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Relatório do Conselho de Administração Referente ao Exercício de 2008 Apresentado pelo Conselho de Administração CEMAH Assembleia Geral de 27 de Março de 2009 1

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Page 1: Apresentado pelo Conselho de Administração CEMAH … · Relatório do Conselho de Administração Referente ao Exercício de 2008 ... A Caixa Económica da Misericórdia de Angra

Relatório do Conselho de Administração Referente ao Exercício de 2008

Apresentado pelo Conselho de Administração CEMAH

Assembleia Geral de 27 de Março de 2009

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        Relatório e Contas 2008 

Índice

Relatório do Conselho de Administração Referente ao Exercício de 2008 ................................................................................... 1 

Órgãos Sociais ......................................................................................................................................................................................... 4 

Mensagem do Presidente ....................................................................................................................................................................... 5 

Rede de Balcões ...................................................................................................................................................................................... 8 

Relacionamento Institucional ............................................................................................................................................................... 9 

Relacionamento com a SCMAH – Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo ......................................................... 9 Entidades Tutelares ........................................................................................................................................................................... 9 Organismos Regionais ....................................................................................................................................................................... 9 Instituto Mundial das Caixas Económicas ..................................................................................................................................... 9 Cooperação Empresarial ................................................................................................................................................................. 10 

Enquadramento Económico e Financeiro ........................................................................................................................................ 11 

Actividade Desenvolvida em 2008 ..................................................................................................................................................... 15 

Actividade Comercial: ..................................................................................................................................................................... 15 Enquadramento Geral e Estratégia ............................................................................................................................................... 15 Gestão de Carteira ........................................................................................................................................................................... 15 Produtos e Serviços ......................................................................................................................................................................... 16 Canais ................................................................................................................................................................................................ 17 Novos Espaços Comerciais ............................................................................................................................................................ 18 

Recursos Humanos .............................................................................................................................................................................. 19 

Activos e não Activos ...................................................................................................................................................................... 19 Estrutura Orgânica .......................................................................................................................................................................... 20 Pessoal por Balcões e Serviços Centrais ....................................................................................................................................... 22 Perfil Etário ...................................................................................................................................................................................... 23 Habilitações Literárias ..................................................................................................................................................................... 24 Formação .......................................................................................................................................................................................... 25 Património e Obras ......................................................................................................................................................................... 27 Conservação do Património ........................................................................................................................................................... 27 Património da SCMAH ................................................................................................................................................................... 27 

Sistemas de Informação ....................................................................................................................................................................... 28 

Organização e Planeamento ................................................................................................................................................................ 30 

Qualidade .......................................................................................................................................................................................... 30 Organização ...................................................................................................................................................................................... 30 Plano de Contingências ................................................................................................................................................................... 31 Intranet .............................................................................................................................................................................................. 31 Controlo Interno .............................................................................................................................................................................. 32 

Gestão do Risco.................................................................................................................................................................................... 33 

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Auditoria Interna .................................................................................................................................................................................. 35 

Evolução da Actividade ....................................................................................................................................................................... 37 

Depósitos .......................................................................................................................................................................................... 37 Crédito ............................................................................................................................................................................................... 38 Balanço .............................................................................................................................................................................................. 39 Conta de Exploração ....................................................................................................................................................................... 41 Proposta de Aplicação de Resultados do Exercício .................................................................................................................... 44 

Demonstrações Financeiras ................................................................................................................................................................ 45 

Balanço em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 .............................................................................................................................. 46 Demonstração de Resultados dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 ..................................................... 47 Demonstração dos Fluxos de Caixa dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 .......................................... 48 Demonstrações de Alterações no Capital Próprio dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 .................. 49 

Relatório e Parecer do Conselho Fiscal ............................................................................................................................................. 50 

Certificação de Contas ......................................................................................................................................................................... 53 

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        Relatório e Contas 2008 

Órgãos Sociais

A Caixa Económica da Misericórdia de Angra do Heroísmo é propriedade da Santa Casa da Misericórdia de Angra do

Heroísmo, cuja Mesa Administrativa, composta por sete elementos, é presidida pelo Senhor Provedor António da

Fonseca Marcos.

A gestão da Caixa está entregue a um Conselho de Administração (CA), composto por três membros, trienalmente

eleitos pela Assembleia Geral.

Os Órgãos Sociais da Instituição são a Mesa da Assembleia Geral, o Conselho Fiscal e o Conselho de Administração,

cujas composições abaixo se indicam, para o triénio que termina em 2010:

Mesa Assembleia Geral

João Maria de Sousa Mendes

Hélder Manuel Fonseca Mendes

Manuel Olim Perestrelo

Conselho de Administração

Carlos Manuel Brasil da Silva Raulino

José Mancebo Soares

Leonildo Garcia Vargas

Conselho Fiscal

Cláudia Isabel Pereira Azevedo Ramos

Marco André Forjaz Rendeiro

Aristides Silvério Vieira Pires

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Mensagem do Presidente

Caros Irmãos da Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo,

Os organismos e responsáveis pela análise macroeconómica mundial, assim como os mais recentes galardoados

com os Prémios Nobel da Economia divergiram, significativamente, nas projecções para o ano de 2008, no encontro

de políticas coerentes de intervenção anti-cíclicas capazes de minimizar os efeitos devastadores de alguns

indicadores e de arquitectar fórmulas indutoras da retoma económica.

Num contexto de reconhecidas dificuldades, visionámos apelos à criação de produtos de estímulo à formação da

poupança, invertendo uma tendência generalizada para o consumismo puro, registámos a defesa da estimulação da

economia pela via da redução da carga fiscal, verificámos o reconhecimento das pequenas e médias empresas como

fonte geradora de riqueza e anotámos a importância do emprego como mecanismo de estabilização social.

Constatámos que a turbulência financeira dos mercados afectou globalmente todas as Instituições e com especial

incidência nas grandes Organizações, muitas delas líderes mundiais, provando-se que o efeito quantidade não é, por

si, só condição de sustentabilidade.

Observou-se que a sofisticação das Instituições Financeiras, o elevado nível de risco de algumas operações e a

alavancagem de outras tornaram as tarefas de controlo e supervisão bancária bastante difíceis para os Auditores e

Supervisores, evidenciando a necessidade de uma regulação da actividade bancária muito mais objectiva e exequível.

Assumiu-se a importância que representa para a soberania dos países de conhecer, controlar e regular os seus

sistemas financeiros de forma a salvaguardar o equilíbrio da complexa matriz do desenvolvimento económico e social,

que se pretende constante e harmonizado.

Foi nesta conjuntura de preocupação e incerteza relativamente ao andamento das economias que, inseridos num

espaço económico específico (Região Autónoma dos Açores), desenvolvemos a nossa actividade, cientes da nossa

reduzida dimensão, mas confiantes que a existência de órgãos próprios de governação e respectivos orçamentos,

permitem criar condições de minimização dos efeitos externos.

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        Relatório e Contas 2008 

O elevado nível de terciarização da Economia Açoreana, a sua fraca dependência das exportações e o peso

significativo de funcionalismo público, não obstante a sua redução, proporcionam estabilidade na formação dos

rendimentos das famílias, atenuando as oscilações no mercado de trabalho.

A política monetária expansionista de redução abrupta do nível da taxa de juro, associada ao decréscimo da

factura energética, trouxe um efeito extremamente favorável à descompressão do rendimento disponível, aliviando o

esforço dos particulares e criando alguma folga para o investimento ao consumo.

Inversamente, embora também beneficiando da redução dos encargos financeiros e combustíveis, as empresas

registaram uma contracção no nível da facturação, fruto de alguma contracção do produto e essencialmente devido ao

efeito da actual falta de confiança.

