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ATIVIDADES COMPLEMENTARES I
HERMENÊUTICA
VANTAGENS E DESVANTAGENS DA ARBITRAGEM
BRASÍLIA-DF
2012
ATIVIDADES COMPLEMENTARES I
MARCO AURÉLIO DOS SANTOS OLIVEIRA
RAIMUNDO RONALDO MARTINS PEREIRA
EVELINE
SUMÁRIO
1. Introdução
2. Antecedentes e fatos históricos da Arbitrariedade.
3. DD
4. DD
5. DDD
6. DD
7. DD
8. DD
9. DD
10.DD
11.DD
12.
INTRODUÇÃO
A arbitragem no direito é uma forma extrajudicial capaz de solucionar
conflitos, através da qual as partes conflitantes celebram seus contratos ou acordos
simples utilizando a figura do juiz arbitral para direcionar e resolver alguma
controvérsia existente ou eventual em vez de procurar o poder judiciário, lembrando
que a sentença arbitral possui o mesmo efeito da convencional, sendo obrigatória
entre as partes. No Brasil vem ganhando cada vez mais espaço como uma
alternativa legal ao poder judiciário, assim sendo, as partes componentes ao
procedimento abdica de seu direito de compor litígio perante o judiciário e buscam
resolver as questões contratuais perante o juiz arbitral, que em geral são
especialistas na área. Assim, em tese as decisões são atendidas em menos tempo.
O presente artigo apresenta uma das formas de combater a morosidade e
ineficácia da justiça frente ás necessidades dos cidadãos. Este novo método jurídico
está sendo inserido na tendência de reformas processuais que busca selecionar e
encaminhar as disputas para diversos métodos de resolução de conflitos e que
possui a importante vantagem de poder adaptar amplamente o procedimento ao tipo
de controvérsia.
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1. HISTÓRICO DA ARBITRAGEM NO MUNDO
1.1 NA MITOLOGIA
A arbitragem é um dos métodos mais antigos existentes no mundo, na
mitologia grega começa quando Eris, a deusa da discórdia decidiu criar o cetro da
mais bela mulher. As deusas, Atenas, Hera e Afrodite, não resistiram e passaram a
disputar o objeto, desencadeando assim uma briga pelo mesmo. Zeus, que era a
maior autoridade naquela época, decidiu então, nomear um príncipe troiano de
nome Páris, para solucionar tal conflito. Hera, Afrodite, e Atenas consumidas pelo
desejo de posse pelo cetro, tentaram até subornar o príncipe Páris, prometendo-lhe
poder, autoridade, e até mesmo uma grande paixão, vindo de uma das mulheres
mais belas do mundo, que era Helena de Tróia. Impressionado pela oferta, o
príncipe Páris não resistiu a oferta, e decidiu aceitar a oferta de ter ao seu lado uma
das mais belas mulheres do mundo, que já era casada com o rei de Esparta. O
cumprimento de tal promessa só foi possível por meio de um rapto, atitude que
gerou uma represália por parte dos Aqueus, que além de invadir, também
destruíram Tróia.
1.2 NA RELIGIÃO
Tudo começou, quando Moisés, líder de um grande povo (Livro de Êxodo,
capitulo 18), que era procurado por todos para resolver conflitos, decidiu separar a
grande multidão, para então nomear outras pessoas de sua confiança para ajudá-lo
a resolver os conflitos, desse modo só chegaria até ele, situações que até então os
seus confiados não pudessem resolver, deixando para ele como líder a palavra final,
e assim, o fez Moisés.
2. HISTÓRICO DA ARBITRAGEM NO BRASIL
No Brasil, a arbitragem começou com o tratado de Tordesilhas em 1494, na
época, existia uma disputa entre Portugal e Espanha por territórios recém
conquistados no Novo Mundo. O árbitro que resolveu a questão da disputa, foi o
Papa Alexandre VI. Esse Sistema Jurídico Brasileiro prossegue até hoje. O Código
de Processo Civil foi instituído, pela Lei nº 5869, de 11 de janeiro de 1973,
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consagrou o juízo arbitral, no livro IV (dos procedimentos especiais de jurisdição
contenciosa) Capitulo XIV do Juízo Arbitral.
