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    INTRODUO A TECNOLOGIA DE REAS LIMPAS

    1.- Introduo2.- Fundamentos

    2.1. Fontes de partculas suspensas no ar2.1.1. O ar2.1.2. Os materiais de construo2.1.3. As pessoas2.1.3.1. Descamao2.1.3.2. Respirao/Alimentao2.1.3.3. Fumante2.1.3.4. Jias2.1.3.5. Roupas2.1.4. Os acessos2.1.5. Os fludos2.1.6. Os equipamentos2.1.7. O processo

    2.2. Domnio da contaminao carregada pelo ar - prioridades fundamentais2.3. Filtragem de ar2.4. Classificao de filtros de ar conforme NBR 64012.5. O fluxo de ar em reas limpas

    3.- Normas4.- A qualificao de sistemas de controle de contaminao

    4.1. Termos bsicos e objetivos4.2. Testes de qualificao5. O ser humano em interao com ambientes limpos

    5.1. Vestimentas5.2. Comportamento

    1.- IntroduoO objetivo da tecnologia de controle de contaminao a proteo contra efeitosdetrimentais causados por contaminaes carregadas pelo ar, causando interaesindesejadas e prejudiciais em processos, produtos, produtos em fabricao e o ser humano.Esta tecnologia um elemento-chave em muitas indstrias de destaque: na indstria

    farmacutica, na produo de semicondutores e microeletrnica, na fabricao de produtosmedicinais e cirrgicos, na indstria automobilstica, na preparao e embalagem dealimentos e bebidas, e na rea hospitalar. O controle de contaminao o alcance de uma oude ambas das metas seguintes: a proteo de processos e/ou produtos contra efeitos detrimentais causados por

    contaminaes carregadas pelo ar; a proteo do pessoal de trabalho contra riscos de processos prejudiciais sade,

    oriundos de contaminaes carregadas pelo ar.

    Esta tecnologia no limita somente a pureza do ar em reas de trabalho. Abrange tambmo controle da contaminao da superfcie de produtos, de equipamentos de trabalho e dos

    materiais de embalagem, especialmente as superfcies em contato com o produto, e aindaaspectos como:Tao Tecnologia CNPJ 04.236.662 / 0001-16

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    a purificao e distribuio de fluidos de processo (gases como nitrognio e argnio,gua purificada ou para injeo);

    as exigncias para tornar a tecnologia de produo e os equipamentos de processamentocompatveis com as exigncias do controle de contaminao;

    o comportamento adequado do pessoal e as medidas de treinamento e motivaocorrespondentes;

    materiais de consumo compatveis com as exigncias quanto pureza (p.ex. panos eoutros materiais de limpeza, luvas, mscaras de proteo);

    vestimentas especiais para o trabalho em reas com nvel elevado de pureza do ar; e, finalmente, as medidas complementares exigidas pelas necessidades da proteo

    ambiental.

    2.- Fundamentos2.1. FONTES DE PARTCULAS SUSPENSAS NO ARAs fontes de partculas suspensas no ar de ambientes de trabalho so produzidas por : o prprio ar os materiais de construo as pessoas os acessos e os produtos os fludos os equipamentos o processo

    2.1.1. O ARApesar de ser filtrado, o ar limpo insuflado em sala limpa pode conter ainda uma certaconcentrao de impurezas, devido ao fato que nenhum filtro possuir uma eficinciade 100%. A qualidade do ar introduzido pelo sistema de tratamento do ar dependeressencialmente de: a eficincia dos filtros a proporo de ar recirculado a contaminao do ar externo2.1.2. OS MATERIAIS DE CONSTRUOOs materiais utilizados em salas limpas, para a construo das mesmas ou para aconstituio dos equipamentos de processo, podem gerar partculas, principalmente pordesgaste, mas tambm por corroso. Os materiais devem ser escolhidos em funo da suaresistncia ao desgaste e da sua neutralidade em relao a lquidos e gases agressivos.2.1.3. AS PESSOASAs pessoas so consideradas a maior fonte de contaminao em salas limpas.2.1.3.1. DESCAMAOS por descamao o ser humano perde 10% do seu peso por ano, o que corresponde a 20

    gramas por dia no caso de uma pessoa de 70 kg, representando bilhes de partculas.A emisso de partculas pelas pessoas depende consideravelmente do tipo de atividadeTao Tecnologia CNPJ 04.236.662 / 0001-16

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    exercida, e cresce com o esforo fsico. A maquiagem do pessoal feminino agrava ofenmeno. Quanto ao pessoal masculino, o uso de barba e bigode constitui uma fonte nodesprezvel de partculas.

