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ANÁLISE DO GRAU DE INOVAÇÃO EM MPEs DE COMÉRCIO E SERVIÇOS
DO PLANO PILOTO – DISTRITO FEDERAL
André Vinícius Rodrigues
Agente Local de Inovação
Resumo
O Brasil possui um grande número Micro e Pequenas Empresas, dessas os
setores de comércio e de serviço são os maiores, os quais ajudam muito a
alavancagem da economia do país. Essas empresas são uma das principais
bases de sustentação da economia brasileira, seja pela sua enorme
capacidade geradora de empregos, seja pelo representativo número de
estabelecimentos que desconcentram geograficamente a distribuição de
riquezas. Tais empresas oferecem atuação complementar aos
empreendimentos de grande e médio porte; têm atuação estratégica no
comércio exterior, possibilitando a diversificação na pauta de exportações e
torna a economia brasileira menos suscetível às variações que ocorrem na
estrutura comercial globalizada. Possuem ainda, a capacidade de gerar uma
classe empresarial legitimamente nacional, aumentando a participação da
economia privada na economia nacional. A mensuração do crescimento da
inovação em tais empresas mostra como a busca do crescimento pode gerar
melhoria nos setores, na economia local e nacional e assim para toda a
população.
Palavras-chave: Micro e Pequena empresa; Inovação; Radar da Inovação.
Abstract
Brazil has a large number of micro and small enterprises, which most of them
are sectors of commerce and service. These sectors provide much leverage to
the country's economy. These enterprises are one of the main support bases of
the Brazilian economy, because they enormous capacity to generate jobs, the
high number of establishments which geographical decentralize distribution of
richness. These enterprises are in the supply chain to large and medium
enterprises; are important piece in foreign trade, allowing diversification in the
export and makes the Brazilian economy less susceptible to changes that occur
in the structure of global trade. They also have the ability to generate a
legitimate national business class, increasing the participation of the private
economy in the national economy. The measurement of the growth of
innovation in these companies shows how the pursuit of growth can generate
improvements in those sectors, also in local and national economy and thus for
the entire population.
Key-words: Micro and Small enterprises, Innovation, Innovation Radar
1.INTRODUÇÃO
As Micros e Pequenas Empresas (MPEs) são de extrema
importância para a economia brasileira, devido principalmente a sua
capacidade de geração de empregos e sua desconcentração geográfica. As
empresas desse porte apresentam melhores condições de adequação ao seu
ambiente, devido à proximidade com seus clientes, empregados, fornecedores
e comunidade. O seu potencial de geração de empregos é bastante desejável
no cenário econômico atual. As micros e pequenas empresas foram as
responsáveis pela totalidade de contratações do mês de maio deste ano.
Enquanto as médias e grandes reduziram seu efetivo em pouco mais de 11 mil
pessoas, os pequenos negócios geraram 80 mil vagas de emprego, o que
representa crescimento de 28% em relação ao mesmo período do ano
passado, (Redação Portal desenvolvimento local). No Brasil Entre 2000 e 2011,
as micro e pequenas empresas criaram 7,0 milhões de empregos com carteira
assinada, elevando o total de empregos nessas empresas de 8,6 milhões de
postos de trabalho em 2000 para 15,6 milhões em 2011, no pais os dados de
crescimento médio dos empregos gerados pelas MPEs foi de 5,5% ao ano.
Dados comparados a geração de empregos das Médias e Grandes Empresas.
No Distrito Federal existem 44.343 MPes de comércio 41.689 Mpes de Serviço
(DIEESE).
Evolução do número de empregados por porte no Brasil de 2000 a 2011 em milhões.
Fonte: MTE/Rais 2012
Com a economia globalizada, as MPEs convivem com a crescente e
intensa concorrência no mercado em que atuam. Dessa maneira elas precisam
implantar e programar estratégias de inovação para a sua sobrevivência. As
inovações em micro e pequenas empresas representaram o fim de muitas
empresas obsoletas e oportunidades para a criação e crescimento de
empresas novas e inovadoras, contudo considerada como uma evolução a
novas aplicações, com o propósito de lançar novidades para a área econômica.
