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MUNICÍPIOS www.cinform.com.br |3 Aracaju - SE, 27/2 a 4 de março de 2012, Ano XXX, Edição 1507 SAÚDE RURAL [email protected] Entendendo a cólica em equinos Autor:Urias Fagner Santos Nascimento, Profª M.Sc. Ioná Brito de Jesus e Prof° M.Sc. Carlos Eduardo D´Alencar Mendonça. A cólica equina tem como causa as doenças do apare- lho digestivo. O problema está relacionado a vários fa- tores, que vão desde a pro- dução de gases em excesso no estômago até a obstrução do intestino por enterólitos, que são cálculos formados no intestino grosso a partir de um núcleo, que pode ser pelos, corpos estranhos, en- tre outros objetos. Trata-se, portanto, de uma doença grave. Geral- mente, seu tratamento é medicamentoso, à base de analgésicos e antibióticos, associado a atos cirúrgicos. Quando não tratada rapi- damente, a doença pode le- var o animal à morte. Ani- mais que apresentam gran- de quantidade de vermino- ses são muito suscetíveis à cólica, especialmente po- tros, uma vez que os ver- mes causam obstrução do intestino ou dos vasos san- guíneos que os irrigam. A principal característi- ca clínica da cólica é a dor. Os principais sinais são as alterações no compor- tamento do animal, que pode rolar pelo chão, suar em excesso, deitar e levan- tar constantemente, dei- tar com a cabeça voltada para o abdômen, estender o corpo como se fosse uri- nar, escoicear o abdômen e apresentar distensão abdo- minal. Devido à sua mani- festação peculiar, até mes- mo leigos podem perceber que o animal apresenta si- nais clínicos de cólica. Po- rém, identificar a origem e estabelecer o tratamento é o desafio dos médicos vete- rinários. CAUSAS A falta de água para in- gestão leva a uma absor- ção maior do líquido no in- testino grosso, o que resul- ta em ressecamento do ali- mento no intestino, poden- do desencadear um quadro de cólica. Quando se tritu- ra os alimentos demasia- damente, principalmente capim, os equinos podem deglutir a comida sem que haja a mastigação adequa- da, predispondo assim a compactação e desencade- ando a cólica. O sistema de criação dos animais também interfere na saúde dos equinos. Um exemplo disso é a criação de animais em baias, que leva o bicho a ficar um pe- ríodo sem se alimentar e, quando o alimento é for- necido, ele passa a comer com ansiedade. Além dis- so, os animais criados nes- te regime não se movimen- tam de forma regular. O exercício físico aumenta o fluxo do alimento no in- testino, reduz a digestão de matéria seca e a absor- ção de potássio. Contudo, é valido salientar que tanto o excesso quanto a falta de atividade física podem de- sencadear um processo de cólica equina. Equinos que praticam atividade física intensa ne- cessitam de grande quanti- dade de energia, que geral- mente é suprida pelo for- necimento de grãos, tais como milho, trigo, linhaça e aveia. Porém, o consumo de grande quantidade de grãos pode levar à fermen- tação. Isso também pode resultar em um episódio de cólica. Equinos que se ali- mentam apenas de pasta- gens são menos acometi- dos pelo distúrbio. O fornecimento de uma alimentação controlada aos animais é importante, pois pode evitar o apareci- mento da doença. Assim, deve-se monitorar tanto a quantidade de pastagem quanto a de concentrado ingerida pelo animal. DIAGNÓSTICO Os animais devem sem- pre passar por consul- ta médica veterinária para que seja feita uma avalia- ção geral da saúde. O des- taque dos exames deve ser a dentição, pois esta, uma vez comprometida, leva a distúrbios na alimentação, um dos principais fatores que conduzem à cólica. Doenças parasitárias, es- tresse animal e manejo são outros fatores que podem gerar a cólica. É necessário, portanto, que se conheçam os sintomas, as mudanças no manejo dos animais e o seu histórico clínico para que se possa optar por um tratamento adequado. A grande quantidade de fa- tores que desencadeiam a cólica equina é o principal obstáculo para que se ini- cie um tratamento. A cólica equina causa