arqueologia e teologia lúcifer não é satanás a verdadeira origem do mal

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arqueologia e teologia lúcifer não é satanás! a verdadeira origem do mal O Que a Bíblia Diz? Quem é "Lúcifer"? O nome Lúcifer é freqüentemente aplicado a Satanás, mas não há base bíblica para esta ideia A palavra "Lúcifer" é a tradução em algumas Bíblias (ainda que não nas versões portuguesas mais comuns) da palavra hebraica hêlîl em Isaías 14:12. Versões bem conhecidas como a Revista e Corrigida, a Revista e Atualizada (1 e 2) e a Linguagem de Hoje traduzem esta palavra como "estrela da manhã." veja em Wikipedia: LÚCIFER A palavra “lúcifer” é uma palavra do Latim (idioma antigo) e significa "portador da luz("lux" ou "lucis "+ "ferre")". Quem traduziu a Bíblia para o Latim foi “Eusébio Sofrônio Jerônimo” e essa tradução é

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não existem satanás,demônio & lúcifer

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  • arqueologia e teologia lcifer no satans! a verdadeira origem do mal

    O Que a Bblia Diz? Quem "Lcifer"? O nome Lcifer freqentemente aplicado a Satans, mas no h base bblica para esta ideia A palavra "Lcifer" a traduo em algumas Bblias (ainda que no nas verses portuguesas mais comuns) da palavra hebraica hll em Isaas 14:12. Verses bem conhecidas como a Revista e Corrigida, a Revista e Atualizada (1 e 2) e a Linguagem de Hoje traduzem esta palavra como "estrela da manh." veja em Wikipedia: LCIFER

    A palavra lcifer uma palavra do Latim (idioma antigo) e significa "portador da luz("lux" ou "lucis "+ "ferre")". Quem traduziu a Bblia para o Latim foi Eusbio Sofrnio Jernimo e essa traduo

  • conhecida como "VULGATA LATINA"; na Bblia em Latim, o substantivo "lcifer" aparece seis vezes, a saber: 1 - A palavra "lcifer" aparece em J 11:17, referindo-se ao amanhecer. 2- A palavra "lcifer" aparece em J 38:32, referindo-se estrelas. 3 - A palavra "lcifer" aparece em Salmos 110:3 (Na Nova Vulgata Apenas), referindo-se ao amanhecer. 4 - A palavra "lcifer" aparece em 2 Pedro 1:19, referindo-se, por incrvel que parea, a Jesus! 5 - A palavra lcifer aparece em Isaas 14:12, referindo-se ao rei da Babilnia (compare Is 14:12 com Is 14:4-6)

    6 - A palavra Lcifer aparece em Apocalipse 2:28 Isaas 14 uma profecia sobre a queda do rei de Babilnia (veja 14:4). Este rei exaltava-se, buscando tomar a glria que pertence a Deus. A profecia de Isaas 14 mostra que ele seria derrubado de volta terra. interessante que o Novo Testamento fale sobre a "estrela da alva" (2 Pedro 1:19) e a "estrela da manh" (Apocalipse 2:28; 22:16). Em todas estas passagens, claro que a estrela da manh no Satans, ou qualquer outra criatura blasfema. O prprio Jesus a brilhante estrela da manh que abenoa seus servos fiis. Ento, por que o nome "Lcifer" freqentemente aplicado a Satans? O uso partiu de uma interpretao errada de Isaas 14:12. Muitos

  • comentaristas inseriram algo maior neste texto, vendo-o como uma explicao da origem de Satans. Certamente h razo para acreditar que o Diabo foi um dos anjos (J 1:6), que ele tem estado em rebelio contra Deus desde antes da criao da Terra (1 Joo 3:8; veja Gnesis 3), e que vrios anjos seguiram sua desobedincia e sero castigados eternamente (Judas 6). O que o rei de Babilnia fez foi o mesmo tipo de pecado: desafiar a autoridade do Rei dos reis. Neste sentido, podemos pensar em "Lcifer" como um filho ou discpulo de Satans (veja Joo 8:44), mas a profecia de Isaas 14:12 no est falando especificamente do Diabo. Esta uma lio permanente para ns de Isaas 14. O rei de Babilnia serve como um lembrete claro da verdade das palavras de Jesus em Lucas 14:11: "... todo o que se exalta ser humilhado; e o que se humilha ser exaltado." Que possamos andar humildemente com nosso Deus.

  • SATANS NUNCA FOI LCIFER: A VERDADE SOBRE A ORIGEM DO MAL

    PRIMEIRAS PALAVRAS O Mal algo que s se caracteriza graas, primeiramente, a existncia do Bem. Porm, ao caracterizar-se, o Mal acaba por caracterizar o Bem, ou seja, caracteriza que o Bem Bom. O Bem e o Mal so foras que se anulariam caso existisse apenas uma. Por exemplo, a sade algo bom, mas s para quem conhece a doena, que algo mau. Ora quando temos sade no damos importncia ao tipo de bebida ou comida que consumimos. O importante que sejam agradveis ao nosso paladar. No entanto, quando adoecemos que percebemos que a sade algo bom, ou seja, por intermdio do mal descobri que o bem bom. Essa relao diretamente proporcional, ou seja, quanto maior for o mal, mais certeza teremos de que o bem bom. No exemplo em questo, quanto maior for a enfermidade mais certeza ter o enfermo de que a sade algo bom. Logo, o mal da doena caracteriza a benignidade da sade. Mas, no existe doena sem que haja primeiramente a sade. Portanto, o mal caracteriza o bem, mas sua existncia depende da prvia existncia do bem.

