aps ciclo vital

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UNIVERSIDADE PAULISTA Instituto de Ciências Humanas Curso de Psicologia ATTIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA: PSICOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO DO CICLO VITAL Gabrielly Cristinny Faria de Andrade – 617269-5 Eimy de Assis Batista – A685812

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UNIVERSIDADE PAULISTA Instituto de Cincias Humanas Curso de Psicologia

ATTIVIDADE PRTICA SUPERVISIONADA:pSICOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO DO CICLO VITAL

Gabrielly Cristinny Faria de Andrade 617269-5Eimy de Assis Batista A685812

Campus Flamboyant - Goinia- GoisMaio - 2015

UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTAInstituto de Cincias HumanasCurso de Psicologia

ATTIVIDADE PRTICA SUPERVISIONADA:pSICOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO DO CICLO VITAL

Atividade Prtica Supervisionada ancorada a disciplina Psicologia do Desenvolvimento do Ciclo Vital apresentado a Universidade Paulista como requisito parcial, sob a orientao da Profa. Me. Ins Campos.

Gabrielly Cristinny Faria de Andrade 617269-5

Campus Flamboyant GoiniaMaio - 2015

SUMRIO

INTRODUO

O Projeto Atividades Prticas Supervisionadas (APS) constitui-se em um meio ou instrumento para o aprimoramento da aprendizagem, via interdisciplinaridade integrao e relacionamento dos contedos de disciplinas que compem os semestres do curso e prxis integrao teoria e prtica por meio da aplicao do conhecimento adquirido em sala de aula realidade.O projeto de APS - Atividades Prticas Supervisionadas do 10 perodo/2015 foi ancorado disciplina de Psicologia do Desenvolvimento: Ciclo Vital.O tema do presente estudo, refere-se ao DESENVOLVIMENTO HUMANO CICLO VITAL, por meio de filmes selecionados pela Orientadora Me. Ins Campos. Este trabalho tem como objetivo proporcionar aos estudantes de Psicologia a apropriao de saberes inerentes tcnica da observao em diferentes faixas etrias do ciclo de desenvolvimento humano, trazendo maior compreenso sobre o processo de desenvolvimento humano do perodo pr-natal velhice, concebidos de forma integrada (fsico/motor, cognitivo, psicossocial) e dos processos de perdas, separaes, morte e luto, em diferentes contextos scio histricos e culturais.

Anlise do filme O Paizo (Fase 2 INFNCIA mudanas biolgicas, cognitivas e psicossociais)