A crise da liquidez, verificada na maioria dos bancos que actuam no mercado português, provocou uma subida

anormal das taxas de juro passivas e uma pressão enorme sobre a carteira dos depositantes, tendo o mercado

operado com taxas completamente desproporcionais e desadequadas ao equilíbrio das contas de exploração. As

dificuldades apresentadas por alguns bancos nacionais e as práticas de gestão aplicadas não ajudaram à estabilidade

do mercado.

A concessão de crédito viveu momentos difíceis causados pela insuficiência de recursos e ao risco acrescido em

alguns sectores da actividade económica.

Felizmente, por sermos uma Instituição com uma gestão muito conservadora e com excesso de liquidez,

conseguimos percorrer este difícil ano com um decréscimo de apenas 2,13% no volume dos depósitos e um

acréscimo moderado de 3% no crédito concedido e ainda com um decréscimo do volume de crédito em contencioso,

colocando-o em 1,84% do total do crédito concedido.

A ausência de aplicações de risco nos mercados financeiros trouxe-nos tranquilidade e rendibilidade, provando-se

ser a dependência de resultados feitos na base de aplicações de risco elevado uma opção muito arriscada e à qual

temos sido completamente contrários.

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Mantivemos a nossa orientação de prosseguir uma política ajustada de constituição de provisões, garantindo as

exigências do fundo de pensões, o crédito na sua perspectiva geral e especifica e, este ano também, a

desvalorização potencial do valor de bens recebidos por via de dações em cumprimento.

Conseguimos um bom rácio de solvabilidade de 10,7%, seguramente acima da média do sector bancário em

Portugal.

Prosseguimos uma gestão muito criteriosa dos custos gerais de funcionamento e de controlo dos recursos

humanos, não descorando as permanentes necessidades da actualização de conhecimentos pela via da formação

profissional.

Neste contexto, conseguimos apresentar um resultado líquido de 2.997.463,55, representando um aumento de

1,54% relativamente ao anterior exercício, o que consideramos muito positivo face ao ambiente conjuntural vivido.

Uma palavra de reconhecimento à cooperação dos Órgãos Sociais, entidades governamentais nacionais e

regionais, aos nossos colaboradores e fundamentalmente a todos os nossos clientes pela confiança demonstrada.

Continuamos a cumprir a nossa missão de ajudar as empresas e particulares na construção de uma Região dos

Açores cada vez mais próspera e sustentada.

Presidente do Conselho de Administração

________________________

Carlos Raulino

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        Relatório e Contas 2008 

Rede de Balcões

No grupo Central, com a seguinte rede de balcões:

Ilha Terceira – 5 Balcões

Rua Direita, 118 9700-066 Angra do Heroísmo Rua da Sé, 13 9700- 191 Angra do Heroísmo Rua Padre Rocha Sousa, 10 A 9760-509 Praia da Vitória Rua de Santo António, 2 9700-587 São Mateus da Calheta Caminho do Concelho, 137 9760-051 Biscoitos

São Jorge – 2 Balcões

Rua 25 de Abril 9850-032 Calheta Rua Maestro Francisco Lacerda, 30 9800-551 Velas

Graciosa – 1 Balcão

Rua Dr. João de Deus Vieira 9880-379 Santa Cruz

Faial - 1 Balcão

Praça da República 9900-099 Horta

Pico – 1 Balcão

Rua Visconde Leite Perry

9950-341 Madalena

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Relacionamento Institucional

Relacionamento com a SCMAH – Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo

Prosseguindo o compromisso assumido por este Conselho de Administração de produzir resultados também

destinados a comparticipar no financiamento do Plano de Actividades da nossa entidade proprietária, mantivemos um

relacionamento permanente e empenhado com os órgãos sociais da Irmandade.

Ao fortalecer a Caixa Económica estamos simultaneamente a valorizar o património da SCMAH, e criar as condições

para uma distribuição de dividendos estabilizada permitindo assim um crescimento sustentado da Instituição da Santa

Casa da Misericórdia no seu todo.

Entidades Tutelares

Realizámos em 2008 diversas reuniões de trabalho com o Banco de Portugal, Ministério das Finanças e Vice-

Presidência do Governo Regional dos Açores tendo como objectivo salvaguardar o interesse específico da Instituição.

Organismos Regionais

Intensificámos o nosso relacionamento com a Administração Pública e Local no sentido de encontrar formas de

cooperação que potenciem uma maior aproximação comercial, relevando o cariz regional da nossa Instituição, sempre

interessada e presente no processo de desenvolvimento do arquipélago dos Açores.

Instituto Mundial das Caixas Económicas

Como membros do Instituto e do GCLP - Grupo de Cooperação de Língua Portuguesa, mantivemos troca de

informação e acompanhámos a evolução dos principais assuntos tratados.

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        Relatório e Contas 2008 

Cooperação Empresarial

Demos continuidade à troca de experiências com diversas instituições financeiras, empresas e entidades públicas e

privadas, tendo por objectivo valorizar o nosso conhecimento nas áreas de cariz financeiro, análise de risco,

tecnologias, sistemas de informação, auditoria e compliance.

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Enquadramento Económico e Financeiro

Em 2008, a economia mundial registou um arrefecimento muito acentuado, reflectindo o reacender da crise financeira

internacional e a intensificação dos ajustamentos no mercado imobiliário em algumas regiões designadamente nos

países anglo-saxónicos. As economias desenvolvidas entraram em desaceleração significativa e os países

emergentes registaram também uma queda do respectivo produto.

Os bancos centrais levaram a cabo políticas monetárias claramente expansionistas, reduzindo substancialmente os

níveis das taxas de juros directoras. Paralelamente, adoptaram medidas de suporte ao sistema financeiro com o intuito

de regularizar a actividade no mercado interbancário. Na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) prosseguiu com a

redução da sua taxa directora e o Banco de Inglaterra reduziu a taxa repo para 0,5%. A Reserva Federal norte-

americana colocou a taxa directora próximo de zero, com o objectivo de permitir a dinamização do mercado

imobiliário.

A turbulência que caracterizou o 4º trimestre de 2008 e a actuação dos bancos centrais funcionaram como um

catalisador para ganhos avultados no mercado de dívida pública. Assim, as yields atingiram níveis mínimos históricos

em toda a extensão da curva de rendimentos.

A falência do banco de investimentos Lehman Brothers, em inícios de Setembro, marcou o princípio de uma nova

fase, bastante mais negra, no sistema financeiro e na economia global. Sucederam-se fusões, aquisições e

reestruturações no sistema bancário e o desempenho da actividade de banca de investimento, tal como era praticada

nos países anglo-saxónicos, praticamente extinguiu-se. Desde então tem sido notório o impacto na actividade

económica, onde se assiste ao colapso dos indicadores, enquanto nos mercados financeiros esta crise sem

precedentes se reflecte em aumento dos prémios de risco, fuga para activos de qualidade e queda generalizada dos

preços dos activos com risco.

Entretanto, a inflação caiu para valores mínimos históricos, nalguns casos valores negativos, por via do impacto da

diminuição dos preços dos bens energéticos e da retracção da procura. Apesar desta queda expressiva não se

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        Relatório e Contas 2008 

antecipa um quadro de deflação. Com efeito, em termos formais e teóricos, estaríamos na presença de deflação caso

se registasse um período alargado de queda generalizada dos preços. Ora, o que se antecipa é que haja quebra de

preços apenas em algumas classes de bens, designadamente os combustíveis (combinado com o impacto dos

desenvolvimentos no mercado imobiliário em alguns países). Trata-se, por isso, de uma alteração de preços relativos

(tal como também aconteceu em sentido contrário nos últimos anos) e não uma situação de descida generalizada de

preços.