A inovação é um diferencial competitivo nas empresas, é um fator determinante
para a competitividade do negócio. Mas, para que esse investimento se
transforme em resultados, é preciso empunhar essa bandeira e acreditar no
seu poder.
Pesquisa sobre o porquê de ser importante inovar e seus benefícios
Fonte: Deloitte 2007
A ferramenta utilizada foi o Radar da Inovação qual busca mensurar
a inovação em estruturas organizacionais. Criada pelo professor Mohanbir
Sawhney, diretor do Center for Research in Technology & Innovation, da
Kellogg School of Management, nos Estados Unidos. A metodologia do
instrumento apresenta maior precisão das informações na realidade das MPEs,
pois tal pressupõe que a inovação não é um evento ou fato isolado, e sim o
resultado de todo um processo, por isso não avalia tão somente o resultado e
sim todo o procedimento em si qual se desenvolve na estrutura da organização
(SEBRAE PR).
A partir da avaliação de um grupo de MPEs de comércio e Serviço
busca-se mensurar o nível de inovações implementadas nas diversas
dimensões possíveis em tais organizações, buscando avaliar em qual setor do
há maior representatividade da inovação, comércio ou serviço. A localização de
tais MPEs limita-se a regiões do Plano Piloto em Brasília, mais precisamente
nas regiões da Asa Norte e Asa Sul, na região administrativa do Cruzeiro e na
região administrativa do Sudoeste/Octogonal. Informações de 20 empresas
foram analisadas para elaboração de tal artigo. Presume-se que haverá dados
comparativos desses dois setores e assim será possível analisar qual dos dois
apresenta mais aspectos inovadores em suas dimensões.
2.REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Inovação
Existem inúmeros conceitos e definições para a inovação, é um
estudo relativamente novo que ainda causa muitas divergências, segundo
DRUCKER (2011) não é possível teorizar inovação, mas já se pode definir
aonde, quando e como buscar oportunidades inovadoras. O mesmo autor
enfatiza que é de extrema importância inovar para que qualquer empresa que
seja, atinja seu objetivo principal que é a satisfação de seus clientes. Já
SCHUMPETER (1988) determina que inovar se baseia na modificação dos
métodos de produção através de novas funções que evoluem, e onde haja o
aparecimento dessas novas maneiras de organizar-se no trabalho para a
produção de novos produtos, o que possibilita a ação em novos mercados, tal
autor liga diretamente inovação ao desenvolvimento econômico.
A inovação de acordo com TIDD; BESSANT; PAVITT (2005) se
move e se transforma pela habilidade de relacionar-se, e nessas relações há a
detecção de oportunidade tirando proveito das mesmas. Nesta mesma linha
BERNARDES; ALMEIDA (1999) definem inovação como a introdução de um
novo produto ou novo método de produção voltado a abertura de um novo
mercado, a descoberta ou conquista de uma nova fonte de matéria-prima ou a
introdução de uma nova estrutura de mercado.
GATTERMAN PERIN; SAMPAIO; HOOLEY (2007) apresentam que
é possível desenvolver inovação principalmente em produtos e processo, como
a ideia de um produto diferenciado no mercado que seja novo ou
incrementado, sendo este segundo prioritariamente em maior escala. Para
ROBBINS (2000) a inovação é basicamente uma ideia aplicada no
desenvolvimento de produto, processo ou serviço e por assim ser, inovação
qualquer que seja envolve mudanças e novas ideias. De acordo com tal autor,
a inovação é a propulsora das novas oportunidades, de crescimento e da
sobrevivência da organização. SCHUMPETER (1988) definiu cinco pontos para
a inovação dentre tais a fabricação de um novo bem; a introdução de um novo
método de produção; a abertura de um novo mercado; a conquista de uma
nova fonte de matérias primas e a realização de uma nova organização
econômica.
ROBBINS (2000) destaca que as fontes da inovação advêm da
estrutura orgânica da organização de sua flexibilidade e facilidade de
adaptação, também da permanência e desenvolvimento da administração
organizacional, o que decorre do amadurecimento da gestão e por fim da
facilidade em obter recursos, organizações que tem facilidade em obter
recursos, encontram um ambiente mais propício ao fomento da inovação.
