arte de protesto: a expressão artística como ferramenta de manifestação política
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Especialização em Jornalismo Cultural
Disciplina de Estética
Arte de Protesto: a expressão artística como
ferramenta de manifestação política
Rodrigo Lyra Miranda
Julho – 2013
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Introdução
A arte é uma importante ferramenta política, não apenas por ser um reflexo da cultura
vigente de sua época, como tem o poder de proporcionar um repertório de
representações às diversas manifestações e contestações, seja de setores marginalizadosde uma sociedade, seja da população contra arbitrariedades do Estado que a governa.
Vendo a arte como uma materialização da cultura, podemos considerar que assim como
a cultura, a arte possui algumas funções extensamente debatidas, seja como modalidade
de entretenimento, seja como reprodução de tradições de um povo. Além disso, ela
possui uma terceira função, a de por idéias em oposição e questionar os
posicionamentos da reprodução cultural. Ao longo do último século, artistas estiveram
imersos nos movimentos revolucionários e libertários, usando a expressão de suaprodução como meio de comunicação de ideologias que através das várias vias da arte
podiam atingir mais e de novas formas espectadores que o simples discurso politizado
não afetava. O conteúdo do protesto artístico provinha das diversas referências e
simbologias socioculturais, comuns às populações de onde os manifestos emergiam,
sofrendo novas associações e significações, interconectando a expressão artística com o
ativismo político.
Com a eclosão dos movimentos sociais nos anos 60, liderados por grupos
marginalizados (no sentido de estarem à margem do funcionamento do sistema sócio-
econômico) e minorias (não no sentido quantitativo demográfico, mas de acesso a
direitos civis e recursos), influenciados pela teoria contracultura que através de seus
manifestos e movimentos questionava o modelo político vigente, a produção artística
reforça seu aspecto político, se somando ao arsenal de protesto de caráter pacífico. As
performances, meetings e happenings ocupando o espaço público quebravam o fluxo da
rotina do meio urbano, intervindo com os questionamentos que representavam,enquanto a arte gráfica e musical divulgava símbolos e ideologias como propaganda.
Quanto à contracultura, dois eventos marcaram sua potencialização no ocidente, Maio
de 68 em Paris e a Guerra do Vietnã, de 1955 a 1975, perpetuada pelos Estados Unidos
durante a Guerra Fria.
Os movimentos sociais, como o feminismo, seguido do movimento negro e do
movimento gay, os grandes movimentos que se fomentam naquela década, pondo em
questão instituições e repressões de gênero, etnia e sexualidade, buscavam seu
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reconhecimento e equiparação de direitos com os padrões dominantes (homem, branco,
heterossexual). O protesto artístico que os acompanhou, principalmente na arte gráfica e
performática, surge como forma de confronto com as instituições culturais normativas e
em busca da valorização das características que os diferem das mesmas.
O suporte da contracultura promove uma desconstrução dos padrões culturais que
mantém, ao mesmo tempo em que refletem, os modelos econômicos e políticos
vigentes. Em uma época de Guerra Fria, onde a política global era dividida nos formatos
sólidos de uma direita capitalista, que instigava a individualidade e o consumo, e uma
esquerda comunista, que instaurava o autoritarismo e a anulação da diversidade, surge a
contracultura como oposição a esses modelos, sem apresentar uma proposta; para ela
bastava a dissolução política, o que a colocava pareada à ideologia anarquista, nemsempre de forma consciente. Alguns movimentos sob esse conceito eram
declaradamente anarquistas, como o punk nas décadas de 70 e 80, que expressa seu
protesto artístico principalmente pela música, indumentária e postura contestatória.
