Área de risco não edificável na bacia hidrográfica do

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITARIA DE IPORÁ CURSO DE GEOGRAFIA JOICE LÁZARA DE ALMEIDA ÁREA DE RISCO NÃO EDIFICÁVEL NA BACIA HIDROGRÁFICA DO CÓRREGO TAMANDUÁ EM IPORÁ-GO IPORÁ 2012

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Geografia

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  • UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIS UNIDADE UNIVERSITARIA DE IPOR

    CURSO DE GEOGRAFIA

    JOICE LZARA DE ALMEIDA

    REA DE RISCO NO EDIFICVEL NA BACIA HIDROGRFICA DO CRREGO TAMANDU EM IPOR-GO

    IPOR 2012

  • JOICE LZARA DE ALMEIDA

    REA DE RISCO NO EDIFICVEL NA BACIA HIDROGRFICA DO CRREGO TAMANDU EM IPOR-GO

    Monografia apresentada ao curso de Geografia da UEG Unidade Universitria de Ipor, como requisito para obteno do ttulo de Licenciatura Plena em Geografia.

    Orientador: Prof.Ms. Flvio Alves de Sousa.

    IPOR 2012

  • Dados Internacionais de Catalogao na Publicao ( CIP ) _________________________________________________________________ Almeida, Joice Lazra. A447 a rea de risco e no edificvel na bacia hidrogrfica do crrego Tamandu em Ipor - GO. [manuscrito] /Joice Lazra Almeida. 2012. 31 f.: il.: CD. Referncias. Trabalho de Concluso de Curso (Monografia) Universidade Estadual de Gois, Unidade Universitria de Ipor, Curso de Geografia, Ipor, 2012. Orientador: Ms. Flvio Alves de Sousa. 1. Hidromorfia. 2. Bacia hidrogrfica. 3. rea de risco - Habitao. I. Ttulo.

    CDU: 91

    __________________________________________________________________

  • AGRADECIMENTOS

    Agradeo primeiramente a Deus por permitir a realizao deste trabalho me dando

    disposio e sade.

    Ao meu professor Flvio pela dedicao e tolerncia, aos meus pais Minervina e

    Ramiro que me incentivaram a no desistir quando tudo na vida dizia que eu no ia conseguir.

    Aos meus irmos, meu namorado que eu amo e que muito me ajudou tendo

    pacincia, compreenso e amor para mim, isso foi muito importante.

    A minha filha Helen Cristina, pois se hoje cheguei onde estou foi ela que me

    inspirou e meu amor por voc infinito e insubstituvel.

    Aos meus colegas de sala que tambm me ajudou muito, principalmente a

    Binria, Dione, Everlan Vanessa e o Wtila, esses sim, iro fazer falta quando concluir o

    curso.

  • Dedicatria

    Dedico esse trabalho a todas as pessoas que respeitam e

    conserva os recursos naturais.

  • RESUMO

    Este estudo faz parte de um conjunto de anlises realizadas para a bacia hidrogrfica do crrego Tamandu na cidade de Ipor. Visa o mesmo identificar reas de risco para a ocupao humana e suas atividades, bem como mostrar como estas reas esto sendo ocupadas. As principais reas de risco identificadas so as hidromorfias, ou seja, reas onde o nvel fretico est muito prximo da superfcie, formando reas alagadas ou sujeitas ao alagamento por ocasio dos perodos chuvosos. A bacia do crrego Tamandu apresenta alguns pontos de hidromorfia, e o mais preocupante que estas reas esto sendo ocupadas por moradias, hortas e outras atividades humanas. Alm de serem reas de preservao permanente so tambm habitats de diversas espcies silvestres que precisam ser preservadas.

    Palavras-chave: Bacia Hidrogrfica, Hidromorfia, Ipor

  • LISTA DE FIGURAS

    FIGURA 1- Mapa de localizao da Bacia Hidrogrfica do Crrego Tamandu em Ipor....09

    FIGURA 2- Ocupao por moradias em reas de Preservao Permanente ( APP)..............19

    FIGURA 3- Declividade e Hidromorfia na Bacia do Crrego Tamandu...............................21

    FIGURA 4- Viso topogrfica da Bacia do Crrego Tamandu.............................................22

    FIGURA 5- Gara branca. rea acima do Lago Pr do Sol....................................................24

    FIGURA 6- Faixas no edificveis em permetro urbano de Ipor.........................................26

