artigo - 2009 - redes ethernet industrais_visao geral

Upload: george-henrique

Post on 15-Oct-2015

9 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 1

    REDES ETHERNET INDUSTRAIS: VISO GERAL.

    1 - Msc. Alexandre Baratella Lugli

    Professor coordenador do grupo de Automao Industrial e consultor de solues para a

    empresa Sense Eletrnica LTDA, INATEL.

    Rua Joo de Camargo, 510 Santa Rita do Sapuca / MG Brasil (www.inatel.br).

    Cel.: 055-35-9156-2232

    [email protected]

    2 - Ph.D. Max Mauro Dias Santos

    Professor coordenador do laboratrio de sistemas de Tempo Real (LTR), UNILESTE / MG.

    Av. Tancredo Neves, 3500 Coronel Fabriciano / MG Brasil.

    Fone: 055-31-3842-9420

    [email protected]

    3 - Ph.D. Lucia Regina Horta Rodrigues Franco

    Professora coordenadora do laboratrio de Fieldbus, UNIFEI / MG.

    Av. BPS, S/N - Itajub / MG, Brasil.

    Fone: 055-35-3629-1416

    [email protected]

    Resumo: O padro TCP/IP uma das arquiteturas mais difundidas para comunicao a longa

    distncia envolvendo computadores. Assim, tentando uma padronizao das redes industriais

    adotou-se h alguns anos tal padro no meio industrial, dando origem s redes Ethernet

    industriais.

    Hoje, existem quatorze redes Ethernet industriais j comercializadas em todo o

    mundo. As principais so: Profinet, Ethernet IP e HSE (High Speed Ethernet).

    O artigo explora parte desta tecnologia voltada para os ambientes industriais, chamada

    de Ethernet industrial. Evidencia os principais protocolos do mercado, suas caractersticas e

    aplicaes principais.

    Palavras chaves: Ethernet, Redes Industriais, Meio Fsico.

  • 2

    1 - A Evoluo dos Fieldbuses

    Os precursores da Ethernet na indstria foram as primeiras redes industriais: os

    fieldbuses.

    O termo fieldbus, mencionado anteriormente, um termo genrico que descreve as

    redes digitais de comunicao com a finalidade de substituir os antigos padres 4-20mA

    existentes. [1]

    Nos anos 40, a instrumentao de processo confiava em sinais de presso de 315 psi

    para monitorar os dispositivos de controle no cho-de-fbrica.

    J nos anos 60 os sinais analgicos de 4-20mA foram introduzidos na indstria para

    monitorar dispositivos.

    Com o desenvolvimento de processadores nos anos 70, surgiu a idia de se utilizar

    computadores para monitorao de processos e se fazer o controle de um ponto central. [1]

    Com os computadores, vrias etapas do controle poderiam ser feitas de forma diferentes de

    modo a se adaptar mais precisamente as necessidades de cada processo.

    Nos anos 80 comeou-se a desenvolver os primeiros sensores inteligentes assim como

    os controles digitais associados a esses sensores. [1] Tendo-se os instrumentos digitais era

    necessrio algo que pudesse interlig-los. Aqui, j se tinha a idia de uma rede que ligaria

    todos os dispositivos e disponibilizasse todos os sinais do processo num mesmo meio. A

    partir da, a necessidade de uma rede (fieldbus) era clara, assim como um padro que pudesse

    deix-lo padronizado para o controle de instrumentos inteligentes.

    A busca pela definio de um padro internacional levou vrios grupos a se unirem.

    Entre eles: a Instrument Society of America (ISA) [2], a International Electrotechnical

    Commission (IEC) [3], o comit de padronizao do Profibus (norma alem) [4] e o comit de

    padronizao do FIP (norma francesa). [5] Formaram o comit IEC/ISA SP50 Fieldbus.

