artigo perl destinosluancomunicacao.net.br/ambr/revistas/revista 169.pdf · chegada do verão, leva...

45
ISSN 2316-5065 Ano XV • Nº 169 • Novembro/Dezembro de 2016 www.ambr.org.br Artigo A busca pelo emagrecimento rápido, principalmente com a chegada do verão, leva pessoas a dietas drásticas que causam grande risco à saúde. Pág. 18 Destinos A apenas 230 km de Brasília, a Chapada dos Veadeiros reúne pessoas de várias tribos para curtir a natureza e as cachoeiras, em busca de tranquilidade. Pág. 44 Perfil Encante-se com o perfil da Dra Adriana Lofrano Porto, professora da UnB e pós-doutora na Harvard Medical School em glândulas adrenais, infertilidade e distúrbios da puberdade. Pág. 22

Upload: others

Post on 29-May-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Artigo Perl Destinosluancomunicacao.net.br/ambr/revistas/revista 169.pdf · chegada do verão, leva pessoas a dietas drásticas que causam grande risco à saúde. Pág. 18 Destinos

ISSN 2316-5065Ano XV • Nº 169 • Novembro/Dezembro de 2016

www.ambr .org .br

Artigo

A busca pelo emagrecimento rápido, principalmente com a

chegada do verão, leva pessoas a dietas drásticas que causam

grande risco à saúde.Pág. 18

Destinos

A apenas 230 km de Brasília, a Chapada dos Veadeiros reúne

pessoas de várias tribos para curtir a natureza e as cachoeiras, em

busca de tranquilidade. Pág. 44

Perfil

Encante-se com o perfil da Dra Adriana Lofrano Porto, professora da UnB e

pós-doutora na Harvard Medical School em glândulas adrenais, infertilidade e

distúrbios da puberdade.Pág. 22

Page 2: Artigo Perl Destinosluancomunicacao.net.br/ambr/revistas/revista 169.pdf · chegada do verão, leva pessoas a dietas drásticas que causam grande risco à saúde. Pág. 18 Destinos

Caros Leitores,

Mais uma revista, a última deste inquieto e turbulento ano de 2016. Novos editores e a permanente busca por uma melhor comunicação da AMBr com - e entre - os médicos de Brasília. Afinal, como dizia Chacrinha, quem não se comunica, se trumbica.

Como sabemos, revistas servem para marcar épocas, destacando e sublinhando acontecimentos e persona-gens de um tempo que passa como tudo tem que passar. A “Médico em Dia” não é diferente e como veículo de comunicação reflete o momento que vivemos – com luzes e sombras.

Mas a revista não é uma aspirina, nem um lexotan. Ela precisa trazer certas inquietações. Ao escolhermos a escultura de um mapa do Brasil feito pelo artista plás-tico brasiliense Zakeu Vitor, que optou por construí-la com instrumentos cirúrgicos – bisturis, tesouras, pinças, alicates, etc - encontrados numa sucata, estamos retra-tando um País que não vai lá bem das pernas no que diz respeito à saúde pública. Portanto, fazendo uma leitura crítica da nossa realidade médica.

A obra de Zakeu enfeita artisticamente a entrada prin-cipal da AMBr. É a escultura quase perfeita, com um grandíssimo ponto de interrogação no meio de um Brasil

que busca saídas para seus agudos problemas financei-ros, éticos e, em especial, de Educação e Saúde.

Tratamos nesta edição da PEC que entrou no Congresso Nacional com o número de 241 e agora tramita no Senado como PEC 55. Sobre a polêmica iniciativa gover-namental, nosso presidente, Dr. Luciano Carvalho, fez uma análise que foi publicada em forma de artigo no jornal O Globo, do Rio de Janeiro. Suas opiniões estão na nossa reportagem de capa. Ouvimos também espe-cialistas e parlamentares ligados à Frente Parlamentar da Medicina.

O já tradicional “Novembro Azul” está presente nesta edição, assim como o médico que escreve maravilhosa-mente sobre a história do samba, estilo que está fazendo 100 anos de existência. Outros doutores se dedicam à culinária e as artes.

A revista, enfim, está recheada de novidades e de boas dicas para sua saúde e bem-estar. Novidades médicas e culturais, sociais e científicas; também mais parcerias e serviços exclusivos para os associados e novas edito-rias. Uma edição que fecha o ano de 2016 com chave de ouro e engrandecimento da Associação Médica de Brasília.

Os editores

Editorial

Page 3: Artigo Perl Destinosluancomunicacao.net.br/ambr/revistas/revista 169.pdf · chegada do verão, leva pessoas a dietas drásticas que causam grande risco à saúde. Pág. 18 Destinos

Diretoria ExecutivaDr. Luciano Gonçalves de Souza Carvalho Presidente

Dr. Ognev Cosac Vice-Presidente

Dr. Jorge Gomes de Araújo Diretor Administrativo

Dr. Carlos José Sabino Costa Diretor Econômico-Financeiro

Dr. Antônio Geraldo da Silva Diretor de Comunicação e Divulgação

Dr. Elias Couto e Almeida Filho Diretor de Planejamento

Dra. Ana Patrícia de Paula Diretor de Editoração Científica

Dra. Angélica Amorim Diretora Científica e de Ensino Médico Continuado

Dr. Fernando Fernandes Correia Diretor Social e de Atividades Culturais

Dra. Olímpia Alves Teixeira Lima Diretora de Relações com a Comunidade

Conselho FiscalTitular

Dr. Márcio de Castro Morem

Dr. Nivaldo Cavalcante Barros

Dr. Roberto Nicolau Cavalcanti

Suplente

Dr. Adalberto Amorim de M. Júnior

Dr. Bolivar Leite Coutinho

Dr. Baelon Pereira Alves

DelegadosEfetivos

Dr. Aristotenis Cardoso Cruz

Dr. Eudes Fernandes de Andrade

Dr. João de Souza Nascimento Filho

Dr. José Henrique Leal de Araújo

Dr. José Nava Rodrigues Neto

Dr. Wendel dos Santos Furtado

Suplentes

Dr. Aloísio Nalon Queiroz

Dr. Evaldo Trajano Filho

Dr. Jaldo de Aguiar Barbosa

Dr. Roberto Cavalcanti Gomes de Barros

Dr. Susany de Oliveira Suderio

Conselho EditorialDr. Luciano Gonçalves de Souza Carvalho

Dr. Ognev Cosac

Dr. Antônio Geraldo da Silva

Diretor responsávelDr. Antônio Geraldo da Silva

EditoresCristiane Kozovits

Luis Turiba (994-RJ)

Karina Bueno (0010546-DF)

RevisãoCristiane Kozovits

EditoraçãoCaio Borges

ComercializaçãoKeila [email protected](61) 9655 9326 / 2195 9705 / 9972 7804

ImpressãoIdeal Gráfica e Editora Tiragem 5.000 exemplares

Redaçã[email protected]

Médico em Dia é uma publicação da Associação Médica de Brasília – AMBr.

Revista cultural de distribuição gratuita. Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

Corpo Social

SCES Trecho 3 Conjunto 06 Cep: 70200-003 - BRASÍLIA/DF(61) 2195.9700www.ambr.org.br

Page 4: Artigo Perl Destinosluancomunicacao.net.br/ambr/revistas/revista 169.pdf · chegada do verão, leva pessoas a dietas drásticas que causam grande risco à saúde. Pág. 18 Destinos

Sumário

Especialidade Médica O novembro é azul mas o alerta é vermelho

Radar Perfil

Artigo Gourmet

Música Popular Brasileira Vitrine

Jovem Médico Medicina e Arte Ação Social

08

10 12 34

15 22

16 32

18 40

A cada “Novembro Azul” que passa, o homem brasileiro se mostra mais consciente e preparado para enfrentar os problemas de saúde que a idade madura pode provocar. O que antes era visto com preconceito e desconfiança - o exame na próstata, por exemplo - hoje ajuda a salvar vidas. Mas há médicos, os de família, que pensam dife-rente dos urologistas e não consideram o rastreamento precoce tão necessário assim.

A graduação de medicina é desafiadora e há, constantemente, novos desafios para o aprimoramento da graduação médica de qualidade.

A profissão de pediatra, muitas vezes sonhada por várias crianças, ganha uma versão na boneca mais famosa do mundo: a Barbie Doutora.

Campanha da AMBr Solidária arrecada material escolar para Projeto que acolhe crianças com vulnerabilidade social e familiar. A ação vai até o início de 2017.

Page 5: Artigo Perl Destinosluancomunicacao.net.br/ambr/revistas/revista 169.pdf · chegada do verão, leva pessoas a dietas drásticas que causam grande risco à saúde. Pág. 18 Destinos

Revista Médico em Dia • Novembro/Dezembro de 20166

Page 6: Artigo Perl Destinosluancomunicacao.net.br/ambr/revistas/revista 169.pdf · chegada do verão, leva pessoas a dietas drásticas que causam grande risco à saúde. Pág. 18 Destinos

Revista Médico em Dia • Novembro/Dezembro de 2016 7

PALAVRA DO PRESIDENTE

Quando um ano se encerra, é praticamente automática nossa reflexão sobre o que realizamos (ou deixamos de realizar) durante os 365 últimos dias do calendário. O que fizemos das oportunidades que apareceram, como enfren-tamos os desafios, o que evoluímos e o que construímos?

Nós, médicos, testemunhamos uma ciência que avança vertiginosamente em busca de novos tratamentos, remé-dios e tecnologias para prevenção, cura e tratamento de doenças. E avançamos muito, em todas as áreas. A edição do DNA; o desenvolvimento da imunoterapia e da ciência genética, os avanços no diagnóstico e o tratamen-to de males desafiadores como câncer, Alzheimer e AIDs; o surgimento de novas vacinas e fármacos mais efica-zes e a precisão da robótica são alguns exemplos desse progresso impressionante.

Neste fim de ano, além das reflexões no campo pessoal e profissional, também tenho um olhar crítico para a Associação Médica de Brasília, ao ver findar o penúltimo ano de minha segunda gestão à frente da entidade de classe. Junto ao demais membros do conselho diretor, investimos muito para avançar nas diferentes frentes que compõem a missão da AMBr - A casa dos médicos do Distrito Federal.

No campo da representatividade da classe médica e do zelo pela boa medicina, estivemos engajados nos debates e busca de soluções para os principais temas que afetam a área de saúde e seus profissionais, como: judicialização, defesa do título de especialista, abertura indiscriminada de cursos de medicina, tramitação da carreira médica de estado e agora, mais recentemente, os efeitos da PEC 55 para a Saúde.

Na área da qualificação profissional, avançamos com o Programa de Gestão da AMBr, sob a batuta do diretor de Planejamento, Elias Couto, que vem ensinando médicos a gerir seus consultórios e clínicas como negócios que são. Tivemos a honra de entregar os títulos de especialista a dezenas de profissionais para que contribuam na socieda-de com seus sólidos conhecimentos. Estreitamos relações com as associações representativas dos estudantes de medicina e residentes, buscando fomentar as boas práti-cas e salvaguardar a qualidade do ensino médico.

