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FrutiSéries 2 - Brasília - Março/2002 O maracujá é uma cultura típica de países de clima tropical, respon- sáveis por cerca de 90% da produ- ção mundial. O Brasil é, atualmen- te, o maior produtor seguido do Peru, Venezuela, África do Sul, Sri Lanka e Austrália. O mercado mundial, principalmen- te o europeu, dá preferência ao pro- duto na forma de suco concentrado, uma vez que a fruta “in natura” tem “curta vida de prateleira”. Os principais exportadores mun- diais de suco de maracujá concen- trado são o Equador, com 50% e a Colômbia com 30% do mercado. As exportações brasileiras da fruta e do suco concentrado têm pouca expres- são no mercado mundial. Em relação ao suco, o país vem atuando em al- gumas lacunas de mercado, desde 1998, como é o caso do mercado inglês, onde o produto brasileiro é inserido nos períodos em que a Malásia, ou a Colômbia, reduzem as suas exportações. A produção brasileira teve, no período 1990/2000, dois momentos distintos. O primeiro, de crescimen- to, ocorrido entre 1990 e 1996, quando a área colhida passou de 25,3 mil ha para 44,5 mil ha, signifi- cando um aumento de cerca de 76%. Neste período, a produção na- cional evolui de 317,2 mil t, em 1990, para 409,5 mil t, em 1996, correspondendo a um incremento de 29% (FIBGE). No segundo momento, entre 1996/2000, houve uma sensível redu- ção da área colhida e da produção. Em 2000, a área colhida de 33,4 mil ha sofreu redução de 19%, quando comparada à área de 44,5 mil ha co- lhidos em 1996. Neste mesmo perí- odo, a produção decresceu de 409,5 mil para 330,8 mil t, cerca de 23,7% (Tabela 1). A produtividade média nacional, no período, apresentou redução da ordem de 21%, passando das 12,5 t/ ha em 1990, para 9,9 t/ha, em 2000 (Tabela 1). Esta edição do FrutiSéries dá pros- seguimento ao Termo de Cooperação Técnica e Intercâmbio Científico e Tecnológico estabelecido entre o Mi- nistério da Integração Nacional e a Universidade de Brasília – UnB, por meio do PROFRUTI/NUCOMP. o n A a e r Á ) a h l i m ( . d o r P ) t l i m ( . t u d o r P ) a h / t ( 0 9 9 1 3 , 5 2 2 , 7 1 3 5 , 2 1 1 9 9 1 8 , 0 3 4 , 0 8 3 4 , 2 1 2 9 9 1 6 , 2 3 2 , 8 1 4 8 , 2 1 3 9 9 1 5 , 2 3 5 , 0 6 3 1 , 1 1 4 9 9 1 5 , 3 3 9 , 9 7 3 3 , 1 1 5 9 9 1 5 , 8 3 5 , 5 0 4 5 , 0 1 6 9 9 1 5 , 4 4 5 , 9 0 4 2 , 9 7 9 9 1 3 , 8 3 4 , 7 5 3 3 , 9 8 9 9 1 0 , 3 3 3 , 8 9 2 0 , 9 9 9 9 1 6 , 5 3 1 , 7 1 3 9 , 8 0 0 0 2 4 , 3 3 8 , 0 3 3 9 , 9 Fonte:FIBGE 2002 ma “in natura”. Estes dados estão su- jeitos a alterações, uma vez que a disputa entre estes dois segmentos de mercado, leva os produtores a optar pelo preço no curto prazo, em detri- mento da constância da oferta no lon- go prazo, certamente mais compensadora. Esta situação é ainda mais agra- vada com a ausência de contrato de fornecimento entre os produtores e estes dois segmentos. A indústria processadora, segun- do a Associação das Indústrias Processadoras de Frutos Tropicais - ASTN - 2000, processou 127,7 mil t de maracujá, resultando na produção de 50,8 mil t de produto, dos quais 47 mil t de sucos e 3,8 mil t de pol- pas. Este volume significou 22,5% de toda a produção do setor no País, o que mostra a importância do maracu- já no mercado de suco nacional. A mesma pesquisa apontou para uma alta ociosidade no parque indus- trial instalado, indicando que, caso a indústria operasse a plena capacidade, seria possível a produção adicional de 21 mil t de sucos e 13,4 mil t de polpas. Em 2000, os principais Estados produtores foram: Bahia, São Paulo e Sergipe que juntos responderam por 51% da produção nacional e por 46% da área colhida. São Paulo atingiu a maior produtividade média com 15,8 t/ha (Tabela 2). Em relação ao destino da produ- ção nacional, estima-se que o merca- do esteja dividido meio a meio para a indústria e para o consumo na for- o d a t s E a e r Á ) a h l i m ( . d o r P ) t l i m ( . t r a P ) % ( A B 8 , 7 4 , 7 7 4 , 3 2 P S 7 , 3 8 , 7 5 5 , 7 1 E S 9 , 3 6 , 3 3 2 , 0 1 G M 8 , 2 2 , 5 2 6 , 7 O G 8 , 1 6 , 3 2 1 , 7 S E 5 , 1 1 , 2 2 7 , 6 E C 2 , 2 7 , 1 2 6 , 6 A P 9 , 2 1 , 8 1 5 , 5 J R 2 , 1 8 , 6 1 1 , 5 L A 5 , 1 2 , 9 8 , 2 s o r t u O 1 , 4 3 , 5 2 5 , 7 l i s a r B 4 , 3 3 8 , 0 3 3 0 , 0 0 1 2 0 0 2 E G B I F : e t n o F