    O desenvolvimento deste padro internacional demorou muitos anos. Em 2000, todas

    as organizaes interessadas convergiram para criar o fieldbus padro IEC, que foi

    denominado IEC 61158 [6] com oito protocolos diferentes chamados "tipos:

    Tipo 1 FOUNDATION Fieldbus H1 Tipo 2 ControlNet Tipo 3 Profibus Tipo 4 P - Net Tipo 5 FOUNDATION Fieldbus HSE (High Speed Ethernet) Tipo 6 Interbus

  • 3

    Tipo 7 SwiftNet Tipo 8 WorldFIP

    Mesmo estes padres no abrangiam todas as aplicaes na indstria. Mais tarde,

    ento, foi criada a IEC 61784 [6] como uma definio dos chamados perfis e ao mesmo

    tempo foram corrigidas as especificaes de IEC 61158. A Tabela 1 mostra os padres com

    os perfis.

    Tabela 1 - Padres e protocolos de acordo com a IEC 61784 e IEC 61158 [5]

    Como pode ser observado na Tabela 1, os padres para vrios protocolos de Ethernet

    j foram includos. Estes padres usam o meio fsico da Ethernet bem como os protocolos IP,

    TCP e UDP.

    1.1. A Ethernet na Indstria

    H vrios fieldbuses no ambiente industrial. Devicenet, Profibus, Interbus, Fieldbus

    Foundation e outros so usados em muitas aplicaes. Todos podem ser usados de acordo

    com a preferncia e, s vezes, com a aplicao. O que era necessrio era que estes fieldbuses,

    de fabricantes diferentes, pudessem ser adaptados tecnologia Ethernet e desta forma

    pudessem interagir uns com os outros.

    Atualmente, cada fabricante j tem sua soluo para o ambiente industrial em Ethernet:

    Profinet [7] da associao Profibus, (que uma evoluo do Profibus-DP), o Ethernet/IP da

    ODVA [8] (onde IP quer dizer Industrial Protocol) e cuja proposta uma evoluo do

  • 4

    Devicenet e Controlnet, e o HSE High Speed Ethernet da Fieldbus Foundation (que

    interconecta as redes H1) so exemplo e padres, conforme apresentados na Tabela 1.

    Com a existncia de uma grande quantidade de solues para Ethernet Industrial,

    acabou-se por no ter a interoperabilidade desejada. Isto porque cada fabricante ou grupo

    desenvolveu suas solues incompatveis com os demais, por exemplo, Profinet da associao

    Profibus no se comunica com o Ethernet/IP da ODVA.

    De uma forma ou outra a Ethernet conseguiu sua penetrao no ambiente industrial,

    porm alguns problemas comearam a surgir nesta fase inicial.

    1.2. Switch como soluo para o determinismo

    No principio a Ethernet no foi considerada ideal para a industrial por no ser

    determinstica. [6] No meio de acesso ao sistema CSMA/CD [9] as colises so detectadas e em

    seguida h contagem de tempo aleatria para uma nova transmisso. Este mtodo no parecia

    uma soluo muito atraente para a indstria porque no se garantia realmente que os dados

    fossem realmente transmitidos. Podem ocorrer vrias colises sucessivas e algumas

    informaes podem perder sua importncia durante este tempo em que ocorrem os conflitos.

    O uso do switch amenizou este problema. [6]

    O switch composto de vrias portas com buffer mantendo o controle de coliso,

    especificada no mtodo CSMA/CD. Se houver duas transmisses simultneas, como o switch

    tem portas independentes, pode-se transmitir o frame de uma porta e guardar o frame da outra

    em um buffer para ser transmitida posteriormente. Assim, assegura-se que sempre um dado

    transmitido vai chegar ao seu destino. Desta forma, a Ethernet teve realmente uma chance

    mais concreta de penetrar no cho-de-fbrica e se havia alguma duvida da sua participao na

    indstria [10], hoje sua presena no cho-de-fbrica um fato concreto.

