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GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
POLÍCIA MILITAR DE MATO GROSSO DO SULCURSO SUPERIOR DE POLÍCIA MILITAR
WILSON CESAR VELASQUES
A NECESSIDADE DE VISÃO EMPRESARIAL PARA OS GESTORES DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO
GROSSO DO SUL
CAMPO GRANDE – MS2013
A NECESSIDADE DE VISÃO EMPRESARIAL PARA OS GESTORES DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO
GROSSO DO SUL
ALUNO WILSON CESAR VELASQUES1
PROF. ORIENTADOR CARLOS ALBERTO PEREIRA2
RESUMO: O presente trabalho aborda a importância da visão empresarial aos
gestores da Policia Militar do Estado de Mato Grosso do Sul, como peça essencial
do planejamento estratégico das instituições públicas e fundamental para uma
correta tomada de decisão. O estudo teve como objeto de pesquisa autores no
campo da Administração de Empresas e outros autores no estudo da consultoria
empresarial, e desenvolvimento organizacional.
Palavras-chave: Visão empresarial. Tomada de decisão. Polícia Militar.
1 INTRODUÇÃO
São vários os temas que tratam de questões como planejamento estratégico,
planejamento empresarial, visão e missão institucional, comprometimento
institucional, motivação, liderança, etc..., enfim, temas de grande relevância e que
dão um norte e suporte para que as empresas cumpram suas metas e as auxiliam a
atingir os objetivos propostos.
1 Major do Quadro de Oficiais da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso do Sul, Campo Grande – MS, Brasil.2 Coronel do Quadro de Oficiais da Reserva da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso do Sul e Docente do Curso Superior de Policia Militar do Estado de Mato Grosso do Sul – Campo Grande – MS, Brasil.
Tão importante quanto os temas supra, são as funções dos gestores,
proprietários, chefes, ou sócios, ou seja, os empreendedores, e os ideais que foram
o estopim que deram origem aos empreendimentos, qual seja, dinheiro, lucro,
sustentação, enfim os motivos reais que o levaram, o motivaram, a realizar tal
negócio.
A gente sempre teve um sonho em comum... E sempre respeitou quem está
tocando o negócio... Deixamos o cara ir em frente. É claro que está implícito
que, se o barco afundar, ele afunda junto... (CORREA, 2013, p. 104)
Assim, tendo por base as premissas a respeito desse assunto, o
empreendedor sonhou e traçou os caminhos que o levaram a concretizar seu
objetivo, bem como idealizou a forma de sustentá-lo, e a forma de ampliar referido
empreendimento.
Atualmente, as Organizações Policiais Militares têm sofrido com constantes
críticas por parte da população e por entidades ligadas aos direitos humanos,
colocando em cheque a forma de atuação dessas.
Da mesma forma, tem sido criticada a formação dos seus integrantes sua
estrutura hierárquica e a disciplina a que estão submetidos todo seu quadro de
funcionários.
Os gestores dessas instituições também vêm sofrendo duras criticas quando
ao modo de conduzi-las, sob alegações de que são despreparados para gerir,
inflexíveis a sugestões, principalmente oriundos dos subordinados e
demasiadamente conservadores.
Portanto, é chegada a hora de rever o papel desempenhado por essas
instituições, sua estruturação, sua formação e a formação de seus gestores!?
2 CONTEXTUALIZAÇÃO
São muitos os fatores que devem ser levados em consideração e que são
essenciais e decisivos para que um empreendimento obtenha sucesso no mercado
de trabalho, tanto quanto as decisões que são tomadas pelo empreendedor ao
adotar essa ou aquela forma de administrar o negócio.
Adotar formas de gerenciar um empreendimento, bem como realizar as
mudanças no momento oportuno, está intimamente ligado ao sucesso da empresa.