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FrutiSéries 2 - Brasília - Março/2002 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

O maracujá é uma cultura típicade países de clima tropical, respon-sáveis por cerca de 90% da produ-ção mundial. O Brasil é, atualmen-te, o maior produtor seguido doPeru, Venezuela, África do Sul, SriLanka e Austrália.

O mercado mundial, principalmen-te o europeu, dá preferência ao pro-duto na forma de suco concentrado,uma vez que a fruta “in natura” tem“curta vida de prateleira”.

Os principais exportadores mun-diais de suco de maracujá concen-trado são o Equador, com 50% e aColômbia com 30% do mercado. Asexportações brasileiras da fruta e dosuco concentrado têm pouca expres-são no mercado mundial. Em relaçãoao suco, o país vem atuando em al-gumas lacunas de mercado, desde1998, como é o caso do mercadoinglês, onde o produto brasileiro éinserido nos períodos em que aMalásia, ou a Colômbia, reduzem assuas exportações.

A produção brasileira teve, noperíodo 1990/2000, dois momentosdistintos. O primeiro, de crescimen-to, ocorrido entre 1990 e 1996,quando a área colhida passou de25,3 mil ha para 44,5 mil ha, signifi-cando um aumento de cerca de76%. Neste período, a produção na-cional evolui de 317,2 mil t, em1990, para 409,5 mil t, em 1996,correspondendo a um incrementode 29% (FIBGE).

No segundo momento, entre1996/2000, houve uma sensível redu-ção da área colhida e da produção.Em 2000, a área colhida de 33,4 milha sofreu redução de 19%, quandocomparada à área de 44,5 mil ha co-lhidos em 1996. Neste mesmo perí-odo, a produção decresceu de 409,5mil para 330,8 mil t, cerca de 23,7%(Tabela 1).

A produtividade média nacional,no período, apresentou redução daordem de 21%, passando das 12,5 t/ha em 1990, para 9,9 t/ha, em 2000(Tabela 1).

Esta edição do FrutiSéries dá pros-seguimento ao Termo de CooperaçãoTécnica e Intercâmbio Científico eTecnológico estabelecido entre o Mi-nistério da Integração Nacional e aUniversidade de Brasília – UnB, pormeio do PROFRUTI/NUCOMP.

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Fonte:FIBGE 2002

ma “in natura”. Estes dados estão su-jeitos a alterações, uma vez que adisputa entre estes dois segmentos demercado, leva os produtores a optarpelo preço no curto prazo, em detri-mento da constância da oferta no lon-go prazo, certamente maiscompensadora.

Esta situação é ainda mais agra-vada com a ausência de contrato defornecimento entre os produtores eestes dois segmentos.

