvolvimento do comércio e da indústriaorientada para as exportações, lançada pelo governo e pelo sectorprivado e apoiada no âmbito de Lomé III e IV, proporcionou assistênciatécnica e à comercialização no domínio da promoção do rum e dodesenvolvimento de produtos. Alguns sectores seleccionados tambémbeneficiaram de assessoria técnica, bolsas de estudo e assistência àcomercialização.

Para compensar os efeitos sociais do programa de estabilização, foiconcedido apoio para actividades que estimulam o arranque de PME ereforçam as empresas existentes através do aperfeiçoamento decompetências técnicas e de gestão.

O apoio no quadro de Lomé IV centrou-se no desenvolvimento dosrecursos humanos, com ênfase no sector do turismo. O Departamentode Hotelaria da Faculdade de Barbados foi melhorado e alargado, tendoaí sido construído um Centro de Línguas. Foi criado um laboratório deciências médico-legais e prestada assistência técnica para um estudosobre a reforma do Serviço de Transportes de Barbados. O BEI financiouo melhoramento do Serviço de Portos, da Companhia de Electricidadee Energia e da Companhia da Água de Barbados.

Os fundos no âmbito do protocolo financeiro do Acordo de Cotonu irãopara o sector da saúde e para medidas de reforço institucional, para areabilitação do Hospital Rainha Isabel e para apoiar o programagovernamental de controlo do VIH/SIDA.

30 | As Caraíbas e a União Europeia

Data de independência 30 de Novembro de 1966

Capital Bridgetown

Superfície 432 km2

População 267 900

Língua Inglês

Principais exportações Açúcar,vestuário, componentes electrónicos e rum

PNB per capita 10 633 euros

Barbados

Lomé I Lomé II Lomé III Lomé IV Lomé IVbis Cotonu *

Programa Indicativo Nacional 2,7 3,7 5,0 3,5 7,0 6,8

Empréstimos BEI: recursos próprios 7,5 9,6 8,2 30,0 30,0

capital de risco 0,1 1,0

Outra (ajuda de emergência, 0,1 0,6projectos de ONG,programa de controlo da SIDA)

Total 10,3 14,0 14,2 33,5 37,0 6,8

Total global 115,8

Barbados

Ajuda comunitária

(dotações em milhões de euros)

* Envelopes A e B

Estes valores não incluem programas e projectos regionais quebeneficiaram Barbados, directa ou indirectamente, nem osbenefícios quantificados do Protocolo sobre o Açúcar.

Page 33: As Caraíbas e a União Europeia

Quadro de referência

Belize apresenta uma combinação única de pessoas e de culturas,influenciadas pelas Caraíbas e pela América Central, mas igualmentepor descendentes de origem maia, africana, britânica, chinesa eindiana. Os principais sectores da economia são o turismo, aagricultura, a pesca e os serviços financeiros offshore. O turismo é aprincipal fonte de divisas, seguido de perto pelo concentrado decitrinos. Outras exportações importantes são o açúcar e as bananas,que se destinam quase exclusivamente ao mercado da UE, produtos domar, incluindo camarão da aquicultura, vestuário, papaias e madeira.

A balança comercial com a UE é tradicionalmente positiva. Em 2000as exportações para a UE ascenderam a 142 milhões de euros (59%das exportações totais), em comparação com 80,9 milhões de eurosem 1995, o que corresponde a um aumento de 75% em cinco anos.As importações da UE totalizaram 44 milhões de euros (9,6% dasimportações totais), comparado com 33 milhões de euros em 1995,representando um aumento de 33%. Os principais parceiros comerciaisda UE são o Reino Unido, Países Baixos, França, Dinamarca, Itália eIrlanda.

Desafios e oportunidades

A ameaça mais séria que se coloca à aspiração de Belize de alcançarum elevado nível de vida é o aumento da pobreza. É por isso que ogoverno está empenhado numa estratégia de redução da pobreza enum plano de acção destinado a integrar as populações marginalizadasna actividade económica.

As possibilidades de crescimento da economia são restringidas pordiversos factores: reduzida dimensão do mercado local, pequenosvolumes de produção, erosão das preferências comerciais,susceptibilidade de catástrofes naturais, estruturas não concorrenciaisem diversos mercados, reduzida capacidade em termos de recursoshumanos e administrativos, elevado custo dos serviços públicos e dasredes de abastecimento de água e electricidade, bem como um volumeinsuficiente de empréstimos em condições favoráveis e de subvenções.

Cooperação para o desenvolvimento

No final de Março de 2001, ao fim de 25 anos de cooperação, aatribuição de recursos financeiros programáveis e não programáveis aBelize situava-se em cerca de 92 milhões de euros, sendo 83 milhõescompletamente autorizados e 72 milhões já pagos.

De 1990 a 1995, o objectivo global da cooperação foi contribuir paramelhorar as condições das infra-estruturas básicas necessárias parapromover o desenvolvimento económico. A maior parte da cooperaçãoda UE foi canalizada para o financiamento de infra-estruturaseconómicas e sociais, centrando-se respectivamente nos sectoresrodoviário e da saúde. Durante o período 1996-2000, a consolidaçãodas infra-estruturas económicas continuou a ser um aspectoimportante das actividades financiadas pela CE em Belize, enquanto apromoção dos recursos humanos e naturais se tornou igualmente umaárea prioritária, centrada na redução da pobreza.

Embora o Programa Indicativo Nacional no quadro do 8º FED (1996-2000) ascendesse inicialmente a 9,5 milhões de euros, tendo depoisaumentado para 11,5 milhões de euros, os recursos totais de queBelize dispôs atingiram mais de 35 milhões de euros entre 1996 e2000, com contributos substanciais do BEI (8,8 milhões de euros) paraapoiar a indústria dos citrinos, o Programa Especial de Assistência aosector das bananas, o ambiente, acções de apoio às florestas tropicaise ajuda humanitária para as vítimas dos furacões Mitch e Keith.

A UE teve um papel importante na reabilitação da auto-estrada deHummingbird e contribuiu igualmente para a recuperação econsolidação do património e para actividades de conservação.

A UE também contribuiu para o melhoramento dos serviços de saúde,através da construção e equipamento do Hospital Karl Heusner, nacidade de Belize. O apoio financeiro do Fundo de Investimento Socialpermitiu a extensão de oito escolas nas zonas mais pobres e a criaçãode um regime de crédito a microempresas implementado por uma ONGlocal.

No âmbito do Quadro Especial de Assistência aos exportadorestradicionais de bananas, Belize beneficiou de programas destinados amelhorar a competitividade do sector, num contexto social melhorado.

A estratégia de apoio da Comunidade Europeia a Belize para 2002-2007 visa reduzir a incidência da pobreza nas zonas rurais. Será dadaênfase ao desenvolvimento rural, com especial atenção à agricultura,através de assistência directa e indirecta ao sector privado, e aodesenvolvimento da capacidade institucional da administração pública.

No quadro do 9º FED, a dotação indicativa será de 7,8 milhões de eurosno que se refere ao envelope A e de 1 milhão de euros para o envelopeB. Além disso, o país é elegível para financiamento no quadro daFacilidade de Investimento, bem como dos diversos instrumentosorçamentais específicos destinados a apoiar a cooperação para odesenvolvimento.

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Data de independência 21 de Setembro de 1981

Capital Belmopan

Superfície 23 667 km2

População 249 800 (final de 2000)

Língua Inglês (e espanhol)

Principal fonte de divisas Serviços Turismo e sector financeiro offshore

Principais exportações Concentrado de citrinos,açúcar, bananas e produtos do mar

PNB per capita 3 100 euros

Belize

Lomé I Lomé II Lomé III Lomé IV Lomé IVbis Cotonu*

Programa Indicativo Nacional 5,58 5,50 8,00 8,98 11,43 8,80

Fundos regionais 1,92 0,26 0,75 2,15

Bonificação de juros 0,14 0,46

Banco Europeu de Investimento 2,60 3,50 6,00 8,70

Ajuda a refugiados 1,82 0,50

Ajuda humanitária ECHO 0,85 0,01

Co-financiamento de ONG 0,01 0,87 0,55 0,32

STABEX 0,34

Rubrica orçamental do ambiente 0,57 2,29

Rubrica orçamental das florestas tropicais 1,40 2,14

Outras rubricas orçamentais 0,35 0,50

Assistência ao sector das bananas 2,22 10,74

Total 7,84 8,37 15,43 24,18 35,63 8,80

Total global 100,25

Belize

Ajuda comunitária

(dotações em milhões de euros)

* Envelopes A e B

Page 34: As Caraíbas e a União Europeia

Quadro de referência

Domínica, a maior das ilhas de barlavento, é uma ilha vulcânica comaltas montanhas escarpadas cobertas de uma floresta densa, valesprofundos e muitos rios e cursos de água. Conhecida por “ilha danatureza”, é habitada por uma das poucas comunidades que ficaramdos índios das Caraíbas, alguns dos primeiros povoadores da região.

A agricultura é o pilar da economia, sendo responsável por cerca de18% do PIB e de 60% das exportações totais de mercadorias, eproporciona trabalho a 40% da população activa. As bananas são omotor do crescimento, representando mais de 90% das exportaçõestotais da Domínica para a UE. Em 2001 as exportações totalizaram17 574 toneladas. O subsídio implícito na garantia de mercado dasbananas dada pela UE é estimado num quinto do valor total dasexportações de bananas. Em 2000, as importações da UE provenientesde Domínica totalizaram 33,8 milhões de euros, enquanto asexportações atingiram 29,7 milhões de euros

Desafios e oportunidades

Ao longo da década de 90 o sector das bananas enfraqueceu bastantedevido a catástrofes naturais, nomeadamente a seca em 1993-94, atempestade tropical Debbie em 1994 e os furacões Marilyn e Luis em1995 e Lenny em 1999. Os efeitos destas catástrofes na economiademonstram a vulnerabilidade do país. O crescimento económico realdiminuiu nos últimos anos, tendo o crescimento do PIB em termos reaispassado de 2,8% em 1998 para 0,2% em 2000.

A produção de bananas é condicionada pela topografia do país e pelafalta de infra-estruturas económicas, o que limita a disponibilidade deterras agrícolas a cerca de 30% da superfície total da ilha.

A nova indústria do turismo (especialmente o ecoturismo), cujocontributo médio para o PIB no período 1997-2000 foi de 1,7%,afigura-se prometedora.

Mais de 25 pequenos projectos de desenvolvimento, co-financiados porONG a nível de base, obtiveram grande êxito nos últimos 15 anos.

Cooperação para o desenvolvimento

Desde 1976, a UE já autorizou 149,5 milhões de euros, dirigidosprincipalmente para o desenvolvimento da agricultura e de infra-estruturas rurais.

As principais exportações agrícolas – banana e coco – beneficiaram,através do mecanismo STABEX de estabilização das receitas dasexportações, de 49,3 milhões de euros. No âmbito do Quadro Especialde Assistência, destinado a dar apoio aos fornecedores tradicionais debananas, a Domínica receberá aproximadamente 6,5 milhões de eurospor ano durante um período de 10 anos.

A assistência concedida tem servido para a reabilitação de ligaçõesrodoviárias essenciais e de estradas secundárias de acesso àsexplorações agrícolas, tendo igualmente sido incentivados projectos deapoio à diversificação agrícola. Actualmente, a ajuda da UE visa odesenvolvimento de uma indústria da banana eficiente e globalmentecompetitiva, que permita a plena comercialização deste produto.

Também é canalizada assistência para promover o crescimento daagricultura para além da banana, a diversificação económica e odesenvolvimento social e comunitário, visando em especial osagricultores deslocados e os trabalhadores agrícolas.

As actividades para promover a diversificação económica incluem apoioao desenvolvimento do sector privado e ao desenvolvimento dosrecursos humanos e do turismo, incluindo apoio aos esforços envidadospelo governo para fazer da Domínica um destino de ecoturismo.

Os fundos da UE, através de projectos de desenvolvimento social ecomunitário, têm grande importância para impulsionar a redução dapobreza.

No quadro do Acordo de Cotonu será concedido um financiamentoinicial de 3,7 milhões de euros para melhoramentos rodoviários epara a criação de um programa de conservação de estradas. Outros12 milhões de euros estão afectados à ajuda de emergência e ao apoiopara atenuar os efeitos adversos da instabilidade das receitas dasexportações.

A assistência do BEI à Domínica incluiu empréstimos de 3,8 milhõesde euros ao Banco Agrícola, Industrial e de Desenvolvimento daDomínica e ao governo para lhe permitir aumentar a sua participaçãona hidroelectricidade.

