Tiragem: 12000

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Artistas internacionais marcam encontro na “cidade mágica”111 “Vai almoçando

que a gente hoje vai um bo-cadinho mais tarde”, grita uma senhora ao telemóvel, na praça 8 de Maio. Os pon-teiros do relógio já se apro-ximam da hora de almoço. O sol já começa a incomo-dar os mais acalorados, mas nem a fome fez perder o arranque da 18.ª edição dos Encontros Mágicos, que ontem decorreu. Mais seis dias em que a magia se encontra com a cidade de Coimbra, e a realidade se cruza com o fantástico mundo da ilusão.

Quase duas dezenas de mágicos e mais de cem re-presentações são os números deste festival internacional, que reúne países como a Venezuela, Coreia do Sul, Austrália, Holanda ou Espa-nha. A responsabilidade de “abrir” os encontros coube ao britânico Peter Wardell que, com uma boa disposi-ção contagiante, entreteve as largas dezenas de pessoas que se deslocaram à baixa da cidade.

Foi ao som de assobios que o encontro começou. Acom-panhado pela sua indispen-sável varinha mágica, e já de-pois de ter preparado o seu “kit” de ilusionismo, o artista foi chamando os visitantes mais distraídos, enquanto alguns esperavam, confor-

tavelmente, pelo início do espetáculo na esplanada do Café Santa Cruz.

A multidão foi-se agluti-nando e, finalmente, a magia “aconteceu”. Cartas, bolas, copos, cartolas... Tudo serve de instrumento para estes ar-tistas que, com arte, engenho e, claro, uma “pequena” dose de magia, prometem animar as ruas de Coimbra. Até ao próximo domingo, a praça 8 de Maio, a rua Visconde da Luz, a rua Ferreira Borges, o Teatro da Cerca de São Ber-nardo, o largo da Portagem, a Casa da Cultura, o parque verde e o Mercado Munici-pal serão alguns dos palcos destes mágicos.

“Presidente nunca voltou as costas aos encontros”

Esta terça-feira, durante o

lançamento da iniciativa, Luís de Matos manifestou a sua esperança de “elevar a fasquia” dos 15 mil espe-tadores – média de pessoas que assiste ao encontro anu-al. “Costumo dizer que os Encontros Mágicos do ano seguinte são ganhos no an-terior. Quando olhamos para trás e vemos que Coimbra recebe o festival internacio-nal de magia há 22 anos, per-cebemos que alguma coisa estamos a fazer bem”, frisou, orgulhoso, o promotor do evento.

O presidente da Câmara Municipal de Coimbra, que, nas palavras de Luís de Ma-tos, “sempre apoiou ou fez apoiar a iniciativa, indepen-dentemente das questões po-líticas”, também fez questão de marcar presença na apre-

sentação. “Antero Quental referiu-se a Coimbra como uma cidade encantada e má-gica. É assente neste pensa-mento que o evento se insere no nosso projeto político”, referiu Manuel Machado, re-forçando a importância da iniciativa para aquela que é “uma cidade especial e com características únicas”.

Na sexta-feira e no sábado a magia de rua dá lugar à Gala Internacional, um espetácu-lo que terá como pano de fundo o Teatro Académico de Gil Vicente. Luís de Matos será o anfitrião dos dois en-contros. O parque Vale das Flores será a última paragem do festival, onde marcam en-contro “alguns dos melhores mágicos do mundo”. | Bernardo Neto Parra (em estágio)

Encontros Mágicos vão passar pelo Pediátrico, IPO, HUC, e Estabelecimento Prisional de Coimbra

DB-Luís Carregã

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Seis dias de magia nas ruas de Coimbra

Quase duas dezenas de mágicos e mais de 100 representações são os números do festival internacional Encontros Mágicos, que arrancou ontem na cidade >Pág 6