artÉrias e veias do membro inferior

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A irrigação do membro inferior é feita por intermédio da artéria femoral e dos ramos extrapélvicos da artéria ilíaca interna. Ramos extrapélvicos da artéria ilíaca interna Artéria ilíaca interna ramo de bifurcação interno da artéria ilíaca primitiva; origina- se ao nível da sínfise sacro-ilíaca; dirige-se no sentido infero-posterior; ao nível da grande chanfradura ciática, origina vários ramos, entre os quais 4 ramos extrapélvicos (que vão irrigar estruturas que estão fora da cavida pélvica). Os ramos extrapélvicos são: 1) Artéria Obturadora; 2) Artéria Glútea; 3) Artéria Isquiática; 4) Artéria Podenda Interna ①Artéria Obturadora A partir da sua origem, dirige-se para a frente, ao longo da parede lateral da pequena bacia, alcançando o canal obturado, e acaba por sair da bacia. Alcança a face ântero- interna da coxa, onde fornece dois ramos terminais: Ramo interno – vasculariza os músculos pectíneo, adutores (pequeno, médio e grande), recto interno e obturador externo.

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A irrigação do membro inferior é feita por intermédio da artéria femoral e

dos ramos extrapélvicos da artéria ilíaca interna.

Ramos extrapélvicos da artéria ilíaca interna

Artéria ilíaca interna ramo de bifurcação interno da artéria ilíaca primitiva; origina-

se ao nível da sínfise sacro-ilíaca; dirige-se no sentido infero-posterior; ao nível da

grande chanfradura ciática, origina vários ramos, entre os quais 4 ramos extrapélvicos

(que vão irrigar estruturas que estão fora da cavida pélvica).

Os ramos extrapélvicos são: 1) Artéria Obturadora; 2) Artéria Glútea; 3) Artéria

Isquiática; 4) Artéria Podenda Interna

①Artéria Obturadora

A partir da sua origem, dirige-se para a frente, ao longo da parede lateral da pequena

bacia, alcançando o canal obturado, e acaba por sair da bacia. Alcança a face ântero-

interna da coxa, onde fornece dois ramos terminais:

Ramo interno – vasculariza os músculos pectíneo, adutores (pequeno,

médio e grande), recto interno e obturador externo.

Ramo externo – anastomosa-se com a artéria isquiática; fornece um ramo

para a articulação coxo-femoral, penetrando nesta articulação pela

chanfradura isquio-púbica.

②Artéria Glútea

Sai da bacia pela porção superior da grande chanfradura ciática, superiormente ao

músculo piramidal. Ao alcançar a região glútea, origina dois ramos terminais:

Ramo superficial – vasculariza os músculos grande e médio glúteos;

Ramo profundo – vasculariza os músculo médio e pequeno glúteos.

③Artéria Isquiática

Sai da bacia pela grande chanfradura ciática, inferiormente ao músculo piramidal.

Quando alcança a região glútea fornece:

Ramos posteriores – vascularizam o músculo grande glúteo;

Ramos descendentes – vascularizam os músculos posteriores da coxa;

Artéria satélite do nervo ciático

④Artéria Podenda Interna

Sai da bacia pela grande chanfradura ciática, inferiormente ao músculo piramidal;

contorna a face externa da espinha ciática; volta a entrar na bacia pela pequena

chanfradura ciática. Ao longo do seu percurso extrapélvico, fornece ramos para os

músculos grande glúteo, gémeos (superior e inferior), piramidal e obturador interno.

Artéria Femoral

É a continuação da artéria ilíaca externa; estende-se desde o anel crural até ao anel do

grande adutor, onde passa a denominar-se artéria popliteia. Atravessa

sucessivamente: a) o anel crural; b) o triângulo de Scarpa; c)

a porção ântero interna da coxa, inferiormente ao triângulo

de Scarpa.

Apresenta as seguintes relações:

a) Ao nível do anel crural – situa-se inferiormente à

arcada femoral e superiormente à eminência ilio-

pectínea; relaciona-se, interiormente, com a veia

femoral, e exteriormente com a fita ilio-pectinea (que

a separa do nervo crural e do músculo psoas-ilíaco).

b) Ao nível do triângulo de Scarpa – a artéria atravessa esta triângulo, unindo a

zona média do lado superior ao seu vértice; percorre o intersticio entre os

músculo pectíneo e psoas-ilíaco; e veia situa-se internamente.

c) Inferiormente ao triângulo de Scarpa – situa-se entre os músculos grande e

médio adutores (interiormente) e o músculo vasto interno (externamente),

sendo cruzada pelo músculo costureiro; a veia contorna a artéria

(posteriormente), passando a situar-se externamente.

