arquitetura colonial - militar

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ARQUITETURA MILITAR BRASIL COLONIAL (…) até 1580 o sistema defensório português era incipiente, porque não havia, verdadeiramente, valores a defender …•Fracasso da busca do ouro e da prata •Exportação do pau-brasil •Cobiça dos europeus Na costa Brasileira, as primeiras feitorias portuguesas corriam o risco permanente de assaltos de piratas ingleses, franceses e holandeses. (…) Os primeiros estabelecimentos portugueses também se viram ameaçados pelos índios…Para combater os invasores que vinham pelo mar (…) trataram os lusitanos de providenciar fortalezas.

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Arquitetura militar

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Page 1: Arquitetura Colonial - Militar

ARQUITETURA MILITAR BRASIL COLONIAL

“(…) até 1580 o sistema defensório português era incipiente, porque não havia, verdadeiramente, valores a defender …”

•Fracasso da busca do ouro e da prata•Exportação do pau-brasil•Cobiça dos europeus

“Na costa Brasileira, as primeiras feitorias portuguesas corriam o risco permanente de assaltos de piratas ingleses, franceses e holandeses. (…) Os primeiros estabelecimentos portugueses também se viram ameaçados pelos índios…”

“Para combater os invasores que vinham pelo mar (…) trataram os lusitanos de providenciar fortalezas.”

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ARQUITETURA MILITAR BRASIL COLONIAL

Até 1534 tímida ocupação do território vilarejos pequenos em pouca quantidade

1549 1o Governo Geral da colônia instala-se em Salvador Brasil: negócio do Reino de Portugal vilas fortificadas com muralhas

séc. XVI: a grande maioria das edificações está localizada ao longo do litoral

as fortificações eram erguidas próximas às vilas e povoados, e aos locais propícios para o desembarque

poucos portugueses para milhares de kilômetros de costa fortificações insuficientes para garantir a defesa

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Fortificações iniciais: paliçadas, cercas pontiagudas de pau-a-pique; trincheiras, atalaias e torres; muros abaluartados;

Edificações militares (técnica de guerra):Fortalezas FortesFortins BateriasRedutos

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“(…) as fortificações brasileiras foram condicionadas à experiência italiana de fortificações a partir do século XVII”

fortificações modernas apropriadas às novas técnicas bélicas:armas de fogo – pólvora e canhão.

tradição medieval fortificações italianas modernas altas muralhas e torres baixas com paredes dede defesa ostensivas enorme espessura

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Traçado das fortificações: influência italiana; determinado pelas novas técnicas de guerra; muralhas baixas e grossas; terraplanagens – elevação artificial do terreno, contido por

muralhas; plantas e elevações – determinadas pela técnica de artilharia; construção segue a FUNÇÃO.

Resultados do partido arquitetônico: pouca expressão artística pragmatismo funcionalista

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Forte de Santa Catarina do Cabedelo – João Pessoa (1589)

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Fortaleza de São João da Barra de Bertioga – Santos – SP

Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande – Santos – SP

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Colônia: carência de mão de obra especializada; engenheiros militares vindos da Europa;traçado de algumas cidades influenciaram o desenho das

edificações de defesa; principais arquitetos – engenheiros militares e religiosos; ordens religiosas também tinha permissão para edificar, além

dos seus conventos, fortes;ex.: Forte dos Reis Magos – Natal (1598) odem Jesuíta

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primeiros fortes construídos com materiais precários povoações cercadas com cercas de pau-a-pique e muralhas de taipa

TAIPA DE PILÃO absorve o impacto dos projéteis baixo custo de construção e manutenção rapidez de execução material e mão de obra local disponível

Grandes fortalezas: movimentos de terra cercadas por fossos inundados de água terra retirada dos fossos reaproveitada para terraplanagens

Alguns fortes eram construídos em arrecifes

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FORMA PLÁSTICA definida pelas técnicas de artilharia lembram estrelas regulares e irregulares formas poligonais e circulares eram raras – usavam-se nos

fortes erguidos no mar em terra, a regularidade ou irregularidade das plantas variava

de acordo com a forma do terreno e as diferentes técnicas de guerra

Forte Príncipe da Beira – Guarujá Mirin, Rondônia

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Fortaleza de São JoséMacapá - Amapá

Forte das Cinco PontasRecife - Pernambuco

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Forte do MarSalvador - Bahia

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4 etapas de desenvolvimento da arquitetura militar: primeira etapa: 1580-1640 – período de conhecimento do território e período de dominação espanhola sobre Portugal; segunda etapa: 1630-1654 – permanência dos holandeses no litoral pernambucano; terceira etapa: fins do séc. XVII e séc. XVIII – bacia amazônica (contra franceses, ingleses e holandezes, que queriam ocupar a magem esquerda do rio Amazonas); quarta etapa: segunda metade do séc. XVIII.

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PRIMEIRA ETAPA (1580 – 1640): taipa de pilão pedra aparelhada (taipal)

Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande (Santos – SP)Fortaleza de São João da Barra de Bertioga (Santos – SP)

Rio de Janeiro muitas alterações após a transferência da capital de Salvador para o Rio, e também a seguir à instalação da corte de D. João VI e da proclamação da independência.

FRANCISCO FRIAS DE MESQUITAForte de São Francisco da Barra – Castelo do Mar (Recife – PE)Forte dos Reis Magos (Natal – RN)

Fortaleza de Jesus em Mombaça (Mombaça – Quênia) Forte de São Mateus (Cabo Frio – RJ)Forte do Mar (Salvador – BA)

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FRANCISCO FRIAS DE MESQUITA engenheiro militar português veio para o Brasil em 1603 com o título de engenheiro-mor ao longo de 30 anos projetou e construiu edificações militares por todo o país, dentre as quais:

8 fortalezas – Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Maranhão e Fernando de Noronha;Mosteiro de São Bento – RJ (1617);

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SEGUNDA ETAPA (1630 – 1654):

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TERCEIRA ETAPA (fins do séc. XVII e séc. XVIII):

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QUARTA ETAPA (segunda metade do séc. XVIII):

http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Lista_de_fortifica%C3%A7%C3%B5es_do_Brasil