A Constituição de 1988, em seu artigo 114, estabelece á competência da
justiça do Trabalho, em seu parágrafo 1º a possibilidade da utilização da arbitragem
para solucionar conflitos.
Considerada como o grande avanço da justiça brasileira rumo á agilidade, foi
sancionada a Lei 9.307 de setembro de 1996. LEI DE ARBITRAGEM ou LEI
MARCO MACIEL, a qual revogou o capitulo XVI do Código de Processo Civil
Brasileiro. Essa lei foi criada para dirimir os conflitos que surgiriam nas relações
comerciais do MERCOSUL.
A justiça arbitral, tem como sua grande arma, a celeridade.O prazo máximo
admitido para a solução dos conflitos, será superior a seis meses, não sendo
homologado pelo judiciário, e não sendo aceito os intermináveis recursos que fazem
com que tornem mais lenta a justiça comum.
CONCEITO DE ARBITRAGEM
A arbitragem consiste no meio mais rápido e eficaz para a solução de
controvérsias sobre litígios por meio de árbitros, com a mesma eficácia do sistema
judicial.
As partes entregam a lide, a uma instituição arbitral, que irá nomear um
árbitro para resolver a controvérsia. É a lei que regula os conflitos de interesses,
disciplinando-os ou solucionando-os.
Para Carlos Alberto Carmona, a arbitragem é conceituada como ”uma técnica
para solução de controvérsias através da intervenção de uma ou mais pessoas
decidindo com base nesta convenção, sem a intervenção do Estado, sendo a
decisão destinada a assumir eficácia de sentença judicial”
O resultado da resolução do conflito é redigido em um documento particular,
com os direitos e obrigações das partes, juntamente com duas testemunhas, criando
assim um título executivo.
A condução das partes, para uma conciliação, será feita por um Árbitro, de
forma cordada, sendo utilizado para isso, a MEDIAÇÃO, CONCILIAÇÃO E
ARBITRAGEM.
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A arbitragem é limitada á categoria das questões sobre as quais a lei permite
transação, direitos patrimoniais disponíveis, (negociações, disputas trabalhistas,
indenizações, direito do consumidor, cheque, promissórias, duplicatas), ou seja, a
respeito dos quais as partes possam validamente dispor.
Assim sendo, a arbitragem pode ser definida como o caminho alvejado na
busca da pacificação social.
A arbitragem pode ser em sua composição da seguinte forma:
ARBITRAGEM - Sistema de julgamento feito por árbitro ou árbitros; decisão
ou determinação que um juiz profere segundo os ditames da sua razão e
consciência sobre pontos especiais omissos na lei.
ÁRBITRO – Juiz; decididor. Aquele que, que por acordo das partes
adversárias, resolve uma questão. Autoridade suprema, soberano.
JUÍZ - Árbitro; Magistrado que dá a sentença; Juiz de direito ou togado. O que
tem autoridade e poder para julgar e sentenciar. Membro do poder judicial; árbitro,
julgador; O que nos certames e jogos faz cumprir as regras estabelecidadas. Juiz de
paz: Magistrado eletivo que, em cada distrito do juízo de paz, preside ao juízo
conciliatório e realiza outros atos civis ( celebração de casamentos, e criminais).
TIPOS DE ARBITRAGEM
Realizada nos princípios gerais do direito, a arbitragem se baseia nos
usos e costumes e em regras internacionais do comércio. A arbitragem poderá ser
classificada da seguinte maneira:
VOLUNTÁRIA : É quando as partes tomam por iniciativa própria a
decisão de resolver seus problemas, através da eleição de um árbitro.
DE DIREITO : Se equipara a atividade do árbitro á do juiz togado,
onde serão aplicadas as normas de direito. Para tanto nesse caso, não poderão ser
escolhidas norma fora do campo legislativo, mas sendo nesse campo, poderá
mover-se com inteira liberdade.