A indústria processadora, segun-do a Associação das IndústriasProcessadoras de Frutos Tropicais -ASTN - 2000, processou 127,7 mil tde maracujá, resultando na produçãode 50,8 mil t de produto, dos quais47 mil t de sucos e 3,8 mil t de pol-pas. Este volume significou 22,5% detoda a produção do setor no País, oque mostra a importância do maracu-já no mercado de suco nacional.

A mesma pesquisa apontou parauma alta ociosidade no parque indus-trial instalado, indicando que, caso aindústria operasse a plena capacidade,seria possível a produção adicional de21 mil t de sucos e 13,4 mil t de polpas.

Em 2000, os principais Estadosprodutores foram: Bahia, São Pauloe Sergipe que juntos responderam por51% da produção nacional e por 46%da área colhida. São Paulo atingiu amaior produtividade média com 15,8t/ha (Tabela 2).

Em relação ao destino da produ-ção nacional, estima-se que o merca-do esteja dividido meio a meio paraa indústria e para o consumo na for-

odatsEaerÁ

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AB 8,7 4,77 4,32PS 7,3 8,75 5,71ES 9,3 6,33 2,01GM 8,2 2,52 6,7OG 8,1 6,32 1,7SE 5,1 1,22 7,6EC 2,2 7,12 6,6AP 9,2 1,81 5,5JR 2,1 8,61 1,5LA 5,1 2,9 8,2

sortuO 1,4 3,52 5,7lisarB 4,33 8,033 0,001

2002EGBIF:etnoF

FrutiSéries 2 - Distrito Federal - Maracujá

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Isso significa a existência de uma ca-pacidade ociosa neste segmento,correspondente a um volume adicio-nal de 182 mil t da fruta “in natura”.

DISTRITO FEDERALEstudo de Lima, (2001), sobre o

comportamento do consumidor demaracujá do Distrito Federal buscouindentificar aspectos sobre a escolhado local de compra, os atributos dequalidade e a utilização final da fruta.

Quanto aos locais de compra,constatou-se que os consumidores dãopreferência, pela ordem, aos varejões,aos supermercados e às feiras.

No momento da aquisição, os prin-cipais atributos de qualidade observa-dos pelo consumidor da fruta frescasão cor, peso, tamanho e firmeza, en-quanto que para o produto industriali-zado (polpa e suco), cor, sabor e aro-ma são mais levados em considera-ção.

Com referência à destinação final,da fruta fresca, 56% a utilizam paraelaboração de sucos e refrescos; 40%em confeitaria; 2% em geléias; e 2%em outros usos.

Em relação à produção, o mara-cujá cultivado no Distrito Federal tema característica de se desenvolver emplantios de pequeno porte, com áreamédia de 1,5 ha, por produtor.

No Distrito Federal, as principaisregiões produtoras são Pipiripau,Tabatinga, Brazlândia, Rio Preto eParanoá que juntas cultivam 95 ha etêm uma produção de 1.260 t queequivale a 62% da área e 74% da pro-dução, respectivamente (Figura 1).

Segundo dados da EMATER/DF,a produtividade média do maracujáproduzido no DF é da ordem de 11t/ha, embora algumas localidades,como Pipiripau e Tabatinga, che-guem a alcançar cerca de 40 t/ha.

No período 1992/2001 o merca-do oscilou, com tendência à diminui-ção do volume ofertado no terminalatacadista da CEASA/DF, acompa-nhando tendência nacional, confor-me indicado anteriormente.

Foram obsevados, no período, trêspicos de oferta em 1993, 1996 e 1999/2000, que refletem a característica dacultura de apresentar vida econômicade até três anos, em face ao ataquede doenças, especialmente as murchas

período 1992/2001, indica a existên-cia de comportamentos diferencia-dos nos preços e nas quantidadesentre o primeiro e o segundo semes-tre do ano.

Do ponto de vista dos volumes,a oferta apresenta pouca oscilaçãoem relação à média anual, perma-necendo em 1,3% acima, no primei-

e a morte prematura, o que obriga àrenovação dos plantios. Obviamente,esta oscilação cíclica reflete-se nospreços que têm nos mesmos anos(1993, 1996 e1999/2000) cotaçõesmais baixas em conseqüência do au-mento de oferta (Figuras 2 e 3).