  • Muitos, ou todos, condenam Ado e Eva por terem comido o fruto da rvore do conhecimento entre o Bem e o Mal. Para ns muito fcil dizer que o que eles fizeram no foi correto, mas s sabemos disso porque somos conhecedores do pecado. Certamente que Ado e Eva no sabiam que a vida eterna era algo bom, at conhecerem a morte. Depois disso, passaram a dar valor ao fruto de uma rvore que sempre esteve disposio deles, mas lhes parecia to normal quanto s outras, por isso no lhe dava importncia: A rvore da Vida. Mas, agora no eram mais dignos de chegarem a ela. Por isso Deus colocou querubins para guardarem-na: "Ento, disse o SENHOR Deus: Eis que o homem se tornou como um de ns, conhecedor do bem e do mal; assim no estenda a mo, e tome tambm a rvore da vida, e coma, e viva eternamente. O SENHOR Deus, por isso, o lanou fora do jardim

  • do den, a fim de lavrar a terra de que fora tomado.E, Expulso o homem, colocou querubins ao oriente do jardim do den (...) para guardar o caminho da rvore da vida" ( Gn 3:22-24 ) Portanto, a Vida Eterna s se caracterizou como algo bom graas ao conhecimento sobre a Morte que, naquele momento, caracterizava-se como m. Uma questo pode ser levantada nesta

    situao: "Qual motivo da existncia da rvore do conhecimento, sobre o bem e o mal, no paraso, se ela viria a trazer tantos malefcios?" Acredito, e agora se trata de uma reflexo meramente individual, portanto passvel de discusso, que a existncia da rvore do conhecimento tem o objetivo de caracterizar a benignidade de Deus, ou seja, primeiro existiu o Bem, mas foi necessria a introduo do Mal para que o Bem pudesse ser caracterizado.

  • E, com base nisso, pode-se afirmar: "O Mal j existia no paraso antes mesmo da criao do homem, mais precisamente no terceiro dia da criao ele surgiu. Logo, verdade afirmar que Ado e Eva foram os primeiros homens a pecar, mas no que eles foram os responsveis pela introduo do mal no paraso, pois o Mal j existia antes mesmo deles terem comido o fruto proibido. Ora, Satans estava na serpente, logo o Mal j existia e tanto isso verdade que Deus criou a primeira lei: "... de toda rvore do jardim comers livremente, mas da rvore do conhecimento do bem e do mal no comers..." ( Gn 2:16-17 ). Se havia lei era porque j havia o mal (transgresso), pois: "onde no h lei, tambm no h transgresso..." ( Rm 4:15 ); "pela lei vem o pleno conhecimento do pecado" ( Rm 3:20 ). Sabe-se, portanto, que o Mal j existia no paraso antes mesmo de Ado e Eva terem pecado, mas a

    questo que fundamenta este estudo : "Como surgiu o Mal?". Necessariamente quando se busca um conhecimento sobre origem do mal, busca-se, tambm, o conhecimento sobre a origem de seu

  • maior representante: Satans (Diabo).

    Mas adiante vamos discorrer um aprofundado estudo bblico a procura de evidncias que possam fundamentar toda essa estria de um dia Satans ter sido Lcifer, um anjo que queria ser mais poderoso que Deus, e que iniciou uma peleja no Cu, na qual foi derrotado e lanado a Terra e nos tenta at hoje. Aps este estudo descobriremos que tudo isso no passa de uma lenda causada por uma interpretao equivocada dos leitores e estudiosos da bblia. OS POVOS MAIS ABENOADOS POR DEUS Na bblia, mais precisamente no Antigo Testamento, h relatos sobre dezenas de povos que tiveram, direta ou indiretamente, alguma relao com o povo de

    Israel. Entre eles podemos citar os egpcios, os babilnios, os sidomeses, os de Tiro, os

  • da Assria, os de Moabe, etc. Todos esses povos tiveram alguma relao negativa com o povo de Israel e, atravs de profecias, receberam duras penas de Deus. No livro intitulado Ezequiel encontra-se vrias profecias contra alguns desses povos. Por exemplo, em Ez 25 h profecias contra os povos de Amom, Moabe, Edom e Filstia. Em vrias outras partes da bblia, principalmente em Isaias, Jeremias, Ezequiel e Daniel, podem ser encontradas diversas dessas profecias. Porm, em relao a alguns povos Deus, por intermdio dos profetas, alm de anunciar profecias de destruio, anunciou, tambm, lamentaes. Os nicos povos que Deus lamentou destruir

    foram: Israel, Egito, Tiro e Babilnia.

    Qual seria o motivo que levou Deus a lamentar a destruio desses povos? Ora, por uma razo comum: Os reis, ou prncipes, desses povos eram abenoados e amados por Deus. Ora, como pde Deus amar e abenoar povos como, por exemplo, os egpcios que tanto mal lhe fez, se que fizeram algum bem?!

  • Esta indagao s pode ser respondida, com clareza, aps uma profunda anlise dos relatos bblicos sobre esses povos e, logo aps, vamos associar as concluses com a equivocada estria sobre a origem de Satans, que o objetivo de nossa discusso. As lamentaes a esses povos podem ser encontradas em: 1 ? Lamentaes (Livro todo dedicado ao sofrimento do povo de Israel); 2 ? Ez 27:1-4 (Lamentaes Tiro e seu rei): "Veio Amim a palavra do SENHOR, dizendo: Tu, pois, filho do homem, levanta uma lamentao sobre Tiro; dize a Tiro (...): Assim diz o SENHOR: Tiro, tu dizes: Eu sou perfeita em formosura. No corao dos mares, esto os teus limites; os que te edificaram aperfeioaram a tua formosura." 3 ? Jr 51:7-9 (Lamentao Babilnia e seu rei): "A Babilnia era um copo de ouro na mo do SENHOR (...). Repentinamente, caiu Babilnia ela, porm, no sarou (...) lamentai por ela, tomai blsamo para a sua ferida." 4 ? Ez 32:1-2 (Lamentao ao Egito): "(...) Veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Filho do homem, levanta uma lamentao contra fara, rei do Egito, e dize-lhe: Foste comparado a um filho de leo entre as naes (...)" Sabe-se, agora, aps ler esses trechos, que Deus realmente lamentou destruir esses povos mas, exatamente, o que significa "lamentar"?

  • Se analisarmos em um dicionrio, lamentar o mesmo que: 1 ? Chorar, gemendo ou gritando; 2 ? Lastimar, deplorar; 3 ? Proferir palavras de tristeza, aflio. Logo, Deus estava muito triste ao anunciar os castigos a esses povos, aos quais os amava bastante.

