arte - introdução ao tridimensional

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EXPRESSÃO TRIDIMENSIONAL INTRODUÇÃO AO ESPAÇO TRIDIMENSIONAL Baseado nas aulas da Professora Márcia Toscan Organização: Fabiane Tamara Rossi O QUE É UM MUNDO BIDIMENSIONAL? As duas dimensões são comprimento e largura. Estas em conjunto estabelecem uma superfície plana, sobre a qual podem ser dispostas marcas visíveis planas que não tem profundidade, podem ser figurativas ou abstratas. É uma criação humana. O desenho, a pintura, a impressão, o tingimento ou mesmo a escrita são atividades que levam diretamente a formação do mundo bidimensional. O MUNDO TRIDIMENSIONAL

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EXPRESSÃO TRIDIMENSIONALINTRODUÇÃO AO ESPAÇO TRIDIMENSIONALBaseado nas aulas da Professora Márcia Toscan Organização: Fabiane Tamara Rossi O QUE É UM MUNDO BIDIMENSIONAL? As duas dimensões são comprimento e largura. Estas em conjunto estabelecem uma superfície plana, sobre a qual podem ser dispostas marcas visíveis planas que não tem profundidade, podem ser figurativas ou abstratas. É uma criação humana. O desenho, a pintura, a impressão, o tingimento ou mesmo a escrita são atividades que lev

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EXPRESSÃO TRIDIMENSIONAL

INTRODUÇÃO AO ESPAÇO TRIDIMENSIONAL

Baseado nas aulas da Professora Márcia ToscanOrganização: Fabiane Tamara Rossi

O QUE É UM MUNDO BIDIMENSIONAL?

As duas dimensões são comprimento e largura. Estas em conjunto estabelecem uma superfície

plana, sobre a qual podem ser dispostas marcas visíveis planas que não tem profundidade,

podem ser figurativas ou abstratas. É uma criação humana. O desenho, a pintura, a impressão,

o tingimento ou mesmo a escrita são atividades que levam diretamente a formação do mundo

bidimensional.

O MUNDO TRIDIMENSIONAL

Vivemos, de fato, em um mundo tridimensional. O que vemos à nossa frente não é uma

imagem plana, tendo somente comprimento e largura, mas um espaço com profundidade

física, a terceira dimensão. Qualquer objeto pequeno, leve e próximo pode ser pego e girado

em nossas mãos. Cada movimento do objeto mostra um formato diferente porque a relação o

objeto e nossos olhos foi modificada. È na mente humana que o mundo tridimensional ganha

o seu significado.

As dimensões primárias são: comprimento, largura e profundidade. E possuí também: cor,

textura, ponto, linha, direção, posição, contrastes...

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ALGUNS ARTISTAS QUE TRABALHAM COM O ESPAÇO TRIDIMENSIONAL:

Abrahan Palatinik Adriana XaplinAleijadinho Allan Carlos

Amélia Toledo Amílcar de Castro

Anish Kapar Antonio Lizárraga

Auguste Rodin Bárbara Hepuworth

Bruno Giorgi Caciporé Torres

Caliana Murapalhete Cléber Machado

Cosntantine Brancusi Donald Judd

Emanuel Araújo Felícia Leiner

Franco de Renzis Frans Kraycherg

Franz Weissmann Henry Moore

Hisao Ohara Ivens machado

Jean-Antoine Houdon Júlio Testi

Laszlo Moholy-Nagy Lélio Coluccini

Louise Borirglois Luiz Marrone

Lygia Clark Lygia Pape

Margarita Farré Mestre Valentin

Miguelangelo Buonarotti Nuno Ramos

Roberto Burle Marx Sérgio de Camargo

Tole de Freitas Tony Cragg

Umberto Boccioni Victor Brecheret

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AMILCAR DE CASTRO

1920-2002 BRASIL

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“Amílcar é um artista de muitas e complexas indagações de modo que sua obra evolui,

pausada e densamente, como o produto de uma experiência mais geral de que a obra busca a

expressão exata e definitiva. (...) E a importância do trabalho de Amílcar - como em geral dos

artistas neoconcretos - reside precisamente na tentativa de formular o mundo pela primeira

vez, de capta-lo numa síntese intuitiva. Trata-se de uma experiência dramática em que à

liberdade total se opõe uma vontade de ordem, mas uma ordem que brote da liberdade mesma.