A segunda infncia, uma fase mais saudvel e menos ameaadora da vida, compreende um perodo sensivelmente entre os 3 e os 6 anos, idade pr-escolar. Nesta fase, ocorre um desenvolvimento franco das capacidades motoras (grossas e finas), e das capacidades mentais (memria, inteligncia, linguagem e aprendizagem). (PAPALIA, 2000)Relativamente ao aspecto fsico, menos acelerado do que na primeira infncia. No obstante, o esqueleto da criana torna-se mais robusto, proporcionando-lhe maior resistncia ao meio, protegendo os rgos internos, funcionando ainda como uma forma de desenvolver as capacidades motoras da mesma. Pelo incio da segunda infncia a primeira dentio dever estar completa, permitindo criana mastigar/comer o que quiser; ao longo desta fase, a dentio definitiva tambm vai-se desenvolvendo.A evoluo das habilidades motoras, quer grossas, quer finas, notria, onde as crianas passam a correr mais, saltar mais longe, jogar bola, atar os cordes dos sapatos com laos, desenhar de forma mais elaborada no papel, abotoar uma camisa, comer com os prprios talheres, aprender a usar o sanitrio com mais independncia, bem como na higiene oral e no banho, entre outras tarefas. Tal facto deve-se ao desenvolvimento acentuado e maturao das reas sensoriais e motoras do crtex cerebral, o que permite uma maior e melhor coordenao do que as crianas querem e podem fazer. (PAPALIA, 2000)De acordo com Jean Piaget (1936), em relao ao desenvolvimento cognitivo, a criana encontra-se no estdio pr-operatrio. O estdio pr-operatrio ocorre no perodo entre 2 e 6 anos, caracterizado pela construo da inteligncia simblica ou representativa.De acordo com Rappaport (1981), a criana usa um objeto como se fosse outro (uma caixa de fsforos se transforma num carrinho para brincar), uma situao por outra (na brincadeira de casinha a criana estar representando situaes da vida diria) ou ainda a criana usa um objeto, pessoa ou situao por uma palavra. O pensamento da criana nesse perodo caracterizado pelo pensamento egocntrico. A criana pensa o mundo a partir de si mesma, utiliza a si mesma como referncia para pensar as situaes e/ou fatos, caracterizando o egocentrismo dessa fase (por exemplo, enquanto ela est andando as nuvens esto seguindo-a). Outra caracterstica o pensamento animista a criana atribui vida a seres inanimados. Um exemplo clssico quando a criana esbarra em um mvel cai e chora e a me bate no mvel; a criana para de chorar, sentindo-se vingada. Em relao linguagem observam-se dois tipos de comunicao oral: a linguagem socializada dilogo com inteno de comunicao; e a linguagem egocntrica aquela em que a criana conversa consigo mesma, pois no tem a funo de comunicao e sim de organizao do pensamento. Esse tipo de linguagem, chamado de monlogo coletivo observado em crianas que, embora estejam juntas conversando, no h continuidade nos dilogos a criana fala sozinha enquanto brinca, mesmo estando com outras crianas.Durante este perodo a criana passa a perceber as diferenas sexuais, os papis desempenhados por mulheres e homens na sua cultura (conflito edipiano para Freud) entendendo de forma diferente o mundo que a cerca. Se a sua curiosidade sexual e intelectual, natural, for reprimida e castigada poder desenvolver sentimento de culpa e diminuir sua iniciativa de explorar novas situaes ou de buscar novos conhecimentos.Para maior compreenso, podemos relacionar Julian (5 anos) do filme O Paizo com a as teorias psicolgicas. De acordo com Paplia (2000) encontra-se na Segunda Infncia, pois o perodo vai dos 3 aos 6 anos de idade.A cinematografia O Paizo, foi produzida no ano de 1999, que aborda a histria de Sony que no toma suas responsabilidades como um adulto. medida que seus amigos esto se casando, se d conta que se no fizesse nada, poderia ficar daquele jeito o resto de sua vida. Depois que sua namorada acaba com o relacionamento pela sua imaturidade, decide tomar uma atitude drstica: adotar Julian, um menino de 5 anos que havia sido deixado na porta de seu apartamento. O nico fato que impede ele de cuidar da criana que no tem nenhuma experincia com este, e resolve cri-lo de seu prprio modo.Como Julian j possui 5 anos, o mesmo assinala simultaneamente o termo e o incio de uma poca de desenvolvimento. J percorreu uma longa distncia na espiral ascendente do desenvolvimento, que ter de andar at se tornar adulto. No um produto acabado, mas j nos d sinais do homem ou da mulher que vir a ser. Julian apresenta seu corpo mais delgado. Suas habilidades motoras gerais (ampla), ou seja, fsicas, j so demonstradas: correndo, saltando, pulando em cima da bola, etc. Suas habilidades motoras finas comeam a aparecer, como por exemplo aprender com Sony a preparar o prprio cereal, sem deixar todo o leite cair, amarrar os sapatos, etc.No incio do filme, Julian demonstra que apesar de j possuir 5 anos de idade fez xixi na cama. Coury (2002) (citado por BOYD, 2011), coloca que muitos pais acreditam que a criana que no usa mais fraldas aps 2 ou 3 anos de idade seu treinamento higinico est completo, e nunca mais vo urinar a noite. Todavia a enurese noturna no considerada um problema significativo aos profissionais de sade, a no ser que persista aps os 6 anos de idade.Ao assistirem televiso Julian faz birra para fazer somente o que ele quer. Estdio compreendido por Wallon (2003) por personalismo. Ela ope-se ao outro na tentativa de construir a sua prpria identidade e reafirmar a sua individualidade.Durante o filme fica perceptvel a relao de intimidade de pai e filho. Julian passa a imitar o pai. Com o tempo vai formando conceitos de bem e mal, justia e injustia.Julian atravs do conto de fadas comeou a demonstrar seus sentimentos de medos ou insegurana e Sony por meio do mesmo conseguiu fazer com que Julian compreendesse que era algo bom para ele.Segundo Ressurreio (2007), a capacidade de simbolizar fundamental para a nossa natureza psquica e emocional, e um atributo desejvel para um desenvolvimento intelectual pleno, saudvel e criativo. A criatividade, a fantasia e a imaginao tornam o ser humano mais autnomo e independente (RADINO, 2003).Para Piaget (2002), o desenvolvimento cognitivo da criana ocorre por meio dos estgios sensrio-motor, pr-operatrio, operatrio concreto e operatrio formal. O estgio pr-operatrio denominado pelo autor como a fase em que surgem as condutas de representao ou manifestaes da funo simblica.A funo simblica consiste na capacidade que a criana adquire de diferenciar significantes e significados. Por meio de suas manifestaes, a criana torna-se capaz de representar um significado (objeto, acontecimento) atravs de um significante diferenciado e apropriado para essa representao (Piaget, 1975).Dessa forma, a criana de dois a sete anos, aproximadamente, passa a contar com a possibilidade de representar as aes, as situaes e os fatos da vida dela, ao manifest-las por meio da construo da imagem mental, imitao diferida, jogo simblico, linguagem e desenho (condutas de representao).Ao jogar simbolicamente ou imaginar e imitar, a criana cria um mundo em que no existem sanes, coaes, normas e regras, provenientes do mundo dos adultos, o que possibilita a ela transformar a realidade com o objetivo de atender as suas necessidades e desejos. Evidencia-se, assim, a importncia da funo simblica como um meio que permite criana expressar seus desejos, conflitos, etc. e adaptar-se gradativamente ao meio em que vive. Enquanto Sony no consegue colocar limite e ajudar Julian em seu desenvolvimento Afetivo Emocional, o mesmo exige que seus desejos sejam satisfeitos e quando contrariado, chora, esperneia ou grita. Segundo Paplia (2000) muitos dos conflitos que os pais tm com os filhos nesse perodo surgem porque os pais precisam colocar limites ao filho, no apenas pela prpria sobrevivncia, mas para ensin-lo a controlar seus impulsos.Julian comea a aprender a seguir regras (antes ele sempre ganhava no jogo por exemplo e depois aprendeu que nem sempre ele ganhava).Inicia na escola, aumentando seu maior desenvolvimento do vocabulrio, o que antes era centopenta virou centopeia. Tambm aumentando seu desenvolvimento social fazendo novas amizades.Pode-se observar no filme O Paizo que a partir do convvio entre Julian e Sony (referncia de pai que Julian passou a ter) houve maior desenvolvimento de ambas as partes.