grande perda econômica, pois além dos gastos com o tratamento e do afastamen- to do animal das suas ativi- dades, ainda pode causar o aborto em éguas. Uma vez diagnosticada a causa da cólica, deve-se iniciar o tra- tamento o mais rápido pos- sível. Os procedimentos buscam reduzir a quanti- dade de gases presentes no trato gastroentérico e evi- tar sua ruptura, hidratar o animal e seu trato digesti- vo, estimular o movimento peristáltico intestinal, além de aliviar a dor e favorecer o fluxo gastroentérico. Caso não sejam notadas melhoras em um perío- do entre 24 a 48 horas, de- ve-se optar pelo tratamen- to cirúrgico, que se resume à abertura da cavidade ab- dominal, na região media- na, onde se expõe o intes- tino e drena-se o que está causando a cólica. O tra- tamento cirúrgico deve le- var em consideração o va- lor econômico do animal, do ato cirúrgico, os riscos à vida dele. Além disso, o médico veterinário deve contar com centro cirúrgi- co específico e equipe espe- cializada para o ato. Como terapia alternativa pode se optar por acupuntura ou eletroacupuntura, associa- da às demais atividades. Considerando a gravi- dade da doença, é impor- tante estabelecer medi- das preventivas para evi- tá-la. Assim, recomenda- se: não deixar o animal em espaços restritos; não for- necer alimentação tritura- da; fornecer água à vonta- de; não deixar o animal em jejum prolongado e evitar o fornecimento de gran- de quantidade de concen- trado, bem como grande quantidade de grãos. ECOLOGIA SERGIPE RECICLAGEM Óleo que era dispensado como lixo se transforma em produto de limpeza A reciclagem de óleo utilizado em cozinha é uma excelente oportunidade de negócio e ainda auxilia na preservação do meio ambiente A gordura de origem ani- mal ou vegetal que é utili- zada na cozinha normal- mente é despejada no lixo ou ralo abaixo, o que con- tamina rios e o solo, além de entupir com frequência os dutos da rede de esgo- to. Um problema que toma proporções cada vez maio- res e é de difícil resolução. Ambientalistas são unâni- mes ao afirmar que a me- lhor saída é reaproveitar o óleo para outros fins, não relacionados à culinária, diminuindo os impactos no meio ambiente. Foi com esse objetivo que o empresário Rome Silva Freire e a esposa Re- jane Lemos Freire come- çaram há cerca dez anos a reciclar óleo de cozi- nha usado para transfor- má-lo em matéria-prima na fabricação de produtos de limpeza. Tudo come- çou em setembro de 2002, quando o casal abriu um ponto de reciclagem no Bairro América, em Ara- caju, incentivados por um empreendedor carioca. De lá para cá, os sócios muda- ram, o nome da empresa também mudou algumas vezes e hoje funciona no Povoado Cantinho do Céu, em São Cristóvão, como a Junta de Coleta Seletiva - JCS - Recigraxe, a única no ramo em Sergipe. De acordo com Rome, a empresa atende a Gran- de Aracaju e a alguns mu- nicípios do Interior, como Estância, Itabaiana, Sal- gado e Lagarto. “Por mês, nós processamos cerca 120 toneladas de gordura, o que corresponde em tor- no de 135 mil litros de óleo que deixam de contami- nar o meio ambiente”, des- taca. Desse total, 25 tone- ladas são apenas de Sergi- pe e o restante vem de ou- tros Estados do Nordeste, que são fornecedores por meio de parcerias com ou- tras empresas. Os maiores fornecedores da Recigraxe são os restau- rantes e outros estabeleci- mentos no ramo alimentí- cio. Os tonéis de plástico resistente com tampa são distribuídos nos locais ca- dastrados e, depois de um período - a depender da demanda de cada lugar -, são recolhidos para a re- ciclagem. “Os recipientes variam de 25 a 100 litros, mas também recolhemos em algumas casas - onde a quantidade é menor - por meio de garrafas plásticas”, explica Rome. Segundo o empresário, o litro do óleo usado custa em média R$ 0,25, a depender das con- dições que apresente. Al- guns estabelecimentos re- cebem como pagamento produtos de limpeza. Assim que o óleo chega, é peneirado e encaminha- do para um reservatório, onde passa pelo primei- ro processo de