  • SUMRIO

    INTRODUO ............................................................................................................... 08

    REVISO BIBLIOGRFICA.......................................................................................... 11

    2. PROCEDIMENTOS METODOLGICOS............................................................. 16

    2.1 Elaborao de mapa-base........................................................................................ 16

    2.2 Mapa Hipsomtrico................................................................................................. 17

    2.3 Mapa de declividades.............................................................................................. 17

    2.4 reas de hidromorfia e faixas no edificveis........................................................ 17

    3. RESULTADOS E DISCUSSES.............................................................................. 19

    3.1 Relevo e Solos......................................................................................................... 19

    3.1.1 Solos............................................................................................................... 22

    3.2 Litologias Predominantes Conforme Souza............................................................ 22

    3.3 Uso e Ocupao da Bacia........................................................................................ 23

    4. CONSIDERAES FINAIS............................................................................................. 28

    5.REFERNCIAS............................................................................................................ 29

  • INTRODUO

    A cidade de Ipor como muitas outras cidades brasileiras, se constituiu ao longo

    de um canal de drenagem, que nesse caso o crrego Tamandu, que atravessa todo o

    permetro urbano numa direo NE-SO. Seu comprimento (15 km) e largura (2,5 m) so

    pequenos, porm ao longo de seu trajeto apresenta reas de hidromorfias relativamente

    visveis, e claro, a rea de fundo de vale, que naturalmente uma rea de preservao

    permanente (APP).

    Objetivou-se com esse trabalho, quantificar e identificar os locais de hidromorfia

    na rea urbana de Ipor, bem como averiguar como estas reas esto sendo ocupadas pela

    populao local. As hidromorfias por se localizarem preferencialmente em fundos de vales,

    que j so por natureza reas de preservao permanente, nem sempre so consideradas como

    reas de risco pela populao, mas as mesmas devem ser protegidas contra construes e so

    consideradas reas de risco por apresentarem declividades entre 0 e 3%, solos profundos e

    mal drenados como os planossolos e gleissolos.

    Estes solos apresentam grande umidade devido ao lenol fretico ser raso nestes

    pontos, o que dificulta a fundao de edifcios e casas pela sua baixa capacidade de carga,

    como destaca Valente (1996). Outro aspecto a se destacar que nessas reas h sempre o

    risco de inundaes. Todavia, devido ao crescimento das cidades, estas reas esto sendo

    desrespeitadas, e diversas atividades humanas tm sido realizadas sobre as mesmas, sobretudo

    a construo de moradias.

    reas de risco so locais inadequados ocupao antrpica, no caso do Brasil os

    maiores ndices de desastres naturais esto nas prprias cidades, devido ao grande

    crescimento populacional e a falta de planejamento urbano.

    As reas de hidromorfia se concentram na bacia do crrego Tamandu em

    pequenas plancies de inundao, formados pelos sedimentos transportados das encostas,

    atravs da chuva, ou tambm depositados pelo prprio crrego durante os perodos de cheia,

    quando a gua transborda do leito normal e inunda reas do leito maior depositando ali

    8

  • sedimentos, que permanecem no perodo de estiagem. A natureza porosa destes sedimentos e

    a sua concentrao na zona de interseco do nvel fretico (fundo de vale) fazem surgir

    gua do lenol fretico nestes pontos, formando reas midas e solos hidromrficos. Pode-se

    dizer que as hidromorfias so extenses marginais de um curso de gua, e por isso mesmo no

    devem ser ocupadas.

    A rea de estudo est localizada no municpio de Ipor, distante da capital

    Goinia, em torno de 220 quilmetros. Apresenta uma populao da ordem de 31.270

    habitantes (IBGE, 2010), sendo que 83% (aproximadamente 28.729 habitantes) desta

    populao esto concentradas na cidade restando apenas 2.729 que so da zona rural.

    A Figura 1 mostra a localizao da bacia do crrego Tamandu.

    Figura 1. Mapa de localizao da bacia do crrego Tamandu em Ipor-GO.

    9

  • Este estudo se justifica por buscar entender e contribuir com as instituies de

    ensino e pesquisa juntamente com o poder pblico e a prpria sociedade de Ipor, sobre a

    problemtica relacionada forma de ocupao nas reas de preservao permanente na bacia

    do crrego Tamandu. Pois alm da ocupao comprometer o equilbrio natural da fauna e

    flora coloca-se em risco a populao que reside em fundos de vale, podendo este risco ser

    material, econmico e social, j que possvel notar a presena de hidromorfismo.