Anlise do filme De repente 30 (Fase Puberdade e Adolescncia)

Algum tempo atrs, a adolescncia era vista somente como uma fase de espera para entrada no mundo adulto, em vrias culturas, a adolescncia recebida com ritos de passagem, e significam a fase em que o ser humano capaz de ter sua independncia, sua famlia e garantir sua forma de sobrevivncia. Atualmente a adolescncia nas sociedades modernas um perodo onde o ser humano se capacita por meio dos estudos e se prepara para futuramente entrar no mercado de trabalho, fazendo com que a sada de casa seja mais tardia quando comparado com as culturas indgenas, do meio rural ou com pouca instruo e acesso aos estudos. Segundo Griffa (2001), "Adolescncia" vem de adolescentia, que significa perodo de crescer, de desenvolver-se. Est implcito no significado que um perodo conflitivo ou de crise, um processo de mudana. Franoise Dolto (1990) descreve esse perodo como um purgatrio, similar ao sofrimento do parto, de um segundo nascimento psicolgico. O filme selecionado para representar essa fase foi o De repente 30, onde retrata a histria de uma garota descontente com a fase adolescente, enfrentando todos os conflitos referente a fase, faz um pedido, e se v dando um salto temporal para idade dos 30 anos, sendo assim, modificando apenas a idade cronolgica, as representaes cognitivas e comportamentos continuam semelhantes a fase da adolescncia. Para Moragas (1970) ser adolescente estar no mundo de outra maneira. A atitude do adolescente diante da famlia, do estudo, dos amigos diferente. A mudana da adolescncia pode ser lenta ou repentina, pode variar tanto no ritmo quanto na intensidade, embora exija seu prprio tempo para ser concluda de modo feliz. No filme, podemos notar essa perspectiva quando a atitude da adolescente se encaixar no mundo que aceito pelo grupo social em que deseja estar, das meninas populares, adotando posturas de acordo com o contexto social em que se encontrava em cada situao. No filme a personagem Jenna, quando d o salto temporal para a fase adulta, continua com a personalidade de adolescente, sendo assim, estranha as convivncias do mundo adulto, no tendo a maturidade suficiente para compreender certas regras sociais das quais ainda no tinha o conhecimento especifico sobre as mesmas. Os conflitos enfrentados pela personagem, baseia-se em falta de popularidade no meio escolar, mudanas corporais, desejo de aceitao do meio social das amizades que esto na mesma fase, o despertar do interesse pelo sexo oposto. Moragas (1970) afirma que a puberdade, entendida como uma mudana radical das estruturas bioqumicas e morfolgicas precedida, acompanhada ou seguida de um perodo adolescente. No filme podemos notar a base dessa afirmao quando percebemos as nuances das mudanas corporais na adolescente representada pela personagem, tais como uso de aparelhos dentrios, insatisfao ou estranheza com algumas partes do corpo, e o desejo de estar sendo bem aceita pelo sexo oposto. Freud (1856-1939) no se ocupou especialmente da adolescncia, qual considerava um perodo de recapitulao de reativao do complexo de dipo e de experincias anteriores, nas quais os resduos deveriam ter sido resolvidos. Na perspectiva freudiana, as transformaes somticas da puberdade constituem a origem das mudanas psicolgicas da adolescncia; h um aumento da presso pulsional que rompe o equilbrio do perodo de latncia. No filme podemos embasar essa teoria quando nota-se que a personagem passa por um perodo que as transformaes so repentinas e leva a uma pulso da personagem a desenvolver um desejo libidinal aos garotos que mais se destacam nos grupos que ela frequenta. Essas mudanas podem-se notar traos da infncia, do perodo do dipo quando a adolescente direciona seu desejo ao que foi vivenciado pelo dipo na fase anterior. Esse perodo podemos visualizar quando a personagem quando vivenciando j a fase adulta, apega-se ao amigo que era o suporte para ela na adolescncia, trazendo a tona a figura de proteo. Anna Freud (1895-1982) destaca que outro mecanismo de frequente utilizao contra as novas exigncias pulsionais o ascetismo. O adolescente "asctico" ope-se a qualquer tipo de prazer sexual, de gozo pulsional, para controlar na origem suas pulses e a conseqente descarga motora, evitando assim as dificuldades que essas lhe trariam. um meio extremo de conteno diante da "invaso" das tendncias impulsivas. Destacando uma parte do filme que condiz com essa afirmao, podemos apontar para a cena em que a personagem (com corpo de 30 anos), depara-se com um rapaz semi nu, e se sente constrangida com a situao e no consegue lidar com o contexto que se apresenta. Sendo assim a personagem desvia de todas as investidas do rapaz mostrando-se no confortvel na situao de manter um relacionamento ntimo com o mesmo. Para Arminda Aberastury (1992) o sinal caracterstico desse perodo a necessidade de entrar no mundo adulto. O crescimento corporal e o desenvolvimento dos rgos sexuais e da capacidade de reproduo so percebidos pelo adolescente como o