    Mesmo com o uso de switchs, eventuais colises poderiam acontecer: se houvesse um

    broadcasting no switch, poderia haver eventuais colises com um dispositivo transmitindo

    numa mesma porta. Para resolver mais este problema, o sistema full duplex foi aplicado, onde

    h um canal de transmisso e um canal de recepo, evitando assim a situao citada

    anteriormente, pois mesmo que o switch d um broadcasting e um dispositivo transmita neste

    mesmo momento, eles estariam fisicamente em conexes diferentes e desta forma no

    ocorreria coliso. Assim a Ethernet pode ser considerada mais aplicvel ao ambiente

    industrial. [11]

  • 5

    1.3. As vantagens e desvantagens da Ethernet na Indstria

    A Ethernet de escritrio que est sendo levado ao cho-de-fbrica traz inmeras

    vantagens agregadas. Por ser um padro j consolidado no mercado, no havia maiores

    problemas de aceitao. A utilizao dos conceitos e equipamentos j existentes no mercado

    (conectores, placas, cabos, etc.) torna-se um fator positivo aos envolvidos na manipulao

    desta nova tecnologia, que na verdade no nova, s adaptada.

    A velocidade alcanada com a Ethernet na indstria (comercialmente 10 Mbps, 100

    Mbps e at 1 Gbps) algo novo visto que nenhum fieldbus existente no mercado conseguiria

    sequer se aproximar desta taxa.

    Tudo o que for usado na indstria, pode ser usado no escritrio, porm a recproca no

    verdadeira. Um dispositivo simples de escritrio pode no suportar as agresses de um

    ambiente industrial.

    Tabela 2 - Diferenas entre Ethernet na indstria e no escritrio

    Conforme descrito anteriormente, um grande atrativo da Ethernet na indstria que ela

    uma rede j consolidada e de grande penetrao em todo mundo. A adequao do meio

    fsico no apresenta impacto significativo para as pessoas que vo us-la na indstria.

    Na Tabela 2 as principais diferenas da Ethernet na indstria e no escritrio so

    mostradas. Dentre as diferenas principais, algumas so bem significativas como a variao

    de temperatura, a presena de umidade e as interferncias sofridas. Desta forma, um

  • 6

    dispositivo industrial exigir outros testes funcionais e tambm normas mais exigentes para se

    obter as certificaes necessrias para a venda de dispositivos no cho-de-fbrica. O que

    aconteceu com isto que, em geral, os testes feitos em fieldbuses como vibrao,

    temperatura, EMC tem de ser feitos tambm em dispositivos para Ethernet usados na

    indstria.

    1.4. Meio Fsico

    O meio fsico responsvel pela transmisso da informao da origem ao destino. Esta

    informao pode ser transmitida como bit na forma eltrica, luminosa ou eletromagntica. Na

    indstria estes 3 padres e outros mais podem estar presentes.

    Se for usado o meio fsico eltrico, um cabo ser necessrio e conforme dito

    anteriormente a agressividade do cho-de-fbrica exige um cabo especial e conexes

    especiais.

    1.4.1. Conectores

    A estrutura fsica da Ethernet muito importante na indstria devido ao ambiente

    agressivo em que se instala.

    Figura 1 - Conectores [12]

    Os conectores tm uma grande importncia nesta atmosfera industrial, podendo

    garantir, por exemplo, a proteo de umidade, a proteo mecnica, poeira e outras situaes

    comuns no cho de fabrica. [12]

    A Figura 1 mostra um problema ocorrido de corroso.

    Uma soluo para estes problemas a adoo de conectores mais robustos [13] com

    necessidades de IP67 (a prova de imerso em gua), por exemplo, conforme mostra a Figura

    1, com um conector M12 IP67 e um RJ 45 tambm IP67.

  • 7

    1.5. A Ethernet no mercado atual

    Na seqncia sero mostrados os principais protocolos existentes no mercado e a

    interao que foi realizada com IP, TCP e UDP.