(...) Por isso mesmo, as obras de Amílcar são não-objetos, não tem base, suporte, nem

precisam ter, uma vez que na sua origem mesma está esse desamparo essencial que é a

condição da experiência estética. Para o artista e para o espectador”, escreveu Ferreira Gullar

(1985, p. 262).

Transferiu-se para Belo Horizonte em 1934, onde se formou em Direito pela

Universidade Federal de Minas Gerais, em 1945. Freqüentou o curso livre de desenho e

pintura de Guignard, na Escola de Arquitetura e Belas Artes, e estudou escultura com Franz

Weissmann, em uma época em que ambos eram figurativos. Mudou-se para o Rio de Janeiro

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em 1950, trabalhando como programador visual. Influenciado por Max Bill, em 1952 fez suas

primeiras obras de caráter concreto, expostas no ano seguinte na II Bienal Internacional de

São Paulo. Expôs também na I Exposição Nacional de Arte Concreta, em 1956/57, em São

Paulo e no Rio de Janeiro. Em 1957, reformulou a diagramação do Jornal do Brasil, que

possuía um suplemento dominical de grande importância nos anos cinqüenta, como espaço de

debates sobre arte contemporânea.

Amílcar iniciou uma longa reflexão de amadurecimento de sua obra, intuindo-lhe de uma

linguagem própria e indagadora. Sua busca reside na significação profunda da forma, que

transcende à percepção física. Esta concepção o ligou ao Grupo Neoconcreto, do qual foi um

dos fundadores a partir de 1959. Suas obras do período eram formadas por uma chapa de

metal cortada ao meio e torcida em dois planos, para cima e para baixo, dialeticamente. Era

um novo dinamismo do espaço. Por volta de 1960, ampliou o alcance obtido pela orientação

dos cortes e dobras. Os ritmos dados pelos levantamentos e torções das placas, pela diferença

de planos, pela tensão da superfície, dão à obra grande vitalidade e dinamismo, que parecem

detidos dentro de si mesmos, nos convidando para a intimidade do trabalho. Sua obra é não-

alusiva ao mundo real. Traz novas reflexões para a arte não-figurativa, que são de natureza

transcendental. O artista, ao longo de toda a vida, realizou lentamente estas experiências,

como rituais espirituais diários. A obra de Amílcar reflete sobre o espaço e se insere no

espaço. Desde modo, possui diversas obras públicas, em jardins e praças. Dois exemplos são

seus trabalhos: na Praça da Sé, em São Paulo, feita em 1978, e nos jardins do MAC-USP, de

1985.

De 1968 a 1971, vive em Nova Jersey, nos EUA, como bolsista da Guggenheim

Memorial Foundation. Ao retonar ao Brasil, passou a viver em Belo Horizonte, lecionando

composição e escultura na Escola Guignard, até 1977. Ministrou aulas também na Faculdade

de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais. Durante as décadas de oitenta e

noventa, retoma a escultura e o desenho, realizando litografias e nanquins gestuais.

Tatiana Rysevas Guerra(bolsista I.C. - FAPESP)

Profa. Dra. Daisy Peccinini de Alvarado(orientadora - MAC-USP)

Texto disponível em http://www.mac.usp.br/projetos/seculoxx/modulo3/neoconcreto/amilcar/index.html

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FRANZ WEISSMANN

1912 - 2005 ÁUSTRIA

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“Minha escultura é uma conseqüência natural de minha necessidade de síntese: dizer

com o mínimo de elementos”, disse o artista em outubro de 1975, em depoimento a Frederico

Morais.

Weissmann veio ao Brasil em 1924, e iniciou seus estudos em artes e arquitetura em

1939, no Rio de Janeiro, na Escola de Belas Artes. De 1942 a 1944, foi aluno de August

Zamoyski e, em 1945, transferiu-se para Belo Horizonte. Neste período, sua escultura era

figurativa, apesar de já apresentar uma simplificação geométrica. Em 1948, Guignard o

convidou para lecionar em sua escola, que foi a primeira instituição de ensino de arte moderna

da cidade. Ali, foi professor de Mary Vieira e de Amílcar de Castro, com o qual, anos mais

tarde, se reuniria na formação do grupo neoconcreto.

Em 1951, na I Bienal de São Paulo, conheceu a Unidade Tripartida, de Max Bill, que

lhe revelou um novo caminho.

