aquisição da linguagem oral

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AUDIÇÃO

A audição é, primordialmente, o sentido através do qual a linguagem verbal é adquirida, ou seja, a fala é detectada, reconhecida, interpretada e entendida. É pela audição que nos mantemos informados sobre as atividades que estão ocorrendo à distância, funcionando como mecanismo de defesa e alerta contra o perigo.

É pela integridade das vias auditivas que poderemos localizar a fonte sonora em todos os sentidos, sendo esta uma fase muito importante no desenvolvimento da função auditiva.

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SERÁ QUE ELE É SURDO?

� “Ele é muito calminho, não acorda com nenhum barulho”. � “Dorme o tempo todo”. � “Outras crianças gritam e ele não percebe”. � “Quando falo com ele, fica me olhando e não me atende, parece um

bobo”. � “Custa a entender o que falo, sempre pedindo que repita (“heim?,

heim?”…)”. � “É distraído, é desobediente”. � “Está custando a falar”,...

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“Antes de castigá-lo certifique-se de que realmente

ele ouviu e entendeu a sua ordem. Às vezes não se trata de um

problema disciplinar, mas auditivo”.

“A surdez não é visível, e por isso é tão traiçoeira”.

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COMPORTAMENTOS A SEREM OBSERVADOS

� O Bebê acorda ou se assusta com barulhos fortes? � Olha quando é chamado? � Olha muito para os lábios de quem fala? � Tem dificuldade para compreender o que é dito? � Fala muito alto? � Aumenta o volume da televisão com freqüência? � Fica “desligado” no meio de um grupo? � É desatento em sala de aula? � Apresenta dificuldade de compreensão à distância? � Apresenta troca de letras? � Pobreza de vocabulário? � Apresenta dificuldades no aprendizado? � Dificuldade de organização do pensamento? � Dificuldade na elaboração de respostas? � Dificuldade de relacionar objeto – significado? � Dificuldades no relacionamento com outras crianças? � Dificuldade de equilíbrio?

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� Muito passivo – apático? � Falta de noção de perigo próximo? � Expressão facial diferente? � Dificuldade de direção (orientação espacial)? � Arrasta os pés (marcha)? � Agressividade? � Ansiedade? � Inquietude? � Isola-se? � Falta de interesse? � Dificuldades de assimilar conceitos? � Omissão de consoantes (escrita e oral)? � Falta de expressão oral e escrita? � Falta de atenção e concentração? � Não responde as solicitações ou a estímulos sonoros? � Há casos de surdez na família? � Outros,...

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O QUE FAZER?

� Não deixe o tempo passar assim que desconfiar que a criança não está ouvindo, procure logo profissionais especializados;

� Quanto mais rápido o diagnóstico e início da reabilitação, melhor será o desenvolvimento da linguagem;

� A aquisição da FALA é uma importante fase no desenvolvimento do ser humano, que ocorre principalmente até os 05 anos, as crianças que apre-sentam distúrbios nesta fase podem ter seu rendimento escolar comprome-tido no futuro, não podemos perder tempo;

Caso haja dúvida, insista!

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TESTES AUDITIVOS

1. Emissões Otoacústicas

2. B.E.R.A

3. Audiometria de Observação do Comportamento

4. Audiometria Condicionada de Orientação Reflexa

5. Audiometria Lúdica Condicionada

6. Audiometria Tonal e Vocal

7. Imitanciometria

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QUEM É SURDO?

� Surdo é o indivíduo cuja audição não é funcional na vida comum. “Apresenta redução ou ausência da capacidade para ouvir determinados sons”.

� De cada 1000 (mil) recém-nascidos, 06(seis) apresentam algum tipo de perda auditiva.

CLASSIFICAÇÃO DA SURDEZ

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A surdez pode ser classificada,

levando-se em consideração:

1. ORIGEM DA SURDEZ

2. MOMENTO QUE OCORRE A SURDEZ

3. AS CAUSAS DA SURDEZ

4. TIPOS DE SURDEZ

5. O GRAU DE PRDA AUDITIVA

1. ORIGEM E CAUSAS DA SURDEZ

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� Hereditária Síndromes (Genético) Fatores

familiares

Pré-natal: Ocorre durante a gestação

� Não-hereditária Peri-natal: Ocorre durante o nascimento (Congênita/Adquirida) Pós-natal: Ocorre após o nascimento

2. MOMENTO QUE OCORRE A SURDEZ � Pré-natal: Ocorre durante a gestação � Peri-natal: Ocorre durante o nascimento � Pós-natal: Ocorre após o nascimento

3. CAUSAS DA SURDEZ � Pré-natal: Ocorre durante a gestação � Peri-natal: Ocorre durante o nascimento � Pós-natal: Ocorre após o nascimento

4. O TIPO DA SURDEZ

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� Surdez Condutiva � Surdez Sensório-neural ou Neurossensorial � Surdez Mista � Surdez Central ou Nervosa Central

5. O GRAU DA PERDA AUDITIVA � Normal - de 0 à 25 dB � Leve - perda auditiva de 26 à 40 dB; � Moderada – perda auditiva de 41 à 70 dB; � Severa – perda auditiva de 71 à 90 dB; � Profunda – perda auditiva superior à 91dB.

CAUSAS PRÉ-NATAIS

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A criança adquiri a surdez no período de gestação, sobretudo no primeiro trimestre da gestação.

