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A Geologia é a ciência que estuda o Planeta Terra nas múltiplas interacções entre os diferentes sistemas terrestres, agregando diversas áreas de especialização que se afiguram essenciais a um número crescente de actividades relevantes em qualquer modelo de desenvolvimento sustentável da sociedade.
Bacias Hidrogáficas
O aumento da população no nosso planeta tem determinado uma série de desequilíbrios entre a Terra e o Homem, tais como:
Desflorestação; Exploração exaustiva dos solos; Ocupação excessiva de zonas litorais e de zonas de
leito de cheias dos rios; Impermeabilização dos solos; a necessidade de mais recursos energéticos,
nomeadamente de combustíveis fósseis; a exploração desenfreada de recursos minerais; a aceleração das mudanças climáticas a nível global.
A crescente pressão exercida pelo Homem sobre os diferentes subsistemas terrestres - Geosfera, Hidrosfera, Atmosfera e Biosfera.
Bacias Hidrogáficas
A expressão riscos geológicos remete- nos, frequentemente, para a actividade sísmica e vulcânica mas…
Bacias Hidrogáficas
Risco geológico bacias hidrográficas:
• erosão fluvial
• cheias
• exploração de inertes
Bacias Hidrogáficas
zonas costeiras
A ocupação pelo Homem é razão para tentar prevenir.
zonas de vertente:
Bacias Hidrogáficas
Leito normal
O leito de um rio pode ser rochoso, ou constituído por areias e cascalhos ou por acumulação de lodos. Quando os rios são suficientemente largos podem formar-se ilhas que podem ser cultiváveis. A faixa de terreno contíguo ao leito ou sobranceiro à linha que limita o leito das águas designa-se margem.
10 Bacias hidrográficas
O estudo geológico de um rio implica, para além da composição e tipo de carga sedimentar, a elaboração de perfis topográficos. Estes podem ser longitudinais, quando traçados ao longo do percurso do rio, ou transversais, quando são traçados transversalmente ao percurso do rio.
A partir dos perfis poderá obter-se informações sobre a história geomorfológica, a dinâmica e as influências climáticas num determinado local de um rio.
Bacias hidrográficas
Uma rede hidrográfica é formada pelo rio principal e pelos rios, ribeiros e riachos tributários (afluentes e subafluentes).
Bacias hidrográficas
A área drenada por um rio e pelos seus tributários designa- se bacia hidrográfica.
Bacias hidrográficas
Factores que intervêm na acção de um rio
• Declive • Área de secção do leito • Velocidade média da água • Débito/caudal
Bacias hidrográficas
Características das Bacias Hidrográficas determinantes do comportamento dos cursos de água
Relevo
Natureza e estrutura das rochas
Clima da região
Cobertura vegetal
Acção antrópica
Bacias hidrográficas
A actividade geológica de um rio, desde a nascente até à foz, pode ser resumida a três processos:
• erosão, • transporte • deposição
Bacias hidrográficas
Durante o transporte, a corrente de água carrega os detritos rochosos erodidos, isto é, a sua carga. Esta carga é constituída por:
• materiais dissolvidos, • materiais em suspensão e • materiais que se deslocam por tracção sobre o fundo.
Designa-se por Carga sólida de um curso de água o conjunto de fragmentos sólidos por ele transportados.
Bacias Hidrogáficas
Quando a capacidade de transporte de um rio diminui, os materiais tendem a depositar-se, provisória ou definitivamente, em determinados locais, como, por exemplo, nos terraços fluviais, estuários ou deltas.
Bacias Hidrogáficas
Variação da dimensão e morfologia dos sedimentos sólidos em função do grau de transporte
Bacias Hidrogáficas
Factores que podem contribuir para o desequilíbrio das bacias hidrográficas:
• Cheias
• Construção de barragens
• Extracção de inertes
• Construção em leito de cheia
Bacias Hidrogáficas
As cheias
• Precipitação; • Fusão de grandes massas de gelo.
• ruptura de barragens ou de diques. O excesso de água faz aumentar o caudal dos cursos, ocorrendo o extravasamento do leito normal e a inundação das áreas circunvizinhas.
Bacias Hidrogáficas
Contudo, quando as cheias assumem grandes dimensões, podem provocar muitos prejuízos, nomeadamente:
• o isolamento, a evacuação e o desalojamento de populações;
• a destruição de propriedades e explorações agrícolas;
• a submersão e/ou os danos em vias de comunicação;
• a interrupção no fornecimento de electricidade, água, gás e telefone;
• as alterações no meio ambiente.