Outros movimentos surgem baseados em referências diferentes, mas com o mesmo
objetivo desconstrutivo, como o hippie, o reggae e o skinhead. Vale ressaltar que o
termo contracultura não representa um movimento de destruição da cultura como idéia,
mas de desconstrução da cultura normativa e disciplinar, ou como diria Foucault, dasrelações de poder que ela impõe. Embora os anarquistas mais radicais tivessem a
proposta de implodir todas as instituições, cultura inclusa, eles acabam por alimentar
uma sub-cultura subversiva com sua produção artística e literária.
Nas ditas artes visuais, a produção estética com fim de protesto é adotada com mais
freqüência na forma de performances, muitas vezes sobre o próprio corpo do artista
(comum no manifesto feminista, que tem o corpo feminino como um dos principais
signos), montagem e colagem (presente em expressões de contracultura anti-consumistas, se apropriando de recortes da mídia impressa e publicidade, de forma
parecida com a utilizada na Pop Art, com intenção diferente), ilustração (comum a
praticamente todos os movimentos e impressas em diversos veículos), grafite e outras
modalidades de intervenção urbana menos permanente, os happenings (e sua versão
contemporânea, o flash-mob), a pintura (se apropriando de modelos estéticos
simultâneos à época, com nova intencionalidade) e o design gráfico (herdeiro
contemporâneo da pintura e ilustração, reproduzido em larga escala pela internet,ganhando poder de divulgação mais amplo).
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A Estética do Protesto Artístico
Clement Greenberg, escritor e crítico americano, em sua obra “ Art and Culture”
(1961), promove uma valorização do abstracionismo, enquanto desqualifica imagens
que representavam diretamente mensagens políticas e sociais. Na conjuntura política de
sua época, era uma contraposição ao realismo rígido socialista, cuja arte fazia
reproduções e representações diretas da realidade (ou pelo menos de uma realidade que
interessava ser retratada). Para o abstracionismo, em alta na arte moderna durante o
século XX, o impulso para a criação artística vem da interioridade do próprio artista, o
que era tratado como a “verdadeira arte”, usando os elementos do exterior, a realidade
material, apenas como pretexto para agenciar cores e formas. Pela ausência de símbolos
comuns ao meio social, se apoiando nas representações particulares de um único
indivíduo, a expressão abstrata pode ser vista como um reflexo no campo da arte da
política do liberalismo adotada no ocidente.
Não cabe aqui desqualificar o valor da arte abstrata, mas explicitar que essa escola,
pela ideologia de sua criação, não tinha realmente efeito político, embora fosse a mais
valorizada no ocidente. Por essa característica, no fim da década de 60, ela é criticada
pelos movimentos sociais e contraculturais, substituindo seu modelo de esvaziamento
político pelas chamadas arte conceitual e performática, que induziam seu público a
entrar em contato com um vocabulário simbólico de mensagens políticas. A arte
conceitual não é uma escola estética propriamente dita, mas uma ideologia de criação
artística onde a idéia da obra é mais importante que os meios ou produtos empregados
na sua realização.
A arte conceitual pode honrar sua influência ao dadaísmo, idealizado na primeirametade do século XX. O “dada” era um tipo de anti-arte, cuja produção era composta de
objetos comuns e recortes sem valor artístico em si, considerado uma crítica à sociedade
de consumo e da arte como mercadoria, principalmente entre a 1ª Guerra Mundial e a
Depressão de 30. Sua modalidade de produção foi nomeada readymade, que envolvia
dar status de obra a objetos sem nenhum valor, além de uma produção poética
propositalmente sem nenhum objetivo de significado, se auto-classificando como um
movimento de antiestética. Era parte do discurso dadaísta considerar que suas obras nãoeram arte, mas algo não classificado, uma intriga ou desafio. A intriga como efeito do
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dadaísmo pode caracterizar o movimento como precursor do conceitualismo, já que o
impacto de suas obras acaba por gerar um questionamento da postura político e
econômica vigente, mesmo quando repudiado. O dadaísmo surge como primeiro
movimento de desconstrução de instituições, no caso, tendo a própria instituição da arte
como alvo.