decantação. Na sequência, o produto é submetido a uma espécie de lavagem, com diferen- tes soluções para ser con- duzido à segunda etapa de decantação. Depois de concluída essa última eta- pa, o óleo está pronto para viagem. O produto é trans- portado em caminhões tanque e, atualmente, os destinos - além de Sergipe - são Bahia, Rio Grande do Norte, Paraíba e Ceará. Nos últimos três anos, a empresa foi equipada com caldeiras, centrífugas e re- atores, o que irá acelerar o processamento do óleo. “Nós só estamos depen- dendo da licença da Ade- ma - Administração Es- tadual do Meio Ambien- te - para colocar os equi- pamentos para funcionar”, adianta Rome. Segundo ele, a empresa chegou a fabricar em fase de experimentação alguns produtos de limpe- za e cosméticos, mas não le- vou adiante por causa, prin- cipalmente, da burocra- cia que essas atividades en- volvem. “Por enquanto, es- tamos concentrados na re- ciclagem e sempre em bus- ca de novos parceiros”, afir- ma o empreendedor. Mais um bom exemplo de como transformar o que era consi- derado lixo em fonte de ren- da, com saldo positivo para o meio ambiente. [>] COMENTE ESTA MATÉRIA [email protected] Fotos Arnon Gonçalves/Cinform Reator é um dos novos equipamentos que funcionarão Rome espera um dia fabricar os produtos de limpeza BIODIVERSIDADE Pesquisa identifica 140 espécies de aves em reserva da Caatinga Realizado desde o início de fevereiro na Unidade de Conservação da Grota do Angico, estudo vai resultar em medidas de preservação da biodiversidade Em apenas uma semana de estudos, pesquisadores do Departamento de Biolo- gia da Universidade Federal de Sergipe - UFS - identifi- caram mais de 140 espécies de aves silvestres na Unida- de de Conservação - UC - do Monumento Natural Grota do Angico. Com uma área de 2.183 hectares entre os Municípios de Canindé de São Francisco e Poço Re- dondo, a unidade é uma das mais importantes reservas do bioma Caatinga em Ser- gipe, administrada pela Se- cretaria de Estado do Meio Ambiente - Semarh. “A pesquisa em desenvol- vimento proporcionará di- ferentes benefícios para o Monumento Natural Grota do Angico, como por exem- plo, conhecer a composi- ção e a abundância das es- pécies da avifauna local - conjunto de aves existen- tes em uma região - verifi- car a utilização dos recur- sos ao longo do período de pesquisa e a variação entre as populações submetidas a diferentes condições am- bientais”, destaca Juan Ma- nuel Ruizesparza, coorde- nador da pesquisa que deve ser concluída em dezembro de 2013. Das aves identificadas, algumas são migratórias, como a pomba-de-ban- do (Zenaida auriculata) e Para a sobrevivência dessa e de muitas outras espécies, é fundamental que o meio natural onde os pássaros habitam seja preservado. o guaracava-de-crista-bran- ca (Elaenia chilensis). Ou- tras espécies realizam movi- mentos migratórios parciais, como o suiriri (Tyrannus me- lancholicus), o sabiá-poca (Turdus amaurochalinus) e o bigodinho (Sporophila line- ola). Também foram encon- trados pássaros que habitam somente a Caatinga, como o cardeal-do-nordeste (Paroa- ria dominicana), casaca-de- couro (Pseudoseisura crista- ta), a choca-barrada-do-nor- deste (Thamnophilus capis- tratus), o bacurauzinho-da- caatinga (Hydropsalis hirun- dinacea), o periquito-da-caa- tinga (Aratinga cactorum). Outra ave endêmica da Ca- atinga - que habita exclu- sivamente esse bioma - é o chorozinho-de-papo-preto (Herpsilochmus pectoral), que está ameaçado de ex- tinção. Para a sobrevivência dessa e de muitas outras es- pécies, é fundamental que o meio natural onde os pássa- ros habitam seja preservado. Segundo Genival Nunes, se- cretário do Meio Ambiente, a pesquisa é importante para conhecer e divulgar a diversi- dade de aves da Caatinga, au- xiliando na tomada de deci- sões que visem à conservação de todo o ecossistema, além de servir de subsídio para fu- turos trabalhos na área. [>] COMENTE ESTA MATÉRIA [email protected] Divulgação Semarh Muitas das aves identicadas dependem da Caatinga

