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Jornal do Conselho Regional de Química IV Região (SP) Ano 22 - Nº 122 Jul/Ago 2013 ISSN 2176-4409 Profissionais com anuidade suspensa deverão se recadastrar Pág. 3 Engenheiro comemora 60 anos na mesma empresa Pág. 4 Campinas e São Paulo receberão novos minicursos Pág. 15 Artigo aborda a segurança dos aditivos e fala da contribuição da Química para suprir a demanda mundial por alimentos Pág. 6

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Jornal do ConselhoRegional de Química

IV Região (SP)Ano 22 - Nº 122

Jul/Ago 2013

ISSN 2176-4409

Profissionais comanuidade suspensa

deverão se recadastrarPág. 3

Engenheiro comemora60 anos na mesma

empresaPág. 4

Campinas e São Pauloreceberão novos

minicursosPág. 15

Artigo aborda a segurança dos aditivos e fala da contribuiçãoda Química para suprir a demanda mundial por alimentos

Pág. 6

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Informativo CRQ-IV Jul/Ago 20132

SEMINÁRIO EDITORIAL

Com o objetivo de divulgar as maisrecentes pesquisas e inovações tecno-lógicas desenvolvidas na área, o CRQ-IV e o Sindicato dos Químicos, Quími-cos Industriais e Engenheiros Quími-cos de São Paulo (Sinquisp) realizarãoo Seminário – Energia e Biomassa.Programado para o dia 17 de setembro,o encontro ocorrerá na sede do Conse-lho (Rua Oscar Freire, 2.039 - São Pau-lo/SP), das 8h às 18h.

Voltado para profissionais e estu-dantes da área de bioenergia, o semi-nário terá palestras de pesquisadores,representantes da indústria e de órgãosfiscalizadores, que irão apresentar ca-sos de sucesso.

Alguns dos temas que serão aborda-dos nas palestras são os seguintes: “Mer-cado de Biomassa como fonte de desen-volvimento de novos negócios”, a serministrada por Celso Oliveira, presidenteda Associação Brasileira das Indústriasde Biomassa e Energia Renovável(Abib); “Aproveitamento Energético deResíduos de Biomassa”, que será apre-sentada por Rogério Carlos Perdoná, daOdebrecht; e “Otimização Energética emUsina de Açúcar e Álcool, a ser proferi-da por Giampaolo Foschini DiDonato,da Petrobras. A programação completapode ser acessada no site do Conselho:www.crq4.org.br.

As inscrições poderão ser feitas atéo dia 10 de setembro e custam R$30,00 (para profissionais registradosno CRQ-IV e estudantes) e R$ 50,00(demais interessados). As inscriçõesdeverão ser feitas por meio de formu-lário disponível no site do Sinquisp(www.sinquisp.org.br).

Informações adicionais deverão sersolicitadas exclusivamente pelo [email protected] ou pelo telefo-ne (11) 3289-1506, das 9h às 16h.

Conselho e Sinquisppromoverão

encontro sobreenergia e biomassa

A segurança e o valor nutritivo dosalimentos industrializados são assuntossempre envoltos em polêmicas, muitasdelas com pouca ou totalmente despro-vidas de base científica. Sem o objeti-vo de acirrar a discussão, mas de mos-trar que essa história tem um outro lado,o artigo escolhido como destaque des-te número desvenda alguns equívocos,disseminados principalmente por meiosde comunicação não especializados,que confundem e causam certos temo-res aos consumidores.

O texto ressalta, por exemplo, quesem contribuição da tecnologia quími-ca não seria possível produzir alimen-tos em quantidade suficiente para aten-der ao crescimento populacional. Tam-bém explica a função dos aditivos co-locados nas formulações e ressalta osprocedimentos adotados pela ciência epelos órgãos fiscalizadores para garan-tir a segurança do produto final.

A edição também publica a históriade um profissional que dedicou 60 anosde sua vida a uma única empresa. E aos88 anos de idade diz que ainda se sentemotivado.

Outra matéria chama a atenção dosprofissionais que estão com a anuida-de suspensa. Para efeito de planejamen-to do Conselho, entre os meses de se-tembro e outubro esse pessoal deveráse recadastrar para garantir a manuten-ção do benefício.

Tá na mesa! Informativo CRQ-IVuma publicação do

Conselho Regional deQuímica IV Região (SP)

Rua Oscar Freire, 2.039 – PinheirosCEP 05409-011 – São Paulo – SP

Tel. (11) 3061-6000 - Fax (11) 3061-6001Internet: www.crq4.org.br

twitter.com/crqiv – facebook.com/crqive-mail: [email protected]: bimestral

Tiragem: 94 mil exemplares

EXPEDIENTE

PRESIDENTE: MANLIO DEODÓCIO DE AUGUSTINIS

VICE-PRESIDENTE: HANS VIERTLER

1º SECRETÁRIO: LAURO PEREIRA DIAS

2º SECRETÁRIO: DAVID CARLOS MINATELLI

1º TESOUREIRO: ERNESTO HIROMITI OKAMURA

2º TESOUREIRO: SÉRGIO RODRIGUES

CONSELHEIROS TITULARES: DAVID CARLOS MINATELLI,ERNESTO H. OKAMURA, HANS VIERTLER, JOSÉ

GLAUCO GRANDI, LAURO PEREIRA DIAS, NELSON

CÉSAR FERNANDO BONETTO, REYNALDO ARBUE

PINI, RUBENS BRAMBILLA E SÉRGIO RODRIGUES

CONSELHEIROS SUPLENTES: AIRTON MONTEIRO,AELSON GUAITA, ANA MARIA DA COSTA FERREIRA,ANTONIO CARLOS MASSABNI, CARLOS ALBERTO

TREVISAN, CLÁUDIO DI VITTA, GEORGE CURY

KACHAN, JOSÉ CARLOS OLIVIERI E MASAZI MAEDA

CONSELHO EDITORIAL:MANLIO DE AUGUSTINIS E JOSÉ GLAUCO GRANDI

JORNALISTA RESPONSÁVEL:CARLOS DE SOUZA (MTB 20.148)

ASSIST. COMUNICAÇÃO:JONAS GONÇALVES (MTB 48.872)

ASSIST. ADMINISTRATIVA:JULIANA DUVIQUE DE CAMPOS

ILUSTRAÇÃO DA CAPA:ISTOCKPHOTO

PRODUÇÃO:COMPANHIA LITHOGRAPHICA YPIRANGA

TEL.: (11) 3821-3255

Os artigos assinados são de exclusivaresponsabilidade de seus autores e podem

não refletir a opinião do CRQ-IV.

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Informativo CRQ-IVJul/Ago 2013 3

Documentos necessários● Cópias autenticadas das páginas da Carteira de Trabalho onde estão a foto, o nº

e a série, a qualificação civil, o último contrato de trabalho e a página seguinte.● Carteira de Identidade Profissional (cédula e livrete originais).● Declaração de que não é proprietário ou sócio de empresa.● Cópia da entrega da última declaração do Imposto de Renda.

Obs.: Recomenda-se o uso da modalidade AR a quem optar por enviar os documentos via Correios.