Vejamos agora, o comportamento das principais economias de mercado e do nosso país em 2008:

EUA

O forte expansionismo das políticas económicas desenvolvidas nos últimos meses impediu uma recessão mais

profunda. Segundo as previsões mais pessimistas, a queda da actividade rondará 1,5%, o que em termos históricos é

uma contracção muito moderada. De notar que em 2008, o PIB terá crescido cerca de 1,1%, apesar da forte

diminuição ocorrida no 4º trimestre, cerca de 6,2%.

Na verdade, estão em causa dinâmicas extremamente acentuadas que dificilmente encontram paralelo na História: o

afundamento do mercado imobiliário, sem aparente fim à vista, a crise no sistema financeiro, onde os bancos se

recusam a conceder crédito ao sector privado, não obstante os esforços da Reserva Federal, o esgotamento dos

instrumentos tradicionais de política monetária, obrigando a utilizar medidas menos ortodoxas e de efeitos ainda

incertos; estes são apenas alguns dos exemplos dos fenómenos mais extremos, cujo impacto é visível no

comportamento também excepcional dos principais indicadores de actividade. O consumo privado, que vale cerca de

2/3 do PIB, colapsou. Ao efeito-riqueza negativo, induzido pela queda dos activos imobiliários e dos mercados de

acções, acresce a incapacidade de obtenção de financiamento e o aumento fulgurante do desemprego. O alívio

induzido pela queda do preço dos combustíveis, embora significativo, não será suficiente para compensar tudo o

resto. Neste contexto, é incerto o destino de eventuais cortes adicionais de impostos que poderão ser canalizados

para poupança. Na realidade, a ligeira tendência de recuperação da poupança é um dos escassos desenvolvimentos

positivos dos últimos tempos, mas não ajuda à resolução da crise no curto prazo.

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Europa

A Zona Euro estava já em recessão no terceiro trimestre de 2008, mas mesmo assim o PIB terá crescido cerca de

0,7%. Em termos anuais antecipa-se também uma queda do PIB, reflectindo contracção do investimento e das

exportações, enquanto o consumo privado evoluirá muito timidamente. Em termos médios anuais, a contracção da

actividade económica poderá mesmo ser superior ao caso dos EUA, dada a ausência de medidas de estímulo

económico tão agressivas. De facto, menores desequilíbrios actuais e a menor degradação global da situação

económica não justificam medidas tão extremas como noutras regiões. O arrefecimento não será homogéneo nos

países da Região. Espanha e Irlanda terão mais dificuldades para digerir a crise do mercado imobiliário e a Alemanha

sofrerá claramente pela exposição ao exterior, pelo facto de ser o maior exportador mundial. Entretanto, o

desemprego aumentou pelo quarto mês consecutivo em Novembro, justificando a antecipada contenção do consumo

privado.

Os principais índices bolsistas apresentam uma evolução fortemente negativa em 2008, generalizando uma perca

significativa do valor dos patrimónios aplicados sob a forma de produtos de natureza financeira.

Empresas e particulares viram os seus activos atingirem valorizações completamente impensáveis no inicio do ano,

motivando um efeito de retracção e desconfiança nos mercados.

Mapa das variações dos índices bolsistas:

Índice Variação 4Q 08 Variação 08

Stoxx 600 -22.53% -46.60%

FTSE 100 -9.55% -31.33%

DAX -17.51% -40.37%

CAC 40 -20.19% -42.68%

IBEX 35 -16.31% -39.43%

PSI 20 -21.06% -51.29%

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        Relatório e Contas 2008 

Portugal

A economia portuguesa entrou em recessão em 2008, pelo que terá ficado por um crescimento muito modesto. Dada

a dimensão da crise económica global, o elevado grau de abertura ao exterior e as conhecidas deficiências estruturais

que impedem que a procura doméstica se afirme como motor de expansão (sobretudo produtividade e

endividamento), seria improvável escapar a uma contracção do produto. Neste contexto, o PIB deverá recuar cerca de

0.5% em termos reais, em 2009, movimento que será sobretudo ditado pelas exportações e investimento enquanto o

consumo privado e público contribuirão positivamente para o crescimento. Apesar da perspectiva de recessão,

existem alguns factores de conforto que explicam as razões pelas quais a economia não sofrerá uma queda tão

acentuada como outros parceiros europeus, designadamente Espanha, Irlanda, Reino Unido (onde a crise é majorada

pela bolha no imobiliário) e mesmo a Alemanha (mais afectada pela contracção da procura externa). Nomeadamente

o facto de Portugal não estar tão exposto ao sector da construção como outros parceiros europeus (o peso no PIB é

de apenas 10% que compara com 16% em Espanha). Desde 2000, os valores dos activos imobiliários duplicaram em

Espanha, aumentaram 50% no conjunto da União Económica e Monetária (UEM) e cresceram apenas 13% em

Portugal (valores nominais e crescimento no período), não existindo pois uma bolha no mercado imobiliário.

Ainda assim espera-se uma contracção do investimento atendendo à degradação global das perspectivas e ao

agravamento dos custos de financiamento. Não é previsível que o cenário macroeconómico se altere de forma

significativa até final doa ano, devido às dificuldades de obtenção de financiamento e ao pessimismo generalizado.

Temos ainda um factor preocupante que tem a ver com o desemprego, o qual atingiu 7,8% no último trimestre de

2008. O maior acréscimo está entre os jovens, sendo ainda de salientar o reforço dos contractos laborais mais

precários. O Alentejo e o Norte continuam a ser as regiões mais fustigadas pela falta de emprego – taxa de

desemprego de 10% e 8,7%, respectivamente; em contrapartida, as regiões autónomas dos Açores e Madeira são as

menos penalizadas (5,6% e 6%).

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Actividade Desenvolvida em 2008

Actividade Comercial:

Enquadramento Geral e Estratégia

 

Apesar do cenário económico adverso, assistiu-se em 2008 à afirmação da Caixa Económica da Misericórdia de

Angra do Heroísmo enquanto Instituição Financeira de cariz regional e social, reflexo de uma aposta clara na

solidificação da relação com o Cliente, bem como na diversificação e na qualidade dos produtos e serviços prestados.

No seguimento da actividade comercial da CEMAH, no ano de 2008, destaca-se a consolidação das acções e políticas

adoptadas dentro de uma conjuntura financeira e económica de difícil análise e previsão. O acompanhamento efectivo

e pontual da Gestão foi primordial para o desenvolvimento de uma estratégia comercial sólida, com incidência

específica sobre as taxas passivas e activas concedidas. O plano adoptado concentrou-se na adopção de uma análise

financeira rigorosa, com o objectivo de diminuir o risco subjacente às operações.

 

Gestão de Carteira

 

Foram, ao longo do ano, encetados esforços no sentido potenciar a carteira de crédito da CEMAH, quer em termos de

volume quer em termos de rentabilidade (nomeadamente através do acentuar do grau de cobertura de crédito por

colaterais reais), em consonância com as exigências normativas crescentes a que está sujeito o sector financeiro.

No sentido de dotar a política de concessão de crédito de maior sustentabilidade, foi desenvolvido o Modelo de

Imparidade de Crédito e criado o Gabinete de Recuperação de Crédito, dois instrumentos valiosos com o objectivo

fundamental de minorar a percentagem deteriorada da carteira.

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        Relatório e Contas 2008 

Na área de captação de recursos foi levada a cabo uma criteriosa e conservadora gestão das taxas passivas, aliada à

oferta de produtos tradicionais sem risco associado, procurando reduzir a exposição da Instituição face à actual

volatilidade do mercado financeiro e, assim, salvaguardar a taxa de intermediação financeira.