� Exemplos:

� Desordens genéticas ou hereditárias; � Sofrimento fetal; � Grau de parentesco; � Sífilis; � Fator Rh; � Herpes; � Desnutrição, Subnutrição; � Rubéola (virótica); � Citomegalovírus; � Toxoplasmose; � Exposição à radiação (Raios X) � Tentativa de aborto; � Diabetes; � Medicamentos ototóxicos; � Pressão alta; � Traumas; � Drogas, Alcoolismo materno; � Outras.

Obs: No Brasil 18% das crianças nascem surdas devido à rubéola na gravidez (Síndrome da Rubéola Congênita). "Filhos de mães que tiveram rubéola na gestação, são portadoras do vírus durante um ano após o nascimento, não devendo entrar em contato com gestantes”.

CAUSAS PERI- NATAIS

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A criança fica surda porque surgem problemas no parto

� Exemplos:

� Parto pré-maturo; � Anoxia (falta de oxigênio); � Parto demorado; � Icterícia grave do recém-nascido � Fórceps; � Infecção hospitalar; � Traumas de parto; � Outras. � Estrangulamento de cordão umbilical;

CAUSAS PÓS-NATAIS

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Ocorre a surdez porque surgem problemas após o nascimento

� Exemplos:

� Doenças infecciosas (otites, meningites, pneumonia, encefalite, escarlatina, caxumba, catapora, sarampo,...)

� Medicamento ototóxicos (antibióticos, quimioterápicos;...) � Lesões traumáticas (exposição contínua a ruídos de alta intensidade -

explosões, walkman; traumatismo craniano); � Otosclerose - calcificação da cadeia ossicular (martelo, bigorna e

estribo) � Presbiacusia (surdez do idoso) � Outras anormalidades (Síndromes) � Tumores � Distúrbios metabólicos (hipotiroidismo, alergias, doença de Meniére,

diabetes...) � Insuficiência vascular (surdez súbita,...) � Outros.

MEDICAMENTOS OTOTÓXICOS

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Medicamentos prejudiciais a audição que contém Quinino, Salicilatos, Antibióticos Aminoglicosídios, O grupo das “Micinas”

� Estreptomicina � Garamicina � Neomicina � Gentamicina � Viomicina � Farmacetina � Clorafenicol � Dihidroestreptomicina � Kanamicina � Vancomicina � Polimixina B � Colorquino � Talidomida � Quinino � Salicilatos � Outros.

TIPOS DE SURDEZ

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� SURDEZ DE CONDUÇÃO:- Ocorre Na orelha externa e/ou média.

Geralmente quase todos os casos podem ser revertidos, por medicamentos ou por intermédio de cirurgias (Exs: obstrução por rolhas de cerume ou por objetos introduzidos, gripe, descida de serra, no avião, otite, perfuração timpânica, otosclerose,...)

� SURDEZ NEUROSSENSORIAL OU SENSÓRIO-NEURAL: Ocorre no

ouvido interno (cóclea e labirinto) e/ou nervo auditivo (que transmite informações de som geradas no ouvido para o cérebro), raramente tem tratamento médico ou cirúrgico com medicamentos que possam reverte-la. (Exs: meningite, rubéola na gestação, caxumba, toxoplasmose, sífilis, herpes, certos medicamentos usados na gestação,...)

� SURDEZ CENTRAL: Ocorre no tronco cerebral e cérebro. (Exs:

Presbiacusia, traumas acústicos,...). A presbiacusia não é passível de tratamento com medicações ou com cirurgia, a melhor opção é a indicação de prótese auditiva.

GRAUS DA PERDA AUDITIVA

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1. NORMAL: De 0 à 25 dB.

2. PERDA LEVE: Perda auditiva de 26 à 40 dB. � A criança não percebe todos os fonemas da palavra. � A voz fraca ou distante não é ouvida. � É considerada desatenta, solicita com freqüência a repetição do que

lhe falam. � Não impede a aquisição normal da linguagem, mas poderá causar

algum problema de articulação ou dificuldade na leitura e escrita.

3. PERDA MODERADA: Perda auditiva de 41 à 55 dB. � É necessária uma voz de certa intensidade para que seja percebida; � Não consegue entender a fala, se houver muito barulho ao seu re-

dor; � Numa conversação, pergunta muito “heim?”; � Ao telefone não escuta com clareza, trocando muitas vezes a pala-

vra ouvida por outra foneticamente semelhante (pato / rato; seu / mel);

� Em geral, identifica palavras mais significativas, tendo dificuldade de

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conhecer certos termos de relação e frases gramaticais mais com-plexas;

� É freqüente o atraso da linguagem e alterações articulatórias; � Sua compreensão verbal está ligada a sua aptidão para percepção

visual.

4. PERDA ACENTUADA: Perda auditiva de 56 à 70 dB. � Já não escuta sons importantes do dia-a-dia como por exemplo: o te-lefone tocar, a campainha, a televisão, ...; � Necessita do apoio visual para entender o que foi dito.

5. PERDA SEVERA: Perda auditiva de 71 à 90 dB. � Percebe, mas não entende a voz humana, não distingue os sons da

fala, os fonemas. � Identifica apenas ruídos familiares (Exs: latidos de cachorro, avião). � Pode chegar até cinco anos sem aprender a falar. � A compreensão verbal vai depender em grande parte, da aptidão

para utilizar a percepção visual e para observar o contexto das situações.