    10

  • REVISO BIBLIOGRFICA

    De acordo com Tricart (1977), j no h mais paisagens naturais intocadas, pois

    mesmo de maneira indireta o homem tem extendido sua influncia. De acordo com Martinelli

    & Pedratti ,(2011)

    Qualquer paisagem por mais simples que seja sempre social e natural, subjetiva e objetiva, espacial e temporal, produo material e cultural, real e simblica. Para sua completa apreenso, no basta anlise separada de seus elementos. preciso compreender sua complexidade, que dada pela forma, estrutura e funcionalidade (MARTINELLI E PEDRATTI, 2011, p.41).

    Portanto preciso sempre considerar num estudo do meio fsico, as interaes

    humanas que ali ocorrem, a fim de propiciar um melhor entendimento acerca do problema

    enfocado.

    Ao tratar de reas de risco cabe destacar que as mesmas so locais imprprios

    ocupao humana, pois as caractersticas fsicas deste meio j so naturalmente imprprias a

    este intento.

    Na maioria das cidades brasileiras, problemas como especulao urbana,

    descumprimento das leis ambientais e orgnicas do municpio, ausncia ou descumprimento

    do plano Diretor, alm da desigualdade social, tem promovido o movimento das populaes

    em direo aos fundos de vale ou beira de encostas ngremes e instveis, desencadeando

    problemas ambientais e sociais de grande envergadura.

    De acordo com Oliveira (2006) as reas de risco so aquelas suscetveis a

    desastres, os quais podem ocorrer como conseqncia do impacto de um risco natural e /ou

    causado por atividade antrpicas. Desastre o resultado de eventos adversos sobre um

    ecossistema vulnervel, causando danos humanos, materiais ou prejuzos econmicos e

    sociais.

    Silingovschi (2008) relata em seu estudo sobre a ocupao de uma rea de

    vereda/hidromorfia em Uberlndia-MG que a ocupao urbana na rea resultou em

    rebaixamento do lenol fretico, alm da sedimentao da vereda pelo carreamento de

    11

  • sedimentos de origem antrpica para o fundo de vale, alterando a estrutura da vereda e sua

    dinmica ambiental.

    O conhecimento do meio fsico a ser ocupado pela populao fundamental, por

    isso a obrigatoriedade do Plano Diretor urbano, que deve apresentar o planejamento visando o

    crescimento urbano de uma cidade com base nas suas caractersticas fsicas, e as atividades e

    aes pretendidas devem se adequar a este diagnstico. Nesse sentido o Plano Diretor de

    Ipor define a criao de nove (09) macrozonas, sendo uma delas a macrozona de proteo

    ambiental, na qual estabelece as reas que devero sofrer aes de proteo ambiental. Est

    assim descrito no artigo 18, item I: Macrozona de proteo ambiental, para revitalizao,

    qualificao ou renovao urbana. Corresponde a rea de proteo do ambiente natural,

    gerando trabalho e renda, oferecendo conforto ambiental e qualidade de vida populao.

    No captulo III do referido Plano Diretor, que trata do zoneamento, est definido

    no artigo 22, seo I, a criao de zonas especiais, entre elas as zonas especiais de proteo

    ambiental (ZEPAN). A ZEPAN subdivide-se em quatro (4) subzonas que so: reas de

    proteo ambiental (APAS), rea de preservao permanente (APP), rea de proteo de

    mananciais (APM), rea de relevante interesse ecolgico (ARIE). Todavia no h o

    zoneamento destas reas, ficando a redao no campo da previso apenas. O parcelamento do

    solo no referido documento no trata de faixas no edificveis, mas apenas define que haver

    medidas diferentes para o uso e ocupao das reas de incmodo, que nesse caso englobaria

    as APPs.

    Com base no exposto acima, falta uma definio mais clara para o uso e ocupao

    do solo urbano de Ipor, que necessita de um estudo fsico urbano detalhado, como por

    exemplo, a elaborao de cartas geotcnicas. Conforme Biolat (1977) um simples perfil

    topogrfico em uma bacia hidrogrfica muito importante, e atravs do mesmo possvel

    identificar possveis reas de risco.

