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ESCOLA SUPERIOR DE ADMINISTRAÇÃO, DIREITO E ECONOMIACOORDENAÇÃO DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
DICIPLINA MERCADO DE CAPITAIS
ANALISE FINANCEIRA DA EMPRESA TBLE3TRACTEBEL ENERGIA S.A.
FERNANDA GREGORIOJONATHAN NEVES
KELLY SEVEROTATIANE SHMITT
PORTO ALEGRE – RS
2010
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..........................................................................................................................3
1 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA................................................................................41.1 MISSÃO, VISÃO E VALORES.......................................................................................51.1.1 Missão.......................................................................................................................51.1.2 Visão..........................................................................................................................51.1.3 Valores.......................................................................................................................5
2 PAYOUT........................................................................................................................72.1 CRESCIMENTO COM DISCIPLINA FINANCEIRA.......................................................72.2 MAXIMIZAÇÃO DA EFICIÊNCIA DO PORTFÓLIO DE CLIENTES..............................72.3 VENDAS........................................................................................................................8
3 POLÍTICA DE DIVIDENDOS.........................................................................................9
4 RECEITA OPERACIONAL BRUTA............................................................................104.1 PRINCIPAIS COMPONENTES DA RECEITA OPERACIONAL BRUTA.....................114.1.1 Suprimento de energia...........................................................................................114.1.2 Fornecimento de Energia Elétrica........................................................................124.2 TRANSAÇÕES NO ÂMBITO DA CÂMARA DE COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA (CCEE)................................................................................................124.3 EXPORTAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA..................................................................124.4 DEDUÇÕES DA RECEITA OPERACIONAL...............................................................134.5 RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA...........................................................................134.6 DESPESAS GERAIS E ADMINISTRATIVAS..............................................................14
5 EBITDA E MARGEM EBITDA.....................................................................................145.1 RESULTADO FINANCEIRO........................................................................................165.2 IMPOSTO DE RENDA (IR) E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (CSLL)...............................16
6 LUCRO LÍQUIDO........................................................................................................16
7 ENDIVIDAMENTO.......................................................................................................18
8 INVESTIMENTOS........................................................................................................19
9 CRÉDITO DE JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO..............................................199.1 DESEMPENHO DAS AÇÕES – TBLE3......................................................................19
10 INDICADORES DE DESEMPENHO...........................................................................2010.1 INDICADORES DE LIQUIDEZ.....................................................................................2010.1.1 Liquidez corrente....................................................................................................2110.1.2 Liquidez Seca..........................................................................................................2110.1.3 Liquidez Imediata...................................................................................................2110.1.4 Liquidez Geral.........................................................................................................2110.2 INDICADORES DE ENDIVIDAMENTO.......................................................................2210.3 INDICADORES DE RENTABILIDADE.........................................................................2210.3.1 Rentabilidade do Patrimônio Líquido...................................................................22
10.3.2 Rentabilidade do Ativo Total.................................................................................2310.4 INDICADORES DE MERCADO...................................................................................2310.4.1 Dividendo Yield.......................................................................................................2310.4.2 LUCRO POR AÇÃO (LPA)......................................................................................2310.4.3 PREÇO/LUCRO (P/L)..............................................................................................2310.4.4 VALOR PATRIMONIAL POR AÇÃO (VPA)............................................................2310.4.5 PREÇO/VALOR PATRIMONIAL AJUSTADO........................................................24
CONCLUSÃO.........................................................................................................................25
BIBLIOGRAFIA......................................................................................................................26
Anexo 1Balanço Patrimonial...................................................................................................27
Anexo 2Demonstrativo do Resultado - DRE...........................................................................28
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INTRODUÇÃO
Neste trabalho será apresentado uma análise Financeira sobre a empresa Tractebel
Energia S.A. buscando relatar sobre a atual situação economica da empresa, e sua
credibilidade perante o mercado de investimentos.
Atraves deste estudo serão apresentadas informações atuais da compania, tais
como, Balanço, DRE, EDITDA, e outros demonstrativos, que auxiliaram durante a pesquisa,
busca-se saber se a Tractebel é uma boa opção de investimento no mercado de ações e os
motivos que levam a tal conclusão, assim serão apresentados os resultados da organização
durante o ano de 2010, e um comparativo em relação a periodos anteriores.
