as áreas rurais em mudança 2

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10º e 11º anos Geografia A

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Page 1: As áreas rurais em mudança 2

10º e 11º anos

Geografia A

Page 2: As áreas rurais em mudança 2

(…) Acresce a adoção de cinco regiões NUTS II como referencial da

descentração territorial, traduzida na redução de sete para cinco

direções regionais de agricultura, serviços que executam, na respetiva

região, as políticas definidas ao nível central.Decreto-Lei 209/2006 de 27 de Outubro

Page 3: As áreas rurais em mudança 2

As “novas” Regiões Agrárias

Antes (até 2006)

Agora

As direções regionais de

Agricultura e Pescas têm

por missão participar na

formulação e na execução

das políticas nas áreas da

agricultura, de produção

agroalimentar, de

desenvolvimento rural e

das pescas, contribuindo

para o respetivo

acompanhamento e

avaliação, em articulação

com os serviços centrais

competentes …

Decreto-Lei 209/2006 de 27 de Outubro

Page 4: As áreas rurais em mudança 2

Decreto-Lei n.º 18/2014 de 4 de

fevereiro

O Ministério da Agricultura e do Mar – MAM - tem por missão

• a definição, coordenação e execução das políticas agrícola,

agroalimentar, florestal, de desenvolvimento rural e de

exploração e potenciação dos recursos do mar

• assegurar o planeamento e a coordenação da aplicação de

fundos nacionais e comunitários nessas áreas.

Integram o MAM as Direções Regionais:

• do Norte

• do Centro

• de Lisboa e Vale do Tejo

• do Alentejo

• do Algarve.

Decreto Regulamentar 39/2012de 11 de abril

Page 5: As áreas rurais em mudança 2
Page 6: As áreas rurais em mudança 2

Estruturas agrícolas – Em 2013 …

50% do território nacional está ocupado com explorações

agrícolas

6,5% da população é população agrícola familiar

12 hectares é a dimensão média das explorações

agrícolas

3,8% do total de explorações representam 10 mil

sociedades agrícolas, as quais:

Gerem 1/3 da SAU.

Criam metade do efetivo pecuário

Contribuem para o aumento de eficiência do setor

Adotam modelos de gestão mais profissionais e

economias de escala.

Page 7: As áreas rurais em mudança 2

Estruturas agrícolas – Em 2013 …

Comparando com a Europa a 28, conclui-se que, na

agricultura portuguesa:

As explorações são de pequena dimensão económica

25 mil euros da UE 28 contra 17,1 mil euros em

Portugal de VPPT

Os produtores agrícolas são os mais idosos da UE

A maioria dos agricultores possuem só formação prática

6,2% dos produtores vivem exclusivamente da

agricultura

65,3% dos agricultores praticam o plurirrendimento

(pensões e reformas).

VPPT – Valor de Produção Padrão Total

Page 8: As áreas rurais em mudança 2

O predomínio das pequenas explorações

A maioria das explorações

são minifundiárias, 1 a 5

hectares. De 2009 para

2013 foi a classe de

dimensão que maior

redução registou

Page 9: As áreas rurais em mudança 2

O reflexo da pequena dimensão nos

resultados económicos

De 2009 para

2013 só as

explorações de

DE grande

aumentaram

Page 10: As áreas rurais em mudança 2

Uma realidade difícil de alterar nos

produtores mais idosos

Page 11: As áreas rurais em mudança 2

Gráficos elaborados a partir de dados extraídos das “Estruturas agrícolas 2014, INE

Assim como nos de menor grau de

conhecimento científico

Page 12: As áreas rurais em mudança 2

Breve retrato atual da

agricultura em PortugalUma caraterização a partir dos dados estatísticos oficiais

Page 13: As áreas rurais em mudança 2

Número de explorações e SAU por

classes de SAU, em percentagem

De 2009 para 2013 o número de explorações sofreu uma evolução diferenciada.

Somente as explorações de 20 a 50 ha, de 50 a 100 e igual ou superior a 1000 ha

registaram um acréscimo de explorações. As que maior redução sofreram foram as

de área inferior a 20 ha.