30 Bacias Hidrogáficas
Medidas a médio e a longo prazo de modo a prevenir e controlar os possíveis danos de uma cheia:
• ordenar e controlar as acções humanas nos leitos de cheia
• implementar medidas que impeçam a construção e a urbanização em potenciais zonas de cheia
• construir sistemas integrados de regularização dos cursos de água
Bacias Hidrogáficas
A construção de barragens
Uma grande quantidade dos sedimentos que se deposita no litoral é de origem fluvial. As barragens servem de barreiras artificiais ao trânsito de sedimentos, com a consequente acumulação destes a montante e a diminuição da sedimentação a jusante.
Bacias Hidrogáficas
Tragédia de Ribadelago
Construída entre 1954 e 1956, a barragem de Vega de Tera, com 200 metros de comprimento e 33 de altura. em 1959, fortes chuvas e temperaturas extremas (-18 °C) abateram-se sobre a Serra de Peña Trevinca. Estas condições, aliadas à muita água acumulada na albufeira da barragem, levaram a que uma brecha de 70 metros de comprimento e 30 de altura se abrisse, deixando que uma torrente de 8 mil milhões de litros de água se abatessem pelo desfiladeiro do rio Tera. Os oito quilómetros do desfiladeiro foram ultrapassados pela água, lama, rochas e árvores da torrente em 20 minutos.
Bacias Hidrogáficas
A aldeia de Ribadelago foi apanhada desprevenida, resultando da imensa torrente a destruição de 145 das 170 habitações que existiam, e a morte de 144 habitantes que não conseguiram refugiar-se em pontos altos. A corrente chegou a atingir nove metros de altura. Apenas 28 corpos foram resgatados; os restantes desapareceram para sempre no fundo do Lago de Sanábria, onde a imensa torrente desembocou logo a seguir à destruição de Ribadelago. A aldeia foi reconstruída, sendo hoje bem visíveis testemunhos da noite fatídica: ruínas de casas e da igreja matriz, a par da estrutura da barragem, a montante, no silêncio da serra.
Bacias Hidrogáficas
A extracção de inertes
Esta actividade, se não for rigorosamente regularizada e fiscalizada, pode ser geradora de sérios prejuízos:
• alterações nas correntes e no equilíbrio do rio
• redução na quantidade de sedimentos que chegam à foz de um rio
• alteração da estabilidade das fundações de obras de engenharia (pontes, marinas, ancoradouros, etc.)
• redução da fertilidade de algumas espécies de peixes nos estuários fluviais
• modificações irreversíveis a nível dos ecossistemas
40 Bacias Hidrogáficas
A extracção de inertes pode mesmo conduzir à perda de vidas humanas. Parece ser o caso da queda da ponte Hintze-Ribeiro, em Castelo de Paiva, no dia 4 de Março de 2001.
No início de Fevereiro de 2004, os peritos encarregues pelo tribunal de Castelo de Paiva de estudar as causas da queda da ponte admitiram que as causas responsáveis pelo rebaixamento do leito do rio Douro se deveram à extracção de inertes e à erosão fluvial associada à sucessão de cheias ocorridas na região nesse ano. Para alguns investigadores, a exploração de inertes naquela zona parece ter favorecido a erosão na base de um dos pilares que assentava no leito do rio Douro e que sustentava o tabuleiro da Ponte.
Bacias Hidrogáficas
Planos de Bacia Hidrográfica
Os Planos de Bacia Hidrográfica constituem instrumentos de gestão equilibrada, planificação, valorização e protecção das bacias hidrográficas em Portugal. Estes planos, podem ajudar a seleccionar e a prevenir alguns dos problemas referidos anteriormente. Actualmente, estão definidos quatro planos de bacias hidrográficas internacionais (Minho, Douro, Tejo e Guadiana) e onze planos de bacias hidrográficas nacionais (Ave, Cávado, Leça, Lima, Lis, Mira, Mondego, Ribeiras do Algarve, Ribeiras do Oeste, Sado e Vouga).
