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Realização:
Parte 6: Qualidade do efluente
Paulo Gustavo de Almeida, Thiago Bressani Ribeiro, Bruno da Silva, Lariza Azevedo, Carlos Chernicharo
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto
Tópicos de interesse Nota Técnica correspondente
1. Tratamento preliminar,
bombeamento e distribuição
de vazão
Parte 2: Tratamento preliminar, bombeamento e
distribuição de vazão (BRESSANI-RIBEIRO et al.,
2018);
2. Gerenciamento de escuma Parte 3: Gerenciamento de lodo e escuma
(LOBATO et al., 2018); 3. Gerenciamento de lodo
4. Corrosão e emissões
odorantes
Parte 4: Controle de corrosão e emissões
odorantes (BRANDT et al., 2018);
5. Biogás e emissões fugitivas
de metano
Parte 5: Biogás e emissões fugitivas de metano
(POSSETTI et al., 2018);
6. Qualidade do efluente Parte 6: Qualidade do efluente (ALMEIDA et al.,
2018).
Figura 1 - Tópicos de interesse para o aprimoramento de reatores UASB
Tópicos de interesse
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto
Introdução
Perda de sólidos
Envio de lodo aeróbio para reatores UASB
Atendimento a padrões de lançamento
Deficiências em unidades de pós-
tratamento
Contextualização Parte 6
Qualidade do efluente
Conteúdo complementar
Parte 3: gerenciamento de lodo e escuma
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto
QUALIDADE do efluente
Controle da perda de sólidos
Introdução
Compatibilização da produção efetiva de lodo na ETE
Dimensionamento das unidades de gerenciamento da fase sólida
NT 3: Qual a produção efetiva de lodo tem sido considerada no dimensionamento da etapa de desaguamento, quando o envio do lodo aeróbio para reatores UASB é praticado?
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto
Introdução
0,10 - 0,20 kgSST/KgDQO aplicada
0,75-0,85 kgSST/KgDBO removida Crescimento do lodo
MISTO
Impacto mais provável: aumento da concentração de sólidos no efluente
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto
Introdução
IMPACTOS NEGATIVOS RESULTANTES NA ETAPA DE PÓS-TRATAMENTO (Sistemas compactos)
Filtros biológicos percoladores
Resistência à transferência de massa para o biofilme: perda de desempenho do processo biológico
Lodos ativados Redução do tempo de residência da biomassa aeróbia no tanque de aeração
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto
Introdução
0,0
2,5
5,0
7,5
10,0
12,5
15,0
0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60
Carga de sólidos (kg-SST/m³.d)
NO
3-N
(g-
N/m
³)
Escória Espuma Anéis plásticos
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto
Introdução
IMPACTOS NEGATIVOS RESULTANTES NA ETAPA DE PÓS-TRATAMENTO (Sistemas compactos: CASOS EXTREMOS)
Filtros biológicos percoladores
Colmatação do meio suporte
Lodos ativados (i) Elevação de cargas orgânicas
(ii) Requisitos de oxigênio (maior consumo de energia - aeração)
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto
Introdução
Outros fatores que afetam a qualidade do efluente (atendimento a padrões de qualidade)
Sobrecargas hidráulicas/picos de vazão:
Aporte de águas pluviais (infiltrações e/ou contribuições parasitárias)
Problemas operacionais em elevatórias
Remoção de nitrogênio, fósforo e surfactantes
Reatores UASB: fundamentalmente não concebidos para a remoção de nutrientes e surfactantes
Pós-tratamento: Deficiências e falhas operacionais podem resultar no não atendimento a padrões de qualidade
Problemas e possíveis aprimoramentos relacionados à perda de sólidos no efluente
anaeróbio
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto
Perda de sólidos com o efluente anaeróbio
Excesso de lodo no interior dos reatores UASB
Origem Problemas Possíveis aprimoramentos