Em sua missão social, a AMBr ampliou de forma proa-tiva sua atuação junto à comunidade, firmou novas parcerias para oferecer aos associados planos de saúde

diferenciados, descontos especiais pelo nosso Clube de Afinidades e muitas atividades integrativas, como o Arraiá do Dotô, a Festa do Médico, o Carnaval Infantil e os happy

Hours temáticos.

Nossa sede e nossa área de lazer receberam muita atenção e cuidado, incorporando novidades, processos e ações estruturantes, como a construção da nova lancho-nete, a revitalização das vias de acesso, a preparação da casa de madeira para a abertura de um restaurante (em fase de prospecção), a troca da grama da quadra de futebol, a manutenção das quadras de tênis, a criação de quadras de beach tênis, e inúmeras outras melhorias. Para muito em breve, estamos vislumbrando a instala-ção de uma usina de energia fotovoltaica, de capacidade média e baixo custo, o que nos colocará na vanguarda das instituições que usam energia limpa e economizam na conta de luz.

Assim como na vida pessoal e na história da medici-na, também acontece na gestão da AMBr: sabemos que ainda há muito por realizar, que são muitos e constantes os desafios, mas comemoramos, neste findar de 2016, os avanços alcançados e o atingimento das principais metas a que nos propomos na condução deste trabalho. Para 2017, um ano de transição, temos muito planos e estamos nos preparando, com foco, planejamento e determinação, para continuarmos avançando.

Luciano CarvalhoPresidente

Page 7: Artigo Perl Destinosluancomunicacao.net.br/ambr/revistas/revista 169.pdf · chegada do verão, leva pessoas a dietas drásticas que causam grande risco à saúde. Pág. 18 Destinos

Revista Médico em Dia • Novembro/Dezembro de 20168

Especialidade Médica

MAS O ALERTA É VERMELHO

A maior arma que os homens em processo de envelhe-cimento possuem para enfrentar seus usuais problemas de saúde como, por exemplo, a doença na próstata, é o conhecimento. Por isso, se informe, se inteire, procure saber. Os números são assustadores e servem para quebrar qualquer tipo de preconceito que ainda possa existir em relação a essa doença.

No Brasil, cerca de 60 mil brasileiros serão atingidos no próximo ano pelo câncer de próstata. No ano passado, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA) e próprio Ministério da Saúde, foram 61.200 casos. Quer saber mais: um em cada sete homens vão ter algum problema com essa glândula do sistema urinário, e a cada 40 minutos um homem morre por causa de um câncer na próstata. Mas, calma lá, que as estatísticas do trabalho “Novembro Azul 2016”, da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU-DF), também tem números positivos: 90% dos casos, quando diagnosticados precocemente, são totalmente curáveis.

O que é, pra que serveSegundo o médico urologista Guilherme Coaracy, presiden-te da (SBU-DF), a próstata – do grego, “o que está adiante”-, é uma glândula que faz parte do aparelho genital mascu-lino, do tamanho aproximado de uma castanha, pesando cerca de 20 gramas. Ela tem duas funções importantes na vida sexual de um homem adulto: produz parte do esperma (nutrição SPZ) e a liquefação do sêmen (o PSA).

As doenças mais comuns em homens adultos a partir dos 50/60 anos são a pros-tatite (2%); o câncer (18%) e a Hiperplasia Nodosa (80%). Por isso, a partir dos 45 anos, segunda a SBU, é recomendado um check-up anual, com a medição do PSA através de exame de sangue e o exame de toque, especial-mente para aqueles que

tenham tido casos de doenças prostáticas na família ou sejam da raça negra.

A junção dos dois exames – PSA e o toque - permitirá ao médico urologista ter um diagnóstico exato do pacien-te. Mas, o que assusta mesmo é o câncer, que é a segunda causa de morte entre homens – a primeira é câncer de pele. Ele é provocado pelo cresci-mento desordenado de células que invadem os tecidos e órgãos (o chamado maligno), podendo se espalhar para outras regiões do corpo (metástase). São fatores carcinógenos: o fumo (boca, laringe, pulmão), álcool (fígado), radia-ção ionizante (raios-X), radiação solar (pele, melanoma), alguns medicamentos (estrogênios sem progesterona) e herança genética.

Dr. Guilherme Coaracy

Page 8: Artigo Perl Destinosluancomunicacao.net.br/ambr/revistas/revista 169.pdf · chegada do verão, leva pessoas a dietas drásticas que causam grande risco à saúde. Pág. 18 Destinos

Revista Médico em Dia • Novembro/Dezembro de 2016 9

Estimativa INCA - 2016

Estimou-se 61.200 casos novos de câncer de próstata para o Brasil em 2016. Esses valores correspondem a um risco estimado de 61,82 casos novos a cada 100 mil homens

Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de próstata é o mais incidente entre os homens em todas as Regiões do país:

• 95,63/100 mil na Sul• 67,59/100 mil na Centro-Oeste• 62,36/ 100 mil na Sudeste• 51,84/100 mil na Nordeste 2• 9,50/100 mil na Norte

Segundo o Dr. Coaracy, o diagnóstico preventivo é de fundamental importância – razão do “Novembro Azul” – pois o câncer de próstata se “esconde” ou não apresenta agudamente os sintomas (ardência na urina, problemas de ereção, dificuldade de conter urina, aparecimento de sangue, incômodos na bexiga) na fase inicial. Quando esses sintomas aparecem, estão normalmente associados à metástase na fase avança-da. Segundo o Dr. Coaracy, se a doença estiver localizada, o tratamento se fará com vigilância ativa, prostatectomia radical ou radioterapia. Em caso de metástase, o trata-mento será na base da terapia hormonal, quimioterapia, radiofármacos.

Um outro olharApesar das estatísticas da SBU, o “Novembro Azul” não é uma unanimidade. No ano passado, uma outra socie-dade, a Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMDC), lançou uma carta-documento alertando para os problemas que envolvem “o rastreamento do câncer de próstata”. Dizem os médicos de família:

“Em primeiro lugar, rastreamento significa uma ação feita para identificar uma doença (ou fator de risco) antes que ela se manifeste ou piore, com o objetivo de diminuir o adoecimento e a mortalidade – ou seja, fazer as pessoas viverem mais e melhor. É o que fazemos ao pedir que uma pessoa aparentemente saudável saia da sua casa e faça, por exemplo, uma sorologia de HIV ou uma coleta de papanicolau”.

E prossegue: “Embora se diga que o Novembro Azul visa” estimular o homem a cuidar da sua saúde e a realizar exames preventivos, o foco no câncer de próstata fica evidente nos sítios da campanha, em seu material informativo e na divulgação pela mídia.

Segundo o Dr. Rodrigo Lima, diretor de Comunicação da SBMFC, há um volume grande de evidência cien-tíficas mostrando que o rastreamento “não é uma boa ideia”. Ele afirma que a Sociedade Americana de Urologia, diferente-mente da brasileira, tem posição contrária ao rastre-amento e está baseada em vários estudos envolvendo

dezenas de milhares de homens. Na sua opinião, os homens devem ser vistos de forma integral, e a eles devem ser diri-gidos cuidados preventivos adequados, de forma regular. Dr. Rodrigo cita a Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, que publicou uma nota técnica sobre o assunto, ratificando a posição das entidades mencionadas anteriormente e suge-rindo outras intervenções úteis para promover a saúde da população masculina, como o rastreamento da hipertensão, do uso abusivo de substâncias psicoativas, de doenças sexu-almente transmissíveis, entre outras.

Serviço: Sociedade Brasileira de Urologia - DF – (61) 3445-2411

Sociedade Brasileira de Medicina da Família e Comunidade – (11) 3875-6296

Dr. Rodrigo Lima

Page 9: Artigo Perl Destinosluancomunicacao.net.br/ambr/revistas/revista 169.pdf · chegada do verão, leva pessoas a dietas drásticas que causam grande risco à saúde. Pág. 18 Destinos

Revista Médico em Dia • Novembro/Dezembro de 201610

Jovem Médico

DESAFIOS DO FUTURO MÉDICOPedro Henrique de Souza Tavares

A instabilidade trabalhista e a baixa remuneração são para muitos uma infeliz rotina. Lembramos ainda que, a partir de 2018, aqueles que se tornarem residentes terão que cursar de um a dois anos obrigatórios em medicina

de família e comunidade, antes de iniciar sua residência escolhida.

O que nos sobra? A iniciativa para buscar as melhorias necessárias, sem o confor-

mismo e a aceitação dessa realidade que em nada nos acrescenta. O atual contex-

to é deprimente sim. E justamente por isso, cabe a nós, estudantes de medicina, construir

os mecanismos necessários para uma realidade mais aceitável.

Qual o caminho? Fortalecer as entidades que nos representam. É nesse contexto que a Associação dos Estudantes de Medicina do Distrito Federal (AEMED-DF) nasce, comprometida com a defesa irrestrita da medicina e da qualidade da graduação médica.

Se você quer uma formação de qualidade, com a prática adequada e um futuro profissional digno de seus sonhos e investimentos na carreira médica, venha fazer parte da AEMED-DF.

Entre em contato com a gente: [email protected]

A graduação de medicina é desafia-dora, sobretudo pela necessidade constante do aluno de superar seus limites físicos, mentais e emocionais. Ao final de cada semestre, fazemos um balanço de quanto crescemos e do que ainda nos falta para atingir o conjunto de qualidades e expertises necessárias para nos autodenominar médicos.

Mas, infelizmente, novos desafios surgem de encontro ao aprimora-

mento da graduação médica de qualidade. Além dos obstácu-los estruturais decorrentes do sucateamento do SUS, atualmente várias mudan-ças colocam em cheque a boa formação.

Alinhada à precarização dos serviços de saúde, a gestão

terceirizada tem ameaçado a natu-reza científica e formativa de importantes

hospitais escolas.

A redução de leitos e de centros de assistên-cia nega diretamente ao estudante a oportunidade

de aprender.

A falta de esforço por parte de muitas universidades em garantir aos seus estudantes bons campos de ensino, bem como uma infraestrutura hospitalar própria e de qualidade, prejudica ainda mais o contexto formativo desses alunos.

E o que falar do mercado de trabalho para o recém-for-mado? Afinal, depois de tanto estudar, na medicina é fundamental a prática. Aqueles que encontram algum espaço se deparam com condições insalubres, tanto para aos pacientes, quanto para os profissionais.

Pedro Henrique de Souza Tavaresé estudante do 8º semestre da Universidade Católica de Brasília

(UCB), eleito presidente da AEMED-DF para o exercício de julho de 2016 até julho 2017.