DRUCKER (2011) enumera algumas fontes de inovação, tais que podem surgir
de diversas situações, do inesperado, das incongruências, da necessidade de
processos, das atuais estruturas da indústria e do mercado, de mudanças
demográficas e de percepção e novos conhecimentos.
BACHMANN e DESTEFANI (2008) destacam o conceito de três
zonas de inovação a primeira delas é a da Inovação Básica, que são as
pequenas melhorias nos produtos ou serviços, as quais se baseiam em sua
extensão ou em suas melhorias incrementais. A zona dois é a da Inovação
relativa, são ações que se baseiam em produtos ou serviços existentes,
voltados para novos mercados. A terceira zona é a da Inovação conceitual que
abrangem Produtos ou serviços com um novo conceito, propostas de valor e
modelos de negócios revolucionários.
Conceito de 3 zonas da inovação de Bachman e Destefani
FONTE: HSM Management.
2.2 Competitividade
A competição é uma forma de rivalidade entre uma e mais empresas
segundo MORAES (2001), isso em uma sistemática complexa de relações com
o concorrente qual envolve desde busca de recursos até busca de clientes.
Assim, a forma que se lida em tal situação é chamada de estratégia
competitiva.
Competitividade de acordo com HAMEL e PRAHALAD (1995) está
intimamente ligada à compreensão por parte das organizações do significado
em si da própria competitividade atrelada a estratégias da organização. A
capacidade de ter diferencial perante as outras. De acordo com PORTER
(1993), o conceito de competitividade é basicamente a aptidão ou talento
resultantes de conhecimentos adquiridos e capazes de criar e sustentar um
desempenho superior ao desenvolvido pela concorrência.
ROBBINS (2000) afirma que competitividade está ligada a
capacidade de a organização propiciar uma margem de vantagem sobre seus
concorrentes ou rivais. Fundamentalmente a competitividade de acordo com
PORTER (1993) aborda como o conhecimento resultante de experiências
adquiridas e formando novas estratégias, quais disponibilizam desempenho
superior ao de seus concorrentes, basicamente a capacidade da empresa de
atingir índices superiores de produtividade e aumentá-la continuamente com o
tempo o que é responsável pela elevação na participação de mercado.
PORTER (1991) afirma que a definição das estratégias competitivas
é a forma, ofensiva ou defensiva que se lida em tal competição, assim se dá
três principais campos que uma organização pode se focar estrategicamente.
Pode ser diferenciando-se no seu custo total, tendo alguma diferenciação
significativa em seu produto ou serviço ou no enfoque de sua podução.
2.3 Radar da Inovação
A ferramenta utilizada para elaboração da pesquisa e ressaltada
para operacionalizar o cálculo do Grau de Inovação priorizou o Radar da
Basicamente o Radar de Inovação é uma ferramenta de diagnóstico e
mensuração da inovação dentro de uma organização definido por Mohanbir
Sawhney em doze aspectos nos quais pode ocorrer inovação. Posteriormente
foi acrescentado mais uma dimensão por BACHMANN e DESTEFANI (2008).
Inovação com uma inclusão adicional, denominada “Ambiência inovadora”, por
entender que um clima organizacional propício à inovação é pré-requisito
importante para uma empresa inovadora. A metodologia adota uma abordagem
mais qualitativa que quantitativa, para respeitar a menor disponibilidade de
informações o que é típico das MPE. O Radar da inovação destaca treze
dimensões a as avalia com uma nota de 1 a 5, sendo a mais baixa
caracterizada como uma organização com mínima ou nenhuma inovação e a
mais alta com processos contínuos ou com inovação significativa.
Índice utilizado para as notas ou escores dados pelo Radar da Inovação
Fonte: SEBRAE/PR
As dimensões da inovação, são os campos organizacionais aonde
se pode avaliar e perceber a inovação segundo o Radar da Inovação.
DIMENSÃO CARACTERÍSTICA DE INOVAÇÃO
OFERTA
Desenvolvimento de produtos com características inovadoras.
PROCESSOS
Redesenho dos processos produtivos de modo a permitir incremento de eficiência
operacional.
CLIENTES
Identificar necessidades dos clientes, ou novos nichos de mercado.
PRAÇA
Identificar novas formas de comercialização e/ou distribuição.