Inspirados pelo dadaísmo e trespassados pela Pop Art, que começa a florescer na
década de 50, um grupo de artistas começa o movimento Fluxus, talvez o único
movimento da segunda metade do século com manifesto declarado, mesmo que
informalmente, através da revista homônima, atingindo Estados Unidos, Europa e
Japão, ganhando força entre as décadas de 50 e 70. A produção artística do Fluxus já se
enquadra na categoria conceitual, herdando a base de desconstrução do dadaísmo,atrelado à idéia da Pop Art de se apoderar das contribuições da indústria de consumo e
publicidade e incorporá-las à sua criação. Diferente do dadaísmo, que não considerava o
efeito político de suas obras (apesar de invariavelmente implicá-lo), os artistas do
Fluxus constantemente tinham objetivos de claro e definido ativismo político em suas
expressões artísticas. Entre seus produtos mais difundidos, estão cartazes e colagens
com referências estéticas da Pop Art; as performances, em ambientes públicos ou não,
com freqüência envolvendo nudismo, um dos signos contra o pudor e a favor dasliberdades sexuais reivindicadas a partir de sua época; e o grafite, uma forma de
intervenção urbana com arte gráfica, frequentemente marginalizada por sua associação a
minorias políticas e grupos excluídos da sociedade. Dentre os artistas conhecidos do
movimento se encontram Joseph Beuys, Nam June Paik e Yoko Ono.
Ainda nas décadas pós 2ª Guerra surge o situacionismo internacional, paralelo ao
Fluxus. Esse movimento é conjunto de referências e revisitas ao dadaísmo, surrealismo,
ao próprio Fluxus e aos discursos revolucionários de esquerda. Os absurdos e nonsense
do dadaísmo e surrealismo eram apropriados pelos ativistas como crítica ao
racionalismo e utilitarismo da sociedade capitalista e a conseqüente sufocação da
expressão artística. O situacionismo seguiu em manifestações urbanas espontâneas que
acabaram por culminar no famoso Maio de 68 em Paris. Seguindo uma linha de
raciocínio similar, apesar de não se nomearem situacionistas, mas ainda servindo de
referência aos ativistas do movimento, temos o cinema de Godart, que demonstrava sua
preocupação quanto aos elementos de manipulação do cinema hollywodiano, esperandoque seus espectadores entrassem em contato com questões sociais e pudessem com isso
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desenvolver senso crítico e o teatro de Bretch, que considerava que toda arte deveria ter
função de conscientização política e manifestava declaradamente ideais de esquerda.
Os anos 70 também foram marcados na arte de protesto pela extensão do grafite como
intervenção urbana, ainda associado à marginalidade e vandalismo pelas marcas nopatrimônio e por seu simbolismo remetente a minorias políticas e sociais,
principalmente grupos alinhados à ideologia anarquista e guetos étnicos. Em Nova
Iorque, o grafite de Jean-Michel Basquiat ganha visibilidade pelo desconforto causado
pela abstração obscura de seus desenhos entremeados por frases de contestação, um
reflexo de sua biografia conflituosa marcada por injustiça social. Os anos 90
conheceram o trabalho de Banksy (pseudônimo), artista ativista inglês que expressa
através de grafite e estêncil ilustrações de conteúdo declaradamente contestatório,simpáticos à esquerda e ao anarquismo. A técnica de Banksy promove forte influência
na produção gráfica dos protestos artísticos atuais. Os artistas do grafite não se incluem
em uma modalidade estética definida, mesmo que suas obras possam ser analisadas pela
ótica da arte pós-moderna (e expressionismo abstrato, no caso de Basquiat), mas pelo
conteúdo de manifesto e contestação que expressam, podem ser considerados também
como arte conceitual.