Um Acordo de Pesca assinado em 1993 com a UE prevêcompensações financeiras pelas capturas na Domínica realizadas pelospescadores da Martinica e de Guadalupe.

32 | As Caraíbas e a União Europeia

Data de independência 11 de Março de 1978

Capital Roseau

Superfície 751 km2

População 76 000

Língua Inglês (também o crioulo)

Principais exportações Bananas e coco

PNB per capita 3 769 euros (est. 2000)

Domínica

Lomé I Lomé II Lomé III Lomé IV Lomé IVbis Cotonu*

Programa Nacional Indicativo 2,5 3,5 6,0 5,5 6,5 15,7

Empréstimos BEI: capital de risco 0,3 3,8 2,5 13,0

recursos próprios 10,0

Apoio ao ajustamento estrutural 2,2

Acordo de pesca 2,2

STABEX 2,9 3,5 1,2 14,9 26,8

Ajuda alimentar 0,1 0,5 0,2 0,3

Outra (ajuda de emergência, 4,1 0,6 0,4 0,6projectos de ONG,programa de controlo da SIDA)

QEA (1999-2001)** 19,7

Total 9,6 8,4 11,6 28,2 56,3 35,4

Total global 149,5

Domínica

Ajuda comunitária

(dotações em milhões de euros)

* Envelopes A e B ** Fundos disponíveis do orçamento da UE, não do FED

Estes valores não incluem programas e projectos regionaisque beneficiaram Domínica, directa ou indirectamente, nemos benefícios quantificados do Protocolo sobre as Bananas.

Page 35: As Caraíbas e a União Europeia

Quadro de referência

Os 8,5 milhões de dominicanos, que falam espanhol, partilham a ilhaHispaniola com o Haiti. O PIB per capita é de 2 100 euros. A RepúblicaDominicana sofreu alterações radicais nos últimos quinze anos. Durantea última parte da década de 90 registou regularmente algumas das taxasde crescimento mais elevadas das Américas e passou de uma economiabaseada no açúcar, café, cacau, minerais e numa indústria altamenteprotegida para uma economia virada para o exterior, parcialmenteliberalizada, com pólos de crescimento dinâmicos nas Zonas deTransformação das Exportações (ZTE), turismo, construção, tele-comunicações e outros serviços. O investimento directo estrangeiro foiconsiderável, atingindo 1 318,2 milhões de euros em 2001, o querepresenta um aumento de 25% em relação ao ano anterior. A principalfonte de IDE é a União Europeia. O comércio é importante e a UE é osegundo parceiro comercial do país. Em 2000, as importações da UEprovenientes da República Dominicana ascenderam a 319 milhões deeuros, enquanto as exportações totalizaram 1 157,8 milhões de euros.

Apesar das impressionantes taxas de crescimento que atingiram emmédia 6,7% no período 1994-2000, cerca de 25% da população continuaa viver em situação de pobreza (Banco Mundial 2000) e a percentagemdo PIB investido no sector social continua a ser uma das mais baixas daAmérica Latina e das Caraíbas. A população ainda não tem acessogeneralizado a serviços básicos de qualidade.

Desafios e oportunidades

O principal desafio económico é, sem dúvida, a manutenção de umcrescimento sólido, com melhor distribuição e um impacto mais positivona pobreza, no contexto de uma integração crescente num mercadocompetitivo global. De um modo geral, será necessário continuar aaumentar e a diversificar as exportações, mas sem perder de vista aimportância do mercado nacional. Terá de ser dada resposta à questãopremente das taxas de juro internas muito elevadas. Todos os produtoresprecisam que os eternos problemas do abastecimento de electricidadesejam finalmente resolvidos.

Os novos acordos de comércio livre com a América Central e a CARICOMjá estão a criar oportunidades de trocas comerciais. Eventuais acordosfuturos com o Canadá e os EUA, talvez através do ALCA, e evidentementecom a UE, no quadro do Acordo de Cotonu, podem proporcionarexcelentes oportunidades.

Também tem de se fazer face ao défice de investimento e à qualidade ecobertura dos serviços no sector social. Num contexto de forteconcorrência internacional e da necessidade absoluta de aumentar acadeia de valor acrescentado e de tecnologia, um bom ensino públicoconstitui uma necessidade económica e é também uma questão deredistribuição social.

Cooperação para o desenvolvimento

A cooperação para o desenvolvimento da Comunidade Europeia assumiugrande importância depois de o país ter aderido à Convenção ACP-UE em1989. A UE é agora a principal fonte da ajuda para o desenvolvimentoconcedida à República Dominicana.

O Programa Indicativo Nacional (PIN) no âmbito do 7º FED (85 milhões deeuros) centrou-se na conservação e utilização sustentável dos recursosnaturais e no apoio aos sectores sociais (saúde e educação). Além disso,a República Dominicana beneficiou de assistência ao sector mineiro(programa SYSMIN) e ao ajustamento estrutural, de empréstimos do BEIe de financiamentos a partir de rubricas do orçamento da CE (quetotalizaram cerca de 157 milhões de euros).

A melhoria da qualidade e do acesso a serviços essenciais na saúde e naeducação, o abastecimento de água e saneamento em zonas urbanasmarginais, a reforma e modernização institucionais e o reforço dacompetitividade são os principais sectores abrangidos pelo PIN do 8º FED,que ascende a 110 milhões de euros (incluindo uma reafectação deanteriores recursos do FED não utilizados no montante de mais de4 milhões de euros). Por outro lado, a República Dominicana beneficia deimportantes recursos da cooperação regional destinados à suacooperação transfronteiras com o Haiti, de recursos SYSMIN e definanciamentos do BEI e de rubricas do orçamento da CE.

Todos estes fundos estão quase inteiramente autorizados e os programasdo 7º FED estão a chegar ao fim.

As dotações do 9º FED dirigem-se principalmente à educação (dandoprioridade ao aprofundamento das reformas já em curso,nomeadamente a da qualidade da educação) e ao sector da água(gestão sustentável dos recursos hidráulicos do país e garantia deacesso a água potável e a serviços de saneamento nas regiões ruraise zonas urbanas deprimidas). As acções no sector mineiro destinam-se à reorganização do sector (apoio institucional e diversificação), àprotecção dos recursos naturais e à gestão do ambiente.

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Data de independência 27 de Fev. de 1844

Capital Santo Domingo

Superfície 48 730 km2

População 8 500 000

Língua Espanhol

Principais exportações Os principais sectores da economia são o turismo, a agricultura e a indústria, sendo o vestuário, os têxteis e o ferro-níquel as principais exportações

PNB per capita 2 100 euros

República Dominicana

Lomé IV Lomé IVbis Cotonu

PIN 85 110 146

BEI 34 54 80

ECHO 3 3 5

SYSMIN 23 30 **

Outras rubricas orçamentais 2 13 5

Ajustamento estrutural 23

Total 170 210 236

Total global 616

República Dominicana

Ajuda comunitária

(dotações em milhões de euros)

** 30 milhões de euros da coluna anterior transferidos para Cotonu.

> Um projecto que chegou efectivamente até nós …

A República Dominicana encontra-se numa encruzilhada da sua história. O programa PAIRE, de apoio imediatoà reforma do Estado, financiado pela UE, está a apoiar os esforços envidados para criar um sistema políticomoderno, democrático e institucionalizado. Os membros deste programa têm trabalhado incansavelmente emtodo o país com a Comissão Nacional para a Reforma do Estado e com elementos progressistas existentes nogoverno nacional e local, bem como com a sociedade civil, procurando uma alteração que é absolutamentenecessária.

O PAIRE criou sete projectos de lei relativos a domínios como a estrutura dos governos municipais, o princípiodo governo local participativo, um código fiscal municipal e a criação de uma carreira de funcionalismo públicoa nível local.

Trabalhou igualmente no sentido de capacitar as organizações que estão a pressionar as reformas,nomeadamente a Federação dos Municípios Dominicanos, a Rede de Organizações para a Descentralização ea Associação de Mulheres nos Governos Locais.

Na província de La Vega, o programa PAIRE desempenhou um papel essencial na constituição de umgoverno local participativo através da introdução de um sistema integrado de gestão financeira municipal,de um plano de desenvolvimento económico local e de um registo de organizações sociais, que lhes permiteassumir um papel oficial no processo de tomada de decisões e de gestão. Uma mulher de La Vega comentouque “é a primeira vez que um projecto internacional chegou efectivamente até nós.”

Page 36: As Caraíbas e a União Europeia

Quadro de referência

Granada, incluindo Carriacou e Petit Martinica, fica situada no extremosul do arquipélago das Caraíbas. A capital, St. George’s, situa-se numdos portos mais aprazíveis das Caraíbas. A ilha produz bananas e cacaue é muito conhecida pelas suas especiarias – cravinho, noz-moscada,gengibre, canela e macis.

O final da década de 80 e início da década de 90 foi um período defraco crescimento, mas o PIB real aumentou para uma média de 3,5%no período 1995-1997 e 7,3% em 1998-2000, induzido pelaexpansão nos sectores da construção e do turismo, bem como peloaumento das receitas das exportações agrícolas e de produtosmanufacturados. A procura de serviços, especialmente nos sectoresdas comunicações e das finanças, também aumentou bastante.Actualmente, o desempenho económico de Granada é considerado dosmais favoráveis das Caraíbas Orientais.

No ano 2000 as importações da UE provenientes de Granadatotalizaram 14,9 milhões de euros e as exportações atingiram29,4 milhões de euros.

Desafios e oportunidades

As reformas governamentais do início dos anos 90, nomeadamenteuma política-quadro de ajustamento estrutural, centraram-se numaampla reforma fiscal, numa racionalização dos serviços públicos e nummaior envolvimento das empresas privadas na economia. Estasiniciativas aumentaram a confiança do sector privado e impulsionarama actividade económica.

O desafio a que o país tem de dar resposta consiste em manter a taxade crescimento económico para reduzir a pobreza e o desemprego,através do aumento do investimento privado e da eficiência no sectorpúblico e da prossecução de políticas fiscais sólidas.

Cooperação para o desenvolvimento

Desde 1975, foram atribuídos mais de 50 milhões de euros de apoiofinanceiro no âmbito das Convenções de Lomé, que se centraram nodesenvolvimento da infra-estrutura de transportes, no turismo, noabastecimento de água e no desenvolvimento dos recursos humanos.Os projectos no sector turístico incluíram assistência técnica pararelações públicas e para o desenvolvimento de marketing na Europa, arecuperação de atracções e a criação de um parque nacional.

O apoio ao desenvolvimento dos recursos humanos incluiu umprograma de formação plurianual, equipamentos escolares para oensino secundário e superior em St. George's, bem como a construçãoda Escola de Formação Agrícola de Mirabeau. A UE financiouigualmente a extensão do Hospital de St. George’s e 24 microprojectosdestinados a reabilitar equipamentos básicos para a comunidade.

Foram reabilitadas e recuperadas a estrada principal para leste e maisde 42 km de estradas rurais, numa operação que custou 6,5 milhõesde euros para melhorar as infra-estruturas rurais para os agricultores,enquanto um montante de 2 milhões de euros da Facilidade deAjustamento Estrutural criou fundos de contrapartida parainvestimentos públicos nos sectores sociais, como a educação, aformação, a saúde e o emprego.

Foi ainda concedido apoio adicional para melhorar o abastecimento deágua em Granada, enquanto nos termos do Acordo de Cotonu seráconcedida assistência ao sector do turismo, para melhorar osequipamentos e serviços turísticos. Está previsto que uma parte daassistência será igualmente destinada às tecnologias da informação eda comunicação.

Desde 1981, Granada já beneficiou de aproximadamente 19,8 milhõesde euros no quadro do sistema STABEX para a estabilização dasreceitas de exportação da noz-moscada, macis, bananas e cacau.Receberá ainda cerca de 500 000 euros por ano, durante um períodode 10 anos, ao abrigo do Quadro Especial de Assistência para osfornecedores tradicionais de bananas. Entre os projectos previstos noquadro desta facilidade inclui-se a assistência para melhorar as infra-estruturas de irrigação e de gestão da água e infra-estruturas rurais,para a concessão de créditos agrícolas e para acções de formação emgestão financeira.

A assistência do BEI a Granada consistiu principalmente emempréstimos globais (capital de risco) ao Banco de Desenvolvimento deGranada para beneficiar as PME. Também foram concedidos apoios àcompanhia de electricidade GRENLEC, para a construção de umaunidade hoteleira que será propriedade local e para a componente deGranada do programa de eliminação de resíduos da OECO.