ANUIDADES

Todos os profissionais que obtive-ram a suspensão do pagamento da anui-dade de 2013 e de anos anteriores pre-cisarão reapresentar os documentos re-lacionados no quadro ao lado para con-tinuar com direito ao benefício. A me-dida se destina a atualizar os dados des-ses profissionais e também a fornecerinformações necessárias ao planeja-mento financeiro do Conselho.

O recadastramento deverá ser feitoapenas nos meses de setembro e outubrodeste ano. Para isso, além de remeter osdocumentos relacionados no quadro, osprofissionais deverão preencher o formu-lário disponível em www.crq4.org.br/suspensao no site do Conselho.

O não envio dos documentos no pra-zo significará a perda do benefício, tor-nando-se o profissional devedor dasanuidades em aberto.

A Carteira de Identidade Profissio-nal – cédula e livrete –, que são emiti-dos pelo Conselho quando da conces-são do registro, foram incluídos entreos documentos cuja remessa passa a serobrigatória para a concessão ou reno-vação da suspensão da anuidade. Am-bos serão devolvidos tão logo o profis-sional comunique à entidade seu retor-no ao mercado de trabalho.

NOVOS PEDIDOS – Já os profissionais queperderam o emprego este ano ou queingressaram em cursos de pós-gradua-ção que não lhes proporciona outra ren-da além de uma eventual bolsa de estu-dos devem se programar para solicitara suspensão da anuidade de 2014.

O pedido deverá ser feito exclusi-vamente no mês de novembro e seráaceito se estiver dentro das condições

relacionadas na página www.crq4.org.br/suspensao do site.

Não serão aceitos pedidos de sus-pensão formulados após aquele mês,exceto se a condição de desemprego se

Profissionais beneficiados com asuspensão devem se recadastrar

Processo precisará ser feito entre os meses de setembro e outubro

configurar em dezembro. Neste caso, asuspensão da anuidade deverá ser soli-citada somente ao longo daquele mês.Não terá direito ao benefício quem per-der o emprego em janeiro.

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Informativo CRQ-IV Jul/Ago 20134

Aos 88 anos, o Engenheiro Indus-trial – Modalidade Química CarlosVicente Ferrero nem pensa em aposen-tadoria definitiva. Com uma trajetóriasingular na área, o profissional traba-lha desde 1953 para a mesma empresa,a Companhia Brasileira de Cartuchos(CBC), sediada em Ribeirão Pires, naregião metropolitana da Capital.

Paulistano nascido a 7 de julho de1925, Ferrero demonstrava gostar defazer experimentos desde criança e –diriam os que acreditam em destino –parece que seu futuro profissional co-meçou a se desenhar desde aquela épo-ca: com os amigos, costumava fabricarrevólveres de espoleta utilizando cabosde guarda-chuva. “Colocávamos pólvora

com pedrinhas e atirávamos nas turmasde outros bairros para defender o nossoterritório”, lembra ele.

No terceiro ano do curso ginasial noColégio Nossa Senhora do Carmo,Ferrero se interessou pela Química.Para fazer os experimentos que apren-dia nos livros, como a formulação dapólvora preta, comprava os materiaisnecessários, como salitre e enxofre.“Acabava sendo mais barato produzira pólvora em casa”, ressalta.

Cursou graduação em EngenhariaIndustrial – Modalidade Química naFaculdade de Engenharia Industrial(FEI), então ligada à Pontifícia Univer-sidade Católica de São Paulo (PUC-SP). No período, fez um estágio naLaminação Nacional de Metais, emSanto André. Depois de se formar, em1952, procurou emprego em uma per-fumaria e em uma fábrica de lubrifican-tes. Ambas, no entanto, não lhe agra-daram já nas entrevistas especialmentepela intensidade dos aromas típicosdessas indústrias. Por isso, continuousua busca pela primeira oportunidadee a encontrou na Wheaton Brasil, fa-bricante de embalagens de vidros.

Depois de aproximadamente seismeses, estava desmotivado na empresae viu em um anúncio de jornal a chancede mudar para outro segmento: umavaga para engenheiro de controle de qua-lidade na Companhia Brasileira de Car-tuchos (CBC), que na época pertencia àmultinacional americana RemingtonArms Company e era sediada no distri-to de Utinga, pertencente ao municí-pio de Santo André.

Ferrero lembra que, naquele tem-po, um dos significados para o termo“cartucho” era a denominação dos sa-

cos de papel utilizados para embalar pro-dutos a granel como arroz, por exem-plo, encontrados nas vendas e feiras dacidade. A surpresa veio quando soubeque a CBC produzia outro tipo de cartu-cho, o que embala munições, e tambémpólvora, misturas iniciadoras e armas.“Quando fiz estágio na Laminação Na-cional de Metais, ouvia os tiros dos tes-tes que a CBC realizava, pois a fábricaera em Utinga. Nunca imaginei que umdia trabalharia ali”, conta.

No final de junho de 1953, a CBCentrou em contato com Ferrero e lheconvidou para trabalhar na empresa apartir de 1º de julho. A expectativa ini-cial era permanecer por um ou doisanos, mas o Engenheiro viu ali umasérie de oportunidades de crescimentoprofissional, participando do desenvol-vimento de inovações tecnológicas.

No ano seguinte, a CBC passou poruma reestruturação que criou o Depar-tamento Técnico de Pesquisa e Desen-volvimento (DTPD), no qual Ferreropassou a trabalhar. Inicialmente, atua-va na fabricação de cartuchos utiliza-dos em armas de caça. Entretanto, apartir da década de 1960, a CBC pas-sou a ter uma divisão dedicada a pro-dutos diversos, que atendiam a outrossegmentos. Nela, Ferrero ajudou a de-senvolver desde tampas para perfuma-ria até terminais engastados de cabosde bateria para veículos e peças paramáquinas de lavar roupa.

“Uma das épocas em que mais cor-ríamos era quando ocorria o concursoMiss Brasil. Havia uma demanda con-siderável por embalagens de produtospara maquiagem, como batons e pó-de-arroz. Também fomos responsáveis pelaprodução das embalagens das primeiras

PERFIL

Uma vida dedicada à profissãoConheça a história do Engenheiro Industrial – Modalidade Química Carlos Vicente

Ferrero, funcionário da Companhia Brasileira de Cartuchos há 60 anos

Ficha de inscrição original deFerrero no CRQ-IV

Informativo CRQ-IV Jul/Ago 20134

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Informativo CRQ-IVJul/Ago 2013 5

canetas das marcas Parker e Pilotfabricadas no Brasil”, relata.

Sobre o seu registro no CRQ-IV,Ferrero recorda que este aconteceu so-mente em março de 1958, após umasolicitação da entidade direcionada àCBC. Como havia se formado antes dacriação do Conselho Federal de Quí-mica e dos primeiros Conselhos Regi-onais, em 1956, registrou-se no Minis-tério do Trabalho, então responsávelpela fiscalização da atividade química.

A divisão de produtos diversos aca-baria sendo extinta em 1990 devido amudanças no controle acionário daCBC, que havia deixado de pertencer àRemington no ano anterior. Em 1991,o DTPD mudou-se para a sede da em-presa em Ribeirão Pires.