“[...] baseado em uma filosofia que unia meritocracia, eficiência e a possibilidade de
que os melhores funcionários se tornassem acionistas.” (CORRÊA, 2013, p.45)
Na Policia Militar do Estado de Mato Grosso do Sul, que tem por pilares de
sua estrutura, a hierarquia e disciplina, e cuja origem baseia-se nas do Exército
Brasileiro, possui legislação e normas próprias no que refere a forma de administrar
toda a estrutura interna, limitando em certos aspectos a liberdade de ação de seus
gestores.
No entanto, a mesma doutrina, que teoricamente as limita, também oferece
uma gama muito ampla de recomendações e orientações, servindo de norte para os
gestores, nos mais diversos níveis de comando.
Uma dessas normatizações refere-se à necessidade de a instituição em
possuir o planejamento estratégico, fundamental em qualquer organização, e onde
são traçados as diversas linhas de ação a curto, médio e longo prazo.
Apesar de ser utilizado com peça principal, não limita a ação dos
comandantes de unidades, no que se refere à implantação de outra ideia que possa
surgir no curso do ano, sendo possível adequá-lo a qualquer momento,
principalmente no que se refere à cooperação entre as unidades de Polícia Militar.
Diante disso, Stettner (2013, p. 36) nos diz que: “pensar estrategicamente é pensar
com disciplina e tomar decisões bem fundamentadas sobre a direção que você
deseja seguir.”.
Também atrelado à tomada de decisão há necessidade de um grupo
altamente confiável, pois um gestor bem assessorado sente-se mais confortável, e
confiante na tomada de decisão, principalmente quando esteja envolvida em
grandes riscos. “Um conselho de administração forte e disciplinado pode ser um
ativo estratégico poderoso”, (CORRÊA, 2013, p. 67) citando um dos dez princípios
traçados por Jorge Paulo Lemman3.
Na estrutura hierárquica da Polícia Militar o gestor principal, o Comandante
Geral, conta com um órgão staff, ou melhor, o Estado Maior, como principal órgão
de assessoramento. Ao Estado Maior são submetidos a análise e orientação de
assuntos de nível estratégico que necessitam ser amplamente analisados, e ou
assuntos que se refiram, ou possam afetar, diretamente a Instituição Policial Militar.
2.1 Selecionando Parceiros
Cada um tem um perfil diferente, mas eles... Eles se complementam...
Separados provavelmente não teriam chegado onde chegaram...(CORREA,
2013, p. 103)
A seleção de um grupo para auxiliar na gerência de um empreendimento tem
um papel de fundamental, senão a principal, para que as decisões sejam tomadas
de forma mais consciente e acertada, no entanto, a função que cada um exerce
deve ser bem explicita, ainda que alguns aspectos da empresa sejam discutidos
3³ Jorge Paulo Lemman, empresário carioca, foi considerado o homem mais rico do Brasil, aos 73 anos de idade.
com o grupo, a decisão é daquele de maior responsabilidade ou de maior hierarquia,
e este assume as consequências tanto pelos acertos, quanto pelos erros, mas que,
porém, este não deve ser sacrificado e tampouco exaltado, uma vez que busca
sempre o bem da coletividade e da empresa.
Você não pode competir com seu sócio, não pode se importar com quem
levará o crédito por um negócio. A ideia de que um tem que ganhar não
funciona em nenhum relacionamento-sociedade ou casamento. (CORREA,
2013, p. 104)
Nas Instituições Policiais Militares, os Oficiais existentes no posto de Coronéis
compõem o Estado Maior, e são os que compõem o comando ou chefia da maioria
das unidades, cargos estes de confiança e de livre escolha do Comandante Geral,
portanto, é uma forma moderna e atualizada de selecionar os gestores que estarão
à frente da Instituição e incumbidos de cumprir as metas traçadas pelo Órgão de
Direção Geral.
Todavia através de uma política correta, ou que se entenda por mais
acertada, deve-se buscar melhorar sempre a situação de todos os envolvidos no
processo empresarial.
E como acontece na Policia Militar do Estado de Mato Grosso do Sul, todo
Comandante de Unidade, no exercício de suas funções percebe um acréscimo ao
salário designado como função de confiança.