    3.1 O POVO DE ISRAEL No h dvidas sobre o grande amor de Deus em relao ao povo de Israel, o "Povo de Deus" (Ex 3:10), principalmente cidade de Jerusalm, sendo esta, simbolicamente, considerada a "Noiva de Deus" (Is 62:3-5). Porm a recproca desse amor no era verdadeira, uma vez que este povo despontava tanto a Deus que Ele, por diversas vezes, o castigou e, arrependendo-se, por conta de Seu grande amor, o perdoou: "Ento, enviou o SENHOR a peste a Israel, desde a manh at o tempo que determinou; e, de D at Berseba, morreram setenta mil homens do povo. Estendendo, pois, o Anjo do SENHOR a mo sobre Jerusalm, para a destruir, arrependeu-se o SENHOR do mal e disse ao Anjo que fazia a destruio entre o povo: Basta, retira a mo..." (2 Sm 24:15-16) "...Assim diz o SENHOR, Deus de Israel...: Se permaneceres nesta terra, ento, vos edificarei e no vos derribarei; porque estou arrependido do mal que vos tenho feito." (Jr 42:9-11). Talvez o perodo de domnio da Babilnia sobre Israel tenha sido o maior castigo de Deus para com o

  • seu povo: "...Assim diz o SENHOR dos Exrcitos: Visto que no escutastes as minhas palavras, eis que mandarei buscar todas as tribos do Norte, diz o SENHOR, como tambm a Nabucodonossor, rei da Babilnia, meu servo, e os trarei contra esta terra, contra os seus moradores e contra todas as naes em redor, e os destruirei totalmente... toda esta terra vir a ser um deserto e um espanto; todas estas naes serviro ao rei da Babilnia setenta anos" (Jr 25:8,9,11).

    Era com grande tristeza que Ele o castigava: "Acaso, tenho eu prazer na morte do perverso? ? Diz o SENHOR; no desejo eu, antes, que ele se converta e viva?... No tenho prazer na morte de ningum, diz o SENHOR Deus. Portanto, convertei-vos e vivei." (Ez 18:23,32). Tamanha era essa tristeza que h um livro todo focado em prantear o castigo sofrido pelo povo de Israel durante o domnio babilnico. Este livro intitulado Lamentaes. Logo, no h dvidas do motivo de Deus lamentar o castigo dado a Israel era porque o amava muito, tanto que o escolheu como Seu povo.

  • 3.2 O POVO DO EGITO Antes de iniciarmos uma anlise sobre a relao que Deus tinha com o Egito, preciso que se reflita sobre a seguinte indagao: "Se Deus, em Suas prprias palavras, ao descrever o Brasil, simbolicamente, o comparasse a maior, mais bela e formosa rvore do den e que nenhuma outra rvore a ela se assemelhava. Que concluses poderamos tirar disso? Ora, que o Brasil seria um lugar abenoado por Deus e Ele muito o quer bem. Correto? Pois voc sabia, leitor, que foi exatamente essa comparao que Deus fez, por intermdio do profeta Ezequiel, ao descrever o Egito? "(...) Veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Filho do homem, dize a fara, rei do Egito, e a multido do seu povo: A quem s semelhante na tua grandeza? (...) Se elevou a sua estatura sobre todas as rvores do campo, e se multiplicaram os seus ramos (...) por causa das muitas guas durante o seu crescimento. Os cedros no jardim de Deus no lhe eram rivais (...),

  • nenhuma rvore do jardim de Deus se assemelhava a ele na sua formosura. (...) Todas as rvores do den, que estavam no jardim de Deus, tiveram inveja dele." ( Ez 31:1-2;5;8-9 ) Quem proporcionou ao Egito ser merecedor de tais adjetivos? Ora, o prprio Deus assim o fez: "Formoso o fiz na multido de seus ramos; todas as rvores do den, que estavam no Jardim de Deus, tiveram inveja dele..." (Ez 31:9). Mas, apesar de todas as bnos recebidas, os egpcios no as reconheceram como sendo oriundas de Deus. Antes acreditavam ser Fara um deus: "A terra do Egito se tornar em desolao e deserto; e sabero que eu sou o SENHOR. Visto que disseste: o rio meu, e eu o fiz, eis que estou contra ti e contra os teus rios." (Ez 29:9-10). Por esta razo Deus decidiu entregar o Egito nas mos de Nabucodonossor, rei da Babilnia, assim como fez a Israel: "(...) Assim diz o SENHOR Deus: Eis que eu darei a Nabucodonossor, rei da Babilnia, a terra do Egito (...)" (Ez 29:19) "Assim diz o SENHOR Deus: Eu, pois, farei cessar a pompa do Egito, por intermdio de Naucodonossor, rei da Babilnia." (Ez 30:10) , portanto, por Deus ter abenoado a Fara e este no ter reconhecido que seu poder vinha de Deus, ao contrrio, ele achava que era um deus, que Ele lamentou profundamente ter que destru-lo: "Filho do homem, levanta uma lamentao contra Fara, rei do Egito, e dize-lhe: ...Quando eu te extinguir, cobrirei os cus e farei enegrecer as suas

  • estrelas; encobrirei o sol com uma nuvem, e a lua no resplandecer a sua luz. Por tua causa, vestirei de preto todos os brilhantes luminares do cu e trarei trevas sobre o teu pas, diz o SENHOR Deus." (Ez 32: 2,7-8).

    3.3 O POVO DE TIRO Tiro era uma cidade muito prspera no comrcio martimo e, por causa disso, exercia grande influncia sobre diversos povos, sendo considerada a "Feira das Naes" (Is 23:3), ou seja, a fonte de abastecimento dos povos. Tiro era tambm chamada de "a Grande Distribuidora de Coroas" (Is 23:8), caracterizando a grande riqueza que possua.

  • Em Ez 27 acha-se uma lista dos povos aos quais Tiro exercia grande influncia comercial. Povos como: Bas, Egito, Sidom, Persas, Trsis, Sria, Jud, Israel, Arbia, Sab, entre outros. Em troca das mercadorias oriundas da cidade Tiro os povos davam: Prata, bronze, escravos, madeira de bano, esmeraldas, linho puro, trigo, azeite, cordeiros, bodes, carneiros, ouro, aromas finos, navios e, inclusive, povos como os Persas ofereciam seus soldados para lutarem em nome de Tiro: "Os Persas (...) se acharam em teu exrcito e eram teus homens de guerra; escudos e capacetes penduraram em ti; manifestaram a tua glria." (Ez 27:10) Como pudemos observar, a cidade de Tiro era muito rica, prspera e, sobretudo, poderosa. Todo esse poder foi conseguido graas ao seu rei, que vamos conhecer a seguir.