surgimento de um novo papel, que modifica sua posio diante do mundo e compromete-o em todos os seus planos de convivncia. Quando focamos nesse ngulo de viso, podemos notar quando vemos a cena do filme em que a personagem se sente desconfortvel no seu corpo de 13 anos, desejando ter a idade de 30 anos para ter o corpo que acha favorvel e bonito, sendo assim, a mesma faz o uso de bolinhas de papeis para se assemelhar a seios grandes e arredondados. A personagem afirma que a idade do sucesso aos 30 anos, e diz a me que gostaria de ter essa idade para se sentir mais a vontade com seu prprio corpo. O adolescente vive a perda de seu corpo infantil com a transformao brusca que sofreu na puberdade, mas sem ter ainda uma personalidade adulta. A transformao do corpo coloca o adolescente diante da inevitabilidade das mudanas e da perda de sua condio de criana ("tenho de agir como um adulto, de acordo com meu corpo"). Deve abandonar tambm sua identidade e papis infantis. Com a aceitao de suas mudanas fsicas, comea a vivenciar novos papis e a buscar uma nova identidade. Passa a procurar um vnculo de maior autonomia em relao aos pais protetores da infncia, embora por momentos sinta nostalgia da dependncia infantil. Deseja, por exemplo, ser considerado adulto para ter mais liberdade, mas espera ser considerado criana diante de determinadas dificuldades ou responsabilidades. A personagem do filme se demonstra como satisfeita no corpo de 30 anos quando se refere aos aspectos fsicos comparados ao corpo de uma adolescente, porm, se tratando de aspectos cognitivos, ainda no demonstra maturidade para encarar a realidade do mundo adulto conforme ele se apresenta. Segundo Erik H. Erikson (1974) assim como para o beb fundamental o sentido de confiana, o sentimento de f no mundo que o cerca e cuida dele, pois s assim pode sobreviver e enfrentar as vicissitudes trazidas pelo desenvolvimento da personalidade infantil, no caso do adolescente o sentido de identidade que leva adoo de decises que lhe permitiro inserir- se no mundo adulto. Ao se deparar com a realidade do mundo adulto, a personagem demonstra vulnerabilidade com as escolhas que precisa fazer, no demonstra confiana no sentido profissional, e sendo assim procura o amigo de infncia para conseguir estabelecer confiana e entender com melhor clareza o contexto em que estava inserida. O risco especfico dessa etapa a confuso de papis. Se a identidade do ego no se estabelece de forma correta, o papel que o indivduo deve desempenhar na sociedade fica difuso ou confuso. A adolescncia, para Erikson, um perodo de moratria psicossocial durante a qual o indivduo pode preparar-se para a autonomia ao mesmo tempo que ainda recebe da famlia apoio, proteo e orientao, e menos exigido socialmente do que o adulto. Porm, um perodo de dependncia, na qual a pessoa ensaia modos de viver e de se relacionar com as demais, alm de testar suas capacidades e limites. A sexualidade modifica a esfera de interesses e amizades de jovens de ambos os sexos. Passam a gravitar no plano social; decidem, agora, pertencer ou no a um grupo, levando em conta o sexo de seus integrantes, se os membros so todos do mesmo sexo ou no, ou se lhe agrada a aparncia fsica dos membros do sexo oposto. Podemos observar que o comportamento da personagem se modifica de acordo com os interesses que a regem, que ela troca de amizades para satisfazer seus estmulos das companhias ideais, como smbolo de independncia e boa aceitao social de pessoas as quais ela admira. Erik H. Erikson13 denomina "integridade" a continuidade que o ser humano persegue durante todo seu ciclo vital. Para esse autor, o processo da identidade consiste em uma configurao gradual que integra as qualidades herdadas, as necessidades pulsionais, as habilidades e capacidades, as significaes representativas, as defesas e sublimaes eficazes e os papis consistentes que se estabelecem desde a infncia por meio de sucessivas snteses do ego. A identidade refere-se consistncia que caracteriza um indivduo, apesar das mudanas que ocorrem no tempo, medida que ele avana pelos diferentes papis que desempenha na vida. No decorrer do filme, podemos observar que a personagem tenta se estruturar como um adulto baseando-se nas relaes sociais em que se encontra, que apesar das modificaes, ela tenta se estruturar com base no que vai se tornando mais apropriado a sua identidade e personalidade. Theodore Lidz (1993) afirma, a esse respeito, que a formao da identidade implica no s estabelecer identificaes com pessoas, mas tambm com grupos, e exatamente na adolescncia que estas ltimas adquirem significado. Ao final do filme podemos destacar que a personagem passa por diversas modificaes que faz com que ela desenvolva uma maturidade mais adequada a sua estruturao de ego, realiza escolhas coerentes com sua realidade, satisfazendo mais caractersticas de sua personalidade e valorizando sua opinio, aps reconhecer que escolhas definem boa parte do futuro que ela iria enfrentar nas etapas seguintes da vida.