Bacias Hidrogáficas
Os Planos de Bacia Hidrográfica permitem avaliar e, se necessário, intervir em alguns aspectos:
• captações de água e rejeições de águas residuais; • armazenamento de água em albufeiras e transferências de
água dentro de uma mesma bacia hidrográfica ou entre bacia hidrográficas;
• intervenções na rede hidrográfica e na ocupação do solo das bacias hidrográficas;
• análise da ocorrência de fenómenos extremos, designadamente cheias e secas;
• distribuição dos recursos hídricos e avaliação da qualidade da água;
• conservação da natureza e dos recursos naturais, incluindo os valores patrimoniais naturais e construídos e os valores paisagísticos relevantes.
s
Bacias Hidrogáficas
Prevenção de Cheias
• Elaboração de cartas de vulnerabilidade e de risco
• Correcta ocupação do Território
• Previsão e medição da precipitação e dos caudais
• Limpeza dos canais e manutenção das secções de escoamento
• Manutenção de estruturas protectivas (como os diques naturais e artificiais)
• Vigilância de infra-estruturas existentes no sistema fluvial (barragens, etc.)
• Informação à população
Bacias Hidrogáficas
Zonas costeiras
A ocupação antrópica levou a grandes alterações paisagísticas, o que tem levado à deterioração ambiental.
Zonas costeiras
Plataforma de abrasão
Região que corresponde à superfície litoral aplanada pela acção conjunta do ataque directo das ondas do mar na base das arribas.
Zonas costeiras
Plataforma de abrasão com “marmitas de gigante” em Olhos de Água.
Estrutura Geológica
Zonas costeiras
A estrutura geológica (orientação dos planos de estratificação) favorece a instabilidade da arriba.
São Pedro de Moel
Causas da erosão costeira
Zonas costeiras
Subida do nível do mar
Retenção de sedimentos nas
bacias hidrográficas
Global Pontual
Causas da erosão costeira
Causas antrópicas
• Ocupação da faixa litoral com construções. • Diminuição da quantidade de sedimentos. • Destruição de defesas naturais.
Zonas costeiras
Medidas de prevenção
• Obras de engenharia • Retirada estratégica • Estabilização de arribas • Alimentação artificial das praias com inertes • Recuperação das dunas
Zonas costeiras
Paredões / enrocamentos
• Estruturas longitudinais, desenvolvendo-se ao longo da praia.
Zonas costeiras
Quebra-mares
• Estruturas longitudinais destacadas, geralmente paralelas à linha de costa.
Zonas costeiras
É uma solução localmente eficaz, mas que causa
distúrbios na dinâmica litoral a nível regional.
Para além de ser uma solução muito dispendiosa, ela própria pode ser uma causa para o aumento da erosão litoral.
Retirada estratégica
• Desocupar a faixa costeira que previsivelmente virá a ser perturbada nas próximas décadas, transferindo para local seguro as construções mais importantes e destruindo as menos importantes.
• Do ponto de vista ambiental é, talvez, a solução mais
correcta, pois deixa a Natureza funcionar naturalmente.
Zonas costeiras
Zonas de vertente
Zonas de vertente
• As alterações nestas zonas são devidas à:
• Erosão hídrica; • Movimentos de massa.
Movimentos de massa
• Os movimentos de massa, são processos gravitacionais e de transporte de matéria sólida. Dão-se pela combinação da força da gravidade com a água, o vento, o gelo e os organismos, desagregando e removendo partículas do solo ou de fragmentos de rochas.
Zonas de vertente
Causas
Zonas de vertente
Factores condicionantes são as condições, mais ou menos permanentes, que podem influenciar os movimentos de terrenos, retardando ou acelerando a sua ocorrência:
• Contextos geológicos: • Características morfológicas das rochas; • A disposição do terreno em particular a orientação
e inclinação das camadas ou clivagem xistenta; • O grau de alteração e de fracturação dos materiais
rochosos; • Contextos geomorfológicos:
• Declive (força da gravidade).
Causas
Zonas de vertente
Factores desencadeantes resultam de alterações que foram introduzidas numa determinada vertente e que podem despoletar movimentos em massa. São muito variados:
• Precipitação elevada • Acção humana – Remoção de terrenos (estradas,
construção e agricultura) • Ocorrência de sismos e vibrações • Tempestades nas zonas costeiras • Variações de temperatura (contração e a dilatação
dos materiais rochosos).
Medidas de proteção
1ª medida: Estudo das características geológicas e geomorfológicas dos locais e avaliar o risco potencial.
Zonas de vertente
2ª medida: Elaborar cartas de risco geológico com a diferentes graus de probabilidade de ocorrência de movimentos de massa.
3ª medida: Elaborar cartas de ordenamento do território com a definição dos locais passiveis de implantação de infra-estruturas.
4ª medida: