artigo sr e sra batata com fotos
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Atividade Prática de GenéticaTRANSCRIPT
19 de Setembro de 2012
Caro(a) editor(a) da revista Genética na Escola,
Envio em anexo um artigo de minha autoria, intitulado Sr e Sra. Batata Ferramenta Lúdica
para o Ensino de Genética para que seja considerado pela editoria de Genética na Escola para
publicação na seção Material Didático .
A seguir estão os nomes de todos os autores, com a respectiva afiliação profissional.
Milene Sayuri Sakoda Baratta , Universidade Estadual de Londrina,. Rodovia Celso Garcia Cid | Pr
445 Km 380 Centro de Ciências Biológicas | CEP 86051-980 | Londrina - Departamento de Biologia
Geral [email protected] (autor correspondente)
Carolina dos Santos Coimbra Universidade Estadual de Londrina,. Rodovia Celso Garcia Cid | Pr 445 Km 380 Centro de Ciências Biológicas | CEP 86051-980 | Londrina - Departamento de Biologia Geral
Egláia de Carvalho Universidade Estadual de Londrina,. Rodovia Celso Garcia Cid | Pr 445 Km 380 Centro de Ciências Biológicas | CEP 86051-980 | Londrina - Departamento de Biologia Geral Sabrina Matias Pereira Universidade Estadual de Londrina,. Rodovia Celso Garcia Cid | Pr 445 Km 380 Centro de Ciências Biológicas | CEP 86051-980 | Londrina - Departamento de Biologia Geral
Prof. Dr. Wagner J. M. Paiva Universidade Estadual de Londrina,. Rodovia Celso Garcia Cid | Pr 445
Km 380 Centro de Ciências Biológicas | CEP 86051-980 | Londrina - Departamento de Biologia
Geral
Atenciosamente,
Milene Sayuri Sakoda Baratta
Sr e Sra. Batata Ferramenta Lúdica para o Ensino de Genética .
RESUMO
No conteúdo de Genética, é conhecida a dificuldade por parte dos professores de encontrar
metodologias que os alunos assimilem de forma concreta os conceitos, então se fez necessário
criar uma metodologia relacionada à realidade dos alunos para que estes passem a ser ativos
na construção do seu conhecimento, saindo da aprendizagem mecânica, nasceu assim o Sr. e
Sra. Batata, que foi aplicada na cidade de Cambé - PR, utilizando materiais de baixo custo,
são confeccionados modelos com características diferentes, no caso a F1 Sr. e Sra. Batata. O
aluno fica encarregado de determinar quais características serão dominantes e recessivas e
seus respectivos alelos, e fazer o cruzamento destas características criando a linhagem F2, que
herdará características dos pais, após esta etapa ele irá interagir com outros alunos escolhendo
uma F2 para cruzar com seu modelo e determinar as características da F3, empregando de
forma prática e divertida seus conceitos introduzidos nas aulas de genética.
Palavras – chave: Genética, ensino, metodologia de ensino, aula prática.
INTRODUÇÃO
No ensino de Biologia quando se tem uma proposta de trabalho a qual se
fundamenta em uma atividade de diversidade de formas didáticas de aplicação do ensino de
genética, encontra-se uma situação onde os trabalhos de pesquisas de ensino mostram que os
estudantes aprendem mais sobre a ciência e desenvolvem melhor seus conhecimentos
conceituais quando participam de aprendizagem, através de atividades de formas lúdicas,
partindo do abstrato para o concreto, deste modo estas atividades podem ser realizadas em
sala de aula, pois uma das maiores dificuldades hoje no ensino público é a presença de um
laboratorista e de equipamentos adequados para aplicação de algumas aulas, deste modo, com
a utilização do lúdico para o melhoramento aprendizado de genética.
Com o desenvolvimento dessas atividades pode ser proporcionado uma melhor
interação entre professores e alunos, pois a partir delas podem ser levantadas discussões que
acercam os temas trabalhados, estabelecendo uma melhor relação dos conteúdos aprendidos
em sala de aula com a realidade dos alunos. Utrera (2001), “destaca que a elaboração de
atividades diferenciadas pode auxiliar na compreensão de conceitos, como a construção de
modelos ou o desenvolvimento de atividades práticas, que possam ser adaptadas a realidade
da escola”.
Há uma grande necessidade das atividades elaboradas pelos professores se
enquadrarem as condições das escolas já que uma das maiores dificuldades hoje no ensino
público é a presença laboratoristas e de equipamentos adequados para aplicação de algumas
aulas. E além das deficiências encontradas no ambiente escolar nos deparamos também com a
má qualidade dos conteúdos abordados nos livros didáticos que tratam a genética de uma
forma muito escassa (VILELA, 2007). Sendo este por muitas vezes a única ferramenta
utilizada pelos professores para enriquecer os conteúdos. Boas (2006) ressalta que, a
publicação das concepções e descobertas que abrangem a genética nem sempre tem sido feita
de modo claro e correto na edição de livros didáticos destinados ao ensino médio no Brasil.
