artigo 7º da cf 1988

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Favor pesquisarem o artigo 7º da CF/88 e todos seus incisos, dissertando a respeito dos direitos trabalhistas esculpidos na Carta Magna de 1988. A pesquisa visa buscar o entendimento doutrinário contido nos incisos, sobre o direito do trabalho conquistado. Fonte das Informações: http://www.stf.jus.br/portal/constituicao/constituicao.asp  Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: "Ao trabalhador rural não se aplicam, por analogia, os benefícios previstos na Lei 6.367, de 19-10-1976." (Súmula 612.) "Músico integrante de orquestra da empresa, com atuação permanente e vínculo de subordinação, está sujeito a legislação geral do trabalho, e não à especial dos artistas." (Súmula 312.) "Ainda que exerça atividade rural, o empregado de empresa industrial ou comercial é classificado de acordo com a categoria do empregador." (Súmula 196.) “(...) deve-se mencionar que o rol de garantias do art. 7º da Constituição não exaure a proteção aos direitos sociais.” ( ADI 639, voto do Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 2-6-2005, Plenário, DJ de 21-10-2005.) "A propósito das questões mais genéricas, suscitadas na inicial, penso que não devem merecer acolhida pelo menos nesta sede de juízo provisório, a saber: quanto à proibição do chamado retrocesso social, dada a delicadeza da tese, que implicaria, na prática, a constitucionalização, e até a petrificação, das condições de expectativa de aquisição dos benefícios previdenciários, impedindo a sua revisão por lei ordinária, elaborada nos limites da Constituição." (ADI 1.664-MC, voto do Rel. Min. Octavio Gallotti, julgamento em 13-11-1997, Plenário, DJ de 19-12-1997.) I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos; "No cálculo da indenização por despedida injusta, inclui-se, quando devido, o repouso semanal remunerado." (Súmula 462"No cálculo da indenização por despedida injusta, incluem-se os adicionais, ou gratificações, que, pela habitualidade, se tenham incorporado ao salário." (Súmula 459"Não é absoluto o valor probatório das anotações da carteira profissional." (Súmula 225“Ao determinar o pagamento de indenização adicional equivalente a cinquenta por cento (50%) da última remuneração recebida pelo trabalhador, na ocorrência de dispensa sem  justa causa durante o período de vigência da Unidade Real de Valor (URV), o art. 31 da

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Favor pesquisarem o artigo 7º da CF/88 e todos seus incisos, dissertando a respeito dosdireitos trabalhistas esculpidos na Carta Magna de 1988. A pesquisa visa buscar oentendimento doutrinário contido nos incisos, sobre o direito do trabalho conquistado.

Fonte das Informações:

http://www.stf.jus.br/portal/constituicao/constituicao.asp  

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros quevisem à melhoria de sua condição social:

"Ao trabalhador rural não se aplicam, por analogia, os benefícios previstos na Lei 6.367,de 19-10-1976." (Súmula 612.)

"Músico integrante de orquestra da empresa, com atuação permanente e vínculo de

subordinação, está sujeito a legislação geral do trabalho, e não à especial dos artistas."(Súmula 312.)

"Ainda que exerça atividade rural, o empregado de empresa industrial ou comercial éclassificado de acordo com a categoria do empregador." (Súmula 196.)

“(...) deve-se mencionar que o rol de garantias do art. 7º da Constituição não exaure aproteção aos direitos sociais.” (ADI 639, voto do Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamentoem 2-6-2005, Plenário, DJ de 21-10-2005.)

"A propósito das questões mais genéricas, suscitadas na inicial, penso que não devemmerecer acolhida pelo menos nesta sede de juízo provisório, a saber: quanto à proibiçãodo chamado retrocesso social, dada a delicadeza da tese, que implicaria, na prática, aconstitucionalização, e até a petrificação, das condições de expectativa de aquisição dosbenefícios previdenciários, impedindo a sua revisão por lei ordinária, elaborada noslimites da Constituição." (ADI 1.664-MC, voto do Rel. Min. Octavio Gallotti, julgamentoem 13-11-1997, Plenário, DJ de 19-12-1997.)

I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nostermos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outrosdireitos;

"No cálculo da indenização por despedida injusta, inclui-se, quando devido, o repousosemanal remunerado." (Súmula 462) 

"No cálculo da indenização por despedida injusta, incluem-se os adicionais, ougratificações, que, pela habitualidade, se tenham incorporado ao salário." (Súmula 459) 

"Não é absoluto o valor probatório das anotações da carteira profissional." (Súmula 225) 

“Ao determinar o pagamento de indenização adicional equivalente a cinquenta por cento

(50%) da última remuneração recebida pelo trabalhador, na ocorrência de dispensa sem justa causa durante o período de vigência da Unidade Real de Valor (URV), o art. 31 da

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Lei 8.880/1994 veicula preocupação legítima e necessária do Estado com a preservaçãodo nível de emprego, existente apenas durante o período de transição monetária(implantação do denominado Plano Real). O diploma normativo, no qual consta odispositivo questionado, configurou medida legislativa emergencial do Estado em buscado atendimento de interesse social maior, geral e abstrato, para evitar resultados maisdesastrosos ou mesmo o completo descontrole da ordem econômica pela Administração

Pública. Norma de ajustamento do sistema monetário, inserida num contextomacroeconômico de combate à inflação, sem conotação com a proteção da relação deemprego exigida pelo inciso I do art. 7º da Constituição da República, a qual configurasituação de permanência. Matéria de competência legislativa privativa da União que nãoestá reservada à lei complementar (art. 22, VI, da Constituição da República).” (RE264.434, Rel. p/ o ac. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 17-11-2010, Plenário, DJE de12-5-2011.)

"Com efeito, nos termos do art. 22, I, da CF, compete privativamente à União legislarsobre direito do trabalho, não estando ela obrigada a utilizar-se de lei complementarpara disciplinar a matéria, que somente é exigida, nos termos do art. 7º, I, da mesma

Carta, para regrar a dispensa imotivada. Esse tema, porém, definitivamente, nãoconstitui objeto da Lei 11.101/2005. Não é difícil constatar, a meu ver, que o escopo doreferido diploma normativo restringe-se a estabelecer normas para a recuperação  judicial e a falência das empresas, além de proteger os direitos de seus credores.Mesmo que se considere que a eventual recuperação ou falência da certa empresa ou,ainda, a venda de seus ativos acarrete, como resultado indireto, a extinção de contratosde trabalho, tal efeito subsidiário nada tem a ver com a „despedida arbitrária ou sem justa causa‟, que decorre sempre de ato volitivo e unilateral do empregador. É bem dever que os contratos de trabalho não se rompem necessariamente nessas hipóteses,nem mesmo na circunstância extrema da falência, verificando-se, inclusive, que o art.117 da lei em comento prevê que os contratos bilaterais, dos quais a relação deemprego constitui exemplo, não se resolvem de forma automática, visto que podem sercumpridos pelo administrador judicial em proveito da massa falida. O rompimento do

vínculo empregatício, naquelas hipóteses, resulta da situação excepcional pela qualpassa a empresa, ou seja, por razões de força maior, cujas consequências jurídicas são,de há muito, reguladas por norma ordinária, a exemplo do art. 1.058 do antigo CódigoCivil, e do art. 393 do novo Codex , bem assim dos arts. 501 a 504 da CLT. Convémregistrar que, a rigor, um dos principais objetivos da Lei 11.101/2005 consiste  justamente em preservar o maior número possível de empregos nas adversidadesenfrentadas pelas empresas, evitando ao máximo as dispensas imotivadas, de cujosefeitos os trabalhadores estarão protegidos, nos termos do art. 10, II, do ADCT, deaplicabilidade imediata, segundo entende esta corte, enquanto não sobrevier leicomplementar disciplinadora. Não prospera, assim, o argumento de que os dispositivosimpugnados regulam „ato jurídico que gera a extinção automática do contrato detrabalho‟ (...), mesmo porque, como nota Jorge Luiz Souto Maior, a dispensa coletiva deempregados não figura, no art. 50 da lei 11.101/2005, como um dos meios de

recuperação judicial da empresa." (ADI 3.934, voto do Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 27-5-2009, Plenário,DJE de 6-11-2009.)

"Orientação Jurisprudencial 177 do TST. Conteúdo constitucional. Violação ao art. 7º, I,da Constituição da República. Agravo regimental não provido. Viola a garantiaconstitucional contra a despedida arbitrária a decisão que utiliza como fundamento ostermos da Orientação Jurisprudencial 177 do TST.” (AI 475.672-AgR, Rel. Min. CezarPeluso, julgamento em 18-9-2007, Segunda Turma, DJ de 11-10-2007.)

"Ação direta de inconstitucionalidade. Artigo 3º da MP 1.596-14/1997, convertida naLei 9.528/1997, que adicionou ao art. 453 da CLT um segundo parágrafo para extinguiro vínculo empregatício quando da concessão da aposentadoria espontânea.

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Procedência da ação. (...) Os valores sociais do trabalho constituem: a) fundamento daRepública Federativa do Brasil (inciso IV do art. 1º da CF); b) alicerce da OrdemEconômica, que tem por finalidade assegurar a todos existência digna, conforme osditames da justiça social, e, por um dos seus princípios, a busca do pleno emprego (art.170, caput, VIII); c) base de toda a Ordem Social (art. 193). Esse arcabouçoprincipiológico, densificado em regras como a do inciso I do art. 7º da Magna Carta e as

do art. 10 do ADCT/1988, desvela um mandamento constitucional que perpassa todarelação de emprego, no sentido de sua desejada continuidade. A Constituição Federalversa a aposentadoria como um benefício que se dá mediante o exercício regular de umdireito. E o certo é que o regular exercício de um direito não é de colocar o seu titularnuma situação jurídico-passiva de efeitos ainda mais drásticos do que aqueles queresultariam do cometimento de uma falta grave (sabido que, nesse caso, a ruptura dovínculo empregatício não opera automaticamente). O direito à aposentadoriaprevidenciária, uma vez objetivamente constituído, se dá no âmago de uma relação  jurídica entre o segurado do Sistema Geral de Previdência e o Instituto Nacional deSeguro Social. Às expensas, portanto, de um sistema atuarial-financeiro que é geridopor esse Instituto mesmo, e não às custas desse ou daquele empregador. OOrdenamento Constitucional não autoriza o legislador ordinário a criar modalidade derompimento automático do vínculo de emprego, em desfavor do trabalhador, na situação

em que este apenas exercita o seu direito de aposentadoria espontânea, sem cometerdeslize algum. A mera concessão da aposentadoria voluntária ao trabalhador não tempor efeito extinguir, instantânea e automaticamente, o seu vínculo de emprego.Inconstitucionalidade do § 2º do art. 453 da CLT, introduzido pela Lei 9.528/1997." (ADI1.721, Rel. Min. Ayres Britto, julgamento em 11-10-2006, Plenário,DJ de 29-6-2007.) Nomesmo sentido: AI 756.861-ED, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 1º-2-2011,Primeira Turma, DJE de 4-3-2011; AI 524.281-AgR-ED, Rel. Min. Marco Aurélio, julgamento em 2-9-2008, Primeira Turma, DJE de 20-2-2009; AI 565.894-AgR, Rel. Min.Sepúlveda Pertence, julgamento em 30-5-2006, Primeira Turma, DJ de 10-11-2006.

"Reclamação: alegação de desrespeito dos julgados do Supremo Tribunal na ADI 1.770-

4, Min. Moreira Alves, DJ de 6-11-1998 e ADI 1.721-3, Min. Galvão, DJ de 11-4-2003, improcedência. A decisão reclamada, com base na OJ 177, da SDI-1, do TST,aplicou o caput do art. 453 da CLT, para considerar extinto o contrato de trabalho pelaaposentadoria espontânea. As decisões das ações diretas invocadas não cuidaramdo caput do art. 453 da CLT, não impugnado. Não há desrespeito à decisão vinculantedo Supremo Tribunal se o paradigma normativo invalidado é diverso do dispositivo legalaplicado ao caso pela autoridade reclamada. Precedentes." (Rcl 3.940-AgR, Rel. Min.Sepúlveda Pertence, julgamento em 23-2-2006, Plenário, DJ de 24-3-2006.) No mesmosentido: Rcl 4.129-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 3-6-2009,Plenário, DJE de 7-8-2009.