Passou a trabalhar com metal: primeiro pintando-o e, depois, o deixando à mostra, sem

alusão à representação do mundo real. Em1953, segundo Ferreira Gullar (1985, p. 261),

começou a encontrar seu próprio caminho, “afastando-se da temática das superfícies

contínuas e não-orientáveis de Bill”. Passou a se interessar pelo vazio, realizando obras com

finas barras de alumínio que se dobravam e exploravam o espaço, sob um ritmo preciso, e sob

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módulos, gerando “desenhos” em seu interior, por meio dos vazios. Eram estruturas que,

apesar de serem feitas de metal, possuíam grande leveza, como Torre, de 1957, do acervo do

MAC-USP. Em 1955, uniu-se ao Grupo Frente, no Rio de Janeiro, e expôs em 1956/57 na I

Exposição Nacional de Arte Concreta. Em 1956, o artista instalou seu ateliê na Ciferal, uma

fábrica de carrocerias de ônibus; esta mudança é significativa, se pensarmos que a arte

concreta está diretamente ligada ao universo industrial, com sua organização racional, seu

ritmo acelerado, e a crença de que a industrialização significaria um avanço para o Brasil, a

possibilidade de alteração da sua condição de periferia para uma condição de centro.

A partir de 1958, o artista se afastou um pouco dos ideais concretos, explorando ritmos

descontínuos e lúdicos, e formas mais orgânicas. Era uma crítica à excessiva racionalidade da

arte concreta, com reflexões mais interiores e corpóreas, o que o ligou ao Grupo Neoconcreto,

do qual foi um dos fundadores, em 1959.

Em 1960 foi à Europa, onde viveu até 1965. Continuou o trabalho com o metal, em

uma linguagem cada vez mais informal e orgânica. Em 1969, retomou as experiências

construtivistas, e colocou cor às suas obras. Começou a realizar obras públicas participando,

em 1971, da Bienal de Escultura ao Ar Livre da Antuérpia. Se suas obras concretas e

neoconcretas são tentativas de união entre arte e vida, suas obras públicas, a partir desta

década, são um aprofundamento desta questão, instalando-se diretamente no cotidiano da

cidade contemporânea, em escalas monumentais.

Tatiana Rysevas Guerra(bolsista FAPESP)

Profa. Dra. Daisy Peccinini(orientadora)

Disponível em http://www.mac.usp.br/projetos/seculoxx/modulo3/frente/weissmann/index.html

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Torre, 1957. Ferro, 169 x 62 x 37,2cm.

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LYGIA CLARK

1920-1988 BRASIL

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“A idéia é o espaço abstrato

A realização é um espaço-tempo

A superfície modulada é a materialização da idéia-espaço

A idéia-espaço deve ser realizada dentro do seu próprio tempo

A superfície é construída em função da necessidade da idéia-espaço a imprimir

A superfície só é bidimensional quando préexiste à idéia-espaço

Linhas absolutamente iguais, horizontais e verticais, produzem entre si uma tensão oblíqua

distorcendo um quadrado perfeito: o espaço então se revela ali como um momento do espaço

circundante

O espaço é na verdade o símbolo de nossa época.”

(Lygia Clark, 1958) In: Clark. Rio de Janeiro: Departamento de Imprensa Nacional, 1958.

Mário Pedrosa, no artigo “Significação de Lygia Clark”, publicado no Jornal do

Brasil, em 23/10/1960, comentou que em 1957 a artista já escrevia em seus diários que as

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obras deveriam “exigir uma participação imediata do espectador.” Pedrosa disse que o

conceito de espaço havia sofrido uma profunda alteração em nossa época, desde que Moholy-

Nagy, seguindo os passos de Gabo-Pevsner, havia realizado projetos que relacionavam “o

homem, o material, as forças e o espaço”.

Lygia Clark começou a estudar artes plásticas com Roberto Burle Marx em 1947. Em

1950, foi à Paris, onde estudou com Fernand Léger. Em 1952, fez sua primeira exposição, na

Galeria Endoplastique. Neste ano, voltou ao Brasil e expôs no Ministério da Educação, no Rio

de Janeiro, recebendo o prêmio "Augusto Frederico Schmidt" e sendo considerada revelação

artística do ano pelos críticos.

Aproximou-se de Ivan Serpa, com o qual dividiu uma exposição em 1953, em São

Luís (MA), e fundou o Grupo Frente, que realizou sua primeira mostra em 1954. No Rio de

Janeiro, o Grupo era formado por alunos de Serpa e outros artistas como Lygia Pape, Aluísio

Carvão e Décio Vieira. Apesar de ser constituído por artistas inicialmente concretos, em sua

maioria, o grupo era aberto à participação da arte naïf e infantil, representados por Elisa

Martins da Silveira e por Carlos Val, respectivamente.