Pois os primeiros Guias de Livros Didáticos promoveram uma avanço à qualidade de livros
do ensino fundamental (Brasil, 1997). No entanto, apenas livros de Matemática e Português
do ensino médio passaram por análise do Programa Nacional do Livro para o Ensino Médio,
PNLEM (Brasil, 2005).
A proposta deste trabalho é elaboração de uma atividade complementar e
facilitadora de alguns conceitos básicos de genética, visando criar ganchos cognitivos dos
conceitos trazidos pelos alunos com o conhecimento cientifico, fazendo com que os alunos
reconheçam esses assuntos de uma forma interessante podendo assim relacioná-los ao seu
cotidiano. Este recurso pode ser aplicado para qualquer turma de ensino médio devido a sua
praticidade.
DESENVOLVIMENTO
A elaboração de uma atividade complementar para o ensino de genética no
Ensino Médio se fez necessária devido à dificuldade que alguns alunos encontraram no
primeiro conteúdo de Genética nos Livros Didáticos, quando se relatava os vocábulos e suas
definições como: genes, alelos, homozigotos, heterozigotos, híbridos, herança genética,
fenótipo e genótipo etc. Após a detecção dessas dificuldades dicionários e livros didáticos
foram utilizados como meio de pesquisa pelos os alunos, objetivando uma relação entre as
palavras e os seus significados. Entretanto essa metodologia ainda não se apresentou eficiente
no processo de ensino-aprendizagem. Deste modo houve a necessidade de se criar uma
metodologia diversificada para que os conceitos de genética fossem efetivamente entendidos
pelos alunos.
A aplicabilidade da ciência propriamente dita nesta metodologia visa criar ganchos
cognitivos dos conceitos e sua aplicabilidade, desmitificando o tema para o aluno, pois o tema
Genética já vem com pressupostos por parte dos docentes que possuem certas dificuldades em
trabalhar este conteúdo e por parte dos alunos que por acreditarem ser um tema complexo ou
não correlacionarem e transpor para sua vida cotidiana se sentem pouco motivados, e
interessados pelo tema
METODOLOGIA E RESULTADOS
Esta nova ferramenta foi elabora inspirada no desenho Toy Story, onde o personagem
Sr. Batata é constituído por partes desmontáveis que se encaixam, então elaborou-se esta
atividade lúdica e utilizando o personagem como ferramenta para tornar palpável a introdução
e aplicação dos conceitos de genética nas aulas, uma forma de se trabalhar com os alunos as
características genéticas herdadas por eles de seus antecedentes e as que iriam futuramente
deixar para seus descendentes, assim criou-se a possibilidade de uma “figura” básica de uma
batata, sem nada, sem olhos, sem boca, sem orelhas, sem características físicas nenhuma,
sendo assim, os alunos poderiam criar as formas que lhe agradassem mais e posteriormente
deveriam determinas as combinações genotípicas de cada característica ali criada por
eles.(Determinação de genótipos de fenótipos).
A criação do Senhor e da Senhora batata está vinculada as características
genéticas específicas. Cada aluno deverá construir o seu casal (F1) com características
(fenótipos) que desejarem para a construção, serão definidos pelos alunos o que cada boneco
deverá apresentar como características: cor dos cabelos, olhos, pele, formato das mãos, pés e
orelhas, ou demais características que desejarem. Após escolherem as características, os
alunos vão determinar os alelos das características para cada indivíduo, bem como quais
alelos serão homozigotos, e heterozigotos, especificando com legendas as suas escolhas.
Concluindo a construção dos modelos os alunos irão fazer o cruzamento para determinar as
características da possível F2 deste casal, ou seja, o filho ou filha dos mesmos com as
características herdadas geneticamente pelos pais e deverão determinar as características
herdadas pelo pai ou da mãe através de legenda. Terminada esta etapa da confecção da
linhagem F2, os alunos irão interagir com seus colegas de sala onde escolherão entre as F2
obtidas por seus colegas para formar uma família que irá gerar descendentes, ou seja, uma F3,
os alunos então em conjunto irão determinar as características apresentadas por esta linhagem.
Com isso os alunos podem entender como ocorre o processo de transmissão de
características genéticas dos indivíduos
Material Necessário:
Cartolina;
Papel cartão colorido;
Giz de cera;
Lápis de cor;
Caneta de ponta porosa colorida;
Cola;
Tesoura;
Barbante;
Esponja de aço.
AVALIAÇÃO
A primeira etapa é montagem do Sr. e Sra. Batata, bem como seus
descendentes, e a segunda com a elaboração das legendas, onde o aluno deverá ter
concretizado a compreensão dos vocábulos.
Após todos os trabalhos serem terminados é interessante aplicar a confecção
da elaboração da montagem de mapas conceituais com os conteúdos aprendidos.
DISCUSSÃO
A prática e aplicação deste método de aprendizagem se mostrou bastante
eficiente em relação ao objetivo de aplicar os conceitos de genética, e além de tornar a
compreensão mais fácil, enfim após a aplicação desta atividade os resultados obtidos pelos
alunos na compreensão de todo processo genético hereditário, bem como a facilidade dos
alunos em resolver determinados problemas de genética também se tornou mais fácil e eficaz.
Hoje o maior desafio dos educadores é competir com as tecnologias existentes
no mundo e que estão ao alcance dos alunos de uma forma muito fácil, e os mesmos
apresentam uma facilidade muito grande em aprender estas tecnologias, e a maior dificuldade
dos alunos é a visualização concreta do que estão aprendendo em genética, com o Sr e a Sra.
Batata isso ficou muito mais fácil.
CONCLUSÃO
Através da experimentação da metodologia em um grupo de alunos do terceiro ano do
ensino médio, os resultados ultrapassaram a expectativa, pois além de atingir os objetivos
iniciais de contextualizar os conceitos de genética, fazendo relação destes novos
conhecimentos com os conhecimentos subsunçores destes alunos, mostrando relação com sua
vida cotidiana explicando os conceitos de herança genética de forma concreta.
Os alunos se mostraram muito receptivos à metodologia, envolvendo-se de maneira
ativa e entusiasmada diante da proposta de atividade. Após as orientações, os alunos
realizaram inúmeros cruzamentos entres as linhagens, por ser divertirem realizar a
aprendizagem de maneira lúdica, levantando várias situações de seu cotidiano relacionando
aos conceitos aprendidos mostrando de forma clara que estavam criando significados aos
novos conhecimentos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ADLANE, V.B. Conceitos errôneos de Genética em livros didáticos do ensino médio.
Genética na escola, Ribeirão Preto, v.1, n.1, p. 9-11, 2006. Disponível em:
<http://www.geneticanaescola.com.br/Ano1vol1.html>. Acesso em: 16 julho 2012.
BORGES, R. C. Tese de doutorado - Formação de formadores para o ensino de ciências
por investigação. Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo: 2010. Disponível
em: www.teses.usp.br/teses/.../48/.../Rita_de_Cassia_Pereira_Borges.pdf. Acesso em:
12/03/2012.
BRASIL (1997) Ministério da Educação e do Desporto – MEC/Fundação Nacional de
Desenvolvimento da Educação FNDE. Programa Nacional do Livro Didático PNLD 98
Guia de Livros Didáticos Primeira a quarta séries.
Nunes, F. M. F.; Ferreira, K. S.; Silva Jr, W.A.; Barbieri, M.R.; Covas, D.T. Genética no
Ensino Médio: uma prática que se constrói. Genética na escola, Ribeirão Preto, v.1, n.1,
p.19-24, 2006. Disponível em: <http://www.geneticanaescola.com.br/Ano1vol1.html>.
Acesso em: 16 julho 2012.
PAULINO, Wilson Roberto. Biologia no Ensino Médio. Volume único. 9 edição.2004.
Revista Digital Genética na escola. Acesso em 27/05/2012
Vilela, M.R. “A produção de atividades experimentais em Genética no Ensino Médio”.
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UTRERA, R.B. Genética no ensino médio: um levantamento de concepções. 2011.
(Monografia especialização). São Paulo. Disponível em:
<http://scholar.google.com.br/scholar?q=Gen%C3%A9tica+no+ensino+m%C3%A9dio%3A+
um+levantamento+de+concep%C3%A7%C3%B5es&btnG=&hl=pt-BR&as_sdt=0>. Acesso
em: 16 julho 2012.
ANEXOS:
Fig. 1. A) Mostra o início da confecção do Sr. Batata em papel, onde o aluno começa a traçar as características desejadas. B, C e D Alunos
manipulando os fenótipos escolhidos para seus modelos E) exemplar pronto demonstrando fenótipos, cor de pele, cabelo e olhos, traços da boca e
nariz.
E
Fig. 2. A) Confecção da Sra. Batata em molde de papel pelos alunos, e então seu recorte para preparação do modelo. B) o exemplar pronto
demostrando fenótipos, cor da pele, cabelos, olhos, traços da boca e nariz e C) Mostrando Sr. E Sra. Batata juntos.
Fig. 3. A) Mostrando a F1 confeccionada utilizando as características de cada um dos pais B) Mostrando a família completa com
todos os integrantes e as características em comum entre eles, herdadas tanto do pai quanto da mãe.
A B
A B C D
C B A