Durante todo o trajecto, a artéria femoral é envolvida por uma bainha fibrosa. Ao

nível do triângulo de Scarpa forma o Canal Crural; inferiormente a este triângulo

forma o Canal de Hunter.

Ramos Colaterais:

①Artéria Subcutânea Abdominal ou Epigástrica Superficial

Origina-se inferiormente à arcada femoral; perfura a aponevrose femoral, torna-se

subcutânea e distribui-se à porção infra-umbilical da parede anterior do abdomen.

Anastomosa-se com as artéria epigástrica e circunflexa ilíaca superficial.

Triângulo de Scarpa

②Artéria Circunflexa Ilíaca Superficial

Origina-se na parte anterior da artéria femoral; torna-se também subcutânea e alcança

a zona infra-umbilical da parede anterior do abdomen, vascularizando o território

externamente ao da artéria subcutânea abdominal.

③Artéria Podenda Externa Superficial (ou superior)

Nasce da face interna da artéria femoral; perfura a aponevrose femoral; dirige-se para

internamente, e vai vascularizar a região púbica (escroto no homem e grandes lábios

na mulher).

④Artéria Podenda Externa Profunda (ou inferior)

Origina-se inferiormente à anterior; cruza transversalmente a face anterior da veia

femoral; passa posteriormente à veia safena interna; vai localizar-se anteriormente ao

músculo pectíneo, e torna-se superficial; vasculariza a região púbica (escroto no

homem e grandes lábios na mulher).

⑤Artéria Femoral Profunda

Ramo mais volumoso da artéria femoral, nascendo da sua face posterior; irriga a quase

totalidade dos músculos e vísceras da coxa; da sua origem, dirige-se no sentido infero-

posterior, entre os músculos vasto interno e pectíneo; mais inferiormente, relaciona-se

directamente com o músculo grande adutor, perfurando-o (3ª artéria perfurante).

Ao longo do seu percurso, fornece os seguintes ramos:

Artéria Circunflexa Posterior – contorna o colo cirurgico do fémur (no

sentido ântero-posterior); distribui-se aos músculos vizinhos e à articulação

coxo-femoral.

Artéria Circunflexa Anterior – contorna o colo cirurgico do fémur (no

sentido póstero-anterior); distribui-se aos músculos vizinhos; anastomosa-

se com a circunflexa posterior.

Artéria do Quadricipede Crural – ramo mais volumoso da artéria femoral

profunda; distribui-se às quatro porções do músculo quadricipede crural.

Artérias Perfurantes (1ª, 2ª e 3ª) – atravessam os músculos adutores da

coxa, posteriormente à artéria femora profunda. A 1ª perfurante passa

entre os dois feixes do músculo pequeno adutor, e depois entre os feixes

superior e médio do médio adutor; a 2ª perfurante atravessa o feixe médio

do médio adutor; a 3ª perfurante (ramo terminal da artéria femoral

profunda) atravessa o feixe médio do médio adutor, inferiormente ao anel

do grande adutor.

Ao alcançarem o músculo grande adutor, as 3 artérias perfurantes

anastomosam-se entre si; a 1ª perfurante anastomosa-se com as artérias

circunflexa posterior e isquiática; a 2ª perfurante fornece a artéria nutritiva do

fémur.

⑥Artéria Grande Anastomótica

Nasce da artéria femoral ao nível do anel do grande adutor. Divide-se em 3

ramos:

Ramo superficial ou safeno – atravessa o canal de Hunter (ou canal dos

adutores), juntamente com o nervo safeno interno.

Ramo Profundo Muscular – para o vasto interno e o crural

Ramo Profundo Articular – que vai vascularizar a face interna da articulação

do joelho.

Artéria Popliteia

Esta artéria continua a artéria femoral; estende-se desde o anel do grande adutor

até ao anel do solhar. Ao nível deste anel, termina bifurcando-se em dois ramos: a

artéria tibial anterior (anteriormente), e o tronco tibio-peroneal (posteriormente).

Relações:

Anteriormente – Ligamento Posterior da articulação do joelho;

Posteriormente – Músculos semi-membranoso, gémeos e plantar delgado;

Internamente – Músculos semi-membranoso e gemeo interno

Externamente – Músculos bicípede crural e gémeo externo.

A veia popliteia situa-se externamente à artéria; o nervo ciático popliteu interno

situa-se póstero-externamente à veia.

Ramos Colaterais:

①Artéria Articular Supero-Interna

Contorna o côndilo interno do fémur; atravessa o músculo grande glúteo;

vasculariza o músculo vasto interno e os tegumentos da região ântero-interna do

joelho.