    O fio de cabelo tem um dimetro mdio de 70 microns, mas formado por milhares deescamas da ordem de 0,5 a 10 microns. As escamas se soltam continuamente, porm aemisso cresce consideravelmente nas seguintes condies:

    quando o cabelo tocado, penteado e sacudido quando o cabelo muito seco quando o cabelo foi secado a quente quando o cabelo foi mal tratado pelo calor ou pelo sol quando a pessoa usa sprayPor esta razes, em todas as salas limpas o pessoal tem que utilizar tocas para cobrir ocabelo.2.1.3.2. RESPIRAO / ALIMENTAOA respirao e o ato de falar jogam milhares de partculas no ambiente, obrigando o usurioda sala limpa, em certas aplicaes, a usar mscaras. A mastigao excita a emisso desaliva, consequentemente de partculas e gotculas, levando a proibio do uso da goma demascar em sala limpa.2.1.3.3. FUMANTEEst comprovado que o fumante exala um nmero de partculas sensivelmente superiorao do no fumante, mesmo aps ter apagado o cigarro. Partculas de alcatro de

    aproximadamente 0,5 mcrons, pegajosas, muito difceis de serem removidas, so exaladaspelo fumante at 30 minutos depois de fumar.2.1.3.4. JIASAs jias apresentam minsculas cavidades abrigando milhares de partculas que vose soltando com os movimentos das pessoas. Mesmo sob as luvas e os uniformes, h

    possibilidade de emisso de partculas.2.1.3.5. ROUPASAlgumas roupas de l, veludo e couro, liberam muitas fibras que iro impregnar o interiordos uniformes. Alm dessas fibras poderem contaminar a sala limpa, so mais difceis de

    serem removidas durante a lavagem dos uniformes.Obviamente, os sapatos constituem um dos maiores contaminantes, e recomendado troc-los no vestirio ou cobri-los com sapatilhas.2.1.4. OS ACESSOSO acesso do pessoal e dos produtos introduz obrigatoriamente uma contaminao. Apesarde existirem ante-salas, gradientes de presso e at duchas de ar limpo, qualquer pessoa ouobjeto introduzido na sala limpa leva junto uma certa quantidade de contaminantes.Um cuidado particular deve ser tomado em relao s embalagens, que podem ser de vriostipos:

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    embalagens destinadas aos produtos que entraro na sala limpa para evitar a introduono ambiente de partculas

    embalagens destinadas aos produtos que sairo da sala limpa (devem ter o mesmo graude limpeza que os produtos)

    embalagens utilizadas dentro da sala limpa entre as varias etapas do processo (devem serpouco geradoras de partculas)

    2.1.5. OS FLUDOSGeralmente o processo desenvolvido em salas limpas, necessita a utilizao de fludosdiversos (ar comprimido, gases, gua deionizada, etc.) Se no forem tratados e filtrados,esses fludos iro trazer contaminantes, muitas vezes diretamente sobre o produto em

    processo. A tubulao, com suas conexes e vlvulas, pode ser uma fonte importante decontaminao.

    2.1.6. OS EQUIPAMENTOSOs equipamentos constituem geralmente uma fonte de contaminantes to importante quantoo pessoal. Projetados com o objetivo de no contaminar, eles geram partculas, gases, fluxosde calor e movimentos que perturbam o escoamento do ar da sala. muito difcil modific-los, o que conduz o usurio e o instalador da sala limpa a adaptar o ambiente de maneira aminimizar as conseqncias da contaminao que eles emitem.Exemplos de adaptao: enclausuramento afastamento

    captao de p e gases, etc.2.1.7. O PROCESSOO processo constitudo pelas operaes efetuadas afim de fabricar ou industrializar o

    produto, incluindo operaes mecnicas e reaes qumicas. Estas operaes so tambmfontes de contaminao; por exemplo, o simples fato de parafusar uma pea gera milharesde partculas que vo se espalhar sobre o posto de trabalho. praticamente impossvelmensurar este tipo de contaminao e evit-la. A soluo mais curativa (limpeza) que

    preventiva.O processo de limpeza considerado como parte integrante das operaes desenvolvidas emrea limpa e objeto de procedimentos padro com materiais e equipamentos especiais para

    este uso.