• Baixa capacidade do sistema de desaguamento do lodo
• Falta de protocolos sistematizados de descarte do lodo (Parte 3)
Massa de lodo acima da recomendada
• Elevadas concentrações de sólidos no compartimento de digestão e no efluente anaeróbio
-8.0-7.0-6.0-5.0-4.0-3.0-2.0-1.00.01.02.03.04.05.06.07.08.09.0
10.0
UASB 01 UASB 02 UASB 03 UASB 04
mLS
Sed
/L
0200040006000800010000120001400016000180002000022000240002600028000
kgST
Massa ST recomendada
Sistematização operacional
• Controle simultâneo da fase líquida e sólida (utilização dos dados operacionais gerados)
• Definir o crescimento efetivo do lodo → compatibilização com o desaguamento
Projeto
• Previsão pontos de amostragem da fase sólida no compartimento de digestão
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto
Perda de sólidos com o efluente anaeróbio
-8.0-7.0-6.0-5.0-4.0-3.0-2.0-1.00.01.02.03.04.05.06.07.08.09.0
10.0
UASB 01 UASB 02 UASB 03 UASB 04
mLS
Sed
/L
0200040006000800010000120001400016000180002000022000240002600028000
kgST
Massa ST recomendada
0 1 2 3 4 5 6
0,5
1,0
1,5
2,0
Pont
os
de c
ole
ta (m
)
ST (%)
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto
Perda de sólidos com o efluente anaeróbio
Rotina inadequada de envio de lodo aeróbio
Origem Problemas Possíveis aprimoramentos
• Falta de protocolos sistematizados para o envio de lodo de unidades de pós-tratamento a reatores UASB
• Exemplo: Envio de lodo concentrado em períodos de elevada vazão afluente
• Passivo de lodo no sistema: elevação crescente e cíclica
Massa de lodo elevada no reator
UASB
Concentrações de SST no efluente
anaeróbio
Lodo no decantador secundário:
aumento ST (4%)
Projeto
• Definir o crescimento efetivo do lodo → compatibilização com o desaguamento
Sistematização operacional
• Fundo do reator UASB: Lodo mais concentrado
• Parte superior do compartimento de digestão: Baixas concentrações de lodo
• Decantadores secundários: lodo - ST ≈ 1,0%
0
20
40
60
80
100
120
140
01:00
03:00
05:00
07:00
09:00
11:00
13:00
15:00
17:00
19:00
21:00
23:00
Horario de coleta (h)
Vaz
ão a
flu
ente
(L/
s)
Sedimentabilidade do lodo aeróbio? Causa improvável
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto
Perda de sólidos com o efluente anaeróbio
Rotina inadequada de envio de lodo aeróbio
Origem Problemas Possíveis aprimoramentos
• Falta de protocolos sistematizados para o envio de lodo de unidades de pós-tratamento a reatores UASB
• Exemplo: Envio de lodo concentrado em períodos de elevada vazão afluente
• Passivo de lodo no sistema: elevação crescente e cíclica
Massa de lodo elevada no reator
UASB
Concentrações de SST no efluente
anaeróbio
Lodo no decantador secundário:
aumento ST (4%)
Projeto
• Definir o crescimento efetivo do lodo → compatibilização com o desaguamento
Sistematização operacional
• Fundo do reator UASB: Lodo mais concentrado
• Parte superior do compartimento de digestão: Baixas concentrações de lodo
• Decantadores secundários: lodo - ST ≈ 1,0%
0
20
40
60
80
100
120
140
01:00
03:00
05:00
07:00
09:00
11:00
13:00
15:00
17:00
19:00
21:00
23:00
Horario de coleta (h)
Vaz
ão a
flu
ente
(L/
s)
Sedimentabilidade do lodo aeróbio? Causa improvável
0 1 2 3 4 5 6
0.50
1.00
1.50
2.00
Po
nto
s d
e co
leta
(m
)
ST (%) - Com retorno
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto
Perda de sólidos com o efluente anaeróbio
0 1 2 3 4 5 6
0,5
1,0
1,5
2,0
Po
nto
s d
e co
leta
(m
)
ST (%)
0 1 2 3 4 5 6
0,5
1,0
1,5
2,0
Pont
os
de c
ole
ta (m
)
ST (%)
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto
Perda de sólidos com o efluente anaeróbio
Fuga de gases do interior do separador trifásico
Origem Problemas Possíveis aprimoramentos
• Falta da remoção sistemática, espessamento e solidificação da camada de escuma