Foram dados passos largos na optimização da aplicação bancária existente, nomeadamente ao nível da actualização

de entidades e do carregamento do módulo de colaterais, na criação de automatismos, resultando em ganhos de

eficiência e minimização de perdas operacionais, em primeira instância, e posterior optimização da migração de dados

para a nova aplicação bancária, a adquirir no curto prazo.

 

Produtos e Serviços

 

Complementarmente, foi criada a área de Produtos e Marketing para suprir uma necessidade há muito existente na

Instituição, tendo como o objectivo principal de estudar as oscilações de mercado e adequar a oferta de produtos e

serviços, além de gerir a imagem e marca da Caixa Económica da Misericórdia de Angra do Heroísmo perante o

mercado consumidor e sociedade, sob uma nova óptica, mais moderna e profissional, de modo a cativar os actuais e

potenciais clientes e ratificar as origens e valores da instituição.

A gestão dos patrocínios, apoios e publicidade da CEMAH foram conduzidos de forma mais personalizada,

diferenciada e criteriosa, através de uma análise pontual de cada elemento e a sua respectiva execução e

acompanhamento. Uma das formas publicitárias adoptadas, que transmite estes conceitos e valores, foi a alteração do

slogan institucional para “Caixa Económica da Misericórdia - CEM% dos Açores”.

A necessidade de estabelecer contactos com novos públicos e clientes direccionou o lançamento de um diferente

produto através da campanha “Poupança Jovem CEM – O melhor presente”, com 98% dos objectivos por balcão

atingidos, num total de 313 poupanças.

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Canais

 

Outra estratégia adoptada em 2008 foi a aproximação com os parceiros estratégicos SIBS e UNICRE. Foi exercido um

acompanhamento mais efectivo da rentabilidade das operações dos Cartões, Caixas Automáticas Multibanco e

Terminais de Pagamento Automático, perspectivando novos produtos e acesso às últimas tecnologias.

Os contratos de Terminais de Pagamento Automático totalizaram 145 em 2008, para além da instalação de 8 novas

Caixas Automáticas Multibanco, a acrescer às 31 instaladas em 2007.

Caixas Automáticas Multibanco (CA-MB) – Grupo Central: 

Ilha Nº de  

CA‐MB MERCADO

Nº de  

CA‐MB CEMAH  

% Mercado  

CEMAH 

Terceira   84   23  

 

27% 

Graciosa   7   1  

 

14% 

São Jorge   17  6  

 

35% 

Pico   26  3  

 

12% 

Faial   26   6  

 

24% 

TOTAL   160   39 

 

24% 

 

No âmbito da parceria com a SIBS, destaca-se o inicio do projecto para a inclusão dos saldos em tempo real na rede

Multibanco, o qual se encontra em desenvolvimento.

É, ainda, de realçar a implementação da solução TV Corporativa como um novo meio de comunicação com os

clientes, permitindo difundir conteúdos multimédia de cariz informativo, noticioso e publicitário. Este sistema foi

instalado numa rede de ecrãs integrada nos balcões de Angra do Heroísmo e Praia da Vitória, assim como no Centro

de Atendimento Personalizado.

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        Relatório e Contas 2008 

A juntar-se a este novo sistema da TV Corporativa, foi implementado o sistema de Gestão de Filas de Espera nos

balcões de Angra do Heroísmo e Praia da Vitória. O desenvolvimento desta solução vem ao encontro da necessidade

da CEMAH de gerir o fluxo de clientes nos dois maiores balcões da Instituição. A informação segmentada por serviços

trouxe mais rapidez no atendimento e consequentemente um menor tempo de espera dos clientes, traduzindo numa

maior satisfação do serviço prestado pela CEMAH.

A nova Página da Internet da CEMAH, em conjunto com o desenvolvimento do sistema de Homebanking, é um

projecto de visão estratégica para a área comercial, devido ao seu carácter de potencializar a relação com os clientes.

Esta solução tem o triplo objectivo de proporcionar aos clientes a facilidade de aceder à sua conta bancária através de

um acesso à Internet, aliviar o atendimento e as filas de espera aos balcões e cativar novos clientes que não

dispensam a existência das novas tecnologias de informação. O projecto foi iniciado em 2008 estando na fase de

desenvolvimentos técnicos e dos conteúdos.

Novos Espaços Comerciais

 

No primeiro semestre de 2008, foi aberto o Centro de Atendimento Personalizado, em espaço próprio e autónomo na

Rua da Sé, em alinhamento com a estratégia de Orientação para o Cliente, visando disponibilizar um atendimento

exclusivo e personalizado a uma carteira de clientes, particulares e empresariais, seleccionados de acordo com o grau

de envolvimento/relevância com a Instituição/Mercado. Ao mesmo tempo que se acompanha uma tendência clara do

mercado, pretendeu-se construir uma relação mais próxima com o cliente, promovendo um melhor conhecimento das

suas necessidades e a identificação de oportunidades que estimulem um crescimento sustentado da CEMAH.

Um marco importante e estratégico no ano de 2008 para a actividade comercial da CEMAH foi a inauguração, no dia 5

de Dezembro, do novo edifício do balcão da Praia da Vitória, situado junto na Rua Padre Rocha Sousa,

disponibilizando aos clientes do Concelho um espaço mais acolhedor e confortável. Criou-se um novo local de

atendimento para que toda a atenção e apoio aos clientes fossem prestados da forma mais profissional, rápida e

eficaz.

          18 

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Recursos Humanos

A CEMAH terminou o ano de 2008, com um total de 81 trabalhadores activos e 40 reformados e pensionistas.

Neste total incluem-se três trabalhadores exercendo funções políticas, em regime de requisição.

Prosseguimos uma política muito controlada de admissão de quadros.

Activos e não Activos

PESSOAL Homens Mulheres Total

Activos 65 16 81

Reformados 23 0 23

Pensionistas 2 15 17

Total 90 31 121

Este ano ficou marcado pela admissão de 5 novos colaboradores, 2 por substituição (de um falecimento e de uma

reforma) e 3 técnicos licenciados para fazer face às novas exigências decorrentes dos normativos comunitários,

estipulados em Basileia II, sobretudo em termos de segregação de funções e de criação de mecanismos de controlo

dos vários riscos associados à nossa actividade

Contudo, teve sempre presente, em qualquer admissão ou reestruturação do quadro de pessoal a política da

Instituição em termos de gestão de pessoal. Neste sentido continuou-se a privilegiar a admissão de técnicos jovens o

que contribuiu para uma melhoria continua das competências da Instituição.

Outro aspecto a salientar é o peso médio crescente das mulheres (19,75) nos quadros técnicos da Instituição.

         19

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        Relatório e Contas 2008 

Estrutura Orgânica

Face ao ano anterior, a estrutura orgânica da CEMAH sofreu em 2008 nova alteração no sentido da sua adaptação

gradual ao pleno cumprimento do estipulado em Basileia II.

A CEMAH, durante o ano de 2008, e ao contrário do culturalmente verificado na Instituição ao longo de várias

décadas, alterou por duas vezes o seu Organograma:

Após um período de adequação de 7 meses, desde a implementação do Organograma em Janeiro de 2008 resultante

de um projecto de reorganização da Instituição, surgiu a necessidade de rever a estrutura da CEMAH, quer para se

adequar aos objectivos de eficácia da Instituição, quer para se manter compliante com os requisitos legais,

nomeadamente no que respeita a Basileia II.