Page 10: Artigo Perl Destinosluancomunicacao.net.br/ambr/revistas/revista 169.pdf · chegada do verão, leva pessoas a dietas drásticas que causam grande risco à saúde. Pág. 18 Destinos
Page 11: Artigo Perl Destinosluancomunicacao.net.br/ambr/revistas/revista 169.pdf · chegada do verão, leva pessoas a dietas drásticas que causam grande risco à saúde. Pág. 18 Destinos

Revista Médico em Dia • Novembro/Dezembro de 201612

Medicina & Arte

O CENTENÁRIO DA MÃE DA BARBIEArmando J. C. Bezerra / Simônides Bacelar - Médicos

Ruth Handler teria feito cem anos no dia 4 de novem-bro de 2016. Filha de imigrantes poloneses, nasceu em Denver, Colorado, nos Estados Unidos.

Em 1970, aos 54 anos de idade, submeteu-se a uma mastectomia devido a um câncer de mama. Abraçou então a causa pela detecção precoce dessa doença e, preocupada com a estética feminina, criou a Ruthton Corporation, com o objetivo de produzir a Nearly Me, uma linha de próteses mamárias de silicone. Ruth faleceu em 2002, em Los Angeles, na Califórnia, vítima de complica-ções de uma cirurgia.

Tendo em vista a ligação afetiva que existiu entre Ruth e Barbie e a marcante data do centenário de nasci-mento da mãe da mais famosa boneca do mundo, reproduzimos agora, com pequenas modificações, o artigo intitulado Doutora Barbie, publicado em 2014 na Revista Médico em Dia.

As bonecas e os bonecos sempre tiveram um papel impor-tante na vida de crianças ao longo da existência humana.

Quem algum dia não deu asas à imaginação, tendo ao seu lado a companhia de soldadinhos de chumbo, Playmobil, He-Man, Falcon, Emilia, Mulher-Maravilha ou Monster High? Quem não fez vestidinhos, não brincou com casinhas de bonecas e não cantou cantigas de ninar para sua boneca dormir?

A boneca que tem feito mais sucesso é sem dúvida a Barbie. Mas, quem é mesmo a Barbie?

Tudo praticamente começou quando a empresária norte--americana, Ruth Marianna Handler, percebeu que sua filha Barbara Handler, mesmo adolescente, continuava a gostar de brincar com bonecas.

Ruth perguntou a Elliot Handler (1916-2011), seu marido, também empresário, por que não criava uma boneca adolescente que fizesse companhia as numerosas bone-cas-bebês já existentes.

Em 9 de março de 1959 nascia Barbie. A boneca foi apresentada ao mundo na Feira de Brinquedos de Nova Iorque. O nome Barbie é uma homenagem do casal Ruth e Elliot a sua filha Barbara, por eles chamada, carinhosa-mente, de Barbie.

A boneca Barbie frequentemente se apresenta magra, alta, loira, jovem, elegante, de olhos azuis e com um generoso busto. Com tantos atributos charmosos desper-tou a atenção de Andy Warhol, um dos mestres da pop art. O quadro intitulado Barbie, datado de 1985, é de autoria do artista Warhol.

Estilistas famosos como Coco Chanel, Christian Dior e Giorgio Armani já tiveram a oportunidade de vestir a Barbie.

Como era de se esperar, em razão de tamanha simpa-tia e elegância, um jovem bonitão chamado Ken logo se apaixonou pela Barbie. O namoro consolidou-se. Talvez em razão da torcida pelo enlace matrimonial de Barbie e Ken, a Barbie noiva seja uma das preferidas da criança-da. O nome Ken, como é chamado o boneco namorado da Barbie, é uma homenagem a Kenneth Handler (1944-1994), o filho do casal Handler e, portanto, o irmão da Barbie verdadeira.

A boneca Barbie pode ser encontrada nas lojas em grande número de versões, algumas vezes homenage-ando culturas e, assim, vestindo trajes típicos de países como Holanda, Japão, México, dentre outros.

“O nome Barbie é uma

homenagem do casal

Ruth e Elliot a sua filha Barbara”

Page 12: Artigo Perl Destinosluancomunicacao.net.br/ambr/revistas/revista 169.pdf · chegada do verão, leva pessoas a dietas drásticas que causam grande risco à saúde. Pág. 18 Destinos

Revista Médico em Dia • Novembro/Dezembro de 2016 13

Armando J. C. Bezerra(Médico)

Simônides Bacelar(Médico)

“As meninas se

identificam muito com a doutora Barbie

porque provavelmente

veem na boneca

médica a pediatra que

gostariam de ser”

Existem representações em justa solidariedade à cor, como Black Barbie, Barbie morena, Barbie mulata. As bonecas Barbie africana e baiana são muito bonitas.

Há também Barbie em cadeira de rodas e a versão sem cabelos, talvez em solidariedade a crianças em uso de quimioterapia.

Outras vezes, a Barbie tem prestigiado as profissões apresentando-se, por exemplo, como médica, professo-ra, policial e bailarina. A Barbie médica tem feito enorme sucesso. As meninas se identificam muito com a doutora Barbie porque provavelmente veem na boneca médica a pediatra que gostariam de ser.

A paixão por Barbie é tão grande no mundo que, por incrível que pareça, fez surgirem Barbies humanas, fãs ardorosas que assumiram a aparência de Barbie por meio de engenhosos recursos estéticos.

A indústria de brinquedos que produz a Barbie é a Mattel, cujo nome vem de Mattson (Matt) e Elliot (El), sócios de Ruth, a mãe da Barbie.

Como forma de a Barbie retribuir o carinho recebido das crianças, a Mattel Children’s Foundation mantém em exemplar funcionamento a ala pediátrica do Ronald Regan Medical Center, da Universidade da Califórnia – UCLA, em Los Angeles, nos Estados Unidos da América.

É interessante registrar que a UCLA, dentre seus ex-alu-nos e servidores, lista ganhadores do Prêmio Nobel e de medalhas de ouro em Jogos Olímpicos.

Certamente a Barbie também merece uma medalha de ouro, pois se estima que a cada dois segundos uma Barbie seja presenteada a uma criança no mundo.

Page 13: Artigo Perl Destinosluancomunicacao.net.br/ambr/revistas/revista 169.pdf · chegada do verão, leva pessoas a dietas drásticas que causam grande risco à saúde. Pág. 18 Destinos
Page 14: Artigo Perl Destinosluancomunicacao.net.br/ambr/revistas/revista 169.pdf · chegada do verão, leva pessoas a dietas drásticas que causam grande risco à saúde. Pág. 18 Destinos

Revista Médico em Dia • Novembro/Dezembro de 2016 15

Radar

NOVO MEDICINÊS

Que médicos têm as letras garranchadas, já sabemos. Às vezes, somente um farmacêutico experiente é capaz de destrinchar uma receita e identificar o remédio solicitado. Agora, a partir deste mês de dezembro, entra em campo, mundialmente, um novo complicador: duas mil novas pala-vras médicas passam a ser usadas para designar as partes macroscópicas do corpo humano. Em português e outros idiomas. É o chamado “medicinês”.

Vejamos alguns exemplos: quem conversa demais fala pelos cúbitos; dor de garganta é sinal de tonsila inflamada; jogador de futebol tem problema na patela do joelho.

O novo “medicinês” foi estudado por sete anos por um seleto grupo de 21 anatomistas de todo o mundo em 30 diferentes países. O anatomista brasileiro Liberato J. DiDio, atual diretor da Universidade de Santo Amaro, em São Paulo, foi o secretário geral do estudo.

Agora, antes de ir ao cosmotólogo, tenha todo cuidado com o seu tendão calcâneo e o sistema digestório. Senão, pode ter problema na artéria torácica.

Serviço: http://www.compuland.com.br/anatomia/saopaulo.htm

UM BRASILEIRO NA APAL

O diretor de Comunicação da AMBr, Dr. Antônio Geraldo da Silva, é o novo presidente eleito da Associação Psiquiátrica da América Latina – APAL, para o mandato de 2018 a 2020. O médico será o segundo brasileiro a ocupar o cargo na Associação. A eleição aconteceu durante o XXIX Congresso Latino-

americano de Psiquiatria, entre os dias 29 de outubro e 1º de novembro, em Antígua, Guatemala.

Segundo o psiquiatra, a disputa foi difícil, uma vez que o Chile era concorrente direto e levava vantagem por ter o espanhol como idioma e, no grupo, apenas o Brasil tem o português como dialeto. “Há mais de 40 anos um brasi-leiro ocupou esse cargo. Minha eleição, agora, é fruto de um belo trabalho realizado pela psiquiatria brasileira. Eu já estou trabalhando na APAL como vice-presidente, assim, a transição vem sendo realizada mais facilmente”, disse o médico.

ANVISA LIBERA CANABIDIOL

As regras que irão permitir o primeiro registro para a venda de medicamentos à base de compostos da maconha no Brasil já estão aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Agora, não só a PW Pharmaceuticals mas qualquer outra empresa poderá produzir droga seme-lhante, uma vez que a liberação foi sobre o uso de uma combinação derivada do canabidiol (CBD) e tetrahidrcann-binol (THC), dois principais ativos da maconha.

Portanto, essa combinação entrará para a lista de medica-mentos controlados, de tarja preta, com retenção da receita amarela, e será indicado para o tratamento de pacientes adultos com espasticidade moderada a grave devido à esclerose múltipla.

INFORMAÇÕES A UM CLIQUE

Para facilitar o acesso a informações confiáveis sobre síndromes médicas, o cardiologista Paulo Fernando Leite pesquisou, se aprofundou no assunto e criou o site Síndromes Médicas (www.sindromesmedicas.com.br). Um dicionário médico online de fácil acesso que disponibiliza textos e links sobre o tema gratuitamente. Segundo o cardiologista, a estimativa é que a ferramen-ta tenha, até o final deste ano, mais de 800 síndromes médicas descritas com base na literatura médica atual. ”Esse é o maior e mais completo dicionário de síndro-mes médicas no mundo. Dediquei anos de pesquisa a ele”, garante o cardiologista.

Dr. Antonio Geraldo

Page 15: Artigo Perl Destinosluancomunicacao.net.br/ambr/revistas/revista 169.pdf · chegada do verão, leva pessoas a dietas drásticas que causam grande risco à saúde. Pág. 18 Destinos

Revista Médico em Dia • Novembro/Dezembro de 201616

Artigo

Dietas drásticas: um perigo sem efetividadeTodo ano é a mesma ladainha: quando falta um mês para a chegada do verão (sol, férias, festas e praias), apresentadoras de TV dedicam programas inteiros para dar dicas sobre dietas e outros segredinhos alimentícios que farão com que os corpos caibam dentro de biquínis e sungas. Afinal, quase todo mundo precisa perder peso, barriguinhas e pneuzinhos. Vêm à tona as tais dietas drásticas: da lua, da uva, da chuva, da curva e outros nomes mágicos e estranhos. E daí, resolve? Será que é saudável?