• Bloqueio integral da interface de liberação dos gases no compartimento de biogás
• Redução da capacidade de sedimentação de sólidos no reator UASB
• Manutenção sistemática da frequência de descarte de escuma (1 x semana): garantir a fluidez na interface líquido-canaleta de coleta
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto
Perda de sólidos com o efluente anaeróbio
Acúmulo de escuma no compartimento de decantação de reatores UASB
Origem Problemas Possíveis aprimoramentos
• Desnivelamento de vertedores instalados nas canaletas de saída do efluente anaeróbio
• Acúmulo progressivo de escuma em zonas de menor vazão pelos vertedores
• Elevação das concentrações de sólidos no efluente anaeróbio
• Nivelamento de canaletas: observação de vazões irregulares em vertedores
• Verificar distribuição de vazões entre reatores
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto
Perda de sólidos com o efluente anaeróbio
Sobrecargas hidráulicas e picos excessivos de vazão
Origem Problemas Possíveis aprimoramentos
• Intrusão excessiva de águas pluviais ao sistema de tratamento
• Vazões de bombeamento incompatíveis com vazões médias e máximas previstas em projeto
• Expansão excessiva da manta de lodo por elevação de velocidades ascensionais
• Comprometimento da capacidade de sedimentação de sólidos no reator UASB
• Utilização de bombas com variadores de velocidade
• Implantação de extravasores
Problemas e possíveis aprimoramentos relacionados ao atendimento a
padrões de lançamento
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto
Reatores UASB: atendimento a padrões de lançamento
• Limites de lançamento para concentrações de matéria orgânica
Legislações brasileiras
Importante papel na redução de cargas orgânicas provenientes do esgoto
Tratamento anaeróbio
Limitações atendimento aos requisitos de lançamento em corpos receptores
CONAMA 430/2011 COPAM/CERH-MG nº 01/2008
• Nitrogênio total, fósforo e surfactantes: limites estabelecidos para casos específicos (ex. lançamento de efluentes e ambientes lênticos)
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto
Reatores UASB: atendimento a padrões de lançamento
Remoção de matéria orgânica
Origem
• Inadequações de projeto, construção e operação
Problemas
• Piora da qualidade do efluente em função da perda de sólidos com o efluente
• Remoção complementar de matéria orgânica em FBPs de alta carga (eficiência global de remoção de MO >85%)
Possíveis aprimoramentos
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto
Reatores UASB: atendimento a padrões de lançamento
Origem
• Limitação inerente ao processo de digestão anaeróbia
Problemas
• As transformações de compostos nitrogenados não resultam em remoção de N-amoniacal ou nitrogênio
• Pós-tratamento em FBPs de baixa carga (<0,24kgDBO.m-
³.d-¹)
Possíveis aprimoramentos
• Alternativa: adoção de FBPs com meio suporte baseado em espuma de poliuretano
Remoção de compostos nitrogenados
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto
Reatores UASB: atendimento a padrões de lançamento
Remoção de compostos nitrogenados
Origem Problemas Possíveis aprimoramentos
• Utilização de sistemas de pós-tratamento associados à aplicação no solo:
Fertirrigação e/ou recarga de aquíferos
• Limitação inerente ao processo de digestão anaeróbia
• As transformações de compostos nitrogenados não resultam em remoção de N-amoniacal ou nitrogênio
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto
Reatores UASB: atendimento a padrões de lançamento
Remoção de surfactantes
Origem Problemas
• Formação de espuma ao longo do processo de tratamento ou no ponto de lançamento do efluente no corpo receptor