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6 MUNICÍPIOS Aracaju - SE, 27/2 a 4 de março de 2012, Ano XXX, Edição 1507www.cinform.com.br|

TRANSTORNO

Obra de duplicação da BR 101 deixa sítio sem água há um anoCerca foi derrubada e até hoje proprietário não sabe se vai receber indenização

■ Há quase um ano, o sítio do protético e artista plás-tico José Batista dos San-tos, 75 anos, localizado no Povoado Aningas, em São Cristóvão, sofreu uma in-tervenção por causa das obras de duplicação da BR 101. Um pedaço de cerca de 35 metros de comprimento por cinco metros de largura teve que ser derrubado para a continuidade da obra. Po-rém, José Batista não ima-ginava que dar vez ao pro-gresso implicaria os trans-tornos pelos quais vem pas-sando desde então.

Até agora, ele só vem acumulando prejuízos. Parte do muro que foi derrubado continha um anúncio do trabalho de José Batista como protéti-co. O entulho restante da intervenção das máquinas acabou por tapar o poço artesiano que abastecia o sítio, local escolhido para o lazer da família nos fins de semana e feriados. Sem água, ele perdeu boa par-te do minhocário que pos-suía, além de não ter mais a tranquilidade de desfru-tar do sítio que adquiriu há mais de 15 anos.

“Eu não aguento mais es-perar por uma solução. Der-rubaram a cerca que tinha a placa de divulgação do meu trabalho, que é muito im-portante para a minha vida, e até aqui ninguém me deu qualquer resposta”, recla-ma. Ele relata que procurou os responsáveis pela obra, que prometeram verificar a possibilidade de indeniza-

ção. Até hoje, tudo está na mesma. “Só me procuraram para avisar que iriam derru-bar a cerca”, lembra.

A água do poço artesiano que foi tapado pelos restos da obra servia para a irri-gação das plantas e uso da família, quando eles iam à propriedade. “Eu tinha o minhocário para usar na revitalização do solo, mas todas as minhocas morre-ram”, acrescenta.

Como se não bastasse, José Batista diz que vários equipamentos do sítio fo-ram estragados pelos traba-lhadores e por outras pesso-as que, por causa da ausên-cia da cerca, invadiram o sí-tio. “Usavam o banheiro ex-terno e deixavam-no sujo. Até um pequeno incêndio houve aqui”, diz, referindo-se às plantas queimadas em meio aos galhos secos e as árvores de grande porte.

O que mais desagrada José Batista é a impossibilida-de de continuar um projeto pessoal que, segundo ele, se-ria desenvolvido para a visi-ta de estudantes à proprie-dade. No sítio, ele montou um imenso mapa de Sergi-

pe, dividido por município. “Em cada um, eu coloquei obras de arte que represen-tam a história do povo. Algo que venho desenvolvendo há alguns anos, mas parei por causa dessa situação”, diz. Além desse mapa educati-vo, ele diz que também pen-sa em implantar uma inicia-tiva que mostre como é pos-sível recuperar florestas e o solo. “Agora terei que espe-rar pela boa vontade dos ou-tros para dar prosseguimen-to à minha ideia, pois, sem água, não dá”, acrescenta.

