artigo logística internacional e comércio exterior

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  • 7/25/2019 Artigo Logstica Internacional e Comrcio Exterior

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    A Logstica Internacional e Comrcio Exterior

    Brasileiro: Modais de Transporte, Fluxos

    Logsticos e Custos Envolvidos.

    Reginaldo da Silva Souza

    [email protected]

    UNIS-MG/FACECA

    Genivaldo da Silva Souza

    [email protected]

    FACECA

    Resumo:A logstica internacional tem papel fundamental no desenvolvimento da competitividade nas

    operaes de comrcio internacional. O comrcio exterior brasileiro tem apresentado oscilaes nos

    ltimos anos, mas ainda sim o Brasil possui boas perspectivas em relao ao aumento da sua participao

    nas atividades importadoras e exportadoras e maior representatividade nos fruns e organismos

    internacionais. Diante deste contexto, este artigo tem por finalidade a identificao dos fluxos logsticosna exportao e importao, os custos envolvidos em cada etapa da atividade logstica internacional, bem

    como, as vantagens e desvantagens da utilizao de cada modal de transporte. O referencial terico

    pesquisado para elaborao do trabalho foi baseado nos conceitos e definies de exportao e

    importao, logstica empresarial, tipos de modais e suas caractersticas e o panorama comrcio exterior

    brasileiro. A anlise possibilitou o entendimento de que das vantagens e desvantagens de cada, na

    identificao dos fluxos logsticos internacionais e dos custos incorridos em cada etapa de uma

    exportao seguida de importao, possibilitando s empresas que atuam ou desejam atuar no comrcio

    internacional buscar maior lucratividade, bem como, a possibilidade de aumento da competitividade da

    empresa diante de seus concorrentes.

    Palavras Chave: Comrcio exterior - Logstica - Fluxos Logsticos - Modais de transporte -

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    1. INTRODUO

    O planejamento logstico nas organizaes est relacionado adoo de medidas

    contnuas que visam economia de valores gastos com frete e reduo de estoques. Nessesentido, a identificao de modais mais apropriados ao tipo de carga ou ao tipo deinfraestrutura presente na regio de origem fundamental para a reduo dos valores gastoscom fretes, armazenagens, embalagens e transbordos.

    O objetivo desse artigo verificar as definies de logstica e de modais e apontar asua responsabilidade na economia brasileira. Verificar as vantagens e desvantagens de cadamodal que as empresas podem utilizar e identificar os custos logsticos em cada etapa de umprocesso de importao e exportao, o presente trabalho busca apontar, ainda, o panorama docomrcio exterior brasileiro.

    O presente artigo, do ponto de vista de seus objetivos, baseou-se em uma pesquisaexploratria, j relao aos meios utilizados, o trabalho est pautado em uma pesquisabibliogrfica. A reviso da literatura baseou-se nos temas Comrcio Exterior Brasileiro,Conceitos e definies de exportao e importao, Logstica empresarial, Tipos de Modais esuas caractersticas.

    O desenvolvimento do estudo culminou no entendimento de que o planejamentologstico para qualquer empresa independentemente de seu porte, pode ser fonte de maiorlucratividade, bem como, possibilidade de aumento da competitividade da empresa diante deseus concorrentes.

    2. REFERENCIAL TERICO

    2.1 COMRCIO EXTERIOR BRASILEIRO

    O comrcio exterior brasileiro vem apresentando uma oscilao nos ltimos trs anos,a participao brasileira nas exportaes mundiais aumentou e passou de 1,36%, em 2010,para 1,44%, em 2011, retraindo para 1,3% no ano de 2012, segundo relatrio divulgado pelaOrganizao Mundial do Comrcio. Ainda de acordo com o relatrio da OMC, o Brasilpermanece ocupando a vigsima segunda posio no ranking dos pases exportadores, comtendncia de elevao da participao, crescimento este visualizado desde 2003. O relatriodemonstra ainda, que o Brasil caiu uma posio no ranking de importao, no ano de 2012,passando a ocupar a vigsima segunda colocao, entretanto, mesmo com essa posio o pasaumentou a sua participao, de 1,29%, dados mensurados em 2011, para 1,3%, dadosapurados em 2012 (OMC, 2013).

    O Brasil se consolida cada vez mais como um pas com grande potencial para oComrcio exterior, em 2011, as exportaes chegaram ao valor de US$ 256,0 bilhes e asimportaes de US$ 226,3 bilhes, um crescimento de 26,8% nas exportaes e de 24,5% nasimportaes com relao a 2010.

    Ainda segundo o MDIC se comparado a 2010, as vendas de produtos bsicoscresceram 36,1%, e os semimanufaturados e os manufaturados se ampliaram em,

    respectivamente, 27,7% e 16,0%.

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    O grfico abaixo demonstra a participao brasileira no mercado internacional noperodo de 2010 a 2012.

    Figura 1:Participao brasileira no mercado internacionalFonte:Elaborada pelos autores com base no relatrio da OMC (2013)

    Nas Importaes o MDIC aponta que as compras de matrias-primas e intermedirios

    representaram 45,1% da pauta total, e as de bens de capital, 21,2%, demonstrando que a pautabrasileira de importao fortemente vinculada a bens direcionados atividade produtiva. Asimportaes de bens de consumo representaram 17,7% e as de combustveis e lubrificantes,16,0%. Sobre 2010, a categoria de combustveis e lubrificantes foi a que registrou maiorcrescimento, de 42,8%, seguida de bens de consumo (+27,5%), matrias-primas eintermedirios (+21,6%) e bens de capital (+16,8%).

    2.2 CONCEITOS E DEFINIES DE EXPORTAO E IMPORTAO

    Conforme a INSRF n 28/1994, entende-se por exportao, a sada do territrio

    aduaneiro de mercadoria nacional ou nacionalizada, de acordo com as regras e normasimpostas pela autoridade aduaneira competente. o ato da sada de um bem de seu pas deorigem, que pode ocorrer em virtude de um contrato internacional, da falta de recursosnaturais em um determinado pas e abundncia em outro, a tecnologia mais avanada em umlocal que outro, mo de obra mais barata, etc. Para Keedi,

    Exportar o ato de remeter a outro pas mercadorias produzidas em seu prprio ouem terceiros pases, que sejam de interesse do pas importador, e que proporcionema ambos envolvimento vantagens na sua comercializao ou troca. , portanto, asada de mercadorias para o exterior. (2012, p. 19)

    Ainda de acordo com Keedi (2012, p. 17), a importao diz respeito ao processo de

    adquirir em outro pas, ou trocar com este, mercadorias de seu interesse, que sejam teis sua populao e ao seu desenvolvimento, isto , a entrada de bens produzidos no exterior.Importar o ato da entrada de um bem em um pas estrangeiro, para a mercadoria ser

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    considerada nacionalizada ela deve passar por um recinto alfandegado para que seja recolhidotodos os tributos cabveis e em alguns casos que seja efetuada uma conferncia fsica do item.As motivaes que levam um pas a importar so as mesmas que o levam a exportar, s queinvertida.

    2.3 LOGSTICA EMPRESARIAL

    A logstica uma das atividades econmicas mais antigas e um dos conceitosgerenciais mais modernos. Resumidamente a logstica est ligada diretamente compra,armazenagem e distribuio de materiais e mercadorias, ou seja, uma ferramenta que estpresente desde o incio da produo at seu destino final, sempre procurando diminuir custos(CAMPOS; BRASIL, 2008).

    Diante do contexto de globalizao, onde cada vez mais as empresas esto inseridas

    em um mercado de concorrncia global, a logstica, ferramenta de gesto moderna, podeassegurar a competitividade das organizaes. Esta nova dinmica de mercado marcada pelarapidez que transitam as informaes tornando o ambiente empresarial cada vez mais incertoe inseguro. Dessa forma, a logstica, como ferramenta empresarial, busca garantir acompetitividade de um novo modelo de gesto que acompanhe o paradigma ps-industrial,aonde os fluxos de materiais tendem a se movimentar mais rapidamente. (SILVA, 2011)

    No apenas hoje, mas h muito tempo, a logstica est presente no cotidiano daspessoas, no se sabe exatamente quando ela surgiu, Razzolini Filho afirma que:

    No sabemos exatamente quando o homem comeou a transportar coisas, uma vezque a arqueologia no consegue determinar com preciso quando foi que o homem

    criou o primeiro equipamento (ou dispositivo) de transporte. Porm, temos certezade que foi no momento em que o homem deixou de ser nmade para fixar-se emalgum lugar que surgiu a necessidade de buscar coisas em outros lugares e, tambm,de levar para esses ambientes aquilo que ele poderia trocar com outros indivduos.Na verdades, medida que o ser humano foi se tornando agrrio, dominando osrecursos da natureza, iniciou-se um processo de desenvolvimento que demandou otransporte de bens de um lugar para outro, a fim de que se realizassem processos detrocas. (2009 p. 19)

    No incio era apenas uma necessidade de transportar algo de um lugar para outro, masessa ferramenta foi se aperfeioando com o passar do tempo e hoje ela se tornou umaferramenta utilizada para reduzir gastos, ganhar competitividade diminuir estoque e muitas

    outras finalidades alm do simples transporte de mercadorias.A partir da Segunda Guerra mundial tornou-se ntida a importncia das atividades

    logsticas nas organizaes. Com o advento de novas metodologias de produo,exemplificadas pelojust-in-time, no qual se substituiu a antecipao pela reao demanda, oequacionamento logstico dos fluxos de materiais em toda a cadeia de suprimentos tornou-sefundamental. (LEITE, 2009)

    A figura a seguir demonstra as diversas reas de atuao da logstica empresarial.

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    Figura 2:reas de atuao da logstica empresarial.Fonte:Leite (2009, p. 4).

    As definies de logsticas rementem concluso de um processo estratgico degerenciamento das aquisies, movimentaes e armazenagem de peas e produtos acabados(e os fluxos de informaes correlatas) atravs das organizaes e dos seus canais demarketing, de modo a poder maximizar as lucratividades presentes e futuras por meio doatendimento de pedidos a baixo custo (CHRISTOPHER apud CAMPOS; BRASIL, 2008).

    Os fluxos logsticos so fundamentais para a atividade empresarial, o objetivo de umgestor da rea de logstica na verdade gerir toda a cadeia para reduzir custo e tempo,otimizar processos e consequentemente ganhar competitividade perante o mercado (SILVA,2011).

    Existem vrias caractersticas que apontam uma logstica eficaz, Campos; Brasilapontam as seguintes:

    Uma logstica eficaz coloca o produto certo, no local correto, no tempo exato, noestado adequado e ainda com custo competitivos: valores reais, verdadeiros. considerada eficaz (como uma arma competitiva) a logstica administrada de

    forma a possuir caractersticas como: Maiores expectativas no atendimento dos servios;

    Pedido sempre perfeito (100% de conformidade com planos);

    Conectividade de informaes em tempo real com ferramentas como EDI,internet, intranet e extranet; Maior racionalizao de Supply Chain por meio de servios compartilhados,com menos nveis de diviso de trabalho e com a utilizao de tecnologiasatualizadas.Isso significa fazer chegar aonde no chega hoje, assim como aonde os outros nochegam, com menor custo, mais rpido, com constncia e com menos estoque.(2008, p. 145)

    No basta apenas saber que a demanda afeta todo o processo produtivo, desdefornecedores at clientes. A adequada administrao do abastecimento de forma integradaexige o conhecimento dos impactos causados (presentes e futuros) nas organizaes

    envolvidas, assim como na sociedade em geral. (CAMPOS; BRASIL, 2008)

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    2.4 TIPOS DE MODAIS E SUAS CARACTERSTICAS

    Existem cinco tipos de modais: o aerovirio, o rodovirio, o aquavirio, o ferrovirio edutovirio e cada um possui uma caracterstica prpria, um custo diferenciado de acordo com

    a capacidade, agilidade, abrangncia, o que permite ao departamento de logstica apossibilidade de traar suas estratgias para receber a mercadoria no momento certo a umcusto adequado.

    Se compar-los em relao velocidade, o modal que oferece mais agilidade omodal areo, porm isso deve ser considerado para longas distncias, pois o tempo de carga edescarga nos aeroportos relativamente longo, o que pode neutralizar a vantagem deste modalsobre o rodovirio, em viagens de curta distncia. (RAZZOLINI FILHO, 2009)

    Ainda de acordo com Razzolini Filho (2009, p. 144) A velocidade do modal detransporte est relacionada ao tempo disponvel para a realizao da entrega dos bens nos

    prazos combinados e distncia pela qual esses bens sero transportados.A figura abaixo apresenta a comparao entre os modais em funo da sua velocidade:

    Figura 3:Comparao entre os modais em funo da velocidade.Fonte:Elaborada pelos autores, adaptado de Razzolini Filho (2009).

