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artigo o Currículo da Escola do Campo:identidade e potencialidade para a construção de uma proposta pedagógica Diacisio Ribeiro Leite! Leila Maria Teixeira Prates 1 Ricardo Franklin de Freitas Mussi' Domingos Rodrigues da Trindade" INTRODUÇÃO o presente artigo tem como objetivo analisar, ainda que de forma superficial, como a escola vem atuando no processo de construção da identidade camponesa e como esta identidade tem se manifestado no contexto atual. Longe de querer apresentar uma resposta pronta acerca desta problemática, este artigo tem muito mais o objetivo de suscitar uma reflexão acerca desta questão que ainda é tão pouco abordada, sobretudo nos meios acadêmicos, visto que o que se tem produzido bibliograficamente é muito mais na esfera dos movimentos sociais que atuam no campo como MST - Movimento dos Trabalhadores Sem terra, RESAB - Rede de educação no Semi-árido Brasileiro, dentre outros. Tomando como base as obras A Identidade Cultural na Pos Mo- dernidade de Stuart Hall, Alienígenas na sala de aula: Uma introdução aos estudos culturais em educação de Tomaz T. da SILVA, Identidade compartilhadas: a identidade nacional em questão de Cecília da Silva Azevedo, além de um artigo produzido pela professora Roseli Salete Caldart do Setor de Educação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e da Articulação Nacional Por Uma Educação do Campo, intitulado elementos para construção do projeto político e pedagógico da educação do campo, complementando com fundamentos da peda- gogia do oprimido de Paulo Freire, buscamos de forma sintética fazer uma abordagem acerca de identidade e de como esta tem se mani- festado dentro do contexto de globalização analisando de que forma este processo interfere na identidade camponesa. Por fim, buscamos explorar a visão dos movimentos sociais sobre o papel que a educação tem desempenhado nas comunidades camponesas e como potencia- lizar esta educação através de uma pedagogia que contribua para o cultivo da identidade e a valorização das potencial idades e dos saberes na perspectiva da inclusão dos camponeses no processo histórico como agentes de transformação social. I Graduando do Curso de Licenciatura em História- UNEB; 2 Graduando do Curso de Licenciatura em História- UNEB; 3 Professor da Universidade do Estado da Bahia - UNEB I Departamento de Educação - Campus XII; [email protected] 4 Pedagogo, Especialista em Educação: Docência Superior; Professor da Universidade do Estado da Bahia - UNEB I Departamento de Educação - Campus XlI; rodrizex@ hotmail.com RESUMO o meio rural é um espaço rico pela sua complexidade e diversidade cultural, apre- sentando particularidades quanto a identida- de dos seus sujeitos. Neste espaço elementos como o aumento da pobreza, baixa qualidade de vida, desigualdade social crescente e in- trodução do modelo capitalista de agricultura aliados a uma educação descontextualizada não contribuem a sustentabilidade e con- seqüente melhoria da qualidade de vida da população camponesa. Ou seja, o campo é um espaço de dificil adaptação da escola, sendo esta encarregada pela interação crítica e positiva entre os "saberes e fazeres" dos agricultores camponeses (seu modo de vida, identidade e tradições) com o conhecimento e as inovações advindas da produção científica. Frente a esta realidade, a escola deveria exer- cer papel fundamental para o fortalecimento da identidade camponesa, buscando desen- volver nos seus atores sociais capacidade de compreensão do seu papel enquanto agentes do seu destino na busca da sua emancipação política e na luta por justiça e igualdade so- cial. Palavras Chave: Identidade, Camponeses, Globalização. 2007 . revista comciência 29

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Page 1: artigo o Currículo daEscola - revistacomciencia.comrevistacomciencia.com/artigos_2008/Artigo_4.pdf · uma abordagem acerca de identidade e de como esta tem se mani- ... O currículo

artigo

o Currículo da Escolado Campo:identidade epotencialidade para aconstrução de uma propostapedagógica