          20 

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Em Dezembro de 2008, depois de se ter solicitado o parecer ao Banco de Portugal, o Conselho de Administração

aprovou uma nova versão do Organograma, com pequenas alterações em relação ao anterior, no sentido de

assegurar a sua perfeita compatibilidade com o estipulado no Aviso 5/2008, nomeadamente no respeitante aos

requisitos de independência relativos às funções de auditoria, compliance e risco, tendo em conta a dimensão da

Instituição.

O Organograma consubstanciou-se essencialmente nas seguintes alterações:

Direcção do Risco: Integrada na noção de Gestão de Risco, vista como uma vantagem competitiva para a CEMAH, foi

criada a Direcção do Risco, com o objectivo de desenvolver uma estrutura integrada, não só do risco, como também

de gestão financeira e desenvolvimento da estratégia.

Com este intuito foi aprovado um projecto de desenvolvimento de uma Unidade de Risco na CEMAH que teve início

em Novembro com a deslocação de uma equipa da Ernst & Young, sendo alocados a este projecto recursos humanos

especializados, quer externos quer internos, durante um período de 2 meses.

O objectivo do projecto foi implementar definitivamente a estrutura interna necessária à prossecução das suas

finalidades e em simultâneo criar competências internas para permitir à CEMAH concretizar no futuro, de forma

independente, a sua estratégia do risco.

Área de Compliance e Risco: Para dar pleno cumprimento ao aviso 5/2008 do Banco de Portugal foi criada a área de

Compliance e Risco com o objectivo de assegurar a efectivação das funções de controlo de gestão do risco e

compliance.

A justificação da acumulação das duas funções numa só área consubstanciou-se na dimensão nitidamente reduzida

da Instituição, do seu perfil de risco inequivocamente conservador, do seu histórico sem incidências gravosas e

também no rácio acentuadamente desfavorável do custo/benefício de implementação de uma estrutura complexa

Com este intuito, não só foi alterado o Organigrama, como se complementou o Descritivo de Funções para permitir

que se aplicasse, na realidade da Instituição, o estabelecido estruturalmente, ficando formalizado que cada função

teria o seu objectivo distinto, nomeadamente:

         21

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        Relatório e Contas 2008 

Controlo de Gestão de Riscos: Assegurar a aplicação efectiva do sistema de gestão de riscos e o reporte ao Conselho

de Administração acerca da avaliação da sua adequabilidade, assim como monitorizar as políticas e procedimentos de

gestão integrada do risco.

Compliance: Controlar a conformidade da CEMAH perante terceiros e dos seus colaboradores em relação à Instituição

sobre todos os normativos legais e deveres a que se encontram sujeitos e assegurar o reporte ao Conselho de

Administração acerca de indícios de violação a estas normas

Pessoal por Balcões e Serviços Centrais

Manteve-se a política de distribuição dos activos por Balcões, que resultou da variação reduzida número de clientes e

as suas respectivas necessidades em termos de volume de serviço.

A baixa densidade dos activos por balcão também foi possível pelo facto de se ter continuado a privilegiar a

centralização da maioria dos serviços administrativos e se ter recorrido à constante informatização dos serviços.

Distribuição dos activos pelos diversos balcões e serviços:

BALCÕES/SERVIÇOS Homens Mulheres Total

Angra do Heroísmo 13 3 16

Rua da Sé 2 2 4

Calheta 5 1 6

Horta 4 1 5

Praia da Vitória 7 0 7

Graciosa 4* 1 5

Velas 5 0 5

São Mateus 4* 0 4

Biscoitos 2 0 2

Madalena 5** 1 6

Serviços Centrais/Sede 13 8 21

Total 65 17 81

* Inclui 1 deputado eleito em 11/2004, para a Assembleia Legislativa Regional **Inclui 1 requisitado desde 7/2002, pelo Governo regional

          22 

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Perfil Etário

ESTRUTURA ETÁRIA Homens Mulheres Total

18-24 0 0 0

25-29 7 3 10

30-34 3 3 6

35-39 9 5 14

40-44 6 2 8

45-49 12 1 13

50-54 15 1 16

55-59 9 0 9

60-64 4 1 5

Total 65 16 81

Apesar de ainda se ter verificado, em termos etários, uma predominância de homens entre 50 e 54 anos e das

mulheres entre os 35 e 39 anos, o facto é que, em termos de média global de idades, a dos homens baixou para 45,9

e a das mulheres para 38,4, encontrando-se a média de global actual nos 44,6 anos.

42,95

51,7

42,0

46,0

40,7

47,647,6

50,0

41,5

45,8

31,831,00

36,00

41,00

46,00

51,00

Média Serviços/AgênciasMédia Global

44,57

         23

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        Relatório e Contas 2008 

Esta média global de idades, apesar de ainda ser elevada (44,57), representou, face ao ano anterior, uma diminuição

de 4,15%.

Relativamente à média etária por balcões e serviços, constatou-se que a média etária menor (31,8) foi verificada no

Balcão Rua da Sé, sendo, em contrapartida, a Calheta a agência com o número médio de idades mais elevado (51,7).

Habilitações Literárias

HABILITAÇÕES ACADÉMICAS HOMENS MULHERES TOTAL

Licenciatura 6 9 15

Bacharelato 1 0 1

Ensino Secundário 32 3 35

Ensino Técnico 4 0 4

3º Ciclo do Ensino Básico 14 1 15

2º Ciclo do Ensino Básico 4 1 5

1º Ciclo do Ensino Básico 4 2 6

Apesar do número já elevado de licenciados (15), tanto a nível global, como em quase todos os serviços/agências da

CEMAH o ensino secundário predominou.

Felizmente, o recrutamento de funcionários sem licenciatura, anteriormente verificado, fruto da cultura da Instituição e

formação ministrada proporcionou a disponibilização de excelentes profissionais bancários na área comercial e do

atendimento.

          24 

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0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

122

1 151

1

5

2

10

1

3

3

5

3

3

35

3 1

4

3

4

4

1

2

1

15

1

1

2

1

5

12 1

1

1

6

1º Ciclo EB

2º Ciclo EB

3º Ciclo EB

Ensino Técnico

Ens. Secundário

Bacharelato

Licenciatura

A prática da Instituição, foi no sentido das admissões terem sido de quadros técnicos destinados a colmatar algumas

necessidades surgidas no âmbito dos normativos comunitários.

Formação

No âmbito da formação profissional e, à semelhança dos anos anteriores, realizaram-se, no ano de 2008, diversas

acções de formação. Estas acções visaram sobretudo a formação externa, em resultado de necessidades

identificadas com a contínua implementação de novas normas e procedimentos ainda decorrentes de Basileia II.

No que diz respeito às acções de formação externa, foram ministradas as seguintes acções:

• Questões Práticas sobre a Constituição e Execução de Garantias

         25

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        Relatório e Contas 2008 

• Sistemas e Controlos Informáticos de Apoio à Auditoria

• Business Inteligence

• WorkShop Software na Banca: Comprar ou Desenvolver?

• Orçamento de Estado 2008 Encerramento de Contas de 2007

• Nota Euro

• RISCO

• Progressos nos Sistemas de Gestão de Risco Operacional

• Auditoria Interna Baseada no Risco -metodologia ERM

• Casa Pronta - Transmissão, Online e Registo de Imóveis

• Gestão de Equipas SBSI

• Astaro Certified Engeneer (ACE)

• Preparação para a Certificação CIA

• Compliance – Adoptar uma abordagem orientada ao Risco

• Formação Target II – Novo sistema de liquidação de operações

A PricewaterhouseCoopers, o Instituto Português de Auditoria Interna, o Instituto de Formação Bancária, o Banco de

Portugal e o NPF, continuaram a ser as principais entidades formadoras a que a CEMAH recorreu.