PLATAFORMA Relaciona-se com a adaptabilidade do
sistema de produção face à diversidade de produtos demandados.
MARCA
Formas de como as empresas transmitem aos clientes os seus valores
SOLUÇÕES
Sistemas ou mecanismos para simplificar as dificuldades do cliente
RELACIONAMENTO
Relaciona-se com a experiência do cliente com a empresa
AGREGAÇÃO DE VALOR
Melhorar a forma de captar o valor dos produtos percebido por cliente e
fornecedores.
ORGANIZAÇÃO Melhorar a estrutura da empresa.
CADEIA DE FORNECIMENTO
Incrementar a logística com os fornecedores e clientes, seja interno ou
externo.
REDE Comunicação entre os elos da cadeia de
fornecimento.
AMBIÊNCIA INOVADORA
Relaciona-se com os profissionais que compõem a empresa e que colaboram
com a cultura da Inovação. FONTE: BACHMANN e DESTEFANI (2008).
Após atribuídas a referentes notas, tais são lançadas em um gráfico
qual promove sua avaliação de maneira mais adequada seja para comparar as
etapas de aplicação do diagnóstico, seja para comparações com mercado.
Gráfico Radar Utilização para análise do Radar da Inovação
Fonte: SISTEMALI (2013)
3. OS SETORES DE COMÉRCIO E SERVIÇO
O setor de comércio no Brasil segundo dados do DIEESE (2012)
apresentou uma queda em suas participações relativas, e isso se dá ao fato de
o ritmo de expansão de todos os outros setores de MPEs terem sido superior à
média do comércio. O setor de comércio apresentara taxas de crescimento
anuais de 3,1 % a.a., contra 3,7% a.a. na média nacional. Já o crescimento das
participações relativas do setor de serviços e da construção está associado ao
ritmo mais acelerado de criação de novas empresas nesses setores, com taxas
de crescimento anual de 4,7% a.a. e 4,8% a.a., respectivamente.
Segundo o IBGE (2012) a economia brasileira cresceu apenas 0,9%
em 2012. O PIB chegou a 4,403 trilhões de reais no ano. Entre os setores, o
destaque foi de crescimento foi para o de serviços, com avanço de 1,7% no
ano.
O Índice de Confiança de Serviços (ICS) iniciou 2013 em alta, com
um crescimento de 1,1% na comparação de janeiro deste ano com dezembro
de 2012. O setor de serviços está mais otimista relação ao momento atual,
medido pelo subíndice da situação atual, que cresceu 4,2% entre dezembro e
janeiro. O crescimento é resultado de uma melhor avaliação em relação à
demanda atual por serviços. O percentual de empresas que percebem o
volume de demanda atual como forte aumentou de 16,5% para 18,2% de
dezembro para janeiro, enquanto aquelas que o consideram fraco recuaram de
20,3% para 16,6% (FGV, 2013).
Segundo dados DIEESE (2012) empresas o setor de Serviços não
apenas se mantiveram como as do segundo setor mais expressivo em número
de MPEs, como tiveram sua participação elevada de 29,9% do total de MPEs
em 2000 para 33,3% do total de MPEs em 2011. Nesse último ano, havia cerca
de 2,1 milhões de MPEs no setor de serviços.
MPEs e seus setores em números absolutos no Centro-Oeste Brasileiro
FONTE: Dieese (2012)
Segundo dados IBGE (2012) o melhor desempenho do DF está
relacionado ao setor de serviços. Este é o segmento que predomina na
estrutura produtiva de Brasília, sendo responsável por 93,3% da renda
produzida em 2008 (um crescimento de 3,7% em relação a 2007). As
empresas do DF geram 45% da receita bruta do setor de serviços em todo
Centro-Oeste, tal setor gerou R$ 28,5 bilhões em receita dos cerca de R$ 62,6
bilhões gerados na região por esse tipo de empresa em 2010. Número de
empresas de serviços chegou a quase 23 mil no mesmo ano.