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6. PERDA PROFUNDA: Perda auditiva superior a 90 dB. � Não percebe nem identifica a voz humana, impedindo que adquira a

linguagem oral. � Escuta apenas os sons graves que transmitem vibração (Exs.:

trovão, helicóptero, etc.). REUMO:

� PERDA LEVE – escuta os sons desde que estejam um pouco mais al-to.

� PERDA MODERADA – não escuta com clareza no telefone, trocando muitas vezes a palavra ouvida por outra foneticamente semelhante.

� PERDA ACENTUADA – não escuta sons importantes do dia-a-dia como telefone, a campainha, a televisão, necessitando sempre do a-poio visual para entender o que foi dito.

� PERDA SEVERA – escuta sons fortes como latido do cachorro, avião, caminhão. Não é capaz de escutar a voz humana sem o aparelho audi-tivo.

� PERDA PROFUNDA – escuta apenas os sons graves que transmitem vibração (trovão, avião, helicóptero)

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POR QUE AS PESSOAS ACHAM QUE

TODO SURDO É MUDO?

� A falta de informações faz com que muitos acreditem que pessoas

surdas não possam falar; � São mudos quando por algum motivo orgânico ou emocional, sejam

impedidas de falar ou quando não aprendem a falar; � A pessoa que nasceu surda ou que ensurdeceu antes da aquisição da

linguagem, tem maior dificuldade de aprender a falar, precisa de ajuda. � Quem conhece um surdo, sabe de suas dificuldades para falar e

entender o que se fala. � Aprender a falar é um processo longo e difícil, mas não impossível.

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SURDO OU ENSURDECIDO?

� SURDO PRÉ-LINGUAL:- pessoa que nasce ou perde a audição antes

da aquisição da fala. � Não conhece a língua oral; � Apresenta dificuldades para comunicar-se; � A capacidade de leitura e escrita é muito prejudicada; � Prefere a língua de sinais; � Encontra grande dificuldade em oralizar.

� SURDO PÓS-LINGUAL:- (ensurdecido) pessoa que perde a audição

depois de adquirir a linguagem. � Se a perda auditiva ocorre quando a criança já aprendeu a falar, mas

não fixou suficientemente a língua oral, poderá perdê-la; � Se a perda auditiva ocorre após os 06/ 07 anos, a língua oral fica

preservada, desde que acompanhada pelo fonoaudiólogo e estimu-lada por todos que a rodeiam;

� Se a perda auditiva ocorre na idade adulta, a fala é pouco modifica-da, mas passa a depender de outras pessoas.

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COMO FALAR COM A PESSOA SURDA?

� Tocá-lo levemente de preferência no antebraço ou no braço, para cha-mar sua atenção antes de começar a falar. Caso esteja distante, acenar com as mãos ou apagar e acender a luz para chamar sua atenção, nunca puxá-lo pelo rosto;

� Falar sempre de frente ou levemente de lado, para que desperte o inte-resse nos movimentos dos lábios (Leitura Labial);

� Luz iluminando o rosto de quem fala; � Colocar-se no nível dos olhos da criança; � Não exagerar na articulação; � O objeto a ser trabalhado poderá ser colocado próximo ao rosto no

momento de nomeá-lo para que visualize a forma bucal, podendo afastá-lo em seguida;

� A linguagem deve ser filtrada, isto é, frases curtas, simples, mas com-pletas. Não pular nenhuma palavra. Falar corretamente;

� Falar sempre, mesmo que ela não dê nenhuma resposta; � Não excluí-lo das conversas, deixar que ele participe; � Incentivá-lo sempre a falar, pois não deve crescer MUDO. Devemos dar

a ele, a oportunidade de se integrar na sociedade.

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FONOAUDIÓLOGO

É o profissional, com graduação plena em Fonoaudiologia, que atua em pesquisa, prevenção, avaliação e terapia fonoaudiológicas nas áreas de comunicações oral e escrita, voz e audição, bem como o aperfeiçoamento dos padrões da fala e da voz.

OBJETIVO GERAL

Prestar atendimento fonoaudiológico, visando o desenvolvimento global e a integração da pessoa surda.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Preparar o indivíduo para uma comunicação. Facilitar a competência comunicativa nas modalidades oral e escrita, através da aquisição e desenvolvimento da língua.

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CONDIÇÕES NECESSÁRIAS PARA DAR INÍCIO A UM BOM ATENDIMENTO

� AUTO-AVALIAÇÃO DO PROFISSIONAL

� ESPAÇO FÍSICO APROPRIADO � Iluminação � Aparelhagem � Refrigeração � Acústica apropriada

� MATERIAL EMPREGADO � Espelho � Papel / caneta / lápis � Exercícios de sopro: bola (de sabão, de isopor, de soprar), pena,

apitos, língua de sogra, canudo, (chiclete) � Guia de língua (melhor dedo), luva,...

� ANAMNESE

� AVALIAÇÃO GLOBAL FEITA NO SURDO. � Caso necessário, encaminhar o surdo a médicos especializados.

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AUTO-AVALIAÇÃO DO PROFISSIONAL

� Ter certeza da escolha de trabalhar com o surdo.

VERIFICAR E CORRIGIR:

� Sua própria respiração; � Sua arcada dentária (diastemas, protusão, anodontia, mordida

aberta, mordida cruzada, etc.); � Prognatismo (queixada); � Postura de língua (hipotônica, projetada, etc.); � Freio de língua (língua presa); � Freio de lábios; � Articulação exagerada (lenta ou rápida); � Boca cerrada (pouco movimento nos lábios); � Tipo de voz (se é impostada ou não); � Etc.