    Toda ocupao do espao fsico pelo homem se d em uma bacia hidrogrfica,

    seja ela uma microbacia ou uma bacia de grande extenso territorial, porm, o crescimento

    no planejado das cidades tem causado desequilbrio nos componentes naturais da bacia como

    alterao de taludes nas vertentes, retirada da cobertura vegetal nativa, assoreamento dos

    mananciais, e isso tem desencadeado alteraes no equilbrio dinmico da bacia como destaca

    Chorley (1971) ao tratar a bacia como um sistema aberto.

    De acordo com Coelho Neto (2001), Bacia Hidrogrfica ou bacia de drenagem

    pode ser caracterizada por uma rea de superfcie terrestre definida topograficamente, que

    12

  • drena gua e material sedimentar para uma sada comum, num determinado ponto do canal

    fluvial.

    Ainda segundo Coelho Neto (2001), uma bacia hidrogrfica no representada

    apenas por sua disponibilidade hdrica, mas pela forma de relevo predominante no ambiente

    que por sua vez interfere diretamente nas caractersticas da composio do solo. O risco

    inerente de ocupar uma bacia estaria ligado ao hidromorfismo cujas caractersticas resultam

    em solo saturado por gua devido o lenol fretico ficar bem prximo superfcie, a

    construo de moradia nesse tipo de rea implicaria a desabamento da mesma, pois o solo no

    oferece uma base solida para a construo de qualquer edifcio (exceto se houver grande

    investimento em tecnologia da engenharia)1, ou quando no, provoca rachaduras e umidade

    excessiva no ambiente.

    Segundo Guerra e Cunha (2003, p. 116):

    Os projetos edafo-ambientais ou levantamentos de solos so ferramentas vitais para o planejamento, ordenamento e/ou reordena mento e ocupao de reas. Alm de nos mostrar a distribuio espacial das diversas classes de solos nos fornece informaes essenciais sobre as caractersticas qumicas, fsicas, mineralgicas e das condies ambientais do solo segundo crticos referentes s condies das terras que interferem direta ou indiretamente no comportamento e qualidade do meio ambiente, para condies alternativas o uso e manejo.

    Pra os autores, ao estudar uma rea de risco existem dois fatores importantes a

    serem considerados, o solo e a ao antrpica.

    De acordo com Christofoletti (1999) A partir do momento em que as alteraes

    fsicas so intensificadas pela ao antrpica, pode haver a deteorizao dos elementos que o

    compem, ocorrendo o desequilbrio no ambiente.

    Ao ocupar rea de hidromorfia o homem no s esta colocando em risco sua vida,

    mas tambm alterando a dinmica do meio fsico, como a retirada da cobertura, assoreamento

    e contaminao do manancial e interferindo no volume hdrico, comprometendo todo o ciclo

    bitico ali presente.

    De acordo com Mascarenhas et. al. (2009).

    A rea de preservao permanente descrita pelo Cdigo Florestal Brasileiro em vigor, tem a finalidade da preservao da fauna e flora, cuja funo ainda a de preservar os recursos hdricos, a paisagem, a estabilidade das encostas e o bem-estar humano. As reas urbanas so reas conhecidas por desconfigurarem paisagem natural, impermeabilizando solos, poluindo mananciais e lenol fretico, pela alterao do micro clima e pela alterao da qualidade de viver.

    1 Ainda assim restaria desobedecer s leis orgnicas ou Plano Diretor e tambm o Cdigo Florestal para se construir em reas dessa natureza.

    13

  • Quando se pavimenta um solo para construo de ruas e rodovias nas cidades,

    acaba-se por comprometer a vazo das guas no perodo da chuva, principalmente quando o

    terreno possui uma declividade muito acentuada, e por no haver uma infiltrao eficiente das

    guas, ela escoa com grande velocidade, causando eroses no solo e picos de enchentes no

    canal de drenagem.

    Para Costa (2008), preciso considerar as limitaes impostas pelo meio fsico,

    para o uso e ocupao de determinado espao, pois as alteraes que as formas de ocupao

    podem produzir podem ser cumulativas e at mesmo irreversveis.

    Sempre que possvel bom preservar as condies naturais do meio,

    principalmente aqueles destinados pela legislao ambiental como sendo de preservao

    permanente, e que nos meios urbanos so constantemente desrespeitados.

    A legislao brasileira (Cdigo Florestal, Lei n 4.771/65), deixa para os

    municpios a responsabilidade de definir seus limites de preservao, porm coloca como

    limite mnimo uma faixa de 30 metros para cada lado dos mananciais, isso varia de acordo

    com o tamanho do manancial.