Page 14: As áreas rurais em mudança 2

Número de explorações, SAU e

dimensão média por NUTS II (2013)

De 2009 para 2013 houve um decréscimo de 13,4% de explorações (menos 40,8 mil explorações).

A Superfície Agrícola Utilizada manteve-se nos 39,5% da superfície territorial (3,6 milhões de

hectares).

Page 15: As áreas rurais em mudança 2

Número de explorações segundo as classes

de Dimensão Económica por NUTS II (2013)

(Euros)

Page 16: As áreas rurais em mudança 2

Composição da SAU por NUTS II -

2013

As pastagens permanentes ocupam praticamente metade da SAL (49,9%), seguindo-se as terras

aráveis (30,2%) e as culturas permanentes (19,5%). A horta familiar é a superfície (geralmente

inferior a 20 ares) reservada pelo produtor para a cultura de produtos hortícolas destinados a

autoconsumo.

Page 17: As áreas rurais em mudança 2

Efetivos animais por NUTS II (2013)

Page 18: As áreas rurais em mudança 2

Dimensão Económica média das explorações,

por Orientação Técnica Especializada

As explorações pecuárias são as que apresentam maior DE, gerando as

suiniculturas industriais em média 247,8 mil euros de VPPT por exploração, os aviários

236,0 mil euros e as explorações leiteiras 123,8 mil euros. Também o setor da

horticultura/floricultura é composto por unidades produtivas de apreciável DE. Por

oposição a olivicultura e a viticultura registam DE baixas, apesar de incluírem unidades

produtivas de grande dimensão

Page 19: As áreas rurais em mudança 2

Idade média do produtor agrícola

(2009-2013)

De 2009 para 2013 a idade média do produtor agrícola aumentou um ano, de 63 para

64 anos. Comparativamente à UE 28, cerca de 50% dos dirigentes das explorações,

em Portugal, têm 65 ou mais anos, valor bastante superior à média europeia (29,5%

dos dirigentes das explorações). Este envelhecimento significa um elevado risco

para o desenvolvimento e sustentabilidade da agricultura nacional.

Page 20: As áreas rurais em mudança 2

Dimensão Económica

(DE) média das

explorações na UE

por NUTS II (2010)

Portugal é um

dos Estados-

Membro com

baixa dimensão

económica (DE)

Regionalmente,

o Norte e a

Região

Autónoma da

Madeira

destacam por

apresentarem

valores

inferiores a

10 000€ de

VPPT por

exploração.

Page 21: As áreas rurais em mudança 2

De Norte a Sul, do Oceano até à raia espanhola, os habitantes que

forjaram o país que somos foram fazendo arranjos paisagísticos

que persistem onde o campo predomina.

Page 22: As áreas rurais em mudança 2

Os espaços dos sistemas agroflorestais

do Continente português

Havendo de repartir Portugal, as divisões

principais serão dadas pelo contraste entre

as influências mediterrâneas e atlânticas e,

nestas, pela sua atenuação com o

afastamento do litoral. Norte atlântico,

Norte transmontano e Sul são as divisões

fundamentais da terra portuguesa.

Orlando Ribeiro (1987)

Matiz mais atlântico no Centro e Norte

litoral, um cariz mediterrâneo mais

marcado no interior e no Sul resultam da

conjugação de três fatores fundamentais:

a latitude; a oposição entre a influência

atlântica, a oeste, e a continental, a leste;

o contraste entre o Norte, mais acidentado

e elevado e o Sul dominantemente

peneplano (PNOPT, 2007)

Page 23: As áreas rurais em mudança 2

Influência do relevo e da precipitação

nas diferenças regionais

0 a 100 m

100 a 200 m

200 a 400 m

400 a 1 000 m

Mais de 1 000m

Page 24: As áreas rurais em mudança 2

DRAP Norte - Delegações Regionais

A agricultura ocupa a maior

percentagem da região.

Há melhores condições para

a produção agrícola na zona

mais litoral o que permitiu

maior densidade de

povoamento e consequente

fracionamento da

propriedade.

Minifúndios e clima suportam

sistemas agrícolas

diversificados: milho,

forrageiras, hortícolas, vinha,

floresta predominam.