A arte conceitual continua trilhando seu caminho na contemporaneidade, conforme as
contestações das situações social, econômica e política se tornam mais elaboradas, hoje
contando com o agravante da velocidade dos meios de comunicação, forçando sua
criação e reprodução ser cada vez mais instantânea para gerar uma intervenção mais
efetiva com o devido timing. Essa arte conceitual atual pode ser considerada como um
misto de referências e símbolos, em constante reciclagem e recriação de significado dos
ideais estéticos de outras modalidades artísticas, combinado com os recursos
tecnológicos atuais.
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O Repertório do Ativismo
O ativismo político, como a maioria das atividades do gênero, opera através de um
repertório de ação. O termo “repertório de ação”, cunhado por Charles Tilly (1977),
descreve, em uma perspectiva histórica, uma série de meios que atores políticosempregam para expressar protesto ou manifestar um desejo coletivo. Seguindo essa
linha de pensamento, mudanças na sociedade exigiriam novas formas de ação e reação e
uma conseqüente mudança no repertório de contenção. A escolha do termo repertório
também tem significado de restrição: como diria Foucault, as ações são escolhas
dependentes de um campo de alternativas possíveis. Essa proposta de repertório de ação
política tem semelhanças com o evolucionismo, no sentido de que ele se amplia através
de improviso e conflito com o meio (no caso, meio sociopolítico). Com o tempo, essaspráticas se tornam convencionais e transmitidas para outros movimentos políticos
similares. A capacidade de inovação é o elemento que põe o repertório de ação em
movimento; no caso do ativismo político, quando a instituição contra a qual se protesta
já desenvolveu meios reativos de conter e suprimir a ação política, o ativismo perde sua
potência se não for capaz de desenvolver formas inovadoras de manter a tensão política
instável (no sentido de que estabilidade política significa em geral que todas as vozes de
oposição se calaram) e reformular seu repertório de ação. Em última estância, seafastando do conceito original de Tilly, a noção de repertório confere ao ativismo
político um aspecto orgânico, reagindo e resistindo às pressões do ambiente no qual está
imerso, como qualquer organismo. A produção artística confere ao repertório do
ativismo uma gama de estratégias de expressão de símbolos e comunicação de idéias,
permitindo modalidades sensíveis de intervenção política, além de opções pacíficas de
retaliação e resistência.
Esse conceito pode ser estreitado para representar o conjunto de estratégias que umgrupo ou movimento específico utiliza em suas intervenções, acabando por fazer parte
da identidade dos mesmos. Dessa forma, um determinado repertório de ação poderia
gerar intervenções melhor sucedidas em determinados nichos pela maior aderência de
sujeitos identificados com as expressões do mesmo. Aqui aparece mais uma semelhança
entre a arte e o ativismo e mais uma justificativa do porque sua interconexão é efetiva:
diferentes modalidades de expressão permitem que as mensagens encontrem novos
caminhos entre a subjetividade dos indivíduos que compõem um coletivo, como um tipode “contágio” político.
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Tomando como exemplo o repertório de ativismo do movimento feminista, a partir
dos anos 70 inclui novas maneiras de expressão pela arte, dando valor ao trabalho
cooperativo, a exploração das representações culturais do feminino e desconstrução de
estereótipos. A composição da pintura e arte gráfica se afasta da crítica ao
falocentrismo, voltando o foco a valorização de figuras femininas históricas ou
ficcionais e às formas da anatomia feminina, por influência de artistas feministas como
Judy Chicago. O debate de discursos pessoais combinados com agitações públicas foi
incluso ao repertório, transgredindo pelo pudor da época em expor as experiências
íntimas da existência feminina. O movimento feminista também incluiu as estratégias
de performance para causar choque e desconforto reflexivo sob influência das estéticas
de contestação (dadaísmo, Fluxus e situacionismo). A opção por essas ferramentas de
ativismo obteve sucesso ao passo que pelos anos 80 o movimento já havia adquirido
visibilidade social e aberto espaço para a arte feminista nas grandes galerias de arte.