    Devido a essa vantagem no fator velocidade, o modal aerovirio indicado para cargasperecveis, produtos de alto valor agregado ou materiais com urgncia de recebimento aodestinatrio.

    Outra comparao que pode ser realizada entre os modais em relao confiabilidade, ou consistncia. Com base nesse parmetro de comparao pode-se notar queo dutovirio aparece no topo, ao contrrio do que acontece em relao velocidade.Apresenta-se esse cenrio, pois o modal dutovirio funciona 24 horas por dia, 7 dias porsemana, independentemente das condies climticas, j o modal aerovirio extremamentedependente dessas condies. (RAZZOLINI FILHO, 2009)

    A figura abaixo apresenta a comparao entre os modais em funo da confiabilidade:

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    Figura 4:Comparao entre os modais em funo da confiabilidade.Fonte:Elaborada pelos autores, adaptado de Razzolini Filho (2009).

    Ao comparar os modais de acordo com suas capacidades, levando em considerao umnico veculo, o que se apresenta com maior capacidade o modal aquavirio e o com menorcapacidade o dutovirio.

    Figura 5: Comparao entre os modais em funo da capacidade de movimentao.Fonte:Elaborada pelos autores, adaptado de Razzolini Filho (2009).

    O modal ferrovirio apresenta-se em segundo lugar, pois possvel montarcomposies com vrios vages, o que aumenta a capacidade de carga em uma mesmaviagem. O aerovirio aparece como o terceiro colocado no quesito capacidade demovimentao, isso se d porque atualmente existem aeronaves com grandes capacidades decarga. O modal rodovirio aparece em penltimo lugar devido baixa capacidade demovimentao de cargas em um nico caminho se comparado aos demais modais.(RAZZOLINI FILHO, 2009)

    Quando o parmetro de comparao a ser utilizado a disponibilidade, o modal queaparece em primeiro lugar o modal rodovirio, pois essa caracterstica muito importante calculada de acordo com a frota disponvel, no caso do dutovirio, calculada de acordo coma rede de dutos instalada (nmero de quilmetros existentes).

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    Figura 6:Comparao entre os modais em funo da disponibilidade.Fonte:Elaborada pelos autores, adaptado de Razzolini Filho (2009).

    3 METODOLOGIA

    Para Gil (1999, p. 42), a pesquisa tem um carter pragmtico, um processo formal esistemtico de desenvolvimento do mtodo cientfico. O objetivo fundamental da pesquisa descobrir respostas para problemas mediante o emprego de procedimentos cientficos.

    O presente trabalho, do ponto de vista de seus objetivos, baseou-se em uma pesquisa

    exploratria, e estudo de caso e bibliogrfica quanto aos meios utilizados.A pesquisa exploratria indicada em situaes que se visa proporcionar maior

    familiaridade com o problema com vistas a torn-lo explcito ou a construir hipteses.Assume, em geral, as formas de pesquisas bibliogrficas e estudos de caso (SILVA;MENEZES, 2001).

    A pesquisa bibliogrfica, de acordo com Gil apudSilva e Menezes (2001, p. 21), elaborada a partir de material j publicado, constitudo principalmente de livros, artigos deperidicos e atualmente com material disponibilizado na Internet. A reviso da literaturafundamentou-se nos temas: Comrcio Exterior Brasileiro, Conceitos e definies de

    exportao e importao, Logstica empresarial, Tipos de Modais e suas caractersticas.Com base nesse contexto, analisou-se os fluxos logsticos e os custos inseridos em

    cada etapa do processo de exportao e importao e as vantagens e desvantagens de cadamodal utilizado no comrcio internacional.

    4 RESULTADO E DISCUSSES

    Com base no estudo desenvolvido buscou-se elaborar um fluxograma logstico de umaexportao / importao para entendimento dos custos inseridos na logstica internacional.

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    Figura 7:Fluxo logstico Exportao / Importao.Fonte:Elaborada pelos autores.

    A figura 7 demonstra o passo-a-passo para a exportao de uma mercadoria, sendo aatividade logstica principiada na fbrica ou armazm de distribuio da empresa exportadora.A partir da venda iniciam-se as operaes logsticas com o transporte interno, que podeacontecer atravs dos modais areo, rodovirio, ferrovirio, aquavirio ou dutovirio, tambmconhecido como transporte interno. Esse translado efetuado at uma alfndega, onde sero

    realizadas todas as etapas do processo de desembarao aduaneiro para a exportao. Aotrmino do trmite do desembarao, a mercadoria encaminhada para um terminalaeroporturio, onde embarcar para o pas de destino, aplicvel para os modais areo emartimo, caso o modal internacional seja o rodovirio, dutovirio ou ferrovirio a mercadoriaseguir da zona alfandegada diretamente ao pas de destino.