Diacisio Ribeiro Leite!Leila Maria Teixeira Prates 1

Ricardo Franklin de Freitas Mussi'Domingos Rodrigues da Trindade"

INTRODUÇÃO

o presente artigo tem como objetivo analisar, ainda que de formasuperficial, como a escola vem atuando no processo de construção daidentidade camponesa e como esta identidade tem se manifestado nocontexto atual. Longe de querer apresentar uma resposta pronta acercadesta problemática, este artigo tem muito mais o objetivo de suscitaruma reflexão acerca desta questão que ainda é tão pouco abordada,sobretudo nos meios acadêmicos, visto que o que se tem produzidobibliograficamente é muito mais na esfera dos movimentos sociais queatuam no campo como MST - Movimento dos Trabalhadores Semterra, RESAB - Rede de educação no Sem i-árido Brasileiro, dentreoutros.

Tomando como base as obras A Identidade Cultural na Pos Mo-dernidade de Stuart Hall, Alienígenas na sala de aula: Uma introduçãoaos estudos culturais em educação de Tomaz T. da SILVA, Identidadecompartilhadas: a identidade nacional em questão de Cecília da SilvaAzevedo, além de um artigo produzido pela professora Roseli SaleteCaldart do Setor de Educação do Movimento dos Trabalhadores RuraisSem Terra e da Articulação Nacional Por Uma Educação do Campo,intitulado elementos para construção do projeto político e pedagógicoda educação do campo, complementando com fundamentos da peda-gogia do oprimido de Paulo Freire, buscamos de forma sintética fazeruma abordagem acerca de identidade e de como esta tem se mani-festado dentro do contexto de globalização analisando de que formaeste processo interfere na identidade camponesa. Por fim, buscamosexplorar a visão dos movimentos sociais sobre o papel que a educaçãotem desempenhado nas comunidades camponesas e como potencia-lizar esta educação através de uma pedagogia que contribua para ocultivo da identidade e a valorização das potencial idades e dos saberesna perspectiva da inclusão dos camponeses no processo histórico comoagentes de transformação social.

I Graduando do Curso de Licenciatura em História- UNEB;

2 Graduando do Curso de Licenciatura em História- UNEB;

3 Professor da Universidade do Estado da Bahia - UNEB I Departamento de Educação- Campus XII; [email protected]

4 Pedagogo, Especialista em Educação: Docência Superior; Professor da Universidadedo Estado da Bahia - UNEB I Departamento de Educação - Campus XlI; [email protected]

RESUMO

o meio rural é um espaço rico pela suacomplexidade e diversidade cultural, apre-sentando particularidades quanto a identida-de dos seus sujeitos. Neste espaço elementoscomo o aumento da pobreza, baixa qualidadede vida, desigualdade social crescente e in-trodução do modelo capitalista de agriculturaaliados a uma educação descontextualizadanão contribuem a sustentabilidade e con-seqüente melhoria da qualidade de vida dapopulação camponesa. Ou seja, o campoé um espaço de dificil adaptação da escola,sendo esta encarregada pela interação críticae positiva entre os "saberes e fazeres" dosagricultores camponeses (seu modo de vida,identidade e tradições) com o conhecimento eas inovações advindas da produção científica.Frente a esta realidade, a escola deveria exer-cer papel fundamental para o fortalecimentoda identidade camponesa, buscando desen-volver nos seus atores sociais capacidade decompreensão do seu papel enquanto agentesdo seu destino na busca da sua emancipaçãopolítica e na luta por justiça e igualdade so-cial.

Palavras Chave: Identidade, Camponeses,Globalização.