Distribuição das MPEs por setor de atividade no DF (em%)
Indústria Construção Comércio Serviço Total
5,8 6,7 45,1 42,4 100,0 FONTE: DIEESE (2012)
Distribuição dos empregos gerados em MPEs em setores de atividades econômicas (em%)
Indústria Construção Comércio Serviço Total
8,1 12,5 43,8 35,5 100,00 FONTE: DIEESE (2012)
Segundo dados da FECOMÉRCIO/DF (2013) no geral houve
significativo aumento das vendas no acumulado de um período de um ano,
qual se estende de março de 2012 a março de 2013, nos setores de comércio
e serviço nas regiões do DF aonde é realizada a pesquisa (Asa Norte, Asa Sul,
Cruzeiro e Sudoeste).
Dados das vendas de setor comércio e serviço
FONTE: Adaptado de FECORMÉCIO (2013)
4. METODOLOGIA
A metodologia utilizada para a coleta de dados para
desenvolvimento do trabalho baseia-se na tomada dos resultados dos
diagnósticos feitos através do questionário do Radar da Inovação. A realização
do estudo, em linhas gerais, obedeceu às etapas que são:
O recebimento dos dados das empresas participantes e a sua
inserção em um banco de dados online; a verificação da consistência das
informações recebidas, para retirar os dados; é realizada análise das
informações e atribuída uma nota de acordo com a inovação de cada
dimensão; realizada análises dos estratos e a consolidação do material e das
conclusões e sugestões em um relatório; é feito o agrupamento dos resultados
da avaliação inicial, chamada de ciclo 1, e em seguida é implementada as
ações sugeridas é aplicada novamente o radar e realizado uma mensuração
posterior chamada ciclo 2; é realizado o cálculo do Grau de Inovação dos dois
grupos e posteriormente comparados.
A metodologia utilizada para a obtenção dos dados é proposta pelo
Manual de Oslo e implantada no Programa Agentes Locais de Inovação do
SEBRAE, o que permite realizar a avaliação de 13 dimensões da inovação,
obtidas através da aplicação do diagnóstico denominado Radar da Inovação.
6,72%
-1,06%
5,66%
7,01%
3,58%
10,59%
Comécio
Serviço
5. ANÁLISE DOS RESULTADOS OBTIDOS NA PESQUISA
O cálculo de mensuração da inovação nas empresas pesquisadas
foi concretizado com base na avaliação de cada uma das variáveis que
compõem as treze dimensões trabalhadas. Primeiramente realizou-se a
mensuração do grau de inovação de cada uma das empresas pesquisadas,
através de visitas a 20 empresas, 10 do setor de comércio e 10 do setor de
serviço, e assim, foi possível avaliar a inovação de cada uma das empresas. O
grau de inovação médio das empresas de cada segmento foi obtido da divisão
entre o somatório dos valores do grau de inovação obtido em cada uma das
empresas pelo número total de empresas pesquisadas de cada segmento, as
quais neste estudo representam um total de 20 empresas. O grau de inovação
médio das empresas do setor de comércio avaliadas na amostra foi de 2,6,
indicando que a inovação ainda é incipiente nesse grupo, o resultado das 10
empresas do setor de serviços foi ainda menor com a pontuação média de 2,2.
Pontuação das empresas avaliadas do setor de Comércio
DIMENSÃO/EMPRESA #1 #2 #3 #4 #5 #6 #7 #8 #9 #10 Média
A - Dimensão Oferta 1 5 5 2 3 3 4 3 3 5 3,4
B - Dimensão Plataforma 3 3 5 5 3 5 3 3 3 1 3,4
C - Dimensão Marca 4 5 2 3 3 3 4 3 2 2 3,1
D - Dimensão Clientes 4,3 1 3 2,3 1,7 3,7 2,3 1 2,3 3 2,5
E - Dimensão Soluções 2 2 5 4 4 3 1 2 1 1 2,5
F - Dimensão Relacionamento 3 3 2 1 2 2 1 3 2 2 2,1
G - Dimensão Agregação de valor 3 1 2 1 1 3 1 1 1 1 1,5
H - Dimensão Processos 3 1,7 1,3 1 2,7 2 2 3 1,3 1,7 2,0
I - Dimensão Organização 4 1,5 2,5 1,5 2,5 3,5 2 3 1,5 2 2,4
J - Dimensão Cadeia de fornecimento 5 3 1 1 1 5 1 3 3 1 2,4
K - Dimensão Presença 3 1 1 1 1 4 4 4 1 1 2,1
L - Dimensão Rede 3 1 1 1 1 3 3 1 1 1 1,6
M - Dimensão Ambiência Inovadora (peso 2) 3,6 2,4 1,6 1,3 2,1 2,4 1,6 2,4 1,6 2,4 2,1
Grau de Inovação Global 3,5 2,5 2,6 2,0 2,3 3,5 2,4 2,7 1,9 2,0 2,6
FONTE: Pesquisa do Autor
A exposição dos dados do setor de comércio feita no Gráfico Radar
oferece uma análise visual mais detalhada do desempenho de cada dimensão,
o que busca oferecer melhor julgamento de que tipo ou modelo de inovação
será implementada.