Nenhum gestor consegue administrar sozinho. Por isso é fundamental que
tenha ao seu lado parceiros que coadunam com a mesma linha de raciocínio, o que
auxilia de forma impar para que as ações a serem desenvolvidas sofram
minimamente rejeição em relação aos negócios da empresa ou que pelos menos
busquem dialogar, racionalmente, de forma a colaborar positivamente para uma
tomada decisão.
Ao longo de sua trajetória não houve uma única vez em que ele se lançasse
a um novo projeto sozinho. (CORREA, 2013, p. 46)
Quem define a forma como deve ser realizada a seleção é o gestor da
empresa, é ele quem estabelece os requisitos que devem ser preenchidos pelos
candidatos, bem como as competências necessárias para os cargos e funções da
empresa.
A Polícia Militar é um órgão do Estado e as regras para contratação de
pessoal é rígida e devidamente embasada em lei, portanto o rito para alocação de
novos funcionários é rica em fases e somente é contratado após cumprirem cada
etapa do processo de seleção e formação.
[...] para ser vencedora, uma empresa deve recrutar gente boa, preservar a
meritocracia e dividir o sucesso com os melhores. Todos valorizam a
simplicidade [...] (CORREA, 2013, p.103)
2.2 Construindo Alianças
Os gestores devem ter em mente que são dependentes de outras pessoas e
desse inter-relacionamento, o andamento saudável da empresa, uma vez que
negociações são frequentes e corriqueiras no dia a dia de todas as instituições.
Portanto, cabe aos gestores das empresas e a todos os colaboradores
construir e manter laços de amizades em todas as esferas sociais, pois o futuro,
normalmente incerto, pode reservar uma necessidade de se valer de algumas
alianças para solucionar determinado impasse ou ser empregado como facilitador
em determinada negociação.
Ao longo de nossas vidas devemos nos preocupar em manter as relações de
amizades e paulatinamente ampliar conforme forem surgindo as necessidades, não
apenas com interesses difusos, mas, sobretudo, buscando entender que as
amizades são um ativo de grande valia para qualquer instituição. Neste sentido,
Stettner (2006, p. 39) diz que: “se dar bem com os outros é a essência do sucesso.
Tem tudo a ver com cooperação.”
A Organização Policial Militar, mantem intima ligação com diversas outras
Instituições do Estado, assim como entidades civis, mesmo aquelas que não
participam diretamente do sistema de segurança pública, sendo assim as alianças
que existem são extremamente importantes e mutuamente se complementam,
portanto mantê-las é fundamental para o desenvolvimento mais eficiente tanto das
atividades próprias de polícia, quanto para aquelas que necessitam de um aparato
policial para facilitar seu trabalho.
Os melhores aliados estão entre seus superiores e colegas do mesmo nível.
Troque favores, deixe-as bem informadas, comemore as vitorias em
conjunto e console-as nas derrotas. (STETTNER, 2006, p. 37)
Assim, os gestores devem buscar aperfeiçoar seu relacionamento com os
companheiros de trabalho e superiores hierárquicos devendo adotar posturas mais
democráticas e amistosas em seu ambiente de trabalho e nos seus relacionamentos
extra organizacional.
2.3 Rede de Relacionamentos
Os gestores de empresas precisam ter em mente que isolados, ainda que
consigam atingir seus objetivos, ocorrerá a duras penas, e com maior dificuldade,
sendo que com uma rede de colaboradores a tendência de se chegar a um resultado
em menor tempo e com menor desgaste será bem maior, e para que isso ocorra
deve se despir da individualidade e de questões menos importantes como orgulho e
vaidade. Assim, Corrêa (2013, p. 50) nos ensina que: “[...] ele desde cedo percebeu
que se cercar das pessoas certas representava uma tremenda vantagem.”.