Dois anos mais tarde e contabi-lizando quatro décadas de serviços pres-tados, Ferrero se aposentou. Contudo,devido à vasta experiência acumulada,a CBC o recontratou pouco tempo de-pois para trabalhar como um consultor.Passou a orientar os engenheiros maisnovos e também a coordenar os testesexigidos pela Organização das NaçõesUnidas (ONU) para a exportação demunições e armas. Respeitado por to-dos na empresa, é humilde ao afirmarque sabe apenas uma “pequena parte”de todo o conhecimento da área, o queprocura passar aos mais jovens.

MARCAS – Ferrero elegeu como seumarco mais importante na trajetória de60 anos na CBC a construção da fá-brica de misturas iniciadoras em Ri-beirão Pires. De 1965 a 1969, o auda-cioso projeto que mudou as instalaçõesde Utinga (distrito de Santo André)para a cidade da região metropolitanada Capital demandou tempo e análi-ses criteriosas para a escolha de mate-riais e de aparelhos que seriam utili-zados na nova planta.

A CBC era uma das únicas empre-sas que utilizava fulminato de mercúrio,que depois foi substituído por outros dois

elementos: estifinato de chumbo etetrazeno. Ferrero teve grande participa-ção nesse processo, especialmente apósa construção da fábrica que passou a re-alizar o processamento das chamadasmisturas iniciadoras, que contêm os ele-mentos detonantes responsáveis pelosdisparos das munições. Atualmente, asmisturas são feitas com diazol, nitratode estrôncio, pólvora e tetrazeno.

Para aprender mais sobre o assunto,em 1975, Ferrero fez um estágio de trêsmeses nos EUA, durante o qual visitouduas unidades da Remington Arms lo-calizadas nas cidades de Bridgeport(Connecticut) e Lonoke (Arkansas).

As embalagens de munições preci-sam ser submetidas a uma série de ava-liações. No Brasil, só se faziam testesde queda e compressão, mas a partir doano 2000, passou-se a utilizar os proce-dimentos exigidos pela Organização dasNações Unidas (ONU) a fim de que osprodutos comerciais e também os queserão usados para fins militares tenhamautorização para ser exportados. Ferrerotambém contribuiu com o seu conheci-mento como representante da CBC jun-to à Associação Brasileira de NormasTécnicas (ABNT).

Ao ser homenageado pela empresano último dia 4 de julho, Ferrero cus-

tou a conter a emoção. “Se sofresse docoração, certamente teria tido algumproblema”, conta. Ele recebeu um tro-féu com referências a todos os produ-tos nos quais participou do desenvolvi-mento, além de uma placa especial. OConselho também lhe prestou uma ho-menagem, concedendo uma placa pa-rabenizando-o pelos 60 anos de traba-lho na CBC. Esta, aliás, foi a segundahomenagem feita pelo Conselho aFerrero: em 2009, a entidade lhe con-cedeu uma placa de honra ao mérito porser ele, na época, o Engenheiro Indus-trial – Modalidade Química ainda ematividade com o registro mais antigo.

Teve três filhos com Mira Ivone (jáfalecida), com quem foi casado por 59anos: Vicente Carlos (médico neurolo-gista), José Antônio (engenheiro civil)e César Augusto (dentista, também fa-lecido). O único que seguiu os passosdo pai, ainda que em outro departamen-to (manutenção), foi José Antônio, quetrabalhou durante 17 anos na CBC. Temainda dois netos e uma neta.

De segunda a sexta-feira, das 8h às17h05, Ferrero cumpre mais do que oseu expediente regular. “Faço o quegosto. É por isso que estou aqui até hojee quero continuar trabalhando”, finali-za o veterano profissional.

Ferrero mostra a placa comemorativa que ganhou do Conselho. Primeira homenagem ocorreu em 2009

Fotos: CRQ-IV

Informativo CRQ-IVJul/Ago 2013 5

PERFIL

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Informativo CRQ-IV Jul/Ago 20136

Dita invariavelmente por pais e atéreforçada por meios de comunicaçãonão especializados como um alerta so-bre os riscos à saúde que alimentos co-loridos e com outros aditivos podemprovocar, a advertência da frase queabre este artigo é desprovida de funda-mento. Por falta de conhecimento, mui-tas pessoas atribuem uma conotaçãopejorativa à Química, induzindo quealimentos industrializados são os quetêm “química” e, consequentemente,farão mal a quem os consumir.

Muitas vezes as pessoas não se dãoconta de que a Química está presente emabsolutamente tudo em nossas vidas: novestuário, no transporte, nas habitações,no ar que respiramos, nos líquidos quebebemos e no alimento que nos nutre esustenta. Ela aparece até mesmo noschamados alimentos naturais (“innatura”) e na nova geração de alimentosorgânicos, que nada mais são do quemisturas sinérgicas de substâncias quí-micas como proteínas, gorduras, carboi-dratos, fibras, vitaminas, sais minerais evários microingredientes funcionais.

Com o passar dos anos, aumentou anecessidade do abastecimento e forne-cimento de alimentos para a populaçãodo planeta. Para dar conta dessa deman-da, a ciência e a tecnologia se aproxi-maram para desenvolver a produção dealimentos e permitir, com uma logísticaadequada, a produção industrial de ali-mentos e bebidas padronizados e dis-poníveis o ano inteiro.

Para que os iogurtes possam ter vali-dade de um mês, o leite de quatro me-

ses, a margarina de seis meses e biscoi-tos e refrigerantes de mais de seis me-ses, assim como outros alimentos, alémde embalagens e temperatura de arma-zenamento adequadas, faz-se necessárioo uso de aditivos alimentares.

Podemos observar, por exemplo,que o leite em embalagem asséptica queconsumimos é estabilizado com citratode sódio ou mono, di e trifosfato desódio; que o biscoito, além da farinhade trigo, açúcar e gordura possuilecitina de soja, polissorbato 80,antioxidantes, corantes e aromatizantes;que o pão de forma é conservado compropionato de cálcio; que o iogurte éconservado com sor-bato de potássio etem seu aspecto es-pessado pelas gomasxantana (INS 415),guar e carragena;que os refrigerantesde maior consumosão acidificados comácido cítrico (INS330) ou fosfórico,coloridos com co-rante caramelo (INS150), aromatizados econservados quimi-camente; que a cer-veja, além da água,cereais e lúpulo, pos-sui antioxidante eri-torbato de sódio (INS316) estabilizantealginato de propilenoglicol (INS 405); que

a margarina, para manter o prazo de va-lidade da mistura água, óleo e sal, é es-tabilizada com mono e diglicerídeos deácidos graxos, acidulada com acido cí-trico, conservada com benzoato desódio (INS 211) e sorbato de potássio,aromatizada e colorida com urucum oucúrcuma e adicionada de antioxidantescomo EDTA (etilenodiaminotetra-cético), TBHQ (butilhidroquinonaterciária) e BHT (butilhidroxitolueno).

O QUE SÃO OS ADITIVOS?