A análise da variação estacionalcaracterística do mercado do DF, no

/FIBGE 2002

FrutiSéries 2 - Distrito Federal - Maracujá○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

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ro semestre, e significativos 9% abai-xo, no segundo semestre (Figura 4,linha azul).

O comportamento dos preços estárelacionado ao consumo que tem naseca e nos meses de temperatura maiselevada um acréscimo substancial. Estacondição eleva as cotações nos me-ses de setembro/novembro, que che-gam a atingir valores superiores a 70%da média, em outubro. Este é o perío-do de melhores preços, sob a óticado produtor que deve promover ajus-tes de manejo da cultura para obterprodução nesta época (Figura 4, linhavermelha).

Quanto à origem do maracujácomercializado, por meio do termi-nal atacadista da CEASA/DF, em2001, verifica-se que 60,6% da ofer-ta é oriunda do estado de Goiás,11,2% da Bahia, 10,8% do próprioDistrito Federal, 7,2% de Minas Ge-rais e os restantes 10,2%, de outrosestados (Tabela 3).

A composição da oferta, quandoanalisada nos últimos cinco anos, indi-ca o forte crescimento da participaçãode Goiás no abastecimento do DF, quepassou de 766,9 t, em 1997, para1.917,6 t, em 2001, um crescimentosignificativo da ordem de 150%. Emcontrapartida, a oferta baiana apresen-tou recuo de 67,8%, caindo das 1.103,3t, comercializadas em 1997, para 355,0t, em 2001(Tabela 3).

Período deMelhor Preço

Fonte:CEASA/DF-2001

Analisando-se o comportamentodos principais estados na compo-sição da oferta mensal, verifica-seque os estados do Pará e da Bahiacontribuem com o abastecimentodo DF no período de setembro/

novembro, justamente quando ospreços são mais elevados e quandoa oferta local tem pouca represen-tatividade no mercado (Figura 5, li-nhas vermelha e amarela).

odatsE 7991 8991 9991 0002 1002

AB 3,3011 4,794 0,714 6,314 0,553

FD 2,302 5,191 5,573 1,493 8,143

OG 9,667 8,4311 9,8971 8,9551 6,7191

GM 9,012 0,842 5,442 0,823 0,822

AP 5,481 5,145 4,204 6,903 9,901

PS 2,001 3,122 5,531 9,602 2,78

sortuO 5,214 9,131 8,361 1,413 2,421

latoT 5,1892 4,6692 6,7353 1,6253 8,3613

Já as ofertas do Distrito Federale de Goiás sofrem diminuição no vo-lume, justamente no período em queos preços são mais elevados (Figura5, linhas azul e verde).

FrutiSéries 2 - Distrito Federal - Maracujá

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20 - A poda de limpeza dei-xa os ramos produtivos livres,eliminando os ramos secos edoentes;

Arame liso galvanizado n° 12

2 m

etro

s

40 c

m

19 - A maturação dos frutos ocorre de 60 a 70dia após a polinização. Colher os frutos antesde caírem no solo para evitar o murchamento eataque de doenças e pragas;

2 - Localizar o pomar em locais onde as tempera-turas médias oscilem entre 25ºC e 27ºC,fotoperíodo de pelo menos 11 horas e chuvas de800 a 1750mm;

3 - Em terrenos com alta declividade, evitar o plantio naface sul ou pouco ensolarada no inverno (sensibilidadeao mínimo de horas de sol por dia - fotoperiodismo);

4 - Instalar o pomar em solos profundos (60cm),bem drenados, com pH variando de 5,0 a 6,0. Emlocais sujeitos a encharcamento, plantar sobrecamalhões;

5 - Para minimizar a ação de ventos fortes, utilizar quebra-ventos e/ou a instalar de um segundo fio de arame a 1,60m do solo;