34 | As Caraíbas e a União Europeia

Data de independência 4 de Fevereiro de 1974

Capital St. George's

Superfície 345 km2

População 97 000

Língua Inglês

Princip. export. Cacau, bananas, especiarias

PNB per capita 4 070 euros (est. 2000)

Granada

* Envelopes A e B** Fundos disponíveis do orçamento da UE, não do FED

Estes valores não incluem programas e projectos regionaisque beneficiaram Granada, directa ou indirectamente, nemos benefícios quantificados do Protocolo sobre as Bananas.

Lomé I Lomé II Lomé III Lomé IV Lomé IVbis Cotonu *

Programa Indicativo Nacional 2,0 3,5 5,5 4,5 6,5 7,4

Empréstimos BEI: capital de risco 1,5 2,4 2,8 3,3 4,0

recursos próprios 4,0

Apoio ao ajustamento estrutural 2,0

STABEX 3,9 2,5 10,6 2,8

Ajuda alimentar 0,2 2,7 0,5

Outra Outra (ajuda de emergência, 0,5 0,5 0,1projectos de ONG, programa de controlo da SIDA)

0,3 0,3

0,6

QEA (1999 - 2001)** 2,0

Total 4,2 13,0 12,3 24,7 13,3 9,4

Total global 76,9

Granada

Ajuda comunitária

(dotações em milhões de euros)

Page 37: As Caraíbas e a União Europeia

Quadro de referência

A Guiana, localizada no ponto em que as Caraíbas se juntam à Américado Sul na sua costa do Atlântico Norte, faz parte, histórica eculturalmente, da região das Caraíbas. É em Georgetown que estásituado o Secretariado da Comunidade das Caraíbas (CARICOM). Cercade 90% da população habita na zona costeira, que representa 5% dasuperfície total do país e está 0,5 a 1 metro abaixo do nível da maréalta.

Os pilares tradicionais da economia são o açúcar, a bauxite e o arroz,mas o ouro está cada vez mais a tornar-se uma exportação importante.O arroz e o açúcar têm beneficiado de acesso preferencial ao mercadoda UE, mas qualquer destas indústrias tem de se modernizar e reduziros custos até 2009, ano em que terminarão as preferências comerciais.A falta de investimento conduziu à decadência da indústria da bauxite.

O declínio dos sectores produtivos nos anos 70 e 80 conduziu a umarecessão prolongada, de que resultou um dos maiores encargos dedívida per capita dos países em desenvolvimento. Desde o início dosanos 90 o país lançou um programa de recuperação política eeconómica apoiado por dadores internacionais. Em 1996, o Clube deParis concedeu uma redução de 67% do valor actualizado da dívidalíquida elegível. No final de 2000, o FMI anunciou uma segunda rondade redução da dívida no âmbito de uma iniciativa melhorada de apoioaos países pobres altamente endividados (HIPC).

O principal parceiro comercial do país são os EUA, seguindo-se o ReinoUnido e o Canadá. As exportações para os países da CARICOMrepresentam em média pouco mais de 4%, enquanto as importações,principalmente de petróleo de Trindade e Tobago, correspondem emmédia a 21%. A Guiana beneficia da terceira maior quota de açúcar daUE e do Protocolo sobre o Açúcar. Em 1999 o valor das exportaçõesde açúcar foi de 153 milhões de euros; as exportações de arrozatingiram 79,9 milhões de euros. A produção total de rum em 2001foi de 13 239 900 litros, dos quais exportou 8 653 000 litros.

Em 2000, as importações totais da UE provenientes da Guianatotalizaram 205,3 milhões de euros e as exportações foram de 70,6 milhõesde euros.

Desafios e oportunidades

Um inquérito realizado em 1999 revelou que 35% da população viveabaixo do limiar de pobreza e que 19% vive em condições extremas.A emigração acelerou durante o período de recessão, provocando umafalta de pessoal qualificado e a não utilização das infra-estruturas. Pararestaurar e aumentar a capacidade de produção, as grandesprioridades são a reabilitação das defesas marítimas, os sistemas deabastecimento de água e os transportes. Em 1999 foi lançado umprograma de reabilitação das defesas marítimas no montante de 20 milhõesde euros.

Em 1999, a produção de ouro atingiu 4 149 000 onças, com umimportante impacto na economia resultante da exploração em largaescala das minas de ouro.

Cooperação para o desenvolvimento

Durante o período de 1975 a 1990, foram atribuídos 106 milhões deeuros de ajuda para desenvolver as infra-estruturas económicas esociais, o sector mineiro, os transportes e os sistemas hidráulicos e deabastecimento de água. A reabilitação de barcos para atravessar os riosconduziu a um aumento da actividade económica.

No âmbito do 7º FED, dos 32,8 milhões de euros concedidos, 80%foram para apoio às infra-estruturas económicas e sociais. O paísbeneficiou igualmente de três programas de ajustamento estruturalpara a saúde e a educação, num total de 8,6 milhões de euros.Também foi lançada uma iniciativa de crédito às pequenas empresas.

O objectivo do 8º FED consistiu em restaurar e aumentar a capacidadede produção, a fim de permitir ao país gerar receitas de formasustentada. Foi concedida ajuda no montante de 32 milhões de eurospara apoiar de novo as infra-estruturas económicas e sociais (85%-90% para as defesas marítimas, água e transportes) e odesenvolvimento do sector privado.

O programa da Agência de Formação da Guiana recebeu 1,8 milhõesde euros para fazer face às necessidades de formação técnica dosector privado. Para 2002 está planeado um projecto de 9,1 milhõesde euros para habitações destinadas a pessoas com baixosrendimentos. Da ajuda concedida pela UE ao abrigo do SYSMIN(sistema de ajuda aos produtos minerais), 12,5 milhões de euros foramautorizados para o programa de progresso económico de Linden, umacidade mineira de exploração de bauxite. Este projecto irá ajudar a criare reforçar empresas, permitindo a criação de postos de trabalho a longoprazo.

As prioridades no âmbito do 9º FED incluem a redução da pobreza e apromoção do desenvolvimento sustentável através do melhoramentodas infra-estruturas e de apoio macroeconómico ao sector social. Omontante de 34 milhões de euros poderá ser complementado por ummontante adicional de 124 milhões de euros, com base num bomdesempenho.

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Data de independência 26 de Maio de 1966

Capital Georgetown

Superfície 215 000 km2

População 740 000

Língua Inglês

Princip. export. Açúcar, ouro, bauxite, arroz

PNB per capita 891 euros (2000)

Guiana

Lomé I Lomé II Lomé III Lomé IV Lomé IVbis Cotonu *(6° FED) (7° FED) (8° FED)

Programa Indicativo Nacional 12,8 14,6 22,1 32,8 32,0 48,0*

Empréstimos BEI: empréstimos 7,8

capital de risco 3,2 4,0 4,0 1,0

SYSMIN 34,5 5,0 12,5

Ajuda alimentar 0,7 3,8 4,3

Apoio ao ajustamento estrutural 8,5 11,0

Redução da dívida 6,4

Outra (SIDA, ajuda de emergência 0,5 0,3 0,1e compensação de danos)

Rubrica orçamental do ambiente e ONG 4,1

Proveniente de fundos regionais 1,2 12,3 0,8

Total 16,7 57,4 31,9 73,9 60,4 48,0

Total global 288,3

Guiana

Ajuda comunitária

(dotações em milhões de euros))

* Envelopes A e B

Page 38: As Caraíbas e a União Europeia

Quadro de referência

O Haiti é o país mais pobre do hemisfério ocidental – cerca de 80% dapopulação vive numa pobreza degradante. Durante a maior parte dasua história o Haiti foi flagelado pela instabilidade política e atravessouuma série de crises políticas desde 1986, altura em que terminou aditadura da família Duvalier, que durou 30 anos.

Cerca de 70% dos haitianos dependem do sector agrícola, que éconstituído principalmente por pequenas explorações de subsistênciae emprega cerca de dois terços da população activa. A distribuição dorendimento é muito desigual e a expectativa de vida é de 54 anos, emcomparação com uma média regional de 70. A taxa de fertilidade é de4,8, enquanto a média regional é de 2,8. A mortalidade infantil atinge71 por 1 000 nados-vivos, mais do dobro da média da região. A mánutrição afecta cerca de metade das crianças com menos de cincoanos e metade dos adultos são analfabetos. O aumento da pobreza estádirectamente associado a longos períodos de estagnação económica –o PNB per capita (480 euros) não evoluiu durante as últimas quatrodécadas, tendo-se mesmo verificado nos últimos anos uma regressão.

15% das importações e 20% das exportações são feitas com a UE. Em2000, as importações da UE provenientes do Haiti ascenderam a19,1 milhões de euros, enquanto as exportações totalizaram 105,1 milhõesde euros. O café representa metade das exportações do Haiti para a UE.

Desafios e oportunidades

A actual crise política constitui o principal obstáculo à recuperaçãoeconómica. A economia é enfraquecida pelos elevados níveis dedesemprego, por uma inflação galopante e pelos elevados défices dabalança de pagamentos. Os serviços básicos – electricidade e saúde –têm-se degradado. Muitos haitianos emigraram, principalmente para osEstados Unidos, para a República Dominicana e para o Canadá.

A educação é uma questão essencial que terá de ser enfrentada nofuturo. Outro problema reside no estado deplorável das infra-estruturasno Haiti, devido à deficiente gestão pública e à falta de recursos.

A negligência do ambiente que se verificou no passado conduziu àerosão da camada superior das terras e a uma diminuição drástica daprodução agrícola. Os recentes esforços do governo para dar respostaaos problemas ambientais precisam de ser integrados numa políticaglobal da população e do desenvolvimento rural. A tendência para adesflorestação tem de ser invertida.

Cooperação para o desenvolvimento

O Haiti aderiu à Convenção ACP-UE em 1989. Devido à sua situaçãopolítica, o país não pôde participar no 7º Fundo Europeu deDesenvolvimento (FED) até Novembro de 1994. No entanto, o Haitibeneficiou de uma ajuda europeia substancial entre 1976 e 1990,tendo sido despendidos nesse período 100 milhões de euros.

No final de 1999 a assistência totalizava 487 milhões de euros durantecinco anos. Juntamente com a ajuda bilateral dos seus Estados-Membros, a UE é o segundo maior dador, logo a seguir aos EUA. A ajudadestinou-se a infra-estruturas públicas, desenvolvimento rural,segurança alimentar e ambiente, sectores sociais, saúde e educação.Cerca de 10% destinou-se a apoiar o sistema jurídico, a cultura, ocomércio e o turismo.

A ajuda para as infra-estruturas públicas envolve principalmente aconstrução de estradas. No quadro do 7º e do 8º FED foram afectados109 milhões de euros, bem como 30 milhões de euros de fundosprovenientes do STABEX, para a construção de caminhos rurais emzonas de produção de café. A conservação destes caminhos foiconsiderada o problema principal. Foi também dada assistência aosector da agricultura, visando a enorme população rural, e aodesenvolvimento institucional. No sector da saúde, a ajuda humanitáriafoi o instrumento utilizado para dar apoio directo aos serviços básicos.A falta de uma política sectorial e a existência de linhas hierárquicaspouco claras entre os parceiros do sector privado e da sociedade civillimitou o êxito destas acções.

> O programa de desenvolvimento rural começa a dar frutos

Desde 1995 que a PRODEVA, uma ONG do Haiti, trabalha com 3 000agricultores e respectivas famílias no vale Bayonnais, com o apoio deum programa de agricultura de regadio, financiado pela UE, nomontante de 1,26 milhões de euros. Actualmente, 1 200 ha sãoirrigados regularmente através de um sistema de abastecimento deágua gerido pelos utilizadores, que também fixam o preço.

Um grupo de agricultores associativos controla diversos serviços,incluindo várias zonas de drenagem, e plantou 1 milhão de limoeiros,reduzindo assim significativamente a erosão do solo. O vale começa aproduzir cada vez mais e o aumento do rendimento dos agricultorescontribui para a educação dos seus filhos.

A PRODEVA tem promovido infatigavelmente este tipo de iniciativas dedesenvolvimento através de assistência técnica e mobilizou outrascomunidades rurais com o apoio do FED da UE. Este programademonstra que o êxito deve ser alcançado a longo prazo e depende deum verdadeiro diálogo entre os participantes e a ONG parceira queproporciona a capacidade técnica.

O Banco Europeu de Investimento (BEI)

O BEI pode contribuir para o financiamento de projectos e de programasou outros investimentos destinados a promover o sector privado,especialmente na indústria, transformação de produtos alimentares,turismo, energia para minas, transportes e telecomunicações.A assistênciafoi fixada provisoriamente em 14 milhões de euros. O Governo do Haititenciona apresentar propostas de financiamento nas seguintes áreas:• assistências às PME através de instituições financeiras adequadas;• investimento produtivo em infra-estruturas económicas como a

energia, água e saneamento, telecomunicações e transportes;• desenvolvimento de projectos relacionados com a indústria, agro-

indústria, exploração mineira e turismo, bem como serviçosrelacionados com estes sectores.

36 | As Caraíbas e a União Europeia

Data de independência 1 de Janeiro de 1804

Capital Port-au-Prince

Superfície 27 750 km2

População 8 300 000

Língua Crioulo e francês

Principais exportações Café e cacau

PNB per capita 480 euros

Haiti

* Envelopes A e B

Lomé I Lomé II Lomé III Lomé IV Lomé IVbis Cotonú *

Programa Indicativo Nacional - - - 113 148 239

Empréstimos e capital de risco do BEI - - - 14 10

STABEX - - - 32 3

Ajuda alimentar - - - 13 10

Ajuda para ajustamento estrutural - - - 17 12

Outra (SIDA, ajuda de emergência, - - - 87 53compensação de danos)

Total - - - 276 236 239

Total global 751

Haiti

Ajuda comunitária

(dotações em milhões de euros)

Page 39: As Caraíbas e a União Europeia

Quadro de referência

A Jamaica é a terceira maior ilha das Caraíbas. A sua independênciada Grã-Bretanha foi declarada em 1962, é uma democraciaparlamentar com duas câmaras, baseada no modelo de Westminster,e é membro da Commonwealth. A sua população é completadaprovavelmente por um número idêntico de jamaicanos que vivem noexterior, principalmente no Reino Unido, Estados Unidos e Canadá.

A topografia da Jamaica é caracterizada por um interior montanhoso ezonas costeiras baixas, com colinas dispersas e planícies. A ilha estásituada na cintura de terramotos e furacões. As Blue Mountains ficama leste, sendo o ponto mais elevado a 2 260 metros. Existem inúmerosrios com fortes correntes.

A balança comercial da Jamaica com a UE é tradicionalmente positiva,representando o comércio entre a UE e a Jamaica aproximadamente30% das exportações do país e 15% das importações (1999).

Desafios e oportunidades

Um importante desafio para conseguir crescimento consiste emprosseguir as reformas macroeconómicas planeadas, nomeadamentea implementação de uma rigorosa política fiscal, a redução da dívidapública e a restauração do sector financeiro. Esta política deve conduzira uma diminuição das taxas de juro e a um incentivo do investimento.No entanto, esta política fiscal rigorosa irá criar uma forte pressão sobreas despesas com programas sociais (programas de redes de saúde, deeducação, de água e de segurança social) e exigir maior atenção àimplementação eficaz de tais programas, incluindo métodos derealização eficazes que envolvam a participação da comunidade.

O crescimento da Jamaica nos próximos anos terá de ser largamenteinduzido pelas exportações. Para conseguir esse crescimento é precisoaumentar a competitividade do sector privado, o que implica reduçõesde custos e investimentos de reestruturação a favor de actividades maiscompetitivas. Como as taxas de juro vão descer, os factores que limitamo acesso ao crédito, como a exigência inflexível de garantias, podemtornar-se um obstáculo importante para o crescimento do investimento,especialmente para as pequenas e médias empresas. Este tipo deempresas também se defronta com importantes limitações internas emtermos de gestão, tecnologias, qualidade dos produtos e capacidade decomercialização. Um desafio emergente é a necessidade de satisfazeras normas de qualidade e ambientais nos principais mercados deexportação, bem como as exigências de certificação.

Uma restrição ao desenvolvimento do sector privado e da agriculturasustentável é a fraca qualidade das infra-estruturas, especialmente arede de transportes rodoviários. Uma questão importante é asustentabilidade do crescimento, associada à agricultura, turismo eexploração mineira, bem como o crescimento da população. Nestecontexto, o tratamento das águas residuais, a eliminação dos resíduossólidos e a protecção costeira precisam de ser devidamente encarados.Além disso, o aumento da frequência de crimes e da incidência dotráfico de drogas tem de ser abordado de forma eficaz, respeitandoplenamente o Estado de direito.

Cooperação para o desenvolvimento

A assistência financeira total da CE à Jamaica, desde o início daConvenção de Lomé em 1975, é estimada em cerca de 666 milhõesde euros. Este montante não inclui a cooperação bilateral dos Estados-Membros da UE, os benefícios dos programas regionais ou osbenefícios das preferências comerciais e dos protocolos de Lomé. Osfundos atribuídos à Jamaica no quadro das anteriores Convenções deLomé foram plenamente utilizados. De um modo geral, aimplementação foi considerada satisfatória.

A assistência no quadro de Lomé I a III concentrou-se nas infra-estruturas, agricultura, comércio e promoção do investimento.

As principais prioridades no âmbito do Programa Indicativo Nacional eRegional do 8º FED são a redução da pobreza, os esforços deajustamento, o comércio e desenvolvimento do sector privado, odesenvolvimento dos recursos humanos e as infra-estruturas. AEstratégia de Apoio ao País e o Programa Indicativo Nacional assinadoscom o Governo da Jamaica no quadro do 9º FED confirmam acontinuação de apoio a partir do orçamento para o ajustamentomacroeconómico e identificam como áreas essenciais odesenvolvimento do sector privado e a conservação de estradas. Acooperação descentralizada, incluindo os agentes não estatais e oreforço institucional, foram identificados como áreas de apoio nãocentrais. Foi atribuído à Jamaica um montante indicativo de 100 milhõesde euros no âmbito do 9º FED.

No sector da agricultura, a Jamaica beneficia de um generoso apoioorçamental fora do FED, no quadro do Programa Especial deAssistência da UE. Desde Março de 1996, a Jamaica recebeusubvenções que estão a ser utilizadas para melhorar a competitividadeda indústria jamaicana da banana num mercado mundial maisliberalizado. No âmbito deste programa foram atribuídos 21,4 milhõesde euros à Jamaica.

Além disso, a Jamaica está a desenvolver uma política activa decooperação regional no contexto do CARIFORUM e beneficia deimportantes projectos regionais no âmbito do FED, como o apoio aprojectos regionais de transportes e de telecomunicações, à promoçãodo comércio e ao desenvolvimento dos recursos humanos. Aassistência do BEI à Jamaica até meados dos anos 90 concedeu umasérie de empréstimos globais a instituições financeiras.

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Data de independência 6 de Agosto de 1962

Capital Kingston

Superfície 10 991 km2

População 2 610 000

Língua Inglês

Princip. export. Alumina/bauxite, açúcar, bananas

PNB per capita 3 100 euros

Jamaica

* Envelopes A e B

Lomé I Lomé II Lomé III Lomé IV Lomé IVbis Cotonu *

Programa Indicativo Nacional 20,0 26,4 40,2 49,7 55,5 100,0*

Empréstimos e capital de risco do BEI 0,1 9,0 36,4 27,4 116,7 -

Asignación SYSMIN - 25,0 - 71,0 -

Asignación STABEX - 4,3 - - 6,7 -

Apoio ao ajustamento estrutural - - - 2,5 43,0 -

Outra (SIDA, ajuda de emergência, 24,9 0,1 1,0 6,5 - -ajuda alimentar e projectos de ONG)

Total 45,0 64,8 77,6 157,1 221,9 100,0

Total global 666,4

Jamaica

Ajuda comunitária

(dotações em milhões de euros)

Page 40: As Caraíbas e a União Europeia

Quadro de referência

São Cristóvão e Nevis é uma federação constituída por duas ilhas, quefica situada no grupo das ilhas Leeward. A sua economia tem sidodominada pela produção de açúcar desde a sua introdução no séculoXVII, mas a importância desta cultura tem vindo a declinar de formacontinuada desde os anos 80. Em 1960, Nevis deixou de cultivar cana-de-açúcar, mas na ilha maior, de São Cristóvão, continua a ser a culturadominante, proporcionando emprego a 30-45% da população activa.

Este nível de dependência de um único produto agrícola torna o paísextremamente vulnerável. Para acabar com tal situação, o governoapoiou com êxito a diversificação para a indústria transformadora e oturismo. A economia cresceu 6% em média por ano durante o período1985-1997, devido principalmente ao aumento de turistas e àsactividades conexas de construção e de serviços.

O crescimento do PNB diminuiu significativamente no período 1998-2000, em consequência dos efeitos devastadores causados por trêstufões. A expansão que se seguiu do sector da construção foi a principalfonte do crescimento económico em 2000-2001. São Cristóvão e Nevisé um país de rendimento médio superior, mas calcula-se que o PIBanual per capita em Nevis é cerca de 10% superior ao de SãoCristóvão.

O mercado da UE representa cerca de 15% das importações totais ecerca de 20% das exportações do país. O Protocolo sobre o Açúcar,com uma quota de 14 800 toneladas no âmbito do Acordo de Cotonu,proporciona o maior e mais lucrativo mercado para as exportações deaçúcar, sendo os preços no mercado da UE cerca de três vezessuperiores aos preços mundiais. O valor anual do acesso ao mercadoda UE no quadro do Protocolo sobre o Açúcar é aproximadamente de5,8 milhões de euros.

Em 2000, as importações da UE a partir deste país representaram13,3 milhões de euros e as exportações atingiram 23,1 milhões de euros.

Desafios e oportunidades

Apesar dos esforços do governo para implementar uma gestãofinanceira sólida, promover o turismo e reestruturar a indústria doaçúcar, o país é constantemente confrontado com os desafios e asrestrições inerentes aos pequenos Estados insulares emdesenvolvimento.

O turismo é importante em termos de emprego e de divisas e foiidentificado como o sector fundamental para o desenvolvimento futuro.O sector financeiro offshore é outro sector em crescimento. A indústriatransformadora em larga escala não constitui uma alternativa viável,mas São Cristóvão atraiu pequenas unidades de montagem e deprodução de aparelhos electrónicos. Nos anos 70 foi aprovada umapolítica destinada a atrair a indústria ligeira e recentemente o sector foialargado, a fim de incluir operações relacionadas com as tecnologiasda informação e computadores.

Cooperação para o desenvolvimento

Desde 1976 a UE atribuiu 23,2 milhões de euros para projectos,programas e operações, valor que inclui os recursos regionaisafectados ao projecto do aeroporto de Nevis. No âmbito dasConvenções Lomé I, II e III, o apoio centrou-se nas infra-estruturassociais (60%), nomeadamente a construção de diversas escolasprimárias e centros sociais, bem como no melhoramento do sistemade abastecimento de água em Nevis.

No âmbito de Lomé IV e Lomé IVbis foram disponibilizados 5,5 milhõesde euros para o desenvolvimento das infra-estruturas do sector dasaúde, sendo os principais projectos a recuperação do Hospital J.N.France, em São Cristóvão, e o Hospital de Alexandra, em Nevis. O apoiono âmbito do primeiro protocolo financeiro do Acordo de Cotonu visa aeducação de adultos e a educação contínua.

A assistência do BEI assumiu em grande parte a forma de empréstimosglobais (capital de risco) ao Banco de Desenvolvimento de SãoCristóvão e Nevis para a concessão de empréstimos às PME. Em 2000foi assinado um novo empréstimo de 4 milhões de euros. O BEIfinanciou estradas e o melhoramento do sistema de electricidade e estáa co-financiar o projecto de extensão do aeroporto de Nevis (2 milhõesde euros).

38 | As Caraíbas e a União Europeia

Data de independência 19 de Setembro de 1983

Capital Basseterre

Superfície 269 km2

População 44 000

(São Cristóvão 35 000 e Nevis 9 000)

Língua Inglês

Principal exportação Açúcar

PNB per capita 7 423 euros (estimativa de 2000)

São Cristóvão e Nevis

Lomé I Lomé II Lomé III Lomé IV Lomé IVbis Cotonu *(6° FED) (7° FED) (8° FED)

Programa Indicativo Nacional 2,3 2,2 3,5 2,5 3,0 4,0

Empréstimos BEI: capital de risco 0,4 0,0 2,0 4,0

PIR 4,0

Outra (ajuda de emergência projectos ONG, 0,1 0,1programa de controlo da SIDA)

Total 2,4 2,6 7,6 4,5 7,0 4,0

Total global 28,1

São Cristóvão e Nevis

Ajuda comunitária

(dotações em milhões de euros)

* Envelopes A e B

Estes valores não incluem programas e projectosregionais que beneficiaram São Cristóvão e Nevis,directa ou indirectamente, nem os benefíciosquantificados do Protocolo sobre o Açúcar.