"Previdência social: aposentadoria espontânea não implica, por si só, extinção docontrato de trabalho. Despedida arbitrária ou sem justa causa (CF, art. 7º, I): viola agarantia constitucional o acórdão que, partindo de premissa derivada de interpretaçãoconferida ao art. 453, caput , da CLT (redação alterada pela Lei 6.204/1975), decide quea aposentadoria espontânea extingue o contrato de trabalho, mesmo quando oempregado continua a trabalhar na empresa após a concessão do benefícioprevidenciário. A aposentadoria espontânea pode ou não ser acompanhada doafastamento do empregado de seu trabalho: só há readmissão quando o trabalhadoraposentado tiver encerrado a relação de trabalho e posteriormente iniciado outra; casohaja continuidade do trabalho, mesmo após a aposentadoria espontânea, não se podefalar em extinção do contrato de trabalho e, portanto, em readmissão." (RE 449.420, Rel.Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 16-8-2005, Primeira Turma, DJ de 14-10-2005.) No mesmo sentido: RE 605.501-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski,

  julgamento em 2-12-2010, Primeira Turma,DJE de 1º-2-2011; RE 487.734-AgR, Rel.Min. Cármen Lúcia, julgamento em 13-10-2009, Primeira Turma, DJE de 13-11-2009; RE

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487.758-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 28-4-2009, SegundaTurma, DJE de 22-5-2009; AI 530.224-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em23-10-2007, Segunda Turma, DJE de 28-3-2008; AI 752.346-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 8-9-2009, Segunda Turma, DJE de 25-9-2009.

"Norma que assegura ao trabalhador a manutenção de contrato de trabalho por dozemeses após a cessão do auxílio-doença, independentemente de percepção de auxílio-acidente. Alegação de ofensa à reserva de lei complementar, prevista no art. 7º, I, daCF, para a disciplina da proteção da relação de emprego contra despedida arbitrária ousem justa causa. Norma que se refere às garantias constitucionais do trabalhador emface de acidentes de trabalho e não guarda pertinência com a proteção da relação deemprego nos termos do art. 7º, I, da Constituição." (ADI 639, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 2-6-2005, Plenário, DJ de 21-10-2005.)

"Estabilidade provisória decorrente da gravidez (CF, art. 7º, I; ADCT, art. 10, II, b ).

Extinção do cargo, assegurando-se à ocupante, que detinha estabilidade provisóriadecorrente da gravidez, as vantagens financeiras pelo período constitucional daestabilidade." (RMS 21.328, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 11-12-2001, Segunda Turma, DJ de 3-5-2002.)

“Não estabeleceu a Constituição de 1988 qualquer exceção expressa que conduzisse àestabilidade permanente, nem é possível admiti-la por interpretação extensiva ou poranalogia, porquanto, como decorre, inequivocamente do inciso I do art. 7º daConstituição, a proteção que ele dá à relação de emprego contra despedida arbitrária ousem justa causa é a indenização compensatória que a lei complementar teránecessariamente que prever, além de outros direitos que venha esta a estabelecer,exceto, evidentemente, o de estabilidade permanente ou plena que daria margem aum bis in idem inadmissível com a indenização compensatória como aliás se vê dadisciplina provisória que encontra nos incisos I e II do art. 10 do ADCT.” (RE 179.193, Rel. p/ o ac. Min. Moreira Alves, julgamento em 18-12-1996, Plenário, DJ de 19-10-2001.)

"A Convenção 158/OIT, além de depender de necessária e ulterior intermediaçãolegislativa para efeito de sua integral aplicabilidade no plano doméstico, configurando,sob tal aspecto, mera proposta de legislação dirigida ao legislador interno, nãoconsagrou, como única consequência derivada da ruptura abusiva ou arbitrária docontrato de trabalho, o dever de os Estados-Partes, como o Brasil, instituírem, em sualegislação nacional, apenas a garantia da reintegração no emprego. Pelo contrário, a

Convenção 158/OIT expressamente permite a cada Estado-Parte (Art. 10), que, emfunção de seu próprio ordenamento positivo interno, opte pela solução normativa que serevelar mais consentânea e compatível com a legislação e a prática nacionais,adotando, em consequência, sempre com estrita observância do estatuto fundamentalde cada País (a Constituição brasileira, no caso), a fórmula da reintegração no empregoe/ou da indenização compensatória. Análise de cada um dos artigos impugnados daConvenção 158/OIT (Arts. 4º a 10)." (ADI 1.480-MC, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 4-9-1997, Plenário, DJ de 18-5-2001.)

II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;

"Art. 2º, IV, a , b e c , da Lei 10.779/2003. Filiação à colônia de pescadores parahabilitação ao seguro-desemprego (...). Viola os princípios constitucionais da liberdade

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de associação (art. 5º, XX) e da liberdade sindical (art. 8º, V), ambos em sua dimensãonegativa, a norma legal que condiciona, ainda que indiretamente, o recebimento dobenefício do seguro-desemprego à filiação do interessado a colônia de pescadores desua região.” (ADI 3.464, Rel. Min. Menezes Direito, julgamento em 29-10-2008,Plenário, DJE de 6-3-2009.)

III - fundo de garantia do tempo de serviço;

"Conta-se a favor de empregado readmitido o tempo de serviço anterior, salvo se houversido despedido por falta grave ou tiver recebido a indenização legal." (Súmula 215) 

“A jurisprudência do STF se firmou no sentido de que o prazo prescricional aplicável àsdemandas alusivas ao pagamento do FGTS é o de trinta anos.” (AI 545.702-AgR, Rel.Min. Ayres Britto, julgamento em 28-9-2010, Segunda Turma, DJE de 26-11-2010.) Nomesmo sentido: AI 468.526-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 29-11-2005,

Segunda Turma, DJ de 12-12-2005. Vide: AI 475.350-ED, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 23-3-2010, Segunda Turma, DJE de 16-4-2010.

"O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), ao contrário do que sucede comas cadernetas de poupança, não tem natureza contratual, mas, sim, estatutária, pordecorrer da Lei e por ela ser disciplinado. Assim, é de aplicar-se a ele a firme jurisprudência desta Corte no sentido de que não há direito adquirido a regime jurídico.Quanto à atualização dos saldos do FGTS relativos aos Planos Verão e Collor I (este noque diz respeito ao mês de abril de 1990), não há questão de direito adquirido a serexaminada, situando-se a matéria exclusivamente no terreno legal infraconstitucional.No tocante, porém, aos Planos Bresser, Collor I (quanto ao mês de maio de 1990) e

Collor II, em que a decisão recorrida se fundou na existência de direito adquirido aosíndices de correção que mandou observar, é de aplicar-se o princípio de que não hádireito adquirido a regime jurídico. Recurso extraordinário conhecido em parte, e nelaprovido, para afastar da condenação as atualizações dos saldos do FGTS no tocanteaos Planos Bresser, Collor I (apenas quanto à atualização no mês de maio de 1990) eCollor II." (RE 226.855, Rel. Min. Moreira Alves, julgamento em 31-8-2000,Plenário, DJ de 13-10-2000). No mesmo sentido: AI 709.962-AgR, Rel. Min. CármenLúcia, julgamento em 9-6-2009, Primeira Turma, DJE de 7-8-2009.

IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suasnecessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação,

saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustesperiódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação paraqualquer fim;

“Os arts. 7º, IV, e 39, § 3º (redação da EC 19/1998), da Constituição, referem -se ao totalda remuneração percebida pelo servidor público.” (Súmula Vinculante 16) 

“O cálculo de gratificações e outras vantagens do servidor público não incide sobre oabono utilizado para se atingir o salário-mínimo.” (Súmula Vinculante 15) 

"Não viola a Constituição o estabelecimento de remuneração inferior ao salário-mínimopara as praças prestadoras de serviço militar inicial.” (Súmula Vinculante 6) 

“Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário-mínimo não pode ser usado comoindexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem

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ser substituído por decisão judicial.” (Súmula Vinculante 4) 

"O regime de manutenção de salário, aplicável ao (IAPM) e ao (IAPETC), exclui aindenização tarifada na lei de acidentes do trabalho, mas não o benefício

previdenciário." (Súmula 465) 

"As gratificações habituais, inclusive a de natal, consideram-se tacitamenteconvencionadas, integrando o salário." (Súmula 207) 

"Tem direito o trabalhador substituto, ou de reserva, ao salário mínimo no dia em quefica à disposição do empregador sem ser aproveitado na função específica; seaproveitado, recebe o salário contratual." (Súmula 204) 

"Não está sujeita à vacância de 60 dias a vigência de novos níveis de salário mínimo."(Súmula 203) 

“Piso salarial dos técnicos em radiologia. Adicional de insalubridade. Vinculação aosalário mínimo. Súmula Vinculante 4. (...) O art. 16 da Lei 7.394/1985 deve serdeclarado ilegítimo, por não recepção, mas os critérios estabelecidos pela referida leidevem continuar sendo aplicados, até que sobrevenha norma que fixe nova base decálculo, seja lei federal, editada pelo Congresso Nacional, sejam convenções ou acordoscoletivos de trabalho, ou, ainda, lei estadual, editada conforme delegação prevista na LC103/2000. Congelamento da base de cálculo em questão, para que seja calculada deacordo com o valor de dois salários mínimos vigentes na data do trânsito em julgadodesta decisão, de modo a desindexar o salário mínimo. Solução que, a um só tempo,repele do ordenamento jurídico lei incompatível com a Constituição atual, não deixe umvácuo legislativo que acabaria por eliminar direitos dos trabalhadores, mas também nãoesvazia o conteúdo da decisão proferida por este STF.” (ADPF 151-MC, Rel. p/ o ac.

Min. Gilmar Mendes, julgamento em 2-2-2011, Plenário, DJE de 6-5-2011.)

“O Supremo assentou o entendimento de que não é possível a vinculação do piso -baseao salário-mínimo, nos termos do disposto na parte final do inciso IV do art. 7º daConstituição do Brasil.” (AI 763.641-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 17-11-2009, Segunda Turma, DJE de 4-12-2009.) No mesmo sentido: RE 258.386-AgR, Rel.Min. Maurício Corrêa, julgamento em 14-8-2001, Segunda Turma, DJE de 5-10-2001.

“Impossibilidade de fixação do piso salarial em múltiplos do salário mínimo.” (AI 467.011-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 15-9-2009, Primeira Turma,DJE de 16-10-

2009.) No mesmo sentido: RE 431.427-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, julgamento em 19-10-2010, Primeira Turma, DJE de 14-3-2011. Vide: RE 409.427-AgR, Rel. Min. CarlosVelloso, julgamento em 16-3-2004, Primeira Turma, DJ de 2-4-2004.

“Longe fica de transgredir a Carta da República pronunciamento judicial que implique asatisfação dos proventos considerado o valor representado pelo salário-mínimo.” (AI482.810-AgR, Rel. Min. Marco Aurélio, julgamento em 30-6-2009, PrimeiraTurma, DJE de 21-8-2009.)

“Após a edição das leis de custeio e benefícios da previdência social, impossível arevisão de benefícios previdenciários vinculada ao salário-mínimo.” (AI 594.561-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 23-6-2009, Primeira Turma, DJE de 14-

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8-2009.)

"(...) não vejo qualquer ofensa à constituição no tocante ao estabelecimento de um limitemáximo de 150 (cento e cinquenta) salários mínimos, para além do qual os créditos

decorrentes da relação de trabalho deixam de ser preferenciais. É que  – diga-se desdelogo  – não há aqui qualquer perda de direitos por parte dos trabalhadores, porquanto,independentemente da categoria em que tais créditos estejam classificados, eles nãodeixam de existir nem se tornam inexigíveis. Quer dizer, os créditos trabalhistas nãodesaparecem pelo simples fato de serem convertidos em quirografários, mas apenasperdem o seu caráter preferencial, não ocorrendo, pois, nesse aspecto, qualquer afrontaao texto constitucional. (...) as disposições da Lei 11.101/2005 abrigam umapreocupação de caráter distributivo, estabelecendo um critério o mais possível equitativono que concerne ao concurso de credores. Em outras palavras, ao fixar um limitemáximo  – bastante razoável, diga-se  – para que os créditos trabalhistas tenham umtratamento preferencial, a Lei 11.101/2005 busca assegurar que essa proteção alcanceo maior número de trabalhadores, ou seja, justamente aqueles que auferem os menoressalários. (...) Insta sublinhar, ainda, que o valor estabelecido na lei não se mostra

arbitrário e muito menos injusto, afigurando-se, ao revés, razoável e proporcional (...)."(ADI 3.934, voto do Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 27-5-2009,Plenário,DJE de 6-11-2009.)