    Maciel (S/D, p.2), sobre reas de preservao permanente em reas urbanas

    destaca:

    Dispe, ainda, o pargrafo nico do art. 2 do Cdigo Florestal que, no caso de reas urbanas, assim entendidas as compreendidas nos permetros urbanos definidos por lei municipal, e nas regies metropolitanas e aglomeraes urbanas, em todo o territrio abrangido, observar-se- o disposto nos respectivos planos diretores e leis de uso do solo, respeitados os princpios e limites a que se refere o artigo.

    A Lei n 4.771/65 difere ento da Lei n 6.766/79 (Lei de Parcelamento do Solo)

    em cujo artigo 4 inciso III, define para reas urbanas uma faixa no edificvel de 15 metros

    para cada lado dos canais de drenagem e dormentes. Todavia as proposituras de ambas so

    diferentes, embora possam convergir para uma mesma finalidade, conforme as suas

    aplicaes. que o princpio fundamental da Lei n 4.771 a proteo da biodiversidade, da

    qualidade das guas e conseqentemente do bem estar das populaes, enquanto a lei de

    parcelamento dos solos urbanos prioriza a preservao da segurana da populao, impedindo

    que haja construes em reas de risco, o que no exclui a conservao ambiental nesta faixa.

    Como a definio das faixas no edificveis em reas urbanas pela lei de

    parcelamento do solo diferem em largura da faixa estabelecida pelo cdigo florestal brasileiro,

    14

  • podemos considerar duas situaes na constituio do parcelamento do solo urbano por

    ocasio da elaborao do Plano Diretor, quais sejam:

    a) Ao deparar com reas urbanas ao longo dos mananciais, que ainda tenha suas

    caractersticas naturais mantidas integral ou parcialmente, que seja aplicada a

    faixa prevista pelo Cdigo Florestal Brasileiro, ou seja, 30 metros;

    b) Quando a rea j tiver perdido sua caracterizao natural, utiliza-se a faixa de

    15 metros, conforme a lei de parcelamento dos solos.

    Estas so apenas consideraes elaboradas conforme o que destaca Maciel (S/D)

    ao dizer que as duas leis no so conflitantes, mas apenas atendem diretrizes diferentes.

    15

  • 2. PROCEDIMENTOS METODOLGICOS

    A construo deste estudo contou com uma primeira etapa denominada

    levantamento bibliogrfico. Esta etapa consistiu em buscar obras que tratassem do assunto de

    maneira direta, ou que pudesse contribuir para o fortalecimento terico deste estudo.

    A etapa seguinte consistiu na busca e elaborao de material cartogrfico para a

    identificao da rea de estudo e para a espacializao dos fenmenos estudados.

    Os trs primeiros itens das etapas de elaborao cartogrfica foram compilados na

    ntegra do trabalho de Santos e Sousa (2012), uma vez que os autores trabalharam na mesma

    bacia, porm com enfoque diferente, mas os mapas gerados puderam ser utilizados neste

    estudo, com a permisso dos autores.

    As etapas de elaborao cartogrfica ficaram assim constitudas:

    2.1. Elaborao de mapa-base

    Para elaborao deste mapa utilizou-se o software Google Earth, de onde se

    recortou a imagem utilizada neste estudo. Junto com a imagem retirou-se as coordenadas,

    necessrias para criao de um projeto no software de geoprocessamento.

    Utilizando o mesmo software (Google Earth), foram geradas curvas de nvel com

    eqidistncia de 10 m, para compor a base altimtrica da bacia.

    A imagem recortada e as curvas de nvel foram exportadas para o software Corel

    Draw e posteriormente salvas no formato tiff2. Com o auxlio da ferramenta Impima do

    Software Spring, as imagens descritas foram importadas no formato tiff, editadas, e salvas no

    formato spg3.

    No software Spring 5.0 disponvel em (http://www.inpe.br) foi criado um projeto,

    onde todas as informaes cartogrficas foram inseridas e trabalhadas, gerando ento o mapa-

    base e os demais mapas presentes neste estudo. Cabendo destacar que o mapa base no est

    presente neste trabalho, por se tratar apenas de uma base para as demais anlises e mapas.

    2 (Tagged Image File Format) um formato de arquivo raster (popularmente chamado de bitmap). 3 SPG uma abreviatura de SPRING, formato de arquivo lido por este software.

