argumentos defesa homens das cavernas

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LEVANTAMENTO DO CASO OS EXPLORADORES DAS CAVERNAS O livro conta histria de quatro exploradores de cavernas, membros de uma Sociedade Espeleolgica, que foram condenados morte pela forca por matar um quinto explorador para servir de alimento a eles. Em caverna de rocha calcria. Quando estes j estavam destantes da entrada desta, ocorre um desmoronamento bloqueando e impedindo a saida. Observando a demora da saida dos quarto exploradores, o secretrio da sociedade comunicou a famlia e enviou uma equipe de socorro ao pontramente ao local, onde esta, revelou que a tarefa era difcil. muintos temiam que eles no resistiriam muintos dias, por no terem levado alimentos, ou seja, poderiam ter inanio; apis vinte dias soube-se que havia com um deles um rdio transistorizado e, proporcionar um contato um contato; os Engenhaeiros responsves pelo salvamento informou que seria necessrio mais de dez dias para salv-los ( os mdicos informaram que eles no conseguiriam sobreviver neste tempo) e, os exploradores representados por Roger indagou se seria possvel mais dez dias se um deles morresse para alimentar os outros; s conseguiu uma resposta em sentido afirmativo pelo presidente da comisso e, depois disto, o contato do rdio foi quebrado por causa causa do descarregamento das pilhas. No trigsimo dia aps a entrada na cavernas os exploradores foram resgatados; obsevou-se que Roger havia sido morto e srevido de alimento a seus companheiros. Em usa defesa, os quatro acusados declararam que Roger foi o primeiro a propor que buscassem alimento na carne de um dentre eles para que, os outros quatro consegussem soberviver; isso aconteceu atravs de um para de dados que a prpria vtima carregava consigo mas, pouco antes do arremesso dos dados a vtima declarou que desistia do acordo mas, os outros o acusaram de violao e assim procederam o lanamento. quando chegou a vez de Roger, este no quis jogar os dados e um dos acusados o representou jogando em seu lugar, perguntando apois o lanamento se esse tinha alguma objeo sober o resultado e a vtima respondeu que notendo-lhe aversa a sorte. Os quatro sobreviventes aps o resgate, foram denuciados por homicidio. DEFESA; Conta-nos a estria que um grupo de exploradores e amigos. Estes foram explorar uma caverna, como do seu costume, levaram seus intrumentos, comida e gua o suficiente para o tempo que pretendiam ficar, etc. Tudo estava programado, pois nunca imaginariam que iriam ficar presos a comida e liquido que tinham levado estava acabando. Comerava a surjuir um terrivel medo se iriam ser resgatados com vida. Quando Roger resolveu sujerir que um servisse de comida para os demais, e ironicamente o sorteado foi o propio mentor da idia o Sr. Roger. Asentena de morte errada pois se no tivessem feito o que fizeram estariam mortos tambm.

CONSIDERAES FINAIS Existe uma situao que chamamos de Estado de Necessidase quando o ser humano encontra em uma situao extrema em que ele tem que fazer algo urgnte para sua prezervao. No caso dos Andes as pessoas que serviram de alimento j estavam mortas diferente da situao presente eu sei porm estes homens se encontravam em uma situao to extrema que j estavam desesperados, pois alm de nunca mais poder ver a luz do sol e aqueles que amam estariam condenados a uma morte certa, lenta e com muito sofrimento; torturados pelo desespero da morte certa, tal Ato foi desesperado a pena maxma eles j receberam, pois o reto da vida vo deitar a cabea no traveseiro sabendo que mataram um amigo e o comeram. Acondenao a forca seria muito rigoroso, pois aminizar a pena como priso ou trabalhos, como eram usados na epoca seria mais apropiado.

Os sistemas jurdicos so sistemas lgicos, compostos de proposies que se referem a situaes da vida, criadas pelos interesses mais diversos. O Direito uma cincia humana, trabalha com os interesses, condutas, regras, relaes, bens, e tudo mais referente ao homem social. No uma cincia exata, feita por seres humanos, com senso comum, com sentimento de justia, os quais, em primeiro plano, visam a segurana jurdica. Entretanto, quando os rus foram julgados e condenados, os juzes se transformaram em uma mquina de subsumir, um trabalho que requer o mnimo de conscincia ou manifestao prpria de vontade. sabido que o juiz, no pode contrariar a lei, deve aplic-la ao caso concreto sem questionar sua eficcia. O legislador cria a lei e no o juiz. Porm, o legislador ao criar este dispositivo no previu este caso em particular, pois prevendo, logo, no deixaria de descaracterizar o crime do caso em tela. O dispositivo exposto no texto falho, incompleto e passvel de cometer injustias. O texto da lei diz: "Quem quer que intencionalmente prive a outrem da vida ser punido com a morte". Observa-se, a falta de complementos, que este dispositivo apresenta, ele muito amplo, e assim atinge fatos que esto fora de sua inteno. Por exemplo, se A e B naufragam em auto mar, restando-lhes apenas uma tbua, que serve como bia, porm ela suporta o peso de apenas uma pessoa, e por isso A mata B para ficar com a tbua da salvao e se salvar. A cometeu crime de homicdio? A resposta no, pois A est acobertado pela excludente de estado de necessidade. Outro exemplo pode se dar quando: A ameaa B de morte, com uma arma em sua cabea, dizendo que vai mat-lo, por ele ter ofendido sua moral, C vendo esta cena, saca um revlver e atira em A, provocando-lhe a morte, C agindo em legtima defesa de terceiro, ento seria punido com a morte? Obviamente no, pois estaria protegido pela excludente da