6 - Formar mudas de plantas adaptadas à re-gião, sadias, vigorosas, produtivas, resistentes adoenças e pragas e originárias de frutos de altaqualidade, ou obtê-las de viveristas idôneos, queofereçam garantia varietal e sanitária;

8 - Transplantar as mudas sadias, 45a 70 dias após semeadura;

1 - As práticas descritas a seguir possi-bilitam a colheita no período de melho-res cotações (setembro/novembro);

18 - Monque causafrutos. O seentre fileiraRealizar o severos;

7 - Utilizar o espaçamento de 3 a 5m, entreplantas e, no mínimo 2m, entre fileiras, con-forme o maquinário utilizado nos tratos cul-turais;

21 - Podar os ramos que for-mam a cortina a 40 cm do fio apósa primeira safra, pois o maracujásó frutifica nos ramos novos.

40 c

m

Ilustrações adaptadas do Passion Fruit Information Kit - 1999, por Bevilaqua, S. R. & Cunha, M. M.

FrutiSéries 2 - Distrito Federal - Maracujá○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

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10 - Eliminar, 15 dias após o plan-tio, as brotações laterais deixandoo ramo mais vigoroso. Quando aplanta ultrapassar o arame, cerca de10 cm, eliminar o broto terminalpara estimular as brotações laterais;

11 - Podar os ramos laterais quan-do atingirem 1,5 a 2 m, ou quan-do tocarem as guias das plantasvizinhas, para estimular novasbrotações que formarão a cortina;

15 - Realizar as pulverizações de defensi-vos somente pela manhã, quando as floresestiverem fechadas para não prejudicar ospolinizadores naturais;

16 - Proceder à polinização no início datarde, tocando os dedos na massa de pó-len coletada e passando-os levemente so-bre a estrutura feminina da flor (estigma);

13 - No Distrito Federal, a floração ocorre emtorno 6 meses após o plantio. As flores abertasno mês de julho produzirão entre agosto e se-tembro (entressafra) e as abertas em agosto pro-duzirão entre outubro e novembro (entressafra).O pico de floração no DF ocorre entre os mesesde dezembro e abril;

12 - Manter as plantas em níveis nutricionais ade-quados, realizando as adubações com base nasanálises periódicas de solo e foliar;

9 - Manejar adequadamente a irrigação para nãodanificar folhas, flores e frutos e não disseminardoenças por encharcamento do solo. Dar prefe-rência à irrigação localizada (microaspersão egotejamento);

14 - Polinizar manualmente as flores para obteção de altasproduções. Coletar o pólen no final da manhã, abrindo osbotões florais de ponta branca, retirando e acondicionandoas anteras em embalagens adequadas;

8 - Monitorar a presença de percevejose causam o murchamento e a queda dostos. O seu controle é feito roçando o matotre fileiras e nas áreas próximas ao pomar.alizar o controle químico em ataque maisveros;

entre, con-s cul-

17 - O pegamento do fruto ocorrenas primeiras duas semanas após apolinização artificial e o seu desenvol-vimento ocorre de 14 a 56 dias apósa polinização;

FrutiSéries 2 - Distrito Federal - Maracujá

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Fonte: Programa Brasileiro para a Melhoria dos Padrões Comerciais e Embalagensde Hortigranjeiros.

• Ter colhedores e operadores ade-quadamente treinados para evitartodo e qualquer dano aos frutos du-rante o manuseio;• Colher duas a três vezes por se-

mana, com pecíolo de 1-2 cm parareduzir o murchamento e as podri-dões;• Os frutos devem ser colhidos ain-

da presos à planta e quando come-çarem a amarelar. Frutos catados nochão, além de perderem água rapi-damente são freqüentemente conta-minados por doenças e ficam expos-tos a queimaduras pelo sol. Estes fa-tores contribuem para danificar omaracujá e reduzir sensivelmente a suavida útil;• Durante a colheita, os frutos de-

vem ser acondicionados adequada-mente em caixas plásticasmonoblocos que serão encaminhadaspara o barracão de embalagem;• O transporte para o barracão

deve ser feito com cuidado para evi-tar danos aos frutos.

• Manter o barracão de embalageme os equipamentos em boas condi-ções de higiene, reduzindo o poten-cial de contaminação dos frutos;

Caixa de papelão para o maracujá-azedo.