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RELACIONAMENTO PROFISSIONAL

COM A PESSOA SURDA

� Para um bom relacionamento é necessário: � Respeitá-la; � Estimulá-la sempre através de elogios; � Ter tolerância; � Impor confiança e segurança; � Chamar sua atenção quando necessário; � Evitar comparações; � Não tratá-la com pena; � Quando a criança sente que o profissional gosta dela, esforça-se

para retribuir, sentindo-se motivada para freqüentar a escola e es-tudar.

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DIVISÃO DE FONOAUDIOLOGIA – DIFON/INES

� REUNIÃO COLETIVA COM OS PAIS

� ANAMNESE

� AVALIAÇÕES

� ATENDIMENTO AO SURDO � Fila de Espera: Avalia crianças surdas com múltiplas deficiências da

comunidade e encaminha a outras Instituições especializadas. � Estimulação precoce: (0 a 03 anos) duas vezes na semana – 30

minutos de duração � Terapias: duas vezes na semana de 30/45 minutos de duração.

� PROJETOS DE PESQUISA � PARTCIPAÇÕES:

� Congressos; � Assistências Técnicas; � Seminários; � Comissões de Publicação; � Capacitações Técnicas; � Etc...

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REUNIÃO COM OS PAIS

� Mostrar aos familiares, o que é feito com a criança, solicitando a participação dos mesmos em casa, dando continuidade ao trabalho desenvolvido.

� Orientar aos familiares: � A melhor posição para falar com seu filho: sempre de frente, com a luz

incidindo sobre o rosto; não exagerar na articulação; � Através do tato: fazer com que a criança perceba a vibração; � Leitura labial: é importante falar sempre, desde que se descobre que a

criança é surda, para despertar o interesse nos movimentos dos lábios; � Lembre-se de que o surdo não deve crescer mudo também.

� Ouvir seus depoimentos.

� Colocar-se sempre à disposição.

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AVALIAÇÃO GLOBAL DO SURDO

1. AUDIÇÃO: Observar a percepção e/ou discriminação de:

� Instrumentos musicais; � Sons ambientais; � Voz humana; � Ritmo.

2. AVALIAÇÃO FONÉTICA

3. RESPIRAÇÃO: Observar e anotar: � Tipo; � Capacidade.

4. LÍNGUA: Observar e anotar: � Postura; � Tamanho; � Inserção de freio; � Movimento; � Hábitos; � Paralisia; etc...

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5. LÁBIOS: Observar e anotar: � Postura; � Freio; � Hipotônico / Hipertônico; � Hipo / Hiperdesenvolvimento; � Fissura; � Movimentos.

6. ARCADA DENTÁRIA: Observar e anotar: � Normal; � Prejudicada; � Decídua (dente de leite); � Permanente; � Mista.

7. MANDÍBULA: Observar e anotar: � Normal; � Prognatismo;

� Atresia; � Movimento.

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8. PALATO: Observar e anotar: � Normal; � Atrésico; � Amplo; � Fissurado; � Ogival; � Movimento.

9. MOTRICIDADE FACIAL: Observar e anotar: � Fecha os olhos; � Infla as bochechas; � Sucção; � Paralisia; � Outros.

OUTRAS OBSERVAÇÕES:

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ATENDIMENTO AO SURDO

Prepara o surdo para a fala fazendo a instalação, a correção, fixação e automatização dos fonemas.

PLANO DE ATENDIMENTO � Conversação informal; � Exercícios Preparatórios para a Fala

∗ Exercícios de relaxação; ∗ Exercícios respiratórios; ∗ Exercícios orofaciais; ∗ Exercícios de voz (Impostação e projeção da voz); ∗ Exercícios de ritmo; ∗ Exercícios de leitura orofacial; ∗ Exercícios de estimulação auditiva;

� Ensino de articulação dos fonemas; - Leitura orofacial dos fonemas; - Habilitação auditiva dos fonemas já trabalhados.

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CONVERSAÇÃO INFORMAL

Como estimular o Surdo a falar?

Nas abordagens do dia-a-dia através de brincadeiras, desenhos, diálogos, leituras, passeios, etc., é possível explorar assuntos de interesse do indivíduo surdo, estimulando o ato de falar, de desenhar, de escrever e de ler.

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EXERCÍCIOS DE RELAXAMENTO

OBJETIVO: � Atuar sobre o tônus, proporcionando ao indivíduo melhores condições

para o controle da musculatura. � Adquirir padrões funcionais corretos. � Preparar para os exercícios fonoarticulatórios. � Diminuir a fadiga.

EXERCÍCIOS: � RELAXAMENTO TOTAL: pode ser realizado em posição deitado ou em

pé. Exemplos: - Espreguiçar: é um dos exercícios mais completos para toda a

musculatura do corpo - Bocejar: trabalha toda a musculatura do rosto - Corpo: bonequinho de pau; bonequinho de pano. Pedir para que a

criança faça igual: Contração: ficar durinho, lentamente, como se fosse um bonequinho de

pau. Descontração: ir ficando mole, até parecer um bonequinho de pano.