    3.3.1 O REI DE TIRO Era um dos homens mais sbios da poca, segundo as prprias palavras de Deus: "Sim, s mais sbio que Daniel, no h segredo algum que possa esconder de ti; pela tua sabedoria e pelo teu entendimento, alcanaste o teu poder e adquiriste ouro e prata nos teus tesouros..." (Ez 28:3-4). Sendo, como pudemos verificar, mais sbio que Daniel, um dos grandes profetas de Deus. Logo, pode-se dizer que o rei de Tiro era uma pessoa

  • abenoada por Deus, uma vez que s Deus d a sabedoria e o poder: "Disse Daniel: Seja bendito o nome de Deus, de eternidade a eternidade, porque dele a sabedoria e o poder; ele quem muda o tempo e as estaes, remove reis e estabelece reis; ele d sabedoria aos sbios e entendimento aos inteligentes." (Dn 2:20-21). A todos aqueles que Deus d a sabedoria, esta lhe proporciona sorte de bens e tesouros, como aconteceu com o rei de Tiro: "Eu, a sabedoria, (...) ando pelo caminho da justia, no meio das veredas do juzo, para dotar de bens os que me amam e lhes encher os tesouros." (Pv 8:12;20-21) Porm os estrondosos aumentos de riquezas e de poder fizeram com que o rei de Tiro ganhasse tanta estima, de diversos povos, que ele comeou a achar que era o prprio Deus: "...Dize ao prncipe de Tiro: Assim o diz o SENHOR Deus: Visto que se eleva o teu corao,e dizes: Eu sou Deus, sobre a cadeira de Deus me assento no corao dos mares, e no passas de homem e no s Deus, ainda que estimas o teu corao como se fora o corao de Deus..." (Ez 28:2). Por causa disso, Deus decidiu entregar a cidade de Tiro nas mos da Babilnia: "...Assim diz o SENHOR Deus: Eis que eu trarei contra Tiro a Nabucodonossor, rei da Babilnia..." (Is 23:13,15).

  • 3.4 O POVO DA BABILNIA A Babilnia, no reinado de Nabucodonossor, era o povo mais forte, rico e poderoso da poca. Se voc, leitor, percebeu, todos os outros trs povos, analisados por ns, foram submetidos ao poder da Babilnia. Para se entender melhor o motivo de Deus ter dado tanto poder Babilnia necessrio que se estude, e entenda, a relao entre Nabucodonossor e Deus.

    3.4.1 O REI DA BABILNIA No existiu um rei, no-judeu, to abenoado por Deus quanto o rei Nabucodonossor, e isso pode ser claramente observado na forma como o prprio Deus se referia a ele: "O rei dos reis" (Ez 26:7);"Meu servo" (Jr 27:6 e Jr 43:10). Nabucodonossor foi um rei que conquistou grande poder graas a sua fidelidade a Deus, pois Deus

  • abenoa os justos, como assim o fez a Nabucodonossor: "Eu fiz a terra, o homem e os animais que esto sobre a face da terra, com meu grande poder e com meu brao estendido, e os dou quele a quem for justo. Agora, eu entregarei todas estas terras ao poder de Nabucodonossor, rei da Babilnia, meu servo; e tambm lhe dei os animais do campo para que o sirvam..." (Jr 27:5-6). Por ter sido considerado, por Deus, uma pessoa justa que Nabucodonossor teve a honra de receber aqueles dois adjetivos da prpria boca de Deus. O rei Nabucodonossor era fiel a Deus, ao qual O reconhecia como "O Deus dos deuses" e "O senhor dos reis" (Dn 2:46-47) e bendizia o Seu nome: "(...) Eu, Nabucodonossor, levantei os olhos ao cu (...) e bendisse o Altssimo (..), louvo, exalo e glorifico ao Rei do cu, porque todas as suas obras so verdadeiras, e os seus caminhos, justos (...)" ( Dn 4:34,37 ) Deus abenoava tanto a Nabucodonossor que, durante o cativeiro, ordenou que o Seu povo prestasse obedincia ao rei da Babilnia, punindo com a morte quem assim o no fizesse (Jr 27:11-14). Portanto, no h dvidas que a Babilnia era uma grande nao abenoada por Deus por causa de seu rei. O reflexo do carter e obedincia de Nabucodonossor pode ser visto no poder e nas glrias alcanadas pela Babilnia: "Fortalecerei os braos do rei da Babilnia e lhe porei

  • na mo a minha espada (...)" (Ez 30:24) "Sabero que eu sou o SENHOR, quando eu puser a minha espada nas mos do rei da Babilnia..." (Ez 30:25); "A Babilnia era um copo de ouro na mo do SENHOR..." (Jr 51:7); "Tu, Babilnia, eras o meu martelo e minhas armas de guerra; por meio de ti destruireis..." (Jr 51:20).

    Porm uma coisa certa, e esta uma reflexo minha, o poder e a riqueza so os elementos que mais tentam o corao dos justos desobedincia aos preceitos de Deus, levando o homem loucura. Foi exatamente isso o que aconteceu a Nabucodonossor. Depois de tanto poder e riqueza ele comeou a se desviar dos caminhos de Deus; a gota d'gua foi quando ele fez uma imagem de ouro de outro deus, e obrigou que todos a adorassem:

  • "O rei Nabucodonossor fez uma imagem de ouro... Levantou-a no campo de Dura, na provncia da Babilnia... Qualquer que no se prostrar e no adorar ser, no mesmo instante, lanado na fornalha de fogo ardente." (Dn 3:1,6) Neste momento Deus perdoa Israel e arrepende-se do mal que lhe fez: "...Assim diz o SENHOR, Deus de Israel...: Se permaneceres nesta terra, ento, vos edificarei e no vos derribarei; porque estou arrependido do mal que vos tenho feito." (Jr 42:9-11). Deus, ento, anuncia a destruio da Babilnia: "Eis agora vem uma tropa de homens, cavaleiros de dois a dois. Ento, ergueu ele a voz disse: Caiu, caiu Babilnia; e todas as imagens de escultura dos seus deuses jazem despedaadas por terra." (Is 21:9-10) "Ponde-vos em ordem de batalha em redor contra a Babilnia, todos vs que manejais o arco; atirai-lhe, no poupeis as flechas; porque ela pecou contra o SENHOR... Portanto, assim diz o SENHOR dos Exrcitos, o Deus de Israel: Eis que castigarei o rei da Babilnia e a sua terra..." (Jr 50:14,18)