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1 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA
A Tractebel Energia é líder em geração privada de energia elétrica no Brasil. Seu
parque gerador, com 21 usinas hidrelétricas, termelétricas e complementares nos Estados
do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás,
Tocantins, Piauí, Ceará, Minas Gerais e São Paulo tem capacidade instalada de 6.469 MW,
dos quais 79% oriundos de usinas hidrelétricas, 18% de termelétricas e 3% de usinas
complementares. Das 21 usinas, 19 pertencem integralmente à Companhia, e em duas ela
detém controle parcial e as opera em forma de consórcio com outras empresas.
Desde 1998, a Companhia expandiu sua capacidade instalada em 64%. Novos
projetos já iniciados demonstram o compromisso do grupo em dar prosseguimento a essa
expansão.
Nível balanceado de contratação entre Distribuidoras, o que proporciona estabilidade
de geração de caixa no longo prazo, e Clientes Livres, o que permite flexibilidade das
condições comerciais. A disponibilidade de energia da Companhia, formada pela Energia
Assegurada e compras realizadas para revenda, está quase totalmente contratada até 2010,
a preços competitivos. Seu pioneirismo na obtenção de Clientes Livres e no
desenvolvimento de políticas de fidelização dos mesmos fez com que a Companhia
adquirisse a experiência necessária para o gerenciamento dos contratos, o que lhe
proporciona maior eficiência na gestão de clientes.
Nos últimos três anos a Tractebel Energia mostrou crescimento médio consistente na
receita líquida (15,4% a. a.), EBITDA (13,2% a. a.) e lucro líquido (6,6% a.a.). O crescimento
consistente da Companhia é também reflexo de seu comprometimento com as melhores
práticas de governança corporativa e da larga experiência de sua diretoria no setor elétrico.
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1.1 MISSÃO, VISÃO E VALORES
Neste tópico será abordada a visão, missão e valores da Tractebel.
1.1.1 Missão
Gerar Energia para a Vida
1.1.2 Visão
Ser, de modo sustentável, a melhor empresa de energia do Brasil.
1.1.3 Valores
Profissionalismo
Todo trabalho deve ser realizado dentro das melhores técnicas para prestar aos
clientes um bom serviço. Na Tractebel Energia, o profissionalismo é uma exigência de
competências, habilidades, rigor, paixão por uma profissão, e de um trabalho bem realizado
e comprometido com a Companhia.
Cooperação
Atuamos com mais eficácia se nos associamos a outros em nossa evolução. Para a
Tractebel Energia, a cooperação é uma filosofia e uma linha de conduta, e representa um
compromisso a longo prazo. É a lealdade e o cumprimento das promessas e, igualmente, a
transparência e a confiança em todos os parceiros da Companhia.
Espírito de Equipe
O espírito de equipe é antes de tudo ajuda mútua. É intercâmbio de experiência e o
compartilhamento de conhecimentos. È a capacidade de mudar e de se adaptar às
mudanças, de se abrir aos outros e de ser multicultural. Espírito de equipe é também ter
imaginação, é privilegiar o coletivo frente a interesses individuais. É uma filosofia de gestão
na qual todos saem ganhando.
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Criação de Valor
É nossa obrigação buscar a criação de valor para incrementar a rentabilidade e a
solidez financeira da Companhia, garantindo sua autonomia e perenidade. Criar mais valor é
uma luta de todo instante, e a rentabilidade deve ser parte integral de nossa cultura.
Respeito ao Meio Ambiente
A Tractebel Energia deve contribuir para melhorar de forma sustentada a qualidade
de vida, preservando o nosso meio ambiente. O respeito pelo meio ambiente está no centro
de nossa estratégia e de nossa filosofia.
Ética
A ética é um valor que permeia todos os outros cinco valores e lhes dá vida. Deve
guiar nosso comportamento diário e assim constituir-se como uma garantia de êxito e de
perenidade da Tractebel Energia e do grupo do qual faz parte. É um compromisso assumido
com nossos clientes, acionistas e, sobretudo diante de nós mesmos. O Código de Ética
da Companhia é a expressão natural destes valores.
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2 PAYOUT
A Tractebel Energia tem se diferenciado pela substancial distribuição de lucros. A
Diretoria Executiva adota uma política de pagamento de proventos não inferiores a 55% do
lucro líquido ajustado em distribuições semestrais, sendo, portanto, superior aos 30%
previstos no Estatuto. Não obstante, a distribuição registrada em 2003, 2004, 2005, 2006 e
2007 foi de 95% de seu lucro líquido, na forma de juros sobre o capital próprio e dividendos.