De acordo com a Portaria Nº 540 -SVS/MS, de 27 de outubro de 1997,aditivo alimentar é qualquer ingredienteadicionado intencionalmente aos ali-mentos, sem propósito de nutrir, como objetivo de modificar as característi-cas físicas, químicas, biológicas ou sen-soriais, durante a fabricação, proces-samento, preparação, tratamento, em-balagem, acondicionamento, armazena-gem, transporte ou manipulação de umalimento. Ao agregar-se, poderá resul-tar em que o próprio aditivo ou seus de-rivados se convertam em um compo-nente de tal alimento. Esta definição

ARTIGO

Alimentosindustrializados X

Saúde do consumidorNão coma isto porque tem muita química!

por Paulo Garcia de Almeida

Os aditivos químicos colorem, dão sabor e prolongam a vida aos alimentos

iStockPhoto

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Informativo CRQ-IVJul/Ago 2013 7

não inclui os contaminantes ou subs-tâncias nutritivas que sejam incorpora-das ao alimento para manter ou melho-rar suas propriedades nutricionais.

A identificação dos aditivos narotulagem é feita através do nome doaditivo por extenso ou como alternativapelo INS (International NumberingSystem). O Sistema Internacional deNumeração de aditivos alimentares foielaborado pelo Comitê do CodexAlimentarius – um programa das divi-sões de saúde, agricultura e alimentaçãoda Organização das Nações Unidas –,sobre aditivos e contaminantes, para es-tabelecer um sistema numérico interna-cional de identificação dos aditivos emalimentos e bebidas industrializados.

O uso de aditivos em alimentos éproibido quando houver evidências oususpeita de que o mesmo não é seguropara consumo humano; interferir sen-sível e desfavoravelmente no valor nu-tritivo do alimento; servir para encobrirfalhas no processamento e/ou nas téc-nicas de manipulação; encobrir altera-ção ou adulteração da matéria-prima oudo produto já elaborado ou induzir oconsumidor a erro.

A Portaria n° 540, da Secretaria deVigilância Sanitária do Ministério daSaúde, classifica os aditivos nas seguin-tes funções: Agente de Massa; Anti-espumante; Antiumectante; Antioxi-dante; Corante; Conservador; Edulco-rante; Espessantes; Geleificante;Estabilizante; Aromatizante; Umec-tante; Regulador de Acidez; Acidulante;Emulsionante/Emulsificante; Melho-rador de Farinha; Realçador de Sabor;Fermento Químico; Glaceante; Agentede Firmeza; Sequestrante; Estabilizantede Cor; e Espumante.

SEGURANÇA DOS ADITIVOS

O uso de aditivos alimentares jus-tifica-se por razões tecnológicas, sa-nitárias, nutricionais ou sensoriais des-de que sejam utilizados aditivos auto-rizados em concentrações tais que suaingestão diária não supere os valores

da IDA (Ingestão Diária Aceitável) re-comendados e atenda às exigências depureza estabelecidas pelo FCC (FoodChemical Codex) ou pela FAO-OMS(Organização das Nações Unidas paraAgricultura e Alimentação - Organi-zação Mundial da Saúde) através doJECFA (Joint FAO/WHO Expert Com-mittee on Food Additives), que é o co-mitê científico internacional de espe-cialistas em aditivos alimentares. Estecomitê, que se reúne desde 1956, pe-riodicamente realiza a avaliação do ris-co associado ao consumo de aditivosalimentares, contaminantes, toxinas deocorrência natural e resíduos de me-dicamentos veterinários em alimentos,assessorando o Codex Alimentariusem suas decisões.

Com base em estudos toxicológicos,o JECFA estabelece, quando possível,a IDA dos aditivos, que corresponde aquantidade estimada do aditivo alimen-tar, expressa em miligrama por quilo depeso corpóreo (mg/kg p.c.), que podeser ingerida diariamente, durante todaa vida, sem oferecer risco apreciável àsaúde, à luz dos conhecimentos cientí-ficos disponíveis na época da avaliação.

Para garantir a segurança alimentarsão estabelecidas as especificações deidentidade e pureza dos aditivos demodo a possuírem grau alimentício eatender às especificações (físico-quími-cas) da comissão do Codex ou FCC.

Para avaliação toxicológica, existemrecomendações gerais de procedimen-tos e os fatores que a afetam são:toxicidade esperada (pela estrutura quí-mica), níveis esperados de exposição(para escolha das doses apropriadas detestes), ocorrência natural e uso em gru-pos de risco (grávidas, idosos etc., po-dendo exigir avaliações periódicas emgrupos diferenciados).

Os estudos experimentais são feitosem cobaias. O animal selecionado paraos testes deve ter metabolismo seme-lhante ao do Homem e apresentar sen-sibilidade ao desenvolvimento de tumo-res. A duração do experimento depen-de da pré-avaliação do produto (rota

Mestre em Engenharia de ProcessosQuímicos e Bioquímicos e

Doutorando em Química, PauloGarcia de Almeida é Professor doDepartamento de Engenharia do

Centro UniversitárioUniSEB-Ribeirão Preto e membro

da Comissão Técnicade Alimentos do CRQ-IV.

Contatos com o autor:[email protected].

Veja a íntegra do artigo na versãoon-line desta edição.

metabólica provável e outros aspectosquímicos) e do objetivo do teste, po-dendo ser de curta duração (1/10 davida média do animal) ou de longa du-ração (realizados durante toda a vidaútil do animal).

Cada país tem autonomia e autori-dade para legislar sobre a permissão eproibição de aditivos, determinando aquantidade máxima de uso e em qualproduto específico. Sob o ponto de vistatecnológico, vários são os benefícios douso de aditivos em alimentos, conformecitado no início deste artigo. Em rela-ção à segurança de uso no Brasil, é aAgência Nacional de Vigilância Sanitá-ria que estabelece quais são os aditivospermitidos para cada categoria de ali-mentos, visando atingir o efeito tecno-lógico sem causar risco à saúde huma-na. Para isso, baseia-se em princípios daanálise de risco e em referências inter-nacionais, como o Codex Alimentarius,União Europeia e complementada peloFood and Drug Administration (FDA),agência que regula o consumo e a pro-dução de alimentos e medicamentos nosEstados Unidos.

Portanto, todo alimento e bebidacomercializados no País segue sua le-gislação correspondente com o uso dosaditivos limitados à quantidade permi-tida, garantindo deste modo o efeitotecnológico na indústria e principal-mente na saúde do consumidor.

ARTIGO

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Informativo CRQ-IV Jul/Ago 20138

O Conselho Regional de Química –IV Região, no uso de suas atribuiçõesconferidas pela Lei 2.800/56, consoan-te Acórdão de fls. 357/358 exarado noProcesso Ético nº 65562, vem tornarpública a pena de SUSPENSÃO DOEXERCÍCIO PROFISSIONAL, naárea da química, pelo período de 1 (um)ano, a contar de 02/07/2013, impostaao Técnico em Química MarceloSganzerla – CRQ-IV nº 04430741, porter restado provado que o referido pro-fissional agiu com conduta antiética nasua atuação profissional enquanto Fis-cal deste CRQ-IV, na Região dePiracicaba, incorrendo nas infrações

A Polícia Federal encaminhou aoCRQ-IV os nomes de 11 empresas queestão sendo investigadas no âmbito daOperação Opus Magna. Conforme pu-blicado na última edição do Informa-tivo, a ação policial apura o desvio deprodutos químicos controlados.