Em termos de formação interna, esta foi restrita às situações de admissão dos novos funcionários e baseou-se nos

conhecimentos fundamentais da actividade bancária em geral, nas normas legais aplicáveis, a que estão sujeitos os

bancários, e na estrutura orgânica da nossa Instituição e respectivas normas e procedimentos internos.

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Património e Obras

Continuando a perseguir o objectivo de dotar a Instituição de edifícios próprios, no dia 5 de Dezembro inaugurou-se o

novo edifício da Agência da Praia da Vitória, com abertura ao público no dia 9 do mesmo mês.

Relativamente agência planeada para Ponta Delgada, o projecto de arquitectura foi aprovado, prevendo-se que os

projectos de especialidade fiquem concluídos até finais de Março de 2009, de modo a que seja possível ainda no

decurso de 2009, pôr a obra a concurso, adjudica-la e inicia-la.

Conservação do Património

Seguindo a política do CA em manter todos os edifícios da Instituição não só em boas condições de conservação e

aparência, mas também em termos de modernidade e funcionalidade e tendo sempre como preocupação manter a

possibilidade de fácil adaptação às constantes exigências da banca actual, foram iniciadas obras na agência da

Calheta que se prevê estejam concluídas no mês de Maio de 2009.

Relativamente aos restantes imóveis da Instituição foram efectuadas, nalguns deles, pequenas obras de conservação,

nomeadamente pinturas.

Património da SCMAH

Continuam afectos ao capital social da CEMAH, alguns prédios rústicos da SCMAH, no valor de 1.614 milhares de

euros que ainda não foram devolvidos à entidade proprietária por falta de oportunidade, sendo intenção deste CA

fazê-lo durante o próximo mandato.

         27

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        Relatório e Contas 2008 

Sistemas de Informação

A CEMAH, em 2008, concentrou a sua actividade na melhoria dos sistemas de informação existentes perspectivando

a substituição da actual plataforma tecnológica e aplicacional, dando preferência ao cumprimento de requisitos de

carácter legal e obrigatório mas sem esquecer a componente de negócio e desenvolveu as actividades necessárias

para disponibilizar novos serviços ao cliente por parte da CEMAH.

Das várias actividades desenvolvidas destacam-se:

• Datacenter – o novo Centro de Dados da CEMAH e foi construído com respeito pelas normas regulamentares

de construção de Datacenters como a protecção contra intrusão, a protecção contra incêndio e a sua

extinção automática, a climatização ambiente, a sinalização de anomalias com envio de mensagens por

SMS, entre outras;

• Segurança do Perímetro – foi implementada uma solução de segurança do perímetro com a introdução de

firewalls que permitem assegurar a protecção da rede informática da CEMAH contra intrusão, vírus, ataques

e acessos não autorizados provenientes do exterior;

• Core Bancário – a PWC concluiu o relatório de análise das várias propostas que concorreram ao Caderno de

Encargos, cuja participação da Direcção de Sistemas de Informação foi primordial para se poder definir os

requisitos e módulos a solicitar no caderno; posteriormente houve a necessidade de avaliar as soluções de

forma independente para determinar a solução que oferecesse a melhor relação custo/beneficio e que melhor

se enquadrasse na estratégia de desenvolvimento da Caixa; Contudo, questões negociais, técnicas e até

conjunturais não permitiram que em 2008 se escolhesse a solução a implementar no futuro;

• Multibanco Real Time – iniciou-se, junto da SIBS, o projecto de migração do actual cenário de “Saldo de

Véspera” para a disponibilização, em Tempo Real no Multibanco, do saldo efectivamente disponível na conta

do cliente; O Real Time com o Multibanco está previsto para finais do 1º semestre de 2009;

• Homebanking – iniciou-se, junto de uma empresa especializada no desenvolvimento de soluções de Internet

Banking, os desenvolvimentos necessários para dotar a CEMAH de uma solução de Banca Electrónica com

          28 

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• todas as capacidades deste tipo de ferramentas, à excepção da componente de pagamentos que exige

ligação em Tempo Real com o Multibanco (em projecto conforme o ponto anterior);

• TARGET2 – iniciou-se o projecto de adesão ao TARGET2 decorrente da extinção do SPGT (Sistema de

Pagamento de Grandes Transacções) e SLOD (Sistema de Liquidação de Outros Depositantes) que permite

à CEMAH liquidar todas as operações do SICOI (Sistema de Compensação Interbancária) e de grandes

montantes e efectuar pagamentos, a pedido dos clientes, a Instituições Financeiras participantes no

TARGET2;

• Central de Riscos de Crédito – implementou-se a nova Central de Riscos de Crédito, já em vigor, de acordo

com as regras definidas pelo Banco de Portugal, para permitir a disseminação dos saldos dos devedores pelo

sistema bancário, com vista a evitar o endividamento dos clientes e a diminuir o risco de concessão de

crédito por parte das Instituições Financeiras;

• Aplicação bancária – após a migração da versão 8 da base de dados (Progress) para a versão 10

(OpenEdge) procedeu-se novos desenvolvimentos e à introdução de alterações na aplicação bancária para

responder aos requisitos de negócio, ao cumprimento das regulamentações da Supervisão e a pôr em prática

recomendações dos Auditores Externos no âmbito do Controlo Interno;

         29

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        Relatório e Contas 2008 

Organização e Planeamento

Criado no final do ano precedente o Departamento de Organização e Planeamento, no decorrer de 2008, confirmou-se

a necessidade da sua existência na CEMAH, na medida em que cada vez mais, se verificou a transversalidade dos

processos na Instituição e o cariz interdepartamental dos projectos, sendo assim imperativo uma estrutura para

assegurar uma visão orientada para o todo, integrando cada parcela per si num objectivo comum.

Qualidade

Foi mantido o objectivo do gabinete da qualidade de assegurar a melhoria contínua e de manter actualizada toda a

documentação do modelo organizacional incluindo o organograma, o código de conduta, o descritivo de funções, os

procedimentos e respectiva matriz em vigor na CEMAH, conforme as normas estabelecidas internamente.

Organização

A gestão de projecto, vista como a aplicação do conhecimento, aptidões, ferramentas e técnicas para planear as

actividades do projecto face aos seus requisitos, é essencial para coordenar tempo, custo, requisitos, qualidade e

risco na implementação de qualquer projecto.

Na CEMAH foram implementados dois projectos de grande importância direccionados para assegurar a funcionalidade

da Instituição, tanto em termos de eficiência interna, como em de situações de anormalidade, a saber:

          30 

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Plano de Contingências

Decorrente da necessidade de assegurar a continuidade do negócio em cenários de crise e de dar cumprimento à

Carta Circular n.º100/2005 do Bd’P sobre o Planeamento de Contingências nas Instituições de Crédito e Sociedades

Financeiras – Recomendações Prudenciais, a CEMAH iniciou um projecto durante o ano de 2008 nesse âmbito.

Foi elaborado por uma consultora externa, um roadmap para a implementação de um Plano de Contingências, através

de uma abordagem que teve por base uma análise ao funcionamento in loco da CEMAH. O projecto considerou vários

aspectos, nomeadamente:

• Esclarecimento de conceitos chave;

• Sistematização dos processos por ordem de criticidade;

• Proposta de linhas orientadoras para as medidas de continuidade a implementar;

• Identificação dos responsáveis pela evolução e manutenção do Plano de Contingências, bem como

pelas acções a empreender, caso ocorra um qualquer evento que obrigue à paragem de processos

críticos;

• Agregação das actividades recomendadas tendo em vista a preparação de Recursos Humanos,

Sistemas de Informação, Instalações Físicas e Processos de Gestão de Crise para a implementação

de um Plano de Contingências robusto;

Intranet

Implementou-se uma solução de intranet corporativa com objectivo de aumentar o grau de eficiência e produtividade

dos colaboradores, através da melhoria do modo de funcionamento dos serviços internos.