    16

  • 2.2. Mapa hipsomtrico

    Esse mapa foi produzido utilizando-se da mesma base j descrita.

    Tendo como suporte as curvas de nvel que cortam a rea da bacia, foi feito um

    fatiamento com intervalos de altitude de 20 m desde a menor altitude da bacia at a maior

    altitude. Para isso foi primeiramente gerada uma grade REGULAR4 e uma grade TIN5 no

    modelo numrico do terreno (MNT)6 do software spring, onde se definiu as fatias de altitude e

    as cores correspondentes a cada fatia no mapa hipsomtrico.

    2.3. Mapa de declividades.

    Este mapa foi confeccionado atravs da grade TIN j elaborada anteriormente, e

    no MNT foi realizado o fatiamento das classes de declividades e a confeco do mapa de

    declividades. As curvas de nvel tm equidistncias de 10 metros, e as classes utilizadas

    foram: 0-3%; 3-6%; 6-12%; 12-20%; 20-30%; 30-40% e >40%. Neste mapa destacaram-se as

    reas de hidromorfia no permetro urbano.

    2.4. reas de hidromorfia e faixas no edificveis.

    Sobre imagem de satlite extrada do Google Earth e controle de campo, foram

    destacadas as reas de hidromorfia no permetro urbano de Ipor e as faixas no edificveis,

    conforme a distncia do manancial, ora seguindo as recomendaes da Lei n 4.771/65

    (Cdigo Florestal), ora seguindo a Lei n 6.766/79 (Lei de Parcelamento do Solo).

    Dessa maneira foram destacadas as reas de hidromorfia e os cursos de gua na

    imagem, e a partir de seus limites foi estabelecida a rea de preservao permanente mais uma

    faixa de segurana e/ou no edificveis de 15 metros, conforme a Lei de Parcelamento do

    4 GRADE REGULAR - uma matriz x, y,z na qual temos informaes de coordenadas e uma terceira dimenso associada aquela clula. Importante para definio de classes de altitude, por exemplo.

    5 TIN - Triangular Irregular Network / Rede Irregular Triangular. uma grade irregular que une diversos

    pontos de altitude (curvas de nvel e pontos cotados) com um grande nmero de ns para compor diversas formas triangulares e favorecer a construo de um mapa de declividades por exemplo.

    6 MNT - Modelo Numrico do terreno. uma representao matemtica computacional da distribuio de um fenmeno espacial que ocorre dentro de uma regio da superfcie terrestre. Dados de relevo, informao geolgicas, levantamentos de profundidades do mar ou de um rio, informao meteorolgicas e dados geofsicos e geoqumicos so exemplos tpicos de fenmenos representados por um MNT. (CAMARA & FELGUEIRA, S/D). Disponvel em: http://www.dpi.inpe.br/gilberto/livro/introd/cap7-mnt.pdf.

    17

  • solo. J para as reas sem caractersticas naturais, foi estabelecida apenas a faixa de 15

    metros.

    As faixas no-edificveis foram mapeadas com a ajuda do software Spring, que

    ajudou no estabelecimento automtico das medidas adotadas, atravs da ferramenta Mapa de

    distncias, que permite adotar as faixas de largura para cada lado do manancial.

    Enfim foi realizada uma anlise das reas de hidromorfia, suas caractersticas e

    tipo de ocupao imposta s mesmas, bem como uma breve recomendao de uso e ocupao

    destas reas.

    18

  • 3. RESULTADOS E DISCUSSES

    A bacia do crrego Tamandu faz parte da bacia hidrogrfica do Araguaia, sua

    rea de 29,53 km2, e o rio principal apresenta gradiente topogrfica de 10,75 m/km, o que

    favorece a presena de vrios pontos de hidromorfia ao longo de seu percurso.

    As maiores faixas de hidromorfismo esto localizadas no mdio/baixo curso do

    manancial, e justamente nestes locais a ocupao humana mais intensa.

    A Figura 2 a seguir mostra uma rea de hidromorfia ocupada por residncias.

    Figura 2 Ocupao por moradias em rea de Preservao Permanente (APP), acima do Lago pr do sol, observa-se que sua construo aumentou os pontos de hidromorfismo Foto: (Sousa, 2012).