    1.5.1. Ethernet/IP

    Ethernet Industrial Protocol (Ethernet/IP) [14] um padro de rede industrial aberto que

    suporta mensagem em tempo real e troca de mensagens. O Ethernet/IP usa o chip de

    comunicao Ethernet padro e tambm o mesmo meio fsico.

    Figura 2 - ODVA CIP [14]

    Ethernet/IP uma rede aberta baseada em:

    IEEE 802.3 padres Fsicos e link de dados. Ethernet TCP/IP protocol suite (Transmission Control Protocol/Internet Protocol),

    o padro Ethernet industrial.

    Common Industrial Protocol - CIP mostrado na Figura 2, o protocolo de aplicao presente nas redes ControlNet, Devicenet e Ethernet/IP.

    1.5.1.1. Comunicao

    A CIP prov uma grande quantidade de padres e servios de acesso de dados e para

    controle de dispositivos na rede via as chamadas mensagens implcitas e explcitas

    mostradas na Figura 3. O pacote de dados CIP pode ser encapsulado antes que eles sejam

  • 8

    enviados via Ethernet e inserido um cabealho no datagrama que depende da caracterstica

    do servio.

    Figura 3 - Comunicao Explcita e Implcita [14]

    1.5.1.2. A CIP encapsulada no UDP e TCP

    A Figura 3 mostra como os dados so enviados para rede usando-se o protocolo UDP

    ou o protocolo TCP.

    A Transferncia de dados no crtica tipicamente pacotes grandes, conexes explcitas de um produtor para um consumidor. Os pacotes de Informaes usam o

    protocolo TCP/IP e tem a vantagem das caractersticas de tratamento de dados do

    TCP, ou seja, sendo orientados a conexo garante o envio e o recebimento dos dados.

  • 9

    Figura 4 - Configurao Tpica [15]

    Os Dados de I/O (Input/Output) usam transferncia crtica de dados, tipicamente

    pacotes de dados pequenos. Troca de dados I/O so conexes implcitas de longo

    alcance entre um produtor e um consumidor. Pacotes de Dados de I/O usam o

    protocolo UDP/IP e tem a vantagem da alta velocidade (throughput) do UDP. Neste

    caso no h verificao de recepo, uma vez que, conforme discutido no incio deste

    trabalho, qualquer dados retransmitido na Ethernet j estar obsoleto.

    H tambm uma sincronizao em Tempo-Real que uma sincronizao cclica de dados entre um produtor e um consumidor ou consumidores. Os pacotes de

    Sincronizao em Tempo-Real usam o protocolo UDP/IP. Como so dados de

    sincronismo, necessria a velocidade oferecida pelo UDP.

  • 10

    No tipo de aplicao da Figura 4, pode-se notar que todos os dispositivos tm conexo

    com a rede Ethernet/IP. [15]

    Na utilizao de Flex I/Os, por exemplo, esta famlia de dispositivos [15] tem interfaces

    que podem se comunicar com Devicenet (ODVA) e Ethernet/IP. Assim, as antigas interfaces

    Devicenet, que tem possibilidade, podem ser trocadas gradativamente por interfaces

    Ethernet/IP.

    1.5.2. Profinet

    Profinet um padro de automao do PROFIBUS internacional para implementao

    de integrao e solues consistentes baseadas em Ethernet Industrial. [4] Profinet suporta a

    integrao de um simples dispositivo de campo e aplicaes de tempo crtico em

    comunicaes Ethernet, bem como a integrao de automao de sistemas distribudos

    baseados em componentes. [16]

    A arquitetura do Profinet similar ao do Profibus DP, incluindo a comunicao

    mestre-escravo. O mestre DP corresponde ao controlador I/O no Profinet. [17]

    Figura 5 - Profibus x Profinet [17]

    Profinet I/O distingue-se em trs tipos de dispositivo: Controlador I/O, Dispositivo I/O

    e Supervisor I/O:

    Controlador I/O: Controlador no qual o programa de automatizao executado. Dispositivo I/O: dispositivo de campo remoto que designado para um

    Controlador I/O.