Anlise do filme Efeito Borboleta (Fase adulto jovem mudanas biolgicas, cognitivas e psicossociais)

A vida do jovem adulto no um tema muito abordado e aprofundado em maioria dos estudos j realizados, ainda hoje, as bases tericas so poucas para contemplar essa fase que vai dos 20 at uns 50 ou 60 anos dependendo da qualidade de vida que se leva. De acordo com REMPLEI, Heinz (1980) assinalado que na vida adulta jovem o impulso de impor-se aumentado, em especial no sexo masculino, que sente intensa necessidade de expandir-se. Assim, a pessoa nessa faixa etria deseja o xito e a ascenso social, com predomnio de uma atitude otimista. O indivduo preocupa-se em aproveitar as possibilidades de realizao pessoal Segundo GRIFFA (2001) uma etapa artificial de transio at o indivduo chegar autonomia e responsabilidade plena. Durante esse perodo, as estruturas intelectuais e morais atingem o auge diminuem as mudanas fisiolgicas, h estabilizao afetiva, ingresso na vida social plena, incio do trabalho e/ou dos estudos superiores; tambm freqente o incio da vida matrimonial. A pessoa atinge o auto-sustento social, psicolgico e econmico. A vida matrimonial e o trabalho so elementos bsicos para o amadurecimento da personalidade, e em muitos casos so adiados devido s exigncias e normas culturais contempo a etapa do encontro ou do conflito entre geraes, da continuidade ou descontinuidade entre as idades. o perodo em que as pessoas comeam a modelar seu projeto de vida, sua vocao. Embora ainda tenham de fazer importantes escolhas de vida, estas, diferentemente do que ocorre na adolescncia, so feitas j no decorrer de um caminho, e assim as pessoas colocam prova ou modificam seu plano de vida. Relacionando com essa fase, podemos citar o filme efeito borboleta, produzido no ano de 2004, que aborda a histria de um jovem interpretado pelo ator Ashton Kutcher, que vivencia a fase adulta atual com vrios conflitos originados na infncia, o qual tenta regredir de volta a essas atravs de memrias, onde o mesmo realiza escolhas diferentes das anteriores, gerando ainda mais conflitos na idade adulta. A histria inicia indicando a fase adulta do personagem Evan, e como forma de entender o problema enfrentado atualmente pelo jovem, o filme retorna a fase da infncia do mesmo, para explicar a origem dos conflitos de Evan. Na infncia, mostra o personagem como um garoto americano, de classe mdia, filho nico, morando somente com a me, e convivendo com crianas da vizinhana que estavam na mesma etapa de desenvolvimento que ele se encontrava. Apesar de jovem, Evan tem a suspeita de ser portador da doena hereditria do pai, que afeta o sistema neurolgico na parte relacionada as memrias, o garoto desde a infncia tinha um acompanhamento mdico pois as vezes passava por apages na memria. O que no decorrer do filme, no foi confirmada nenhuma anormalidade no desenvolvimento de Evan, sendo assim, teve o desenvolvimento fsico e psicomotor de forma satisfatria para cada fase da vida em que se encontrava. Com base na teoria de GRIFFA (2001), do ponto de vista fsico, a poca da plenitude, caracterizada pela juno de fora, energia e resistncia. Aos 25 anos, a maior parte das funes corporais est completamente desenvolvida. Tambm por volta dos 25 anos atinge-se a fora muscular mxima e, aos 20, a maior agudeza sensorial. Os homens atingem sua estatura mxima por volta dos 21 anos e as mulheres, por volta dos 18. As doenas so menos freqentes na juventude, que representa o grupo populacional mais saudvel, no qual os casos agudos predominam sobre os crnicos. Abordando sobre o desenvolvimento da transio dessas fases, o personagem Evan, ao entrar na fase jovem adulta, comea a se relacionar de forma mais sexual com a colega que cresceu na mesma vizinhana que ele, e que se encontrava mais ou menos na mesma fase que a garota, na parte em que o filme mostra o relacionamento na infncia dos dois, ocorre um tipo de erotizao por parte do pai da garota, que os incentiva a ter contatos ntimos quando ainda estavam na fase dos 7 anos de idade. Erik H. Erikson (1974) denomina "vida adulta jovem" as etapas que estamos considerando, cuja problemtica central a conquista da intimidade; caso esta fracasse, o indivduo cai no isolamento. Como as crianas personagens do filme, ainda no tinha o desenvolvimento maturacional adequado para um relacionamento mais ntimo, esse desvio ocorrido nessa fase, reflete na fase adulta como um conflito em ambos personagens, o que em algumas faces da histria resulta em crises de identidade e de medo na fase adulta quando o assunto vinha a tona. Falando de um ngulo do filme, em uma das cenas, mostra a vida sexual dos personagens desenvolvendo-se de forma adequada, na fase esperada para que essa maturao ocorra. Onde os dois jovens comeam a se relacionar de forma mais ntima quando inicia os estudos na faculdade. Com base na teoria de ERIKSON, Eric (1974), o adulto jovem j tem uma identidade pessoal definida e preparada para o vnculo de intimidade com os demais. Para Erikson, a intimidade supe "a capacidade de entregar-se a afiliaes e associaes concretas e de desenvolver a fora tica necessria para cumprir esses compromissos, mesmo quando eles podem exigir sacrifcios significativos. Na fase jovem adulto, podemos destacar no filme, a transio do jovem que sai da casa dos pais para conquistar o espao no mbito dos estudos, o personagem Evan, vai morar em uma repblica enquanto faz faculdade de psicologia, sendo assim, visitando a me esporadicamente. Podemos destacar essa etapa em uma das fases do jovem adulto descritas por Levinson (1977) que divide a juventude e a vida adulta jovem em trs estgios, a primeira dessas fases como a sada do lar (18 a 24 anos): passagem da vida pr-adulta para adulta. Maior independncia em relao aos pais, tanto econmica quanto psicolgica. Maior contato com instituies que do ao jovem um status "intermedirio" entre o que ele tem na famlia e o que ter na vida adulta (universidade, status de estudante; exrcito, status de soldado; empresa, status de estagirio). Podemos destacar as diversas escolhas que o personagem entra em conflito ao fazer, como uma forma de estruturar o ego no meio social em que se encontra, de forma que tenta entrar em harmonia essas escolhas com o destino dos amigos que conviviam com ele desde a infncia. Para Erickson (1974) O adulto jovem est capacitado para enfrentar os medos da perda do ego prprios de situaes que exigem o auto-abandono como movimento de xtase e a entrega, como, por exemplo, a solidariedade entre amigos, a unio sexual, a intimidade do casal. Os medos extremos de perda do ego em tais experincias levam ao isolamento, ao distanciamento interpessoal. Por fim, nas cenas finais do filme, podemos destacar o personagem que consegue a auto realizao na vida, pois estrutura-se de forma harmoniosa com seu ego, consegue se encontrar no meio das amizades de maneira que cada um siga seu caminho e encontre sua habilidade para satisfazer sua prpria vida sem que cada um dependa do outro para se estruturar socialmente depois que atinge a fase adulta. Fechando o ciclo dessa fase no filme como a etapa do encontro ou do conflito entre geraes, da continuidade ou descontinuidade entre as idades. o perodo em que as pessoas comeam a modelar seu projeto de vida, sua vocao. Embora ainda tenham de fazer importantes escolhas de vida, estas, diferentemente do que ocorre na adolescncia, so feitas j no decorrer de um caminho, e assim as pessoas colocam prova ou modificam seu plano de vida.