    Porm, Deus lamentou profundamente ter que fazer isso:

  • "A Babilnia era um copo de ouro na mo do SENHOR, o qual embriagava a toda a terra; do seu vinho beberam as naes; por isso, enlouqueceram. Repentinamente, caiu Babilnia e ficou arruinada; lamentai por ela, tomai blsamo para a sua ferida; porventura sarar. Queramos curar Babilnia, ela, porm, no sarou; deixai-a, e cada um v para a sua terra; porque o seu juzo chega at ao cu e se eleva at as mais altas nuvens." (Jr 51:7-9) "Tu Babilnia, eras o meu martelo e minhas armas de guerra; por meio de ti, despedacei naes e destruireis; por meio de ti despedacei o homem e a mulher, despedacei o velho e o moo, despedacei o jovem e a virgem; por meio de ti, despedacei o pastor e seu rebanho, despedacei o lavrador e sua junta de bois, despedacei governadores e vice-reis." (Jr 51: 20-23)

    Ento, por meio de um sonho, Deus anuncia a Nabucodonossor a sua queda e destruio do reino: "Eu, Nabucodonossor, estava tranqilo em minha casa e feliz no meu palcio. Tive um sonho que me espantou; e, quando estava no meu leito, os pensamentos e as vises da minha cabea me

  • turbaram. Eram assim as vises da minha cabea (...): Eu estava olhando e vi uma rvore no meio da terra, cuja altura era grande; crescia a rvore e se tornava forte, de maneira que sua altura chegava at ao cu; e era vista at os confins da terra. A sua folhagem era formosa, e o seu fruto, abundante, e havia nela sustento para todos (...) No meu sonho (...) vi um vigilante, um santo, que descia do cu, clamando fortemente e dizendo: Derribai a rvore, cortai-lhe os ramos, derriai-lhe as folhas, espalhai o seu fruto; afugentem os animais de debaixo dela e as aves, dos seus ramos. A rvore que viste, que cresceu e se tornou forte, cuja altura chegou at ao cu, e que foi vista por toda a terra (...) s tu, rei, que cresceste e vieste a ser forte; a tua grandeza cresceu e chega at ao cu, e o teu domnio, at a extremidade da terra. Esta a interpretao, rei, este o decreto do Altssimo, que vir contra o rei, meu senhor: Sers expulso de entre os homens, e a tua morada ser com os animais do campo, e dar-te-o a comer ervas como aos bois, e sers molhado do orvalho do cu; e passar-se-o sete tempos por cima de ti, at que conheas que o Altssimo tem domnio sobre o reino dos homens e o d a quem quer." (Dn 4:4-5, 10-14, 20, 22, 24-25) Em Dn 4:33-34, 37 encontra-se, em detalhes, como aconteceu a queda de Nabucodonossor. Analisando-se esse trecho percebe-se que Nabucodonossor foi humilhado por Deus mas, apesar de toda a desgraa que lhe foi imposta, ele arrependeu-se de tudo o que tinha feito de mal aos olhos do SENHOR e O

  • glorificou: "No mesmo instante, se cumpriu a palavra sobre Nabucodonossor, e foi expulso de entre os homens e passou a comer ervas como os bois, o seu corpo foi molhado com o orvalho do cu, at que lhe cresceram os cabelos como as penas da guia, e as suas unhas, como as das aves. Mas, no fim daqueles dias,eu, Nabucodonossor, levantei os olhos ao cu, tornou-me a vir o entendimento, e eu bendisse o Altssimo, e louvei, e glorifiquei ao que vive para sempre, cujo domnio sempiterno, e cujo reino de gerao em gerao. Agora, pois, eu, Nabucodonossor, louvo, exalo e glorifico ao Rei do cu, porque todas as suas obras so verdadeiras, e os seus caminhos, justos, e pode humilhar aos que andam na soberba." (Dn 4:33-34, 37) Com isso terminamos nossa anlise sobre os povos mais abenoados por Deus e, partindo desse conhecimento, vamos descobrir quo equivocada a interpretao bblica que os grandes estudiosos fazem sobre a origem de Satans, maquiando-o como tendo sido um Anjo de Deus.

    4 OS SUPOSTOS FUNDAMENTOS PARA A ORIGEM DE SATANS Como j foi dito, no incio dessa discusso, os supostos fundamentos para sustentar a teoria de que Satans era um anjo, chamado Lcifer, so encontrados em trs livros bblicos, aos quais vamos analisar agora:

  • 4.1 EZEQUIEL, CAPTULO 28 E VERSOS DE 13 A 17 "Estavas no den, jardim de Deus; de todas as pedras preciosas te cobrias: o srdio, o topzio, o diamante, o berilo, o nix, o jaspe, a safira, o carbnculo e a esmeralda; de ouro se te fizeram os engastes e os ornamentos; no dia em que foste criado, foram eles preparados. Tu eras querubim da guarda ungido, e te estabeleci; permanecias no monte santo de Deus, no brilho das pedras andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado at que se achou iniquidade em ti. Na multiplicao do teu comrcio, se encheu teu interior de violncia, e pecaste; pelo que te lancei, profanado, fora do monte santo de Deus e te farei perecer, querubim da guarda, em meio ao brilho das pedras. Elevou-se o teu corao por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; lancei-te por terra, diante dos reis te pus, para que te contemplem."

    Acredita-se que esse trecho seja sobre a origem de Satans porque se pode encontrar fortes evidncias, como as que esto destacadas em negrito no

  • texto.