2007 . revista comciência 29

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APRECIAÇÃO CRíTICA

Ao buscar suscitar o debate acercade identidade camponesa, necessitariaem primeiro lugar ter claro o próprioconceito de identidade. Porém, tornase difícil resumir num conceito algotão amplo como é o caso da identida-de, sobretudo no contexto atual, ondeas transformações ocorrem de maneiratão intensa, novos elementos vão searticulando em torno de determina-dos grupos, determinadas identidades,tornando difícil esta construção. Estáem curso um processo acelerado demudança das estruturas da sociedademoderna que como bem observa StuartHall, acabam 'fragmentando as paisa-gens culturais de classe, gênero, sexua-lidade, etnia, raça e nacionalidade, que,no passado tinham fornecido sólidaslocalizações como indivíduos sociais"(HALL, 1988. p. 9).Stuart Hall trabalha a identidade do su-jeito a partir de três conceitos: sujeitodo Iluminismo, baseado numa concep-ção da pessoa humana como um indiví-duo cujo "centro" consistia num núcleointerior, que emerge no nascimento e sedesenvolve, embora permaneça o mes-mo por toda a vida indivíduo; sujeitosociológico, a identidade é formada na"interação" entre o eu e a sociedade e,por último o sujeito pós-moderno defi-nido como não possuidor de uma iden-tidade fixa, permanente.

"A identidade torna-se uma "celebra-ção móvel": formada e transformadacontinuamente em relação às formaspelas quais somos representados ouinterpelados nos sistemas culturaisque nos rodeiam. É definida historica-mente, e não biologicamente. O sujeitoassume identidades diferentes em dife-rentes momentos, identidades que nãosão unificadas ao redor de um "eu"coerente". (HALL, 1988, p./J-13).

Logo, as comunidades campone-sas, mesmo sendo tradicionais estão su-jeitas às mudanças constantes, rápidas epermanentes. Porém no caso destas, asmudanças são fortemente influenciadaspelo processo educacional o qual nãotem levado em conta as particularidadesdestas comunidades. Se tomarmos como

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referência o pensamento elaborado porCecília da Silva Azevedo, quando estabusca caracterizar a formação da iden-tidade de um determinado grupo atra-vés dos elementos comuns que os unemos quais são transmitidos culturalmentepor condições históricas determinadas,poderemos então, a partir daí, percebere analisar as interferências que ocorremdentro deste grupo específico, indo ain-da além, percebendo as conseqüênciase até mesmo as intenções que movemeste processo acelerado de mudança deidentidade. Conforme Azevedo (2003,p. 43) O caráter coletivo das represen-tações mentais decorre do fato de queelas são os resultados de estímulostransmitidos pelo ambiente cultural, ouseja, de condições históricas e sociaisdetermi nadas.

Dentro deste contexto as experiên-cias vivenciadas, os valores, a forma depensar próprios dos camponeses devemser consideradas relevantes no proces-so educacional de forma que as raízesidentitárias destas comunidades não sepercam. Assim, podemos afirmar que acultura camponesa, transmitida ao lon-go da história tem fundamental impor-tância para a formação da identidade.

(..) a idéia de identidade que defen-do pressupõe interdependência entrecondições objetivas de vida e experi-ências subjetivas, o compartilhamentode convenções e valores, de modo depensarem de sentir e de agir mais oumenos formalizado, que distinguem eproduzem a integração de uma comu-nidade" (AZEVEDO, 2003, p. 43)

Mesmo que um grupo tenha quepassar por diversas configurações emdiferentes momentos da história, devehaver sempre o cuidado de não deixarque se percam os traços originais desua identidade. Infelizmente não é oque tem ocorrido com as comunidadescamponesas. O currículo escolar quevem sendo adotado dentro das escolasrurais nas comunidades camponesasno Brasil, sobretudo no Nordeste, temcontribuído fortemente para a destrui-ção da identidade do homem do campo,visto que não há nenhuma preocupaçãoem aplicar um currículo contextualiza-do, voltado para as particularidades docampo. A escola tanto através de seu