MORTE (texto com fundamentao terica)

De uma forma geral a Psicologia estuda interaes de organismos com seu ambiente, referindo-se em especial ao homem, mesmo que tenha que recorrer a estudos com outras espcies de animais para entend-lo. (Todorov 2007, Keller & Schoenfeld, 1966). Pode-se falar de interaes e estud-las durante qualquer fase da vida, desde o nascimento at a morte. E nesse processo evidente que os organismos interagem entre si e formam vnculos. Grandes exemplos so as relaes que so criadas e cultivadas entre pais e filhos, tios, irmos, amigos, padrinhos e madrinhas de qualquer natureza, companheiros de trabalho, escola ou faculdade, animais de estimao, primos, amigos e etc.. Havendo vnculo sanguneo ou no durante toda nossa vida criamos e cultivamos essas relaes, algumas mais fundamentais e duradouras, outras mais transitrios e nem por isso menos importantes. Contudo, naturalmente ou no, esses vnculos so rompidos em algum momento da vida por acontecimentos como a morte.A morte no faz parte do ciclo vital uma vez que ela interrompe o processo da vida, o ciclo da vida humana propriamente dito. Todavia, durante o ciclo vital h muitas vivncias de morte a partir de todas as perdas que ocorrem ao longo do desenvolvimento, desde o nascimento, seguido pela primeira, segunda, terceira infncia, adolescncia, vida jovem adulta, maturidade e velhice. Ela faz parte de um processo chamado Seleo Natural dentro da evoluo da espcie, ou como Skinner (1981) coloca Seleo pelas consequncias, quando observamos que uma espcie evoluiu, podemos concluir que ela passou por um processo chamado seleo natural. A vida e a morte coexistem no espao do corpo desde o nascimento. Morte e morrer so palavras que indivduos costumam evitar dizer e duas questes sobre as quais a maioria procura no pensar. Essa dificuldade de conviver e de trabalhar com a ideia da morte pode atrapalhar a sua elaborao e impede que se lide com tranquilidade com as perdas, que so naturais e ocorrem inevitavelmente ao longo da vida.A morte faz parte da vida e um ritual de passagem do qual no se pode esquivar, pois todo aquele que nasce um dia tambm morrer. Portanto, so recorrentes eventos relacionados a perdas, que podem envolver morte e o processo do luto.Combinato & Queiroz (2006) apontam que o ato de morrer, alm de um fenmeno biolgico natural, apresenta uma dimenso simblica, relacionada tanto psicologia como s cincias sociais. A morte apresenta-se como um fenmeno impregnado de valores e significados dependentes do contexto sociocultural e histrico em que se manifesta. Franco (2010) aponta que o luto pode ser entendido e trabalhado com base em mltiplas referncias, e que acima de tudo o luto parte necessariamente de um posicionamento diante da realidade, pois justamente desse fenmeno que se trata: formar e romper vnculos.Franco (2007) mostra que o processo de luto uma resposta natural e esperada aps uma perda importante, sendo ela decorrente de morte, afastamento, perda de capacidades fsicas ou psicolgicas, do ambiente conhecido que envolvem mudanas e exigem da pessoa uma reorganizao de diversos fatores na vida de uma pessoa.O fato do luto ser reao a uma modificao, geralmente ambiental, alude que ele um conjunto de respostas de interao com o meio. Portanto, trata-se de um conjunto de comportamentos, pblicos e privados, que envolvem a perda de diversas fontes de reforadores implicando no enfrentamento dos estmulos aversivos.O comportamento de enfrentamento morte determinado por diversos fatores, e como qualquer outro comportamento ele selecionado pelas suas consequncias (Skinner 2003/1953), e sofre muita influncia do nvel ontogentico (em relao ao repertrio que a pessoa possui para lidar com perdas e rompimento de vnculos) e do nvel cultural, em referncia como a comunidade em questo enxerga a questo da morte. Isso envolve muitos pontos de vista, crenas religiosas, sobre a finitude da vida e a existncia de diversos tipos de rituais.Kovcs (2008) aponta que a expresso do luto ter caractersticas peculiaridades de acordo com os ritos familiares e a cultura em questo. No h julgamentos em relao aos tipos de rituais, mas ressalta-se sua importncia, como estratgia que facilita a elaborao do luto. Essa questo demonstra a influncia do terceiro nvel de seleo, a cultura.