Para o endocrinologista Neuton Dornelas Gomes, esse tipo de dieta não é recomendável, pois há grande risco à saúde. “As pessoas preci-sam entender que nessas dietas, onde o resultado é obtido a curto prazo de tempo, o risco é muito elevado e reflete no desequilíbrio hidroeletrolítico (desidratação) e em uma grande perda de sais minerais”, diz o médico.

Segundo o especialista, “Para emagrecer com saúde é necessário não ter pressa e saber dizer não ao modismo, além de aceitar que um resultado efetivo vem da mudança de hábitos, onde a reeducação alimentar é o pilar funda-mental para essa transformação. Caso contrário, o resultado poderá até acontecer a curto prazo, mas o efeito sanfona será o grande vilão dessas dietas drás-ticas”, finalizou o endocrinologista.

O PERIGO DA SANFONASilvia Leite Faria

Fisiologicamente, o que essas dietas causam em quem as pratica? Quando uma pessoa inicia um período de dieta com muita restrição calórica ou restrição severa de algum grupo alimentar (como os carboidratos, por exemplo), o que se perde inicialmente é água, uma vez que nossos músculos possuem bastante quantidade desta e quando preci-sam mobilizar seus estoques de energia, acabam desidratando. Como consequência, a pessoa sente o peso diminuindo, mas não necessariamente está perdendo gordura (ou seja, não está emagrecendo). Ainda, em momentos de privações severas (antes consu-mia-se em média 2500 kcal e na dieta passou a se consumir 700 kcal, por exemplo), o corpo humano entende que precisa fazer alguma coisa para manter o equilíbrio - nosso corpo está sempre buscando isso! -, dessa maneira, o corpo reduz o seu gasto de energia (diminui o metabolismo). Assim, na hora que a

Page 16: Artigo Perl Destinosluancomunicacao.net.br/ambr/revistas/revista 169.pdf · chegada do verão, leva pessoas a dietas drásticas que causam grande risco à saúde. Pág. 18 Destinos

Revista Médico em Dia • Novembro/Dezembro de 2016 17

pessoa cansa da dieta e volta a comer como antes, o peso tende a voltar ainda maior do que era, caracterizando o famoso efeito sanfona.

Além disso, essas dietas drásticas cursam com baixíssimas quantidades de vitaminas e minerais. Normalmente, dietas com menos de 1200 Kcal/dia não atingem as quan-

tidades mínimas de nutrientes. Com isso, a pessoa corre maior risco de ter sua imunidade reduzida, fica mais suscetível à infecções, gripes e outras doenças.

Por isso, é seguro dizer que, apesar dessas dietas poderem proporcio-nar alguma perda de peso, essa perda, além de não ser saudável,

não pode ser sustentada, ou seja: as dietas conseguem reduzir o peso da pessoa, mas não conseguem manter essa pessoa

magra. A grande estratégia para uma perda de peso saudável e sua manutenção para o resto da vida sempre será a reedu-

cação alimentar, onde a pessoa reaprende a se alimentar, mudando sua relação com a comida, aprendendo a ouvir o seu corpo, entendendo suas necessidades e que pode ter uma alimentação completa (onde todos os grupos alimentares estarão presentes), balanceada e prazero-sa, garantindo uma mudança de estilo de vida, e não apenas por um certo período.

Toda essa mudança deve vir acompanhada do hábito da prática atividade física, que ajuda a prevenir o efeito sanfona por auxiliar na manutenção da massa muscu-lar durante o período de emagrecimento, uma vez que quanto mais músculo uma pessoa possui, mais energia seu corpo gasta, mesmo estando parado. Adicionalmente, garantir um consumo adequado de alimentos fontes de proteína (como carnes, ovos, leites e derivados) auxiliam também nesse aspecto, por serem as proteínas as matérias-primas da massa muscu-

lar. Ainda, como “cereja do bolo”, tem-se os alimentos termogênicos como canela, café, chá verde e gengibre,

que podem passar a fazer parte desse novo estilo de vida, ajudando a manter o metabolismo sempre acelerado e

prevenindo o temido efeito sanfona.

Silvia Leite Faria é nutricionista. PhD e Mestre em Nutrição pela Universidade de Brasília

Page 17: Artigo Perl Destinosluancomunicacao.net.br/ambr/revistas/revista 169.pdf · chegada do verão, leva pessoas a dietas drásticas que causam grande risco à saúde. Pág. 18 Destinos

Revista Médico em Dia • Novembro/Dezembro de 201618

Histórias da Música Popular Brasileira

O samba desafinou? (Parte 2)Os 100 anos de altos e baixos de nosso maior patrimônio musicalRenato Vivacqua – Historiador da música popular / Dr. Eudes Fernandes de Andrade – Médico Urologista

Continuamos neste capítulo nossas considerações sobre a invasão sonora estrangeira, com os protestos dos cultores de nosso cancioneiro.

Os dois ótimos sambistas, Wilson Moreira e Nei Lopes, se irritam com a dominação: “Hoje só tem discoteque/som Black/só imitação/já não tem mais goiabada cascão”.

Quando mostrou seu descontentamento com a “Influência do jazz”, Carlos Lyra foi muito criticado pelos colegas da bossa nova que implicavam com o samba: “Coitado do meu samba/ mudou de repente/influên-cia do jazz.” Defendeu-se: “sou a favor das influências

“João Gilberto, o ícone

dos bossanovistas,

sempre declarou

enfaticamente: ‘Eu

canto é samba!’

estrangeiras, desde que não violentem as raízes nacionais”.

Engraçado é que João Gilberto, o ícone dos bossanovistas, sempre declarou enfaticamente: “Eu canto é samba!”. E ninguém teve coragem de classificá-lo como ultrapassado. Mário de Andrade, respaldado em sua vasta cultura musical, não teve meias palavras: “Aquele que faz arte estrangeira, se não for um gênio, é um inútil e um nulo. É uma reverendíssima besta”.

E continuam as críticas ao desvirtuamento do samba.

Já em 1943, Wilson Batista contra-atacava: “Não danço tango, nem suingue nem rumba/ Gosto do choro, do batuque da macumba”. Lamartine Babo, com sua verve, cria um non-sense delicioso: “Independence lá do Praguai/Studbaker, Jaceguai/Iés my glass/salada de alface/ Fly-tox my till/STandard Oil /Forget not me/ OF!”.

Assis Valente também se irritava com a presunção de alguns colegas: “Good bye boy/ deixa a mania do inglês.../Não é mais boa

Page 18: Artigo Perl Destinosluancomunicacao.net.br/ambr/revistas/revista 169.pdf · chegada do verão, leva pessoas a dietas drásticas que causam grande risco à saúde. Pág. 18 Destinos

Revista Médico em Dia • Novembro/Dezembro de 2016 19

Na Copa de 2002 os

jogadores adotaram

um samba como hino

extraoficial: “Deixa a vida me levar”

noite, nem bom dia/ só se fala good night, good morning”. Jurandir Santos faz um convite irônico aos gringos; “ Alô Jone, cambeque pra folia/Se não revê monei não faz mal/cambeque pra orgia/revê muito chop,op,op”.

Haroldo Barbosa e Geraldo Jaques são diplomatas: “Adeus América, essa terra é muito boa/mas eu não posso ficar porque/ o samba mandou me chamar/ eu digo adeus ao boogie-woogie, ao woogie boogie/ e ao swing também/ deixa de fox, fox-trotes e pinotes,/ que isso não me convém/ eu vou voltar pra cuíca, bater na barrica, tocar tamborim/ chega de lights, e all rights, good-nights/ Isso não é pra mim”.

Simonal foi um extraordinário cantor, com um balanço impressionante, mas que pecava pela arrogância. Embriagou-se com o sucesso, o que criou uma aura de antipatia contra ele. Foi até condenado por mandar amigos policiais pressionar seu contador que imaginava estar roubando-o, imaginando que, como vivia tecendo loas ao regime militar, nada lhe aconteceria. Esqueceu-se de que era falastrão, rico e principalmente negro. Tinha orgulho em dizer-se americanizado e desqualificava os sambistas, principalmente os que faziam ritmo batendo na caixa de fósforos. Mielle deu uma declaração pertinente: “Simonal foi o único artista ligado ao golpe militar que foi punido”. Seu gênio espalhafatoso irritava a linha-dura.

Muitos outros artistas participaram de eventos militares e não foram repudiados, como: Elis, Elizeth Cardoso, Jair Rodrigues, Don e Ravel, Raul Gil, o Maestro pernam-bucano Nelson Ferreira, o cantor Luiz Cláudio e outros conformados. Tom Jobim, nunca incomodado, declarava que “o mundo gira para a direita.” Talvez esses tivessem sido piores que os que papagaiavam os estrangeiros.

Bem, o samba teve que ser tinhoso para lutar contra a bossa-nova, Jovem Guarda, falso pagode, axé, forró universitário. Não dava para competir. Havia os guer-reiros entrincheirados, lutando desigualmente, como Paulinho da Viola, Beth Carvalho, Cartola, Arlindo Cruz, Nelson Sargento, D. Ivone Lara, Nelson Cavaquinho e poucos mais. Cantaram: “Não deixe o samba morrer “Coisinha do pai”, “Agoniza mas não morre”, “Argumento” e outras peças de resistência. Mas não foi o suficiente para trazer o samba aos seus momentos de glória.

A justiça, entretanto, não falha. Um acaso se incumbiu de levá-lo novamente a todos os cantos do país. Na Copa de 2002 os jogadores adotaram um samba como hino extraoficial: “Deixa a vida me levar”, interpretado

por um cantor suburbano carioca que até então não tinha conseguido, apesar do talento, atingir a fama: Zeca Pagodinho.

Em 1940 o samba “A Lapa” de Herivelto Martins e Benedito Lacerda foi sucesso no carnaval. Dizia: “a Lapa/ está voltando ser a Lapa/ a Lapa/ confirmando a tradição/ A Lapa/ é o ponto maior do mapa/ do Distrito Federal/ salve a Lapa.” Era apenas um sonho. O bairro já não era mais o templo da boemia do Rio, frequentado pelos inte-lectuais e sambistas famosos.

Nem tudo estava perdido, porém. Por volta de 2000 o governo estadual decidiu revitalizar a região, recuperan-do os prédios antigos e logradouros, provocando, com isso, o início de uma efervescência cultural que a tornou e ainda é hoje um dos maiores pontos turísticos do Rio. Casas de Samba fazem enorme sucesso. Foi um resgate merecido. O melhor foi que isso encorajou novos talentos a saírem da toca e começarem a brilhar. São dezenas, muito talentosos, que infelizmente estavam marginaliza-dos e atualmente já são ídolos.