"É inconstitucional a norma de Constituição do Estado-membro que disponha sobrevalor da remuneração de servidores policiais militares." (ADI 3.555, Rel. Min. CezarPeluso, julgamento em 4-3-2009, Plenário, DJE de 8-5-2009.)

“Morte de preso no interior de estabe lecimento prisional. Indenização por danos moraise materiais. Cabimento. Responsabilidade objetiva do Estado (...) pensão fixada.Hipótese excepcional em que se permite a vinculação ao salário-mínimo. Precedentes.”(AI 577.908-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 30-9-2008, SegundaTurma, DJE de 21-11-2008.)

“Pensão. Caráter alimentício. Vinculação ao salário-mínimo. Possibilidade.Precedentes.” (AI 606.151-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 30-9-2008,Plenário, DJE de 21-11-2008.) No mesmo sentido: AI 831.327-AgR, Rel. Min. CármenLúcia, julgamento em 22-2-2011, Primeira Turma, DJE de 24-3-2011.

"Adicional de insalubridade – Base de cálculo – Salário-mínimo. Mesmo em se tratandode adicional de insalubridade, descabe considerar o salário-mínimo como base decálculo  – Verbete Vinculante 4 da Súmula do Supremo. Agravo  – Reforma  – Alcance.Afasta-se a observância do verbete vinculante quando conclusão diversa acarreta oprejuízo do recorrente." (RE 388.658-AgR, Rel. Min. Marco Aurélio, julgamento em 12-8-2008, Primeira Turma, DJE de 26-9-2008.)

“Constitucional. Serviço militar obrigatório. Soldo. Valor inferior ao salário-mínimo.Violação aos arts. 1º, III, 5º, caput , e 7º, IV, da CF. Inocorrência. Recurso extraordináriodesprovido. A Constituição Federal não estendeu aos militares a garantia deremuneração não inferior ao salário-mínimo, como o fez para outras categorias detrabalhadores. O regime a que se submetem os militares não se confunde com aqueleaplicável aos servidores civis, visto que têm direitos, garantias, prerrogativas eimpedimentos próprios. Os cidadãos que prestam serviço militar obrigatório exercem um

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múnus público relacionado com a defesa da soberania da pátria. A obrigação do Estadoquanto aos conscritos limita-se a fornecer-lhes as condições materiais para a adequadaprestação do serviço militar obrigatório nas Forças Armadas.” (RE 570.177, Rel. RicardoLewandowski, julgamento em 30-4-2008, Plenário, DJE de 27-6-2008, com repercussãogeral.) No mesmo sentido: RE 551.453, RE 551.608, RE 551.713, RE 551.778, RE555.897, RE 556.233, RE 556.235, RE 557.542, RE 557.606, RE 557.717, RE 558.279, 

Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 30-4-2008, Plenário, DJE de 27-6-2008.

"Art. 7º, IV, da Constituição da República. Não recepção do art. 3º, parágrafo único, daLei Complementar paulista 432/1985 pela Constituição de 1988. Inconstitucionalidade devinculação do adicional de insalubridade ao salário mínimo: precedentes.Impossibilidade da modificação da base de cálculo do benefício por decisão judicial.Recurso extraordinário ao qual se nega provimento. O sentido da vedação constante daparte final do inciso IV do art. 7º da Constituição impede que o salário mínimo possa seraproveitado como fator de indexação; essa utilização tolheria eventual aumento dosalário mínimo pela cadeia de aumentos que ensejaria se admitida essa vinculação (RE217.700, Min. Moreira Alves). A norma constitucional tem o objetivo de impedir que

aumento do salário mínimo gere, indiretamente, peso maior do que aquele diretamenterelacionado com o acréscimo. Essa circunstância pressionaria reajuste menor do saláriomínimo, o que significaria obstaculizar a implementação da política salarial prevista noart. 7º, IV, da Constituição da República. O aproveitamento do salário mínimo para aformação da base de cálculo de qualquer parcela remuneratória ou com qualquer outroobjetivo pecuniário (indenizações, pensões, etc.) esbarra na vinculação vedada pelaConstituição do Brasil. Histórico e análise comparativa da jurisprudência do STF." (RE565.714, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 30-4-2008, Plenário, DJE de 8-8-2008,com repercussão geral.) No mesmo sentido: ADPF 151-MC, Rel. p/ o ac. Min. GilmarMendes, julgamento em 2-2-2011, Plenário, DJE de 6-5-2011; AI 714.188-AgR, Rel. Min.Ricardo Lewandowski, julgamento em 2-12-2010, Primeira Turma, DJE de 1º-2-2011; RE 558.549-AgR, Rel. Min. Marco Aurélio, julgamento em 6-4-2010, PrimeiraTurma, DJE de 1º-7-2010; AI 704.107-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em

8-9-09, Segunda Turma, DJE de 16-10-09; AI 395.455-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie,  julgamento em 23-6-09, Segunda Turma,DJE de 7-8-09; AI 344.269-AgR-AgR, Rel.Min. Celso de Mello, julgamento em 23-6-2009, Segunda Turma, DJE de 7-8-2009; RE557.727-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 19-8-2008, Segunda Turma, DJE de12-9-2008.Em sentido contrário: RE 452.205, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em11-10-2005, Segunda Turma, DJ de 4-11-2005.

“(...) Vencimentos. Vinculação ao salário mínimo. Vulnera o disposto no inciso IV do art.7º da CF vincular vencimentos ao salário mínimo, não gerando a prática direito àmanutenção do valor alcançado.” (RE 349.850, Rel. Min. Marco Aurélio, Primeira Turma,  julgamento em 25-3-2008, DJE de 23-5-2008.) No mesmo sentido: AI 494.258-ED, 

Rel. Min. Dias Toffoli, julgamento em 26-4-2011, Primeira Turma, DJE de 1º-8-2011.

“Servidor público. Piso de vencimento. Vinculação ao salário-mínimo. O art. 7º, IV, daConstituição Federal, refere-se à remuneração, e não somente ao salário-base.Jurisprudência assentada.” (RE 522.661-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 6-11-2007, Segunda Turma, DJE de1º-2-2008.) No mesmo sentido: AI 695.307-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 8-9-2009, Segunda Turma, DJE de 25-9-2009; 582.019-RG-QO, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 13-11-2008,Plenário, DJE de 13-2-2009, com repercussão geral.

"O art. 3º da Lei federal 6.194 vincula ao salário-mínimo as indenizações pagas emdecorrência de morte, invalidez permanente e despesas de assistência médica e

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suplementares resultantes de acidentes causados por veículos automotores de viaterrestre. O Tribunal dividiu-se quanto à caracterização do fumus boni iuris edopericulum in mora : i) votos majoritários que entenderam ausentes o fumus boni iuris eo periculum in mora , eis que o art. 7º, IV, da Constituição do Brasil não vedaria autilização do salário-mínimo como parâmetro quantificador de indenização e a Lei 6.194teria sido inserida no ordenamento jurídico em 1974, respectivamente; ii) votos vencidos,

incluindo o do Relator, no sentido de que o fumus boni iuris estaria configurado naimpossibilidade de vinculação do salário-mínimo para fins remuneratórios, indenizatórios – embora em situações excepcionais esta Corte tenha manifestado entendimentodiverso  – e o periculum in mora evidenciado pela existência de inúmeras decisões  judiciais que, aplicando o texto normativo impugnado, impondo às entidadesseguradoras obrigações pecuniárias. Medida cautelar indeferida, contra o voto doRelator, que determinava a suspensão do trâmite dos processos em curso querespeitem à aplicação do art. 3º da Lei 6.194, de 19 de dezembro de 1974, até o  julgamento final do feito." (ADPF 95-MC, Rel. p/ o ac. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 31-8-2006, Plenário,DJ de 11-5-2007.)

“Noutro giro, não ofende a Carta Magna a utilização do salário-mínimo como critério deaferição do nível de pobreza dos aspirantes às carreiras públicas, para fins deconcessão do benefício de que trata a Lei capixaba 6.663/2001." (ADI 2.672, Rel. p/ oac. Min. Carlos Britto, julgamento em 22-6-2006, Plenário, DJ de 10-11-2006.)

“Adicional de insalubridade. Vinculação ao salário mínimo. Art. 7º, IV, da CF/1988. O art.7º, IV, da Constituição proíbe tão somente o emprego do salário mínimo comoindexador, sendo legítima a sua utilização como base de cálculo do adicional deinsalubridade.” (RE 452.205, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 11-10-2005, Segunda Turma, DJ de 4-11-2005.) Em sentido contrário: RE 565.714, Rel. Min.Cármen Lúcia, julgamento em 30-4-2008, Plenário, DJE de 8-8-2008, com repercussão

geral.

"Servidor público: salário mínimo. É da jurisprudência do STF que a remuneração totaldo servidor é que não pode ser inferior ao salário mínimo (CF, art. 7º, IV). Ainda que osvencimentos sejam inferiores ao mínimo, se tal montante é acrescido de abono paraatingir tal limite, não há falar em violação dos arts. 7º, IV, e 39, § 3º, da Constituição.Inviável, ademais, a pretensão de reflexos do referido abono no cálculo de vantagens,que implicaria vinculação constitucionalmente vedada (CF, art. 7º, IV, parte final)." (RE439.360-AgR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 9-8-2005, PrimeiraTurma, DJ de 2-9-2005.) No mesmo sentido: AI 646.522-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli,  julgamento em 19-10-2010, Primeira Turma, DJE de 2-12-2010; RE 553.038-AgR, Rel.Min. Marco Aurélio, julgamento em 7-4-2009, Primeira Turma, DJE de 29-5-2009; AI583.573-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 17-2-2009, SegundaTurma, DJE de 20-3-2009; RE 523.835-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski,  julgamento em 16-12-2008, Primeira Turma, DJE de 20-2-2009; RE 572.921-RG-QO, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 13-11-2008, Plenário, DJE de 6-2-2009,com repercussão geral; RE 539.248-AgR, Rel. Min. Ayres Britto, julgamento em 13-5-2008, Primeira Turma,DJE de 15-5-2009; RE 541.100- AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes,  julgamento em 4-12-2007, Segunda Turma,DJE de 1º-2-2008; RE 476.761-AgR, Rel.Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 13-12-2006, Primeira Turma, DJ de 9-2-2007; RE 474.197-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 18-9-2007, SegundaTurma, DJ de 11-10-2007.

"Norma impugnada que trata da remuneração do pessoal de autarquia estadual,vinculando o quadro de salários ao salário mínimo. (...) Arguição de descumprimento de

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preceito fundamental julgada procedente para declarar a ilegitimidade (não recepção) doRegulamento de Pessoal do extinto IDESP em face do princípio federativo e daproibição de vinculação de salários a múltiplos do salário mínimo (art. 60, § 4º, I, c/c art.7º, IV, in fine , da CF). (ADPF 33, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 7-12-2005,Plenário, DJ de 27-10-2006.) No mesmo sentido: AC 2.288 REF-MC, Rel. Min. Celsode Mello, julgamento em 10-3-2009, Segunda Turma, Informativo 538; ADPF 47, Rel.

Min. Eros Grau, julgamento em 12-12-2007, Plenário, DJ de 18-4-2008.

“Servidor Público Estadual. Gratificação Complementar de Vencimento. LeiEstadual 9.503, de 1994. Base de cálculo. Vinculação ao salário mínimo. Ofensa ao art.7º, IV, da Constituição Federal.” (RE 426.059, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em30-6-2005, Plenário, DJ de 23-9-2005.) No mesmo sentido: RE 422.831-AgR, Rel. Min.Marco Aurélio, julgamento em 27-10-2009, Primeira Turma, DJE de 11-12-2009; RE426.062-AgR-ED-EDv, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 20-8-2009,Plenário, DJE de 18-9-2009; RE 422.148-AgR-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 23-6-2009, Segunda Turma, DJE de 7-8-2009.