②Artéria Articular Supero-Externa

Contorna o côndilo externo do fémur; atravesse o músculo bicipede crural;

vasculariza o músculo vasto externo e os tegumentos da região ântero-externa do

joelho.

③Artéria Articular Média

Atravessa o ligamento posterior do joelho; vai distribuir-se aos ligamento cruzados

e à sinovial da articulação do joelho, bem como à extremidade inferior do fémur.

④Artéria Articular Infero-Interna

Contorna, no sentido póstero-anterior, a tuberosidade interna da tíbia; passa

inferiormente ao ligamente lateral interno do joelho; termina na região ântero-

interna do joelho.

⑤Artéria Articular Infero-Externa

Contorna, no sentido póstero-anterior, a tuberosidade externa da tíbia; passa

inferiormente ao ligamento lateral externo do joelho; termina na região ântero-

externa do joelho.

⑥Artérias Gémeas

Artérias, em número de duas (uma interna e outra externa), que se originam na

face posterior da artéria popliteia; vascularizam os músculos gémeos.

Rede Arterial Peri-rotuliana

Esta rede resulta das anastomoses entre as ramificações das duas artérias

articulares superiores e das duas artérias articulares inferiores (ramos da artéria

popliteia). Contribuem ainda para a formação deste círculo: a artérias grande

anastomótica (ramo da femoral) e a artéria recorrente tibial anterior (ramo da tibial

anterior).

Artéria Tibial Anterior

É o ramo de bifurcação anterior da artéria popliteia; origina-se ao nível do anel do

solhar; atravessa um orificio que se encontra na extremidade superior da

membrana interóssea da perna; alcança a região anterior da perna; ao alcançar o

ligamento anular anterior do tarso passa a chamar-se artéria pediosa.

Relações:

Posteriormente – membrana interóssea da perna; face externa da tíbia (1/4

inferior)

Anteriormente – Músculos extensor comum dos dedos e tibial anterior

Internamente – Músculo tibial anterior

Externamente – Músculos extensor comum dos dedos e extensor próprio do 1º

dedo

Ao longo do seu trajecto está relacionado com duas veias satélites (uma interna e

outra externa), e com o nervoa tibial anterior (situado externamente).

Ramos colaterais:

①Artéria Recorrente peroneal posterior

Também conhecida como artéria da cabeça do perónio de Weber; dirige-se no sentido supero-externo; contorna a cabeça do perónio; vasculariza a porção anterior da articulação tibio-peroneal superior.

②Artéria Recorrente tibial anterior

Dirige-se no sentido supero-interno a partir da sua origem; situa-se entre a tíbia e o músculo tibial anterior; ao alcançar a face anterior do joelho, vai anastomosar-se com outras artérias, contibuindo para a formação da rede arterial peri-rotuliana.

③Artéria Recorrente peroneal anterior

Sobe ao longo no nervo tibial anterior; após a sua origem, perfura o músculo longo peroneal lateral; vasculariza a porção externa da articulação do joelho.

④ Artéria Maleolar Interna

Origina-se acima do ligamento anular anterior do tarso; vasculariza os tegumentos maleolares internos.

⑤Artéria Maleolar Externa

Origina-se ao mesmo nível que a anterior; vasculariza a pele que cobre o meléolo externo e a articulação tibio-társica.

⑥Ramos Musculares

Ramos que vão vascularizar os músculos extensores e o tibial anterior.

Artéria Pediosa

É a continuação da artéria tibial anterior, originando-se a nível do ligamento anular anterior do tarso. Alcança a zona dorsal do pé, e dirige-se até à extremidade posterior do 1º espaço interósseo; perfura no sentido supero-inferior os músculos que ocupam esse espaço, e alcança a região plantar; ai, anastomosa-se com a artéria plantar externa (ramos da artéria tibial posterior).

Relações:

Posteriormente – ossos e articulações do tarso

Anteriormente – aponevrose do músculo pedioso

Internamente – Tendão do Músculo extensor do 1º dedo

Externamente – Músculo pedioso

A artéria é acompanhada por duas veias satélites e pelo ramo interno da bifurcação do nervoa ibial anterior.

Ramos Colaterais:

①Artéria Dorsal do Tarso

Origina-se inferiormente ao ligamento anular anterior do tarso; dirige-se obliquamente para o exterior, em direcção ao bordo externo do pé; situa-se inferiormente ao músculo pedioso, que vasculariza; anastomosa-se com as artérias peroneal anterior, maléolar externa, dorsal do matatarso e plantar externa.