    A bblia um poderoso instrumento que deve ser utilizado para o estudo, e no apenas para uma leitura solta e vazia; estudar a bblia, acredito, analis-la cuidadosamente, sem pressa, observando todo o contexto histrico de cada verso e ligando os fatos ocorridos ao motivo de tais palavras terem sido escritas. por falta dessa anlise contextual que muitas pessoas se convencem ser esse trecho direcionado figura de Satans. A partir de agora vai ser exigida a compreenso de toda a anlise histrica feita no captulo anterior. Este trecho, na verdade, corresponde a um trecho de uma lamentao que Deus levanta ao rei de Tiro; no difcil constatar isso, basta ler os dois versos anteriores:

  • "Veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Filho do homem, levanta uma lamentao contra o rei de Tiro e dize-lhe: Assim diz o SENHOR Deus: Tu s o sinete da perfeio, cheio de sabedoria e formosura..." (Ez 28:11-12).

    Reflita agora leitor e me responda: "Quem , segundo as prprias palavras de Deus, nesse contexto, o sinete da perfeio, cheio de sabedoria e formosura? Satans?". Torna-se difcil, e ilgico, acreditar que todos esses adjetivos sejam destinados ao rei de Tiro. Mas, s para quem deixou passar, desapercebidamente, todo o contexto histrico que circunda o motivo de tais palavras terem sido proferidas, ou seja, todo o relato desse trecho direcionado ao rei de Tiro pelos motivos aos quais debatemos quando analisamos a histria, bblica, da cidade de Tiro. Quando Deus diz: "Tu eras querubim" e "Estavas no den jardim de Deus", evidente que h aqui o mesmo recurso de comparao simblica utilizada por Ele para descrever o Egito. Da mesma forma, como vimos, que Deus compara Fara e o Egito a mais bela e formosa rvore do den, mais bela inclusive que a rvore da Vida, Ele compara simbolicamente o rei de Tiro ao mais sbio e formoso querubim do den.

  • Veja, agora, como o restante da anlise do texto se encaixa com harmonia: 1- Quando Deus diz: "Perfeito eras nos teus caminhos", fica claro que sobre o motivo pelo qual Deus concedeu tanto poder e riqueza ao rei de Tiro, pois toda e qualquer autoridade, como de um rei por exemplo, provm de Deus: "... porque no h autoridade que no proceda de Deus; as autoridades foram por Ele institudas..." (Rm 13:1). E essa autoridade Deus concede aos que forem justos aos Seus olhos: "Eu fiz a terra, o homem e os animais que esto sobre a face da terra, com meu grande poder e com meu brao estendido, e os dou quele a quem for justo..." (Jr 27:5). 2- Quando Deus diz: "Elevou-se o teu corao por causa da tua formosura", evidente que sobre a loucura do rei de Tiro em acreditar que era o prprio Deus: "...Dize ao prncipe de Tiro: Assim o diz o SENHOR Deus: Visto que se eleva o teu corao,e dizes: Eu sou Deus, sobre a cadeira de Deus me assento..." (Ez 28:2 ). Logo, o querubim, o anjo da guarda ungido, ao qual esse trecho, em anlise, se refere , na verdade, o rei de Tiro e no Satans. No h sentido em se afirmar que esse trecho est se referindo figura de Satans, porque no h fundamentao alguma, no h

  • contexto histrico algum, em toda a bblia, que possa ser usado como ponte para essa afirmao, ou seja, com base em que se pode dizer que esse querubim Satans? De onde vem a fundamentao?

    O substantivo Lcifer ocorre seis vezes na Vulgata, verso latina da Bblia, e uma vez em algumas Tradues da Bblia em lngua portuguesa. Lcifer se refere literalmente "Estrela da Manh" ou "Estrela D'Alva", "luz da manh", e "aurora" e ao "rei da Babilnia", ao sumo sacerdote Simo, filho de Onias, Glria de Deus, ou a Jesus Cristo. Jesus Cristo, no livro de apocalipse (22:16) se auto denomina "resplandescente estrela da manh", o que diferenciado quando o termo usado separadamente "estrela da manh" como "poder" sobre "naes". (Apocalipse 2:28 e 26) (Isaas 14:12) Por exemplo, Traduo Brasileira da Bblia: E temos, mui firme, a palavra dos profetas, qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, at que o dia amanhea, e a estrela da alva aparea em vossos coraes. 2 Pedro 1:19 Traduo Almeida Fiel, Este mesmo trecho em latim, na Vulgata : et habemus firmiorem propheticum sermonem cui bene facitis adtendentes quasi lucernae lucenti in caliginoso loco donec dies inlucescat et lucifer oriatur in cordibus vestris 2 Pedro 1:19,

    como pedro ele deseja que lcifer cresa

  • nos coraes dos crentes? por esta razo que possvel encontrar pessoas com nome "Lcifer" entre os primeiros cristos, sendo o exemplo mais famoso So Lcifer, bispo de Sardenha, onde existe a nica igreja So Lcifer conhecida.

    4.2 APOCALIPSE, CAPTULO 12 E VERSOS DO 7 AO 9 "Houve peleja no cu. Miguel e os seus anjos pelejaram contra o drago. Tambm pelejaram o drago e seus anjos; Todavia, no prevaleceram; nem mais se achou no cu lugar deles. E foi expulso o grande drago, a antiga serpente, que se chama diabo e Satans, o sedutor do mundo, sim, foi atirado para a terra e, com ele, os seus anjos..."

  • Para os que acreditam na estria de Satans ter sido Lcifer, esse trecho complementa o trecho analisado no sub-captulo anterior, ou seja, depois que Deus descobriu a iniquidade no corao de Satans teria acontecido essa peleja, acima descrita, para expulsa-lo do cu. Logo, o que fundamenta esse trecho so exatamente as concluses infundadas que tiram do trecho do sub-captulo anterior. Nada mais ilgico!

    Mais uma vez feita uma anlise de um trecho bblico sem a ateno necessria anlise do contexto ao qual, verdadeiramente, o fundamenta. O ponto a ser considerado, neste caso, : Sim, esteja peleja no cu e contra Satans; porm, ela ainda no aconteceu. Ora, Apocalipse um livro proftico, ou seja, um livro de profecias que, segundo qualquer dicionrio, significa: "Predio feita por um profeta." E profeta significa: "Indivduo que prediz o futuro". H algum cabimento o fato de um profeta fazer profecias de coisas j ocorridas? O prprio apstolo Joo, escritor do Apocalipse, diz o propsito do livro: "...Mostrar aos seus servos as coisas que em breve devem acontecer..." (Ap 1:1) Logo, sero relatadas coisas que ainda iro acontecer e no fatos j ocorridos. No h sentido em se profetizar o passado; neste caso, o termo mais

  • adequado seria "relembrar" ou "rever" e no "profetizar". Se essa peleja realmente aconteceu no princpio, por que absolutamente nada relatado em Gneses? Principalmente quando a serpente, Satans, faz o homem transgredir no paraso? Nenhum indcio de peleja alguma, nada!