Diante de tão auspicioso fato só nos resta cantar “Viva o Samba!”.

Renato VivacquaHistoriador da música popular

Dr. Eudes Fernandes de AndradeMédico Urologista

Page 19: Artigo Perl Destinosluancomunicacao.net.br/ambr/revistas/revista 169.pdf · chegada do verão, leva pessoas a dietas drásticas que causam grande risco à saúde. Pág. 18 Destinos
Page 20: Artigo Perl Destinosluancomunicacao.net.br/ambr/revistas/revista 169.pdf · chegada do verão, leva pessoas a dietas drásticas que causam grande risco à saúde. Pág. 18 Destinos
Page 21: Artigo Perl Destinosluancomunicacao.net.br/ambr/revistas/revista 169.pdf · chegada do verão, leva pessoas a dietas drásticas que causam grande risco à saúde. Pág. 18 Destinos

Revista Médico em Dia • Novembro/Dezembro de 201622

Perfil

Uma médica cientista de Brasília

Vamos falar de uma nova geração de médicos. Uma jovem tipicamente brasiliense que amou as clássicas festas da cidade, Renato Russo, as tesourinhas e frequentou as cachoeiras do cerrado. Neta de pioneiros que vieram para a inauguração da nova capital como servidores do antigo DASP, foi criada na 206 sul no meio do barro vermelho. Adorava ir ao sítio dos avós brincar com as vacas no curral, correr pelo cerrado com os cachorros.

Precoce, fez vestibular aos 16 anos, sem saber ao certo qual curso gostaria de fazer. Na inscrição, marcou três opções: Medicina, Psicologia e Biologia. Passou na primeira opção – Medicina, na UnB. Formou-se em 1993 e, como uma estudante comunicativa e participan-te, lutou pelo Hospital Escola e fez campanhas para o HUB da L2 Norte se incorporar à Faculdade de Medicina da UnB. Lá, realizou residências em Clínica Médica e em Endocrinologia. Já especialista, permaneceu 10 anos como médica assistente no hospital que a acolheu desde a graduação, onde então passou a coordenar o Ambulatório de Doenças das Adrenais e Gônadas do HUB, o primeiro do DF especializado na área.

Carreira Médica e Ciência

Em 1997, um caso raro de um paciente a levou a procu-rar soluções em estudos genéticos do DNA com médicos em Chicago. Um dos seus orientadores e grande incen-tivador, Dr. Luiz Augusto Casulari, lhe fez um desafio: “vá a Chicago e tente encontrar as soluções que você procura”. Sua outra incentivadora e “maior professora na escola da vida”, a avó, Myriam Lofrano, bancou a viagem.

“Levei meus estudos e amostras para compará-los ao que havia sido descoberto sobre mutações em genes responsáveis pela regulação do desenvolvimento da puberdade e fertilidade. Meus pacientes sofriam de uma condição que altera o “relógio puberal”, uma doença rara de causas genéticas que atrasa os hormônios sexuais”, explica Dra. Adriana Lofrano.

Dra. Adriana Lofrano Porto sempre foi uma sonhadora. Atualmente, além de criar os filhos quer aprender grego e italiano

Page 22: Artigo Perl Destinosluancomunicacao.net.br/ambr/revistas/revista 169.pdf · chegada do verão, leva pessoas a dietas drásticas que causam grande risco à saúde. Pág. 18 Destinos

Revista Médico em Dia • Novembro/Dezembro de 2016 23

A partir desta experiência, seguiu com o doutorado no Laboratório de Farmacologia Molecular da Faculdade de Ciências da Saúde da UnB. Seu trabalho de douto-rado resultou em publicação no New England Journal of Medicine, uma das revistas de maior impacto na área médica. Nos últimos meses, retornou do pós-doutorado na Harvard Medical School, em Boston, onde aprofundou seus estudos sobre as glândulas adrenais, infertilidade e distúrbios da puberdade. Atualmente, é professora lotada no Curso de Ciências Farmacêuticas da UnB, atuando junto a alunos da Farmácia e da Medicina.

Entre livros, artigos e pacientes, em 1993 casou-se com o professor de Educação Física, Luiz Guilherme Porto, também professor da UnB nos dias atuais. Com o compa-nheiro desde os tempos do ensino médio divide a vida, os sonhos e as aventuras. Na juventude, viajaram de mochila nas costas para a Grécia, “o berço da Medicina”. Depois vieram os filhos, Bruno e Amanda, hoje com 16 e 13 anos de idade, que os acompanham sempre: “a família sempre foi a maior força e inspiração”.

Desafios Futuros

A endocrinologista quer continuar trabalhando para melhoria da qualidade do atendimento e assistência aos pacientes no ambulatório do Hospital Universitário de Brasília (HUB); continuar realizando pesquisas e forman-dos alunos. “Com base no aprendizado que adquiri no meu pós-doutorado, em Boston, nos meus mais de 20 anos como médica e também com minha experiência como professora, sempre vou lutar por uma saúde digna aos pacientes e uma estrutura eficiente para os meus alunos. Quero aplicar tudo o que eu aprendi na nossa realidade. Já sobre meus desafios pessoais, eu ainda quero aprender grego e italiano e finalizar um livro que venho escrevendo aos poucos”, encerra Dra. Adriana.

Page 23: Artigo Perl Destinosluancomunicacao.net.br/ambr/revistas/revista 169.pdf · chegada do verão, leva pessoas a dietas drásticas que causam grande risco à saúde. Pág. 18 Destinos

Revista Médico em Dia • Novembro/Dezembro de 201624

Tribuna

A saúde brasileira, que não anda lá muito bem das pernas, corre perigo de ser internada numa UTI por longos 20 anos. A PEC (Projeto de Emenda Constitucional) 241 que congela os gastos públicos, passou pela Câmara e estacionou no Senado mudando apenas de número: agora é 55 - conhe-cida como PEC do Teto -. O conteúdo, porém, é o mesmo: ela cria um teto para o gasto público, com objetivo de evitar que as despesas governamentais cresçam mais que a infla-ção a partir de 2017.

Sabemos que os gastos do governo crescem mais do que o PIB há duas décadas e, repetidas vezes, o buraco da dívida pública vem sendo tapado com aumentos de impostos ou criação de tributos; como, por exemplo, o finado CPMF. O déficit público que era de R$ 17,4 bilhões em 2014, chegou este ano a R$ 170 bilhões. Pode?

Um olhar cirúrgico para a saúde pública brasileira

Do ponto de vista econômico, os argumentos para aprova-ção da PEC podem até ser convincentes, mas a que preço para a Saúde? Se hoje a situação dos hospitais públicos é caótica; se o SUS não consegue atender a população brasileira nem com consultas nem com remédios; e milha-res de pessoas continuam perdendo vidas por falta de leitos, de exames e de assistência?

O cenário é preocupante porque, nos próximos anos, é de se esperar que a demanda pelo SUS aumente, já que a população brasileira deve crescer e se tornar mais velha. Em 2036, estima-se que o Brasil deva ter 226,9 milhões de pessoas, 20 milhões a mais que hoje, conforme destaca

o estudo do Ipea. Este mesmo documento aponta que haverá uma diminuição do gasto público per capita com saúde no Brasil, hoje já mais baixo do que o de países vizi-nhos, como Argentina e Chile, e de nações onde o Sistema Público de Saúde também é universal, como o Reino Unido. O estudo ainda apresenta projeções do IBGE que mostram que a população brasileira com mais de 60 anos, que hoje é 12% da total, representará 21,5% em 2036. O gasto médio de atendimento para a população entre 60 e 69 anos de idade foi 73% maior do que o da faixa etária de 30 a 39 anos em 2015, destacam os pesquisadores.

“É necessário garantir

no Congresso um

crescimento justo do

orçamento da Saúde

para não agravar ainda

mais o crítico quadro

do setor, que já sofre

de subinvestimento

crônico”.

Para o presidente da AMBr, “a saúde é a base da vida”. Por isso, nada de congelamento do orçamento da saúde

Page 24: Artigo Perl Destinosluancomunicacao.net.br/ambr/revistas/revista 169.pdf · chegada do verão, leva pessoas a dietas drásticas que causam grande risco à saúde. Pág. 18 Destinos

Revista Médico em Dia • Novembro/Dezembro de 2016 25

Para o presidente da AMBr, Dr. Luciano Carvalho, é fato que o Brasil precisa de medidas firmes para conter os gastos públicos e iniciar a cami-nhada para a recuperação econômica, mas essas medidas não podem cobrar mais ônus da Saúde e da Educação. “O Brasil precisa voltar a crescer, mas é necessário garantir no Congresso um cres-cimento justo do orçamento da Saúde para não agravar ainda mais o crítico quadro do setor que já sofre de subinvestimento crônico”, alerta Luciano.

O médico considera um equívoco “a indexação do piso de investimentos à inflação medida pelo IPCA, uma vez que a inflação médica - medida pela Variação dos Custos Médicos e Hospitalares (VCMH) - é sempre muito superior à inflação oficial (e isso em todo o mundo). E continua: “Preocupa-nos também a fórmula de cálculo do investimento federal mínimo em saúde a partir de 2018, uma vez que os 15% das receitas líquidas, baseados no ano de 2017, não alcançarão os investimen-tos praticados em 2014/2015, ou seja: há risco de regressão sim, com agravamento dos sérios problemas da saúde pública”.

Entende-se por Inflação Médica a Variação de Custos Médico-Hospitalares (VCMH), que é o total das despe-sas assistenciais pagas pelas operadoras de planos e seguros de saúde. O VCMH mede a variação anual dessas despesas. Este não é um conceito novo - o setor de saúde suplementar vem se valendo dele há bastan-te tempo. E por que falar de VCMH e não de inflação em saúde? Porque é impróprio falar de inflação médica para se referir à variação das despesas médico-hospi-talares. Inflação é variação dos preços unitários de uma cesta de bens e serviços. Pode se referir a preços ao consumidor quando incluir apenas itens de consumo, como pão, carne, leite e assim por diante.

Inflação médica seria a variação dos preços de uma cesta que incluísse bens e serviços de saúde como consultas médicas, exames laboratoriais, diagnósticos por imagem, diárias das internações, medicamentos e assim por diante, muitos desses produtos importados, portanto, bem mais caros. Em média, o VCMH tem índices duas vezes superiores ao IPCA.

Page 25: Artigo Perl Destinosluancomunicacao.net.br/ambr/revistas/revista 169.pdf · chegada do verão, leva pessoas a dietas drásticas que causam grande risco à saúde. Pág. 18 Destinos

Revista Médico em Dia • Novembro/Dezembro de 201626

Tribuna

Luis Turiba(Editor)

O papel Frente Parlamentar da Medicina

A PEC sinaliza a possibilida-de de repasses entre áreas pela regra de Desvinculação de Receitas da União (DRU), porém, o instrumento precisa blindar o orçamento da Saúde para que não sofra desfalques e, ao contrário, seja realmente prioritário na fila de repasses. O maior desafio de todos nós: entida-des, médicos, parlamentares vinculados ao setor é contri-buir para a retomada do crescimento do país e, ao mesmo tempo, defen-der a Saúde com “unhas e dentes”. Essa também é a principal missão da Frente Parlamentar da Medicina, que deve ser construída com muito zelo e responsabilidade para não se transformar em instrumento eleitoreiro.