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currículo explícito como do currícu-lo implícito tem levado as comunida-des rurículas a uma profunda crise deidentidade. O modelo de ensino quegeralmente tem ocorrido nestas esco-las tem suscitado a cada dia na cabeçados educandos a idéia de atraso culturaldo campo em ralação à cidade. Comoconseqüência, temos o acelerado pro-cesso de Êxodo rural por parte dos jo-vens camponeses. Ninguém quer seratrasado. Nenhum aluno quer "sofrerpra lavrar a terra" como sofreram seuspais. E, se estes sofreram é porque nãotiveram acesso ao conhecimento, ouseja, "não foram educados" para sairdesta vida de atraso. Frente a isso qualdeveria ser o papel da escola nas comu-nidades camponesas. Vejamos o pen-samento de Roseli Caldart do setor deeducação do MST:

"a escola precisa ajudar a enraizar aspessoas em sua cultura: que pode sertransformada, recriada a partir da in-teração com outras culturas. mas queprecisa ser conservada; porque nem épossível fazer formação humana semtrabalhar com raízes e vínculos; por-que sem identificar raízes não há comoter projetos. Isto quer dizer que a es-cola precisa trabalhar com a memóriado grupo e com suas raízes culturais;e isto quer dizer também que se deveter uma intencionalidade específicana resistência à imposição de padrõesculturais alienigenas, no combate àdominação cultural e na reconstru-ção crítica de suas próprias tradiçõesculturais ".(CALDART. 2004b)

Esta visão está em consonânciacom Stuart Hall, quando estecita Giddens, afirmando que:

"Nas sociedades tradicionais, o pas-sado é venerado e os símbolos são va-lorizados porque contêm e perpetuama experiência de gerações. A tradiçãoé um meio de lidar com o tempo e oespaço, inserindo qualquer atividadeou experiência particular na continui-dade do passado, presente e futuro,os quais, por sua vez, são estrutura-dos por práticas sociais recorrentes ".(HALL, 1998, pp. 14-15)

Nas comunidades camponesas es-tes traços do passado têm se manifesta-do fortemente. Porém, a partir da intro-dução de novos elementos esta tradiçãoacaba se perdendo. Não há, portanto

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para o fortalecimento dos vínculos comidentidade coletiva.

uma proposta pedagógica que mani-feste uma preocupação de manter estacontinuidade entre passado e futuro.Aliás, esta é a visão dos diversos movi-mentos que tem uma atuação no campoe buscam de alguma forma construiruma proposta pedagógica inversa, vol-tada para a realidade camponesa comsuas potencial idades e particularidades,como é o caso do setor de educação doMST - Movimento dos TrabalhadoresRurais sem Terra, e das diversas entida-des e ONG's - organizações não gover-namentais que fazem parta da RESAB- Rede de Educação do Semi-aridoBrasileiro.

"Esta visão pedagógica inverte a ló-gica de pensar a educação: em vezde pensar uma ação pedagógica paradinamizar ou "modernizar ,. a socie-dade rural, como é a visão da cha-mada educação rural, o que temosque pensar é em ações pedagógicassintonizadas com a dinâmica social docampo, acelerada pela presença dosMovimentas Sociais. Isto implica emtodo um outra tipo de reflexão peda-gógica e metodologica a ser feita emcada um dos espaços intencionais deeducação, incluindo a escola". (CAL-DART. 2004b)

Conforme afirma Sacristan(2000, p.)