    A peleja descrita acontecer quando houver se cumprido a profecia sobre a Mulher e o Drago (Ap 12:1-6). Em resumo, o que realmente acontecer, segundo a bblia (nesta anlise no houve qualquer preocupao em se discutir o significado da simbologia acerca da mulher, apenas relatar o fato): "A mulher est grvida e aponto de lar a luz; porm, o drago quer devorar o filho dela (que Jesus). No entanto, ao nascer, o filho da mulher arrebatado para o cu. Como o objetivo do drago mat-lo, ele sobe ao cu para tentar concretizar esse objetivo e l, a sim, ocorrer essa peleja." Tanto isso verdade que, quando o drago expulso do cu ele volta para perseguir a mulher. Logo, para

  • que haja tal peleja, preciso que se concretize a profecia a respeito da mulher grvida, ou seja, preciso que exista essa mulher grvida. Segundo a teoria, a rebelio de Lcifer aconteceu no cu ainda antes da Criao, ou seja, antes mesmo que Deus tivesse criado o homem, o mar, os animais, enfim, todas as coisas. Porm, indago, em tom de desafio, a todo e qualquer estudioso da Palavra de Deus, a me provar, biblicamente, a existncia de qualquer forma de vida antes de Deus ter iniciado Sua obra de criao!

    " No princpio, criou Deus os cus e a terra." ( Gneses 1:1 ) Este o primeiro verso da Bblia, este o verso que atesta o princpio de todas as coisas, a criao dos cus e da terra e tudo o que neles h. A verdade s existe quando se manifesta em sua total plenitude, ou seja, ou a verdade 100% ou ela no verdade. 99% de verdade torna-a uma mentira, uma

  • falsa verdade. exatamente essa falsa verdade, que eu prefiro chamar de mentira, que pregada quando se induz as pessoas a acreditarem nesse tempo e espao da suposta peleja entre Lcifer e os habitantes do cu. H uma grande desarmonia com a Palavra de Deus ( Bblia ), no que diz respeito ao tempo em que ocorreu esta peleja: Antes da Criao. Ora, como que um estratagema to tolo se passa por Verdade durante tanto tempo? Como que pde, leitores em s conscincia, acontecer uma peleja no cu se os cus ainda nem tinham sido criados?! Logo, acreditar que essa peleja representa a expulso, no cu, de Satans, quando este ainda era chamado de Lcifer, e seus anjos, acreditar numa suposta desarmonia (contradio) bblica, na qual uma hora se afirma, em Gneses, que Deus criou o universo e tudo o que nele h e outra hora se afirma, em Apocalipse, que j havia vida, tempo e espao antes mesmo da criao dos cus e da terra. Acreditar nessa desarmonia acreditar que a Bblia no a fonte da Verdade, acreditar que ela no fonte de inspirao divina.

  • Outra grande desarmonia encontrasse no aspecto do local ao qual ocorreu esta peleja: Iniciou-se no Cu e culminou com Lcifer sendo lanado Terra. Mais uma vez indago: Como Lcifer conseguiu rebelar-se e iniciar uma peleja no cu, se ainda no havia cu? Como conseguiram expulsa-lo de um cu, que ainda no existia, e atira-lo a Terra, quando esta, tambm, ainda no havia sido criada? Estamos diante, talvez, da maior farsa da histria, sob o aspecto religioso. Finalmente, com base em que se pode afirmar que essa peleja aconteceu antes do princpio dos tempos? Qual ponte, em argumentos fundamentados, h entre esta peleja e Satans ter sido um querubim de Deus? O nico indcio de quem era Satans, no princpio dos tempos, o de que ele era "A antiga serpente" (Ap 12:9) e no um querubim. incrvel como toda essa estria, a respeito dessa peleja, pregada por a, consiga passar-se por verdadeira sendo apoiada em estratagemas to tolos, como o de se afirmar que possvel profetizar-se o passado e de que havia um universo paralelo antes da criao. Todo embasamento para ser justificado deve encontrar harmonia com os escritos bblicos; se no

  • for necessria essa harmonia, melhor pararmos a discusso por aqui.

    4.3 ISAAS, CAPTULO 14:12 AO 14 "Como caste do cu, estrela da manh, filho da alva! Como foste lanado por terra, tu que debilitava as naes! Tu dizias no teu corao: Eu subirei ao cu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregao me assentarei, nas extremidades do Norte; Subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altssimo..." Este trecho, verdadeiramente, no tem relao alguma com a possvel origem de Satans por dois motivos: Um de simples verificao e outro de profunda anlise. Fazendo uma simples verificao do contexto, observa-se que se trata de um trecho dirigido ao rei

  • da Babilnia. No precisa esforar-se muito para chegar a essa concluso, basta ler os versos 4 e 22 deste mesmo captulo: "...ento proferirs este motejo contra o rei da Babilnia..." (Is 14:4) "Levantar-me-ei contra eles, diz o SENHOR dos Exrcitos; exterminarei de Babilnia o nome e os sobreviventes, os descendentes e a posteridade, diz o SENHOR." (Is 14:22) Logo, com isso, percebe-se que o captulo 14 de Isaas do verso 1 ao 23, trata-se de uma profecia sobre a queda do maior reino da terra, na poca: O reino da Babilnia. Fazendo, por outro lado, uma anlise profunda de todo o contexto histrico, anlise essa discutida quando analisamos a histria de Nabucodonossor, observamos o seguinte: No verso 12, os adjetivos "estrela da manh" ( em tradues antigas: Lcifer. Eis a o motivo de toda a confuso ) e "filho da alva" so direcionados ao rei Nabucodonossor, da mesma forma que Deus assim o fez quanto aos reis do Egito e de Tiro. Quando dito: "Como caste do cu (...) tu que debilitava as naes", h um reforo de que estas palavras so direcionadas a Nabucodonossor, pois, me diga leitor, qual foi o rei cuja grandeza e o poder chegavam at ao cu e o domnio at a extremidade da terra? Se voc no lembra, retorne ao subttulo 3.4 e descubra a resposta, mas j vou adiantando que no foi Satans; Os versos 13 e 14 tratam sobre a loucura de