Para o deputado Luiz Henrique Mandetta, coordena-dor da Frente Parlamentar Médica, a PEC não diz, em nenhum momento, que “não se pode aumentar o recurso da saúde ou da educação”. Segundo ele, vai caber ao Congresso definir entre passar recursos para a saúde ou para outros setores. “Vamos ver, finalmente, qual o parla-mentar que efetivamente prioriza a saúde e aquele que só prioriza saúde nas eleições”, afirma.

Sobre a Frente Parlamentar da Medicina, o deputado Mandetta diz que os médicos precisam formar uma organização política para trazer ao Congresso a importância da saúde para a popula-ção, que tanto reclama dos serviços públicos.

“Não há congelamento de recursos de saúde, não há regra nova. O que existe é um guarda-chuva dos gastos totais do governo. É prioridade do Brasil investir 5 bilhões em propaganda? Ou vai transferir recursos para a saúde? Teremos a oportunidade de promover um debate rico, onde o país vai poder elencar suas prioridades. Talvez, se tivéssemos tido um orçamento real desde o início do país, desde João VI até hoje, nós não estaríamos nessa situação calamitosa”.

No Congresso Nacional, outro incentivador da Frente Parlamentar da Medicina é o senador goiano Ronaldo Caiado. Na sua opinião, essa “frente da medicina pode ter papel decisivo na defesa do orçamento da saúde, se houver capacidade de articulação dos parlamentares que a compõem e a participação direta das entidades de classe”. Ele cita como bom exemplo a Frente Parlamentar da Agropecuária, uma das mais fortes e respeitadas no parlamento. “Essa capacidade de articulação da frente da medicina será determinante na aprovação da PEC da carreira de médico de Estado, que já tramitou por todas as instâncias na Câmara e está pronta para ser votada em plenário. E agora, com a PEC 55, a frente será funda-mental na hora que o Congresso for decidir sobre a distribuição dos recursos para a saúde. A bancada que tiver maior capacidade de articulação vai garantir mais recursos, e é indiscutível que a saúde é prioridade no orçamento público.

Para o senador Ronaldo Caiado, não há contradição entre seu projeto de Carreira Médica e a PEC 55, porque ela “não congela recursos de serviços básicos como saúde e educação”. Segundo ele, a PEC cria, na verdade, um piso para o Ministério da Saúde, de forma a não afetar o orçamento do SUS. O texto antecipa para 2017 o orçamento previsto para 2020. Diz ele: “o novo piso será de R$ 113,7 bilhões, quase R$ 10 bilhões a mais do que seria na legislação atual. Quero destacar que a distribuição dos recursos, conforme o limite que define a PEC, será decidida por deputados e senadores e será reajustada na medida em que nossa bancada no Congresso tiver a capacidade de prio-rizar setores básicos. E todos sabemos que saúde tem prioridade máxima”.

E prossegue: “como médico e defensor árduo da saúde jamais apoiaria uma norma que prejudicasse o setor. Portanto, uma medida que vai favorecer o crescimento do Brasil está perfeitamente em sintonia com a PEC 454, que cria a carreira de médico de Estado, proposta que dará estabilidade a classe e vai permitir a interiorização da medicina no Brasil”.

Page 26: Artigo Perl Destinosluancomunicacao.net.br/ambr/revistas/revista 169.pdf · chegada do verão, leva pessoas a dietas drásticas que causam grande risco à saúde. Pág. 18 Destinos
Page 27: Artigo Perl Destinosluancomunicacao.net.br/ambr/revistas/revista 169.pdf · chegada do verão, leva pessoas a dietas drásticas que causam grande risco à saúde. Pág. 18 Destinos
Page 28: Artigo Perl Destinosluancomunicacao.net.br/ambr/revistas/revista 169.pdf · chegada do verão, leva pessoas a dietas drásticas que causam grande risco à saúde. Pág. 18 Destinos

Revista Médico em Dia • Novembro/Dezembro de 2016 29

#Associados

Saúde financeira para os médicosDe um tempo para cá, os médicos estão tomando consci-ência de que não basta somente ser um bom profissional e aplicar, dentro dos consultórios, tudo aquilo que tanto investiram para aprender sobre medicina. Para alcan-çar estabilidade e qualidade de vida a longo prazo, os profissionais da saúde precisam ir mais além em seu diagnóstico e planejamento financeiro, pois a profissão tem peculiaridades que precisam ser consideradas e controladas. Faz toda diferença!

Pensando nisso, a AMBr estabeleceu parceria com o consul-tor João Pessine Neto, sócio da Guidelife Brasília, consultor especializado em diagnóstico e planejamento financeiro para os profissionais médicos. A consultoria é customizada e os associados da AMBr terão vantagens exclusivas na contra-tação. Quem quiser saber mais sobre assunto pode ligar para (61) 3044-7780.

Crise: ser ou estar?João Pessine Neto

Até onde a crise é algo inevitável ou somente uma doença oportunista se aproveitando de um corpo com baixa imunidade?

Curiosamente, a palavra crise, do grego krísis, tem sua origem “segundo antigas concepções, do 7.º, 14.º, 21.º ou 28.º dia que, na evolução de uma doença, constituía o momento decisivo, para a cura ou para a morte”.

Migrando da saúde do corpo para a saúde do bolso, sinto-mas como: elevado grau de endividamento, contínua diminuição de reservas financeiras e gastos próximos aos limites de sua renda caracterizam esta baixa imuni-dade e aumentam em muito a chance de você ser vítima de uma crise financeira.

Por que, em nossas vidas financeiras, principalmente depois de bons momentos de estabilidade, é comum as pessoas entrarem em crise? A atitude aqui se asseme-lha a de uma pessoa saudável que, após três anos sem doenças, se descuida de seus hábitos e decide não ter mais um plano de saúde, por exemplo. Esse fenômeno humano é fortemente estudado na economia comporta-mental de onde deriva o problema, a sensação de que nada de errado vai acontecer. Mas, infelizmente, crises nunca foram e nem serão exceções.

João Pessine CFP®. bacharel em administração pública e de empre-sas pela Fundação Getúlio Vargas com cursos pelas universidades da

Florida, Geneva e Melbourne. Planejador Financeiro certificado pelo Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF).

Desta forma, o planejamento financeiro pessoal deve carregar uma premissa básica: algo não vai sair como planejado! Crises podem ter origens em vários aspec-tos de sua vida, e nem todas podemos prever. Ninguém está livre de passar por uma perda de renda, mudan-ças no mercado de trabalho, problemas de saúde em família, brigas societárias, entre outras contingências. Mas, perceba que muitos destes aspectos estão sob seu controle. Uma das variáveis que você pode abordar na primeira fase da estrutura do seu planejamento é a Segurança. Como desenvolvê-la?

1º Você tem reservas de liquidez? Tenha recursos de rápido resgate e, em momentos de crise, eleve estas reservas ao máximo, isto é, para algo em torno de 10 meses a 15 meses de seus gastos mensais. Elimine dívidas com juros elevados. Se necessário, venda bens e construa investimentos em outras moedas.

2º Seus ativos estão protegidos? Proteja seus ativos geradores de renda, como seus negócios, clinicas, grupos hospitalares e hospitais. Revise contratos socie-tários e analise suas falhas. Atenção para os casos mais sensíveis: dissoluções societárias, endividamento e finan-ciamento de aparelhos.

3º Você está protegido? Proteja a maior máquina gera-dora de renda da vida de um médico: você mesmo. Este ponto visa proteger-lhe de situações nas quais, num momento de saúde financeira já debilitada, você não poderia suportar. Estas situações podem ser perda temporária de renda ou processos jurídicos, por exemplo. A ideia aqui é proteger também quem importa para você, como seus familiares, caso algo lhe ocorra.

Aprenda com a crise. Como disse anteriormente, crises não são novidades e um bom planejamento financeiro deve ter como premissa básica o fato de que problemas vão acontecer.

E você, como anda sua imunidade financeira?

Page 29: Artigo Perl Destinosluancomunicacao.net.br/ambr/revistas/revista 169.pdf · chegada do verão, leva pessoas a dietas drásticas que causam grande risco à saúde. Pág. 18 Destinos

Revista Médico em Dia • Novembro/Dezembro de 201630

#Associados

Um bosque de frutíferasVocê sabia que no quintal da ABMr não faltam árvores frutíferas? E não são poucas, não. Ao todo são 30 espécies diferentes espalhadas em nosso quintal. De abacateiros a pequizeiros; de mangueiras a pitangueiras; tamarindeiros, limoeiros, bananeiras, coqueiros, jabotica-beiras, laranjeiras, cravioleiras, ameixeiras e até videiras.

Num primeiro levantamento, foram identificadas 177 árvores frutíferas dentre as centenas de lindas árvores que compõem nosso acervo botânico, muitas das quais típicas do cerrado, com suas silhuetas tortas de beleza ímpar. Ou seja: temos a nossa disposição um variado pomar. Vamos cuidar bem dele - a natureza agradece.

Lava-rápido

O lava-rápido é o mais novo serviço disponível na sede da AMBr nos finais de semana e feriados. A parceria, com empresa profissional, oferece diversos serviços, como: lavagem americana, com cera, de motor, hidratação em bancos de couro, cristalização dos vidros e espelhamen-to de pintura. Os associados pagam preço diferenciado

na utilização dos serviços. Para usufruir do benefício, basta apresentar a carteirinha.

Venha curtir a área de lazer da Associação Médica com sua família e amigos. Enquanto isso, seu automóvel será bem tratado no lava-rápido - mais um benefício da AMBr para você!

Page 30: Artigo Perl Destinosluancomunicacao.net.br/ambr/revistas/revista 169.pdf · chegada do verão, leva pessoas a dietas drásticas que causam grande risco à saúde. Pág. 18 Destinos
Page 31: Artigo Perl Destinosluancomunicacao.net.br/ambr/revistas/revista 169.pdf · chegada do verão, leva pessoas a dietas drásticas que causam grande risco à saúde. Pág. 18 Destinos

Revista Médico em Dia • Novembro/Dezembro de 201632

Gourmet

Uma paixão que vem de famíliaAlém da medicina, todos gostam é de cozinhar

A endocrinologista e médica intensivis-

ta, Ângela Zappalá é filha, sobrinha e irmã de

médicos. Com uma vida bastante agitada e dividindo a

correria do dia a dia entre hospitais e faculdades a Dra. Ângela sempre

encontra um tempinho para fazer o lanche preferido dos filhos, desde quando

eram crianças: o cookie.

