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ÁREA DEMARCADA – 47.376 ha: 25% do território de Ilhéus; 5% do território de Una; 5% do território de Buerarema.
Demarcação da Terra Indígena Tupinambá de Olivença
População prejudicada X População indígena
Aproximadamente 20.000 pessoas
X
Aproximadamente 3.000 supostos índios
Demarcação da Terra Indígena Tupinambá de Olivença
DESCREDENCIAMENTOS
Diversas pessoas relacionadas como “indios” solicitaram o descredenciamento junto à FUNASA, ao terem conhecimento de que a terra indígena é da União e não pode ser alienada.
Demarcação da Terra Indígena Tupinambá de Olivença
PROPRIEDADES RURAIS PREJUDICADAS
Aproximadamente 600 propriedades; 70% Agricultura familiar; 30% média propriedade.
05 assentamentos do INCRA.
Demarcação da Terra Indígena Tupinambá de Olivença
PRODUTIVIDADE
Demarcação da Terra Indígena Tupinambá de Olivença
CULTURA Quantidade de
propriedades
ÁREA(há) PRODUÇÃO UNIDADE PREÇO VALOR DA PRODUÇÃO
Seringueira 21 613,4 311.783 KG 1,2 374.139,60
CACAU 574 10.293 129.318 @ 88,49 11.443.349,82
Cacau consor 10 250 3125 @ 88,49 276.531,25
CÔCO 199 730,1 325.004,20 CENTO 40 13.000.168,00
Côco cons/cupuaçú 3 20 489,6 CENTO 40 195.840,00
PIAÇAVA EXTRAV. 242 13.520 68,717 @ 15,88 1.091.225,90
Piaçaba plan 8 200 5000 @ 15,88 79.400,00
Mamão 37 35,6 2.335,12 KG 0,9 210.160,62
Abacaxi 12 10,8 297 CENTO 120 35.640,00
MANDIOCA BRUTA 28,5 676,7 279,6 T 250 699.000,00
Pupunha(palmito) 14 635 668.346 KG 0,5 334.173,00
CUPUAÇÚ 102 169 355,482 KG 1,8 639.867,60
Açaí desenvol 4 20
Maracujá 9 7,7 459,19 KG 0,9 41.327,10
Especiarias 9 20 17.500 KG 3,2 56.000,00
BANANA(PRATA/TERRA) 90 192,7 75.000 CENTO 19,62 1.471.500,00
Dendê 4 9 22,5 T 150 3.375,00
Guaraná 27 48 21.700 KG 4 86.800,00
Apicultura 11 8 3.880 KG 28,56 110.812,80
Oleicultura 25 50 200.000 KG 0,3 60.000,00
Pastagens 3.056,70
Café 34 303 6.021 SACA 164 987.444,00
chacáras-pomar 8 11,5 40 KG 1 40.000,00
Cana-de-açucar 4 16,2 72 T 31,5 2.268,00
Citros 3 5 80 CENTO 9 720
Melancia 2 1 20.000 KG 0,65 13.000,00
Graviola 4 8 8000 KG 2 160.000,00
VALOR DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
31.412.742,69
Bovinos de corte 50 2435 7143 @ 70 500.000,00
BOVINOS LEITE 110 1390 600.000,00 LITROS 0,5 300.000,00
Apicultura 11 8 3.880 KG 28,56 110.812,80
VALOR DA PRODUÇÃO PECUÁRIA
910.812,80
47.376 TOTAL GERAL
32.323.555,49
DADOS HISTÓRICOS E ANTROPOLÓGICOS
Tupiniquim X Tupinambá
Relatório FUNAI: “Mesmo antes de se fixarem no aldeamento jesuíta, as referências históricas consultadas mostram que os índios já se encontravam nesta região, sendo que a maioria tem a procedência Tupi (Tupiniquim e/ou Tupinambá).”
Relatório contraposto: “Existe farta documentação desde os séculos XVI, XVII e XVIII, comprovatória da existência no local pretendido, da etnia Tupiniquim...”
Quanto aos Tupinambá “nenhuma notícia histórica ou historiográfica os localiza no Sul da Bahia, especialmente por se tratar da área dos Tupiniquim, seus ancestrais inimigos.”
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DADOS HISTÓRICOS E ANTROPOLÓGICOS
Bibliografia
Relatório FUNAI: Principe Maximiliano de Wied e Newvied (1815-1816) - não faz referência alguma sobre
a presença de índios Tupinambá na região de Olivença, mas trata de Tupiniquins e Guerens.
Spix e Martius – pouco relevante para a área citada
Relatório contraposto: bibliografia indispensável: Capistrano de Abre; Sergio Buarque de Holanda; Rocha Pita. Almeida Prado, Aires do
Casal; José de Anchieta; Fernão Cardim; Miguel de Montaigne e outros.
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CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.
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SENTENÇA DO STFCASO RAPOSA E SERRA DO SOL
Considerações do Ministro Ayres BritoA terra demarcável é tão-somente aquela que o índio tenha estado ocupando em outubro de 1988, e de modo efetivo.
Considerações do Ministro LewandowskiA terra que o índio tradicionalmente ocupa “representa uma espécie de fotografia” da área em 1988.
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EXEMPLO DA NECESSIDADE DE ESTUDAR MAIS SOBRE O TEMA:
TUPINAMBÁSCacique famoso: Cunhambebe
No Nordeste tinham aldeias no norte da Bahia e em Sergipe. No Sudeste, habitavam do litoral norte do Rio de Janeiro até São Sebastião (SP) – fronteira com o território tupiniquim, com quem viviam em guerra. Foram grandes rivais dos portugueses
TUPINIQUINSCacique famoso: Tibiriçá
Havia tupiniquins no centro-sul da Bahia, mas a maior concentração da tribo era na região da atual Grande São Paulo. Um subgrupo tupiniquim, os guaianases, dominava o litoral sul de São Paulo até regiões perto da cidade de São Sebastião (SP)
http://mundoestranho.abril.com.br/historia/pergunta_303242.shtmlSite visitado em 11.08.2009
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RELATÓRIO DA FUNAIpublicado no DOU em 20.04.2009
“... preservação dos recursos necessários ao bem estar econômico e cultural do grupo indígena;”
“A caça é praticada pelos Tupinambá em todas as localidades, mas predomina, é claro, naquelas onde se verifica maior extensão de floresta em estágio de regeneração ...”
A caça “está longe de ser uma atividade em extinção.”
“... As áreas de mata e de mata com piaçaba nativa e nascentes do rio... dos quais os índios retiram não somente bens necessários à sua reprodução física, como também desenvolvem atividades tradicionais, destacando-se a produção de peças artesanais...”
Demarcação da Terra Indígena Tupinambá de Olivença
ARBITRARIEDADE
O parecer final da CPI da Câmara dos Deputados, que investigou a atuação da Funai, em dezembro de 1999, é taxativo:
"o processo de demarcação das terras indígenas é notadamente arbitrário, pois concentra o poder de decisão na FUNAI e os demais entes públicos não participam do processo."
Demarcação da Terra Indígena Tupinambá de Olivença
IMPACTO SOCIAL
Criar-se-á uma reserva indígena, arbitrariamente, afrontando a Constituição Federal, baseada em estudos antropológicos claramente duvidosos, que beneficiará 3.000 supostos indígenas, ressaltando que muitos deles já se descredenciaram, em detrimento de 20.000 pessoas que vivem e trabalham na região prejudicada.
PARA ONDE IRÃO 20 MIL PESSOAS?COMO SOBREVIVERÃO ESTAS FAMÍLIAS?
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