A espera dele, no entan-to, ainda vai demorar para ter fim. Segundo Paloma Vieira de Melo, assessora de comunicação do Depar-tamento Nacional de In-fraestrutura e Transporte - DNIT - em Sergipe, os dois engenheiros responsáveis pelas obras no trecho onde está o sítio de José Batis-ta estão em férias. Apenas quando eles retornarem ao trabalho, em março, será possível analisar a situação e solucionar o caso. ■

Parte derrubada deixou o sítio de José Batista sem água

Cinform

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CAI, MAS NÃO CAI

Caixa d’água apresentainfiltração e vazamentosPrefeitura nega que estrutura tenha risco de desabar, mas avisa que vai solucionar o problema

■ A caixa d’água que abas-tece o Povoado Vila Pe-dras, em Capela, a 67 qui-lômetros de Aracaju, pode ser vista de longe e, na pri-meira impressão, transpa-rece normalidade em sua estrutura. Mas é necessário se aproximar para detectar um problema que persiste há meses, sem nenhum si-nal de solução do Serviço Autônomo de Água e Es-goto - SAAE - do municí-pio. Além de o reservató-rio transbordar com frequ-ência, existe um vazamen-to constante que encharca cada vez mais o terreno.

O medo dos moradores é que a infiltração com-prometa a estrutura de concreto e a base de solo encharcado não suporte o peso do reservatório. “Isso aqui é dia e noite minan-do água e ninguém resol-

ve. Depois que cair na cabe-ça de um morador, pode ser tarde demais”, alerta o la-vrador Adauto Santos Melo. Além de temer a ocorrência de acidentes, ele reclama do desperdício. “Essa água que vai embora e um dia pode fazer falta”, acrescenta.

A dona de casa Cláudia Andrade anda angustiada com a situação, pois mora em frente ao reservatório e imagina que, se ocorrer al-gum acidente, sua moradia pode ser afetada. “Eu tenho uma filha recém-nascida e minha mãe, que já é idosa, tem a perna doente. Olho

para cima e rezo todo dia para que nada de pior acon-teça com a gente”, afirma.

De acordo com a Prefei-tura de Capela, o SAAE tem conhecimento da situação e, apesar dos problemas apa-rentes, a estrutura da cons-trução não corre risco de de-sabar. A Prefeitura informa que abrirá processo licitató-rio para realização do servi-ço de impermeabilização da caixa d’água, o que será fei-to assim que a empresa for contratada. ■

Isso aqui é dia e noite minando água e ninguém resolve. Depois que cair na cabeça de um morador, pode ser tarde demais”

ADAUTO SANTOS MELOLavrador

Visto de longe, o reservatório não aparenta problemas

Arnon Gonçalves/Cinform

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MUNICÍPIOSwww.cinform.com.br | 3Aracaju - SE, 27/2 a 4 de março de 2012, Ano XXX, Edição 1507

SAÚDE [email protected]

Entendendo a cólica em equinos

Autor:Urias Fagner Santos Nascimento, Profª M.Sc. Ioná Brito de Jesus e Prof° M.Sc. Carlos Eduardo D´Alencar Mendonça.

■ A cólica equina tem como causa as doenças do apare-lho digestivo. O problema está relacionado a vários fa-tores, que vão desde a pro-dução de gases em excesso no estômago até a obstrução do intestino por enterólitos, que são cálculos formados no intestino grosso a partir de um núcleo, que pode ser pelos, corpos estranhos, en-tre outros objetos.

Trata-se, portanto, de uma doença grave. Geral-mente, seu tratamento é medicamentoso, à base de analgésicos e antibióticos, associado a atos cirúrgicos. Quando não tratada rapi-damente, a doença pode le-var o animal à morte. Ani-mais que apresentam gran-de quantidade de vermino-ses são muito suscetíveis à cólica, especialmente po-tros, uma vez que os ver-mes causam obstrução do intestino ou dos vasos san-guíneos que os irrigam.