    IO-Supervisor: Dispositivo/PC programvel que comissiona e tem funes de diagnsticos

  • 11

    1.5.2.1. Dispositivos de campo distribudos (Profinet I/O)

    Dispositivos de campo distribudos so integrados atravs do Profinet I/O. Ele usa a

    viso convencional do I/O do Profibus DP, de acordo com o qual os dados do I/O do

    dispositivo de campo so ciclicamente transmitidos para a imagem do CLP.

    Profinet I/O [16] descreve um modelo de dispositivo que baseado em caractersticas

    chaves do Profibus DP e inclui slots e canais. As caractersticas dos dispositivos de campo so

    descritas via um GSD (General Station Description) [18] em uma base XML.

    1.5.2.2. Interao com outros Fieldbuses

    Para a integrao de outros dispositivos e outros fieldbus, o Profinet tem o Proxy: ele

    funciona como um gateway e assim transfere dados deste fieldbuses para o Profinet onde o

    controle implementado. Vale lembrar que existe um padro especifico para este Proxy e

    desta forma os nicos existentes at o momento so para o Profibus DP e para o Interbus [19]

    conforme mostrado na Figura 6.

    Figura 6 - Integrao de Outros Fieldbuses via Proxy [17]

    1.5.2.3. Comunicao

    O Profinet utiliza diversos nveis de comunicao:

    O Profinet transfere dados no crticos, como parmetros, dados de configurao e informaes de conexo em cima do canal padro TCP/UDP e IP. Isto satisfaz as

    exigncias para as conexes de nveis de automao de outras redes (MES, ERP).

    Para transmisso de dados de processo em tempo crticos dentro da planta de produo, usa-se o canal de tempo real - Soft Real Time (SRT).

    Para aplicaes de tempo onde necessrio sincronizao, a comunicao de Tempo Real Iscrona (Isochronous Real Tempo - IRT) est disponvel permitindo

    jitter acumulados de 1 s em um ciclo de 1 ms.

  • 12

    Figura 7 - Tempo de resposta [17]

    De acordo com Figura 7, cada etapa do processo tem um tipo de comunicao diferente.

    Figura 8 - Comunicao em Tempo Real [17]

    Para a comunicao de dados e parmetros que no exijam tempo de resposta crtico, o

    Profinet usa o TCP (Figura 7). Para dados com tempo de resposta de 10 ms (Figura 8) usado

    o UDP por ser mais rpido que o TCP.

    Para dados com tempo de resposta muito pequenos, utilizado uma comunicao

    especial que chamada iscrona. Este encapsulamento feito atravs de um bypass na

    camada de encapsulamento IP, conforme Figura 8. Assim o dado ser mais rapidamente

    processado e enviado, pois h duas camadas a menos no protocolo.

    A desvantagem deste tipo de implementao a necessidade de um hardware dedicado

    deixando o Profinet no totalmente compatvel com os sistemas normais Ethernet. [20]

    1.5.3. HSE - High Speed Ethernet

    A Fieldbus Foundation tem a soluo HSE para a rede Ethernet. Conforme j mostrado

    na Tabela 1, o H1 e o HSE so subclasses da IEC 61158.

    A funo desta rede no seria substituir as redes H1 existentes (rede convencional

    Fieldbus Foundation), mas interconect-las e liga-las a sistemas de superviso. [21] Esta rede

    usa UDP/IP sobre as camadas de enlace Ethernet. [22]

  • 13

    Figura 9 - H1 e HSE [21]

    Na Figura 9, pode-se observar as diferenas entre a rede H1 (Fieldbus Foundation) e a

    HSE. A questo da velocidade limitada pelo prprio limite da rede Ethernet que pode ser de

    at 100 Mbps e tambm com a limitao fsica de 100 metros do cabo.