“Eu nunca deixo faltar os ingredientes para a realização dessa sobremesa lá em casa. A minha

vida profissional requer muita dedicação. Talvez por isso, eu peguei o gosto desta receita rápida e delicio-

sa. Estando em casa, com um tempinho livre, é certeza que um cookie sairá do forno”, diz, orgulhosa Zappalá.

O gosto evoluiu e transformou-se em negócio. Hoje, a receita predileta da médica pode ser saboreada por clientes no “Cookers Cozinha Criativa”, na SCLN 412 Norte, coman-dado pelo filho, Fernando Zappalá, e pela sócia Thaiza Pacheco. Nesta edição, Dra. Ângela faz uma adaptação da receita do cookie tradicional para o sabor dos doces natali-nos. O cookie natalino que ela nos ensina estará no cardápio do final de ano do restaurante.

Page 32: Artigo Perl Destinosluancomunicacao.net.br/ambr/revistas/revista 169.pdf · chegada do verão, leva pessoas a dietas drásticas que causam grande risco à saúde. Pág. 18 Destinos

Revista Médico em Dia • Novembro/Dezembro de 2016 33

Modo de preparo - Colocar na batedeira pela ordem

1. A manteiga e os açúcares e bater até ficar um creme esbranquiçado

2. Adicionar o ovo e bater mais um pouco3. Acrescentar as essências, o corante e a farinha4. Desligar a batedeira e misturar o confete de chocolate5. Colocar em uma assadeira pingando a massa com

uma colher6. Levar ao forno pré-aquecido em 180º por oito minutos

Ingredientes:

110 g de manteiga gelada40 g de açúcar refinado40 g de açúcar mascavo1 colher de chá de essência de baunilha1 colher de chá de essência de panetone1 ovo120 g de farinha de trigo70 g de chocolate de confete vermelhoCorante verde

Dica: o cookie está pronto quando começar a dourar as laterais

Page 33: Artigo Perl Destinosluancomunicacao.net.br/ambr/revistas/revista 169.pdf · chegada do verão, leva pessoas a dietas drásticas que causam grande risco à saúde. Pág. 18 Destinos

Revista Médico em Dia • Novembro/Dezembro de 201634

Ação Social

AMBr SolidáriaAinda é possível participar com sua doação

Como já é tradição, a ação AMBr Solidária foi inaugura-da na festa em comemoração ao Dia das Crianças. Este ano, a campanha é de arrecadação de material escolar para doação ao Projeto Crianças do Itapoã.

A entrega do primeiro lote dos kits doados foi realizada durante a festa que aconteceu em 12 de outubro, no salão Prime da AMBr. Durante o evento, a garotada se deliciou com pipoca, cachorro-quente, algodão doce, mini pizza e picolé. Também pode divertir-se com os brinquedos inflá-veis e a apresentação da peça teatral O Mágico de Oz, com a companhia Néia e Nando. Já na parte esportiva, soft golfe para iniciantes. Ainda é possível participar com

a doação de kits Escolares, pois a campanha solidária prossegue até o início de 2017. Participe você também!

Mais informações: 2195-9738 ou na secretaria da AMBr.

O Projeto

O Projeto Crianças do Itapõa atende 52 crianças no contra-turno escolar oferecendo transporte, alimentação, aulas de musicalização, informática, artes plásticas, jogos coopera-tivos, reforço escolar e terapia. A prioridade das vagas é para criança com vulnerabilidade familiar e social, filhos de mães solteiras, com idade entre 7 e 13 anos.

Page 34: Artigo Perl Destinosluancomunicacao.net.br/ambr/revistas/revista 169.pdf · chegada do verão, leva pessoas a dietas drásticas que causam grande risco à saúde. Pág. 18 Destinos

Revista Médico em Dia • Novembro/Dezembro de 2016 35

• ADONIRÃ DE FREITAS GUIMARÃES• ALBA MIRINDIBA• ALESSANDRA ANSEL DIAS• ALESSANDRO NADER P. ABREU• ALEXANDRE NONINO• ANDRÉ VASCONCELOS CASTANHO• ANDREA DE FARIA FRANCO NEGRÃO• ANDREA LAGES• ANDRESSA DE ALMEIDA• AUREA ROITMAN• BRUNO ANDRADE• BRUNO DO COUTO AGUIAR• CARLA VASQUES B. DOMINGUES• CARLOS ALBERTO PINTO DA SILVEIRA• CAROLINA SANTOS• DANIELE ALVIM DE SOUZA• DARLAN NASCIMENTO• DOMINIQUE MARQUES MARGOTO• EDUARDO CARVALHO RIBEIRO• EDUARDO VIEIRA• ELIANE BERENICE• ELIANE TEIXEIRA DE MORAES• ENID CASTRO• ESPERANZA BERNAL• EUDES FERNADES DE ANDRADE• FABIANO ANDRADE• FABIANO CARVALHO• GABRIEL COSTA SERRÃO DE ARAÚJO• GUILHERME ANDRADE ROCHA• GUSTAVO MENDONÇA WAGNER• IARA ANTUNES MOURA• JOAQUIM CELSO PIRES• JOSÉ BERNARDO PENICHE• JOSE CARLOS SILVEIRA BARBOSA JR.• JOSE DE ALENCAR PEREIRA DE SOUZA

• LIANE SANTOS DE ARAGÃO• LUCIANO CARVALHO• LUCIANO FRANTZ FERREIRA• LUIZ FERNANDO MAROUELLI• LUIZ HENRIQUE PAIVA SALAZAR• LUIZ ROBERTO MAGALHÃES• MACEL SILVA MATOS• MARÇAL RODRIGUES CARVALHO• MARIA DE FÁTIMA ROCHA• MARIA HELENA DE LUCENA• MARIA MARTA NEVES DE O. FREIRE• MARIA SILVA ALVIM DE SOUZA• MARIANA ANASTACIO SALVIANO• MÔNICA ALVARES LEAL• OGNEV COSAC• PAULO AURÉLIO PEREIRA DA SILVA• PAULO GOYAZ• RAFAEL DE SÁ VASCONCELOS• RENATA MIGUEL QUIRINO• RENATO ANTUNES DOS SANTOS• RENATO LEAL BARBOSA BETARELO• RICARDO TOLEDO• ROBERTA SOUZA DA S. LEÃO• ROBSON GRANJA CARDOSO• RODRIGO ALFREDO VERGARA• RODRIGO MEDEIROS• SABRINA TOLEDO• SILVANA RIBEIRO KARNIB• STELLA MARIS MAIA BACAS• TATIANA RAMALHO ESPADIN• TÉCIO COUTO• TULIO FERREIRA PINHEIRO• VANESSA CASTANHEIRA• WENDEL DE SANTOS FURTADO• ZILDINAI F. DE OLIVEIRA

A AMBr agradece aos voluntários que aderiram à campanha (até o fechamento desta edição). Vocês estão fazendo a diferença na vida dessas crianças!

Page 35: Artigo Perl Destinosluancomunicacao.net.br/ambr/revistas/revista 169.pdf · chegada do verão, leva pessoas a dietas drásticas que causam grande risco à saúde. Pág. 18 Destinos
Page 36: Artigo Perl Destinosluancomunicacao.net.br/ambr/revistas/revista 169.pdf · chegada do verão, leva pessoas a dietas drásticas que causam grande risco à saúde. Pág. 18 Destinos

Revista Médico em Dia • Novembro/Dezembro de 2016 37

Notícias da AMBr

Doe peças para o Museu da Medicina

A estrutura para a implantação do museu da História da Medicina de Brasília está em fase de finalização. Ele será inaugurado em breve, no hall de entrada da AMBr. O Museu está sendo montado com peças doadas por pessoas físicas e jurídicas que querem ajudar a contar e preservar a histó-ria da medicina. Se você é médico ou familiar de médicos e guarda em casa relíquias de interesse histórico relacionado à medicina, que tal fazer uma doação ao Museu? Entre em contato com a gente pelo telefone: 2195-9724 e ajude-nos a manter viva a memória da nossa medicina.

Nova entrada para veículos pesados

A partir de dezembro, a entrada principal da AMBr, que dá acesso aos estacionamentos, só recebe carros de passeio. Os veículos pesados e utilitários em serviço têm agora uma entrada independente. A medida foi tomada para evitar possíveis situações de desconforto e garantir maior segurança aos associados.

Ombrelone

Sabe aquele gostinho de coisa nova que a gente adora? A área de lazer da AMBr acaba de ficar mais bonita com a chegada de seus novos ombrelones. Uma renovação que foi viabilizada com o apoio do Grupo Santa, a quem agradecemos a parceria. As novas peças têm um design mais modernos e são bem mais resistentes. Os associa-dos e frequentadores da área de lazer podem vir conferir!

Adeus ao Dr. Sesana

Um dos grandes nomes da Radiologia no Distrito Federal, ocupante emérito da cadeira número 7 da Academia de Medicina de Brasília, Dr. Wilson Eliseu Sesana se despediu de todos nós recentemente, deixando um importante legado de conhecimentos e muitos amigos. Em solenidade realizada no plenário da Câmara Distrital em 2012, na qual foi homenageado, ele deixou a seguinte mensagem aos colegas: “Vocês têm a obrigação de fazer sempre o melhor. Pois, como sempre digo, não estão lidando com tijolos, mas com gente”.

Page 37: Artigo Perl Destinosluancomunicacao.net.br/ambr/revistas/revista 169.pdf · chegada do verão, leva pessoas a dietas drásticas que causam grande risco à saúde. Pág. 18 Destinos

Revista Médico em Dia • Novembro/Dezembro de 201638

Cultura

Quem dança seus males espanta

Dentre suas missões, a Associação Médica de Brasília - AMBr, tem investido em atividades científicas e culturais, otimizando seus excelentes espaços de eventos, sua área de lazer e salão de festa, partes integrantes de sua sede, situada no Setor de Clubes Esportivos Sul. No seu espaço se discute ciência, mas também arte.

Entre seus objetivos, está o de “desenvolver atividades culturais para a classe médica e a comunidade” brasiliense. E como quem dança seus males estampa, a AMBr promove ao longo do ano, por intermédio do seu Setor de Eventos, animadíssimas festas e bailes temáticos que trazem para a nossa sede social doutores dançarinos, e outros amantes da boa dança em Brasília. Este ano, foram seis Happy

Hours. O primeiro, em fevereiro, teve como tema ‘Tributo a Tim Maia’, o segundo foi em abril, em homenagem ao forró nordestino. Depois, em julho, o tema foi ‘Noche Caribeña’. E a festa continuou em agosto no salão da AMBr com o tema ‘Flash Back’. Com a chegada da primavera, em setembro, o Happy Hour homenageou ‘Os Melhores da MPB’, e para fechar o ano e comemorar o centenário do samba, a AMBr abriu o salão de baile para sua majestade o samba com o tema ‘Só danço samba’, executado com maestria pela sensacional banda Fina Estampa. Não deu outra - quem compareceu dançou a noite toda até o sapato furar.