A principal característi-ca clínica da cólica é a dor. Os principais sinais são as alterações no compor-tamento do animal, que pode rolar pelo chão, suar em excesso, deitar e levan-tar constantemente, dei-tar com a cabeça voltada para o abdômen, estender o corpo como se fosse uri-nar, escoicear o abdômen e apresentar distensão abdo-minal. Devido à sua mani-festação peculiar, até mes-mo leigos podem perceber que o animal apresenta si-nais clínicos de cólica. Po-rém, identificar a origem e estabelecer o tratamento é o desafio dos médicos vete-rinários.

CAUSASA falta de água para in-

gestão leva a uma absor-ção maior do líquido no in-testino grosso, o que resul-ta em ressecamento do ali-mento no intestino, poden-do desencadear um quadro de cólica. Quando se tritu-ra os alimentos demasia-damente, principalmente capim, os equinos podem deglutir a comida sem que haja a mastigação adequa-da, predispondo assim a compactação e desencade-ando a cólica.

O sistema de criação dos animais também interfere na saúde dos equinos. Um exemplo disso é a criação de animais em baias, que leva o bicho a ficar um pe-ríodo sem se alimentar e, quando o alimento é for-necido, ele passa a comer com ansiedade. Além dis-so, os animais criados nes-te regime não se movimen-tam de forma regular. O exercício físico aumenta o fluxo do alimento no in-testino, reduz a digestão de matéria seca e a absor-ção de potássio. Contudo, é valido salientar que tanto o excesso quanto a falta de atividade física podem de-sencadear um processo de cólica equina.

Equinos que praticam atividade física intensa ne-cessitam de grande quanti-dade de energia, que geral-mente é suprida pelo for-necimento de grãos, tais como milho, trigo, linhaça e aveia. Porém, o consumo de grande quantidade de

grãos pode levar à fermen-tação. Isso também pode resultar em um episódio de cólica. Equinos que se ali-mentam apenas de pasta-gens são menos acometi-dos pelo distúrbio.

O fornecimento de uma alimentação controlada aos animais é importante, pois pode evitar o apareci-mento da doença. Assim, deve-se monitorar tanto a quantidade de pastagem quanto a de concentrado ingerida pelo animal.

DIAGNÓSTICOOs animais devem sem-

pre passar por consul-ta médica veterinária para que seja feita uma avalia-ção geral da saúde. O des-taque dos exames deve ser a dentição, pois esta, uma vez comprometida, leva a distúrbios na alimentação, um dos principais fatores que conduzem à cólica.

Doenças parasitárias, es-tresse animal e manejo são outros fatores que podem gerar a cólica. É necessário, portanto, que se conheçam os sintomas, as mudanças no manejo dos animais e o seu histórico clínico para que se possa optar por um tratamento adequado. A grande quantidade de fa-tores que desencadeiam a cólica equina é o principal obstáculo para que se ini-cie um tratamento.

A cólica equina causa grande perda econômica, pois além dos gastos com o tratamento e do afastamen-to do animal das suas ativi-dades, ainda pode causar o aborto em éguas. Uma vez diagnosticada a causa da cólica, deve-se iniciar o tra-tamento o mais rápido pos-sível. Os procedimentos buscam reduzir a quanti-dade de gases presentes no trato gastroentérico e evi-tar sua ruptura, hidratar o animal e seu trato digesti-vo, estimular o movimento peristáltico intestinal, além de aliviar a dor e favorecer o fluxo gastroentérico.