Os objetivos institucionais devem prevalecer sobre qualquer interesse
pessoal, pois agindo individualmente certamente o gestor colocará em risco os
interesses da empresa como um todo.
2.4 Estabelecendo Metas
Um gestor deve sonhar grande e perseguir com muito afinco o objetivo
proposto. Ter um ímpeto, a adrenalina para conquistar a meta traçada, disputar de
forma aberta com possíveis algozes, mas, sobretudo com lealdade, defendendo o
seu objetivo e as metas traçadas pela instituição.
Tão importante quanto defender sua causa está em manter sua credibilidade
perante a sociedade, os colegas e a instituição. Em hipótese alguma deve se
permitir a realização de ações que venham a manchar, arranhar sua credibilidade.
Elimine gradualmente os desempenhos inaceitáveis estabelecendo metas
ambiciosas e incentivando os esforços individuais para atingi-las.
(STETTNER, 2006, p. 61)
As metas devem ser audaciosas e atraentes o suficiente para que motivem o
empreendedor e os colaboradores a persegui-las e grande o bastante para que seus
colaboradores se sintam motivados em alcança-las, pois ainda que não os atinja,
cheguem demasiadamente perto e se sintam motivados para uma nova busca pelo
atingimento das novas metas traçadas.
2.5 Encarando a Concorrência
É certo que todo empreendimento sofre concorrência de outras empresas. E
assim, o gestor deve procurar analisar se a concorrente representa uma ameaça ou
uma oportunidade aos seus negócios.
E após analisar todas as hipóteses referentes ao concorrente deverá adotar
medidas que julgar mais adequada para solucionar o impasse gerado, bem como o
grau de agressividade a ser empregada em relação a tomada de decisão.
“As duas empresas competiam dia e noite, se matavam para ganhar
mercado [...] Deixar o rival ganhar terreno era algo impensável...”.
(CORREA, 2013, p. 179)
Como não poderia ser uma exceção, certamente que a Policia Militar também
acabou por atrair a competição de outras instituições sejam elas públicas ou
privadas. No entanto, cabe aos gestores da instituição a interpretação do que venha
a ser concorrente, e o grau de ameaça sofrida.
As empresas de segurança privada enxergaram que as deficiências
apresentadas pelos serviços públicos são uma grande fatia a ser explorada, assim
como as deficiências na área de saúde pública, e essa competição tem se agravado
com o tempo, uma vez que a sociedade não percebe a presença estatal, no seu dia
a dia.
Também, há disputa entre as instituições de segurança que devem ser
consideradas como ameaça, uma vez que os recursos oriundos do Governo Federal
tem levado em consideração a capacidade de cada instituição em dar respostas à
sociedade.
Ainda deve ser motivo de preocupação as constantes insurgências políticas
quanto a necessidade ou não da existência das duas instituições estaduais de
segurança que realizam trabalhos distintos e incompletos.
Diante dos questionamentos supra expostos qual deve ser a posição dos
gestores da Policia Militar? Uma vez que os problemas são atuais e iminentes.
Em momento algum observei pânico, apenas um espirito de avaliação
cuidadosa de opções seguida de decisões calculadas. (CORREA, 2013, p.
13)
Ainda que o contexto politico, econômico, cultural e social, estejam acenando
para uma grave crise, culminando com a crise institucional, os gestores devem
traçar cuidadosamente os caminhos a serem trilhados pela organização de forma
racional, madura e consciente. Pois, conforme Stettner (2013, p. 11) “[...] relacione
uma parte especifica da noticia ruim com objetivos institucionais maiores.”.
As opções apresentadas pelos gestores devem sempre ser apresentadas e
discutidas com todos os colaboradores da instituição, ainda que seja necessária
dispender grande esforço para que isso ocorra, pois informando a todos é possível
sair da crise com o menor desgaste possível.
2.6 APROVEITANDO IDEIAS
Alguns gestores de empresas que enfrentaram crises econômicas e políticas,
e souberam contorna-las, traçaram caminhos e planejaram passo a passo a melhor
forma de percorrê-lo e como forma de orientar outros gestores apresentaram suas
experiências, sendo que estas ideias poderiam ser muito úteis a empresas publicas.