A Morte na viso das crianasDe acordo com Bowlby (1984), antes que algum possa compreender o impacto da perda e o comportamento humano a ela associado, deve-se compreender o significado do apego. De acordo com ele, o sentindo bsico do apego pode ser definido como o tom emocional entre as crianas e seus genitores e evidenciado quando o beb procura e se agarra pessoa que dele cuida e normalmente essa pessoa a me.Hoshino (2006) pontua que a perda desencadeadora do luto consiste em deixar de se ter o que tinha, na maioria das vezes, algum ou algo do ambiente a quem ou ao qual se tinha vnculo afetivo.Na primeira fase chamada pr-apego, que acontece do nascimento at 12 semanas, o beb se orienta por sua me, segue-a com os olhos. Na segunda fase, chamada de formao do apego de 12 semanas a 6 meses, o beb se apega a uma ou mais pessoas do ambiente. Na terceira fase, conhecida como formao do apego que dura de 6 a 24 meses, a criana chora muito e demonstra outros sinais de perturbao quando separada da figura de apego ou da me. J na quarta fase, que ocorre entre os 25 meses ou mais, a figura materna vista como independente, e inicia-se um relacionamento mais complexo entre a me e a criana.Conversar com as crianas sobre a morte, de uma maneira natural e sempre que aparecerem oportunidades para isso, saudvel e oportuno. E, quando morre algum na famlia, no se deve privar a criana de participar dos ritos fnebres, exceto quando a prpria criana se recusa a faz-lo. Mesmo nesses casos, reitera Assuno, deve-se conversar com ela, explicando-lhe o que aconteceu. Caso ela manifeste o desejo de participar, torna-se necessrio conduzi-la da maneira menos traumtica e mais natural possvel, no caminho entre a aproximao e a despedida.Segundo Papalia; Olds (2000) entre cinco e nove anos a morte percebida como irreversvel, mas no como algo natural e universal. Nesta idade, as crianas no conseguem imaginar que elas ou alguma pessoa conhecida possa morrer. A morte vista como algo distante, que s ocorre com os outros, a menos que haja uma perda de algum muito prximo. Somente entre nove e dez anos a morte passa a ser percebida como uma interrupo das atividades dentro do corpo, que faz parte da vida, que natural.Sendo assim, necessrio dizer a verdade para a criana, possa compreender e possa sentir-se apoiada em seu sofrimento, para que tambm possa reforar a confiana que ela tem nos adultos que a cercam. preciso sensibilidade para considerar os sentimentos da criana.

A Morte na viso do Adolescente - Jovem

Na perspectiva do desenvolvimento fisiolgico, Papalia e Olds (2000) definem adolescncia como um momento que se inicia por volta dos 12 anos, quando o indivduo atinge a puberdade, e finaliza prximo aos 20 anos.Segundo Bee (1997), o final da adolescncia ocorre por volta dos 20 anos, dando incio ao perodo compreendido como jovem adulto. Etapa essa descrita pela autora como o pice do desenvolvimento fsico e cognitivo. As expectativas prescritas para essa etapa giram em torno de definies profissionais, da conquista da autonomia e de relacionamentos mais estveis, no que diz respeito sexualidade e constituio da famlia (PAPALIA; OLDS, 2000; ERICKSON, 1976). Cabe ressalvar que essas expectativas demandam estabilidade e no consideram as descontinuidades que povoam a vida na contemporaneidade, entre elas, a morte.Domingos e Maluf (2003) consideram que a perda ocasionada pela morte da pessoa prxima, muitas vezes, provoca uma desorientao profunda na vida dos adolescentes. Sendo assim, dependendo do vnculo criado com o falecido e da prpria personalidade do jovem, podem ocorrer choque e desespero, fazendo com que este se sinta perdido. Alm disso, a perda de uma pessoa prxima pode gerar no adolescente a conscincia da prpria mortalidade, contrapondo-se com o sentimento de invulnerabilidade comum a este perodo da vida.Alm de ter que lidar com o pesar da perda, o adolescente ou o adulto jovem passa por rupturas, descaracterizando sua condio de filho e protegido para situ-lo no campo da orfandade. (PAPALIA; OLDS, 2000).