O CRQ-IV verificou que quatro da-quelas empresas têm registro na enti-dade. As demais encerraram suas ativi-dades ou atuam como drogarias.

No caso das empresas registradas,três Responsáveis Técnicos (RTs) jácompareceram ao Conselho e demons-traram que as empresas estavam ope-rando de acordo com a legislação so-bre o assunto. O quarto RT não respon-deu ao convite da entidade e, no fecha-mento desta edição, estava sendo inti-mado a prestar depoimento.

ÉTICA OPUS MAGNA

Prosseguem asinvestigações

Suspensão do exercícioprofissional por um anoPena disciplinar aplicada ao Técnico em Química

MARCELO SGANZERLA, CRQ-IV Nº 04430741,a contar a partir de 02/07/2013, data de publicação no DOE

éticas previstas no Código de Ética dosProfissionais da Química (ResoluçãoOrdinária 927/70) do CFQ, no Item II,subitem 1.; Resolução Ordinária 9593/00, item III, alínea “d” e Decreto-lei5452/43(CLT), art. 346, alínea “a” ecom fundamento no art. 346, parágra-fo único da CLT, combinado com oItem II, subitem 2.2 da RO 9593/00.

São Paulo-SP, 01 de julho de 2013.

Câmara Técnica de Ética

Manlio de AugustinisPresidente do CRQ-IV

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Informativo CRQ-IVJul/Ago 2013 9

O Sindicato dos Químicos, Quí-micos Industriais e EngenheirosQuímicos do Estado de São Paulo(Sinquisp) fechou acordos coletivoscom os setores industriais e de ser-viços. Foram firmados acordos co-letivos com a Federação das Indús-trias do Estado de São Paulo(Fiesp), Sindicato da Micro e Pe-quena Indústria do Estado de SãoPaulo (Simpi), Regional paulista doSindicato da Engenharia e Arquite-tura (Sinaenco) e CompanhiaAmbiental de São Paulo (Cetesb).

A novidade este ano é que oSinquisp, através de ação judicial, fir-mou acordo coletivo com 36 sindica-tos patronais vinculados à Fiesp, oque não ocorria desde 2009 e vinhagerando certa insegurança na basede trabalhadores. O resultado desseentendimento foi a fixação do pisosalarial do Profissional da Químicade Nível Médio em R$ 1.284,12.

O acordo coletivo de trabalho fir-mado com o Simpi prevê que o pisosalarial do Técnico de Nível Médiopasse a ser de R$ 2.684,88. Ficoumantido o adicional de 20% sobreo salário bruto para os profissionaisda química que acumularem a fun-ção de Responsável Técnico.

Com relação ao Sinaenco, oacordo coletivo de trabalho resul-tou na fixação do piso salarial doProfissional da Química de NívelMédio em R$ 2.685,00.

Como há muitas entidades pa-tronais envolvidas, para que o Téc-nico de Nível Médio saiba em qualdos acordos está encaixado seránecessário que entre em contatocom seu empregador e se informea qual sindicato a empresa que oemprega está vinculada.

Em relação aos Químicos de Ní-vel Superior, o menor salário mensalfirmado pelo Sinquisp nos acordos

Esta página foi produzida peloSinquisp. Esclarecimentos

devem ser solicitados pelo tel.(11) 3289-1506 ou pelo e-mail

[email protected]

Definidos novos pisos salariaisfoi de R$ 4.068,00, válido para umajornada de trabalho de seis horas di-árias. Esse valor é o previsto pela Lei4.950-A/66, que fixa a remuneraçãomínima dos trabalhadores da áreaquímica e de outras categorias quetenham formação universitária e queforam contratados como tal.

Cláusulas sociais

Além das cláusulas econômicas,o sindicato procurou manter emseus acordos cláusulas que rever-tam em benefícios aos trabalhado-res, como salário de substituição,abono-falta para estudantes, parti-cipação nos lucros, adicional detransferência, tempo de serviço, tra-balho noturno, periculosidade/insa-lubridade e outros.

A íntegra dos acordos está dis-ponível no site do Sinquisp, emwww.sinquisp.org.br.

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Informativo CRQ-IV Jul/Ago 201310

A edição 2013 da Olimpíada deQuímica de São Paulo (OQSP) teve osseus vencedores anunciados no dia 08de junho, em evento que teve a presen-ça do presidente do CRQ-IV, Manliode Augustinis. Promovida pela seçãopaulista da Associação Brasileira deQuímica (ABQ-SP), a OQSP tem oConselho como um de seus apoiadores.Neste ano, o tema das redações que con-correram aos prêmios foi “Química:mais cor em nossas vidas”.

Guilherme Renato Martins Unzer,aluno do 3º ano do Ensino Médio doColégio Etapa, da capital paulista, eAline Bruno Figueiredo, estudante do2º ano do Colégio SEB - COC Lafaiete,de Ribeirão Preto, foram vencedores emsuas categorias. Ambos e mais 48 estu-dantes obtiveram classificação para dis-putar a Olimpíada Brasileira de Quími-ca (OBQ) deste ano.

Foram concedidas 50 medalhas e R$6 mil em prêmios. Seis medalhas deouro foram conquistadas por estudan-tes do 3º ano do Ensino Médio. Alémde Guilherme Unzer, que também ga-nhou o Prêmio Talentos oferecido pela

Braskem, no valor de R$ 3 mil, ganha-ram ouro e prêmios em dinheiro os alu-nos do 3º ano Giancarlo Ferrigno Alves,Colégio Bandeirantes, de São Paulo (R$800), e Luis Fernando Valle, ColégioMater Amabilis, de Guarulhos (R$ 400).Para alunos do 2º ano, além de AlineBruno Figueiredo, que ganhou o PrêmioProfessor Geraldo Vicentini e R$ 1 mil,ganharam medalha de ouro e prêmiosem dinheiro Kevin Eiji Iwashita, Colé-gio Etapa, de São Paulo (R$ 500) e ChanSong Moon, da unidade de Valinhos damesma instituição (R$ 300).

De acordo com o coordenador daOQSP, Ivano Gebhardt Rolf Gutz, pro-fessor do Instituto de Química da Uni-versidade de São Paulo (IQ-USP), “aOlimpíada tem alcançado reconheci-mento crescente como catalisadora dointeresse dos jovens pela química, fa-vorecendo a atração de talentos paracursos e carreiras em química e áreascorrelatas”.

O tema visou, segundo Gutz, reme-ter os alunos à observação, estudo, ex-perimentação e discussão sobre a ori-gem das cores e a presença de corantes

e pigmentos em tintas, plásticos, têx-teis, cosméticos, alimentos, vidros, im-pressos, fotografias, pinturas artísticas,entre outros materiais. “Na divulgação,exemplificamos que a participação daquímica é crucial, também, nos dispo-sitivos emissores de luz e na reprodu-ção de imagens coloridas, fixas ou emmovimento, nas telas de celulares, te-levisores e monitores (plasma, cristallíquido, LED, OLED), assim como nadetecção de cores pelas câmeras”, citao professor.