“A insuficiência do valor correspondente ao salário mínimo – definido em importânciaque se revele incapaz de atender as necessidades vitais básicas do trabalhador e dosmembros de sua família  – configura um claro descumprimento, ainda que parcial, daConstituição da República, pois o legislador, em tal hipótese, longe de atuar comosujeito concretizante do postulado constitucional que garante à classe trabalhadora umpiso geral de remuneração digna (CF, art. 7º, IV), estará realizando, de modo imperfeito,porque incompleto, o programa social assumido pelo Estado na ordem jurídica. Aomissão do Estado  – que deixa de cumprir, em maior ou em menor extensão, aimposição ditada pelo texto constitucional  – qualifica-se como comportamento revestidoda maior gravidade político-jurídica, eis que, mediante inércia, o Poder Público tambémdesrespeita a Constituição, também compromete a eficácia da declaração constitucional

de direitos e também impede, por ausência de medidas concretizadoras, a própriaaplicabilidade dos postulados e princípios da Lei Fundamental. As situaçõesconfiguradoras de omissão inconstitucional, ainda que se cuide de omissão parcial,refletem comportamento estatal que deve ser repelido, pois a inércia do Estado  – alémde gerar a erosão da própria consciência constitucional  – qualifica-se, perigosamente,como um dos processos informais de mudança ilegítima da Constituição, expondo-se,por isso mesmo, à censura do Poder Judiciário. Precedentes: RTJ 162/877-879, Rel.Min. Celso de Mello – RTJ 185/794-796, Rel. Min. Celso de Mello.” (ADI 1.442, Rel. Min.Celso de Mello, julgamento em 3-11-2004, Plenário, DJ de 29-4-2005.) No mesmosentido: ADI 1.458-MC, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 23-5-1996,Plenário, DJ de 20-9-1996.

“Adicional de insalubridade: vinculação ao salário mínimo, estabelecida pelas instânciasordinárias, que contraria o disposto no art. 7º, IV, da Constituição: precedentes.” (AI499.211-AgR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 29-6-2004, PrimeiraTurma, DJ de 6-8-2004.) No mesmo sentido: RE 439.035, Rel. Min. Gilmar Mendes,  julgamento em 11-12-2007, Segunda Turma, DJE de 28-3-2008; RE 451.215-AgR, Rel.Min. Ayres Britto, julgamento em 28-11-2006, Primeira Turma, DJ de 11-5-2007; RE236.396, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 2-10-1998, SegundaTurma, DJ de 20-11-1998.

“Indenização vinculada ao salário mínimo: impossibilidade. CF, art. 7º, IV. O que aConstituição veda – art. 7º, IV – é a fixação do quantum da indenização em múltiplo de

salários mínimos. STF, RE 225.488 / PR, Rel. Min. Moreira Alves; ADI 1.425. Aindenização pode ser fixada, entretanto, em salários mínimos, observado o valor deste

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na data do julgamento. A partir daí, esse quantum  será corrigido por índice oficial.” (RE409.427-AgR, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 16-3-2004, PrimeiraTurma, DJ de 2-4-2004.) No mesmo sentido: AI 537.333-ED, Rel. Min. JoaquimBarbosa, julgamento em 12-5-2009, Segunda Turma, DJE de 26-6-2009; AI 605.102-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 30-9-2008, Segunda Turma, DJE de 21-11-2008; RE 225.488, Rel. Min. Moreira Alves, julgamento em 11-4-2000, Primeira

Turma, DJ de 16-6-2000. Vide: AI 467.011-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em15-9-2009, Primeira Turma, DJE de 16-10-2009.

“Multa administrativa vinculada a salário mínimo. (...) O Plenário desta Corte, ao julgar a ADI 1.425, firmou o entendimento de que, ao estabelecer o art. 7º, IV, da Constituiçãoque é vedada a vinculação ao salário mínimo para qualquer fim, 'quis evitar queinteresses estranhos aos versados na norma constitucional venham a ter influência nafixação do valor mínimo a ser observado'. Ora, no caso, a vinculação se dá para que osalário mínimo atue como fator de atualização da multa administrativa, que variará como aumento dele, o que se enquadra na proibição do citado dispositivo constitucional. É,portanto, inconstitucional o § 1º do art. 4º da Lei 5.803, de 4-9-1990, do Município de

Ribeirão Preto.” (RE 237.965, Rel. Min. Moreira Alves, julgamento em 10-2-2000,Plenário, DJ de 31-3-2000.) No mesmo sentido: RE 445.282-AgR, Rel. Min. MarcoAurélio, julgamento em 7-4-2009, Primeira Turma, DJE de 5-6-2009.

“Salário mínimo. Vinculação proibida. Previdência. Contribuição. A razão de ser da partefinal do inciso IV do art. 7º da Carta Federal  – '(...) vedada a vinculação para qualquerfim;' – é evitar que interesses estranhos aos versados na norma constitucional venham ater influência na fixação do valor mínimo a ser observado.” (RE 197.072, Rel. Min. MarcoAurélio, julgamento em 25-11-1998, Plenário, DJ de 8-6-2001.)

“Estado do Rio Grande do Sul. Constituição Estadual. Art. 29, I, que assegura aosservidores militares vencimento básico nunca inferior ao salário mínimo fixado pelaUnião. Inconstitucionalidade formal. Dispositivo ofensivo ao princípio da iniciativalegislativa privativa do chefe do Poder Executivo, prevista no art. 61, § 1º, II, a , daConstituição, corolário do postulado da separação dos poderes, de observânciaimperiosa pelos Estados-membros, por instituir mecanismo de reajuste automático devencimentos de servidores. Aliás, a garantia do salário mínimo, quando da edição danorma sob enfoque, ainda não havia sido estendida aos militares, o que somenteocorreu com a EC 18/1998, havendo de entender-se, entretanto, como referida àremuneração global do servidor, visto destinar-se a assegurar o atendimento dasnecessidades vitais básicas deste, sendo vedada, ademais, sua vinculação paraqualquer fim. Inconstitucionalidade que se declara, no art. 47 da Constituição do Estadodo Rio Grande do Sul, da referência feita ao inciso I do art. 29 da mesma Carta.” (RE198.982, Rel. Min. Ilmar Galvão, julgamento em 5-8-1998, Plenário, DJ de 19-4-2002.)

"A fixação de pensão alimentícia tem por finalidade garantir aos beneficiários asmesmas necessidades básicas asseguradas aos trabalhadores em geral pelo textoconstitucional. De considerar-se afastada, por isso, relativamente a essa hipótese, aproibição da vinculação ao salário mínimo, prevista no inciso IV do art. 7º da CartaFederal." (RE 134.567, Rel. Min. Ilmar Galvão, julgamento em 19-11-1991, PrimeiraTurma, DJ de 6-12-1991.) No mesmo sentido: AI 735.609-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 26-10-2010, Segunda Turma, DJE de 29-11-2010; RE 166.586, Rel. Min.Marco Aurélio, julgamento em 22-4-1997, Segunda Turma, DJ de 29-8-1997; RE170.203, Rel. Min. Ilmar Galvão, julgamento em 30-11-1993, Primeira Turma, DJ de 15-

4-1994.

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V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;

“A competência legislativa do Estado de Santa Catarina para fixar piso salarial decorreda LC federal 103, de 2000, mediante a qual a União, valendo-se do disposto no art. 22,inciso I e parágrafo único, da Carta Maior, delegou aos Estados e ao Distrito Federal acompetência para instituir piso salarial para os empregados que não tenham essemínimo definido em lei federal, convenção ou acordo coletivo de trabalho. Trata-se de leiestadual que consubstancia um exemplo típico de exercício, pelo legislador federado, dafigura da competência privativa delegada. A lei questionada não viola o princípio dopleno emprego. Ao contrário, a instituição do piso salarial regional visa, exatamente,reduzir as desigualdades sociais, conferindo proteção aos trabalhadores e assegurandoa eles melhores condições salariais. Não viola o poder normativo da Justiça do Trabalho(art. 114, § 2º, da Lei Maior) o fato de a lei estadual não ter excluído dos seus efeitos ahipótese de piso salarial determinado em dissídio coletivo. A lei atuou nos exatoscontornos da autorização conferida pela delegação legislativa. A lei impugnada realizamaterialmente o princípio constitucional da isonomia, uma vez que o tratamento

diferenciado aos trabalhadores agraciados com a instituição do piso salarial regional visareduzir as desigualdades sociais. A LC federal 103/2000 teve por objetivo maiorassegurar àquelas classes de trabalhadores menos mobilizadas e, portanto, com menorcapacidade de organização sindical, um patamar mínimo de salário. A fim de manter-seo incentivo à negociação coletiva (art. 7º, XXVI, CF/1988), os pisos salariais regionaissomente serão estabelecidos por lei naqueles casos em que não haja convenção ouacordo coletivo de trabalho. As entidades sindicais continuarão podendo atuar nasnegociações coletivas, desde que respeitado o patamar mínimo legalmente assegurado.A parte final do parágrafo único do art. 2º da LC 459/2009, ao determinar a participaçãodo „Governo do Estado de Santa Catarina‟ nas negociações entre as entidades sindicaisde trabalhadores e empregadores para atualização dos pisos salariais fixados nareferida lei complementar, ofende o princípio da autonomia sindical (art. 8º, I, CF/1988) eextrapola os contornos da competência legislativa delegada pela União. As negociações

coletivas devem ocorrer com a participação dos representantes dos empregadores e dostrabalhadores, sem intromissão do governo (princípio da negociação livre). Ao criarmecanismo de participação estatal compulsória nas negociações coletivas, o Estado deSanta Catarina legisla sobre „direito coletivo do trabalho‟, não se restringindo a instituir opiso salarial previsto no inciso V do art. 7º da CF.” (ADI 4.364, Rel. Min. Dias Toffoli, julgamento em 2-3-2011, Plenário, DJE de 16-5-2011.)

VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;

“Administrativo. Transposição do regime celetista para o estatutário. Inexis tência dedireito adquirido a regime jurídico. Possibilidade de diminuição ou supressão de

vantagens sem redução do valor da remuneração.” (RE 599.618-ED, Rel. Min. CármenLúcia, julgamento em 1º-2-2011, Primeira Turma, DJE de 14-3-2011.) Vide:RE 212.131, Rel. Min. Ilmar Galvão, julgamento em 3-8-1999, Primeira Turma, DJ de 29-10-1999.

“Funcionário público. Conversão compulsória do regime contratual em estatutário.Redução verificada na remuneração. Art. 7º, VI, c/c art. 39, § 2º, da Constituição.Situação incompatível com o princípio da irredutibilidade que protegia os salários eprotege os vencimentos do servidor, exsurgindo, como solução razoável para o impasse,o enquadramento do servidor do nível mais alto da categoria funcional que veio aintegrar, convertido, ainda, eventual excesso remuneratório verificado em vantagempessoal a ser absorvida em futuras concessões de aumento real ou específico.” (RE

212.131, Rel. Min. Ilmar Galvão, julgamento em 3-8-1999, Primeira Turma, DJ de 29-10-1999.) No mesmo sentido: AI 794.665-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 9-

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11-2010, Primeira Turma, DJE de 30-11-2010. Vide: RE 599.618-ED, Rel. Min. CármenLúcia, julgamento em 1º-2-2011, Primeira Turma, DJE de 14-3-2011.

VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração

variável;

“Constitucional. Serviço militar obrigatório. Soldo. Valor inferior ao salário mínimo.Violação aos arts. 1º, III, 5º, caput , e 7º, IV, da CF. Inocorrência. Recursoextraordinário desprovido. A CF não estendeu aos militares a garantia de remuneraçãonão inferior ao salário mínimo, como o fez para outras categorias de trabalhadores. Oregime a que submetem os militares não se confunde com aquele aplicável aosservidores civis, visto que têm direitos, garantias, prerrogativas e impedimentos próprios.Os cidadãos que prestam serviço militar obrigatório exercem um múnus públicorelacionado com a defesa da soberania da pátria. A obrigação do Estado quanto aosconscritos limita-se a fornecer-lhes as condições materiais para a adequada prestaçãodo serviço militar obrigatório nas Forças Armadas.” (RE 570.177, Rel. Ricardo

Lewandowski, julgamento em 30-4-2008, Plenário, DJE de 27-6-2008, com repercussãogeral.) No mesmo sentido: RE 551.453, RE 551.608, RE 551.713, RE 551.778, RE555.897, RE 556.233, RE 556.235, RE 557.542, RE 557.606, RE 557.717, RE 558.279, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 30-4-2008, Plenário, DJE de 27-6-2008.

VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor daaposentadoria;

"As gratificações habituais, inclusive a de natal, consideram-se tacitamenteconvencionadas, integrando o salário." (Súmula 207) 

“A natureza da gratificação natalina é remuneratória e integra, para todos os efeitos, aremuneração do empregado, conforme estabelece a Súmula 207-STF.” (RE 260.922, Rel. p/ o ac. Min. Maurício Corrêa, julgamento em 30-5-2000, Segunda Turma, DJ de 20-10-2000.)

IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;

"Vigia noturno tem direito a salário adicional." (Súmula 402) 

"Provada a identidade entre o trabalho diurno e o noturno, é devido o adicional, quanto aeste, sem a limitação do art. 73, § 3º, da CLT, independentemente da natureza daatividade do empregador." (Súmula 313) 

"A duração legal da hora de serviço noturno (52 minutos e 30 segundos) constituivantagem suplementar que não dispensa o salário adicional." (Súmula 214) 

"É devido o adicional de serviço noturno, ainda que sujeito o empregado ao regime derevezamento." (Súmula 213) 

"Gratificação especial de trabalho policial. Adicional noturno. (...) Não malfere o disposto

no art. 7º, IX, da CF a interpretação oferecida pelas instâncias ordinárias queconsideraram que a gratificação chamada Regime Especial de Trabalho Policial (RETP),como expressamente previsto na legislação de regência, alcança o trabalho em horário

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irregular, incluído o regime de plantões noturno. Interpretação em outra direção conflitacom o disposto no art. 37, XIV, da CF." (RE 185.312, Rel. Min. Menezes Direito, julgamento em 15-4-2008, Segunda Turma, DJE de 30-5-2008.)

X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;

XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e,excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;

"O salário-produção, como outras modalidades de salário-prêmio, é devido, desde queverificada a condição a que estiver subordinado, e não pode ser suprimidounilateralmente, pelo empregador, quando pago com habitualidade." (Súmula 209) 

"Participação nos lucros. Art. 7°, XI, da CF. Necessidade de lei para o exercício desse

direito. O exercício do direito assegurado pelo art. 7°, XI, da CF começa com a ediçãoda lei prevista no dispositivo para regulamentá-lo, diante da imperativa necessidade deintegração. Com isso, possível a cobrança das contribuições previdenciárias até a dataem que entrou em vigor a regulamentação do dispositivo.” (RE 398.284, Rel. Min.Menezes Direito, julgamento em 23-9-2008, Primeira Turma, DJE de 19-12-2008.) Nomesmo sentido: RE 505.597-AgR-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 1º-12-2009, Segunda Turma, DJE de 18-12-2009; RE 393.764 –AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 25-11-2008, Segunda Turma, DJE de 19-12-2008.

"Ação direta de inconstitucionalidade: medida cautelar: impugnação da parte final doinciso I do art. 2º da MP 1.698-46, de 30-6-1998, que prevê, como alternativa à

convenção ou ao acordo coletivo, que se estabeleça, para o fim de compor a fórmula departicipação dos empregados nos resultados das empresas, uma comissão „escolhidapelas partes, integrada, também, por um representante indicado pelo sindicato darespectiva categoria, dentre os empregados da sede da empresa‟. A expressãoimpugnada, ao restringir aos filiados que servem na empresa, a escolha, a ser feita pelosindicato, daquele que deverá compor a comissão destinada a, alternativamente,negociar a participação dos empregados nos lucros e resultados da empregadora, é deter-se por ofensiva ao art. 8º, III, da Constituição, que consagra o princípio da defesa,pelo sindicato, „dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria‟, em razãodo qual goza a entidade da prerrogativa de representar os interesses gerais darespectiva categoria e os interesses individuais dos associados relativos à atividade ouprofissão exercida: limitação da independência do sindicato na sua participação, que aConstituição impôs, nessa modalidade de negociação coletiva (CF, art. 8º, VI).

Introdução de um mecanismo típico de sindicalismo de empresa, que o nosso sistemaconstitucional não admite. Deferida a suspensão cautelar da expressão „dentre osempregados da sede da empresa‟." (ADI 1.861-MC, Rel. p/ o ac. Min. SepúlvedaPertence, julgamento em 16-9-1998, Plenário, DJ de 6-9-2007.)

“Participação dos empregados na gestão da empresa: admitida, com base no art. 7º, XI,CF, parece que, na eleição do representante, o sufrágio deve ser concedido apenas aosempregados em atividade, não aos inativos.” (ADI 2.296-MC, Rel. Min. SepúlvedaPertence, julgamento em 16-11-2000, Plenário, DJ de 23-2-2001.)

"Participação nos lucros da empresa: CF, art. 7º, XI: mandado de injunção prejudicadoem face da superveniência de medida provisória disciplinando o art. 7º, XI, da CF." (MI

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102, Rel. p/ o ac. Min. Carlos Velloso, julgamento em 12-2-1998, Plenário, DJ de 25-10-2002.)

"Ação direta de inconstitucionalidade. Art. 2º, caput , da MP 1.136, de 26-9-1995,

repetido na MP 1.239, de 14-12-1995, que regula a representação dos empregados, emconvenção celebrada para regular a forma de sua participação nos lucros da empresa.Alegada afronta ao art. 8º, VI, da CF. Plausibilidade da alegação, relativamente àsexpressões „por meio de comissão por eles escolhida‟, contida no texto da referidanorma, requisito a que se alia, por motivos óbvios, a conveniência da pronta suspensãode sua vigência. Cautelar parcialmente deferida." (ADI 1.361-MC, Rel. Min. IlmarGalvão, julgamento em 12-12-1995, Plenário, DJ de 12-4-1996.)

XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos

termos da lei; (Redação da EC 20/98)  

XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatrosemanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, medianteacordo ou convenção coletiva de trabalho;

“Cargo de gestão. Ausência de controle da jornada de trabalho. Possibilidade. Art. 62, II,da CLT. Decisão mantida. Não afronta o art. 7º, XIII, da Constituição da República, adecisão que excepciona os ocupantes de cargos de gestão do controle de jornada detrabalho.” (RE 563.851-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 26-2-2008,Segunda Turma, DJE de 28-3-2008.)

“(...) a apuração do salário-hora, para efeito de cálculo da hora extraordinária, há de serfeita, no caso do trabalhador mensalista, mediante a divisão do salário por 220, e nãopor 240 (...).” (RE 325.550, voto do Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 26-2-2002, Primeira Turma, DJ de 5-4-2002.)

XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos derevezamento, salvo negociação coletiva;

"Os intervalos fixados para descanso e alimentação durante a jornada de seis horas nãodescaracterizam o sistema de turnos ininterruptos de revezamento para o efeito do art.7º, XIV, da Constituição." (Súmula 675) 

"É devido o adicional de serviço noturno, ainda que sujeito o empregado ao regime derevezamento." (Súmula 213) 

"Não vulnera o inciso XIV do art. 7º da Carta Política da República, voltado à proteçãodos trabalhadores, pronunciamento judicial em que se conclui que, contratado oprestador dos serviços para trabalhar em turnos ininterruptos mediante o salário-hora, asétima e oitava horas são devidas como extraordinárias." (AI 543.614-AgR, Rel. Min.Marco Aurélio, julgamento em 18-10-2005, Primeira Turma, DJ de 9-12-2005.)

“A expressão 'ininterrupto' aplica-se a turnos, pois são eles que podem ser ininterruptos.Intraturno não há interrupção, mas suspensão ou, como nominado pela CLT, intervalo. A

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ininterrupção do texto constitucional diz com turnos entre si. Nada com as suspensõesou intervalos intraturnos. São os turnos que devem ser ininterruptos e não o trabalho daempresa. Circunscreve-se a expressão 'turno' aos segmentos das 24 horas, pelo que setem como irrelevante a paralisação coletiva do trabalho aos domingos. O trabalhador,por texto constitucional, tem direito ao repouso semanal remunerado. Se a empresa,tendo em vista as condições operacionais de suas máquinas, pode paralisar no

domingo, cumpre uma obrigação constitucional. Preferencialmente no domingo, diz aConstituição. Consideram-se os intervalos, que são obrigações legais, como irrelevantesquanto à obrigação de ser o turno de seis horas, quando (a ) forem os turnosininterruptos entre si, (b ) houver revezamento e (c ) não houver negociação coletiva daqual decorra situação diversa. Não é a duração do intervalo, se de quinze minutos, deuma ou de duas horas – que determina a duração da jornada. É o inverso. É a duraçãoda jornada que determina o tamanho do intervalo: se de quinze minutos, de uma hora oumais.” (RE 205.815, Rel. p/ o ac. Min. Nelson Jobim, julgamento em 4-12-1997, PrimeiraTurma, DJ de 2-10-1998.)

XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;

"No cálculo da indenização por acidente do trabalho, inclui-se, quando devido, o repousosemanal remunerado." (Súmula 464) 

"No cálculo da indenização por despedida injusta, inclui-se, quando devido, o repousosemanal remunerado." (Súmula 462) 

"É duplo, e não triplo, o pagamento do salário nos dias destinados a descanso."(Súmula 461) 

"O vendedor pracista, remunerado mediante comissão, não tem direito ao repousosemanal remunerado." (Súmula 201) 

“Repouso semanal remunerado preferentemente aos domingos: medida provisória queautoriza o funcionamento no domingo do comércio varejista desde que nele recaia orepouso semanal do trabalhador pelo menos uma vez a cada período de quatrosemanas: suspensão cautelar indeferida por seis votos, vencido o Relator, ao contráriodo que decidido sobre norma semelhante de versão anterior da Medida Provisória 1.539(ADI 1.675), na qual nenhum domingo se garantia.” (ADI 1.687-MC, Rel. Min. SepúlvedaPertence, julgamento em 26-11-1997, Plenário, DJ de 31-10-2001.)

“A Constituição não faz absoluta a opção pelo repouso aos domingos, que só impôs

'preferentemente'; a relatividade daí decorrente não pode, contudo, esvaziar a normaconstitucional de preferência, em relação à qual as exceções – sujeitas à razoabilidade eobjetividade dos seus critérios  – não pode converter-se em regra, a arbítrio unicamentede empregador. A Convenção 126 da OIT reforça a arguição de inconstitucionalidade:ainda quando não se queira comprometer o Tribunal com a tese da hierarquiaconstitucional dos tratados sobre direitos fundamentais ratificados antes da Constituição,o mínimo a conferir-lhe é o valor de poderoso reforço à interpretação do textoconstitucional que sirva melhor à sua efetividade: não é de presumir, em Constituiçãotão ciosa da proteção dos direitos fundamentais quanto a nossa, a ruptura com asconvenções internacionais que se inspiram na mesma preocupação.” (ADI 1.675-MC, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 24-9-1997, Plenário, DJ de 19-9-2003.)

XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por

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cento à do normal;

“O reconhecimento da ilegalidade do ato que major ou o percentual das horas extrasincorporadas aos proventos não determina, automaticamente, a restituição ao erário dosvalores recebidos, pois foi comprovada boa-fé do autor.” (RE 553.159-ED, Rel. Min.

Ellen Gracie, julgamento em 1º-12-2009, Segunda Turma, DJE de 18-12-2009.)

“Ato administrativo que determinou a suspensão de pagamento de horas extrasincorporadas ao salário dos impetrantes, por decisão do TCU. Entendimento assente noTribunal de Contas deflui da aplicação de preceitos atinentes à limitação que as normasadministrativas impõem à incidência da legislação trabalhista sobre os servidorespúblicos regidos pela CLT, à época em que tal situação podia configurar-se.Entendimento no sentido de que não é possível a coexistência das vantagens dos doisregimes funcionais. Ao ensejo da transferência do impetrante para o sistema estatutário,ut Lei 8.112/1990, há de ter o regime próprio desta Lei, ressalvada, tão só, airredutibilidade dos salários.” (MS 22.455, Rel. Min. Néri da Silveira, julgamento em 22-4-

2002, Plenário, DJ de 7-6-2002.) No mesmo sentido:AI 697.499-AgR, Rel. Min. RicardoLewandowski, julgamento em 30-6-2009, Primeira Turma, DJE de 21-8-2009; AI387.263-AgR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 18-5-2004, PrimeiraTurma, DJ de 25-6-2004; MS 24.381, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 13-5-2004, Plenário, DJ de 3-9-2004.

XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que osalário normal;

"Não é inconstitucional a Lei 1.530, de 26-12-1951, que manda incluir na indenizaçãopor despedida injusta parcela correspondente a férias proporcionais." (Súmula 200) 

"O salário das férias do empregado horista corresponde à média do período aquisitivo,não podendo ser inferior ao mínimo." (Súmula 199) 

"As ausências motivadas por acidente do trabalho não são descontáveis do períodoaquisitivo das férias." (Súmula 198) 

"O direito individual às férias é adquirido após o período de doze meses trabalhados,sendo devido o pagamento do terço constitucional independente do exercício dessedireito. A ausência de previsão legal não pode restringir o direito ao pagamento do terçoconstitucional aos servidores exonerados de cargos comissionados que não usufruíram

férias. O não pagamento do terço constitucional àquele que não usufruiu o direito deférias é penalizá-lo duas vezes: primeiro por não ter se valido de seu direito aodescanso, cuja finalidade é preservar a saúde física e psíquica do trabalhador; segundopor vedar-lhe o direito ao acréscimo financeiro que teria recebido se tivesse usufruídodas férias no momento correto." (RE 570.908, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em16-9-09, Plenário, DJE de 12-3-10, com repercussão geral.). No mesmo sentido: RE588.937-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 4-11-08, Segunda Turma, DJE de 28-11-08; RE 324.656-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 6-2-07, SegundaTurma, DJ de 2-3-07; RE 324.880-AgR, Rel. Min. Carlos Britto, julgamento em 24-5-05,Primeira Turma, DJ de 10-3-06.

“O Supremo Tribunal Federal, em sucessivos julgamentos, firmou entendimento nosentido da não incidência de contribuição social sobre o adicional de um terço (1/3), aque se refere o art. 7º, XVII, da Constituição Federal. Precedentes.” (RE 587.941-AgR, 

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Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 30-9-2008, Segunda Turma,DJE de 21-11-2008.) No mesmo sentido: AI 710.361-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 7-4-2009, Primeira Turma, DJE de 8-5-2009.

“Compensação da gratificação denominada pós-férias, instituída por norma coletiva,com o terço constitucional de férias. Possibilidade. Precedentes. O Supremo TribunalFederal já se posicionou pela possibilidade de compensação da gratificaçãodenominada pós-férias, instituída por norma coletiva, com o adicional de 1/3 sobre asférias, previsto no inciso XVII do art. 7º da Magna Carta. Precedentes: AIs 360.306-AgR,Relator o Ministro Moreira Alves; 401.304-AgR e 506.362-AgR, Relator o MinistroSepúlveda Pertence; e RE 380.960, de minha relatoria.” (AI 513.027-AgR, Rel. Min.Carlos Britto, julgamento em 29-6-2006, Primeira Turma, DJ de 8-9-2006.)

“Servidor público aposentado: férias: acréscimo de um terço. Constituição Federal, art.7º, XVII. Resolução 06/1989 do Tribunal de Justiça do Espírito Santo. O direito às férias

remuneradas é assegurado ao servidor público em atividade. O acréscimo de um terçoda remuneração segue o principal: somente faz jus a esse acréscimo o servidor comdireito ao gozo de férias remuneradas. Constituição Federal, art. 7º, XVII. Servidorpúblico aposentado não tem direito, obviamente, ao gozo de férias. Resolução 06/1989do Tribunal de Justiça do Espírito Santo que estendeu aos magistrados aposentados oacréscimo relativamente às férias na base de um terço da remuneração:inconstitucionalidade.” (ADI 2.579, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 21-8-2003,Plenário, DJ de 26-9-2003.)

“Estado do Rio Grande do Sul. Art. 2º da Lei 8.870, de 18-7-1989, que limita a apenasum mês de férias o aumento, em 30%, dos vencimentos dos membros da magistraturaestadual, previsto no art. 7º, XVII, da Constituição. Dispositivo legal que se revelaincompatível com a norma constitucional em referência, dado tratar-se de carreira cujosintegrantes têm direito a sessenta dias de férias anuais (art. 66 da Loman).” (AO 517, Rel. Min. Ilmar Galvão, julgamento em 16-12-1999, Plenário, DJ de 10-3-2000.)

XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de centoe vinte dias;

“A estabilidade provisória advinda de licença-maternidade decorre de proteçãoconstitucional às trabalhadoras em geral. O direito amparado pelo art. 7º, XVIII, daConstituição Federal, nos termos do art. 142, VIII, da CF/1988, alcança as militares.” (RE

523.572-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 6-10-2009, SegundaTurma, DJE de 29-10-2009.) No mesmo sentido: AI 811.376-AgR, Rel. Min. GilmarMendes, julgamento em 1º-3-2011, Segunda Turma, DJE de 23-3-2011.

"O Supremo Tribunal Federal fixou entendimento no sentido de que as servidoraspúblicas e empregadas gestantes, inclusive as contratadas a título precário,independentemente do regime jurídico de trabalho, têm direito à licença-maternidade decento e vinte dias e à estabilidade provisória desde a confirmação da gravidez até cincomeses após o parto, nos termos do art. 7º, XVIII, da CF e do art. 10, II, " b ", do ADCT.Precedentes." (RE 600.057-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 29-9-2009,Segunda Turma, DJE de 23-10-2009.) No mesmo sentido: RE 597.989-AgR, Rel. Min.Ricardo Lewandowski, julgamento em 9-11-2010, Primeira Turma, DJE de 29-3-2011; RE 287.905, Rel. p/ o ac. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 28-6-2005, Segunda Turma, DJ de 30-6-2006; RMS 24.263, Rel. Min. Carlos Velloso,

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  julgamento em 1º-4-2003, Segunda Turma,DJ de 9-5-2003. Vide: RE 523.572-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 6-10-2009, Segunda Turma, DJE de 29-10-2009; RMS 21.328, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 11-12-2001, SegundaTurma, DJ de 3-5-2002; RE 234.186, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 5-6-2001, Primeira Turma, DJ de 31-8-2001.

"O legislador brasileiro, a partir de 1932 e mais claramente desde 1974, vem tratando oproblema da proteção à gestante, cada vez menos como um encargo trabalhista (doempregador) e cada vez mais como de natureza previdenciária. (...) Diante dessequadro histórico, não é de se presumir que o legislador constituinte derivado, naEmenda 20/1998, mais precisamente em seu art. 14, haja pretendido a revogação, aindaque implícita, do art. 7º, XVIII, da CF originária. Se esse tivesse sido o objetivo da normaconstitucional derivada, por certo a EC 20/1998 conteria referência expressa a respeito.E, à falta de norma constitucional derivada, revogadora do art. 7º, XVIII, a pura e simplesaplicação do art. 14 da EC 20/1998, de modo a torná-la insubsistente, implicará umretrocesso histórico, em matéria social-previdenciária, que não se pode presumirdesejado. Na verdade, se se entender que a Previdência Social, doravante, responderá

apenas por R$ 1.200,00 (hum mil e duzentos reais) por mês, durante a licença dagestante, e que o empregador responderá, sozinho, pelo restante, ficará sobremaneira,facilitada e estimulada a opção deste pelo trabalhador masculino, ao invés da mulhertrabalhadora. (...) A convicção firmada, por ocasião do deferimento da medida cautelar,com adesão de todos os demais Ministros, ficou agora, ao ensejo deste julgamento demérito, reforçada substancialmente no parecer da Procuradoria-Geral da República.Reiteradas as considerações feitas nos votos, então proferidos, e nessa manifestaçãodo Ministério Público federal, a ação direta de inconstitucionalidade é julgadaprocedente, em parte, para se dar ao art. 14 da EC 20, de 15-12-1998, interpretaçãoconforme à Constituição, excluindo-se sua aplicação ao salário da licença gestante, aque se refere o art. 7º, inciso XVIII, da CF." (ADI 1.946, Rel. Min. Sydney Sanches, julgamento em 3-4-2003, Plenário,DJ de 16-5-2003.)

XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;

XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nostermos da lei;

“Lei 11.562/2000 do Estado de Santa Catarina. Mercado de trabalho. Discriminaçãocontra a mulher. Competência da União para legislar sobre direito do trabalho. (...) ALei 11.562/2000, não obstante o louvável conteúdo material de combate àdiscriminação contra a mulher no mercado de trabalho, incide em inconstitucionalidadeformal, por invadir a competência da União para legislar sobre direito do trabalho.” (ADI

2.487, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 30-8-2007, Plenário, DJE de 28-3-2008.) No mesmo sentido: ADI 3.166, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 27-5-2010, Plenário, DJE de 10-9-2010.

XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nostermos da lei;

"Mandado de injunção: ausência de regulamentação do direito ao aviso prévioproporcional previsto no art. 7º, XXI, da Constituição da República. Mora legislativa:critério objetivo de sua verificação: procedência para declarar a mora e comunicar adecisão ao Congresso Nacional para que a supra." (MI 695, Rel. Min. SepúlvedaPertence, julgamento em 1º-3-2007, Plenário, DJ de 20-4-2007.)

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“Dissídio coletivo. Recursos extraordinários providos, para excluir as cláusulas 2ª (pisocorrespondente ao salário-mínimo acrescido de percentual) e 24ª (estabilidadetemporária), por contrariarem, respectivamente, o inciso IV (parte final) e I do art. 7º daConstituição, este último juntamente com o art. 10 do ADCT, bem como a cláusula 29ª

(aviso prévio de sessenta dias), por ser considerada invasiva da reserva legalespecífica, instituída no art. 7º, XXI, da Constituição.” (RE 197.911, Rel. Min. OctavioGallotti, julgamento em 24-9-1996, Primeira Turma, DJ de 7-11-1997.)

“Mandado de injunção. Art. 7º, XXI da Constituição. Aviso prévio proporcional ao tempode serviço. Situação de mora do legislador ordinário na atividade de regulamentar oaviso prévio, como previsto no art. 7º, XXI da Constituição. Falta de perspectiva dequalquer benefício ao peticionário, visto que dispensado em perfeita sintonia com odireito positivo da época  – circunstância impeditiva de desdobramentos, no casoconcreto, em favor do impetrante. Mandado de injunção parcialmente deferido, com oreconhecimento da mora do Congresso Nacional.” (MI 369, Rel. p/ o ac. Min. Francisco

Rezek, julgamento em 19-8-1992, Plenário, DJ de 26-2-1993.)

XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene esegurança;

"Compete à Justiça do Trabalho julgar as ações que tenham como causa de pedir odescumprimento de normas trabalhistas relativas à segurança, higiene e saúde dostrabalhadores." (Súmula 736) 

“Acontece que esse caso me parece peculiar, e muito peculiar – se o superlativo foradmitido eu diria peculiaríssimo  –, porque a lei federal faz remissão à Convenção daOIT 162, art. 3º, que, por versar tema que no Brasil é tido como de direito fundamental(saúde), tem o status de norma supralegal. Estaria, portanto, acima da própria lei federalque dispõe sobre a comercialização, produção, transporte, etc., do amianto. (...) Demaneira que, retomando o discurso do Ministro Joaquim Barbosa, a norma estadual, nocaso, cumpre muito mais a Constituição Federal nesse plano da proteção à saúde ou deevitar riscos à saúde humana, à saúde da população em geral, dos trabalhadores emparticular e do meio ambiente. A legislação estadual está muito mais próxima dosdesígnios constitucionais, e, portanto, realiza melhor esse sumo princípio da eficacidademáxima da Constituição em matéria de direitos fundamentais, e muito mais próxima daOIT, também, do que a legislação federal. Então, parece-me um caso muito interessantede contraposição de norma suplementar com a norma geral, levando-nos a reconhecer a

superioridade da norma suplementar sobre a norma geral. E, como estamos em sede decautelar, há dois princípios que desaconselham o referendum à cautelar: o princípio daprecaução, que busca evitar riscos ou danos à saúde e ao meio ambiente para geraçõespresentes; e o princípio da prevenção, que tem a mesma finalidade para geraçõesfuturas. Nesse caso, portanto, o periculum in mora é invertido e a plausibilidade dodireito também contraindica o referendum a cautelar. Senhor Presidente, portanto,pedindo todas as vênias, acompanho a dissidência e também não referendo a cautelar.”(ADI 3.937-MC, Rel. Min. Marco Aurélio, voto do Min. Carlos Britto, julgamento em 4-6-2008, Plenário, DJE de 10-10-2008.)

XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, naforma da lei;

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“Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário-mínimo não pode ser usado comoindexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nemser substituído por decisão judicial.” (Súmula Vinculante 4) 

"Para efeito do adicional de insalubridade, a perícia judicial, em reclamação trabalhista,não dispensa o enquadramento da atividade entre as insalubres, que é ato dacompetência do Ministro do Trabalho e Previdência Social." (Súmula 460) 

"É devido o adicional de serviço insalubre, calculado à base do salário-mínimo da região,ainda que a remuneração contratual seja superior ao salário-mínimo acrescido da taxade insalubridade." (Súmula 307) 

"Tem direito ao adicional de serviço perigoso o empregado de posto de revenda decombustível líquido." (Súmula 212) 

"Adicional de insalubridade – Base de cálculo – Salário-mínimo. Mesmo em se tratandode adicional de insalubridade, descabe considerar o salário-mínimo como base decálculo  – Verbete Vinculante 4 da Súmula do Supremo. Agravo  – Reforma  – Alcance.Afasta-se a observância do verbete vinculante quando conclusão diversa acarreta oprejuízo do recorrente." (RE 388.658-AgR, Rel. Min. Marco Aurélio, julgamento em 12-8-2008, Primeira Turma, DJE de 26-9-2008.)

"Art. 7º, IV, da Constituição da República. Não recepção do art. 3º, parágrafo único, daLei Complementar paulista 432/1985 pela Constituição de 1988. Inconstitucionalidade devinculação do adicional de insalubridade ao salário mínimo: precedentes.Impossibilidade da modificação da base de cálculo do benefício por decisão judicial.Recurso extraordinário ao qual se nega provimento. O sentido da vedação constante daparte final do inciso IV do art. 7º da Constituição impede que o salário mínimo possa seraproveitado como fator de indexação; essa utilização tolheria eventual aumento dosalário mínimo pela cadeia de aumentos que ensejaria se admitida essa vinculação (RE217.700, Min. Moreira Alves). A norma constitucional tem o objetivo de impedir queaumento do salário mínimo gere, indiretamente, peso maior do que aquele diretamenterelacionado com o acréscimo. Essa circunstância pressionaria reajuste menor do saláriomínimo, o que significaria obstaculizar a implementação da política salarial prevista noart. 7º, IV, da Constituição da República. O aproveitamento do salário mínimo para aformação da base de cálculo de qualquer parcela remuneratória ou com qualquer outroobjetivo pecuniário (indenizações, pensões, etc.) esbarra na vinculação vedada pelaConstituição do Brasil. (...) Inexistência de regra constitucional autorizativa de concessãode adicional de insalubridade a servidores públicos (...) ou a policiais militares(...).Inviabilidade de invocação do art. 7º, XXIII, da Constituição da República, poismesmo se a legislação local determina a sua incidência aos servidores públicos, aexpressão adicional de remuneração contida na norma constitucional há de serinterpretada como adicional remuneratório, a saber, aquele que desenvolve atividadespenosas, insalubres ou perigosas tem direito a adicional, a compor a sua remuneração.Se a Constituição tivesse estabelecido remuneração do trabalhador como base decálculo teria afirmado adicional sobre a remuneração, o que não fez." (RE 565.714, Rel.Min. Cármen Lúcia, julgamento em 30-4-2008, Plenário, DJE de 8-8-2008, comrepercussão geral.) No mesmo sentido: ADPF 151-MC, Rel. p/ o ac. Min. GilmarMendes, julgamento em 2-2-2011, Plenário, DJE de 6-5-2011; AI 714.188-AgR, Rel.Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 2-12-2010, Primeira Turma, DJE de 1º-2-2011; RE 558.549-AgR, Rel. Min. Marco Aurélio, julgamento em 6-4-2010, PrimeiraTurma, DJE de 1º-7-2010; AI 704.107-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em

8-9-2009, Segunda Turma,DJE 

de 16-10-2009; AI 395.455-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie,  julgamento em 23-6-2009, Segunda Turma,DJE de 7-8-2009; AI 344.269-AgR-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 23-6-2009, Segunda Turma, DJE de 7-8-

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2009; RE 557.727-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 19-8-2008, SegundaTurma,DJE de 12-9-2008. Em sentido contrário: RE 452.205, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 11-10-2005, Segunda Turma, DJ de 4-11-2005.

“Servidor público. Adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ouperigosas, na forma da lei. Art. 7º, XXIII, da Constituição Federal. O art. 39, § 2º, daConstituição Federal apenas estendeu aos servidores públicos civis da União, dosEstados, do Distrito Federal e dos Municípios alguns dos direitos sociais por meio deremissão, para não ser necessária a repetição de seus enunciados, mas com isso nãoquis significar que, quando algum deles dependesse de legislação infraconstitucionalpara ter eficácia, essa seria, no âmbito federal, estadual ou municipal, a trabalhista. Comefeito, por força da Carta Magna Federal, esses direitos sociais integrarãonecessariamente o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, dos Estados,do Distrito Federal e dos Municípios, mas, quando dependem de lei que os regulamentepara dar eficácia plena aos dispositivos constitucionais de que deles decorrem, essalegislação infraconstitucional terá de ser, conforme o âmbito a que pertence o servidorpúblico, da competência dos mencionados entes públicos que constituem a federação.”

(RE 169.173, Rel. Min. Moreira Alves, julgamento em 10-5-1996, Primeira Turma, DJ de16-5-1997.)

XXIV - aposentadoria;

"Para efeito de aposentadoria especial de professores, não se computa o tempo deserviço prestado fora da sala de aula." (Súmula 726) 

"Ressalvada a revisão prevista em lei, os proventos da inatividade regulam-se pela leivigente ao tempo em que o militar, ou o servidor civil reuniu os requisitos necessários."(Súmula 359) 

"Em caso de dupla aposentadoria, os proventos a cargo do IAPFESP não sãoequiparáveis aos pagos pelo Tesouro Nacional, mas calculados à base da média salarialnos últimos doze meses de serviço." (Súmula 243) 

"Tem direito de retornar ao emprego, ou ser indenizado em caso de recusa doempregador, o aposentado que recupera a capacidade de trabalho dentro de cincoanos, a contar da aposentadoria, que se torna definitiva após esse prazo." (Súmula 217) 

"(...) minha decisão no RE 460.700 determinou o retorno dos autos ao Tribunal Superiordo Trabalho para que este prosseguisse no exame do processo como entendesse de

Direito, afastando do aresto recorrido a premissa de que a aposentadoria espontâneaextingue o contrato de trabalho. (...) Conforme destacou o Procurador-Geral daRepública, não há, na decisão deste Supremo Tribunal Federal, „uma determinação paraque a interessada seja reintegrada ao cargo de origem‟." (Rcl 5.515, voto do Rel. Min.Carlos Britto, julgamento em 29-4-2009, Plenário, DJE de 19-6-2009.)

“Previdenciário. INSS. Aposentadoria por tempo de serviço. Lei 8.213/1991. Efeitoretroativo. Impossibilidade. Esta Turma já se manifestou no sentido da impossibilidadede ser estendida a lei mais vantajosa (Lei 8.213/1991, art. 53, I e II) a benefício que lhe éanterior." (RE 521.703-ED, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 27-11-2007,Plenário, DJE de1º-2-2008.)

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"Previdência social: aposentadoria espontânea não implica, por si só, extinção docontrato de trabalho. Despedida arbitrária ou sem justa causa (CF, art. 7º, I): viola agarantia constitucional o acórdão que, partindo de premissa derivada de interpretaçãoconferida ao art. 453, caput , da CLT (redação alterada pela Lei 6.204/1975), decide quea aposentadoria espontânea extingue o contrato de trabalho, mesmo quando oempregado continua a trabalhar na empresa após a concessão do benefício

previdenciário. A aposentadoria espontânea pode ou não ser acompanhada doafastamento do empregado de seu trabalho: só há readmissão quando o trabalhadoraposentado tiver encerrado a relação de trabalho e posteriormente iniciado outra; casohaja continuidade do trabalho, mesmo após a aposentadoria espontânea, não se podefalar em extinção do contrato de trabalho e, portanto, em readmissão." (RE 449.420, Rel.Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 16-8-2005, Primeira Turma, DJ de 14-10-2005.) No mesmo sentido: RE 487.734-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em13-10-2009, Primeira Turma, DJE de 13-11-2009; RE 577.832-AgR, Rel. Min. EllenGracie, julgamento em 9-6-2009, Segunda Turma, DJE de 1º-7-2009; AI 752.346-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 8-9-2009, Segunda Turma, DJE de 25-9-2009; AI530.224-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 23-10-2007, SegundaTurma, DJE de 28-3-2008.

XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco)

anos de idade em creches e pré-escolas; (Redação da EC 53/06)  

XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;

“A fim de manter -se o incentivo à negociação coletiva (art. 7º, XXVI, CF/1988), os pisossalariais regionais somente serão estabelecidos por lei naqueles casos em que não hajaconvenção ou acordo coletivo de trabalho. As entidades sindicais continuarão podendoatuar nas negociações coletivas, desde que respeitado o patamar mínimo legalmenteassegurado.” (ADI 4.364, Rel. Min. Dias Toffoli, julgamento em 2-3-2011,Plenário, DJE de 16-5-2011.)

“O Supremo Tribunal Federal fixou jurisprudência no sentido de que a legislaçãosuperveniente que altera a política salarial fixada em norma coletiva de trabalho nãoviola o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada.” (RE 593.126-AgR, Rel.Min. Eros Grau, julgamento em 10-2-2009, Segunda Turma, DJE de 13-3-2009.)

"Acordo coletivo de trabalho: o art. 7º, XXVI, da Constituição Federal não elide adeclaração de nulidade de cláusula de acordo coletivo de trabalho à luz da legislação

ordinária." (AI 617.006-AgR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 2-3-2007,Plenário, DJ de 23-3-2007.) No mesmo sentido: AI 657.925-AgR, Rel. Min. SepúlvedaPertence, julgamento em 14-8-2007, Primeira Turma, DJ de 14-9-2007.

"A celebração de convenções e acordos coletivos de trabalho constitui direito reservadoexclusivamente aos trabalhadores da iniciativa privada. A negociação coletiva demandaa existência de partes detentoras de ampla autonomia negocial, o que não se realiza noplano da relação estatutária. A administração pública é vinculada pelo princípio dalegalidade. A atribuição de vantagens aos servidores somente pode ser concedida apartir de projeto de lei de iniciativa do chefe do Poder Executivo, consoante dispõe o art.

61, § 1º, inciso II, alíneas a e c , da Constituição do Brasil, desde quesupervenientemente aprovado pelo Poder Legislativo." (ADI 559, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 15-2-2006, Plenário, DJ de 5-5-2006.) No mesmo sentido: ADI 554, Rel.

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Min. Eros Grau, julgamento em 15-2-2006, Plenário, DJ de 5-5-2006; ADI 112, Rel. Min.Néri da Silveira, julgamento em 24-8-1994, Plenário, DJ de 9-2-1996.

“(...) a Constituição Federal apenas assegura o reconhecimento dos acordos e

convenções coletivas, genericamente, sem aludir ao prazo de validade das condições detrabalho estabelecidas, matéria afeta à lei ordinária.” (AI 507.348-AgR, voto do Rel. Min.Marco Aurélio, julgamento em 31-5-2005, Primeira Turma, DJ de 5-8-2005.) No mesmosentido: RE 572.061-AgR, Rel. Min. Ayres Britto, julgamento em 22-2-2011, SegundaTurma, DJE de 28-4-2011.

“Constitucional. Trabalho. Justiça do Trabalho. Competência. Ações dos servidorespúblicos estatutários. Constituição Federal, arts. 37, 39, 40, 41, 42 e 114. Lei 8.112, de1990, art. 240, alíneas d e e . Servidores públicos estatutários: direito à negociaçãocoletiva e à ação coletiva frente à Justiça do Trabalho: inconstitucionalidade. Lei8.112/1990, art. 240, alíneas d e e . Servidores públicos estatutários: incompetência da

Justiça do Trabalho para o julgamento dos seus dissídios individuais.Inconstitucionalidade da alínea e  do art. 240 da Lei 8.112/1990.” (ADI 492, Rel. Min.Carlos Velloso, julgamento em 12-11-1992, Plenário, DJ de 12-3-1993.)

XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;

XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir aindenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;

“A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de indenização

por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho propostas porempregado contra empregador, inclusive aquelas que ainda não possuíam sentença demérito em primeiro grau quando da promulgação da EC 45/2004.” (Súmula Vinculante22.)