    Nesse interim acontece o transporte internacional, de acordo com a escolha do modaldisponvel, mais recomendvel para mercadoria e escolha do exportador ou importador. Aochegar ao pas, o bem recepcionado em um terminal aeroporturio e encaminhado para aalfndega do comprador para que seja feita a nacionalizao, aps essa etapa, se tem otransporte interno que levar a mercadoria at o local de destino.

    No local de origem a empresa possui os gastos com embalagem, acondicionamento,expedio. Entre o local de origem at a alfndega existe o gasto com um frete interno, essetransporte pode ser efetuado por diversos modais, os mais comuns so o rodovirio,ferrovirio e em alguns casos o dutovirio, o aerovirio no muito utilizado para pequenasdistncias devido a seu alto valor. Na alfndega os gastos so com impostos e prestadores deservios e armazenagem. No momento em que a mercadoria encaminhada ao terminalaeroporturio / porturio so pagas algumas tarifas, tais como armazenagem, capatazia e taxasaeroporturias / porturias.

    Abaixo ser apresentada a relao entre a atividade logstica e os custos logsticos

    envolvidos:

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    Tabela 1:Fluxos logsticos x Custos Logsticos.

    Fluxos logsticos x Custos LogsticosAtividade Logstica Custos Inseridos

    Local de origemEmbalagemAcondicionamentoExpedio

    Transporte Interno Frete Transporte Interno

    Alfndega do VendedorArmazenagem MercadoriaDespacho AduaneiroImpostos e taxas

    Terminal Aeroporturio / porturio - OrigemArmazenagem da MercadoriaCapataziaTaxas aeroporturias / porturias

    Frete InternacionalFrete InternacionalSeguro de cargas

    Terminal Aeroporturio / porturio - DestinoArmazenagem da MercadoriaCapataziaTaxas aeroporturias / porturias

    Alfndega do CompradorArmazenagem MercadoriaDespacho AduaneiroImpostos e taxas

    Transporte Interno Frete Transporte Interno

    Local de destino DesembarqueConferncia

    Fonte:Elaborada pelos autores.

    O departamento responsvel pela logstica internacional necessita conhecer o papeldesempenhado pelos diferentes prestadores de servios que participam cadeia: despachanteaduaneiro, armador, agentes de carga, terminais de armazenagem em zona primria esecundria, alfndega, companhias reas e martimas, transportadoras, alm do conhecimento

    da legislao que ser responsvel pela incidncia dos impostos nas operaes internacionais.

    Identificar os diferentes tipos de carga e preparar as cargas para o embarque(adequao de embalagens); distinguir as responsabilidades e os riscos logsticos entrevendedor e importador atravs dos incoterms e estruturar sistema de controle de custos dacadeia logstica internacional so atividades primordiais para que o produto chegue comintegridade ao seu destino, ao menor custo, garantindo a competitividade da empresa e suaparticipao no mercado internacional.

    Outro aspecto relevante para o desenvolvimento da cadeia logstica interna einternacional conhecer as vantagens e desvantagens de cada modal de transporte e sua forma

    de contratao, a tabela a seguir apresenta de forma resumida as vantagens e desvantagens dosmodais de transporte aerovirio, aquavirio, ferrovirio, rodovirio, dutovirio:

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    Tabela 2: Tipos de aeronaves e capacidade de carga.

    Fonte:Elaborada pelos autores, dados da pesquisa.

    Para a escolha do modal adequado deve-se levar em considerao primeiramente adisponibilidade do modal na regio de origem e de destino, em segundo lugar a urgncia ou otempo requerido para entrega da carga e s ento levar-se- em considerao a gesto decustos, sendo assim, a escolha do modal uma das funes relevantes nas operaes docomrcio exterior.

    5 CONCLUSO

    O estudo da logstica, seus conceitos e ferramentas extremamente importante para odesenvolvimento de uma organizao, gerando maior competitividade e possibilitandomelhores margens de lucro. Dessa forma, esse o presente estudo contribui para o

    entendimento dos fluxos logsticos para realizao de uma exportao seguida de importao,bem como, das vantagens e desvantagens da utilizao de cada modal de transporte.