2.1 CRESCIMENTO COM DISCIPLINA FINANCEIRA
Aumento das receitas com base em dois fatores: beneficiar-se dos melhores preços
futuros de energia e ampliar seu parque gerador. A Companhia optou por ter parte
substancial de sua Energia Assegurada descontratada a partir de 2011, quando previsões
do setor apontam para um potencial aumento de preço. Além disso, sua sólida condição
financeira, com reduzido nível de endividamento, aliada a uma forte geração de caixa,
possibilita sua participação em novos projetos e possíveis aquisições.
2.2 MAXIMIZAÇÃO DA EFICIÊNCIA DO PORTFÓLIO DE CLIENTES
Valendo-se de seu histórico e de sua capacidade de estabelecer relacionamentos
duradouros com Clientes Livres, a Tractebel Energia pretende otimizar seu portfólio de
contratos focando nesse segmento. Dentre as iniciativas nesse sentido estão: o programa
de fidelização, a estratégia de investir na prestação de serviços, a adaptação da compra de
energia ao processo produtivo de cada consumidor e a auditoria energética.
É a base da estratégia para tornar a Tractebel Energia mais competitiva e eficiente.
O sólido desempenho operacional e os índices de produtividade crescentes permitem que a
Companhia melhore continuamente as margens operacionais continuamente.
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2.3 VENDAS
As vendas de energia cresceram 13,3% em relação ao segundo trimestre do ano
passado, totalizando 3.934 MW médios, refletindo o maior volume de compras de energia
para revenda e a adição de novas usinas. Em 27 de maio, por exemplo, entrou em operação
comercial a Usina Termelétrica Ibitiúva Bioenergética, localizada em Pitangueiras (SP), com
capacidade instalada de 33 MW. Antes disso, em março, foi a vez das turbinas começarem
a gerar na Pequena Central Hidrelétrica Areia Branca. A planta, de 19,8 MW de potência,
está localizada no município de Ipanema e é o primeiro empreendimento da companhia em
solo mineiro. Além disso, a Tractebel deve participar do leilão de venda de energia de fontes
renováveis, no final deste mês, quando pretende ofertar novas plantas eólicas no Nordeste
do País.
A geradora investiu no segundo trimestre deste ano R$ 36,2 milhões, dos quais R$
17,0 milhões destinados aos projetos de manutenção e revitalização de suas usinas e R$
19,2 milhões aplicados na construção de Areia Branca e de Ibitiúva, além das obras
complementares da Usina Hidrelétrica São Salvador.
Para todo o ano está previsto um investimento de R$ 2,2 bilhões. Líder no ranking
das geradoras privadas, a Tractebel possui uma capacidade instalada de 6.469 MW e opera
um parque gerador de 21 usinas com 7.543 MW, considerando a participação de outros
sócios em três delas.
Encontro - A companhia, em conjunto com sua controladora, a GDF SUEZ,
promoverá um encontro com investidores e profissionais de mercado de capitais para
anunciar iniciativas em sua governança a serem aplicadas a transações envolvendo partes
relacionadas. O evento ocorrerá em São Paulo, no inicio de Outubro.
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3 POLÍTICA DE DIVIDENDOS
Nos termos do Estatuto Social da Tractebel Energia, é obrigatória a distribuição aos
acionistas de dividendos que não sejam inferiores a 30% do lucro líquido da Companhia, de
acordo com os termos da legislação societária. Além disso, o Conselho de Administração da
Tractebel Energia poderá deliberar sobre a distribuição de dividendos em períodos menores,
desde que o total dos dividendos pagos em cada semestre não supere o montante das
reservas de capital.
O Conselho de Administração poderá, também, declarar dividendos intermediários à
conta de lucros acumulados de reservas de lucros existentes no último balanço anual ou
semestral, conforme o caso. Adicionalmente, a Tractebel Energia, mediante deliberação do
Conselho de Administração, poderá creditar ou pagar aos seus acionistas juros
remuneratórios sobre o capital próprio, conforme disposições legais aplicáveis. Os valores
pagos pela Tractebel Energia a título de juros sobre o capital próprio poderão ser imputados
ao valor dos dividendos obrigatórios, inclusive os dividendos das ações preferenciais.
Não obstante o acima disposto, a Companhia poderá distribuir dividendos, inclusive
juros sobre o capital próprio, em valores inferiores a 55% do lucro líquido ajustado, quando
exigido pela legislação aplicável ou em decorrência das condições financeiras da
Companhia, inclusive, mas não se limitando às hipóteses em que seja recomendável a
preservação da liquidez da Companhia ou o fortalecimento de sua posição financeira,
conforme julgamento do Conselho de Administração da Companhia. A Companhia poderá,
ainda, a qualquer tempo, revisar, alterar ou revogar, a política indicativa de distribuição de
dividendos acima referidos, mediante deliberação do Conselho de Administração.