Gutz afirma que a OQSP é a únicadas olimpíadas de química estaduais aincluir a elaboração de redação entreas vias de classificação para a fase fi-nal. “Os professores consideram istoum incentivo à participação de estudan-tes, que não se disporiam a enfrentaruma prova seletiva, mas se interessamem estudar o tema e colaborar em umgrupo que tenha ao menos um compo-nente disposto a seguir para o examefinal”, salienta.

Além do portal AllChemy (http://allchemy.iq.usp.br), também coordena-do pelo professor Gutz, a divulgaçãoda Olimpíada é feita por meio de 9 milcartazes e folders enviados para maisde 3 mil escolas públicas e privadas,material impresso por meio do apoioconcedido pelo CRQ-IV.

Para o coordenador, o apoio da di-reção do IQ-USP e da sua Comissão

ESTUDANTES

Olimpíada de Químicaanuncia vencedores

Apoiada pelo CRQ-IV, competição define time para a OBQ

Conselho ajudou na produção dos cartazes

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Informativo CRQ-IVJul/Ago 2013 11

de Cultura e Extensão “tem sido es-sencial e se soma ao da Fuvest e ao daAcademia de Ciências do Estado deSão Paulo. Além do CRQ-IV, merecem

destaque na lista de apoiadores aAbiclor, que contribui desde 2001,seguida pela Universidade Presbi-teriana Mackenzie, presente desde2003. Alguns patrocinadores partici-param ocasionalmente, em função dotema anual, enquanto outros poderãocontinuar, como a Basf e a Braskem e,desde o Ano Internacional da Quími-ca (2011), também a Dow”.

O número de participantes na pri-meira fase da OQSP vem crescendodesde 1997. Atualmente, a média estáem cerca de 6 mil alunos (autores ecoautores, já que são permitidos traba-lhos em grupo), que elaboram em tor-no de 3,5 mil redações sobre o temaanual. A primeira seleção é feita pelasescolas de origem dos inscritos, queescolhem as melhores e as encaminhampara a organização da OQSP.

HOMENAGEM – O Prêmio ProfessorGeraldo Vicentini é uma homenagemao ex-vice-presidente do CRQ-IV. Ti-tular do IQ-USP, ficou conhecidomundialmente por seus trabalhos comTerras-Raras, tendo sido escolhidopresidente do Rare Earths 2001, even-to internacional ocorrido no Brasil emsetembro de 2001. Faleceu em 2003,aos 74 anos.

A 9ª edição dos Prêmios SantanderUniversidades estará com inscriçõesabertas até o dia 17 de setembro. Divi-didos nas modalidades Ciência e Ino-vação, Empreendedorismo, Universi-dade Solidária e Guia do Estudante, ainiciativa proporcionará um total de R$2 milhões aos melhores trabalhos, alémde bolsas de estudos.

O prêmio Ciência e Inovação bus-ca estimular a produção da pesquisacientífica de caráter inovador em proldo progresso da sociedade. Os dozefinalistas da competição, direcionadaa pesquisadores doutores que atuamcomo docentes em instituições de en-sino superior reconhecidas pelo Mi-nistério da Educação e parceiras doSantander Universidades, receberãouma bolsa de estudos internacionalequivalente a 5 mil euros.

O prêmio Empreendedorismo évoltado a alunos de graduação e pós-graduação e se destina a apoiar e re-conhecer a criação e o desenvolvi-mento de projetos de estudantes comperfil e postura empreendedora. To-dos os inscritos poderão fazer umcurso on-line de empreendedorismo,com certificação do Babson College,dos Estados Unidos.

Já na modalidade Universidade So-lidária serão contemplados oito proje-tos de professores e alunos que tenhaminteresse ou já realizam projetos soci-ais de desenvolvimento sustentávelcom ênfase em geração de renda.

Criado pela Editora Abril, o Prê-mio Guia do Estudante visa reconhe-cer ações e projetos de excelência nasáreas de uso de recursos tecnológicos,autoavaliação institucional, parceriacom o setor privado e investimentosem setores estratégicos.

Acesse http://bit.ly/13hc2rB paraobter mais informações.

Prêmios Santanderdistribuirão R$ 2 milhões

O presidente Manlio de Augustinis fez a entrega do Prêmio Geraldo Vicentini a Aline Bruno Figueiredo

Alex SilvaESTUDANTES

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Informativo CRQ-IV Jul/Ago 201312

O Informativo sorteará dois exemplares da coleção Físico-Química (Volu-mes I e II), de David W. Ball. Editado no Brasil pela Cengae Learning, a obramostra os principais tópicos da área, enfatizando as ferramentas matemáticas ape-nas quando necessário. Tal estrutura reflete a preocupação do autor em facilitar acompreensão por quem está tomando contato inicial com o assunto. Cada volumecusta R$ 121,90, havendo um desconto de 20% para leitores do Informativo.Acesse http://loja.cengage.com.br e insira o código 044058DD-C073-4F80-9EC6-0766478C2D21 quando for finalizar a compra.

Também serão sorteados dois exemplares do livro Produção de aguardentede cana. Organizado pela professora Maria das Graças Cardoso, da Universida-de Federal de Lavras (MG), o livro aborda o plantio, padrões de qualidade e acomercialização da bebida. Custa R$ 55,00 e pode ser comprado no sitewww.livraria.editora.ufla.br.

Os sorteios ocorrerão no dia 10/09. Para participar, envie e-mail [email protected], informando seu nome, endereço completo, CPF e tele-fone. No campo assunto, escreva “Sorteio” e o nome do livro desejado. Mandemensagens separadas se tiver interesse nos dois títulos. O resultado do sorteiosserá publicado no site do Conselho.

Voltado aos profissionais respon-sáveis pelo controle e gestão de dadosde efluentes líquidos, emissões atmos-féricas e resíduos sólidos, referente àdeclaração anual do Relatório de Ati-vidades Potencialmente Poluidoras(RAPP), o curso sobre Registro deEmissão e Transferência de Poluentes(RETP) vem sendo ministrado desdejunho pela consultoria Intertox na mo-dalidade EaD (Ensino a Distância).

As inscrições são gratuitas, porémrestritas a profissionais envolvidoscom a elaboração do RAPP, preferen-cialmente representantes de ativida-des potencialmente poluidoras enqua-dradas como de grande porte nos cri-térios do Ibama. Para se inscrever,acesse http://ead.retp.com.br.

O curso é dividido em três módu-los: o primeiro e o segundo duramuma semana cada um e o terceiroduas semanas, totalizando um mêsde curso por turma.

Apesar de não ser obrigatório, aprocura pelo treinamento tem sidoboa, diz Marcus da Matta, da Intertox.Segundo ele, oito turmas com até 200participantes cada deverão fazer ocurso até o final do ano.