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    2.2. DOMNIO DA CONTAMINAO CARREGADA PELO AR PRIORIDADES FUNDAMENTAISPara um controle de contaminao eficiente e econmico, preciso dar ateno, antesde mais nada, s fontes de contaminao. Em primeiro lugar, deve ser suprimida adisseminao de partculas nos prprios ambientes de trabalho, utilizando para tal asseguintes medidas preventivas: medidas concepcionais e construtivas visando a reduo da liberao de partculas

    atravs de mquinas, equipamentos e operaes de processo; encapsulamento de processos, cuja liberao de partculas no pode ser suprimida;

    Sistemas de suco capturando as partculas na fonte de liberao; vestimentas especiais para o pessoalAssim, a tecnologia de controle de contaminao fica na medida do ltimo recurso,

    tendo como objetivo o domnio das partculas suspensas no ar ainda restantes depois doaproveitamento dos recursos acima compilados. Para o domnio destas partculas restantes,utilizam-se trs medidas principais: a filtragem de ar, princpios aerodinmicos e diferenasde presso entre ambientes.2.3.FILTRAGEM DE AROs filtros de ar para sistemas de controle de contaminao so, quase exclusivamente, filtrosde fibras. (Filtros de membrana, uma alternativa para a filtragem do ar, tem por enquantoseu uso limitado a situaes bem especficas, de pouca expressividade quantitativa.)O meio filtrante dos filtros de fibra uma esteira ou um papel composto de fibras,

    predominantemente sintticas ou de vidro. No podendo diferenciar entre os gneros

    diferentes de partculas, servem tanto para a separao de partculas slidas e lquidas, como

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    de partculas viveis e no-viveis.O dimetro destas fibras varia, em funo da eficcia desejada, de menos de um micrm atuns dcimos de um milmetro. Deixa-se bastante espao entre as fibras: assim, as partculasconseguem penetrar profundamente na camada de fibras, antes de ficar retida, visando umamaximizao da capacidade de reteno de poeira e ao mesmo tempo uma perda moderadade presso.Os seguintes mecanismos so responsveis pela separao de partculas num filtro de fibras: o efeito de peneira, entrando em ao quando a distncia entre duas fibras menor

    que o dimetro da partcula (na filtragem de ar, este efeito pouco desejvel: impede apenetrao das partculas at a profundidade do meio filtrante, sendo bloqueada assimrapidamente a passagem do ar atravs do filtro pelas partculas acumuladas na suasuperfcie);

    o efeito de interceptao, entrando em ao quando a linha de fluxo, carregando apartcula, aproxima-se suficientemente da fibra para a partcula colidir com a mesma;

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    o efeito de inrcia, efetivo sobretudo para partculas > 1 um e com uma massasignificativa: nestas circunstncias, a partcula no consegue seguir a deflexo abruptada sua linha de fluxo quando desviada em torno da fibra, continuando aproximadamenteem linha reta at colidir com a fibra;

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    o efeito de difuso, efetivo sobretudo para partculas

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    Foras de superfcie (foras van der Waal) so responsveis pela reteno das partculas nasuperfcie das fibras do filtro, permanecendo assim as partculas definitivamente capturadase assim eliminadas do fluxo de ar.A eficcia dos efeitos de interceptao e de inrcia aumenta com o tamanho e a massa das

    partculas. O contrrio vale para o efeito de difuso: quanto maior o tamanho e a massa,tanto menor a mobilidade das partculas e consequentemente a probabilidade de separao.Assim sendo, so caracterizados os meios filtrantes de filtros de fibra por um tamanho de

    partculas, cujo grau de separao passa por um mnimo, e o grau de penetrao passa porum mximo. Este mximo de penetrao, o ponto mais fraco do filtro, denominado emingls "Most Penetrating Particle Size MPPS". O dimetro MPPS depende da velocidadedo ar, da densidade e morfologia das partculas, e do dimetro das fibras. Normalmente,encontra-se na faixa de 0,1 - 0,5 um. Filtros grossos e finos tm, de modo geral, seu mximona faixa 0,2 - 0,5 um. Filtros de alta e altssima eficcia (os filtros HEPA e ULPA), mostram

    seu mximo de penetrao normalmente na faixa 0,1 - 0,2 um.

    2.4. CLASSIFICAO DE FILTROS DE AR CONFORME NBR 6401

    Norma NBR 6401 de 1980, conforme reviso efetuada em 15 de abril de 1988, pelacomisso de Estudos 4:08.4 - Ar Condicionado Comercial e Central, da ABNT.

