ARMAZENAGEM, ARMAZENAGEM, EMBALAGEM E MANUSEIO EMBALAGEM E MANUSEIO

DE CORREIAS DE CORREIAS TRANSPORTADORASTRANSPORTADORAS

ELABORADO POR: JÚLIO CÉSAR REZENDE

ObjetivosObjetivos

O armazenamento, embalagem e manuseio de correias transportadoras, tem grande importância, pois devido a ser um material de grande volume e peso, pode se deformar se não for posicionado corretamente. E também se não tiver uma guarda condizente com sua importância, se ficar exposto em condições climáticas desfavoráveis, junto de substância agressivas até mesmo animais (pequenos roedores), esta pode sofrer danos na sua estrutura.

ArmazenagemArmazenagem

As correias transportadoras podem, de um modo geral, ser afetadas por: óleos, graxas, solventes, luz solar, temperatura, umidade, etc., devendo portanto, ser, preferencialmente, armazenadas em locais cobertos, frescos e de umidade relativa do ar não muito alta. Deve-se considerar também que alguns roedores podem atacar as correias.

As correias devem ser armazenadas em carretéis apropriados ou estrados tipo "U" afastadas do solo conforme Figura 1 e Figura 2. Pequenos trechos podem ser estocados abertos, também afastados do solo por estrados.

Figura 1 - Estrado tipo U Figura 2 - Carretel auto-portante

ArmazenagemArmazenagem

Qualquer que seja o método de armazenagem, as correias nunca devem sanfonar, ser apoiadas pelas bordas ou entrar em contato direto com o piso, conforme mostrado na Figura 3.

Figura 3 - Correia sobre as bordas

As correias mal estocadas ou com longo tempo de estocagem, podem apresentar-se quebradiças, sem sua elasticidade característica, principalmente na primeira volta. Neste caso antes de usá-la, é necessário descartar a parte danificada.

O melhor sistema de armazenagem é proporcionado pelo carretel auto-portante, pois garante não somente proteção adequada, mas também facilita o desenrolamento, conforme mostrado na Figura 2.

ArmazenagemArmazenagem

Correias curtas e correias sem fim devem ser guardadas em prateleiras, sem peso em cima. Nas correias sem fim, deve-se manter grandes raios de curvatura para que não haja danos à carcaça. É conveniente a colocação de peças de formato curvo que garantam a curvatura da correia.

ArmazenagemArmazenagem

A armazenagem prolongada e inadequada pode alterar as características da correia, principalmente da cobertura que pode apresentar-se quebradiça, com trincas e sem a sua elasticidade natural. A adesão da cobertura à carcaça também pode se tornar deficiente.

Em ambiente externo, os danos podem ocorrer mais rapidamente. Se as correias não estiverem devidamente engradadas, devem ser cobertas por plástico opaco ou lona impermeável.

Tempo de ArmazenagemTempo de Armazenagem

O fornecedor deve orientar o usuário quanto aos períodos longos de armazenagem, porém na falta dessas informações

pode-se seguir as orientações da Tabela 1.

LOCAL DE ARMAZENAMENTOTEMPO

Recomendável Máximo

Almoxarifado Coberto 1,5 ano 3 anos

Outros Luz solar 2 semanas 1 mês

Coberto 6 meses 1 ano

Tabela 1 – Período de armazenagem de correias

Tempo de ArmazenagemTempo de Armazenagem

As correias transportadoras, em geral, são fornecidas em rolos tendo sua ponta inicial presa a um tubo de madeira ou aço.

São enroladas de modo que o lado do transporte fique fora. O tipo e diâmetro do núcleo são determinados em função da espessura e peso da correia. O diâmetro final da bobina e o comprimento da correia poderão ser determinados fórmulas especificas para esse cálculo.

EmbalagemEmbalagem

As embalagens das correias devem ser classificadas em três categorias:• Uso imediato - adequada para manter a correia em perfeitas condições durante o prazo de pelo menos 90 (noventa) dias, esteja a correia em ambiente protegido, exposta ao solo ou sob ação das intempéries;

• Estocagem de longo prazo - adequada para manter a correia em perfeitas condições durante o prazo de pelo menos 3 (três) anos, devendo o usuário, entretanto, seguir as recomendações do fornecedor para armazenagem a longo prazo;

• Transporte especial - adequada para manter a correia em perfeitas condições durante o prazo de pelo menos 3 (três) anos, devendo entretanto, permitir o transporte marítimo e manuseio em porões de navios e portos. Neste caso a embalagem deve possuir uma estrutura protetora em aço, sendo o fechamento total da embalagem feito também por chapas de aço ou outro material adequado.