LITERATURA MEIO AMBIENTE

Sorteio de livros Empresa oferececurso gratuitosobre RETP

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Informativo CRQ-IVJul/Ago 2013 13

Como visto na parte I desse artigo(edição anterior do Informativo) a fer-ramenta denominada de “Avaliação deCiclo de Vida (ACV)” necessita de gran-de número de dados sobre os insumos,recursos e materiais utilizados em umsistema de produto para elaboração deum Inventário de Ciclo de Vida (ICV).

Após a coleta das informações paraelaboração do ICV, entra-se na etapa deavaliação de impacto conforme asequência metodológica definida emnorma, cuja finalidade é entender asignificância ambiental dos valoreslistados no inventário, associados àsetapas de extração de obtenção deinsumos, às emissões emitidas noprocessamento desses insumos e na pre-paração do produto analisado. Essesvalores refletem a contribuição válidapara as condições assumidas no mode-lo proposto e seus respectivos impac-tos causados nas áreas de proteção ounas entidades que desejamos proteger.

No caso de ACV, essas áreas foramidentificadas como: saúde humana,meio ambiente natural, recursos natu-rais e o meio ambiente antrópico. A fi-gura 1 representa um modelamento deimpacto e dano desse mecanismo, quepode ser analisada sob mais de um as-pecto ambiental ou identificar apenasuma categoria de dano.

O acúmulo de gases de efeito estu-fa (GEE) na atmosfera provoca um au-mento de absorção da radiação infra-vermelho, causando maior retenção docalor contido na atmosfera que resultaem um aumento médio da temperaturado planeta. Uma das consequências é aexpansão térmica da água do mar e au-mento de precipitações intensas que

refletem nos compartimentos denomi-nados solo e mar. A expansão térmicapode causar mudanças regionais decor-rentes do aumento do nível médio domar, com consequentes danos às cate-gorias denominadas de zonas costeirase manguezais inseridos na área de pro-teção Meio Ambiente Natural. Ao afe-tar uma área de proteção em maior grau,as mudanças ambientais podem afetarglobalmente outras categorias e, comoconsequência, atingir outra área de pro-teção, como a Saúde Humana.

Como indicado na figura 1, além dacategoria de impacto que afeta o aque-cimento global, inserida na área de pro-teção Meio Ambiente Natural, a con-centração de CO2 na atmosfera podealterar outras categorias, como abiodiversidade e os recursos naturais,impactando outras áreas de proteção.

Na figura 1 podemos identificar arepresentação esquemática do mecanis-mo ambiental. Definimos como sendo“indicador de impacto intermediário(Mid Point)” os impactos que ocorrementre a emissão e o “indicador de im-pacto final (End Point)”.

CATEGORIAS DE IMPACTO

A partir de um ICV é possível elabo-rar diversos cenários e fazer uma avali-ação comparativa para tomada de deci-são. Dependendo do método adotado, épossível uma comparação entre diversascategorias de impacto separadamente oua comparação da soma de todas, o queresulta num indicador único.

Existem diversas categorias de im-pactos que possuem metodologia cien-tífica desenvolvida com algum consen-

so entre os diversos grupos de pesqui-sa e que devem ser escolhidas em fun-ção do objetivo do estudo e do métodoadotado. Veja alguns exemplos:

Recursos bióticos e abióticos – Exis-te uma grande variedade de métodospara caracterizar sua contribuição. Ba-sicamente, são métodos que relacionamrecursos disponíveis ou reservas versustaxas de extração e os métodos basea-dos na produção entrópica ou consu-mo exergético.

Uso da terra – Impacto pelo uso da ter-ra é um fluxo elementar que influenciatodas as áreas de proteção identificadaspela ACV. A ocupação e a transforma-ção da terra que está envolvida na agri-cultura, reflorestamento, mineração etransportes podem ter impactos signifi-cativos em todas as áreas.

Diversos métodos têm sido sugeri-dos na literatura de como incluir o im-pacto pelo uso da terra, dentre os quaistemos o potencial da perda de produ-ção biótica, a perda da qualidade dosolo e a perda da biodiversidade.

Uso da água – Devido à importânciaque esse recurso possui para a saúdehumana e para os processos industri-ais, as análises deverão se preocuparcom o consumo descontrolado da águae os impactos ambientais que isso po-derá provocar, como a redução dos re-cursos hídricos, perda de biodiver-sidade, toxicidade humana e ecoto-xicidade. Pesquisa recente da CarbonDisclosure Project indicou que 59% dasempresas ouvidas consideram que aescassez de água é um “risco em curto

por Laércio Kutianski Romeiro Parte II

ARTIGO

ACV: ferramenta ambientalpara decisões corporativas

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Informativo CRQ-IV Jul/Ago 201314

prazo” para as operações diretas ou nacadeia de fornecedores e que 79% in-dicaram que esse risco pode ocorrer emmenos de cinco anos.

Mudança climática – O crescimentopopulacional nas últimas décadas ace-lerou o processo de consumo de recur-sos naturais e a emissão de resíduoscresceu a ponto de o planeta Terra nãoter tempo de regeneração.

As emissões de GEEs estão acumu-lando na atmosfera e o cenário globalde extração de recursos naturais podecrescer ainda mais até 2030 se compa-rado com o atual, refletindo nessa cate-goria de impacto que pode se tornar umgrande impeditivo da sustentabilidade.A categoria Mudança Climática setornou importante para os tomadores dedecisão, pois indica a quantidade totalde GEEs emitidos diretamente e indi-retamente por uma atividade ou acumu-lados pelos estágios de fabricação deum produto, isto é, ao longo de seu ci-clo de vida. Inclui-se aqui atividades deindivíduos, populações, companhias,organizações, processos, setores indus-triais etc. Em todos esses casos, as emis-sões diretas (internas, no âmbito da

empresa) e indiretas (externas, incor-poradas, a montante e a jusante de cadafase) devem ser contabilizadas.

Apesar de o termo utilizado ser “pe-gada”, a unidade de medida não é emtermos de área. A quantidade total deGEE é medida em unidades mássicas(kg, t etc.) e quando apenas o CO

2 está

incluído, a unidade é kg de CO2. Se hou-

ver outros GEEs incluídos, a unidade ékg de CO

2

eq que corresponde à massa

de CO2 equivalente. Há seis tipos de

GEEs identificados pelo Protocolo deKyoto e que estão incluídos nessa avali-ação: CO

2, CH

4, N

2O, HFC, PFC e SF

6.

Importante observar que na últimadécada diversos métodos de avaliaçãode GEEs foram desenvolvidos para de-terminar a pegada corporativa e de pro-dutos. Outros métodos foram criados eestão sendo preparados, mas todos indi-cam a necessidade de coletar dados uti-lizando o princípio do life cycle thinking,sendo que muitos indicam como refe-rência normativa a ISO 14040:2006.

INCERTEZAS E LIMITAÇÕES

Conforme mencionado no iníciodeste artigo, a ACV é uma ferramentapara tomada de decisão e precisa de

Figura 1Representaçãoesquemática de ummecanismo ambientalsubjacente aomodelamento de impactoe dano no AICV.(Adaptado pelo autor dareferência Hauschild andPotting, 2005).