A Morte na viso do Adulto

escassa a literatura nacional e internacional abordando a concepo de morte na fase adulta, e os estudos com essa populao, geralmente, focalizam apenas as experincias de perdas e seus impactos (Burton, Haley, & Small, 2006; Gudmundsdottir, 2009; Gudmundsdottir & Chesla, 2006; Oliveira & Lopes, 2008).O adulto, tambm, pode passar por crises, como a chamada "crise da meia-idade", caracterizada por um perodo em que vai se conscientizando da prpria idade, medida que reconhece novas limitaes fsicas e riscos sua sade e vivencia perdas e importantes mudanas nos principais papis at ento desempenhados. Os adultos comeam a fazer um balano de suas vidas at aquele momento, e a morte deixa de ser to distante (Kovcs, 2002).

A Morte na viso da Maturidade (Idoso)

A etapa de desenvolvimento da velhice, ou terceira idade, inicia-se por volta dos 65 anos e estende-se at a morte. Nessa etapa, h maior acelerao no declnio de algumas funes, e o acometimento por doenas apresenta-se de maneira to prxima, que preocupaes com o adoecimento e consequentes limitaes tornam-se bastante frequentes para muitos idosos, mesmo que ainda tenham boa sade (Walsh, 1989/2001).Nessa fase talvez seja mais fcil aceitar a proximidade da morte, at por uma questo temporal, pois se encaminha para o trmino da vida, e porque trata-se de um perodo de muitas perdas: a perda da juventude, da capacidade fsica e diversos declnios comuns, na viso e audio por exemplo. Mas isso no quer dizer que no haja sofrimento ou que seja fcil aceitar a morte.A velhice, vista por muitos como o comeo do fim, aos olhos da pessoa idosa, de acordo com estudiosos do assunto, associa-se muito mais ao medo da dependncia do que da morte. necessrio considerar que a velhice expe as pessoas a muitas perdas, tanto sob o ponto de vista fsico quanto emocional e social. Nesta fase a f ou a devoo religiosa fortalece a aceitao da morte e um recurso amenizador da solido ou do sofrimento da perda.De acordo com Bee (1997) o que parece mais parece assustar os que ingressaram na maturidade so as incertezas relacionadas ao perodo que antecede a morte, como as dvidas quanto ao local em que iro residir no futuro, ou mesmo quem vai cuidar deles, se adoecerem.

ConclusoPelo exposto nas seguintes anlises, tivemos a oportunidade de conhecer cada etapa do ciclo vital de um ser humano e visualizar uma pequena demonstrao atravs de filmes que retratavam de forma esclarecida o que foi estudado nas teorias apresentadas no decorrer do semestre.A respeito da infncia, podemos considerar aspectos marcantes que vo servir de base para as fases posteriores da vida do indivduo, levando em considerao o desenvolvimento cognitivo, motor e afetivo que ser essencial para transio das prximas etapas no decorrer do desenvolvimento. Na adolescncia, podemos perceber uma maior abrangncia dos estudos a respeito dessa fase nas teorias mais atuais. Esse perodo possui uma importncia singular por estar envolvido em uma das fases crticas do ser humano, em que ele passa por diversas mudanas corporais e afetivas para entrada no mundo adulto. As mudanas comportamentais na adolescncia tambm so notveis, pois o inicio do interesse no meio sexual, o corpo passa por uma srie de mudanas hormonais que altera o modo de percepo social do individuo em relao ao despertar desse interesse. Abordando o perodo adulto, podemos destacar como uma fase que no ocorre mudanas to visveis na questo motora e biolgica, o foco mais centrado nos conflitos das geraes anteriores com a atual que o adulto se encontra. um momento que o adulto se encontra no seu contexto social e modela seus projetos de vida, carreira e relacionamentos, se mantendo mais estvel nas escolhas realizadas. Se tratando da velhice, uma fase mais complexa por se tratar de um perodo que o ser humano mais reflexivo, e sente a questo do tempo de forma mais retrospectiva. Pode ocasionar certos sentimentos de proximidade da morte ou tempo de vida acabado. A nostalgia dessa fase leva o individuo a narrar suas experincias com as pessoas mais novas de seu contexto, de forma a compartilhar sabedorias e vivncias que teve no decorrer da vida. Tambm pode surgir sentimentos de dever cumprido e sentimentos de dignidade perante a sociedade.Cada etapa do desenvolvimento parece apresentar peculiaridades quanto percepo e ao modo de lidar com a morte, bem como alguns elementos comuns que devem ser identificados e compreendidos. Com esse propsito, o presente trabalho buscou identificar as concepes de morte em cada etapa, de modo a ampliar a compreenso de como lidam com as perdas. A realizao dessas analises foi de suma importncia para abrangncia do conhecimento de cada fase do ciclo vital que o ser humano enfrenta no decorrer da vida, e como se desenrola as caractersticas de cada uma delas, sendo crucial para a integrao da identidade do individuo.

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