• Adoção de uma tecnologia de pós-tratamento aeróbia (degradação LAS > 99%)
Possíveis aprimoramentos
• Lançamento submerso do efluente, objetivando reduzir condições turbulentas precursoras da formação de espuma
• Presença de substâncias tensoativas ou surfactantes em produtos de limpeza e higiene pessoal
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto
Reatores UASB: atendimento a padrões de lançamento
Origem
• Limitação inerente ao processo de digestão anaeróbia
Problemas
• Adoção de uma tecnologia de pós-tratamento de efluentes de reatores UASB visando à remoção de fósforo, destacam-se os físico-químicos
Possíveis aprimoramentos
Desafios inerentes à remoção biológica de fósforo em efluentes de reatores UASB:
• Relação P/DQO superior aos valores desejados para desempenhos elevados
• Liberação de fósforo sob condições anaeróbias (encaminhamento de lodo para adensamento e digestão)
• A remoção de fósforo em reatores anaeróbios é bastante restrita
Remoção de fósforo
Problemas e possíveis aprimoramentos em unidades de pós-tratamento
(Filtros Biológicos Percoladores)
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto
Deficiências da unidade de pós-tratamento
Distribuição do efluente
Origem Problemas Possíveis aprimoramentos
• Molhamento não equânime do meio suporte
• Parte do FBP alimentado com maiores cargas orgânicas (fração particulada)
• Colmatações e empoçamentos
Paralisação de distribuidores
Má distribuição e obstrução de orifícios
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto
Deficiências da unidade de pós-tratamento
Distribuição do efluente
Origem Problemas Possíveis aprimoramentos
• Molhamento não equânime do meio suporte
• Parte do FBP alimentado com maiores cargas orgânicas (fração particulada)
• Colmatações e empoçamentos
Paralisação de distribuidores
Má distribuição e obstrução de orifícios
Medida corretiva
• Reposicionamento de orifícios
Projeto e operação
• Observar condições de eficiência de molhamento → Manter taxas de aplicação superficiais conforme projeto
• Uso de recirculação do efluente final ou sistemas motorizados
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto
Granulometria (meio suporte: leito de pedras)
Origem Problemas Possíveis aprimoramentos
• Desafios no controle de qualidade: granulometria recomendada (50-100 mm diâmetro)
• Presença de materiais finos
• Redução do índice de vazios: colmatação do leito
• Caminhos preferenciais
• Limitações para a aeração do leito
Deficiências da unidade de pós-tratamento
• Rigor no recebimento e na classificação do material em campo
• Colocação do material no tanque, evitando a fragmentação dos elementos de pedra
Possíveis aprimoramentos
Materiais de enchimento sintéticos
(meios plásticos; espuma)
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto
Granulometria (meio suporte: leito de pedras)
Deficiências da unidade de pós-tratamento
0102030405060708090
100
< 30 mm Entre 30 e 50 mm > 50 mm
Perc
en
tual
(%)
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto
Escolha do meio suporte e desempenho
Origem Problemas Possíveis aprimoramentos
• Maior área superficial específica → maior desempenho
Meios suportes com área específica elevada
• Obtenção de desempenho abaixo do esperado para remoção de matéria orgânica e N-amoniacal
Deficiências da unidade de pós-tratamento
• Não observação do molhamento efetivo do meio suporte
• Cargas orgânicas aplicadas em incompatibilidade com os requisitos associados ao meio suporte
Projeto
• Condições operacionais compatíveis com o que se requer para cada meio suporte
Operação
• Uso de taxas de aplicação compatíveis com o meio suporte
Agradecimentos
Obrigado pela participação!