Page 41: As Caraíbas e a União Europeia

Quadro de referência

O nome dos picos gémeos vulcânicos de Santa Lúcia, “Pitons” (picos),reflecte a história desta ilha, que várias vezes mudou de mãos entreingleses e franceses. É a mais populosa das quatro ilhas de barlaventoe tem o mérito de contar dois vencedores do Prémio Nobel: Sir ArthurLewis em 1979 (economia) e Derek Walcott em 1982 (literatura).

Durante a década de 80 Santa Lúcia registou um bom desempenhoeconómico, com forte crescimento, inflação baixa, uma situação dabalança de pagamento relativamente forte e rácios da dívida externamoderados. Desde o início dos anos 90 o crescimento real abrandou eos resultados orçamentais enfraqueceram, devido em grande parte àerosão do acesso preferencial ao mercado das bananas da UE, bemcomo à baixa produtividade existente na indústria.

Durante o período 1996-2000 os principais sectores, como aagricultura e a indústria transformadora, registaram uma taxa decrescimento negativa. O crescimento do PIB real foi de 2% em 2000,graças à animação do sector da construção e ao crescimento contínuodo turismo e dos serviços financeiros.

Santa Lúcia beneficia de acesso ao mercado da UE isento de direitospara os produtos manufacturados e de condições preferenciais para asbananas. A UE representa aproximadamente três quintos dasexportações e 25% das importações. Em 2000, as importações da UEprovenientes deste país ascenderam a 56 milhões de euros, enquantoas exportações totalizaram 55,7 milhões de euros. As exportações debananas em 2001 atingiram cerca de 34 032 toneladas.

Desafios e oportunidades

A economia é muito susceptível aos choques macroeconómicosexternos, ampliados por uma produção não diversificada e baseada nasexportações e agravada por catástrofes naturais, que têm efeitoseconómicos graves para as culturas da banana e do cacau.

Santa Lúcia tem pela frente novos desafios económicos no contexto daglobalização e da liberalização. O crescimento económico dependerá domelhoramento do sector das bananas e da diversificação para culturasnão tradicionais, para o turismo e para outros serviços.

Cooperação para o desenvolvimento

A estratégia de desenvolvimento do país atribui à diversificaçãoeconómica e ao crescimento orientado para as exportações umaimportância primordial para o sector privado. Está a ser incentivada aprodução privada de produtos agrícolas não tradicionais, como a fruta-pão, pimentos, mangas e tanchagens.

Desde 1976 o apoio da UE ascendeu a mais de 172 milhões de euros.Alguns dos projectos anteriores incluíram apoio para o desenvolvimentoda pecuária, construção de estradas, um projecto de repovoamento ediversificação agrícolas, um programa de drenagem e de protecção deterras, a reorganização do mercado central de Castries, o ensinosuperior, bolsas de estudo e assistência técnica para a promoção doturismo.

O programa de desenvolvimento do vale de Mabouya, realizado noâmbito de Lomé III, destinava-se a reduzir a dependência da cultura dabanana, melhorar a legislação cadastral, conter as migrações urbanase proteger a terra e os recursos hidráulicos. A segunda fase incluiu aconstrução de centros de cuidados de dia, acções de formação parajovens e desempregados e um microprojecto de transformação deprodutos agrícolas e desenvolvimento da floresta.

Através do STABEX, o mecanismo de compensação das flutuações dasreceitas das exportações, Santa Lúcia recebeu mais de 73,3 milhõesde euros pelas perdas relacionadas com as receitas das exportaçõesde bananas. Receberá ainda 8,5 a 9 milhões de euros por ano, duranteum período de 10 anos, no âmbito do Quadro Especial de Assistênciapara os produtores tradicionais de bananas.

Outras iniciativas incluem a reabilitação de estradas, o desenvolvimentodo sector privado, actividades no sector do turismo, desenvolvimentotécnico e profissional dos recursos humanos, desenvolvimento de umplano de recuperação social para os agricultores, programas centradosna pobreza, cuidados primários de saúde e serviços conexos prestadosa grupos vulneráveis.

O Banco Europeu de Investimento (BEI) financiou um estudo de energiageotérmica e concedeu apoio aos serviços de electricidade de SantaLúcia e para PME, através do Banco de Desenvolvimento de SantaLúcia. A assistência do BEI durante o período 1980-2000 ascende amais de 21 milhões de euros.

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Data de independência 22 de Fevereiro de 1979

Capital Castries

Superfície 616 km2

População 150 000

Língua Inglês e crioulo

Principais exportações Bananas, caixas de cartão e vestuário

PNB per capita 4 705 euros (est. de 2000)

Santa Lúcia

* Envelopes A e B

** Fundos disponibilizados a partir do orçamentoda UE e não do FED.

Estes valores não incluem programas e projectosregionais que beneficiaram Santa Lúcia, directaou indirectamente, nem os benefíciosquantificados do Protocolo sobre as Bananas.

Lomé I Lomé II Lomé III Lomé IV Lomé IVbis Cotonu *

Programa Indicativo Nacional 3,2 3,7 6,0 5,0 6,0 19,5

Empréstimos BEI: recursos próprios 0,4 8,0 11,5

capital de risco 0,2 0,4 2,0 1,5

STABEX 1,2 26,8 46,5

Outra (ajuda de emergência, projectos de ONG, 1,0 0,4 1,2 0,3programa de controlo da SIDA)

QEA (1999 - 2001)** 26,6

Total 4,4 6,1 17,2 45,1 52,5 46,1

Total global 171,4

Santa Lúcia

Ajuda comunitária

(dotações em milhões de euros)

Page 42: As Caraíbas e a União Europeia

Quadro de referência

São Vicente é a maior das ilhas do arquipélago das Granadinas. Devidoà sua geografia, as principais restrições ao desenvolvimento inerentesaos pequenos Estados insulares têm um impacto ainda maior.

O principal motor do país é a agricultura, predominando sobretudo acultura da banana, e o equilíbrio dos seus recursos é determinado emgrande parte pelo nível das receitas do turismo, pelas exportações debananas (50% do total) e pela entrada de capitais. O país está a tentardesenvolver o seu potencial turístico. Além disso, tornou-se o maiorfornecedor de farinha de araruta para o Canadá e os EUA. A pesca e aprodução industrial também aumentaram.

Cerca de metade das exportações do país são para a UE, bem comoum quinto das suas importações. Em 2000, as importações da UEprovenientes do país atingiram 142,2 milhões de euros, enquanto asexportações ascenderam a 170,5 milhões de euros. As bananasrepresentaram mais de 90% das exportações para a UE nos últimosanos, tendo atingido 30 497 toneladas em 2001. O subsídio implícitono mercado garantido da UE representa cerca de um quinto do valortotal das exportações de bananas, mas a produção estagnou desdemeados da década de 90.

As iniciativas de diversificação económica para fazer face ao declíniodo sector da banana conduziram a uma melhoria da situaçãoeconómica no final dos anos 90. Contudo, em 2000 o crescimento realdo PIB desceu de novo para 2,1%. A actividade económica diminuiusignificativamente em 2001, devido principalmente aos efeitos de umaenorme seca e a um declínio do turismo.

Desafios e oportunidades

Desde meados dos anos 80 que o governo se tem defrontado com umasérie de desafios, nomeadamente a gestão do défice público, a criaçãode um clima favorável ao investimento, a reforma agrária e adiversificação agrícola. O crescimento económico foi dificultado duranteos anos 90, porque as tempestades tropicais destruíram uma partesubstancial das colheitas e continuou a existir um elevado nível dedesemprego. A situação foi ainda agravada pela falta de pessoal técnicoe administrativo qualificado. O novo governo (Abril de 2001), emconsulta com a sociedade civil, está a implementar um plano pararenovar o crescimento económico e o progresso social, com uma sériede reformas estruturais baseadas na prudência fiscal, destinada apromover o crescimento do sector privado, a reestruturar a indústria dabanana e a desenvolver o turismo e o sector dos serviços financeirosoffshore.

Cooperação para o desenvolvimento

Desde 1976, a UE já atribuiu 175,3 milhões de euros para odesenvolvimento de infra-estruturas sociais, diversificação daagricultura, transportes e comunicações. O projecto do aeroporto deBequia, concluído em 1992, foi o maior projecto individual do FED nasCaraíbas Orientais (18,5 milhões de euros). A assistência concedidaanteriormente permitiu melhorar o sistema viário e o sector da saúde.Também foram concluídos com êxito projectos de apoio à diversificaçãoagrícola, ao repovoamento de terras e ao desenvolvimento do turismo.

O apoio concedido no quadro dos últimos FED centrou-se na educação,na formação de professores e nas reformas sectoriais. Odesenvolvimento da Faculdade Comunitária está em curso e foiconstruída uma Faculdade de topo. Entre os projectos futuros inclui-sea criação de um centro de meios de aprendizagem.

Através do STABEX, mecanismo de compensação das flutuações dasreceitas de exportação, as ilhas receberam transferências de mais de63,3 milhões de euros relativas a perdas de receitas das exportaçõesde bananas. No âmbito do Quadro Especial de Assistência de 1999para os fornecedores tradicionais de bananas, receberãoaproximadamente 6,5 milhões de euros por ano, durante um períodode 10 anos.

Entre as medidas apoiadas estão o desenvolvimento do turismo, aformação de jovens e desenvolvimento comunitário, o desenvolvimentodos recursos humanos e apoio ao crédito a pequenos empresários. Aassistência do BEI centrou-se no aumento da produção de electricidadeatravés de empréstimos à empresa nacional de electricidade VINLEC(9,9 milhões de euros) e na promoção das PME nos sectores industrial,agro-industrial e do turismo. Também foi concedido apoio para odesenvolvimento do porto de Kingstown.

40 | As Caraíbas e a União Europeia

Data de independência 27 de Outubro de 1979

Capital Kingstown

Superfície 388 km2

População 114 000 (2000)

Língua Inglês

Principal exportação Bananas

PNB per capita 3 110 euros (est. 2000)

São Vicente e Granadinas

Lomé I Lomé II Lomé III Lomé IV Lomé IV bis Cotonu *(6° FED) (7° FED) (8° FED)

Programa Indicativo Nacional 3,1 3,1 7,0 5,0 6,5 21,0

Empréstimos BEI: recursos próprios 2,9 5,8 5,0 4,0

capital de risco 2,9 2,8 5,0

PIR 16,5

STABEX 0,9 31,5 31,8

Outra (ajuda de emergência, projectos de ONG, 0,8 0,2 0,8programa de controlo da SIDA)

QEA (1999 - 2001)** 18,7

Total 3,9 10,0 32,9 46,5 42,3 39,7

Total global 175,3

São Vicente e Granadinas

Ajuda comunitária

(dotações em milhões de euros)

* Envelopes A e B** Fundos disponíveis do orçamento da UE, não do FED

Estes valores não incluem programas e projectos regionais(para além do projecto do aeroporto de Bequia) quebeneficiaram São Vicente e Granadinas, directa ouindirectamente, nem os benefícios quantificados do Protocolosobre as Bananas.

Page 43: As Caraíbas e a União Europeia

Quadro de referência

O Suriname está a recuperar de um longo período de instabilidadepolítica e de crises económicas, que tiveram como consequência umsério agravamento da situação socioeconómica e um aumento dosníveis de pobreza. A guerra civil que flagelou o país de 1986 a 1992afectou as comunidades do interior, danificando gravemente as infra-estruturas.

Desde 1981 que o PIB apresenta uma tendência descendente e aeconomia tem-se caracterizado por elevados défices orçamentais, umainflação rápida e escassez de divisas. Em 1994, a estabilidadeeconómica e política aumentou e a situação macroeconómica começoua melhorar, mas o mesmo não aconteceu com as condições de vida ea saúde pública.

Devido à demografia de uma pequena população disseminada porzonas urbanas, rurais e do interior, as autoridades tiveram dificuldadeem afectar fundos suficientes para a reconstrução de escolas, estradasdeterioradas, centros de saúde e outros equipamentos.

As importações do Suriname provenientes da UE representaram emmédia 12,4% da totalidade das suas importações mundiais entre 1990e 1995.Em 2000,as exportações para a UE corresponderam a 172,4 milhõesde euros, enquanto as importações provenientes da UE ascenderam a120,3 milhões de euros.

Desafios e oportunidades

Tem de ser criado um ambiente propício para aumentar acompetitividade nos mercados regionais e internacionais para ocrescimento orientado para o sector privado, necessário para melhoraras condições sociais. Entre as medidas prioritárias incluem-se areforma e estabilização macroeconómicas, bem como o melhoramentoda governação através do reforço das instituições. Estas medidasdevem ser completadas por reformas económicas estruturais.