legtima defesa. Portanto, se nota uma injustia em aplicar este dispositivos em fatos no previstos pelo legislador. Em princpio, para haver crime, deve haver fato tpico e antijuridicidade. O homicdio, no caso em tela, um fato tpico, porm no antijurdico, por estar protegido pelo estado de necessidade que ali se encontravam, e no pela legtima defesa que alguns juzes do Tribunal mencionaram; sendo que para haver legtima defesa necessrio os seguintes requisitos: a) agresso injusta, atual ou iminente; b) direitos do agredido ou de terceiro, atacado ou ameaado de dano pela agresso; c) repulsa com os meios necessrios; d) uso moderado de tais meios; e) conhecimento da agresso e da necessidade da defesa (vontade de defender-se). A ausncia de qualquer dos requisitos exclui a legtima defesa. No caso em foco, ausente vrios destes requisitos, descaracterizando a legtima defesa. O ato praticado pelos exploradores, foi um ato de estado de necessidade, sendo que os exploradores no tinham recursos para subsistir, nem to pouco havia substncia animal ou vegetal dentro da caverna, assim, no se caracteriza um crime, muito menos h de ser falar em pena, pois, sem crime no h pena. Todos ali se encontravam em estado de perigo; no se alimentando, morreriam por inanio. Ento o nico meio era perder um homem, para salvar quatro. Inexistia outro meio seno o de lesar o interesse de outrem, para salvar o prprio de igual proporo. No aceitvel a exigibilidade de conduta diversa, pois, em uma conduta diversa, todos morreriam, no restando nem mesmo a vtima Whetmore. A situao do caso em anlise no foi provocada intencionalmente por nenhum dos membros da explorao, no houve dolo nem culpa, mas sim um caso fortuito, previsvel, porm, no premeditado. Foi uma fora da natureza que os deixaram em tal situao, havendo assim, uma adaptao a situao encontrada: teriam que a qualquer custo sobreviver, encontrar um meio para a sobrevivncia, mesmo que para isso, fosse necessrio a morte de um dos cohabitados, que teria de ser um dos cinco, foi casualmente por sorteio o Whetmore, sem nenhum truque ou constrangimento ilegal, sendo que se outro fosse sorteado, desfrutaria Whetmore de sua carne, para sobreviver. Os homens presos caverna, tiveram que submeter a uma novo condicionamento. O condicionamento, imposto ao homem de forma inexorvel, gera mltiplas necessidades, por ele atendidas mediante os processos de adaptao. Graas a esse mecanismo, o homem se torna forte, resistente, apto a enfrentar os rigores da natureza. Fazendo com que a conduta, que de incio aparenta ser monstruosa, insensvel e canibalesca, logo transforme em um ato compreensvel, por ter sido o nico meio necessria naquele momento. Para quem analisa o fato externamente, simples alegar, que os homens presos caverna, cometeram uma conduta monstruosa, causadora de arrepios.

Entretanto, no foi tnue a sobrevivncia daqueles que l se encontravam, deixando eles, uma experincia traumtica, resultante do drstico episdio. Os magistrados que cuidaram deste caso, cometeram alguns deslizes em suas anlises, porque jamais poderiam condenar esses desafortunados forca. Os homens acusados de homicdio, jamais apresentaram perigo ao convvio social, eram homens comuns, respeitadores das leis, e ainda no tinham a inteno de contrariar o dispositivo legal e muito menos os princpios postos do Direito, quando praticaram tal fato. O fato de que foi Whetmore, o criador da idia de que se alimentassem da carne de um dentre eles, e que jogassem os dados, para quem perdesse, por simples casualidade, seria morto para a sobrevivncia dos demais, refora ainda mais que no houve ilicitude, inexistindo assim o crime de homicdio. Uma soluo sugerida, para absolver esses homens, dentro das regras jurdicas, a seguinte: o legislador depois de visto tal caso, cria um dispositivo complementar, tal qual beneficiaria os rus. Pelo princpio da irretroatividade da lei, a lei posterior no alcana os fatos anteriores a sua vigncia, porm a toda regra existe uma exceo, ou seja, quando a lei benigna para os rus, ela retroage, julgando os fatos anteriores a sua vigncia, assim absolvendo os rus, e por fim, a lei fica abstenta de qualquer injustia. Sem mais, conclu-se que, no deveria haver julgamento, muito menos passar pela primeira instncia, sendo que no h crime a ser julgado, devendo assim o processo ser arquivado, porm o Direito passvel de erros, porque dirigido e manipulados por homens, estes, que condenam outros homens, por tentarem sobreviver as leis da natureza.