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CONSTRUÇÃO E ARQUITETURA / SAÚDE
ARQUITETURA HOSPITALAR APOSTA EM PROJETOS SUSTENTÁVEIS Um dos assuntos mais discutidos no momento é a sustentabilidade. Para se ter uma ideia, no País há mais de 500 empreendimentos com certificado de construções verdes, conforme dados Green Building Council
Brasil. Essa tendência está ganhando também adesão nos projetos das edificações hospitalares.
Cada vez mais cresce a preocupação com as construções verdes. Só no Brasil há mais de 500 empreendimentos com a certificação ambiental LEED - Leadership in Energy and Environmental Design
registradas pelo USGBC - Green Building Council, organização mundial sem fins lucrativos com representação no Brasil. A estimativa é que até o final do ano o número de prédios verdes ultrapasse a 650,
o que torna o Brasil o 4° no ranking mundial atrás apenas dos Estados Unidos, China e Emirados Árabes. Já para 2013 das novas construções entregues nas cidades de São Paulo, Curitiba e Rio de Janeiro pelo menos
50% delas já terão certificação LEED. No Brasil também há a certificação AQUA - Alta Qualidade Ambiental
desenvolvido no País a partir da certificação francesa Démarche HQE.
A tendência de projetos sustentáveis também está crescendo nos edifícios hospitalares. No País, estabelecimentos de saúde como Delboni Auriemo, Fleury Medicina e Saúde e o Hospital Israelita Albert
Einstein já adotaram elementos verdes nas suas construções. Para a arquiteta Ana Virginia Carvalhaes
de Faria Sampaio, o conforto e as questões relacionadas com sustentabilidade fazem parte hoje da grande maioria dos projetos. “Podemos verificar, principalmente nos últimos 10 anos, uma maior preocupação com
as questões ambientais por parte dos arquitetos responsáveis por projetos na área hospitalar e também por parte dos fornecedores de insumos”, ressalta. A opinião da especialista é compartilhada por Fabio Bitencourt, presidente da ABDEH - Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar. “O hospital sustentável é um conceito que
veio para ficar e cada vez mais estará contido em leis, normas, regulamentos e nos princípios da formação
dos arquitetos. Além disso, os materiais de construção, os equipamentos prediais e os métodos de trabalho deverão instruir-se nas bases do desenvolvimento sustentável”, afirma. “Este não é um assunto esgotável,
muito pelo contrário, ele é dinâmico e complexo, assim como os componentes da assistência à saúde e dos edifícios concebidos para tal”, completa.
Segundo Ana Virginia, autora da tese de doutorado “Arquitetura hospitalar: projetos ambientalmente sustentáveis, conforto e qualidade. Proposta de um instrumento de avaliação”, pela FAUUSP - Faculdade de
Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, para projetar um edifício hospitalar verde deve-se levar em consideração os seguintes aspectos: ambientais - preocupação em adequar o projeto ao meio
ambiente aproveitando os recursos naturais locais; econômico - utilização de sistema construtivo racional, padronização, flexibilidade, modulação, reutilização de materiais evitando desperdícios e produção de
resíduos, mão de obra qualificada e tecnologia que permita redução no consumo de energia e de água;
sociais - preocupar com a satisfação dos usuários envolvidos em todas as etapas da construção e o que é fundamental, sem se esquecer das questões estéticas. “Projetar um edifício hospitalar sustentável é projetar
levando em consideração os princípios básicos da Arquitetura e Urbanismo, é fazer Arquitetura”, assegura.
De acordo com a arquiteta, um projeto que procura utilizar recursos naturais resultará em um ambiente saudável, de qualidade e possibilitará aos seus usuários maior satisfação e bem-estar nas atividades que ali
serão desenvolvidas. “Arquitetura sustentável é aquela compromissada com o conforto ambiental, adequada ao clima local, integrada ao entorno, preocupada com a qualidade do ambiente e com a satisfação do seu
usuário”, explica. “Também pode minimizar o desconforto de ambientes hospitalares geralmente frios,
impessoais, com odores e ruídos peculiares, com pessoas sofrendo e profissionais apressados, tornando-os mais humanos”, completa.
A arquiteta Ana Virginia Carvalhaes de Faria Sampaio estará presente no V Congresso Brasileiro para o
Desenvolvimento do Edifício Hospitalar, promovido pela ABDEH no mês de setembro, em São Paulo.
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ABDEH (http://www.abdeh.org.br) Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar A ABDEH foi criada, em maio de 1994, com o objetivo de promover, desenvolver, difundir sobre estudos da edificação hospitalar, que vão desde seu planejamento até a operacionalização. Além disso, a Associação
conta com a união de profissionais das áreas de arquitetura, engenharia, administração hospitalar e medicina, com o intuito de contribuir para a melhora dos serviços de saúde e também ter representatividade
junto aos órgãos governamentais e não governamentais, entidades públicas e privadas, no Brasil ou no
exterior.
A Associação conta com cerca de 600 associados espalhados pelo Brasil, entre eles, profissionais liberais e pessoas jurídicas como, escritórios de engenharia e arquitetura, construtoras e empresas de grande porte.
Dentre suas atividades estão: cursos, congressos, palestras e visitas técnicas a hospitais, sendo que o principal evento bienal é o Congresso Brasileiro para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar, que terá sua
5ª edição, em setembro, na cidade de São Paulo.
Atualmente, a ABDEH é presidida por Fábio Bitencourt, conta com uma sede instalada em São Paulo e 17
regionais nos estados do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraná, Pará, Distrito Federal, Roraima, Santa Catarina, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco e Piauí.
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