"Subsiste a responsabilidade do empregador pela indenização decorrente de acidentedo trabalho, quando o segurador, por haver entrado em liquidação, ou por outro motivo,não se encontrar em condições financeiras, de efetuar, na forma da lei, o pagamentoque o seguro obrigatório visava garantir." (Súmula 529) 

"O regime de manutenção de salário, aplicável ao (IAPM) e ao (IAPETC), exclui aindenização tarifada na lei de acidentes do trabalho, mas não o benefícioprevidenciário." (Súmula 465) 

"No cálculo da indenização por acidente do trabalho, inclui-se, quando devido, o repousosemanal remunerado." (Súmula 464) 

"A controvérsia entre seguradores indicados pelo empregador na ação de acidente dotrabalho não suspende o pagamento devido ao acidentado." (Súmula 434) 

"A controvérsia entre o empregador e o segurador não suspende o pagamento devidoao empregado por acidente do trabalho." (Súmula 337) 

"Na composição do dano por acidente do trabalho, ou de transporte, não é contrário à leitomar para base da indenização o salário do tempo da perícia ou da sentença." (Súmula314) 

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"No típico acidente do trabalho, a existência de ação judicial não exclui a multa peloretardamento da liquidação." (Súmula 311) 

"O depósito para recorrer, em ação de acidente do trabalho, é exigível do seguradorsub-rogado, ainda que autarquia." (Súmula 240) 

"Em caso de acidente do trabalho, a multa pelo retardamento da liquidação é exigível dosegurador sub-rogado, ainda que autarquia." (Súmula 238) 

"Em ação de acidente do trabalho, a autarquia seguradora não tem isenção de custas."(Súmula 236) 

“São devidos honorários de advogado em ação de acidente do trabalho julgadaprocedente.” (Súmula 234) 

"Em caso de acidente do trabalho, são devidas diárias até doze meses, as quais não seconfundem com a indenização acidentária nem com o auxílio-enfermidade." (Súmula232) 

"A prescrição da ação de acidente do trabalho conta-se do exame pericial quecomprovar a enfermidade ou verificar a natureza da incapacidade." (Súmula 230) 

"A indenização acidentária não exclui a do direito comum, em caso de dolo ou culpagrave do empregador." (Súmula 229) 

"Em caso de acidente do trabalho ou de transporte, a concubina tem direito de serindenizada pela morte do amásio, se entre eles não havia impedimento para omatrimônio." (Súmula 35) 

“A cobrança da contribuição ao SAT incidente sobre o total das remunerações pagas

tanto aos empregados quanto aos trabalhadores avulsos é legítima.” (AI 742.458-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 14-4-2009, Segunda Turma, DJE de 15-5-2009.) Nomesmo sentido: AI 727.542-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 26-5-2009, Primeira Turma, DJE de 19-6-2009.

“O Supremo Tribunal Federal decidiu ser constitucional o art. 22, II, da Lei 8.212/1991,com a redação que lhe foi conferida pela Lei 9.732/1998, o qual expressamenteestabelece que a contribuição destinada ao seguro de acidente do trabalho tambémcusteará o benefício de aposentadoria especial.” (RE 365.913-AgR-ED, Rel. Min. ErosGrau, julgamento em 28-3-2006, Segunda Turma, DJ de 23-6-2006.) No mesmosentido: AI 804.423-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 23-3-2011, Primeira

Turma, DJE de 12-4-2011.

“Contribuição para o custeio do Seguro de Acidente do Trabalho (SAT): Lei 7.787/1989,art. 3º, II; Lei 8.212/1991, art. 22, II: alegação no sentido de que são ofensivos ao art.195, § 4º, c/c art. 154, I, da CF: improcedência. Desnecessidade de observância datécnica da competência residual da União, CF, art. 154, I. Desnecessidade de leicomplementar para a instituição da contribuição para o SAT.” (RE 343.446, Rel. Min.Carlos Velloso, julgamento em 20-3-2003, Plenário, DJ de 4-4-2003.) No mesmosentido: AI 736.299-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 22-2-2011, SegundaTurma, DJE de 11-3-2011; AI 654.716-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, julgamento em 8-2-2011, Primeira Turma, DJE de 29-3-2011; AI 809.496-AgR, Rel. Min. Ricardo

Lewandowski, julgamento em 2-12-2010, Primeira Turma,DJE 

de 1º-2-2011; AI625.653-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 30-11-2010, SegundaTurma, DJE de 1º-2-2011; AI 744.295-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 27-

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10-2009, Primeira Turma, DJE de 27-11-2009; RE 567.544-AgR, Rel. Min. Ayres Britto,  julgamento em 28-10-2008, Primeira Turma,DJE de 27-2-2009; AI 592.269-AgR, Rel.Min. Celso de Mello, julgamento em 8-8-2006, Segunda Turma, DJ de 8-9-2006.

XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazoprescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois

anos após a extinção do contrato de trabalho; (Redação da EC 28/00)  

"A prescrição atinge somente as prestações de mais de dois anos, reclamadas comfundamento em decisão normativa da Justiça do Trabalho, ou em Convenção Coletivade Trabalho, quando não estiver em causa a própria validade de tais atos." (Súmula349.)

“O Supremo Tribunal Federal entende que o prazo prescricional previsto no art. 7º,XXIX, da CF não se aplica a contratos de trabalho encerrados antes de sua entrada emvigor.” (RE 556.180-ED, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 15-3-2011, SegundaTurma, DJE de 4-4-2011.)

"FGTS. (...) O prazo prescricional do direito de ação referente a créditos trabalhistas éde dois anos da extinção do contrato de trabalho, conforme art. 7º, XXIX, da CF." (AI475.350-ED, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 23-3-2010, Segunda Turma, DJE de16-4-2010.) No mesmo sentido: AI 788.059-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamentoem 28-9-2010, Segunda Turma, DJE de 15-10-2010. Vide: AI 545.702-AgR, Rel. Min.Ayres Britto, julgamento em 28-9-2010, Segunda Turma,DJE de 26-11-2010.

"O art. 7º, XXIX, da Carta Magna estabelece apenas o prazo prescricional. A relação dadicotomia entre as espécies de prescrição: parcial ou total, reside, exclusivamente, noâmbito infraconstitucional." (RE 575.019-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 3-2-2009, Segunda Turma, DJE de 6-3-2009.) No mesmo sentido: AI 734.392-AgR, Rel.Min. Eros Grau, julgamento em 26-5-2009, Seguda Turma, DJE de 19-6-2009; AI735.532-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 19-5-2009, SegundaTurma, DJE de 19-6-2009.

"Trabalhador Rural. Art. 7º, XXIX, da CF. Prescrição. Ação iniciada antes dapromulgação da EC 28, de 2000. Retroatividade. Inadmissibilidade." (AI 467.975, Rel.Min. Gilmar Mendes, julgamento em 25-4-2006, Segunda Turma, DJ de 26-5-2006.) Nomesmo sentido: RE 423.575-AgR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 23-11-2004, Primeira Turma, DJ de 17-12-2004.

“Com a conversão do regime de trabalho do servidor, de celetista em estatutário, nãoobstante tenha resultado sem solução de continuidade o vínculo existente entre asmesmas partes, é de ter-se por extinto o contrato de trabalho e, consequentemente,iniciado, a partir de então, o curso do biênio estabelecido pela Carta Magna nodispositivo sob referência. Acórdão que se limitou a aplicar o referido prazo aosrecorrentes enquanto ex-empregados, não havendo que se falar em ofensa ao art. 39, §3º, da Constituição, nem ao princípio do direito adquirido.” (RE 317.660, Rel. Min. IlmarGalvão, julgamento em 6-2-2002, Plenário, DJ de 26-9-2003.)

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XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério deadmissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;

"O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7º,XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do

cargo a ser preenchido." (Súmula 683) 

"É inconstitucional o Decreto 51.668, de 17-1-1963, que estabeleceu salário profissionalpara trabalhadores de transportes marítimos, fluviais e lacustres." (Súmula 531) 

"Na equiparação de salário, em caso de trabalho igual, toma-se em conta o tempo deserviço na função, e não no emprego." (Súmula 202) 

"Concurso público: Técnico em Apoio Fazendário: candidata funcionária pública:indeferimento de inscrição fundada em imposição legal de limite de idade, nãoreclamado pelas atribuições do cargo, que configura discriminação inconstitucional (CF,

arts. 5º e 7º, XXX): (...)." (RE 141.357, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 14-9-2004, Primeira Turma, DJ de 8-10-2004.)

“Estabelece a Constituição em vigor, reproduzindo nossa tradição constitucional, no art.5º, caput (...). (...) De outra parte, no que concerne aos direitos sociais, nosso sistemaveda, no inciso XXX do art. 7º da Constituição Federal, qualquer discriminaçãodecorrente  – além, evidentemente, da nacionalidade  – de sexo, idade, cor ou estadocivil. Dessa maneira, nosso sistema constitucional é contrário a tratamentodiscriminatório entre pessoas que prestam serviços iguais a um empregador. No queconcerne ao estrangeiro, quando a Constituição quis limitar-lhe o acesso a algum direito,expressamente estipulou. (...) Mas o princípio do nosso sistema é o da igualdade detratamento. Em consequência, não pode uma empresa, no Brasil, seja nacional ouestrangeira, desde que funcione, opere em território nacional, estabelecer discriminaçãodecorrente de nacionalidade para seus empregados, em regulamento de empresa, atanto correspondendo o estatuto dos servidores da empresa, tão só pela circunstânciade não ser um nacional francês. (...) Nosso sistema não admite esta forma dediscriminação, quer em relação à empresa brasileira, quer em relação à empresaestrangeira.” (RE 161.243, Rel. Min. Carlos Velloso, voto do Min. Néri da Silveira, julgamento em 29-10-1996, Segunda Turma, DJ de 19-12-1997.)

“A vedação constitucional de diferença de critério de admissão por motivo de idade (CF,art. 7º, XXX) é corolário, na esfera das relações de Trabalho, do princípio fundamentalde igualdade (CF, art. 5º, caput ), que se estende, à falta de exclusão constitucional

inequívoca (como ocorre em relação aos militares  – CF, art. 42, § 11), a todo o sistemado pessoal civil. É ponderável, não obstante, a ressalva das hipóteses em que alimitação de idade se possa legitimar como imposição da natureza e das atribuições docargo a preencher. Esse não é o caso, porém, quando, como se dá na espécie, a leidispensa do limite os que já sejam servidores públicos, a evidenciar que não se cuida dediscriminação ditada por exigências etárias das funções do cargo considerado.” (RMS21.046, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 14-12-1990, Plenário, DJ de 14-11-1991). No mesmo sentido: AI 722.490-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 3-2-2009, Primeira Turma, DJE de 6-3-2009.

XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão

do trabalhador portador de deficiência;

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XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre osprofissionais respectivos;

XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e dequalquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir

de quatorze anos; (Redação da EC 20/98)  

"Tem direito a salário integral o menor não sujeito a aprendizagem metódica." (Súmula205) 

"Trabalhador rural ou rurícola menor de quatorze anos. Contagem de tempo de serviço.Art. 11, VII, da Lei 8.213. Possibilidade. Precedentes. Alegação de violação aos arts. 5°,XXXVI; e 97, da CF/1988. Improcedente. Impossibilidade de declaração de efeitosretroativos para o caso de declaração de nulidade de contratos trabalhistas. Tratamentosimilar na doutrina do direito comparado: México, Alemanha, França e Itália. Norma degarantia do trabalhador que não se interpreta em seu detrimento. Acórdão do STJ emconformidade com a jurisprudência desta Corte. Precedentes citados: AgRAI105.794, Segunda Turma, Rel. Aldir Passarinho,DJ  de 2-5-1986; e RE 104.654, Segunda Turma, Rel. Francisco Rezek, DJ  de 25-4-1986." (AI 529.694, Rel. Min. GilmarMendes, julgamento em 15-2-2005, Segunda Turma, DJ de 11-3-2005.)

XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanentee o trabalhador avulso.

"Contrato de trabalho para obra certa, ou de prazo determinado transforma-se emcontrato de prazo indeterminado, quando prorrogado por mais de quatro anos." (Súmula

195) 

Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitosprevistos nos incisos IV, VI, VIII, XV, XVII, XVIII, XIX, XXI e XXIV, bem como a suaintegração à previdência social.