②Artéria Dorsal do Metatarso

Destaca-se ao nível do 1º espaço interósseo; dirige-se transversalmente para o exterior, até alcançar o bordo externo do pé; aí, vai anastomosar-se com a artéria plantar externa. Constitui a arcada dorsal do metatarso, de onde nascem as artérias interósseas dorsais:

Artéria interóssea dorsal do 2ª espaço – fornece a colateral dorsal externa do 2º dedo e a colateral dorsal interna do 3º dedo

Artéria interóssea dorsal do 3º espaço – fornece a colateral dorsal externa do 3º dedo e a colateral dorsal interna do 4º dedo

Artéria interóssea dorsal do 4º espaço – fornece a colateral dorsal externa do 4º dedo e a colateral dorsal interna do 5º dedo (a artéria colateral dorsal externa do 5º dedo é muito fina e origina-se da artéria interóessea dorsal do 4º espaço ou da colateral dorsal interna do 5º dedo)

③Artéria Interóssea dorsal do 1º espaço

Percorre o 1º espaço interósseo; ao alcançar a extremidade anterior do 1º dedo, dá origem: à artéria colateral dorsal interna do 2º dedo; à artéria colateral externa do 1º dedo; à artéria colateral dorsal interna do 1º dedo.

Tronco Tibio-Peroneal

Este tronco é o ramo de bifurcação posterior da artéria popliteia. Inicia-se ao nível do anel do solhar, e inferiormente a esse anel birfuca-se, dando origem à artéria tibial posterior e à artéria peroneal. Relações: Anteriormente – Músculo tibial posterior Posteriormente – Músculos solhar, plantar delgado e gémeos É acompanhada por duas veias satélites e pelo nervo tibial posterior. Ramos colaterais: ①Artéria superior do solhar Artéria que vasculariza o músculo solhar. ②Artéria recorrente tibial interna Dirige-se internamente, inferiormente ao músculo solhar, e ramifica-se na tuberosidade interna da tíbia, anastomosando-se com a artéria articular infero-interna. ③Artéria nutritiva da tíbia Dirige-se no sentido infero-interno, penetrando no buraco nutritivo da tíbia.

Artéria Peroneal É o ramo de bifurcação interno do tronco tibio-peroneal. Desce ao longo da face posterior da perna, até à extremidade inferior do ligamento interósseo, onde se bifurca, originando a artéria peroneal anterior e a artéria peroneal posterior. Relações: Situa-se entre os músculos superficiais e os músculos profundos da região posterior da perna: rimeiro, repousa sobre o tibial psoterior; depois situa-se por baixo do flexor próprio do 1º dedo; depois caminha no bordo interno do peróneo; por fim, localiza-se na face posterior do ligamento interósseo. Ramos colaterais: ①Artéria Nutritiva do Peróneo Artéria que vasculariza o peróneo. ②Ramos Musculares Ramos destinados a vacularizar os músculos vizinhos. Ramos terminais: ①Artéria Peroneal Anterior – perfura o ligamento interósseo e chega à região anterior da perna; anatomosa-se com as artérias maleolar externa e dorsal do tarso. ②Artéria Peroneal Posterior – continua o caminho da artéria peroneal; termina na face externa da articulação tibio-társica; anastomosa-se nesse região, com as artérias peroneal anterior, maleolar externa e plantar externa. Artéria Tibial Posterior É o ramo de bifurcação interno do tronco tibio-peroneal. Situa-se entre os músculos superficiais e profundos da região posterior da perna; ao alcançar a goteira calcânea interna, bifurca-se e origina as artérias plantares externa e interna. Relações: Anteriormente – Músculo tibial posterior (em cima) e Músculo flexor comum dos dedos (em baixo) Posteriormente – Músculos solhar e gémeos Na goteira calcânea interna, a artéria situa-se entre o tendão do flexor comum dos dedos (ant.) e o tendão do flexor próprio do 1º dedo (post). É acompanhada por duas veias satélites e pelo nervo tibial psoterior (na porção inferior da perna), que se situa externamente. Ramos Colaterais: ①Ramos Musculares Ramos que vascularizam os músculos vizinhos. ②Ramos calcaneanos Ramos que vascularizam o osso calcâneo. Artéria Plantar Interna Situa-se na planta do pé, entre os músculos da região plantar interna e média; alcança a extremidade anterior do 1º metatarso, dando origem à artéria colateral plantar interna do 1º dedo. Vasculariza todos os músculos vizinhos.