    3.1. Relevo e solos

    A bacia apresenta uma faixa de altitude entre 526 m (foz) e 623m (nascente

    principal). O relevo varia de suave ondulado a ondulado, porm predominando relevo suave

    19

  • ondulado a plano na parte urbana da bacia. As reas de hidromorfia seguem a rede de

    drenagem, surgindo em fundo de vale aberto, constitudos por pequenas plancies aluvionares,

    com extenso lateral de at 150 metros nas margens do leito principal, como o caso das

    reas a montante do lago Por do Sol este por sua vez, contribuiu para aumentar as hidromorfia

    j que o represamento das guas devido sua contruo fez surgir o alagamento das demais

    rea que fica acima do prprio.

    Quanto declividade das vertentes, a bacia apresenta em sua maior parte,

    declividades que variam entre 0 a 6%, ou seja, 71,45% da rea esto nesta faixa de

    declividade. As hidromorfias pertencem ao compartimento de declividades entre 0 a 3%, que

    ocupa na bacia 28,35% da sua rea total.

    A figura a seguir mostra a distribuio das declividades na bacia.

    Figura 3. Declividade e hidromorfia na bacia do crrego Tamandu.

    20

  • 3.1.1. Solos

    A bacia apresenta quatro classes de solos, Cambissolos, Latossolos, Neossolos

    litlicos e Gleis.

    Nas reas de hidromorfia predominam solos do tipo Glei pouco hmico de

    colorao cinza claro, so solos constantemente midos de baixa drenagem, com base textural

    argilosa, presentes em reas planas dos fundos de vale e em pequenas plancies aluvionares. A

    configurao do relevo (plano a suave) e o baixo gradiente do curso de gua principal

    favorecem estas formaes. A Figura 4 mostra uma viso em 3D da bacia e a variao

    topogrfica ao longo da mesma.

    Figura 4. Viso topogrfica da bacia do crrego Tamandu.

    3.2. Litologias predominantes Conforme Sousa (2006) e (CPRM, 1999)

    A bacia do crrego Tamandu tem sua base geolgica constituda por uma

    diversidade de litologias, como o Complexo Grantico-Gnissico (Proterozico Superior),

    21

  • com idade acima de 1b.a ,(um bilho de anos), onde predominam rochas como o granito e os

    gnaisses, predominando em pequena rea no setor nordeste da bacia.

    Os Granitos Tipo Ipor, predominam em toda a bacia e tem idade paleozica (560

    580 m.a). So granitos de colorao rosada, com associao de granodioritos e dioritos

    prfiros.

    De idade Paleozica, entre 240 250 m.a Devoniano (Grupo Paran), tm-se

    rochas das Formaes Furnas e Ponta Grossa, predominando na primeira, arenitos

    esbranquiados a amarelados de constituio siltosa e conglomertica, e na segunda

    predominando arenitos, folhelhos e siltitos.

    No Grupo Ipor (Mesozico Cretceo 65 a 80 m.a), predominam rochas

    alcalinas como Sienitos, Andesitos baslticos, Gabros alcalinos e Piroxenitos alcalinos.

    As Coberturas Detrtico-Laterticas tm idade Cenozica (30 a 20 m.a), so

    formadas por Latossolos e coberturas concrecionrias formadas pela intensa intercalao de

    perodos de umidade e secagem dos solos ao longo do tempo.

    3.3. Uso e ocupao da bacia

    Na bacia predomina o uso por pastagens cultivadas. Estas pastagens so bastante

    degradadas e na maior parte de sua extenso as mesmas se estendem at os fundos de vale,

    aps a retirada da vegetao ripria, que foi removida em grande parte da bacia, e onde existe,

    rala e no compe a faixa designada pelo Cdigo Florestal (Tabela 1), em vigncia. Este

    tipo de uso ocupa 60% da rea total da bacia

    Tabela 1. Resumo das faixas de proteo da vegetao nativa.

    30 metros para curso de gua com menos de 10 metros de largura 50 metros para curso de gua de 10 a 50 metros de largura 100 metros para curso de gua de 50 a 200 metros de largura

    200 metros para curso de gua de 200 a 600 metros de largura 500 metros para curso de gua com largura superior a 600 metros 30 metros ao redor de lagoas ou reservatrios em reas urbanas Pargrafo nico No caso de reas urbanas, compreendidas nos permetros de expanso urbana definidas por leis municipais, nas regies metropolitanas e aglomerados urbanos, em todo territrio abrangido observar-se- o disposto nas respectivas Leis Orgnicas municipais, Planos Diretores e Legislao do uso do solo, respeitando os princpios e limites mnimos a que se refere este artigo.