No interior Norte, com menos

precipitação, o povoamento é

menor, a dimensão média

das propriedades aumenta,

as culturas permanentes dominam assim como

o gado miúdo. Trata-se de uma região

desfavorecida de montanha.

Page 25: As áreas rurais em mudança 2

A Região Agrária Norte apresenta …

Extrema variação do relevo, clima e solos

Diversidade de ocupação cultural dos territórios

Uma cadeia montanhosa paralela ao mar (Peneda, Gerês,

Barroso, Padrela, Alvão e Marão) que impede a influência

atlântica de se estender na zona mais a Este

Uma forte influência continental oriunda da Meseta Ibérica

e mediterrânica no vale superior do Douro, o que conduz a

grandes amplitudes térmicas anuais e menores

precipitações

A oeste, verões moderados e invernos chuvosos e

amenos

Uma rede hidrográfica densa e uma orla marítima de

cerca de 150 km.

Page 26: As áreas rurais em mudança 2

Norte Litoral

Geraz do Minho – morfologia

agrária de minifúndios, irregulares

e fechados; povoamento

disperso; solos com ocupação

intensiva. Propriedade deveras

fragmentada.

Paredes de Coura –

minifúndios, irregulares,

fechados, parcelas com

ocupação intensiva, pastagens

naturais refletindo elevadas

precipitações e temperaturas

amenas.

Page 27: As áreas rurais em mudança 2

Norte Interior

Montalegre – povoamento

agrupado, explorações mais

extensas do que no litoral,

fechadas e irregulares: pousio

Trás-os-Montes – paisagem

agrícola marcada pela

aridez, fraca precipitação,

parcelas de ocupação

extensiva com pousio.

Page 28: As áreas rurais em mudança 2

DRAP Centro – Delegações Regionais

O vinho, o azeite, as frutas, o leite

e a madeira continuam a ser

produtos importantes na

produção regional.

Reservas hídricas, incluindo

águas termais e de mesa

Bolsas de solos de qualidade

Extensas manchas florestais,

sobretudo de pinho e eucalipto,

representando mais de 1/3 da

área florestada nacional.

Uma forte herança agro-

pecuária e florestal que

continua a desempenhar um

papel relevante na economia

regional.

Domínio das pequenas

explorações, integradas e

viabilizadas numa economia

familiar tradicional.

Page 29: As áreas rurais em mudança 2

Um exemplo na Região Centro

O Regadio da Cova da Beira permite

aumentar o rendimento das áreas

plantadas e contrariar a

desertificação rural, em particular,

nas propriedades de maior

dimensão e exploradas por

agricultores mais jovens. Nos

municípios onde a propriedade é

muito pequena e dispersa (chega a

haver proprietários “com 40 a 50

parcelas de terreno espalhadas por

vários locais e com uma área média

inferior a um hectare”) os resultados

económicos serão menos

significativos.

Daí, o apelo ao Governo para

que volte a impulsionar

iniciativas de emparcelamento

das terras. A Cova da Beira é

rica “em maçã, pêssego e

cereja”.

Adaptado de “Cova da beira: abertura do regadio vai aumentar a produtividade da fruticultura” – Rádio Clube de

Monsanto

Page 30: As áreas rurais em mudança 2

DRAP Centro

Montemor-o-Velho – campos

de arroz (cereal irrigado)

localizados no curso inferior do

Mondego. Paisagem de

monocultura, parcelas

pequenas, regulares;

povoamento agrupado

Cova da Beira – pomares de

cerejeiras. Beneficiando da

presença de um sistema de

rega, a região, a sul da Sª da

Estrela, especializa-se na

produção de frutos frescos.