    O determinismo s pode ser alcanado, de acordo com o que j foi citado no incio

    deste capitulo, pela presena do switch full duplex. Caso esta considerao no seja feita, a

    rede HSE, como as demais redes, no conseguiria alcanar este determinismo.

    1.5.3.1. Categoria de dispositivos

    O HSE (High Speed Ethernet) baseado na Ethernet, IP e TCP/UDP e tem quatro

    tipos bsicos de categorias de dispositivos (Figura 10):

    Figura 10 - Categoria de dispositivos [21]

    O Host Device (HD) estao de trabalho. O Link Device (LD) um n HSE para conectar um ou mais segmentos Fieldbus

    H1 HSE.

  • 14

    O Gateway Device (GD) um n HSE para conectar uma ou mais redes externas HSE.

    O Ethernet Device (ED) um n HSE com condies de conexo direta s aplicaes de controle e medio.

    Dispositivos em Redes H1 diferentes podem se comunicar atravs do HSE via um Link

    Device (LD) (Figura 11).

    Figura 11 - Comunicao entre H1's pela HSE [21]

    1.5.3.2. Comunicao

    O UDP se ajusta muito bem dentro do esquema sincronizado de cliente/servidor usado

    no HSE. A entrega garantida de dados controlada pela camada de aplicao em vez da

    camada de transporte. Se a camada de aplicao no est adquirindo os dados que quer,

    tentar novamente, e se falha entra em uma ao segura.

    Como j foi mencionada anteriormente, uma caracterstica da automao de dados

    que eles so atualizados vrias vezes por segundo. At que se retransmita uma mensagem

    falha, os dados j esto obsoletos. Ento, a retransmisso provida pelo TCP com entrega

    garantida realmente no requerida. simplesmente melhor enviar o valor novo disponvel

    no sensor em lugar de tentar uma retransmisso de valores obsoletos que sero descartados de

    qualquer maneira, ou seja, usa-se o UDP.

    O UDP multicast assim pode ser usado por vrios receptores em uma nica

    comunicao. Este tipicamente o caso para automao onde um sensor de leitura

    freqentemente usado em mais de um lugar.

  • 15

    2. CONCLUSO

    Com a realizao deste trabalho, foi possvel ampliar o conhecimento de um sistema

    interligado em rede, apresentando como resultado importantes caractersticas da rede Ethernet

    industrial no nvel de usurio de sistemas de automao.

    O artigo evidencia as tecnologias inovadoras do mercado de redes industriais, mostra o

    funcionamento e as caractersticas de cada um dos principais protocolos e vises de aplicao,

    evidenciando topologia, tamanho de segmentos, switchs industriais, cabos e conectores

    especiais.

    Assim, o usurio final pode ter uma boa noo dos equipamentos e tecnologias novas

    que esto surgindo no mercado mundial.

  • 16

    3. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    [1] LOPEZ, Ricardo Aldab. Sistemas de Redes para controle e Automao. Editora Express. 2000. [2] http://www.isa.org/ International Society for Measurement and Control. Acesso em Jan. 2007. [3] http://www.iec.org/ International Engineering Consortium. Acesso em Fev. 2007. [4] http://www.profibus.com/ Profibus: The Industrial Communications Community Delivering Greater Enterprise Advantage. Acesso em Jan. 2007. [5] FRENCH ASSOCIATION FOR STANDARDIZATION. FIP. Bus for Exchange of Information Between Transmitters, Actuators and Programmable Controllers, NF C46 601-607, Mar. 1990. [6] FELSER, Max, SAUTER, Thilo. The Fieldbus War: History or Short Break Between Battles? 4th IEEE International Workshop on Factory Communication System, Vasteras, Sweded. Ago. 2002 [7] POSCHMANN, A.; NEUMANN, P. Institut fur Automation und Kommunikation Magdeburg Architecture and Model of Profinet. Germany. IEEE 2004. [8] BROOKS, Paul. Ethernet/IP Industrial ProtocolLogix/NetLinx Technology Adoption, Rockwell Automations European Marketing Manager, Belgium, IEEE 2001. [9] 802.3 IEEE Standard for Information technology Telecommunications and information exchange between systems. Local and metropolitan area networks Specific requirements Part 3: Carrier sense multiple access with collision detection (CSMA/CD) access method and physical layer specifications. IEEE 2002. [10] DECOTIGNIE, Jean Dominique. A perspective on Ethernet-TCP/IP as a fieldbus. IFAC International Conference on Fieldbus Systems and their Applications, 2001. [11] CRWKETT, Neil. Connecting the Factory Floor. Business Development Director, Manufacturing Sector, Cisco Systems EMEA. IEE Manufacturing Engeneer, Jun. 2003. [12] INDUSTRIAL ETHERNET BOOK, edio 10. Connectors for harsh conditions. Jun. 2002. [13] INDUSTRIAL ETHERNET BOOK, edio 12. Industrial 100Mbps connectors: signed, sealed and delivered? Nov. 2002.