Por fim, o estatuto social da Companhia não prevê a concessão de direitos
específicos aos acionistas na hipótese de falta de pagamento de dividendos, motivo pelo
qual nestes casos caberá a aplicação da legislação pertinente. Além disso, o estatuto social
estabelece que seja prescrita em 3 anos a ação para pleitear dividendos, os quais, se não
reclamados oportunamente pelo acionista, reverterão em benefício da Companhia.
Dividendo mínimo estatutário de 30% do lucro líquido ajustado. Compromisso da
Administração: payout mínimo de 55% do lucro líquido ajustado. Freqüência do pagamento:
semestral.
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Em data a ser definida pela Diretoria Executiva, serão pagos juros sobre o capital
próprio no valor de R$ 220,0 milhões (R$ 0,337 por ação), que, somado aos outros
proventos relativos a 2010, corresponde a um payoutde 60,0% do lucro líquido apurado nos
9M10, que totalizou R$ 844,2 milhões. Mantida a expectativa de 55% para o payoutde 2010.
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4 RECEITA OPERACIONAL BRUTA
A receita operacional bruta no 3T10 foi de R$ 1.212,9 milhões, superior em 23,4%
ante a do mesmo período do ano anterior, que foi de R$ 983,0 milhões.
Esta variação deve-se essencialmente à combinação dos seguintes aumentos: (i) R$
42,0 milhões em razão do início da operação comercial de novas usinas, que
proporcionaram vendas de 373 GWh (169 MW médios); (ii) R$ 79,9 milhões derivado da
elevação do preço médio da energia vendida em 9,9%; (iii) R$ 12,5 milhões decorrente do
maior volume de vendas de energia comprada para revenda; (iv) R$ 84,1 milhões relativo às
transações realizadas no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica
(CCEE), conforme descrito em item específico; e (v) R$ 8,9 milhões pelas exportações de
energia para a Argentina e o Uruguai.
O volume de vendas no 3T10 foi de 8.218 GWh (3.722 MW médios), 5,3% superior
aos 7.804 GWh (3.534 MW médios) vendidos no mesmo trimestre de 2009.
Figura 1 Evolução da receita operacional bruta (R$ milhões)
4.1 PRINCIPAIS COMPONENTES DA RECEITA OPERACIONAL BRUTA
Abaixo serão apresentados os principais componentes da receita operacional bruta.
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4.1.1 Suprimento de energia
A receita de suprimento de energia, aquela originária da venda a agentes que não
consumidores livres, atingiram R$ 813,5 milhões no 3T10, 13,7% superior à registrada no
3T09, que foi de R$ 715,6 milhões. Este crescimento decorreu da combinação dos
seguintes principais efeitos: (i) aumento de R$ 66,4 milhões devido à elevação do preço
médio da energia vendida em 11,4%, em especial nas vendas para comercializadoras, cujos
preços foram impactados pelo significativo incremento do Preço de Liquidação das
Diferenças (PLD); (ii) crescimento de R$ 52,1 milhões (equivalentes a 378 GWh - 171 MW
médios) nas vendas para distribuidoras; e (iii) queda de R$ 21,2 milhões (correspondentes a
194 GWh - 88 MW médios) nas vendas para as comercializadoras.
4.1.2 Fornecimento de Energia Elétrica
Em relação à receita de fornecimento de energia (venda a consumidores livres),
registraram-se um avanço de 17,0% entre os períodos em análise, passando de R$ 225,0
milhões no 3T09 para R$ 263,2 milhões no 3T10, ocasionado pelos seguintes principais
fatores: (i) acréscimo de R$ 14,8 milhões em decorrência da elevação do preço médio da
energia vendida em 6,3% e (ii) aumento de R$ 23,4 milhões (equivalentes a 200 GWh – 91
MW médios) em razão principalmente do maior volume de vendas causado pela retomada
do consumo das indústrias.
4.2 TRANSAÇÕES NO ÂMBITO DA CÂMARA DE COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA
ELÉTRICA (CCEE)
No 3T10, a receita obtida nesta rubrica foi de R$ 108,4 milhões, enquanto que no
mesmo trimestre de 2009 ela foi de R$ 24,3 milhões.
4.3 EXPORTAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
No 3T10, a Companhia registrou receita de exportação de energia para a Argentina e
o Uruguai de R$ 22,7 milhões ante aos R$ 13,8 milhões obtidos no mesmo período do ano
anterior.