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� RELAXAMENTO ESPECÍFICO: - Pernas e pés: deitado ou sentado

Contrair ao máximo e relaxar vagarosamente. - Braços e mãos: deitado ou sentado

Contrair ao máximo e relaxar vagarosamente. - Pescoço: sentado ou em pé

Face descontraída, boca entreaberta, a cabeça pende para frente (três vezes). Voltar a posição normal.

Movimentar a cabeça virando o rosto à direita, voltar à linha média e virar para a esquerda (três vezes).

- Ombros: posição sentada ou em pé Contrair os dois ombros de uma só vez, relaxar. Depois alterná-los (três vezes). Virar a cabeça apoiando-a nos ombros e relaxar.

- Peito: sentado ou em pé Contraí-lo e depois relaxar.

- Abdômen: posição deitada, sentada ou em pé Contraí-lo e depois relaxar.

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- Face: sentada ou em pé Franzir a testa horizontalmente, fazendo rugas paralelas. Tomando consciência dessa tensão. Relaxar gradualmente. Fechar os olhos com força, durante poucos segundos. Abrir os olhos devagar para relaxar.

- Mandíbula: descerrar os dentes e os lábios, fazendo com que o queixo caia pesadamente. Permanecer algum tempo nesta posição.

Observação: O profissional deve sempre dar o modelo.

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EXERCÍCIOS RESPIRATÓRIOS

OBJETIVO � Consiste em dosar a saída e entrada de ar. � Instalar o mecanismo naso-bucal. � Aumentar e controlar a capacidade respiratória. � Instalar a respiração correta. � Controlar o rítmo respiratório.

EXERCÍCIOS ASSISTEMÁTICOS (de sopro) � Soprar bolas (de sabão, de isopor, de encher), vela, algodão, língua de

sogra, cata-vento, penas, apitos, Obs: Evitar que encha as bochechas ao soprar, pois acarretará dificuldades na fala.

EXERCÍCIOS SISTEMÁTICOS � Inspirar, manter o ar preso por alguns segundos e expirar pela boca. � Inspirar pela narina direita, pausa, expirar lentamente pela narina

esquerda (alternar as narinas). � Inspiração nasal lenta, pausa, expiração bucal em três jatos de ar.

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Observação: Os primeiros exercícios devem ser curtos, evitando a fadiga, podendo ser feitos de forma lúdica.

EXERCÍCIOS ESPECÍFICOS

� Inspirar e articular de maneira contínua as vogais. Primeiro sem som, depois com som / a o u e i /.

� Inspirar e articular interrompendo a cada emissão das vogais /a / /o/ /u/ /e/ /i/.

� Inspiração nasal profunda e rápida, expiração bucal lenta e suave (fonemas fricativos).

� Inspiração nasal profunda e rápida, expiração bucal rápida (fonemas explosivos).

� Inspiração nasal profunda e rápida, expiração nasal lenta (fonemas nasais).

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EXERCÍCIOS OROFACIAIS

OBJETIVO Preparar a musculatura dando maior flexibilidade, mobilidade e tônus aos órgãos que interferem na fonação, para melhor articulação dos fonemas.

Observação: O surdo, por não falar ou falar pouco necessita de um trabalho intenso, demorado e repetitivo.

EXERCÍCIOS DA MANDÍBULA: Auxiliam a articulação de todos os fonemas. � Morder garrote; � Chiclete; � Abrir a boca rápida e fechá-la devagar; � Mastigar de boca fechada (sem alimento); � Trincar e destrincar os dentes com a boca fechada.

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EXERCÍCIOS DE LÁBIOS: Auxiliam a articulação de todos os fonemas, principalmente os vocálicos, bilabiais e labiodentais. � Vibrar os lábios; � Roçar os lábios; � Projetar os lábios para dar um beijo com pressão; � Contrair e descontrair as comissuras labiais (i,u); � Sustentar com os lábios pedaços de papel, lápis...; � Tomar água num canudo, chupar pirulito. EXERCÍCIOS DE LÍNGUA: Auxiliam a articulação de todos os fonemas, principalmente os vocálicos, linguodentais, alveolares, palatais e velares. � Movimentar a língua para cima e para baixo, posicionando sua ponta no

alvéolo superior e inferior em marcha mais rápida que conseguir (fonema alveolar).

� Recuar a língua, o mais que puder e logo após projetá-la para sua parte exterior (fonemas velares).

� Vibrar a língua juntamente com os lábios e em seguida vibrar a ponta da língua, colocada no alvéolo superior (alveolar vibrante fraco).

� Deslizar a língua no palato (fonemas palatais). � Dobrar as bordas da língua para cima e para baixo.

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� Com um pirulito, pedir que a criança atinja-o com a língua. Colocar, então, fora da boca, à direita, à esquerda, acima e abaixo.

Observação: Não se deve fazer exercícios de estalar a língua para não criar maus hábitos.

EXERCÍCIOS DE PALATO: Auxiliam na articulação de todos os fonemas, principalmente os vocálicos, alveolares, palatais e velares. � Tossir; � Fazer gargarejo; � Bocejar bem lentamente; � Gargalhar.

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IMPOSTAÇÃO DE VOZ

Impostar é o ato de emitir corretamente a voz. É a emissão natural, sem esforço.

� EXERCÍCIOS PREPARATÓRIOS PARA IMPOSTAÇÃO DA VOZ: Fazer com que perceba através do tato, vibração e sopro. - Posição das mãos: uma permanece diante da boca, outra, ora no peito,

ora no pescoço, ora na bochecha, ora na asa do nariz.