Nessa época, a noção de que o gênero era construído socialmente, aproximou o
feminismo de outras causas sociais, como as discussões de classe e etnia, incluindo
discursos e modalidades de arte típicos desses movimentos ao seu repertório de ação. É
imprescindível que o repertório de ação feminista inclua referências e símbolos do
corpo feminino, o elemento mais diretamente disciplinado e mistificado pela norma
social. A estratégia de referência ao corpo contribui para a adesão ao discurso do
movimento pela identificação com a intimidade evocada. Essa estratégia estética á
capaz de promover uma ação política pela ligação que constrói com a subjetividade do
indivíduo, possibilitando adesão a um coletivo que atua em determinado contexto
social.
A estética do pós-modernismo acaba por enfraquecer as estratégias de produção de
imagem reproduzidas até então, aumentando a dificuldade em obter autenticidade na
mensagem política, seja pela saturação de imagens, seja pelo valor comercial atribuído a
ilustrações (em parte responsabilidade da Pop Art). Movimentos como o feminismo que
usam a ilustração em seu repertório acabam inovando essa ferramenta dando aspecto de
humor, ironia e sarcasmo, ganhando tom de retórica; estratégia de ativismo reproduzida
com freqüência nos dias de hoje.
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Considerações Finais
Não há dúvidas quanto à eficácia da arte como ferramenta de ação, intervenção e
resistência política e o amplo envolvimento de artistas nos movimentos sociais é um dos
aspectos da interconexão das artes com o ativismo. Um dos aspectos da arte é aexpressão e comunicação de emoções; quando um sujeito chega ao ponto de expor sua
indignação em protesto, ele já foi transpassado por uma série de emoções, alimentadas
por conflitos e opressões sociais. A expressão artística surge como uma via para
compartilhar um sentimento atrelado a uma revolta a outros indivíduos no mesmo
contexto sociopolítico, potencializando os laços de uma comunidade. A arte é uma
poderosa fonte de produção de significado e de comunicação dos mesmos,
influenciando a variação de táticas de intervenção do ativismo político. Não só mobilizamais indivíduos a se manifestar pela possibilidade de infiltrar questionamentos como
atrai a atenção da mídia para os movimentos sociais (nem sempre de forma positiva).
A grande mídia, atrelada à outras poderes, constantemente desempenha a função de
desmobilizar o ativismo político, desvalorizando suas vias de expressão artística. A
reação do sistema político vigente quanto ao ativismo artístico é usar de um suposto
saber normativo sobre a estética para desqualificar sua essência de arte, além do
investimento na supervalorização de uma cultura de entretenimento de massas que
sufoca o contato do público com produtos artísticos que possam gerar algum tipo de
reflexão política. Quando não são os ativistas que produzem arte, mas artistas que
aderem aos movimentos políticos, adicionando as questões e contestações sociais ao
conteúdo da sua produção artística, há o grande perigo de se tornar marginalizado pela
mídia e apagado da visibilidade pública.
Por isso a inovação é sempre constante tanto no ativismo quanto na arte que o
acompanha, criando formas de potencializar suas idéias sem se deixar ser absorvido
pela cultura de normatização, criando novas pontes de comunicação. Por fim, toda
estética tem de certa forma uma função política, permitindo criar significados e gerar
mudanças no meio social ou se omitindo dessa capacidade.
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ADELMAN, Miriam.Contracultura. Revista de
SOULES, Marshall. The
University College,
studies.ca/articles/protest.ht
TEUNE, Simon. Art and
3ª ECPR Conference, Bud
< http://www.banksy.co.uk/
Estêncil de Banksy
Bibliografia
Reencantamento do Político: InteSociologia e Política nº16, Curitiba, Junho d
Art of Protest: from Vietnam to A
anadá, 2007. Acessado em <h
m>.
he Re-invention of Political Protest. Artig
peste, 10 de Setembro de 2005.
Acessado em 17/07/2013.
rpretações dae 2001.
DS. Malaspina
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apresentado na