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4.4 DEDUÇÕES DA RECEITA OPERACIONAL
As deduções da receita operacional aumentaram em 34,7% entre os trimestres
comparados, passando de R$ 96,3 milhões para R$ 129,8 milhões. Estas deduções
representaram 9,9% e 10,9% da receita operacional bruta (excluindo a exportação que é
isenta destas deduções) do terceiro trimestre de 2010 e de 2009, respectivamente.
Este acréscimo é justificado pela combinação do que se segue: (i) aumento de R$
21,4 milhões do PIS e COFINS, devido principalmente à ampliação da receita operacional
bruta e à mudança do sistema cumulativo (alíquota a 3,65%) para o não cumulativo
(alíquota a 9,25%, mas com direito a crédito sobre determinadas aquisições) sobre os
contratos com preços pré-determinados encerrados durante e após o 3T09; e (ii) acréscimo
de R$ 10,3 milhões do ICMS em razão da elevação do volume de vendas para
consumidores industriais e da ampliação do faturamento em Estados onde a alíquota de
ICMS é superior, se comparado com o mesmo período do ano anterior.
4.5 RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA
No 3T10, a receita operacional líquida registrou um avanço de 22,1% em
comparação com a do mesmo trimestre de 2009, evoluindo de R$ 886,7 milhões para R$
1.083,0 milhões. O aumento apresentado está diretamente relacionado à evolução da
receita operacional bruta e das deduções da receita operacional, conforme anteriormente
mencionado.
O preço médio de venda de energia, excluindo a exportação e líquido das deduções
sobre a receita operacional, atingiu R$ 117,90/MWh no 3T10, 7,4% superior ao preço
relativo ao 3T09, que foi de R$ 109,75/MWh. Este aumento reflete os reajustes de preços
dos contratos existentes e os maiores preços praticados nos novos contratos,
principalmente os com as comercializadoras, que tiveram elevação do preço médio em
27,5%, em razão da elevação do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), conforme
comentado no item “Suprimento de Energia Elétrica”.
4.6 DESPESAS GERAIS E ADMINISTRATIVAS
As despesas gerais e administrativas cresceram R$ 6,3 milhões ou 15,0%, passando
de R$ 42,2 milhões no 3T09 para R$ 48,5 milhões no 3T10 em função essencialmente do
aumento (i) nas despesas com pessoal e administradores, causados pelo reajuste anual dos
salários e benefícios e pelo acréscimo no quadro de pessoal; e (ii) nos serviços de terceiros
devido principalmente ao maior volume de trabalho contratado junto a consultorias.
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5 EBITDA E MARGEM EBITDA
A Tractebel anunciou um lucro líquido de R$ 271,5 milhões no segundo trimestre de
2010, valor 3,1% superior ao registrado no mesmo período de 2009. No acumulado do ano,
o lucro atingiu R$ 520,2 milhões, 4,6% superior ao registrado nos seis meses de 2009, que
foi de R$ 497,1 milhões.
Ebitida(R$ milhões) e Margem EBITDA
Já o EBITDA, que traduz o resultado das operações, alcançou R$ 620,6 milhões no
segundo trimestre deste ano, um crescimento de 17,8% frente ao mesmo período do ano
passado, com margem EBITDA de 64,4%, uma melhora de 1,3 p.p. ante os 63,1% do
mesmo trimestre de 2009. A receita líquida totalizou R$ 964,2 milhões, 15,4% acima do
registrado no segundo trimestre de 2009, ou seja, R$ 835,6 milhões. A esses bons
resultados junta-se o recorde de geração instantânea de 7.019 MW, o que significa 93,1%
do total possível, já que a empresa opera um parque de 7.543 MW.
O Conselho de Administração aprovou a distribuição de R$ 286,1 milhões sob a
forma de dividendos intercalares, o que corresponde a R$ 0,4383049909 por ação.
“Estamos distribuindo 55% do lucro líquido de R$ 520,2 milhões apurado no primeiro
semestre de 2010”, observa o presidente Manoel Zaroni Torres.
Refletindo os efeitos anteriormente mencionados, o EBITDA no 3T10 alcançou R$
669,7 milhões, superior em 17,0% se comparado com o do 3T09, que foi de R$ 572,5
15
milhões. A margem EBITDA no 3T10 foi de 61,8%, enquanto que no 3T09 foi de 64,6%.
Entretanto, vale ressaltar que a principal razão para a redução na margem do EBITDA foi o
maior volume de compras para revenda. EBITDA (1)(R$ milhões) e Margem EBITDA (%).