� EXERCÍCIOS DE VOCALIZAÇÃO ORAIS Ex.: a a a - o o o

� EXERCÍCIOS DE VOCALIZAÇÃO NASAIS Ex.: ã ã ã - õ õ õ

� EXERCÍCIOS DE VOCALIZAÇÃO COMPLEXA Ex.: ao ao ao oa oa oa iu iu iu aou aoeu aeuoa

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� EXERCÍCIOS DE LALAÇÃO Ex.: papapa tatata vovovo papapa pato bobobo bola

Observação: Em alguns livros encontramos exercícios de vocalização de forma tradicional. Ex.:

a __________ a__________ o__________ u__________

Embora consiga com facilidade, posteriormente, devido ao ritmo lento e má respiração do surdo podem trazer dificuldades futuras. O surdo se condiciona e toda vez, ao falar ou ler a vogal, evoca prolongando, dificultando assim o entendimento do que é dito.

Ex.: pa__________ pa__________ i__________

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RITMO

� Está presente na natureza (nosso corpo, árvores balançando, voar dos

pássaros); � Nos acompanha em todas as ações que praticamos; � Cada pessoa possui ritmo próprio; � Auxilia para estabelecer noção de tempo, no processo de alfabetização,

na fala e na escrita.

Explicar ao surdo que há três tipos de ritmos na fala: � Ritmo lento (geralmente o do surdo); � Ritmo normal (do ouvinte); � Ritmo rápido (locutor em jogo de futebol, corrida de cavalo).

Demonstrar: Ex: Ritmo lento

jo________ão é__________ bo______ ni______ to

Observação: Quando o surdo acaba de falar, já esquecemos o que falou no início.

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EXERCÍCIOS: � Mostrar as velocidades de um ventilador; � Sentir o ritmo de sua respiração e circulação; � Andar, correr ou parar, de acordo com o ritmo do tambor; � Levantar cartelas de tamanhos diferentes, associando-as ao ritmo forte

ou fraco produzido por instrumentos de percussão.

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LEITURA OROFACIAL OU LABIAL

� Desenvolve o hábito de ler nos lábios e compreender uma mensagem

falada através dos olhos, substitui a audição pela visão. � Toma conhecimento do que se fala ao seu redor. � Facilita no desenvolvimento da linguagem oral e escrita. � Dá maiores condições de integrar o surdo à comunidade ouvinte. � Organiza o pensamento. � Mesmo o usuário de aparelho auditivo adequado faz sua complementação

auditiva através da leitura labial.

DADOS IMPORTANTES � Tocar no ombro ou acenar para que a pessoa surda saiba que está

falando com ela. � A face da pessoa que fala deve estar bem iluminada. � Falar sempre de frente para o surdo. � Observar a distância (de 1 à 4 metros); � Utilizar frases sempre que possível, pois uma palavra solta é mais difícil

de ser entendida pelo surdo. � Falar com o surdo normalmente sem exagerar na articulação.

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DIFICULDADES ENCONTRADAS NA LEITURA LABIAL � Iluminação inadequada; � Distância; � Posição de quem fala; � Deficiência visual; � Má articulação (exagero, lentidão, pouco ou muito movimento); � Fonemas invisíveis (k, g, r); � Fonemas semelhantes visualmente (p, b, m); (t,d,n); (f,v); � Arcada dentária de quem fala (diastemas, anodontia, protusão, mordida

aberta, mordida cruzada, etc.); � Postura de língua (hipotônica, projetada, etc.); � Uso de bigode e barba; � Uso de roupas coloridas e adornos; � Movimentos exagerados de cabeça, de mãos, de corpo; � Regionalismo; � Fadiga � Etc.

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EXERCÍCIOS DE LEITURA OROFACIAL

� Apresentar inicialmente três gravuras ou objetos ao surdo, nomear cada

uma delas e colocar sobre a mesa. O surdo faz a leitura labial e repete. O profissional fala o nome de uma das gravuras e pede que o aluno aponte em seguida. O indivíduo surdo deve repetir o exercício onde ele fala e a fono identifica a gravura.

� Pode-se fazer também com palavras escritas.

� Ditado por leitura labial (iniciam-se por palavras e depois frases já trabalhadas).

� Dar ordens por leitura labial: � Abra a porta. � Apague a luz. � Senta. � Levanta. � Pula, Etc...

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ARTICULAÇÃO DOS FONEMAS

Instalar, corrigir e fixar os pontos articulatórios dos fonemas.

MATERIAL EMPREGADO:

� Espelho; � Guias de língua (palito de picolé, dedo); � Tiras de papel.

TÉCNICA: � Tato (vibração e sopro)

ATUAÇÃO: � Mostrar ao surdo o ponto articulatório do fonema a ser trabalhado; � Através do tato, mostrar a vibração e a saída de ar; � Pedir que o aluno repita; � Usar recursos caso haja necessidade.

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O PONTO DE ARTICULAÇÃO

O obstáculo (total ou parcial) necessário à articulação das consoantes pode produzir-se em diversos lugares da cavidade bucal. Daí o conceito de ponto de articulação, segundo o qual as consoantes se classificam em:

� BILABIAL: formada pelo contato dos lábios - /p/ /b/ /m/.

� LABIODENTAL: formada pela constrição do ar entre o lábio inferior e os dentes incisivos superiores - /f/ /v/.

� LINGUODENTAL: formada pelo contato da ponta da língua com a face interna dos dentes superiores - /t/ /d/ /n/.