A existência de uma classe média relativamente sã e etnicamentediversificada constitui uma oportunidade para lutar contra a pobrezaatravés do crescimento económico. Está prevista uma ComissãoEconómica e Social tripartida para assegurar a cooperação entre osparceiros sociais na promoção do desenvolvimento económico.

Entre as actividades promissoras baseadas nos recursos contam-se asindústrias da bauxite, petróleo, ouro, madeira e produtos agrícolasseleccionados, bem como a pesca. O turismo também tem grandepotencial.

Cooperação para o desenvolvimento

A assistência total durante os anos 90 ascendeu a 105,8 milhões deeuros, centrando-se a cooperação principalmente nas infra-estruturas,em especial a recuperação da rede de estradas através do programade reabilitação das infra-estruturas.

A Comissão Europeia aprovou o co-financiamento, juntamente comoutros dadores, do Instituto Nacional do Ambiente e Desenvolvimento.O projecto de desenvolvimento do turismo deu origem a um plano dedesenvolvimento do turismo.

Um projecto de investigação ligado ao arroz permitiu reforçar ascapacidades locais e o Suriname beneficia do Quadro Especial deAssistência, criado em 1999 para conceder assistência técnica efinanceira aos fornecedores tradicionais de bananas, que conta com umorçamento de 18,5 milhões de euros. Foi assinado um importantecontrato de assistência técnica (2,7 milhões de euros para 2000hectares de plantação) para aumentar a competitividade da Surland,uma empresa exportadora de bananas.

O programa de microprojectos, no montante de 2 milhões de euros, deque resultaram 80 investimentos com base em comunidades, teveresultados positivos. O objectivo desta fase era melhorar as condiçõesde vida das pessoas, aumentando-se o acesso das comunidades aosserviços sociais e económicos. A segunda fase, no valor de 5 milhõesde euros, está em curso e inclui uma participação mais activa das ONGe centra-se no reforço da sociedade civil.

A futura programação no âmbito do 9º Fundo Europeu deDesenvolvimento inclui a reabilitação do porto de Paramaribo, odesenvolvimento de capacidades e apoio a iniciativas de privatização.

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Data de independência 25 de Novembro de 1975

Capital Paramaribo

Superfície 163 800 km2

População 431 303

Língua Neerlandês (oficial), inglês,"sranang tongo", hindustani e javanês

Princip. export. Bauxite, arroz, petróleo, bananas

PNB per capita 1 826 euros (est. de 1998)

Suriname

Lomé I Lomé II Lomé III Lomé IV Lomé IVbis Cotonou

Programa Indicativo Nacional 18,00 18,00 24,00 27,00 22,75 19,10

Empréstimos e capital de risco do BEI 4,00 4,00 3,00 0,65 2,42

STABEX

Outra (integração de refugiados, 1,05 0,50 0,30projectos de ONG, controlo da SIDA,luta contra a droga, bananas)

Total 22,00 22,00 28,05 28,15 25,47 19,10

Total global 144,77

Suriname

Ajuda comunitária

(dotações em milhões de euros)

Page 44: As Caraíbas e a União Europeia

Quadro de referência

A República das ilhas gémeas de Trindade e Tobago é famosa pelo seuCarnaval, pelas bandas de instrumentos metálicos e pelas músicasimprovisadas ("calipso"), mas o suporte principal da economia é aindústria do petróleo, responsável por mais de 25% do PIB. Adescoberta de novas jazidas de petróleo e de gás significa que seráesta a indústria dominante no futuro.

Os transportes e a distribuição, serviços financeiros, seguros, indústrialigeira, construção e sector imobiliário são as outras indústriasprincipais. A agricultura e o turismo dão contribuições relativamentepequenas, embora em crescimento. O desenvolvimento do turismo,com excepção do período do Carnaval, está concentrado em Tobago.

Desde meados dos anos 90, a economia melhorou significativamentecom a inflação baixa (3%-4%), uma moeda estável, uma economia emcrescimento e o desemprego em queda (de 17,2% em 1995 passoupara 11,2% em 2000). No ano 2000 as importações da UEprovenientes de Trindade e Tobago totalizaram 508,2 milhões de eurose as exportações corresponderam a 408,7 milhões de euros.

Desafios e oportunidades

Existe um nível significativo de pobreza e cerca de 10% da populaçãonão consegue suportar o custo de um cabaz mínimo de alimentos. Noensino primário e secundário existem problemas da qualidade e dediminuição do nível e no ensino superior/pós-secundário,especialmente nas áreas das ciências e tecnologia, existem graveslimitações de capacidade. A qualidade e a gama de serviços de saúdeprecisa de ser melhorada e a epidemia do VIH/SIDA constitui umaameaça séria para um crescimento económico sustentado e para amelhoria da qualidade de vida.

O país tem um potencial considerável para o turismo, bem comooportunidades na indústria do petróleo, que permite o desenvolvimentode indústrias a jusante, como as do aço, ureia, amoníaco e metanol.

Cooperação para o desenvolvimento

Os acordos de cooperação UE-Trindade e Tobago no quadro dasConvenções de Lomé incluíram o acesso em condições preferenciaisaos mercados da UE, apoio para ajustamento estrutural e concessãode subvenções e de empréstimos. Desde Lomé I já foram atribuídos aTrindade e Tobago mais de 267 milhões de euros em subvenções eempréstimos (em condições favoráveis). Foram financiados projectosem áreas como o desenvolvimento dos recursos humanos,desenvolvimento rural, abastecimento de água, construção de estradas,turismo e promoção das exportações e do comércio.

Um importante projecto proporcionou apoio ao sector da educação,através de subvenções para novos edifícios e equipamentos naUniversidade das Índias Ocidentais. Continuará a ser concedido apoiopara a educação mediante novos financiamentos, mas será dadaênfase ao ensino profissional e pós-secundário.

Foi concedido apoio para consultoria às empresas das Caraíbas, a fimde melhorarem a gestão, o desenvolvimento dos recursos humanos, acomercialização e o planeamento estratégico. Este serviço, que obteveenorme êxito, fornece assistência às PME, em conformidade com odestaque que é dado no Acordo de Cotonu ao apoio ao desenvolvimentodo sector privado.

Vários projectos contribuíram para a redução da pobreza em pequenascomunidades rurais, muitas vezes isoladas. Alguns são microprojectospara a construção e melhoramento de escolas e de centroscomunitários. Outros são maiores, como o melhoramento do sistemade abastecimento de água na região sudoeste de Trindade.

Um projecto bem sucedido e com efeito directo na pobreza rural é oprojecto de electrificação rural, no montante de 2,275 milhões deeuros. Um projecto de redução da pobreza no montante de 6 milhõesde euros inclui apoio para uma série de microprojectos, crédito rural edesenvolvimento institucional de organismos governamentaisdescentralizados.

A toxicodependência é uma questão que afecta muitas áreas, desde odesemprego ao crime e delinquência, passando pela má saúde e porum ensino deficiente. Foi concedido apoio nesta área para o programanacional de redução da procura de álcool e de drogas.

A indústria do turismo recebeu apoio através de assistência técnica eformação concedidas à autoridade responsável pelo desenvolvimentodo turismo e para o melhoramento de locais para visitantes e acomercialização, através da participação em feiras internacionais.

A UE desempenhou igualmente um papel importante ao ajudar o paísa aumentar as suas exportações, através do apoio à Empresa deDesenvolvimento das Exportações, ao projecto de serviços às empresasdas Caraíbas e ao Fundo para a Investigação e Formação no domínioda Agricultura das Caraíbas.

No quadro do 9º FED foi atribuída uma dotação de 19,7 milhões deeuros. Este apoio destina-se ao ensino superior e pós-secundário naárea da concentração e ao sector da saúde, como área não central.

42 | As Caraíbas e a União Europeia

Data de independência 31 de Agosto de 1962

Capital Port of Spain

Superfície 5 128 km2

(Trindade 4 828 km2 e Tobago 300 km2)

População 1 300 000 (Trindade 1 100 000 e Tobago 200 000)

Língua Inglês

Princip. export. Produtos petrolíferos, açúcar, rum

PNB per capita 5 225 euros (est. de 1999)

Trinidad e Tobago

Lomé I Lomé II Lomé III Lomé IV Lomé IVbis Cotonu*(6° FED) (7° FED) (8° FED)

Programa Indicativo Nacional 10,3 10,5 15,0 17,0 14,7 17,9

Ajustamento estrutural 3,0

Empréstimos BEI: recursos próprios 10,0 32,0 12,0 88,4 7,5

capital de risco 3,0 4,3 2,0

Bonificação de juros do FED 1,5 5,2 2,3 10,1

Programa SIDA 0,5

Total 21,8 48,2 32,3 122,8 24,2 17,9

Total global 267,2

Trinidad e Tobago

Ajuda comunitária

(dotações em milhões de euros)

* Envelopes A e B

Page 45: As Caraíbas e a União Europeia

Quadro de referência

Mais de 40 anos depois da revolução socialista, Cuba começa arecuperar lentamente da crise económica que se seguiu à retirada em1990 dos antigos subsídios da antiga União Soviética.

Embora em 2000 tenha havido pelo segundo ano consecutivo umelevado crescimento do PIB (estimado em 2000 em 5,8%), asdificuldades pouco diminuíram. Com um PIB per capita de 1 880 euros,Cuba continua a ser um dos países mais pobres das Caraíbas. O aumentodos preços do petróleo e um dólar americano forte durante o ano 2000provocaram um défice estimado de 3,6% do PIB. O efeito combinado dosataques terroristas de Setembro, do encerramento da base militar russade Lurdes e os danos causados pelo furacão Michelle (Novembro de2001) conduziram a uma grave redução das receitas em divisas e dasreceitas fiscais em 2002.

Cuba continua a ser o principal mercado para os produtos europeus naregião (seguida pela República Dominicana). A balança comercial da UEcom Cuba mantinha-se em cerca de 700 milhões de euros no final de2000, com as exportações para Cuba a excederem as importações deCuba em cerca de 250%.

Desafios e oportunidades

Desde 1993 que Cuba iniciou uma política de ajustamento que incluimedidas fiscais rigorosas, reformas destinadas a tornarem as empresasestatais mais competitivas e uma melhor cobrança dos impostos. Alémdisso, o investimento directo estrangeiro e o comércio com os países daEuropa Ocidental foi promovido activamente para compensar o colapsodos antigos mercados e fontes de financiamento externo.

No entanto, apesar dos progressos de Cuba ao longo da última década,permanecem ainda alguns obstáculos. Os elevados direitos pautais,juntamente com a regulamentação governamental, criaram dificuldadesaos fluxos comerciais, às operações financeiras e a alguns projectos decooperação. Embora a taxa oficial de desemprego se situe nos 6%, osubemprego parece afectar uma percentagem muito mais elevada dapopulação economicamente activa. Um grande desafio que se deparaainda a muitas empresas cubanas é o aumento da competitividade.

Cooperação para o desenvolvimentoAssistência da UE e dos seus Estados-Membros

A UE não tem qualquer acordo de cooperação para o desenvolvimentocom Cuba.

Desde 1993, a Comunidade concedeu perto de 125 milhões de eurosem medidas de assistência, sendo a grande maioria (cerca de 86 milhõesde euros até 2001) no domínio da ajuda humanitária através do ECHO.Calcula-se que 16% da população total tenha beneficiado desta ajuda.O programa de segurança alimentar foi outro importante fornecedor defundos, especialmente nos primeiros cinco anos da assistência da CE,tendo atingido cerca de 20 milhões de euros na globalidade e visandoperto de meio milhão de pessoas. Desde 1998, as rubricas orçamentaisque co-financiam as ONG e a cooperação económica com os países daAmérica Latina foram mais utilizadas para projectos em Cuba, tendo ofinanciamento ascendido a 18,8 milhões de euros e 14,8 milhões deeuros, respectivamente, no período 1998-2001.

Em 2000 a Comissão decidiu acabar progressivamente com a ajudahumanitária numa base programável, já que Cuba deixou de estar numasituação de emergência generalizada e a fim de mobilizar financiamentospara projectos de promoção de reformas económicas e dedesenvolvimento da sociedade civil. No âmbito do regime de co-financiamento das ONG foram apoiados projectos e parceiros numa sériede sectores, nomeadamente na agricultura, saúde e educação.

A facilidade de cooperação económica centrou-se em projectos quecontribuíam para reformas económicas e jurídicas, para a promoção decontactos entre empresas europeias e cubanas e no reforço dascompetências de gestão de executivos cubanos encarregados deadministrar empresas.