  • 17

    [14] ETHERNET/IP. Specification Release 1.0. Disponvel no site: www.odva.org. Acesso em Jun. 2001. [15] www.ab.com/en/epub/catalogs/12762/2181376/214372/1810894/3404056/tab7.html Allen Bradley. Acesso em Ago. 2005. [16] IEC/PAS 62411 Ed. 1.0:2005. Real-time Ethernet PROFINET IO. Jun. 2005 [17] www.sitrain.com/modules/profinet_en/times/index_1024.htm Curso Siemens de Profinet, Acesso em Abr. 2007. [18] POPP, Manfred; WEBBWE, Karl. The Rapid Way to Profinet, Nov. 2004. [19] FELSER, Max. Real-Time Ethernet Industry Prospective. Proceedings of the IEEE, edio 6. Jun. 2005. Pg.: 1118 1129. [20] www.automation.siemens.com/profinet/html_76/produkte/ertec_400.htm Profinet, Siemens Automao. Acesso em Dez. 2006. [21] SMAR, HSE - High Speed Ethernet, Set. 2003. [22] SILVA NETO, Eugenio F. da; BERRIE, Peter G. High Speed Ethernet - Promoting openness in hybrid control. Endress+Hauser Process Solutions AG, atp international. Abr. 2006. Pg. 39-45.

    /ColorImageDict > /JPEG2000ColorACSImageDict > /JPEG2000ColorImageDict > /AntiAliasGrayImages false /DownsampleGrayImages true /GrayImageDownsampleType /Bicubic /GrayImageResolution 300 /GrayImageDepth -1 /GrayImageDownsampleThreshold 1.50000 /EncodeGrayImages true /GrayImageFilter /DCTEncode /AutoFilterGrayImages true /GrayImageAutoFilterStrategy /JPEG /GrayACSImageDict > /GrayImageDict > /JPEG2000GrayACSImageDict > /JPEG2000GrayImageDict > /AntiAliasMonoImages false /DownsampleMonoImages true /MonoImageDownsampleType /Bicubic /MonoImageResolution 1200 /MonoImageDepth -1 /MonoImageDownsampleThreshold 1.50000 /EncodeMonoImages true /MonoImageFilter /CCITTFaxEncode /MonoImageDict > /AllowPSXObjects false /PDFX1aCheck false /PDFX3Check false /PDFXCompliantPDFOnly false /PDFXNoTrimBoxError true /PDFXTrimBoxToMediaBoxOffset [ 0.00000 0.00000 0.00000 0.00000 ] /PDFXSetBleedBoxToMediaBox true /PDFXBleedBoxToTrimBoxOffset [ 0.00000 0.00000 0.00000 0.00000 ] /PDFXOutputIntentProfile () /PDFXOutputCondition () /PDFXRegistryName (http://www.color.org) /PDFXTrapped /Unknown

    /Description >>> setdistillerparams> setpagedevice