� ALVEOLAR: formadas pela aproximação da língua aos alvéolos superiores dos dentes, ou pelo encontro desses órgãos - /s/ /z/ /l/ /r/.

� PALATAL: formada pelo encontro do dorso da língua com o palato duro, ou céu da boca - /x/ /j/ /lh/ /nh/.

� VELAR: formada pelo encontro da parte posterior da língua com o palato mole, ou véu palatino - /k/ /g/ /rr/.

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Vogais

� Vogais orais: são 5 que foneticamente correspondem a 7, pois são se-te sons diferentes.

a o u e i

a ó ô u é ê i

� Vogais nasais: acompanhadas de ~ / m / n.

� Obs: Visualmente esta ordem das vogais, é percebida mais facil-mente pela abertura da boca.

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Vogais – Como instalar?

//aa//

•• bocaboca abertaaberta;;•• llíínguangua emem repousorepouso;;•• sasaíídada de de arar pelapela bocaboca;;•• sentirsentir a a vibravibraççãoão no no peitopeito..

//oo//

•• bocaboca abertaaberta;;•• lláábiosbios um um poucopouco projetadosprojetados e e arredondadosarredondados;;•• llíínguangua emem repousorepouso;;•• sasaíídada do do arar pelapela bocaboca;;•• sentirsentir a a vibravibraççãoão no no peitopeito..

/u//u/

•• bocaboca com com pequenapequena aberturaabertura, , formandoformando pequenopequenooriforifííciocio no no centrocentro dos dos lláábiosbios;;•• lláábiosbios bembem projetadosprojetados;;•• sasaíídada de de arar pelapela bocaboca;;•• sentirsentir a a vibravibraççãoão no no peitopeito..

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/e//e/

•• bocaboca abertaaberta;;•• llíínguangua com com poucapouca curvaturacurvatura, , lateraislaterais encostandoencostandonosnos molaresmolares superioressuperiores e a e a pontaponta dada llíínguangua atratráássdos dos dentesdentes incisivosincisivos inferioresinferiores;;•• sasaíídada de de arar pelapela bocaboca;;•• sentirsentir a a vibravibraççãoão no no peitopeito..

/i//i/

•• bocaboca emem forma de forma de sorrisosorriso;;•• llíínguangua nana mesmamesma posiposiççãoão queque o /e/;o /e/;•• sasaíídada de de arar pelapela bocaboca;;•• sentirsentir a a vibravibraççãoão emem baixobaixo do do queixoqueixo maismais paraparao o ladolado ((nãonão devemosdevemos colocarcolocar a a mãomão parapara sentirsentir a a vibravibraççãoão nana cabecabeççaa, , poispois a a vozvoz ficafica defeituosadefeituosa).).

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ORDEM FONÉTICA PARA TRABALHAR COM A PESSOA SURDA

a o u e i

pa po pu pe pi

ta to tu te ti

fa fo fu fe fi

va vo vu ve vi

ma mo mu me mi

la lo lu le li

da do du de di

sa so su se si

ce ci

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ssa sso ssu sse ssi

ça ço çu

ba bo bu be bi

ca co cu que qui

ka ko ku ke ki

za zo zu ze zi

na no nu ne ni

cha cho chu che chi

xa xo xu xe xi

ga go gu gue gui

ja jo ju je ji

ra ro ru re ri

rra rro rru rre rri

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nha nho nhu nhe nhi

lha lho lhu lhe lhi

pla plo plu ple pli

pra pro pru pre pri

fla flo flu fle fli

fra fro fro fru fri

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TRABALHANDO AS VOGAIS

VogaisVogais

A A -- aa

O O -- oo

U U -- uu

E E -- ee I I -- ii

Unindo as Vogais

a

o

ue

i

i

+

+

+

=

=

=

ai

oi

eu

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TRABALHANDO O FONEMA /P/

P - p

P

a = pao = pou = pue = pei = pi

Pa – Po – Pu – Pe – Pi

pa – po – pu – pe – pi

P

/P/

/P/

pia

pião

pipa

Piu piu

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/P/

papai

pão

pau

pião

piu piu

pipa

pia

pau

pão

LIGUE

pião piu piupipa

pia pau

pão

Palavras com p

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ColoqueColoque aa ouou oo

11-- ............ ppáá

22-- ...... p...... póó

33-- ............ ppéé

44-- ............ ppauau

55-- ............ ppaappaiai

66-- ............ ppiaia

77-- ............ ppiuiu ppiuiu

88-- ............ ppiippaa

99-- ............ ppãoão

1010-- ............ ppiãoião

aa aa

aa

oo

oo

oo

oo

oo

oo

oo

Frases:Frases:

-- A A ppáá e o e o ppóó..

-- A A e oe o ..

-- A A ppiippa e o a e o ppião.ião.

-- A e oA e o ..

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TRABALHANDO O FONEMA /T/

T - t

T

a = tao = tou = tue = tei = ti

Ta – To – Tu – Te – Ti

ta – to – tu – te – ti

T

Obs: Após trabalhar todas as palavras com o fonema /t/ acompanhadas de gravuras (tatu, teto, titia, titio, totó,...), unir ao fonema /p/ e trabalhar palavras somente com os dois fonemas /p/+/t/ (pato, pote, tapa, tipóia, tapete,...).