Saco de polietileno (18 a 22 kg)para o maracujá-azedo.

Caixa de papelão de 3 kg para omaracujá-doce.

Embalagem individual para o mara-cujá doce.

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sorutamI 1 2 3 02odnuforponaD 1 2 3 02

oãdirdoP 1 2 3 8sevarGsotiefeDedlatoT 1 5 7 001

seveLsotiefeDedlatoT 5 01 52 001lareGlatoT 5 01 52 001

Sintomas:

- Ramos secam após a pri-meira safra;- Morte da planta em plenaidade produtiva.

Manejo:

- Utilizar porta-enxertos to-lerantes e resistentes;- Realizar a drenagem doterreno;

- Plantar em camalhões;

- Plantar as mudas superficialmente (colo da planta 10 cm acima do solo);

- Controlar as formigas cortadeiras, os cupins e as lagartas;- Evitar a movimentação do solo durante o arranquio das plantas infectadas;

- Isolar as plantas atacadas com duas valetas ( 30 cm de largura x 40 deprofundidade e 1 a 1,5 m de comprimento). Aplicar dentro das valetas 2a 3 kg de cal.

• Certificar-se da qualidade daágua utilizada em todos os proces-sos pós-colheita, evitando a contami-nação dos frutos;• Na seleção, eliminar os frutos ver-

des, murchos e lesionados por doen-ças e pragas;• Acondicionar os frutos em em-

balagens novas, limpas, secas e quenão lhes transmitam odor e sabor• Embalar em sacos de telinha

amarelos(polietileno ou polipropileno-IV - 80 cm X 50 cm) de 18 a 22 kg. Emregiões de baixa umidade relativa, re-vestir internamente os sacos depolietileno com sacos plásticos per-furados para evitar o murchamentodos frutos. Embora não seja a emba-lagem mais adequada, as caixas K,de 16 kg, ainda são utilizadas nacomercialização do maracujá;

• O maracujá-doce pode sercomercializado em caixas papelão de3 kg, em embalagens individuais oua granel em feiras e sacolões.

FrutiSéries 2 - Distrito Federal - Maracujá○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

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ESCALAS DE CORES(maturação)

1

2

3

GRUPO OU COR DA CASCA

Amarelo Roxo

CLASSE OU CALIBRE

1 2 3

45

(menor que 5,5 cm) (de 5,5 a 6,5 cm) (de 6,6 a 7,5 cm)

(de 7,6 a 8,5 cm) (> 8,5 cm)1 - Predominantemente verde, no mínimo 30% na cor final2 - Predominantemente na cor final3 - Totalmente na cor final

DEFEITOS GRAVES DEFEITOS LEVES

Imaturo

Podridão Lesão Cicatrizada Dano Superficial

Deformação Enrugado

Manchas

Fonte: Programa Brasileiro para a Melhoria dos Padrões Comerciais e Embalagens de Hortigranjeiros - (11) 3643-3892 -cqhort @terra.com.br Elaboração: PROFRUTI/UnB e MI/SHI/DDH

Dano profundo

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○FrutiSéries 2 - Distrito Federal - Maracujá

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ FrutiSéries 2 - Brasília - Março/2002

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MINISTÉRIO DAINTEGRAÇÃO NACIONAL

Para maiores informações contactar:SGAN 601 - ED. CODEVASF - Sala 411 Brasília - DF - 70830-901 - Tel.: (61) 317-8212/317-8211- Fax: (61) 322-1735Equipe Técnica MI / SIH - IICA:Artur Saabor - [email protected], Luís Henrique Sganzella Lopes - [email protected], Marcelo Mancuso da Cunha [email protected], Renan Zerbini R. Leão, Carlos Fernandes. Apoio técnico: Nelson MorelliTermo de Cooperação Técnica e Intercâmbio Científico e Técnológico MI/UnB - PROFRUTI/NUCOMP:Sandro Bevilaqua Rangel - [email protected], Sidney Almeida Filgueira de Medeiros, Osvaldo Kiyoshi Yamanishi.Colaboraram com este número:Nilton T. V. Junqueira - EMBRAPA/CERRADOS; Marcelo Mencarini Lima - EMATER/DF, Luis E. Pacifici Rangel; João B. Marinelli Ceasa/DF;Hermes T. Resende Ceasa/DF; Jeová P. do Amaral Ceasa/DF.