O autor é Químico Industrial,membro da Comissão de MeioAmbiente do CRQ-IV e um dos

fundadores da ABCV. Veja a íntegrado artigo e as referências

bibliográficas na versão on-linedeste número. A última parte desteestudo será publicada em edição

futura deste periódico.Contatos com o autor:

[email protected].

outros métodos e instrumentos comple-mentares dependendo de cada situaçãoespecífica. A ACV indica as pressõesque atuam na vertente ambiental (ex.:emissões para a natureza e o uso/extra-ção de recursos naturais) e não inclui oefeito direto do uso dos produtos nasaúde humana, tais como os cosméti-cos, alimentos e medicamentos. Damesma forma, a ACV não engloba osefeitos causados por acidentes, masapenas o efeito da produção e uso re-gular dos produtos.

Apesar de a ACV ser uma ferramen-ta importante para avaliação de aspec-tos ambientais, é necessário conheceraté onde os resultados e conclusões deum estudo de ACV se aplicam.

ARTIGO

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Informativo CRQ-IVJul/Ago 2013 15

As cidades de Araraquara (21/09) ePiracicaba (26/10) serão as próximas areceberem minicursos. “Aplicação dasferramentas da qualidade” será o temaem Araraquara, enquanto os profissio-nais de Piracicaba e região terão a opor-tunidade de estudar o “Gerenciamentode passivos ambientais”. Também fo-ram agendadas novas apresentaçõespara São Paulo (28/09 – “ManutençãoProdutiva Total aplicada às IndústriasQuímicas”) e Campinas (19/10 - “Ges-tão estratégica de produção com ênfa-se em lean manufacturing”). A primei-ra apresentação desse treinamento ocor-reu em São Paulo. Como o interessepelo curso surpreendeu, foi agendadauma nova apresentação também paraatender o pessoal do Interior.

A edição 2013 do Programa Mini-cursos CRQ-IV já promoveu dez treina-mentos, sendo quatro na Capital e seis

no Interior (Bauru, São José do Rio Pre-to, São José dos Campos, Campinas,Santos e Ribeirão Preto). Em seu oitavoano consecutivo, o programa prevê aoferta de cursos gratuitos focando diver-sos ramos da química. Além dos con-teúdos, que incluem a aplicação de di-nâmicas e exercícios para melhor fixa-ção das técnicas ensinadas, os partici-pantes recebem material didático e re-feições. Podem participar do programaprofissionais em situação regular noConselho e estudantes cadastrados.

A iniciativa, que sempre contou como patrocínio da Caixa Econômica Fe-deral, passou a receber este ano apoiofinanceiro do Sindicato dos Químicos,Químicos Industriais e EngenheirosQuímicos de São Paulo (Sinquisp).

Já noticiada na edição anterior doInformativo, o primeiro treinamentodeste ano, sobre corantes, ocorreu em

25 de maio, na cidade de Bauru.O Químico Industrial Sérgio Anto-

nio Gonçalves, especialista em análisede risco, emergências químicas e segu-rança industrial, foi o palestrante do cur-so de São José do Rio Preto, realizadono dia 08 de junho. Aluna daquele even-to, a Bacharela em Química GiovanaGavioli Graciano, 28 anos, destacou que“a interação do instrutor com os partici-pantes foi fundamental para o entendi-mento e o esclarecimento de várias dú-vidas”. Ela também avaliou que ao man-ter o programa de minicursos “o Conse-lho demonstra se importar com acapacitação dos profissionais. Todos sesentem valorizados e satisfeitos por teracesso a conhecimentos essenciais”.

Oferecer uma visão geral dos requi-sitos da Norma NBR ISO 14001:2004,base para implementação de um Siste-ma de Gestão Ambiental, foi a propos-

MINICURSOS

Programa chegará amais duas cidades

Araraquara e Piracicaba terão cursos em setembro eoutubro. Confirmados novos eventos para Campinas e SP

O instrutor Fabrício Farinassi dá orientações sobre dinâmica proposta em Ribeirão Preto

Fotos: CRQ-IV

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Informativo CRQ-IV Jul/Ago 201316

ta do minicurso apresentado pelo En-genheiro Químico Carlos RobertoBernardo no dia 15 de junho, em SãoJosé dos Campos. O Técnico emMonitoramento e estudante de Enge-nharia Ambiental Luciano Ricardo daSilveira, de 36 anos, contou que procu-rava há muito tempo um curso sobre oassunto e verificou que um treinamen-to como o proporcionado pelo CRQ-IV não saía por menos de R$ 800,00.“Se colocarmos nessa conta as despe-sas com locomoção e alimentação, ovalor seria bem maior”, contabilizou.

DISTÂNCIA – Já é uma tradição dosminicursos receberem profissionais quepercorrem grandes trajetos para partici-par. Um dos casos que mais chamou aatenção até agora foi o de ArianeMaziero Santos, de 29 anos. Licenciada

em Química, ela faz mestrado na Unespde Ilha Solteira e se deslocou até San-tos, onde no dia 13 de julho ocorreu ominicurso sobre análise instrumental –ministrado pela doutora em QuímicaAnalítica Thais Vitória da Silva Reis –percorrendo para isso 750 quilômetros.A profissional disse ter se interessadopelo treinamento por estar relacionadocom sua pós-graduação, desenvolvida naárea da Química dos Materiais.

O interior paulista havia sediadodois outros encontros: “Política Naci-onal de Resíduos Sólidos” (29/06), emCampinas; e “Biotecnologia aplicada aprocessos industriais” (20/07), em Ri-beirão Preto.

Já na sede do CRQ-IV, em São Pau-lo, foram feitos quatro minicursos. Em19 de julho, a Engenheira QuímicaTamara Gers Dimitrov falou sobre as-

suntos regulatórios para registro de cos-méticos e saneantes domissanitários.Apesar de o curso ter sido muito elogi-ado, vários participantes pediram que,em futuras edições, seja promovido umcurso para cada segmento, reivindica-ção que está em análise. No dia seguintefoi a vez do Bacharel em Química Cás-sio Giovanni abordar o gerenciamentode resíduos químicos em serviços desaúde. A adoção da chamada “manufa-tura enxuta” como ferramenta paragerenciar a produção foi o assunto apre-sentado pela Bacharela em QuímicaGiovana Povia Girotto, no dia 27 da-quele mês, e que será reapresentado, emoutubro, na cidade de Campinas. Final-mente, nos dias 09 e 10 de agosto, ocor-reu o minicurso cujas vagas foram pre-enchidas poucas horas após as inscri-ções terem sido abertas: “Polímerostermoplásticos, termofixos e elastô-meros: características e ensaios de la-boratório”, apresentado pelo QuímicoIndustrial Odair José Morassi.

Para agosto estavam agendadosminicursos paras as cidades de Sorocaba(dia 17 - “Gerenciamento de resíduossólidos – da geração à destinação”) eSantos (dia 24 – “Desafios e oportuni-dades para os químicos no pré-sal”).

O CRQ-IV continuará buscandoviabilizar a inclusão de mais minicursospara este ano. Para acompanhar as no-vidades, acesse periodicamente o sitewww.crq4.org.br.

Ariane: 750 km de Ilha Solteira até Santos

Silveira participou do minicurso sobre ISO 14001

MINICURSOS