Caso não sejam notadas melhoras em um perío-do entre 24 a 48 horas, de-ve-se optar pelo tratamen-to cirúrgico, que se resume à abertura da cavidade ab-dominal, na região media-na, onde se expõe o intes-tino e drena-se o que está causando a cólica. O tra-tamento cirúrgico deve le-var em consideração o va-lor econômico do animal, do ato cirúrgico, os riscos à vida dele. Além disso, o médico veterinário deve contar com centro cirúrgi-co específico e equipe espe-cializada para o ato. Como terapia alternativa pode se optar por acupuntura ou eletroacupuntura, associa-da às demais atividades.

Considerando a gravi-dade da doença, é impor-tante estabelecer medi-das preventivas para evi-tá-la. Assim, recomenda-se: não deixar o animal em espaços restritos; não for-necer alimentação tritura-da; fornecer água à vonta-de; não deixar o animal em jejum prolongado e evitar o fornecimento de gran-de quantidade de concen-trado, bem como grande quantidade de grãos. ■

ECOLOGIA SERGIPE RECICLAGEM

Óleo que era dispensado como lixo se transforma em produto de limpezaA reciclagem de óleo utilizado em cozinha é uma excelente oportunidade de negócio e ainda auxilia na preservação do meio ambiente

■ A gordura de origem ani-mal ou vegetal que é utili-zada na cozinha normal-mente é despejada no lixo ou ralo abaixo, o que con-tamina rios e o solo, além de entupir com frequência os dutos da rede de esgo-to. Um problema que toma proporções cada vez maio-res e é de difícil resolução. Ambientalistas são unâni-mes ao afirmar que a me-lhor saída é reaproveitar o óleo para outros fins, não relacionados à culinária, diminuindo os impactos no meio ambiente.

Foi com esse objetivo que o empresário Rome Silva Freire e a esposa Re-jane Lemos Freire come-çaram há cerca dez anos a reciclar óleo de cozi-nha usado para transfor-má-lo em matéria-prima na fabricação de produtos de limpeza. Tudo come-çou em setembro de 2002, quando o casal abriu um ponto de reciclagem no Bairro América, em Ara-caju, incentivados por um empreendedor carioca. De lá para cá, os sócios muda-ram, o nome da empresa também mudou algumas vezes e hoje funciona no Povoado Cantinho do Céu, em São Cristóvão, como a Junta de Coleta Seletiva - JCS - Recigraxe, a única no ramo em Sergipe.

De acordo com Rome, a empresa atende a Gran-de Aracaju e a alguns mu-nicípios do Interior, como Estância, Itabaiana, Sal-gado e Lagarto. “Por mês, nós processamos cerca 120 toneladas de gordura, o que corresponde em tor-no de 135 mil litros de óleo que deixam de contami-

nar o meio ambiente”, des-taca. Desse total, 25 tone-ladas são apenas de Sergi-pe e o restante vem de ou-tros Estados do Nordeste, que são fornecedores por meio de parcerias com ou-tras empresas.

Os maiores fornecedores da Recigraxe são os restau-rantes e outros estabeleci-mentos no ramo alimentí-cio. Os tonéis de plástico resistente com tampa são distribuídos nos locais ca-dastrados e, depois de um período - a depender da demanda de cada lugar -, são recolhidos para a re-ciclagem. “Os recipientes variam de 25 a 100 litros, mas também recolhemos em algumas casas - onde a quantidade é menor - por meio de garrafas plásticas”, explica Rome. Segundo o empresário, o litro do óleo usado custa em média R$ 0,25, a depender das con-dições que apresente. Al-guns estabelecimentos re-cebem como pagamento produtos de limpeza.

Assim que o óleo chega, é peneirado e encaminha-do para um reservatório, onde passa pelo primei-ro processo de decantação. Na sequência, o produto é submetido a uma espécie de lavagem, com diferen-tes soluções para ser con-duzido à segunda etapa de decantação. Depois de concluída essa última eta-pa, o óleo está pronto para viagem. O produto é trans-portado em caminhões tanque e, atualmente, os destinos - além de Sergipe - são Bahia, Rio Grande do Norte, Paraíba e Ceará.