A programação de 2017 está em preparação pela equipe de eventos da AMBr, capitaneada pela doce e profissional Carol Santos. Lembrando que os happy hours acontecem sempre nas últimas sextas-feiras de cada mês, com entrada franca e aberta a todos. Aguardem que vem mais por aí!

Lançamentos de Livros na AMBr

Médicos escritores estão se apoderando do foyer do auditório Jacarandá da AMBr para lançar seus livros. Foram quatro no último mês: o cardiologista, Antonio Carlos Filomeno lançou seu livro “Uma vida para contar – Memórias, Histórias e alguns Poemas”. O pneumolo-gista Claudio Luiz Viegas, apresentou sua primeira obra: “Fragmentos – Cinquenta anos de residência médica no Hospital de Base do DF”. De autoria dos médicos Augusto Dê Marco Martins e Nasser Sarkis Simão”, o livro Cardiologia Clínica – A prática da medicina ambu-latorial” também foi lançado no mesmo espaço, reunindo muitos convidados. Por último, no dia 1/11, fechando com chave de ouro a safra de boas contribuições desses médicos escritores, o badaladíssimo “Memórias de um pediatra” do experiente Antonio Márcio Junqueira Lisboa.

Cardiologia Clínica - A Prática da Medicina AmbulatorialDr. Nasser Sarkis SimãoDr. Augusto Dê Marco Martins À venda nas melhores livrarias

Uma Vida Para Contar - Memórias, Histórias e PoemasDr. Antonio Paulo Filomeno (61) 98286-8465

Memórias de um PediatraDr. Antonio Marcio Junqueira Lisboa(61) 98443-9084

Fragmentos - 50 Anos de Residência Médica no Hospital de Base do DFDr. Claudio Viegas(61) 99985-9250

Page 38: Artigo Perl Destinosluancomunicacao.net.br/ambr/revistas/revista 169.pdf · chegada do verão, leva pessoas a dietas drásticas que causam grande risco à saúde. Pág. 18 Destinos
Page 39: Artigo Perl Destinosluancomunicacao.net.br/ambr/revistas/revista 169.pdf · chegada do verão, leva pessoas a dietas drásticas que causam grande risco à saúde. Pág. 18 Destinos

Revista Médico em Dia • Novembro/Dezembro de 201640

Vitrine

Festa do Médico 2016

A animação e o glamour da tradicional Festa dos Médicos continua marcando o calendário de Brasília no mês de outubro. Desta vez, o evento em comemoração ao Dia do Médico, realizado no espaço Prime da AMBr, reuniu mais de 700 pessoas, que aproveitaram a noite para bailar e se divertir ao som das bandas Satisfaction e Brapo Brasília Popular Orquestra. O jantar e a decoração ficaram por conta do Coffee Break Buffet e Maria Helena Design de Eventos, respec-tivamente. Confira os melhores momentos da festa nos clicks de Vinícius Loures.

Page 40: Artigo Perl Destinosluancomunicacao.net.br/ambr/revistas/revista 169.pdf · chegada do verão, leva pessoas a dietas drásticas que causam grande risco à saúde. Pág. 18 Destinos

Revista Médico em Dia • Novembro/Dezembro de 2016 41

André Marrocos e Rafaela Jangola

Ângela, Fabiana e Simara

Page 41: Artigo Perl Destinosluancomunicacao.net.br/ambr/revistas/revista 169.pdf · chegada do verão, leva pessoas a dietas drásticas que causam grande risco à saúde. Pág. 18 Destinos

Revista Médico em Dia • Novembro/Dezembro de 201642

Vitrine

Patrícia Carvalho e Luciano CarvalhoPaulo Reginaldo de Castro, Raquel de Castro e Mariana de Castro

Fabiana e Leonidas Bonfim Sibele Monteiro e Cristiane Oliveira

Page 42: Artigo Perl Destinosluancomunicacao.net.br/ambr/revistas/revista 169.pdf · chegada do verão, leva pessoas a dietas drásticas que causam grande risco à saúde. Pág. 18 Destinos
Page 43: Artigo Perl Destinosluancomunicacao.net.br/ambr/revistas/revista 169.pdf · chegada do verão, leva pessoas a dietas drásticas que causam grande risco à saúde. Pág. 18 Destinos

Revista Médico em Dia • Novembro/Dezembro de 201644

Destinos

O paraíso mora ao ladoPertinho, pertinho: a 230 km de Brasília, você vai encontrar paz e um clima super astral para descansar, refletir e curtir a natureza

O astral místico e as incontáveis belezas naturais da Chapada dos Veadeiros fazem de Alto Paraíso de Goiás, a 230 km de Brasília (e a 440 km de Goiânia), um ponto de encontro de diversas tribos. De lá, você pode seguir rumo a charmosa vila de São Jorge (35 km), passando pelo Vale da Lua, onde é interessante fazer um pit-stop para um mergulho nos poços que lembram o território lunático, um conjunto de rochas de cor cinza-claro seme-lhantes às crateras lunares. O rio corre entre os buracos formando poços liberados para relaxantes banhos em águas reparadoras. Lá perto fica o Jardim de Maytrea, um oásis tomado por veredas de buritis e campos floridos.

Como dissemos, essa visita pode começar por Alto Paraíso, onde reúnem-se esotéricos, ecoturistas e aventureiros em perfeita harmonia. O cenário é mágico, contornado por cânions gigantescos, paredões rochosos, rios cristalinos, cachoeiras, piscinas naturais e minas de quartzo, onde somente a paz pode reinar. Em Alto, diz a lenda, existe inclusive um aeroporto secreto para receber discos-voa-dores. Há quem diga que já cruzou com ETs passeando pelas suas pacatas ruas de pedra. Mas o bom mesmo é se informar no Centro Turístico e fazer uma das suas dezenas de trilhas ecológicas que levam a fantásticas cachoeiras.

Alto Paraíso é a principal e mais estruturada cidade da Chapada, com restaurantes, pousadas e bancos, além de atrações como Cataratas dos Couros, Sertão Zen e cachoeiras das Loquinhas e do Rio Macaquinhos. O carro é sempre essencial para quem se hospeda por lá, já que

os acessos às principais cachoeiras da região ficam mais distantes

do centro turístico.

Já a vila de São Jorge fica a 35km de Alto Paraíso e a poucos metros da entrada do parque. A pequena e encantadora vila de menos de 1.000 habitantes, antes um povoado garim-peiro, é hoje um destino turístico vibrante, cheio de novos café, restaurantes, pousadas e gente de todos os lugares passeando e colorindo as ruas. É grande a oferta de pousa-das, bares e restaurantes, além de vida noturna animada e belezas naturais como Vale da Lua, Encontro das Águas, Raizama e Morada do Sol. Se quiser ir um pouco mais longe, vale a pena ir até Cavalcante (75 km de Alto Paraíso e 125 km de São Jorge), que também conta com estrutura de pousadas e reúne belas cachoeiras como Capivara, Rio

Page 44: Artigo Perl Destinosluancomunicacao.net.br/ambr/revistas/revista 169.pdf · chegada do verão, leva pessoas a dietas drásticas que causam grande risco à saúde. Pág. 18 Destinos

Revista Médico em Dia • Novembro/Dezembro de 2016 45

da Prata e Santa Bárbara, esta última localizada no sítio histórico que abriga o Patrimônio Cultural Kalunga - área com mais de 230 mil hectares de cerrado protegido, sendo a maior comunidade remanescente de quilombo do Brasil.

História Para proteger tanta beleza, o governo federal criou, em 1961, por intermédio do Ibama, o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, acessível pelo vilarejo de São Jorge. Em 2001, a reserva conquistou o título de Patrimônio Natural da Humanidade, concedido pela Unesco. Na área de 65 mil hectares há poucas trilhas abertas à visitação, mas elas levam - ainda bem - aos clássicos cartões-postais da região.

Entre eles estão os saltos do rio Preto, que formam cascatas de até 120 metros de altura e a maior piscina natural da área, que chega a 300 metros de diâmetro. Para conhecer as quedas é preciso ficar atento: a reserva tem lotação limitada diária e para fazer os passeios é obrigatório o acompanhamento de guias.

Serviços – Onde se hospedar e comerAlto Paraíso – www.goo.gl/jMFIDhSão Jorge – www.goo.gl/SF7RqM

Page 45: Artigo Perl Destinosluancomunicacao.net.br/ambr/revistas/revista 169.pdf · chegada do verão, leva pessoas a dietas drásticas que causam grande risco à saúde. Pág. 18 Destinos

Revista Médico em Dia • Novembro/Dezembro de 201646

Clube de [email protected]

O Clube de Afinidades da Associação Médica de Brasília oferece desconto para seus associados em diversos esta-belecimentos comerciais conveniados. Confira nossos parceiros e aproveite os descontos exclusivos para asso-ciados da AMBr:

Academia Dom Bosco(61) 3321-121415% no valor da matrícula 10% para atividades aquáticas

ABS Brasília Sommeliers(61) 3323-5321Descontos diferenciados para associados AMBr

ALUB – pré-vestibular,cursinho, ensino fundamental e médio(61) 3201-1000

Audrey Brants – Óptica(61) 3443-9817Desconto de até 25%.

Clínica Odontológica Daniele Castro(61) 3328-2118Desconto de até 50%

Clivac – Clínica de Vacinas(61) 3346-7071Desconto de até 10%

Colégio Sagrado Coração de Maria(61) 3031-5000Desconto de até 15%

Expressão – Moda FemininaBrasília Shopping – (61) 3328-1624Desconto de 30% para associados em qualquerpeça da loja. Nas compras acima de R$ 1.000,00 ganhe uma blusa social.

HC PNEUS(61) 3262-2100Pneus: desconto de 10%; Peças: desconto de 12%; Serviços: desconto de 12%. Troca de Óleo Mobil: desconto de 10%

Hotel Nacional(61) 3321-7575Desconto de 45% na hospedagem sobre tarifa de balcão

Imunolife – Clínica de vacinas(61) 3347-5957 / 3326-8899Desconto de 12%

PNEUAC – PIRELLI(61) 3214-7100514 SulPneus: 15% de desconto; Peças: 20% de desconto; Serviços: 10 % de desconto. Parcelamento em até 6 vezes

Quality Studio Pilates (61) 3046-5864 Desconto de 10% no plano trimestral

Restaurante Le Jardin Du Golf(61) 3321-20405% no valor total da conta

Elmo Engenharia(61) 98190-2777Preço diferenciado para associados da AMBr na aquisi-ção do empreendimento Sonnata Residencial