"Não podemos mais reduzir os proble-mas relevantes do ensino à problemá-tica da técnica de instrumentalizar ocurrículo, pois isso significaria aban-donar O desafio de superação e de en-frentamento dos problemas, conflitos,interesses, resistências das mudançasas contradições presentes na escola ",

Ao elaborar uma proposta pedagó-gica desta natureza talvez possa pensarna realização prática da pedagogia dooprimido de Paulo Freire, à medida emque busca afirmar que os camponesessão sujeitos legítimos de um projetoemancipatório, e por isso mesmo, edu-cativo. Uma proposta pedagógica queleve em conta não apenas a identidadecamponesa, mas também a potenciali-dade do saber camponês que vai desdeconhecimentos de geografia (clima, nu-vens, ventos, etc.); físicos (topografia,solos, água, etc.), aspectos referentesà vegetação; aos animais, fungos, atéquestões relativas ao mercado, políticas

agrícolas e aproveitamento artesanal daprodução excedente. Em suma, umaproposta que além de se preocupar coma questão da identidade camponesa, sepreocupe ainda com os valores humanose sociais em crise dentro deste contextode globalização como a emancipação, ajustiça, a igualdade, a liberdade, o res-peito à diversidade, buscando cristali-zar nas gerações presentes e futuras ovalor da utopia e do comprometimentopessoal com as causas coletivas que sãodesafiadoras em cada tempo e espaço.Uma proposta pedagógica que:

"Não teme enfrentar; não teme ouvir,não teme o desvelamento do mundo.Não teme o encontro com O povo. Nãoleme dialogo com ele. de que resultao crescente saber de ambos. Não sesente dono do tempo, nem dono doshomens. nem libertador dos oprimi-dos. Com eles se compromete, dentrodo tempo, para COI/! eles lutar (FREI-RE,1987)

CONSrDERAÇÕES FINAIS

No momento em que impera nasociedade a globalização neoliberal, aideologia do pensamento unificado, aideologia do mercado acima de quais-quer valores e até mesmo da vida, emque está em crise a utopia, é precisodialogar sobre os desafios e pensarestratégias para a construção de umaeducação voltada para o campo quenão queira sujeitar os camponeses auma educação domesticadora, atreladaà perversidade do modelo econômicocapitalista que quer a qualquer custodestruir a identidade das comunidadestradicionais, matando assim suas raí-zes. Conscientes de que a identidade éalgo que na medida em que transformatambém busca transformar os proces-sos sociais, a escola deve assumir umpapel mais significativo, sintonizadocom as vivências sociais das comuni-dades camponesas ajudando a cultivare fortalecer a sua identidade, além deajudar a construir a visão que cada atorsocial tem de si. Na medida em que aescola, através de seu processo pedagó-gico, valorizar as potencialidades e ossaberes produzidos pelos camponeses,estará estrategicamente contribuindo

REFERÊNCIAS

AZEVEDO, Cecília da Silva.ldentidade com parti Ihadas: aidentidade nacional em questão.ln: Martha Abreu; Rachei Soihet.(Org.). Ensino de História: concei-tos, temáticas e metodologias. Riode Janeiro, 2003, V. , p. 38-54.

CALDART, Roseli Salete. Ele-mentos para construção do projetopolítico e pedagógico da educaçãodo campo Texto produzido a par-tir da exposição "A construção daidentidade da Educação do Cam-po", desenvolvida no SeminárioEstadual da Educação do Campopromovido pela Secretaria de Es-tado da Educação do Paraná de 9a 11 de março de 2004a.

CALDART, Roseli Salete. Peda-gogia do Movimento Sem Terra.São Paulo, Expressão Popular.2004b.

FREIRE, Paulo. Pedagogia doOprimido, 17' ed. Rio de Janeiro,Paz e Terra, 1987.

HALL, Stuart. A identidade cul-tural na pós-rnodernidade. Rio deJaneiro: DP&A, 1997.

SACRlSTAN, J. Girneno. O Cur-rículo: uma reflexão sobre a prá-tica. 3 ed. Porto Alegre. Artmed,2000.

SOUZA, Ana Inês (org.). PauloFreire: vida e Obra. São Paulo:Expressão Popular.200 1.

SILVA, Tomaz Tadeu da. Aliení-genas em sala de aula: Uma in-trodução aos estudos culturais emeducação. Petrópolis RJ: Vozes.1995

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