Com as devidas proporções e diferenças mantidas é possível adaptá-las ao
serviço público. A seguir discorreremos com algumas:
1) Valorizar as pessoas – buscar sempre investir na qualificação das pessoas e
acreditar no talento que carregam. Procurando meios para reter os talentos
existentes na organização. E mesmo que você domine todos os atributos, pergunte,
peça sugestões aos demais colaboradores.
2) Traçar metas grandes – as pessoas com talento sempre buscam coisas grandes
para realizarem, caso contrario se sentem desmotivadas. E neste diapasão a
empresa deve buscar meios de reter esses talentos ou a probabilidade de buscarem
novos rumos é muito grande.
3) Criar uma cultura de meritocracia – tem por objetivo valorizar o desempenho
acima do status. Um rígido sistema de hierarquia pode ser muito prejudicial aos
novos colaboradores uma vez que normalmente, chefes muito antigos, criam
barreiras as mentes mais abertas, e não estão dispostos a aceitar as mudanças
advindas com novos colaboradores.
4) Importar/exportar cultura boas – copiar o que é bom é melhor que criar e testar
algo novo.Não é necessário reinventar a roda, basta aprimorá-la. Procure separar o
que tangível e o que é intangível, o que é aproveitável e o que é inútil.
5) Crie algo grande – Com o estabelecimento de metas audaciosas o gestor pode
buscar desviar o foco dos colaboradores apenas do dinheiro e contribui para focar
nos objetivos da instituição. O dinheiro é consequência.
6) Valorizar a simplicidade – facilitar as coisas, é bem melhor do complicar, atuando
como facilitador, o gestor, consegue se fazer entender e se torna mais acessível as
vistas dos colaboradores em especial dos subordinados. Descomplicar é um talento
especial.
7) Incentivar os mais dedicados – Buscar motivar os mais esforçados a manterem o
foco a longo prazo e torná-las obcecadas no atingimento das metas. Pessoas com
alto grau de dedicação, quase fanáticos pelas metas estabelecidas são excepcionais
motivadoras de outras, mas as vezes mal compreendidas.
8) Disciplina e Calma – Em tempos de crise procure utilizar todo o tempo disponível
para tomar a decisão. Apressar a tomada de decisão não faz com o problema se
resolva, muito pelo contrario, pode agravá-la ainda mais ou fazer com que o gestor
decida de forma equivocada.
9) Aglutinar assessoria – Fazer com que os demais colaboradores coadunem com
seu pensamento e com os objetivos da empresa é fundamental para direcionas
todas as pessoas para um mesmo fim.
10) Buscar exemplos positivos e conselheiros – Aprender com a experiência de
outros e adequá-los a sua realidade, evita que decisões sejam mal tomadas.
Aproveitar ao máximo o contato, fazendo perguntas inteligentes e fazendo a
conexão com essas pessoas e conectar-se a elas, na busca do aprendizado.
11) Preparar para as Mudanças – Estar preparado para as mudanças e preparar
todos os colaboradores para momentos de crise, é muitíssimo relevante para o
estabelecimento de novos rumos. Procurar avaliar todas as variáveis presentes no
cenário institucional e no cenário externo, ajuda na tomada de decisão.
12) Avaliação constante dos colaboradores – No estabelecimento das metas é
preciso avaliar se os colaboradores estão cumprindo com os objetivos traçados pela
instituição, também é preciso que cada um sinta que seu papel é fundamental para o
sucesso da organização.
2.7 IMPLANTAR VALORES
Tão importante como traçar o planejamento estratégico da empresa, os
gestores devem implantar valores a serem seguidos por todos os colaboradores.
Tem dois objetivos principais: primeiro para que seja mantido o foco no
objetivo da instituição, e outro como forma de reter os talentos existentes.