DE EQUIDADE: Acontece quando o árbitro abandona a regra geral,
consagrada na norma e aplica uma particular e própria para aquele determinado
caso, de acordo com a sua própria consciência, observando determinados princípios
sociais e morais. Ao autorizar o árbitro a julgar de acordo com a equidade, a lei o
autoriza a agir como se fosse a um só tempo, legislador, e árbitro.6
AD HOC : É quando um árbitro é nomeado para um determinado ato.
Nesse caso o procedimento arbitral não seguirá as regras de uma instituição arbitral.
Essas regras serão fixadas pelas partes, ou na falta desta pelo árbitro.
INSTITUCIONAL : É quando a arbitragem é realizada por órgãos não
governamentais, ou seja, por empresas privadas, com regras previstas em seu
regimento interno.
INTERNACIONAL : É quando uma sentença é proferida em outro país
para ser executada no Brasil.Dessa forma nenhum dos princípios da ordem pública
e não da Soberania Nacional.
DOS ÁRBITROS :
Os árbitros podem ser qualquer pessoa capaz, e que tenha a
confiança das partes, segundo a lei não precisa ser advogado, basta ser pessoa
civilmente capaz, e tenha a experiência para solucionar litígios sugeridos entre as
partes. As partes poderão sugerir um ou mais árbitros, desde que sempre estejam
em número impar, podendo também nomear também suplentes.
Havendo escolha das partes na e eleição de árbitros em número par,
estes estão autorizados desde logo a nomear mais um árbitro, para que não haja
empate. Se não houver acordo, requererão as partes ao órgão do Poder Judiciário a
que tocaria, originalmente o julgamento da causa á nomeação do árbitro, aplicável,
no que couber, o procedimento previsto no art.7º da lei de arbitragem.
Estão impedidos de atuar como árbitros, as pessoas que tenham, com as
partes ou com o litígio que lhes for submetido, algumas das relações que
caracterizam os casos de impedimento ou suspeição de juízes, aplicando-lhes no
que couber, os mesmos deveres e responsabilidades, conforme previsto no Código
Civil.
No desempenho de sua função, o árbitro deverá proceder com
imparcialidade, independência, competência, diligencia, e discrição. Nesse caso não
poderá o árbitro ter nenhum interesse no objeto do litígio, não poderá sujeitar a
qualquer pressão de uma das partes, agir com capacidade e habilidade para
solucionar o problema, manter a prudência, e estudar com zelo o problema que lhe é
exposto, empenhando-se, e buscando a exatidão no trabalho.
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A parte só poderá recusar o árbitro se não o tiver indicado, ou se descobrir
um motivo que o torne parcial.
DA SENTENÇA ARBITRAL
A sentença arbitral será proferida no prazo estipulado pelas partes. Nada
tendo sido convencionado entre as partes, o prazo será de seis meses para a
apresentação da sentença, contado da instituição da arbitragem ou da substituição
do árbitro. As partes poderão definir previamente o prazo para a sentença arbitral,
que poderá ser de um mês, três meses, um ano, podendo esse prazo ser
prorrogado,caso haja comum acordo entre as partes e os árbitros.
DAS VANTAGENS E DESVANTAGENS DA ARBITRAGEM
VANTAGENS:
Dentre as vantagens e desvantagens da arbitragem, podemos citar:
A capacidade de resolver os problemas referente a direitos
patrimoniais disponíveis.
Todo profissional de qualquer área poderá julgar nos tribunais.
Tem caráter sigiloso, somente ás partes podem ter acesso aos atos do
procedimento. Já no judiciário o processo é público, e pode ser
solicitado por qualquer cidadão.
As custas procedimentais são mais baixas.
Não há limites de valores para as causas.
Não há burocracia no procedimento arbitral.
Não há jurisdição
A sentença proferida pelo árbitro é titulo executivo judicial.
DESVANTAGENS:
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A sentença proferida não cabe recurso.
Caso a parte responsável não cumpra a sentença, é necessário
procurar o judiciário para executar a sentença.
O árbitro não tem poder coercitivo.
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