  • Nabucodonossor, por conta do grande crescimento de seu poder e, por causa de sua exaltao prpria, pois ele tinha poder sobre a vida e a morte de qualquer indivduo, como pode se verificar nas palavras do profeta Daniel: "(...) Deus, o Altssimo, deu a Nabucodonossor (...) o reino e grandeza, glria e majestade. Por causa da grandeza que lhe deu, povos, naes e homens de todas as lnguas tremiam diante dele; matava a quem queria e a quem queria deixava com vida; a quem queria exaltava e a quem queria abatia. Quando, porm, o seu corao se elevou, e o seu esprito se tornou soberbo e arrogante, foi derribado do seu trono real, e passou dele a sua glria." (Dn5:18-20) Faa agora, leitor, uma anlise em todo o Antigo Testamento e voc ver que, como foi dito anteriormente, no houve um rei no-judeu mais poderoso, e abenoado por Deus, que Nabucodonossor, e por causa de sua traio contra Deus que a Babilnia um dos povos mais citados e odiados em toda a Bblia. Portanto, o Lcifer ao qual se refere bblia, em tradues mais antigas, nada mais que o rei Nabucodonossor. Que Satans possa ter exercido alguma influncia sobre ele uma hiptese at aceitvel, mas chegar-se ao cmulo de dizer que esta profecia de Isaas sobre a queda da Babilnia, corresponde expulso de Satans do paraso de uma malignidade sem tamanho, pois no h qualquer embasamento bblico para justific-la. Entretanto, h uma resposta de Jesus Cristo queles que estudam a Palavra, mas encobrem a verdade:

  • "Ai de vs, intrpretes da Lei! Porque tomaste a chave da cincia; contudo, vs mesmos no entrastes e impedistes os que estavam entrando." (Lc 11:52).

    5 CONSIDERAES FINAIS Ora, se Satans no foi Lcifer: "O anjo de luz", "a estrela da manh", "o filho da alva". Se toda essa estria no tem fundamento, qual seria, ento, a verdadeira origem de Satans? Quando isso aconteceu? A verdade que a bblia no faz referncia a tal assunto; a referncia mais antiga sobre Satans a que diz ter sido ele a "antiga serpente do den" (Ap 20:2), e s! Nada sobre a sua origem. Mas de uma coisa esteja certo, leitor, ele foi criado por Deus na mesma semana que o homem assim o foi, ou seja, a origem de Satans mais antiga que a do homem em, no mximo, 5 dias, pois Deus criou o universo, e tudo o que nele h, em 6 dias e no 7 dia

  • descansou e nada fez. Portanto, toda a estria de que houve um "Universo de Deus" onde Satans (Lcifer) vivia em perfeita harmonia com Ele e etc., como pregada por a e descrita em vrios livros como, por exemplo, no livro intitulado "Patriarcas e Profetas", no passa de mais uma estria que saiu da mente fantasiosa de seu autor, uma vez que no h a mnima fundamentao bblica que demonstre isso. Todas as pessoas que acreditam nisso esto sendo, na verdade, incoerentes com a bblia e com as prprias palavras de Jesus e do apstolo Joo sobre quem realmente foi e Satans: "(...) Ele foi homicida desde o princpio e jamais se firmou na verdade..." (Jo 8:44 ) "(...) O Diabo vive pecando desde o princpio..." (1Jo 3:8 ) Logo, com base nos trechos acima, temos a certeza de que Satans nunca foi bom, perfeito e amigo de Deus, como alguns dizem por a. Acredito que o motivo da disseminao de toda

    essa estria, de universo paralelo e anjo decado, o de mascarar a verdade de que o prprio Deus o criador do Mal. As pessoas mentem ao tentar caracterizar Deus apenas como o criador do bem e que o mal jamais procedeu e jamais proceder Dele. Para tentar justificar isso criaram toda essa estria, afim de que a origem do mal fosse proveniente de Satans, e no de Deus. Criando essa estria, afirmam: "De Deus procede o Bem. Quando Ele criou Lcifer eis que este era bom e sbio. Portanto, coube a Lcifer a origem

  • do Mal, e no a Deus, pois o mal no procede de Deus..." Com qual propsito criaram essa mentira? Na verdade, com essa estria tentam tirar um poder de Deus e d-lo a Satans. Assim sendo, Deus o criador de tudo o que Bom e Satans o criador de tudo o que Mau; logo, temos, na verdade, dois criadores e no apenas um. nisso que voc acredita, leitor? Verdadeiramente, s existe um criador de TODAS as coisas e ele Deus. Foi Ele quem criou o bem e foi Ele, tambm, quem criou o mal e as trevas. Deus criou Satans do jeito que ele e sempre foi, sem essa fantasia de anjo do bem. Alguns devem estar pensando que eu estou louco ao afirmar que Deus , tambm, o Pai criador do mal e das trevas. Entretanto, no pensem que sou to inteligente assim, no me dem este crdito todo, pois ele no saiu de minha cabea, mas da bblia, a "inegvel fonte da verdadeira verdade":

    "Eu sou o SENHOR, e no h outro (...). Para que se saiba, at ao nascer do sol e at o poente, que alm de mim no h outro; eu sou o SENHOR e no h outro. Eu formo a luz e crio as trevas; fao a paz e crio o mal; eu, o SENHOR, fao todas estas coisas." (Is 45:5-7)

  • Acredito, entretanto, que a origem de Satans tenha ocorrido no terceiro dia da criao, ou seja, no dia da criao da rvore do Conhecimento do Bem e do Mal, pois neste momento que o mal criado e, acredito tambm, seu maior representante, pois acho pouco provvel ter havido o mal sem que houvesse Satans, uma vez que ele o mal propriamente dito. Ele a criao e no o criador, ou seja, ele o mal e no o criador do mal.

    O criador nico: Deus.