O período entre 1954/58 é caracterizado por suas experiências tempo-espaciais

chamadas "superfícies moduladas", em que a artista rompe com a superfície do quadro e com

a moldura, trazendo para a responsabilidade do artista também a construção do espaço de

criação.

Em 1956/57 participou da I Exposição Nacional de Arte Concreta, mostra que reuniu

artistas concretos de São Paulo e do Rio de Janeiro. Na ocasião, ficou evidenciado que as

obras de Clark estavam rompendo com os padrões da arte moderna, levando as discussões

para o plano da fenomenologia. Suas obras, assim como as de Hélio Oiticica, geraram novas

teorias que separaram os concretos cariocas dos paulistas, levando Ferreira Gullar a

desenvolver a "Teoria do Não-Objeto", e o Manifesto Neoconcreto, que foi mostrado ao

público em 1959, na I Exposição de Arte Neoconcreta, no MAM-RJ. Em 1957, a artista foi

premiada na IV Bienal de São Paulo.

No ano seguinte, Clark gerou novos espaços de criação, feitos a partir de maquetes,

com placas cortadas formando superfícies curvas sobre uma base em forma de losangos, que a

artista deu o nome de "ovos" e "casulos". Em 1960, avançou na exploração da fenomenologia

em seus trabalhos, e inseriu a questão da percepção do corpo humano, criando obras que

podiam ser alteradas pelo espectador. Eram chapas de metal articuladas por dobradiças, que a

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artista chamou de Bichos. Estas obras são revolucionárias, pois foi a primeira vez que o

público podia modificar uma obra de arte, quebrando com os conceitos de aura, sacralidade e

autoria única, solidificados desde o Renascimento. Estes conceitos, apesar do esforço das

vanguardas anteriores, só foram quebrados com a transposição do espectador passivo, que

contempla uma obra de arte, observando-a de fora, para o espectador sujeito, que age

diretamente na modificação da obra. Deste modo, espectador e obra entram em uma relação

dialética, em que a obra não existe sem o espectador, e vice-versa. É uma relação muito mais

complexa entre espectador e obra de arte, em que ambos saem transformados e se necessitam

mutuamente.

Clark expôs na Bienal de Veneza em 1960, 62 e 68, e em Nova Iorque em 1963. Teve

uma Sala Especial na Bienal de São Paulo de 1963. Em 1966, expôs pela primeira vez seus

Trepantes, obras também manipuláveis pelo público, feitas com borracha, plástico, caixas de

fósforo e papelão, materiais novos do mundo industrial, integrados agora às artes plásticas. A

partir de 1968, Lygia passou a refletir sobre as questões do corpo, integrando o público com a

obra de modo sensório, em trabalhos como A Casa é o Corpo (1968) e o Corpo Coletivo

(1974).

Lecionou na Sorbonne, em Paris, de 1970 a 75. Em 1978, começou a fazer

experiências de utilização das obras como fins terapêuticos individuais. Dizia na época que

era mais psicóloga que artista, criando situações experimentais em grupo. O fio condutor de

sua obra é a relação entre corpo humano e arte.

Tatiana Rysevas Guerra(bolsista FAPESP)

Profa. Dra. Daisy Peccinini(orientadora)

Texto disponível em http://www.mac.usp.br/projetos/seculoxx/modulo3/frente/clark/index.html

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ATIVIDADE ESTRUTURAS TRIDIMENSIONAIS BASEADAS NAS OBRAS

DE AMILCAR DE CASTRO, LYGIA CLARK E FRANZ WEISSMANN

Material utilizado: 1 folha de Papelão Paraná gramatura 100 Estilete, cola branca, cola quente régua, pincel, recipientes para limpeza

Tinta Acrílica, guache ou plástica

Estrutura em papelão idealizada a partir da obra de Franz Weissmann

Fabiane Rossi. Estrutura Tridimensional I. 2006

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Estrutura em papelão idealizada a partir da obra de Amílcar de Castro

Fabiane Rossi. Estrutura Tridimensional II. 2006

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Estrutura em papelão idealizada a partir da obra de Lygia Clark

Fabiane Rossi. Estrutura Tridimensional III. 2006