EmbalagemEmbalagem

As correias devem estar enroladas, tendo sua ponta inicial presa a um miolo de aço com ressalto para fixação da ponta, de diâmetro compatível com suas características, devidamente protegidas para transporte, manuseio e instalação.

O ressalto para fixação da ponta deve ter altura tal a permitir o enrolamento da correia numa espiral contínua. O fornecedor deve informar qual comprimento da correia deve ser cortado por ser danificado pelo processo de fixação da correia no miolo.

Este comprimento deve ser descontado do comprimento adquirido.

Somente é permitido o uso de miolos de madeira ou outros materiais que são especificados no item anterior.

A embalagem mais simples de uma correia (uso imediato) deve vir, pelo menos com um estrado tipo U para fácil e seguro manuseio.

EmbalagemEmbalagem

•As correias devem ser enroladas de tal forma que a cobertura superior (aquela em contato com o material) permaneça do lado externo.

•O diâmetro das bobinas deve ser o maior possível, de tal forma a se reduzir o número de emendas no campo, observando-se as limitações de transporte ou solicitações do usuário.

•Os miolos devem ter furos de seção quadrada 125 ou 165 mm, de acordo com o peso a ser manuseado.

•As correias com carcaça de cabo de aço devem ser fornecidas com carretel auto-portante em aço a menos quando solicitado de outra forma pelo usuário. As extremidades transversais de correias com carcaça de aço devem ter bordas protetoras para evitar a oxidação progressiva dos cabos.

EmbalagemEmbalagem

Nas duas faces externas principais da embalagem, devem ser marcadas, de forma indelével, as seguintes informações:

• Logotipo ou nome do fabricante; • Identificação da correia (largura, tipo da carcaça, tensão

de ruptura e n° de lonas, tipo de cobertura e cobertura

superior e inferior em unidades SI); • Comprimento da correia; • Massa total do volume em toneladas; • Massa da correia em quilogramas por metro; • Mês / ano de fabricação; • Número de controle ou lote do fabricante; • Certificado de testes da bobina; • Seta indicativa do sentido de rotação; • Número da ordem de compra, número de estoque ou outro dado solicitado pelo cliente.

EmbalagemEmbalagem

MarcaçãoMarcação

As bordas das correias devem possuir marcas a cada 10m para facilitar o cálculo do seu comprimento quando necessrio. A cada 10 metros o fornecedor deve estampar na cobertura inferior da correia a uma profundidade não superior a 0,8 mm, em um retângulo de 200x100mm, as seguintes informações:

•Nome ou logotipo do fabricante; •Tipo da carcaça (resistência, número de lonas, espessura das coberturas); •Tipo de cobertura; •Largura da correia; •Número de série do fabricante;

L= comprimento da correia (mm)D: diâmetro externo do rolo (mm)d: diâmetro interno do rolo (mm)

= Pi = 3,1416

Cálculo do comprimento enrolado de correia Cálculo do comprimento enrolado de correia

L = D + d x x Nº voltas 2L = D + d x x Nº voltas 2

Sugestão de Fórmula da RCT (mais usada) para o cálculo do comprimento enrolado da correia:

Ao se rolar um carretel de armazenagem de correia, deve-se observar o sentido de rotação indicado pela seta, evitando-se assim que a correia desenrole (veja Figura 4).

As correias apoiadas sobre cavaletes proporcionam um desenrolar sem problemas.

As correias não devem ser arrastadas ou roladas sobre superfícies irregulares com objetos pontiagudos ou de um modo geral, serem manuseadas de forma tal que tenham a sua cobertura ou bordas danificadas.

ManuseioManuseio

NÃO SIM Figura 4 - Rolamento da correia

Os rolos devem ser içados com cuidado tal como mostrado na Figura 5.

ManuseioManuseio

Figura 5 - Içamento de rolos

A correia pode correr e sanfonar no içamento, por causa do espaço.

Quando for necessário desenrolar uma correia deve-se ter o cuidado de, ao dobrá-Ia, evitar pequenos raios de curvatura para não danificar a sua carcaça, conforme mostrado na Figura 6.

ManuseioManuseio

Figura 6 - Correia desenrolada

FIMFIM

Elaborado por:

Júlio César Rezende – Técnico em Mecânica

Tel. (cel.) (94) 9665-6333