Em seguida seguir a ordem dos fonemas (/p/,/t/, /f/, /v/,....) trabalhando da mesma forma primeiro palavras e depois unir aos fonemas anteriores formando então as primeiras frases com os fonemas já instalados sempre acompanhados de gravuras para melhor fixação.

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TRABALHANDO TEXTOS

Em uma conversa informal fazer perguntas ao paciente solicitando respostas completas, depois de trabalhar bem o diálogo excluir as perguntas onde obteremos um texto.

DiDiáálogologo = 2 = 2 pessoaspessoas falandofalando..

Simone Simone perguntapergunta parapara ……………….. ..

S S -- QualQual éé o o seuseu nomenome??N N -- MeuMeu nomenome éé …………..

S S -- QuantosQuantos anosanos vocêvocê tem?tem?

N N -- EuEu tenhotenho 10 (10 (dezdez) ) anosanos. .

S S -- QualQual éé o o nomenome dada suasua mamãemamãe??N N -- O O nomenome dada mamãemamãe éé Maria.Maria.

S S -- QualQual éé o o nomenome do do papaipapai??

SimoneSimone Nome Nome

N N -- O O nomenome do do papaipapai éé Pedro.Pedro.

S S -- QualQual éé o o nomenome dada suasua irmãirmã??

N N -- O nome da minha irmã O nome da minha irmã éé......................................

Foto Foto dodo

alunoaluno

MeuMeu nomenome éé …………..

EuEu tenhotenho 10 (10 (dezdez) ) anosanos. .

O O nomenome dada mamãemamãe éé Maria.Maria.

O O nomenome do do papaipapai éé Pedro.Pedro.

O nome da minha irmã O nome da minha irmã éé ......................

Quem Quem éé você?você?

Foto Foto dodo

alunoaluno

Obs: Pode ser feito também com fotos, gravuras de locais, animais, etc...

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ORIENTAÇÕES AOS PROFESSORES

� Quando a criança encontra dificuldades no aprendizado, no

relacionamento com outras crianças, se isola,... o profissional deve ficar atento para uma possível perda auditiva, comunicando a família e solicitando um acompanhamento médico.

� Na Escola onde haja inclusão, apresentar a criança surda às outras crianças mostrando suas diferenças, para que haja respeito sem preconceitos. Colocá-la sentada próximo ao professor;

� Falar com a pessoa surda, sempre de frente ou levemente de lado, com a luz iluminando o rosto, sem exagerar na articulação;

� Os objetos das salas de aula devem ser nomeados para facilitar a compreensão e fixação dos mesmos;

� Pedir a pessoa surda que fale em todas as situações, deixando as correções a serem feitas por profissionais habilitados;

� Motivar a pessoa surda estimulando-a a participar das atividades.

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DICAS

∗ Quando descoberta a surdez, continuar falando com a pessoa surda, para que não perca atenção na expressão facial e desperte o interesse nos movimentos dos lábios;

∗ Falar sempre de frente ou levemente de lado com a pessoa surda; ∗ O rosto de quem fala deve estar a favor da luz; ∗ Distância ideal para se fazer a leitura labial é de 1,0m à 4,0m; ∗ Uma palavra solta é mais difícil de ser entendida, utilize frases sempre

que possível; ∗ Não exagerar na articulação ao falar com a pessoa surda; ∗ Falar sempre e fazê-la falar; ∗ Nomear todos os objetos da casa ou da escola; ∗ Estimular sempre através de elogios ...

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PAIS

Educar é tarefa importante e difícil e não há receita que ensine como se re-lacionar com um filho surdo. Porém, algumas atitudes apresentam resulta-dos positivos, quais sejam: � vê-lo como uma “criança normal”, que embora não ouça, necessita de

uma atenção particular; � acreditar na capacidade do filho surdo; � procurar facilitar a percepção e compreensão global das situações que

ocorrem no ambiente, mantendo-o informado do que está se passan-do;

� dar o exemplo é a forma mais segura para a criança surda entender as regras sociais, pois ela aprende com o que vê e não com o que ouve;

� contribuir sempre para aumentar a autonomia e a segurança do filho surdo a fim de que tenha mais facilidade para enfrentar o mundo com sua capacidade e seus recursos pessoais, porque não terá os pais por perto o tempo todo, disponíveis para resolver suas dificuldades;

� estabelecer limites e regras claras, objetivas, adequadas e dosadas.

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““AA oorraalliizzaaççããoo ppaarraa oo ssuurrddoo,, bbeemm ccoommoo

aa aapprreennddiizzaaggeemm ddee ssiinnaaiiss ppaarraa oo oouuvviinnttee qquuee ccoonnvviivvee ddiirreettaammeennttee ccoomm eellee,,

éé uummaa tteennttaattiivvaa ddee ssuuppeerraarr ooss lliimmiitteess ee

ttrraannssppoorr bbaarrrreeiirraass nnaa ccoommuunniiccaaççããoo””

Postado em 15 de abril de 2008 por Profª Cris Passinato

Fonte: Revista Sentidos

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SSIIMMOONNEE MMAARRIIAA CCOONNTTII QQUUEEVVEEDDOO

Fonoaudióloga / Psicóloga

ee--mmaaiill:: ssiimmoonneeccqq@@iinneess..ggoovv..bbrr ssiimmoonneeccqq@@ggmmaaiill..ccoomm TTeellss..:: ((2211)) 22228855 --77224477 // 22228855 --77669922 RR.. 115511 ((2211)) 99119922--11110011