No âmbito das rubricas orçamentais para 2002, as dotações para aassistência a Cuba irão centrar-se no apoio à gestão fiscal e financeira,na introdução e aplicação das normas contabilísticas internacionais nasempresas cubanas, no reforço do sector financeiro através dodesenvolvimento das capacidades a nível do Banco Central e dos bancoscomerciais, na assistência à gestão dos resíduos urbanos, na promoçãoda cooperação dos meios de comunicação social entre operadoreseuropeus e cubanos e na ajuda à participação de Cuba num projecto dasCaraíbas de luta contra a peste suína.

Outros programas de cooperação com participação cubana são o INCO(rede de institutos de investigação), ALFA (rede de universidades),URB-AL (rede de cidades), ECIP (promoção do investimento) e AL-INVEST.A partir de 2002 os parceiros cubanos também se podem candidatar aapoio no quadro do recente programa @LIS, criado para apoiar odesenvolvimento das TIC nos países da América Latina.

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Data de independência 20 de Maio de 1902

Capital Havana

Superfície 110 860 km2

População 11 200 000

Língua Espanhol

Princip. export. Açúcar, tabaco, café, citrinos,peixe, níquel e produtos farmacêuticos

PNB per capita 2 400 euros

Cuba

Rubrica orçamental Sector 1997 1998 1999 2000 2001

B-210 Ajuda humanitária 10,3 9,8 11,4 2,0 8,5

B-219 Prevenção de catástrofes 0,9

B-20 Segurança alimentar 0,2 0,2 0,7 1,0 0

B-6000 Co-financiamento de ONG 0,6 2,4 2,8 8,2 5,4

B-6430 Cooperação descentralizada

B-311 Cooperação económica com países AL 1,1 2,0 2,1 5,8 4,9

B-310 Cooperação técnica 0 0 0 0 0e financeira com países AL

B-70 EIDDH 0 0 0 0 0,5

B-6200 Ambiente/florestas tropicais 0 0 0 0 0

Total 12,2 14,4 17 17 20,2

Cuba

Cooperação da CE com Cuba

1997-2001 (em milhões de euros)

> Abrir a porta à economia mundial

O programa de formação de executivos de alto nível (DEADE), apoiado pela UE, contribuiu directamente paramelhorar a capacidade empresarial dos administradores e empresários cubanos, ajudando a abrir a porta àeconomia mundial. No primeiro curso, realizado em 1995, formaram-se noventa e seis participantes.

O DEADE, ministrado em parceria com um grupo de escolas de gestão europeias, oferece aos participantesuma formação prática sobre como dirigir a sua imaginação para realidades lucrativas, através de programascuidadosamente planeados, incluindo as tecnologias de produção, a gestão estratégica, contabilidade,marketing e contexto jurídico.

Na sequência de duas avaliações realizadas em 2000 do DEADE e de projectos de apoio a empresas (regimesde promoção de empresas comuns e da participação das empresas na feira de Havana), foi lançado em 2001um quarto projecto DEADE. O objectivo consiste em alargar o programa na perspectiva da suasustentabilidade a longo prazo. Tal como para o apoio ao sector empresarial, o projecto no âmbito da dotaçãode 2001 está a promover contactos e parcerias entre empresas europeias e cubanas.

Page 46: As Caraíbas e a União Europeia

Anguila

Anguila é uma das cinco dependências britânicas da região. O turismode luxo e os serviços bancários offshore – os principais pilares daeconomia – estão bem desenvolvidos e a taxa de desemprego érazoavelmente baixa pelos padrões das Caraíbas. Outras fontes dereceita são a pesca da lagosta e as remessas dos emigrantes. Aeconomia, em especial o sector do turismo, sofreu um recuo no finalde 1995 devido aos efeitos do furacão Luis, mas desde então temrecuperado. Uma maior actividade no sector do turismo impulsionou ocrescimento do sector da construção e contribuiu para o crescimentoeconómico.

Ilhas Virgens Britânicas

Dependência britânica, a economia deste grupo de mais de 50pequenas ilhas é uma das mais estáveis e prósperas das Caraíbas. Oturismo de luxo gera cerca de 45% do rendimento nacional. Emmeados dos anos 80 o governo iniciou a actividade de registo offshorede empresas.

Actualmente, as taxas de constituição de empresas geram receitassubstanciais, havendo cerca de 250 000 empresas registadas no finalde 1997.

Ilhas Caimão

Dependência britânica. O turismo de luxo dirigido aos norte-americanosé um pilar da economia, gerando cerca de 70% do PIB e 75% dasreceitas em divisas. Cerca de 90% dos produtos alimentares e deconsumo das ilhas são importados.

Estas ilhas são um centro financeiro offshore em progressão. Até 1997tinham sido registadas mais de 40 000 empresas nas Ilhas Caimão; osactivos bancários excedem os 555,26 mil milhões de euros. Ainda em1997 foi aberta uma bolsa de valores.

Monserrate

Dependência britânica. Uma intensa actividade vulcânica, que teveinício em 1995, quase sufocou esta pequena economia, muito aberta.Uma erupção catastrófica em 1997 obrigou a encerrar os aeroportose os portos marítimos, causando uma perturbação económica e social;2/3 da população fugiu. Algumas pessoas regressaram em 1998, masa falta de alojamento dissuadiu muitas outras de regressarem. O sectoragrícola é afectado pela falta de terras adequadas e pela destruição dascolheitas. O turismo tem grande potencial, mas o ecossistema da ilhaé frágil.

As perspectivas da economia dependem em grande parte de medidasde promoção urbanística relacionadas com o vulcão e a actividade deconstrução do sector público. O Reino Unido comprometeu-se em 1999com um programa de ajuda de três anos no montante de 137 milhõesde euros, destinado a ajudar a reconstruir a economia, e a co-financiarjuntamente com a UE a construção do novo aeroporto de Gerald.

44 | As Caraíbas e a União Europeia

Países e Territórios Ultramarinos (PTU) –Região das Caraíbas

Capital El Valle

Superfície 91 km2

População 12 132

Língua Inglês

PNB per capita 9 063 euros

6° FED 7° FED 8° FED

Programa Indicativo 1,8 2,9 1,75

Nacional

Capital Road Town

Superfície 150 km2

População 20 812

Língua Inglês

PNB per capita 17 679 euros

6° FED 7° FED 8° FED

Programa Indicativo 1,5 2,4 1,0

Nacional

Capital George Town

Superfície 259 km2

População 35 527

Língua Inglês

PNB per capita 27 065 euros

6° FED 7° FED 8° FED

Programa Indicativo 1,5 0 0,1

Nacional

Capital Plymouth (abandonada em 1997 devido à actividade vulcânica)

Superfície 101 km2

População 7 574 (12 000 antes do vulcão)

Língua Inglês

PNB per capita 5 523 euros

6° FED 7° FED 8° FED

Programa Indicativo 2 3,9 8

Nacional

Ajuda comunitária (dotações em milhões de euros)

Ajuda comunitária (dotações em milhões de euros)

Ajuda comunitária (dotações em milhões de euros)

Ajuda comunitária (dotações em milhões de euros)

Page 47: As Caraíbas e a União Europeia

Antilhas Neerlandesas

Cada uma das cinco ilhas principais – Curaçau, Bonaire, São Martinho,Santo Eustáquio e Saba – desta dependência neerlandesa tem o seupróprio governo, enquanto as Antilhas Neerlandesas no seu conjuntotêm um governo central.

O turismo, refinação de petróleo e serviços financeiros offshore são osprincipais pilares da economia, que está estreitamente ligada ao mundoexterior. Embora o PIB tenha diminuído ligeiramente nos últimos cincoanos, as ilhas têm um elevado rendimento per capita e possuem infra-estruturas bem desenvolvidas.

Quase todos os bens de consumo e equipamentos são importados,sendo os principais fornecedores a Venezuela, os EUA e o México. Apobreza dos solos e o deficiente abastecimento de água impedem odesenvolvimento da agricultura.

Aruba

Dependência dos Países Baixos, esta ilha é praticamente plana edotada de praias famosas e portos naturais. O turismo é o principal pilarda economia, embora os serviços bancários offshore e a refinação earmazenamento de petróleo também sejam importantes. O rápidocrescimento do sector do turismo na última década conduziu a umaenorme expansão de outras actividades. A construção disparou, tendoa capacidade hoteleira quintuplicado o nível de 1985.

A reabertura em 1993 da refinaria de petróleo do país, que é uma fonteprincipal de emprego e de receitas em divisas, acelerou ainda mais ocrescimento. A reduzida mão-de-obra de Aruba e uma taxa dedesemprego inferior a 1% provocou que um grande número de postosde trabalho não fossem preenchidos, apesar de aumentos acentuadosdos salários nos últimos anos.

Ilhas Turcas e Caicos

Estas ilhas são uma dependência britânica e são uma extensão doarquipélago das Baamas. Só oito das trinta ilhas são habitadas. Aeconomia assenta no turismo, na pesca e nos serviços financeirosoffshore. A maior parte dos equipamentos e dos bens alimentares paraconsumo doméstico são importados.

Os EUA foram a principal fonte de turistas em 1996, correspondendoa mais de metade dos 87 000 visitantes; as entradas de turistasaumentaram para 93 000 em 1998. As principais receitasgovernamentais provêm das taxas dos serviços financeiros offshore edas receitas aduaneiras.

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Capital Willemstad

Superfície 960 km2

População 212 226

Linga Neerlandês

PNB per capita 12 647 euros

6° FED 7° FED 8° FED

Programa Indicativo 20,925 22,725 26,625

Nacional

Capital Oranjestad

Superfície 193 km2

População 70 007

Linga Neerlandês

PNB per capita 31 014 euros

6° FED 7° FED 8° FED

Programa Indicativo 6,975 7,575 8,9

Nacional

Capital Cockburn Town

Superfície 430 km2

População 18 122

Língua Inglês

PNB per capita 8 075 euros

6° FED 7° FED 8° FED

Programa Indicativo 1,73 3,9 2,25

Nacional

Ajuda comunitária (dotações em milhões de euros)

Ajuda comunitária (dotações em milhões de euros)

Ajuda comunitária (dotações em milhões de euros)

Page 48: As Caraíbas e a União Europeia

Guadalupe

Guadalupe é um arquipélago constituído por oito ilhas habitadas. Oturismo, que sofreu imenso com o furacão Hugo em 1989, é um sectoressencial, seguido pela indústria ligeira e pelos serviços.

A tradicional cultura da cana-de-açúcar está a ser progressivamentesubstituída por outras culturas, como a da banana (que actualmenteconstitui cerca de 50% das receitas das exportações), berinjela e flores.São cultivados outros vegetais e tubérculos para consumo local, emboraGuadalupe ainda esteja dependente da importação de alimentos,principalmente de França. A indústria ligeira inclui a produção de açúcare de rum. A maior parte dos produtos transformados e do combustível éimportada. A taxa de desemprego é especialmente elevada nos jovens.A economia é periodicamente devastada pelos furacões.

Guiana Francesa

Tal como os seus vizinhos Suriname e Guiana, grande parte desteDepartamento é coberta por uma densa floresta tropical, estando a suapopulação largamente concentrada ao longo da estreita faixa costeira.A economia está intimamente associada à da França, através desubsídios e de importações. Para além do centro espacial francêssituado em Kourou, a pesca e a exploração florestal são as actividadeseconómicas mais importantes.

As enormes reservas de espécies de madeiras tropicais, nãoplenamente exploradas, sustentam uma indústria de serração emexpansão, que fornece toros para exportação. As culturas são limitadasà zona costeira, sendo as principais a do arroz e da mandioca. ODepartamento depende fortemente das importações de alimentos e deenergia. O desemprego constitui um grave problema, especialmenteentre os trabalhadores jovens.

Martinica

A ilha possui um dos portos naturais mais bonitos das Caraíbas. Tal comoGuadalupe, a economia baseia-se na cana-de-açúcar, bananas, turismoe indústria ligeira. A agricultura representa cerca de 6% do PIB e opequeno sector industrial 11%. A produção de açúcar diminuiu, sendoagora a maior parte da cana-de-açúcar utilizada na produção de rum.

As exportações de banana estão a aumentar, indo a maior parte paraFrança. Grande parte das necessidades em termos de carne, vegetais ecereais têm de ser importadas, contribuindo para um défice comercialcrónico que exige enormes transferências anuais de ajuda da França. Oturismo tornou-se mais importante do que as exportações agrícolasenquanto fonte de divisas estrangeiras. A maior parte dos trabalhadoresestá empregada no sector dos serviços e na administração.

46 | As Caraíbas e a União Europeia

DepartamentosUltramarinos Franceses(DU)

PTU e DU e relações com a UE: semelhanças e diferenças

Como é que os PTU e os DU diferem no quadro do direito comunitário? É importante distinguir entre os dois. Os departamentos ultramarinosfranceses nas Caraíbas (Guadalupe, Guiana e Martinica) fazem parte da França, tal como a Bretanha ou a Aquitânia, e por isso são parte integranteda União Europeia.

Ao contrário dos PTU, os DU beneficiam plenamente de todas as políticas comuns: política agrícola comum, transportes, energia, política comercial,políticas regionais, etc.

Neste contexto, a Comissão considera que a cooperação inter-regional oferece uma dimensão suplementar à actividade de cooperação, para alémda proporcionada pelos programas transfronteiras e transnacionais. Permite que regiões não contíguas estabeleçam contactos e desenvolvamrelações, conduzindo a intercâmbios de experiências e à criação de redes que contribuirão para o desenvolvimento equilibrado, harmonioso esustentável da União Europeia e de países terceiros.

Capital Basse-Terre

Superfície 1 705 km2

População 431 170

Lingua Francês e crioulo

PNB per capita 9 720 euros (2000)

Capital Cayenne

Superfície 91 000 km2

População 117 562

Lingua Francês, crioulo e línguas indígenas

PNB per capita 11 738 euros (2000)

Capital Fort-de-France

Superfície 1 100 km2

População 418.454

Lingua Francês e crioulo

PNB per capita 13 050 euros (2000)

Page 49: As Caraíbas e a União Europeia

ACPPaíses de África, das Caraíbas e do Pacífico

AECAssociação dos Estados das Caraíbas

ALCAcordo de Livre Comércio

ALCPaíses da América Latina e das Caraíbas

ALCAÁrea de Livre Comércio das Américas

BDCBanco de Desenvolvimento das Caraíbas

CARICOMComunidade e Mercado Comum dasCaraíbas

CARIFORUMFórum dos Estados ACP das Caraíbas

CDECentro de Desenvolvimento Empresarial

CDECConselho para o Desenvolvimento Económico e para o Comércio

CDHSConselho para o Desenvolvimento Humano e Social

CEComunidade Europeia

CEEComunidade Económica Europeia

CFPConselho das Finanças e Planeamento

CRECConselho das Relações Externas eComunitárias

DIPECHOPrograma ECHO de prevenção e preparaçãodas catástrofes

DUDepartamentos Ultramarinos associados à UE

ECHOServiço de Ajuda Humanitária daComunidade Europeia

EIRDEstratégia de integração regional e de desenvolvimento do CARIFORUM

EMEstados-Membros (UE)

EMUCEconomia e Mercado Únicos da CARICOM

EuratomComunidade Europeia da Energia Atómica

FEDFundo Europeu de Desenvolvimento

FMIFundo Monetário Internacional

INTERREGPrograma de cooperação inter-regional da UE

MRNMecanismo regional de negociação

OECOOrganização dos Estados das CaraíbasOrientais

ONGOrganização não governamental

ONUOrganização das Nações Unidas

OMCOrganização Mundial do Comércio

ORNQCOrganização Regional para as Normas eQualidade da CARICOM

PAProtocolo sobre o Açúcar

PABPlano de Acção de Barbados

PAPCPrograma da Agricultura e Pesca dasCaraíbas

PINPrograma Indicativo Nacional

PIRPrograma Indicativo Regional

PMDPaíses menos desenvolvidos

PMDSLIPaíses menos desenvolvidos, sem litoral e insulares

PMEPequenas e Médias Empresas

PNBProduto Nacional Bruto

PRO€INVESTPromoção de investimento directoestrangeiro

PTUPaíses e Territórios Ultramarinos associados à UE

QEAQuadro especial de assistência

RAERegime de Assistência às Empresas UE-ACP

STABEXEstabilização das receitas de exportação dos produtos agrícolas

SYSMINFacilidade especial de financiamento dos produtos minerais

TICTecnologias da Informação e Comunicação

TJCTribunal de Justiça das Caraíbas

UEUnião Europeia

UE-ALCParceria bi-regional UE-América Latina e Caraíbas

UTCUnião das Telecomunicações das Caraíbas

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Abreviaturas

Page 50: As Caraíbas e a União Europeia

Área de Livre Comércio das Américas(ALCA):http://www.ftaa-alca.org

Associação da Indústria e Comércio das Caraíbas (CAIC):http://www.trinidad.net/caic

Associação de Conservação das Caraíbas (CCA):http://www.ccanet.net

Associação dos Estados das Caraíbas (AEC):http://www.acs-aec.org

Banco Central das Caraíbas Orientais (BCCO):http://www.eccb-centralbank.org

Banco de Desenvolvimento das Caraíbas (BDC):http://www.caribank.org

Caraíbas-Export (CEDA):http://www.carib-export.com

CARICOM:http://www.caricom.org

CARIFORUM:http://www.cariforum.org

Centro de Desenvolvimento Empresarial (CDE):http://www.cde.int

Centro Epidemiológico das Caraíbas (CAREC):http://www.carec.org

Centro para a Administração do Desenvolvimentodas Caraíbas (CARICAD):http://www.uwimona.edu.jm/cesd/caricad/caricad.html

Instituto de Investigação Agronómica eDesenvolvimento das Cariforum (CARDI):http://www.cardi.org

Mecanismo Regional de Negociação (MRN):http://www.caribrnm.net

Organização de Turismo das Caraíbas (OTC):http://www.doitcaribbean.com

Organização dos Estados das Caraíbas Orientais (OECO):http://www.oecs.org

Programa de Agricultura e Pesca das Caraíbas(CAFP)/Fundo para a Formação e InvestigaçãoAgroempresarial das Cariforum (CARTF):http://www.cafpro.org/CARTF/cartf.html

Regime de Assistência às Empresas UE-ACP(RAE):http://www.ebas.org

Secretariado-Geral do Grupo de Estados de África,Caraíbas e Pacífico (ACP):http://www.acpsec.org

Universidade das Índias Ocidentais:http://www.uwichill.edu.bb

Banco Europeu de Investimento:http://www.eib.org

Comissão Europeia:http://europa.eu.int/comm

DG COMÉRCIO:http://europa.eu.int/comm/trade

DG Desenvolvimento:http://europa.eu.int/comm/development

DG Pesca:http://europa.eu.int/comm/fisheries

DG Prensa e Comunicação:http://europa.eu.int/comm/press_room

DG Política Regional:http://europa.eu.int/comm/regional_policy

DG RELEX:http://europa.eu.int/comm/external_relations

DG RELEX / UE-ALC:http://europa.eu.int/comm/world/lac

ECHO:http://europa.eu.int/comm/echo

EuropeAid:http://europa.eu.int/comm/europeaid

INFSO (Information Society):http://europa.eu.int/information_society

Plano de Acção DIPECHO para as Caraíbas:http://www.disaster.info.desastres.net/dipecho

Serviço das Publicações:http://publications.eu.int/general

--------------

Banco de Desenvolvimento Inter-Americano(BDIA):http://www.iadb.org

Banco Mundial:http://www.worldbank.org

Fundo Monetário Internacional (FMI):http://www.imf.org

Organização de Cooperação e DesenvolvimentoEconómicos (OCDE):http://www.oecd.org

Organização das Nações Unidas (ONU):http://www.un.org

Organização Mundial do Comércio (OMC):http://www.wto.org

Agências de Desenvolvimento dos Estados-Membros

Alemanha:Bundesministerium für wirtschaftlicheZusammenarbeit und Entwicklunghttp://www.bmz.de

Deutsche Gesellschaft für TechnischeZusammenarbeit (GTZ)http://www.gtz.de

Áustria: Áustrian Development Cooperation (ADC)http://www.bmaa.gv.at

Bélgica:Direction générale de la Coopération internationale(DGIC)http://www.dgic.be

Dinamarca:Danish International Development Assistance(DANIDA)http://www.um.dk/danida

Espanha:Agencia Española de Cooperación Internacional(AECI)http://www.aeci.es

Finlândia:Finnish Department of International DevelopmentCooperation (FINNIDA)http://global.finland.fi

França:Agence française de Développement (AFD)http://www.afd.fr

Haut Conseil de la Coopération internationale(HCCI)http://www.hcci.gouv.fr

Grécia:Ministério dos Negócios Estrangeiroshttp://www.mfa.gr/english/index.html

Irlanda:Irish Aid – Department of Foreign Affairshttp://www.irlgov.ie/iveagh/irishaid

Itália:Ministério dos Negócios Estrangeiroshttp://www.esteri.it

Luxemburgo:Agence Luxemburgoeoise pour la Coopération au Développement (Lux-Development)http://www.lux-development.lu

Países Baixos:Ministerie van Buitenlandse Zakenhttp://www.minbuza.nl

Portugal:Instituto da Cooperação Portuguesa (ICP)http://min-nestrangeiros.pt/mne/portugal/icoop/

Suécia:Swedish International Development CooperationAgency (SIDA)http://www.sida.se

Reino Unido:Department for International Development (DFID)http://www.dfid.gov.uk

48 | As Caraíbas e a União Europeia

Sítios úteis

Page 51: As Caraíbas e a União Europeia

Publicado pela Comissão Europeia.

As informações contidas na presente brochura não reflectem necessariamente as posiçõesoficiais da União Europeia.

A Comissão Europeia ou qualquer pessoa actuando em seu nome não se responsabiliza pelautilização que possa ser dada às informações da presente brochura.

Autorizada a reprodução parcial ou integral do texto, desde que a fonte seja mencionada.

Luxemburgo: Serviço das Publicações Oficiais das Comunidades Europeias, 2002ISBN 92-894-3638-7

© Comunidades Europeias, 2002

Consultores: Strat&Com - Produção: Mostra! Communication

Impresso na Bélgica

Page 52: As Caraíbas e a União Europeia

As Caraíbase a União Europeia

O C E A

COMISSÃO

EUROPEIA

DE 113

MAIO DE 2002

DES

ENV

OLV

IMEN

TO

NH

-43-02-777-PT-C

Podem ser obtidas mais informações nas Delegações ouGabinetes da Comissão Europeianos seguintes países:

ANTÍGUA E BARBUDA (GABINETE)P.O. Box 1392St John’s, Antigua, West IndiesTel: (268) 462.2970Fax: (246) 427.8687E-mail: [email protected]

BARBADOS (DELEGAÇÃO)P.O. Box 654 CBridgetownTel: (1-246) 427.4362Fax: (1-246) 427.7687E-mail: [email protected]ém acreditada junto de:• Antígua e Barbuda (Ver Gabinete)• Domínica• Granada• São Cristóvão e Nevis• Santa Lúcia• São Vicente e GranadinasTambém responsável por:• Anguila• Guayana Francesa• Guadalupe• Martinica• Montserrate• Ilhas Virgens

BELIZE (GABINETE)P.O. Box 907Belize CityTel: (501-2) 32.070Fax: (501-2) 72.785E-mail: [email protected]

REPÚBLICA DOMINICANA (DELEGAÇÃO)Aptdo. postal 226-2Santo DomingoTel.: (1-809) 540.58.37Fax: (1-809) 227.05.10E-mail: [email protected]

GUIANA (DELEGAÇÃO)P.O. Box 10847GeorgetownTel: (592-22) 626.67Fax: (592-22) 626.15E-mail: [email protected]ítio Web: www.delguy.cec.eu.intTambém acreditada junto de:• Suriname (Ver Gabinete)

HAITI (DELEGAÇÃO)B.P. 15.588Petion Ville, Port au PrinceTel: (509) 249.01.41Fax: (509) 249.02.46E-mail: [email protected]

JAMAICA (DELEGAÇÃO)P.O. Box 463Kingston 8, Jamaica W.I.Tel: (1-876) 924.63.33 – 7Fax: (1-876) 924.63.39E-mail: [email protected]ítio Web: www.deljam.cec.eu.intTambém acreditada junto de:• Baamas• Belize (Ver Gabinete)Também responsável por:• Ilhas Caimão• Ilhas Turcas e Caicos

SURINAME (GABINETE)P.O. Box 484ParamariboTel.: (597) 49.93.22Fax: (597) 49.30.76E-mail: [email protected]ítio Web: www.delsur.cec.eu.int

TRINIDADE E TOBAGO (DELEGAÇÃO)P.O. Box 1144Port of Spain, TrinidadTel: (1-868) 622.6628Fax: (1-868) 622.6355E-mail: [email protected]ém acreditada junto de:• Antilhas Neerlandesas

(Ver Gabinete)Também responsável por:• Aruba• Antilhas Neerlandesas

ANTILHAS NEERLANDESAS (GABINETE)Postbus 822Willemstad (Curaçao) NATel: (599-9) 461.84.88Fax: (599-9) 461.84.23E-mail: [email protected]

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