Várias melhorias propostas nos procedimentos foram realizáveis através do recurso a formulários da intranet,

permitindo assim não só a uniformização de procedimentos e documentos, como também um controlo de circuitos

perfeitamente definidos, um histórico de acções e uma redução considerável do tempo despendido na elaboração de

textos.

         31

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        Relatório e Contas 2008 

Controlo Interno

O Controlo Interno de há muito vem sendo uma preocupação do Supervisor em relação à actividade bancária. No

entanto, no decorrer do ano de 2008, o Banco de Portugal publicou o Aviso n.º 5/2008 com o intuito de actualizar os

requisitos aplicáveis em matéria de controlo interno tendo em conta a reconhecida importância que a existência de um

sistema de controlo interno adequado e eficaz assume, designadamente, para garantir um efectivo cumprimento das

obrigações legais e dos deveres a que a Instituição se encontra sujeita e uma apropriada gestão dos riscos inerentes

às actividades desenvolvidas, assegurando a sua estabilidade e sobrevivência.

Com o binómio controlo/compliance, a CEMAH optou por uma estrutura organizativa que assegurasse tanto um

desempenho eficiente e rentável da actividade como o respeito pelas disposições legais e regulamentos aplicáveis,

nunca descurando a existência de informação financeira e de gestão completa, pertinente, fiável e tempestiva.

A CEMAH tem vindo a reunir esforços no sentido de implementar um sistema de controlo interno adequado à sua

dimensão que atinja de forma eficaz os objectivos definidos, sendo 2009 o ano de arranque para ser determinado e

devidamente documentado todo o sistema de controlo interno da Instituição, cujo resultado poderá ser verificado no

relatório anual a enviar para o Bd’P, obedecendo aos seguintes princípios:

• Um adequado ambiente de controlo;

• Um sólido sistema de gestão de riscos;

• Um eficiente sistema de informação e comunicação;

• Um efectivo processo de monitorização

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Gestão do Risco

Tendo em conta a gradual importância que a gestão do risco assume no dia-a-dia das Instituições Financeiras, quer

pelas imposições regulamentares de Basileia II, Modelo de Avaliação de Riscos e Better Regulation em matéria de

controlo interno do Banco de Portugal, quer pelo valor que acrescenta à tomada de decisão, tornou-se urgente para a

CEMAH a implementação de uma Unidade de Gestão do Risco como estrutura funcional junto do Conselho de

Administração.

A Gestão do Risco apresentou-se como vantagem competitiva, na medida em que foi imbuída na estratégia e nas

operações da Instituição, para além do seu papel original de ferramenta de mitigação do risco.

A Gestão Integrada do Risco trouxe grandes benefícios na compreensão da vasta dimensão dos riscos que a

Instituição enfrenta e nas decisões risco-retorno, bem como na optimização da capacidade de aceitação de risco

perante o consumo de capital.

Num primeiro nível, o crucial foi a avaliação global dos riscos, a definição de um Risk Appetite e a integração das

considerações do risco no processo de tomada de decisões estratégicas, tendo em consideração que o Risk Appetite

representa a chave primária entre a estratégia e a gestão do risco, numa perspectiva top-down (do topo para a base) e

que a Tolerância ao Risco se caracteriza por representar uma importante ferramenta de Corporate Governance como

medidor da pressão que pode ser infligida nos gestores do negócio para alcançar certos objectivos estratégicos.

Num segundo nível implementou-se os processos e ferramentas de avaliação, monitorização e gestão. A selecção das

medidas apropriadas de risco foi baseada na natureza de cada risco, na quantidade e profundidade da informação

requerida para aplicar a medida considerada e na capacidade organizacional da unidade de negócio encarregue por

responder a um evento de risco/perda.

Por outro lado, uma terceira linha de defesa fez-se ainda, na medida em que se integrou a Auditoria Interna para

sustentação do nível operacional, e a par do controlo interno. Essa função deverá incluiu a análise sobre o

funcionamento das questões de compliance, bem como com os processos, políticas e procedimentos definidos

(autorizações, segregação de funções, reporte interno, e afins), estruturais e/ou de controlo.

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        Relatório e Contas 2008 

Assim, a actividade da CEMAH no domínio da Gestão do Risco no ano de 2008 passou pela materialização desta

função no modelo orgânico e funcional da Instituição, repartindo-se pela Direcção de Gestão do Risco que reporta à

Direcção Geral e por uma função macro, sem poder executivo – Função de Compliance e Controlo de Risco –, sob a

dependência directa do Conselho de Administração.

A sua missão desenvolveu-se nas seguintes funções:

• Deduzir e partilhar informação sobre o perfil de riscos, exposições e capital económico com toda a estrutura do risco

• Incorporar uma visão diferenciada (mas integrada) das tipologias de risco – financeiros e não financeiros – no processo de tomada de decisão operacional, de gestão e estratégica

• Obter e incorporar nos modelos a informação histórica e de exposição actual necessária à elaboração de relatórios significativos na definição estratégica do perfil de risco e dos níveis de tolerância

• Possibilitar ao Órgão de Administração, a monitorização do perfil de riscos, através do estabelecimento de níveis de alerta sobre valores em risco (indicadores chave de risco), níveis de capital económico ou de rentabilidade sobre o mesmo

Com o apoio de uma consultora externa, foi prevista e documentada toda a actuação neste domínio, culminando num

Manual da Unidade de Gestão do Risco. O ponto de partida consistiu em sistematizar e formalizar o perfil de risco da

CEMAH, definindo os níveis de tolerância a cada risco considerado material para a Instituição.

Foram identificados como riscos materiais para a CEMAH os seguintes:

• Risco de Crédito, incluindo o Risco de Concentração

• Risco de Liquidez, incluindo o Risco de Taxa de Juro

• Risco Operacional, incluindo os riscos de Compliance, Sistemas de Informação e, ainda, o risco de Reputação, apesar de não quantificável

Desta forma foi definido o plano de trabalhos que permite operacionalizar o sistema de gestão integrada do risco ao

longo do 1º semestre de 2009, sendo prioritário o arranque da gestão do risco de crédito, seguindo-se o risco de

liquidez/taxa de juro e o risco operacional.

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Auditoria Interna

A função Auditoria Interna está formalmente instituída na CEMAH, desde Fevereiro de 2006, com a criação do

Gabinete de Auditoria Interna, hierarquicamente dependente do Conselho de Administração.

A Auditoria Interna concretiza gradualmente a sua integração plena no seio da Instituição, como parceiro contributivo

para a melhoria dos processos de identificação, controlo e gestão do risco.

A nova filosofia de Governação por Processos, provenientes da redefinição orgânica e estratégica na CEMAH, e a

observância dos princípios e recomendações do Comité de Basileia de Supervisão Bancária, originou uma mudança

cultural significativa, com novas exigências relativas à função de auditoria interna, referindo expressamente que:

“Cada Instituição deve dispor de uma função de auditoria interna de carácter permanente”.

A auditoria interna é uma actividade independente, de avaliação objectiva e de consultoria, destinada a acrescentar

valor e a melhorar as operações de uma organização.