    Fonte:Adaptado de Valado (2006).

    22

  • As reas de vegetao nativa compem 22% da bacia, e a esto inseridas as reas

    de reservas e matas ciliares remanescentes.

    A rea urbana ocupa 25% da rea da bacia e se encontra em expanso. Esta rea

    da bacia desperta preocupao, pois sua ocupao desordenada ao longo do manancial. No

    h respeito das reas de preservao permanente, nem to pouco uma Lei de zoneamento que

    iniba edificaes e outras atividades nestas reas.

    As reas de hidromorfia ou midas, que so reas de preservao permanente e

    que abrigam boa variedade de espcies silvestres da fauna, como: garas, diversos tipos de

    aves passariformes, aves do pantanal como cafezinho alm de animais como, capivaras e

    pequenos rpteis.

    Figura 5. Gara branca. rea acima do lago Pr do Sol. Foto: (Sousa, 2012)

    Considerando que as reas de hidromorfia mais extensas esto localizadas no

    permetro urbano da bacia, foram ento definidas as faixas de preservao permanente ao

    longo do curso de gua e acrescentada uma faixa de 15 metros para cada lado, seguindo a Lei

    n 6.766/79 (Lei de Parcelamento do Solo). Esta faixa uma faixa protetiva, constituda por

    solos no-hidromrficos, adjacente rea mida, cuja largura mnima depende, localmente,

    da declividade do relevo e da textura do solo;

    Ao definir as faixas, e em visitas aos locais, foi possvel perceber que estas faixas

    no foram respeitadas, e ainda continuam sendo ocupadas desordenadamente, com intenso

    prejuzo populao, aos recursos hdricos e ao meio ambiente como um todo, promovendo

    desequilbrios ambientais. Cabe considerar ainda que o Plano Diretor urbano de Ipor no

    atende as necessidades da populao e do meio ambiente, sendo o mesmo apenas um conjunto

    de leis e normas compiladas das leis e resolues nacionais e estaduais a serem implantadas,

    23

  • no havendo portanto uma diretriz para a aplicao de suas normas, e nem sequer uma Lei de

    zoneamento urbano.

    A Figura 5 mostra as reas de preservao permanente (em vermelho) e a faixa de

    segurana de 15 metros (amarela). Ambas as faixas (vermelha e amarela) so, portanto, faixas

    no edificveis.

    Figura 5. Faixas no edificveis no permetro urbano de Ipor

    Para expanses urbanas futuras em Ipor, o presente trabalho sugere para melhor

    conservao ambiental e segurana da populao, a preservao das faixas riprias conforme

    estabelecido no atual Cdigo Florestal, ou a sua recomposio, bem como o acrscimo de

    uma faixa de segurana de 15 metros conforme a Lei de Parcelamento do solo. Esta medida

    preservar a segurana das pessoas e das edificaes, alm de contribuir para a preservao

    das reas de hidromorfia e dos habitats dos animais silvestres que ali vivem ou busca seus

    alimentos.

    24

  • 4. CONSIDERAES FINAIS

    As reas de risco e no edificveis na bacia do crrego Tamandu esto ligadas s

    reas de fundo de vale (APPs), onde deveriam predominar a vegetao ripria, e tambm as

    diversas reas de hidromorfia, que por apresentarem constantes solos frgeis e excesso de

    umidade em funo da presena do lenol fretico em superfcie deveriam ser respeitadas e

    no ocupadas.

    No caso especfico das hidromorfias na bacia do crrego tamandu, cabe destacar

    que a construo do lago foi um fator agravante, pois o mesmo alterou o ecossistema de

    vrzea que existia anteriormente, e como destaca Sousa (2005), a implantao de um sistema

    urbano incorpora ao meio ecolgico uma grande quantidade de efluentes, detritos e poluentes

    diversos, que so lanados constantemente, modificando as suas caractersticas originais.

    Assim as reas j ocupadas devem ter um remanejamento por parte do poder

    publico municipal, ou mesmo interferncia da promotoria pblica, para desapropriao das

    casas edificadas dentro da faixa de segurana, alm de um ajustamento de conduta para no

    mais se edificar nestes locais.

    As reas identificadas neste estudo como no edificveis esto intensamente

    ocupadas por casas, oficinas, hortas, pastagens e estoque de lixo e entulho, e por isso precisam

    urgentemente de uma medida que pare com estes crimes ambientais.

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