Page 31: As áreas rurais em mudança 2

DRAP de Lisboa e Vale do Tejo –

Delegações Regionais

Oeste

Ribatejo

Península de Setúbal

Relevo aplanado com altitudes

inferiores a 200m

Invernos amenos e verões muito

quentes

Precipitação moderada a fraca

Período seco estival de 4 meses

Solos férteis particularmente nas

lezírias do Tejo

Médias a grandes explorações

Campos abertos, regulares

Policultura (batatas, hortícolas)

Monocultura (arroz, tomate, milho,

vinha)

Coexistência de formas de criação de

gado em regime intensivo (suíno) e

extensivo (bovino)

Povoamento disperso a agrupado

Page 32: As áreas rurais em mudança 2

Companhia das Lezírias: a maior

exploração agro-florestal do País

Produção pecuária - uma

aposta forte

Pecuária em regime extensivo,

em modo biológico

Gado que pratica, anualmente,

uma transumância: primavera

e o verão na lezíria (pastos

ricos produzidos na planície

fértil) e outono e inverno na

charneca (evitando as cheias

que tornam a lezíria

impraticável)

Cerca de 8.700 hectares de

área florestal composta pelas

quatro principais espécies de

árvores da floresta portuguesa:

6.725 hectares de montado de

sobro;

971 hectares de pinheiro bravo;

508 hectares de pinheiro manso;

476 hectares de eucalipto.

Page 33: As áreas rurais em mudança 2

Companhia das Lezírias

http://www.cl.pt/htmls/pt/home.shtml

Mais de 170 anos de

história (1836)

Resultado da venda

de património público

a privados no rescaldo

das guerras liberais

Abrange, hoje, cerca

de vinte mil hectares

de lezíria e charneca

Culturas permanentes,

como a vinha e o olival

Arroz

Culturas forrageiras

Venda de poltros de

cavalo Lusitano

cortiça, madeira, lenhas, pinhão, mel,

cogumelos

Page 34: As áreas rurais em mudança 2

DRAP Alentejo – Serviços Regionais

Norte Alentejano

(Portalegre)

Alentejo Central

(Évora)

Baixo Alentejo

(Beja)

Alentejo

Litoral

(Santiago de

Cacém)

A maior área territorial de Portugal

Continental – 31.605,2 km² (1/3 do

território nacional)

Relevo caracterizado pela

uniformidade: planície com uma

altitude média que ronda os 200 m

com afloramentos montanhosos

pouco acentuados.

Relevo atravessado por 3 grandes

bacias hidrográficas – a do Tejo, a

do Guadiana e a do Sado.

Invernos suaves e verões quentes

e secos

Precipitação média anual à volta

dos 650 mm

Page 35: As áreas rurais em mudança 2

Serviço Regional do Alentejo Central

Parte da região Alentejo

Região quase plana –

peneplanície (planície de erosão)

Altitude média de 200m (elevações residuais devido à erosão

diferencial)

Clima do tipo mediterrânico

Pluviosidade máxima no

inverno (precipitação média anual

entre os 620 mm/m2 a 670 mm/m2)

Verões quentes e secos (temperatura média anual de 15.8ºC)

Redução acentuada da área

dos cereais de sequeiro

vocacionados, agora, para a

pecuária (desligamento da ajuda à

produção e preços de produção finais

desajustados)

Aumento da carga pecuária nos

bovinos

Decréscimo nos ovinos e caprinos (cotações baixas nos mercados, custos de

manutenção elevados, exigências com as

novas regras relativas ao bem estar animal)

Page 36: As áreas rurais em mudança 2

Serviço Regional do Alentejo Central

– quadro de utilização agrícola do solo - 2012

Pastagens

permanentes e

superfícies

forrageiras

representam cerca

de 69% da SAU.

A grande

distância, seguem-

se as áreas

florestais,

especialmente,

sobreiro,

pastagens

biodiversas, olival

tradicional e

intensivo e, só

depois, os cereais.

Page 37: As áreas rurais em mudança 2

DRAP do Algarve e Delegações

Regionais

Unidade geográfica bem

individualizada no território

português

Multiplicidade de microclimas e

territórios geológicos

Clima marcadamente mediterrânico (influenciado pela barreira serrana a norte, por

massas de ar marítimo de sudoeste e exposto

ao Levante que sopra de leste no

Mediterrâneo).

Invernos amenos e húmidos e

verões longos, quentes e secos (Barlavento, a Oeste, mais ameno,

influenciado pela ação reguladora do Atlântico;

Sotavento, a Este, mais árido e quente).

Pomares de sequeiro no Barrocal

Barlavento

Sotavento