Artéria Plantar Externa É mais volumosa que a artéria plantar interna, e parece ser o prolongamento da artéria tibial posterior. Dirige-se, primeiramente, no sentido ântero-externo, estando aplicada sobre o músculo quadrado de Sylvius; quando alcança o 5º osso metatársico, introduz-se profundamente aos tendões do músculo flexor comum dos dedos, formando a arcada plantar (que termina ao nível do 1º espaço interósseo, onde se anastomosa com a artéria pediosa). Ramos colaterais: Os principais ramos colaterais nascem da arcada plantar, e são os seguintes:

Ramos perfurantes posteriores – atravesam a extermidade posterior do 3 últimos espaços interósseos e anastomosam-se com as artérias interósseas dorsais.

Artéria colateral plantar externa do 5º dedo – nasce do artéria plantar externa no momento em que muda de direcção.

Artérias interósseas plantares do 2º, 3º e 4º espaços – cada um delas anastomosa-se com a artéria interóssea dorsal, através dos ramos perfurantes anteriores (que provêm da artéria dorsal do metatarso). Dividem-se depois em dois ramos: artéria colateral plantar interna e artéria colateral plantar externa

Artéria interóssea plantar do 1º dedo – nasce da arcada plantar no ponto de união com a artéria pediosa, originando a artéria colateral plantar interna do 1º dedo (ramos interno) e as artérias colateral plantar externa do 1º dedo e colateral plantar interna do 2º dedo (ramo externo).

Veias Profundas

Seguem o trajecto das artérias, sendo em número de duas por casa artéria, excepto a artéria

popliteia e a artéria femoral, que são acompanhadas apenas por uma veia.

Veias do pé – encontram-se duas veia pediosas, duas veias plantares

externas e duas veias plantares internas

Veias da perna – encontram-se duas veias tibiais anteriores, duas veias

peroneais, duas veias tibiais posteriores e (normalmente) dois troncos tibio-

peroneais.

Veia Pópliteia – satélite da artéria homónima, situa-se póstero-

externamente a esta; estende-se desde o anel do solhar asté ao anel do

grande adutor, onde passa a chamar-se veia femoral; recebe como

aferentes as veias gémeas, as veias articulares e a veia safena externa (veia

superficial)

Veia Femoral – acompanha a artéria femoral, situando-se externamente a

esta inicialmente para passar a situar-te internamente ao nível do triângulo

de Scarpa; no anel crural, relaciona-se com o bordo concâvo do ligamento

de Gimbernat; recebe, como afluentes, todos os ramos que correspondem

aos ramos da artéria femoral, à excepção das veias subcutânea abdominal,

circunflexa ilíaca superficial e podendas externas, que se lançam na veia

safena interna.

Veias Superficiais

Veias que se situam no tecido celular subcutâneo.

Veias Superficiais do Pé – encontram-se dispostas de modo diferente na

face plantar e na face dorsal do pé:

a) na face plantar do pé, as veias são poucos volumosas (devido às grandes

presões exercidas), sendo este conjunto venoso conhecido como palminha

venosa. Na palmilha venosa podem distinguir-se: anteriormente, a arcada

venosa palmar (ao nível da raíz dos dedos); lateralmente, as veias terminam

nas veias marginais externa e interna; posteriormente, as veias continuam-

se com as veias superficiais da perna;

b) na face dorsal do pé, distingue-se a arcada venosa dorsal (que receba as

veias dos dedos); das extermidades desta arcada nascem: a veia dorsal

interna (segue do bordo interno do pé e continua-se com a veia safena

interna) e a veia dorsal externa (segue o bordo externo do pé e continua-se

com a veia safena externa).

Veias superficiais da perna e da coxa:

Veia Safena Externa – continua a veia dorsal externa; relaciona-se com o

bordo externo do tendão de Aquiles; situa-se depois no sulco entre os dois

músculos gémeos; alcança o escavado popliteu, onde inflecte para

anteriormente, terminando na veia popliteia; quando se abre na veia

popliteia, emite uma anastomose para a veia safena interna; durante o seu

trajecto, é acompanhada pelo nervo safeno externo; apresenta numerosas

válvulas; anastomosa-se ainda com as veias plantares externas e com as

veias peroneais anteriores e posteriores.

Veia Safena Interna – origina-se na veia dorsal interna; sobe verticalmente

nas faces internas da perna e da coxa, até à porção média do triângulo de

Scarpa; perfura a aponevrose femoral (abaixo da arcada femoral) – crossa

da veia safena interna; durante todo o seu trajecto, recebe: as veias

subcutâneas da porção ântero-interna da perna, a anastomose com a veia

safena externa, as veias subcutâneas da coxa, as veias podendas externas, a

veia subcutânea abdominal e a veia circunflexa ilíaca superficial.