    TIPO DEMODAL VANTAGENS DESVANTAGENS

    Aerovirio o transporte mais rpido; Menor capacidade de carga;

    No necessita de embalagem mais reforada(manuseio mais cuidadoso).

    Valor do frete mais elevado em relaoaos outros modais.

    Aquavirio

    Maior capacidade de carga; Necessidade de transbordo nos portos;

    Carrega qualquer tipo de carga; Distncia dos centros de produo;

    Menor custo de transporte. Maior exigncia de embalagens;

    Menor flexibilidade nos servios aliado afrequentes congestionamentos nos portos.

    Ferrovirio

    Adequado para longas distncias e grandes

    quantidades; Diferena na largura de bitolasMenor custo de seguro; Menor flexibilidade no trajeto.

    Menor custo de frete.

    Rodovirio

    Adequado para curtas e mdias distncias; Fretes mais altos em alguns casos;

    Servio porta-a-porta, a mercadoria sofreapenas uma operao de carga (ponto deorigem) e outra de descarga (local dedestino);

    Menor capacidade de carga entre todos osoutros modais;

    Maior frequncia e disponibilidade de vias deacesso;

    Menos competitivo para longas distncias.

    Maior agilidade e flexibilidade namanipulao das cargas;

    Facilidade na substituio de veculos, nocaso de acidente ou quebra.

    Dutovirio

    Funciona 24 horas por dia;

    No sofre variaes por decorrncia defatores climticos;

    No Brasil a rede de dutos ainda muitopequena; um dos modais mais lentos.

    o modal menos poluente.

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    Toda operao logstica requer muito conhecimento, o planejamento logstico pode serfonte de maior lucratividade, pois utilizando das ferramentas disponveis, podem reduzirsignificativamente os valores gastos com transporte e estoques, dessa forma, a lucratividadeaferida pelas organizaes podem ser maximizadas.

    O entendimento do fluxo logstico e todos os custos incorridos pode proporcionaraumento da competitividade da empresa diante de seus concorrentes. A organizao podeusufruir dos diversos modais para reduzir os preos de venda e aumentar a suacompetitividade seja no mercado interno ou externo.

    A complexidade do tema abordado revela a principal limitao desse estudo. Sugere-seoutros estudos baseados no tema logstica internacional e seus modais de transporte; custoslogsticos e a competitividade organizacional; as dificuldades dos importadores e exportadoresnas atividades de logstica internacional.

    6 REFERNCIAS

    BRASIL. Comex Brasil. Disponvel em: . Acesso em: 02 jul. 2012.

    BRASIL. Secretaria da Receita Federal. INSTRUO NORMATIVA SRF n 28, de 27 de abril de 1994.Disponvel em: .Acesso em: 22 set. 2011.

    CAMPOS, Luiz Fernando Rodrigues; BRASIL, Caroline V. de Macedo.Logstica: teia de relaes.Curitiba: Ibpex, 2008.

    FIESP Federao da Indstria do Estado de So Paulo.Disponvel em: . Acesso em: 04 jul. 2012.GIL, Antonio Carlos.Mtodos e tcnicas de pesquisa social. So Paulo: Atlas, 1999.

    KEEDI, Samir.ABC do Comrcio Exterior: abrindo as primeiras pginas. 4. ed. So Paulo: Aduaneiras, 2012.

    LEITE, Paulo Roberto.Logstica Reversa:meio ambiente e competitividade. So Paulo: Pearson Prentice Hall,2009.

    MDIC Ministrio do Desenvolvimento Indstria e Comrcio.Disponvel em:>. Acesso em: 01 jul. 2012.

    RAZZOLINI FILHO, Edelvino.Transporte e Modais com suporte de TI e SI. Curitiba: IBPEX, 2009.

    SILVA, Edna Lcia da. MENEZES, Estera Muszkat.Metodologia da pesquisa e elaborao de dissertao.3. ed. Florianpolis: Laboratrio de Ensino a Distncia da UFSC, 2001. Disponvel

    em:. Acesso em: 20ago. 2011

    SILVA, Luiz Augusto Tagliacollo.Logstica no comrcio exterior.2. ed. So Paulo: Aduaneiras, 2011.

    SUA. OMC Organizao Mundial do Comrcio. Disponvel em:. Acesso em: 15 abr. 2013.