Evolução do EBTIDA em (R$ milhões)
5.1 RESULTADO FINANCEIRO
Receitas financeiras: atingiram o montante de R$ 36,4 milhões no 3T10, registrando
uma ampliação de R$ 22,2 milhões em relação aos R$ 14,2 milhões registrados no 3T09,
devido principalmente à maior receita com aplicações financeiras neste trimestre.
Despesas financeiras: elevação de R$ 51,7 milhões, passando de R$ 73,8 milhões
no 3T09 para R$ 125,5 milhões no 3T10, resultado da combinação dos seguintes fatores: (i)
incremento de R$ 18,0 milhões nos juros sobre dívidas, em função principalmente do
aumento dos juros sobre dívidas e obrigações; (ii) crescimento de R$ 16,9 milhões na
variação monetária sobre dívidas e obrigações devido, substancialmente, a variação do IGP-
M sobre as concessões a pagar; (iii) redução de R$ 21,6 milhões no ganho cambial sobre os
empréstimos em moeda estrangeira, em razão da variação na cotação das moedas que
compõe a dívida em relação ao real; e (iv) redução de R$ 5,8 milhões nos encargos sobre o
passivo atuarial da Companhia.
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5.2 IMPOSTO DE RENDA (IR) E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (CSLL)
A despesa com IR e CSSL no 3T10 foi de R$ 166,6 milhões, superior em R$ 24,0
milhões à relativa ao mesmo período de 2009, que foi de R$ 142,6 milhões. A variação
deve-se substancialmente ao aumento do resultado antes do imposto de renda e da
contribuição social.
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6 LUCRO LÍQUIDO
Refletindo os efeitos comentados ao longo deste documento, no 3T10 o lucro líquido
alcançou R$ 324,1 milhões, 13,4% superior ao do mesmo trimestre do ano anterior, que foi
de R$ 285,7 milhões. No acumulado do ano, o lucro atingiu R$ 844,2 milhões, 7,8% superior
ao registrado nos nove meses de 2009 que foi de R$ 782,9 milhões.
Evolução do Lucro Líquido
Este gráfico serve para ilustrar a evolução do Lucro Líquido, durante os períodos do
terceiro trimestre de 2010, em relação ao mesmo período de 2009, e do mês nove de 2010
em relação ao mês nove de 2009.
Lucro Líquido em (R$ milhões)
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7 ENDIVIDAMENTO
Em 30 de setembro de 2010, a dívida líquida (dívida total menos caixa e
equivalentes) da Companhia era de R$ 3.101,4 milhões, 18,8% superior aos R$ 2.609,7
milhões registrados em 30 de setembro de 2009.
A dívida bruta total consolidada, representada principalmente por empréstimos,
debêntures e financiamentos, totalizava R$ 4.275,8 milhões em 30 de setembro de 2010,
um acréscimo de 39,2% comparativamente à posição de 30 de setembro de 2009. Do total
da dívida no final do período, 5,4% eram em moeda estrangeira (8,9% ao final do 3T09),
parcela que não estava sujeita a instrumentos de hedge.
O acréscimo do endividamento da Companhia está relacionado principalmente à
combinação dos seguintes fatores: (i) saques junto ao BNDES e seus agentes financeiros
no valor total acumulado de R$ 142,8 milhões entre os períodos, para fazer frente aos
investimentos na Usina Hidrelétrica São Salvador, PCH Areia Branca, Usina Eólica Pedra do
Sal e Usina Termelétrica Ibitiúva Bioenergética.
Realização da quarta emissão de debêntures, de R$ 400,0 milhões, no 4T09, cujo
valor destinou-se à aquisição da SUEZ Energia Renovável S.A. (SER), à redução de custos
e alongamento de dívidas, bem como ao reforço do capital de giro para a condução dos
negócios da Companhia.
Consolidação no balanço patrimonial da Companhia, a partir do 3T10, do valor
referente ao financiamento existente da SER antes da citada consolidação, obtido junto ao
BNDES e agentes financeiros e utilizado para a construção da UHE Estreito, no valor de R$
1.160,9 milhões; (iv) a geração de R$ 293,1 milhões em encargos incorridos a serem pagos
e variação monetária e cambial, entre os períodos comparados; e (v) amortizações de
empréstimos, financiamentos e debêntures no valor de R$ 796,2 milhões entre o 3T09 e
3T10.