Grau de inovação nas empresas pesquisadas do setor de Comércio
FONTE: Pesquisa do Autor
O nível de inovação médio de cada uma das dimensões de toda a
amostra do setor de comércio indica uma grande variação nos resultados e
comprova que os melhores resultados foram obtidos nas dimensões Oferta,
Plataforma e Marca, enquanto as dimensões Agregação de Valor, Rede e
Processos obtiveram as menores notas.
Pontuação das empresas avaliadas do setor de Serviço DIMENSÃO/EMPRESA #1 #2 #3 #4 #5 #6 #7 #8 #9 #10 Média
A - Dimensão Oferta 2,5 4 2,5 1,5 2 2 3,5 3,5 2,5 3 2,7
B - Dimensão Plataforma 4 3 4 3 3 2 5 5 3 2 3,4
C - Dimensão Marca 2 3 3 3 3 2 3 4 2 2 2,7
D - Dimensão Clientes 3 3 2,3 1 1 2,3 3,7 1 2,3 1,7 2,1
E - Dimensão Soluções 3 1 3 1 1 4 2 1 2 1 1,9
F - Dimensão Relacionamento 2 3 2 1 1 2 5 2 2 3 2,3
G - Dimensão Agregação de valor 2 1 2 1 1 3 2 2 2 2 1,8
H - Dimensão Processos 1 2,3 1,7 1 1 1,3 2 2 1,7 2,3 1,6
I - Dimensão Organização 3 1,5 1,5 1 1 3 2,5 1,5 3 1,5 2,0
J - Dimensão Cadeia de fornecimento 1 3 1 1 1 1 3 1 1 3 1,6
K - Dimensão Presença 2 1 1 1 1 2 3 1 2 1 1,5
L - Dimensão Rede 1 1 3 1 1 5 3 3 1 1 2,0
M - Dimensão Ambiência Inovadora (peso 2) 1,5 2 1,3 2 1,8 1,5 1,8 2 1,5 1,8 1,7
Grau de Inovação Global 2,3 2,4 2,3 1,6 1,6 2,5 3,2 2,4 2,1 2,1 2,2
FONTE: Pesquisa do Autor
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5A - Dimensão Oferta
B - Dimensão Plataforma
C - Dimensão Marca
D - Dimensão Clientes
E - Dimensão Soluções
F - DimensãoRelacionamento
G - Dimensão Agregaçãode valor
H - Dimensão Processos
I - Dimensão Organização
J - Dimensão Cadeia defornecimento
K - Dimensão Presença
L - Dimensão Rede
M - Dimensão AmbiênciaInovadora (peso 2)
Grau de inovação nas empresas pesquisadas do setor de Serviço
FONTE: Pesquisa do Autor
O nível de inovação médio das dimensões da amostra do setor de
serviço indica uma grande variação nos resultados quais comprovam que os
melhores resultados foram obtidos nas dimensões Plataforma com maior
pontuação, seguido de Oferta e de Marca, enquanto as dimensões Presença,
Cadeia de Fornecimento e Processos obtiveram as menores notas.
Comparativo do Grau de inovação entre as empresas dos dois setores Comércio e Serviço
FONTE: Pesquisa do Autor
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5A - Dimensão Oferta
B - Dimensão Plataforma
C - Dimensão Marca
D - Dimensão Clientes
E - Dimensão Soluções
F - DimensãoRelacionamento
G - Dimensão Agregaçãode valor
H - Dimensão Processos
I - Dimensão Organização
J - Dimensão Cadeia defornecimento
K - Dimensão Presença
L - Dimensão Rede
M - Dimensão AmbiênciaInovadora (peso 2)
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B - Dimensão Plataforma
C - Dimensão Marca
D - Dimensão Clientes
E - Dimensão Soluções
F - DimensãoRelacionamento
G - Dimensão Agregaçãode valor
H - Dimensão Processos
I - Dimensão Organização
J - Dimensão Cadeia defornecimento
K - Dimensão Presença
L - Dimensão Rede
M - Dimensão AmbiênciaInovadora (peso 2)
Comércio Serviço
Na análise dos resultados das empresas do setor de serviço em
comparação desempenho as de comércio percebe-se o menor grau de
inovação foi na dimensão Plataforma, ambas as maiores notas 3,4. Na
dimensão Oferta e Marca apesar de terem as melhores avaliações em ambos
os setores, o comércio obteve maior pontuação 3,4 e 3,1 respectivamente,
enquanto o setor de serviço obteve 2,7 em ambas as dimensões.
Nas menores pontuações do Comércio, Agregação de Valor, Rede e
Processos 1,5, 1,6 e 2,0 respectivamente, no setor de serviços somente a
dimensão Processos está entre as mais baixas com nota ainda menor 1,6, nas
dimensões Agregação de Valor e Rede o setor de Serviços obteve nota 1,8 e
1,7 respectivamente, nota pouco maior que do setor de comércio.
Em Serviços além da menor nota na Dimensão Processos, a
Dimensão Presença e Cadeia de Fornecimento foram as mais baixas 1,5 e 1,6,
respectivamente, e no Comércio obtive-se avaliação 2,1 e 2,4,
respectivamente.
6.CONCLUSÃO
O grau de inovação médio das empresas avaliadas na amostra foi
de 2,4, demonstrando que a inovação nos setores das amostras é rudimentar.
O grau de inovação médio de cada uma das dimensões de toda a amostra
indica uma grande variação nos resultados e comprova que os melhores
resultados foram obtidos nas dimensões Oferta, Plataforma e Marca, enquanto
as dimensões Processos, Agregação de Valor, Cadeia de Fornecimento e
Rede obtiveram as menores avaliações.
A dimensão Plataforma obteve uma média pouco mais elevada de
3,4 nos dos setores estudados, toma-se que as questões desta dimensão
avaliam o sistema de produção e a outra as versões de produto, obtiveram
pontos elevados pelo fato das empresas entrevistadas serem MPEs e como
típico deste porte fazerem uso de um sistema de único para tipos de produtos,
que buscam adaptar-se as peculiaridades das demandas.
Grau de Inovação
Comércio Serviço Média Geral de todas as empresas Avaliadas
Grau de Inovação 2,6 2,2 2,4
FONTE: Pesquisa do Autor
Os resultados evidenciam que existe um clima adequado para o
aperfeiçoamento das dimensões onde se inova das empresas que foram
pesquisadas. Um evento que se destaca é que existe um número significativo
de empresas com disposição para implementar as ações sugeridas pelo plano
de ação elaborado. Tais ações tem de ser implementadas por provedores de
soluções que visam tornar o ambiente organizacional da empresa o mais
favorável passível para o aumento de inovações.
Por fim, a pesquisa permite analisar o grau de inovação a fim de ser
uma medida útil para mensurar o grau das inovações nas MPEs o que pode ser
uma direção para orientar quais são as medidas que devem ter a sua
priorização na realidade das organizações com a finalidade de instigar a
tradição de uma cultura inovadora na empresas que são as maiores geradoras
de empregos no país.
REFERÊNCIAS
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BERNARDES, R.; ALMEIDA, E. S.; Nova Função Empresarial na
Coordenação de Redes de Inovação. Revista da Sociedade Brasileira de
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DELOITTE TOUCHE TOHMATSU. As Pequenas e Médias Empresas que
mais crescem no Brasil: Uma pesquisa sobre visões e práticas que aceleram
o ritmo de expansão dos negócios 2007.
DIEESE - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos. Anuário do trabalho na micro e pequena empresa: 2012. 5.
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DF; DIEESE, 2012.
DRUCKER, P. F.; Inovação e Espirito Empreendedor. São Paulo: CENGAGE
LEARNING, 2011.
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