Universidade de Brasília

SECRETARIA DE INFRA-ESTRUTURA HÍDRICA

PCT SIH/IICA - IRRIGAÇÃO (BZ)

www.agricultura.gov.brwww.ibge.gov.brwww.integracao.gov.brwww.ceagesp.com.brwww.ceasa-df.org.br

www.codevasf.gov.brwww.iea.sp.gov.brwww.embrapa.br

www.unb.br/fav-n/nucomp.htm

Cerca de 71,4% da oferta de ma-racujá, comercializado na CEASA/DFem 2001, é oriunda de Goiás e do Dis-trito Federal, ficando os restantes28,6% com outros estados (Tabela 3).

Quando analisados do ponto devista da distribuição mensal, obser-va-se que grande parte dos volumesofertados por Goiás e DF ocorrem noperíodo de janeiro a agosto(estacionalidade mínima), justamen-te quando os preços de mercadosão mais baixos (Figuras 4 e 5).

Em contrapartida, Estados comoPará e Bahia, mesmo com custos decomercialização mais elevados, emconseqüência especialmente da dis-tância em relação ao DF, colocamsua produção no mercadobrasiliense nos meses de preçosmais elevados (estacionalidade má-xima), obtendo remuneração melhorem relação aos produtores locais(Figura 5 e Tabela 5).

Esta constatação reforça a necessi-dade dos produtores locais de se apri-morarem tecnologicamente no sentidode utilizar processos de irrigação e depolinização manual, a fim de que suaprodução possa entrar no mercado nosmeses de preços mais compensadores(setembro/novembro).

Outro canal de comercialização quedeve ser considerado é o das indústri-as de processamento, basicamenteaquelas voltadas à produção de pol-pa que, segundo Diagnóstico elabo-rado pela ASTN em 2000, vem apre-sentando elevada ociosidade.

Vale lembrar, também, que oprocessamento de maracujá para ela-boração de polpa pode ser realizadopelos produtores, desde que utilizemtecnologia adequada, o que possibili-ta agregar valor e apropriar margensde comercialização, hoje absorvidas

pelos agentes do mercado atacadista,varejista ou das próprias agroindústrias.

Para comercialização do maracujána CEASA/DF, os produtores devemconsultar a relação dos atacadistas daTabela 6. Em relação ao varejo, espe-cialmente junto ao setorsupermercadista, deve, procurar a As-sociação dos Supermercados deBrasília – ASBRA, (61) 321.0014 oupelo email [email protected].

CEASA/DF Central de Abastecimento do Distri-to Federal - Análise de Mercado.JOSÉ,A. R. et al. Maracujá: Temas Selecio-nados (1 Melhoramento, 2 Morte prematu-ra, 3 Polinização e 4 Taxonomia). Porto Ale-gre: Cinco continentes, 1997. 72p.JUNQUEIRA et al. Cultura do maracujazeiro.In:LIMA, M.M. et al. Incentivo à fruticulturano Distrito Federal - Manual de Fruticultura.2aedição. Brasília, DF: OCDF, 1999, p. 42-52.

LIMA, M.M; Competitividade da cadeia pro-dutiva do maracujá na RIDE. 2001.171 f. Dis-sertação de Mestrado, FAV, UnB, 2001.

Organização e Institucionalização de Base deDados das Unidades Processadoras de FrutasTropicais para Sucos e Polpas. In: ProgramaSetorial Integrado de Promoção de Exporta-ções de Sucos Tropicais. APEX/ASTN - 2000.VERAS, M. C. M; Fenologia, produção e caracte-rização físico-química dos maracujazeiros áci-do (Passiflora edulis f. flavicarpa deg.) e doce(Passiflora alata dryand) nas condições de cer-rado de Brasília-DF. Dissertação de Mestrado,UFLA, 1997.

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