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8 INVESTIMENTOS
No 3T10, os investimentos totais da Companhia atingiram R$ 179,4 milhões, dos
quais R$ 17,8 milhões foram destinados aos projetos de manutenção e revitalização de suas
usinas e R$ 161,6 milhões aplicados nas construções da UHE Estreito, da PCH Areia
Branca e da UTE Ibitiúva Bioenergética e em obras complementares na Usina Hidrelétrica
São Salvador.
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9 CRÉDITO DE JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO
O Conselho de Administração da Tractebel Energia aprovou em reunião realizada
em 5 de novembro de 2010 o crédito de juros sobre o capital próprio referentes ao período
de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2010, no montante de R$ 220,0 milhões (R$
0,3370396501 por ação).
As ações da Companhia serão negociadas ex-dividendo a partir de 18 de novembro
de 2010. Esses proventos serão pagos em data a ser definida pela Diretoria Executiva e a
comunicação se dará através de Aviso aos Acionistas.
Para o ano de 2010, está mantida a expectativa de 55% para o payout.
9.1 DESEMPENHO DAS AÇÕES – TBLE3
O terceiro trimestre de 2010 ficou marcado pela recuperação da BM&F Bovespa, que
valorizou 13,9% no período, resultado do melhor desempenho de ações das empresas
produtoras de commodities e do desempenho positivo das bolsas americanas, que
conseguiram fechar o melhor trimestre em um ano.
Os índices Standard & Poor's 500 e Nasdaq tiveram em setembro os maiores ganhos
mensais desde abril de 2009, após divulgação de dados mais otimistas sobre o
reaquecimento da economia. No terceiro trimestre, o índice Dow Jones, referência da bolsa
de Nova Iorque, saltou 10,4%; o Nasdaq, 12,3% e o S&P, 10,7%.
As ações da Tractebel encerraram o terceiro trimestre de 2010 registrando avanço
de 19,5%, desempenho superior ao Ibovespa e ao IEE – índice do setor elétrico, que
fecharam o trimestre com ganhos de 13,9% e 5,4%, respectivamente. No acumulado de
2010, TBLE3 entregou valorização de 17,6%, frente à alta de 1,2% do Ibovespa e de 3,5%
do IEE.
21
Os papéis da Companhia registraram presença em 100% dos pregões da BM&F
Bovespa, com um volume médio diário de negociação de R$ 10,9 milhões, 2,6% abaixo dos
R$ 11,2 milhões registrados no 3T09.
As ações da Tractebel encerraram o pregão de 30 de setembro de 2010 cotadas a
R$ 25,32/ação, conferindo um valor de mercado à Companhia de cerca de R$ 16,5 bilhões.
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10 INDICADORES DE DESEMPENHO
Indicadores de desempenhos são ferramentas úteis na medição de resultados
relativos à empresas, que nos permitem manter, mudar ou abortar o rumo de nossas ações,
alto desempenho atrai o sucesso, baixo desempenho leva para a direção oposta.
10.1 INDICADORES DE LIQUIDEZ
Os índices de liquidez avaliam a capacidade de pagamento da empresa frente a
suas obrigações. Sendo de grande importância para a administração da continuidade da
empresa, as variações destes índices devem ser motivos de estudos para os gestores.
As informações para o cálculo destes índices são retiradas unicamente do Balanço
patrimonial, demonstração contábil que evidência a posição patrimonial da entidade,
devendo ser atualizadas constantemente para uma correta análise. Atualmente estuda-se
quatro índices de liquidez, Liquidez corrente, liquidez seca, liquidez imediata e liquidez geral.
10.1.1 Liquidez corrente
Calculada a partir da Razão entre os direitos em curto prazo da empresa (Caixas,
bancos, estoques, clientes) e a as dívidas em curto prazo (Empréstimos, financiamentos,
impostos, fornecedores). No Balanço estas informações são evidenciado respectivamente
como Ativo Circulante e Passivo Circulante.
10.1.2 Liquidez Seca
Similar a liquidez corrente a liquidez Seca exclui do cálculo acima os estoques, por
não apresentarem liquidez compatível com o grupo patrimonial onde estão inseridos. O
resultado deste índice será invariavelmente menor ao de liquidez corrente, sendo cauteloso
com relação ao estoque para a liquidação de obrigações.
10.1.3 Liquidez Imediata
Índice conservador considera apenas caixa, saldos bancários e aplicações
financeiras de liquidez imediata para quitar as obrigações. Excluindo-se além dos estoques
as contas e valores a receber. Um índice de grande importância para análise da situação a
curto-prazo da empresa.
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10.1.4 Liquidez Geral
Este índice leva em consideração a situação em longo prazo da empresa, incluindo
no cálculo os direitos e obrigações em longo prazo. Estes valores também são obtidos no
balanço patrimonial.