    Classe de Filtro Eficincia (%)

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    GROSSOS G0 30 59

    G1 60 74G2 75 84G3 85 e acima

    FINOS F1 40 69F2 70 - 89F3 90 e acima

    ABSOLUTOS A1 85 - 94,9

    A2 95 - 99,96A3 99,97 e acima

    Mtodos de Ensaio:Classe G: Teste Gravimtrico, conforme ASHRAE 52 - 76 (Arrestance)Classe F: Teste Colorimtrico, conforme ASHRAE 52 - 76 (Dust Spot)Classe A: Teste DOP conforme U.S.Militar Standard 282

    2.5. O FLUXO DE AR EM REAS LIMPASO controle da disseminao de partculas e microrganismos liberados no prprio ambientedeve ser feito por meios aerodinmicos.Para situaes com exigncias relativamente modestas quanto pureza do ar, suficiente adiluio das partculas e microrganismos liberados no prprio ambiente mediante o princpiodo fluxo turbulento de mistura. Com filtros HEPA e com uma vazo de ar relativamentemodesta - e assim de maneira muito econmica - consegue-se atender s exigncias dasclasses de pureza de ar 100.000 e 10.000 e eventualmente mesmo s exigncias da classe1.000.

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    Para atender exigncias elevadas e elevadssimas de pureza de ar, ou seja, aquelas da classe100 e menores, preciso a utilizao do princpio aerodinmico do fluxo unidirecional doar, tambm chamado, incorretamente do ponto de vista cientfico, fluxo laminar. Nestascircunstncias, o ar percorre o ambiente em linhas de fluxo paralelas, com velocidade maisou menos uniforme e com um grau de turbulncia baixo. O fluxo unidirecional permite aeliminao de partculas liberadas no prprio ambiente pelo caminho mais direto e de umamaneira eficaz.

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    Para um movimento estvel do fluxo unidirecional preciso, em regra geral, umavelocidade de ar entre 0,3 e 0,5 m/s, correspondendo a 1.080 e 1.800 m3/h por m2respectivamente. Assim, a utilizao deste principio de fluxo exige a circulao de volumesgrandes de ar e, como consequncia, espaos considerveis para a circulao de ar, levandoa custos altos de investimento e de operao.

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    3. NormasCLASSES DE PUREZA DE ARPara garantir a devida proteo ao ser humano, aos processos e aos produtos, a pureza de arexigida deve ser determinada conforme as necessidades de cada situao especfica.Para poder distinguir sistematicamente diferentes nveis de qualidade de reas limpas, foramestabelecidas classes de pureza de ar. A sistemtica de classificao mais conhecida nomundo inteiro o U.S. Federal Standard 209 - servindo desde dcadas mundialmente como

    base de orientao a respeito. Dentro em breve, porm, ser substitudo pela norma ISO14644-1 com toda probabilidade tambm nos Estados Unidos.

    CLASSIFICAO CONFORME NBR 13700No Brasil, entrou em vigor em 1996, uma norma baseada na referida norma americana, aNBR 13.700.A determinao das classes de pureza de ar baseada numa tabela. Os valores limite dasconcentraes de partculas so dadas para duas unidades de medio para o volume de ar: o

    p cbico - como nas verses anteriores do U.S. Federal Standard 209 - e o metro cbico.A designao das classes mtricas de pureza de ar - identificadas com o prefixo M -corresponde a concentrao mxima permissvel, por m3 de ar, no limite de classe, de

    partculas com um dimetro de 0,5 um e maiores.

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    A identificao da classe de pureza de ar compreende trs informaes: a designaonumrica da classe de pureza, o tamanho ou os tamanhos de partculas para os quais oslimites de concentrao esto especificados, e ainda o estado ocupacional da rea limpa.Distinguimos trs estados ocupacionais padronizados: como construdo (as built), emrepouso (at rest) e em operao (operational). Como construido (as-built)

    Sistema de controle de contaminao completo e com todas suas partes ligadas e emoperao, porm, sem dispositivos de produo, sem equipamentos e sem pessoal.

    Em repouso (at rest)Sistema de controle de contaminao completo, com dispositivos e equipamentos de

    produo funcionando como combinado entre usurio e fornecedor, porm sem pessoal.

    Em operao (operational)Sistema de controle de contaminao operando como o estabelecido, com a equipe de

    pessoal especificada trabalhando como combinado.

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    TABELA RESUMO

    Tamanhodaspartculas

    emmicrons

    CLASSE

    100.000 10.000 1.000 100 10 1

    Quantidademxima departculaspor PE3 >=

    5,0

    0,5

    0,3

    0,2

    0,1

    700

    100.000

    -

    -

    -

    70

    10.000

    -

    -

    -

    7

    1.000

    -

    -

    -

    -

    100

    300

    750

    -

    -

    10

    30

    75

    350

    -

    1

    3

    7,5

    35

    Distribuio do ar Turbulento Misto Laminar

    N de recirculaes porhora para rea com p

    direito at 3m

    10-25 20 - 60 120 -130

    360 - 500 500 -600

    500 - 600

    M3/h por m2 de piso 30 - 75 60 - 180 360 -900

    1000 -1600

    1600 -1800

    1600 - 1800

    Velocidade de face nosfiltros (m/s)

    - - 01 -0,25

    0,3 - 0,45 0,45 -0,50

    0,45 - 0,50

    Meio de distribuio do ar Difusor Teto filtrante

    Tetoperfurado

    Tetoperfurado

    Dutofiltrante

    Retorno do ar Lateral ou junto dopiso

    Lateral, junto aopiso ou pelo piso

    Juntoao

    pisoou

    piso

    Piso

    Sobrepresso na sala(Pa)

    > 5 > 10-20 > 10 -

    20

    > 15 - 25 > 15 > 15

    4. A QUALIFICAO DE SISTEMAS DE CONTROLE DE CONTAMINAO

    4.1. TERMOS BSICOS E OBJETIVOS

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    O cdigo GMP visa garantir que os produtos sejam fabricados confivel ereproduzivelmente na qualidade predeterminada, dentro das tolerncias pr-estabelecidas,e que os mtodos utilizados para tal finalidade conduzam seguramente ao resultado pr-definido.A qualificao dos ambientes de produo, de sua infra-estrutura e dos equipamentos de

    produo bem como a validao dos processos de produo so instrumentos que atendemeste objetivo.O objetivo da qualificao comprovar mediante verificaes e testes de desempenhodocumentados e executados com instrumentos previamente calibrados que ambientes,sistemas de infra-estrutura e equipamentos de produo foram postos em operaocorretamente, e que sua utilizao futura seja de confiana e dentro dos limites operacionais

    predeterminados ou especificados, e que os mesmos forneam, sob condies de trabalho, odesempenho preestabelecido.

    O objetivo da validao a verificao sistemtica e documentada dos processos deproduo e do esquema de controle de qualidade correspondente para comprovar, com altograu de segurana, que os produtos finais sejam produzidos confivel e reproduzivelmentena qualidade exigida, e que os mtodos utilizados levem, dentro dos limites operacionais

    predeterminados, seguramente ao resultado previsto.Com o intuito de identificar erros, omisses e defeitos no momento mais cedo possvel, foiestabelecida a seguinte sistemtica para as verificaes e os testes de qualificao: qualificao de projeto

    (design qualification DQ);

    qualificao de instalao(installation qualification IQ);

    qualificao de operao(operational qualification OQ);

    qualificao de desempenho(performance qualification PQ), tambm denominada validao de processo (processvalidation).

    As definies destas quatro fases bem como os elementos principais das mesmas encontram-se resumidas. A seguir:

    QUALIFICAO DE PROJETO(design qualification - DQ)

    A prova que layouts, desenhos e as demais determinaes esto em conformidade com asespecificaes e as metas estabelecidas, e em conformidade com as regras GMP vigentes.A DQ inclui: compilao de todos os documentos do contrato; documentao completa de projeto inclusive desenhos, esquemas, etc; verificao final formalizada antes da instalao; vistoria geral do jogo completo de documentos.

    QUALIFICAO DE INSTALAO(installation qualification - IQ)

    A prova que a instalao dos sistemas foi executada em conformidade com as

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    especificaes de projeto e com as normas de segurana relevantes, e que a mesma estcompleta e apta para o funcionamento.A IQ inclui: verificao da instalao quanto conformidade com as especificaes; calibrao dos sensores e instrumentos relevantes; verificao das alimentaes de energia (eletricidade, ar comprimido, etc.); determinao de Procedimentos Operacionais Padronizados (SOPs) para, por exemplo, amanuteno preventiva.

    QUALIFICAO DE OPERAO(Operational qualification - OQ)

    A prova mediante testes que a instalao est funcionando como previsto, e atende s

    necessidades do processo ao qual est servindo.A OQ inclui: verificaes funcionais sem produto; calibrao dos sensores e instrumentos relevantes; evoluo dos parmetros crticos; apreciao dos aspectos de segurana; elaborao dos SOP's para o pessoal de operao e manuteno do sistema de controle decontaminao; treinamento deste pessoal.Obs: A OQ de ambientes, instalaes e equipamentos de produo uma preliminaressencial para a PQ subsequente, e um elemento integral da mesma.

    QUALIFICAO DE DESEMPENHO(Performance qualification - PQ)A verificao sistemtica do processo inteiro com a finalidade de garantir que os produtosa serem fabricados possam ser produzidos, reproduzveis, confiavelmente na qualidadeexigida.A PQ inclui: verificaes funcionais com produto; testes de processo em condies extremas (operational limits); estabelecimento dos parmetros/limites crticos (alarm and action limits);

    elaborao dos SOP's para o pessoal de produo; treinamento documentado deste pessoal.Obs. Testes do tipo media fill faem parte da PQ.

    4.2. TESTES DE QUALIFICAO

    TESTES PARA A QUALIFICAO DE INSTALAO (IQ)

    Inspeo do sistema de tratamento de ar quanto a sua finalizao. Conexo, regulagem e calibraro de todos os equipamentos de controle e segurana.

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    Balanceamento dos sistemas de distribuio de ar. Teste de integridade dos filtros finais. Comprovao das reservas de capacidade do sistema de tratamento de ar. Testes de vazamento para os invlucros de ambientes (divisrias, tetos, etc.) Confirmao da troca horria de ar. Verificao das propores entre ar exterior e ar recirculado em relao aos valores

    estipulados nas especificaes. Determinao das diferenas de presso e/ou das caractersticas do fluxo de ar.

    TESTES PARA A QUALIFICAO DE OPERAO (OQ)

    Determinao do tempo de recuperao (recovery time). Determinao da capacidade para manter os valores de temperatura e umidade

    estipulados. Determinao da classe de pureza de ar no estado ocupacional em repouso (at rest) parapartculas.

    Determinao da intensidade de iluminao e dos nveis sonoros. Verificao e documentao do movimento de ar. Determinao das diferenas de presso entre ambientes.TESTES PARA A QUALIFICAO DE DESEMPENHO (PQ) Repetio de alguns dos testes j mencionados, conforme necessidade, por exemplo: Verificao das diferenas de presso entre ambientes, e/ou das caractersticas do fluxo

    de ar.

    Determinao da capacidade para manter os valores de temperatura e umidadeestipulados. Determinao de classe de pureza de ar no estado operacional (operational) para

    partculas.

    5. O SER HUMANO EM INTERAO COM AMBIENTES LIMPOS

    5.1. VESTIMENTASPara neutralizar a liberao de partculas e microrganismos pelo homem, o vesturio correto fator importante.Os macacos, capuzes e demais componentes txteis so fabricados de fibras sintticas;

    contm frequentemente, para eliminar cargas estticas, uma porcentagem pequena de fibraseletricamente condutveis.O vesturio deve combinar uma boa eficincia de filtragem com uma resistncia elevada abraso e durabilidade, ser dotado com fechamentos eficientes impedindo a passagemde partculas, oferecer o melhor conforto possvel ao usurio e permitir uma lavagem,biodescontaminao e, se necessrio, ainda uma esterilizao efetiva.

    5.2. COMPORTAMENTO

    O pessoal que trabalha em reas limpas deve estar ciente do fato de que o homem umafonte de contaminao muito eficaz, pois transmite esta contaminao no somente por viaarea, mas tambm por contato. Consequentemente, necessrio aplicar uma disciplina

    rgida de trabalho para contornar este risco.

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    Alm disso, necessrio minimizar as interaes diretas entre homem e processo, limitando-se sempre que possvel superviso do processo. Assim, processos automticos fazemcontribuies altamente relevantes ao controle de contaminao.

    COMPORTAMENTO EM REAS LIMPAS Movimentos lentos No raspar, espirrar, tossir No usar produtos cosmticos Comportar-se corretamente em respeito s exigncias aerodinmicas: Posicionamento correto do risco do processo Manter distncia entre pessoa e processo Apenas interferncias bem refletidas na rea do processo Disciplina, autocontrole, confiabilidade

    A disciplina exigida, o autocontrole e a confiabilidade indispensveis exigem do pessoal,que opera reas limpas, uma motivao elevada. Manter esta motivao, acompanhada porum senso de responsabilidade bem desenvolvido, e conseguir a aceitao da disciplina,do desconforto e das restries liberdade de comportamento o objetivo mais nobre notreinamento de pessoal para estas tarefas rigorosas.

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