1) Criar um time com um único objetivo;
2) Investimento constante e permanente no time;
3) Remuneração equilibrada, justa e estimulante;
4) Implantação de uma avaliação de pessoal;
5) Seleção dos melhores para exercerem a gestão;
6) Liderar pelo exemplo e exposição clara das ideias;
7) Debater ideias, estabelecendo responsabilidades;
8) Bom senso e simplicidade de ideias;
9) Estabelecer como meta a melhoria continua;
10) Controle rígido dos custos;
11) Inovar e copiar os melhores;
12) Incorporar à rotina a educação e a melhoria;
13) Mídia: somente com objetivos concretos;
14) Foco no essencial;
15) Comunicação, transparência e circulação de dados essenciais;
16) Valorizar a administração;
17) Ética total;
18) Preservar a reputação;
19) Obedecer ao planejamento;
20) Trabalho com foco na meta.
3 CONCLUSÃO
À medida que se foi discursando sobre novas técnicas de gestão, percebeu-
se que a Instituição Policial Militar é dotada de um grande aparato de legislação,
planejamento, doutrinas, procedimentos e outros documentos, que são utilizados
desde longa data pelos gestores desta.
Ao longo de vários anos a instituição tem servido como importante órgão de
defesa social e dos direitos dos cidadãos.
Tem sido a principal vitrine de controle da criminalidade e de braço forte do
Estado.
Contudo, ainda que venha desempenhando papel relevante para a sociedade,
não tem sido reconhecido como instituição primordial e impar na sua atividade e vem
sofrendo sucessivas derrotas perante a sociedade a quem serve, e sua imagem
sendo constantemente atacada, em parte por próprios erros cometidos por seus
integrantes, outros por interesses difusos por parte de pessoas descompromissadas
com as instituições legalmente constituídas.
Tem sofrido um processo de desestruturação e sucateamento de seus
aparatos, apesar do grande esforço que seus gestores tem feito junto aos governos,
por uma maior valorização e busca de investimento.
Dizer simplesmente que a Instituição Policial Militar não possui organização
ou que é mal administrada é uma falácia sem precedentes.
Ao contrário do que propagado por algumas pessoas, a estrutura Policial
Militar é extremamente eficiente e eficaz, configurando entre uma das organizações
mais bem dotada dos instrumentos de administração.
Figura entre as instituições com um corpo de efetivo altamente preparado e
profissional, disciplinado e comprometido com os objetivos organizacionais.
No entanto, apesar de todas as qualificações positivas relativas a sua
atividade e função, o clamor popular, insuflado em parte pela mídia, deve ser levada
em consideração e propõem uma ampla discussão sobre a ausência deste aparelho
estatal na sociedade.
As várias teorias sobre a gestão de empreendimentos, levadas a discussão, e
apresentadas como as mais modernas, em grande parte possui uma similaridade e
relação com a administração militar.
Apesar de parecidas em grande parte com as teorias de administração militar,
as teorias mais atuais, diferem sensivelmente no que refere ao trato com o público
interno e na busca pelo lucro do empreendimento, bem como nas diversas metas
traçadas, e formas de bonificar os funcionários, por empresas privadas.
Portanto, é imprescindível que os gestores das Instituições Policiais Militares,
passem a adotar algumas terminologias apresentadas e as formas de
gerenciamento, visando adequar-se em parte a mudança cultural do País e a nova
configuração que tem sido propagada pela sociedade brasileira e mundial.
REFERÊNCIAS
CORREA, Cristiane. Sonho Grande. Rio de Janeiro: Sextante, 2013.
SCOTT, Gini Graham. Trabalhe Comigo! Resolvendo Conflitos em seu Ambiente
de Trabalho. Trad. Fernando Pereira. São Paulo: Landscape, 2007.
STETTNER, Morey. O Manual do Novo Gerente. Trad. Eduardo Refkalefsky.
Coleção Desenvolvimento Profissional, Você S/A. Rio de Janeiro, 2006.