Abaixo segue análise de liquidez da empresa estudada.
Analise de liquidez
10.2 INDICADORES DE ENDIVIDAMENTO
Este índice revela o grau de endividamento da empresa. A análise desse indicador
por diversos exercícios mostra a política de obtenção de recursos da empresa. Isto é, se a
empresa vem financiando o seu Ativo com Recursos Próprios ou de Terceiros e em que
proporção.
É por meio desses indicadores que apreciaremos o nível de endividamento da
empresa. Sabemos que a Ativo (aplicação de recursos) é financiado por Capitais de
Terceiros (Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo) e por Capitais Próprios (Patrimônio
Liquido). Portanto, Capitais de Terceiros e Capitais Próprios são fontes (origens) de
recursos.
Também, são os indicadores de endividamento que nos informam se a empresa se
utiliza mais de recursos de terceiros ou de recursos dos proprietários. Saberemos se os
recursos de terceiros têm seu vencimento em maior parte e Curto Prazo (Circulante) ou a
Longo Prazo (Exigível a Longo Prazo).
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Grua de endividamento
10.3 INDICADORES DE RENTABILIDADE
Os índices de rentabilidade medem o quanto uma empresa está sendo lucrativa ou
não. O seu conceito analítico é, quanto maior melhor. Estes indicadores normalmente são
expressos no formato de percentual%. Existem dois tipos o de rentabilidade do patrimônio
líquido e de rentabilidade do ativo total.
10.3.1 Rentabilidade do Patrimônio Líquido
É a taxa de retorno dos acionistas e mede o desempenho do lucro em relação ao
capital próprio empregado no empreendimento. Normalmente se utiliza o patrimônio inicial,
mas podem ser necessários ajustes, o que nos leva a sugerir, em princípio, o emprego do
patrimônio médio do período de apuração do lucro.
Este índice da empresa Tractebel atualmente esta em torno de 11,5%.
10.3.2 Rentabilidade do Ativo Total
Este indicador mede a eficiência global da administração, ou seja, o retorno obtido
em relação ao total de recursos empregados sejam eles próprios ou de terceiros este índice
da empresa Tractebel atualmente esta em torno de 4,20%.
10.4 INDICADORES DE MERCADO
Servem para comparar os índices da empresa em relação aos de outras, a fim de
perceber se ela está cara ou barata, em termos relativos, naquele mercado.
10.4.1 Dividendo Yield
É a relação entre o dividendo pago por ação de uma empresa e o preço dessa
mesma ação. Quanto maior for o Dividend Yield, melhor será o resultado da empresa ou
mais vantajosa será sua política de distribuição de lucros aos acionistas.
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10.4.2 LUCRO POR AÇÃO (LPA)
Representa a divisão do lucro líquido pelo número total de ações da empresa.
10.4.3 PREÇO/LUCRO (P/L)
Indica o tempo de retorno do investimento, partindo-se da premissa que o lucro
apurado se repetirá nos próximos anos.
10.4.4 VALOR PATRIMONIAL POR AÇÃO (VPA)
Representa a divisão do Patrimônio Líquido da empresa pelo seu número total de
ações.
10.4.5 PREÇO/VALOR PATRIMONIAL AJUSTADO
Compara o valor de mercado da empresa com seu valor contábil. Em tese, quanto
mais baixo este índice, mais barata é a empresa.
Indicadores de Mercado
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BIBLIOGRAFIA
1) Luquet, Mara e Rocco, Nelson. Guia Valor Econômico de Investimento em Ações. São
Paulo: Ed. Globo, 2005.
2) Iudícibus, Sérgio de. Análise de Balanços. São Paulo: Ed. Atlas, 1995.
3) Pinheiro, Juliano L. Mercado de Capitais: Fundamentos e Técnicas. São Paulo: Ed. Atlas,
2005.
4) Luquet, Mara. Guia Valor Econômico de Finanças Pessoais. São Paulo: Ed. Globo, 2000.
5) Cavalcante, Francisco e Misumi, Jorge Y. Mercado de Capitais. Rio de Janeiro: Ed.
Campus, 2003.
6) Lemos, Aloísio V. Apostila Análise de Investimento em Ações. Rio de Janeiro: Andima,
2005.
Sites consultados:
1)http://home.furb.br/wilhelm/HPMC.html
2) www.bovespa.com.br
3) WWW.tractebel.com.br
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Anexo 1 Balanço Patrimonial
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Anexo 2 Demonstrativo do Resultado - DRE