Nos últimos três anos, a empresa foi equipada com caldeiras, centrífugas e re-atores, o que irá acelerar o processamento do óleo. “Nós só estamos depen-dendo da licença da Ade-ma - Administração Es-tadual do Meio Ambien-te - para colocar os equi-

pamentos para funcionar”, adianta Rome. Segundo ele, a empresa chegou a fabricar em fase de experimentação alguns produtos de limpe-za e cosméticos, mas não le-vou adiante por causa, prin-cipalmente, da burocra-cia que essas atividades en-volvem. “Por enquanto, es-tamos concentrados na re-

ciclagem e sempre em bus-ca de novos parceiros”, afir-ma o empreendedor. Mais um bom exemplo de como transformar o que era consi-derado lixo em fonte de ren-da, com saldo positivo para o meio ambiente. ■

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Fotos Arnon Gonçalves/Cinform

Reator é um dos novos equipamentos que funcionarão

Rome espera um dia fabricar os produtos de limpeza

BIODIVERSIDADE

Pesquisa identifica 140 espécies de aves em reserva da CaatingaRealizado desde o início de fevereiro na Unidade de Conservação da Grota do Angico, estudo vai resultar em medidas de preservação da biodiversidade

■ Em apenas uma semana de estudos, pesquisadores do Departamento de Biolo-gia da Universidade Federal de Sergipe - UFS - identifi-caram mais de 140 espécies de aves silvestres na Unida-de de Conservação - UC - do Monumento Natural Grota do Angico. Com uma área de 2.183 hectares entre os Municípios de Canindé de São Francisco e Poço Re-dondo, a unidade é uma das mais importantes reservas do bioma Caatinga em Ser-gipe, administrada pela Se-cretaria de Estado do Meio Ambiente - Semarh.

“A pesquisa em desenvol-vimento proporcionará di-ferentes benefícios para o Monumento Natural Grota do Angico, como por exem-

plo, conhecer a composi-ção e a abundância das es-pécies da avifauna local - conjunto de aves existen-tes em uma região - verifi-car a utilização dos recur-sos ao longo do período de pesquisa e a variação entre as populações submetidas a diferentes condições am-bientais”, destaca Juan Ma-nuel Ruizesparza, coorde-nador da pesquisa que deve ser concluída em dezembro de 2013.

Das aves identificadas, algumas são migratórias, como a pomba-de-ban-do (Zenaida auriculata) e

Para a sobrevivência dessa e de muitas outras espécies, é fundamental que o meio natural onde os pássaros habitam seja preservado.

o guaracava-de-crista-bran-ca (Elaenia chilensis). Ou-tras espécies realizam movi-mentos migratórios parciais, como o suiriri (Tyrannus me-lancholicus), o sabiá-poca (Turdus amaurochalinus) e o bigodinho (Sporophila line-ola). Também foram encon-trados pássaros que habitam somente a Caatinga, como o cardeal-do-nordeste (Paroa-ria dominicana), casaca-de-couro (Pseudoseisura crista-ta), a choca-barrada-do-nor-deste (Thamnophilus capis-tratus), o bacurauzinho-da-caatinga (Hydropsalis hirun-dinacea), o periquito-da-caa-tinga (Aratinga cactorum).

Outra ave endêmica da Ca-atinga - que habita exclu-

sivamente esse bioma - é o chorozinho-de-papo-preto (Herpsilochmus pectoral), que está ameaçado de ex-tinção. Para a sobrevivência dessa e de muitas outras es-pécies, é fundamental que o meio natural onde os pássa-ros habitam seja preservado. Segundo Genival Nunes, se-cretário do Meio Ambiente, a pesquisa é importante para conhecer e divulgar a diversi-dade de aves da Caatinga, au-xiliando na tomada de deci-sões que visem à conservação de todo o ecossistema, além de servir de subsídio para fu-turos trabalhos na área. ■

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Divulgação Semarh

Muitas das aves identifi cadas dependem da Caatinga