Todas as actividades da Auditoria Interna foram pautadas pela competência, rigor e isenção, pelas melhores práticas

Profissionais, seguindo a Legislação em vigor, as Directrizes das Entidades Supervisoras e da Governação, e

segundo as Práticas Profissionais de Auditoria Interna do IIA (The Institute of Internal Auditors).

Tendo em conta a dimensão da Instituição e os recursos humanos afectos à função de auditoria interna, foi necessário

o recurso ao outsourcing na medida em que, a Auditoria Interna contou com apenas um colaborador, a desempenhar

funções de auditor e de responsável pela função.

Das actividades desenvolvidas pela auditoria interna, no decurso do ano 2008, destacam-se as seguintes:

• A planificação das Actividades de acordo com o Plano Anual de Trabalho da Auditoria Interna;

• Balanços de Controlo à Tesouraria Central.

• Balanços de Controlo à Tesouraria e aos Caixas nas Agências:

         35

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        Relatório e Contas 2008 

- Da Sede (A. Heroísmo) - Da Calheta e das Velas (Ilha de São Jorge) - Da Madalena (Ilha do Pico).

Identificação, Controlo e Validação de Processos, nomeadamente:

• Validação de conformidades na movimentação das contas DO dos nossos colaboradores.

• Identificação / Validação Conformidades nos Procedimentos:

- Remessas de Valores em Trânsito entre Balcões. - Reclamações Oficiais na n/Instituição. - Branqueamento de Capitais. - Balanços Mensais de Controlo aos Caixas em todas as nossas Agências e Balcões. - Identificação e Transporte de Valores. - Circularização de Clientes e Entidades Relacionadas c/a nossa Instituição. - Informações Bancárias para Auditores Externos, no seguimento dos pedidos dos nossos clientes. - Aspectos gerais ligados ao Controlo, Vigilância, Segurança e funcionalidades no desempenho da

actividade bancária nos nossos balcões. - Estados de conservação dos imóveis - Edifícios Sede das nossas Agências.

Outros Trabalhos:

• Contribuição para a melhoria continua de processos e procedimentos;

• Elaboração do Mapa Reporte das Incidências detectadas pela AI, a incluir no Relatório Anual de Controlo

Interno;

• Colaboração directa em alguns dos trabalhos realizados por Auditores Externos, nomeadamente com a PWC

e a Ernst & Young;

• Elaboração das Propostas do Plano Anual de Actividades da Auditoria Interna e do Plano de Formação do

Auditor Interno para o ano seguinte - 2009.

          36 

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Evolução da Actividade

Depósitos

No exercício em análise os depósitos da CEMAH totalizaram 233.057 milhares de euros, registando um ligeiro

decréscimo de 2,1%, face ao período homólogo do ano anterior. O total de depósitos decompuseram-se em 64.097

milhares de euros em depósitos à ordem, e 168.960 milhares de euros em depósitos a prazo e de poupança,

representando 28% e 72% respectivamente do total.

O ano foi fortemente influenciado pela designada crise da liquidez, na sequência do processo de subprime, que

obrigou muitos bancos a oferecerem taxas de remuneração dos depósitos a prazo atípicamente elevadas e tendo por

objectivo consolidar recursos na passagem do ano. Este efeito combinado com a subida generalizada das taxas de

juro, levou a CEMAH acompanhar atentamente a evolução do mercado, tendo, naturalmente implicado custos de

manutenção de depositantes, apesar de as taxas médias de remuneração se situarem em linha com o que se passou

na restante banca.

A atitude comercial encetada por esta Instituição permitiu a manutenção de grande parte dos seus depositantes e até

a captação de alguns novos clientes, não tendo sido possível satisfaz alguns mais reivindicativos, que habitualmente

consultam toda a praça bancária.

Estamos convictos, que passado este período atípico voltaremos a aumentar o volume de depósitos na Instituição

Mapa evolutivo dos depósitos:

Depósitos 2007 2008 Variação

Depósitos à Ordem 51.459.876 euros 64.097.205 euros 24.56%

Depósitos a Prazo e Poupança 186.673.503

euros 168.959.829 euros -9.49%

Total 238.133.379 euros 233.057.034 euros -2,13%

         37

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        Relatório e Contas 2008 

Crédito

O montante global do crédito concedido em 31 de Dezembro último era de 132.895 milhares de euros, representando

um ligeiro acréscimo de 3,01% em relação a 2007. Tal crescimento ocorreu no contexto da implementação de uma

política bastante restritiva na concessão do crédito e acompanhou os indicadores macroeconómicos disponíveis para

a economia nacional e regional, que coincidiram no sentido de uma degradação do ambiente económico.

Continuou-se a privilegiar a concretização de operações de crédito em empresas e particulares que demonstraram

possuir bons patrimónios, como forma de minimizar tanto o risco como o consumo de capital associado a tais

operações, e a fazer depender a concessão de crédito da demonstração de uma boa capacidade de libertar meios

suficientes para o reembolso dos empréstimos, sendo este o primeiro critério a ter em conta na aprovação de

operações de crédito.

O factor risco e concentração ponderou decisões da CEMAH, que foram sempre acompanhadas da análise histórica

dos nossos clientes e da avaliação dos comités de crédito.

A 31 de Dezembro de 2008, o saldo do crédito vencido situava-se em 4.062 milhares de euros, constituindo cerca de

3% do crédito global, valor bastante equilibrado face conjuntura verificada e à média do sector bancário.

Atendendo à natureza das garantias que suportaram tais operações, o montante de crédito vencido acima referido,

apresentou um bom grau de cobrabilidade.

Salienta-se que a carteira de crédito é objecto de observação permanente por parte dos auditores externos e

devidamente provisionada de acordo com as regras emitidas pelo organismo de supervisão bancária, tendo sido

construído em 2008, o modelo de imparidade de crédito, com objectivo de suporte ao aprovisionamento de crédito.

CRÉDITO 2007 2008 Var.

Crédito 129.013.669 euros 132.894.536 euros 3,01%

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Balanço

A estrutura do Balanço não sofreu alterações significativas no exercício de 2008, mantendo-se muito semelhante o peso relativo das grandes rubricas que o constituem, conforme explicito no mapa em anexo Evolução dos Principais Agregados do Balanço:

Unidade: Milhares de euros

Designação 2007 2008

Valor % Valor %

1. Disponibilidades 12.687 4,66% 13.133 4,90%

2. Aplicações 246.789 90,64% 238.890 89,13%

2.1. Aplicações em I.C. 112.422 41,29% 103.328 38,55%

2.2. Créditos a clientes líquido 126.096 46,31% 129.323 48,25%

2.3. Activos financ. disp. p/venda 8.270 3,04% 6.239 2,33%

3. Imobilizações líquidas 8.453 3,10% 9.066 3,38%

4. Outros activos 4.354 1,60% 6.944 2,59%

5. ACTIVO LÍQUIDO 272.283 100,00% 268.033 100.00%

6. Recursos alheios 245.063 90,00% 238.915 89,14%

6.1 Recursos de outras I.C. 11 0,00% 1 0,00%

6.2. Recursos de clientes 239.754 88,05% 234.874 87,63%

6.3. Passivos subordinados 5.299 1,95% 4.040 1,51%

7. Provisões 1.995 0,73% 1.642 0,61%

8.Outros passivos 5.421 1,99% 5.818 2,17%

9. PASSIVO 252.480 92,73% 246.375 91,92%

10. Capitais próprios 19.803 7,27% 21.658 8,08%

10.1. Capital 13.855 5,09% 14.305 5,34%

10.2. Reservas de reavaliação 552 0,20% 473 0,18% 10.3. Out. Res. e Res. Transitados 2.444 0,90% 3.882 1,45%

10.4. Resultado do Exercício 2.952 1,08% 2.997 1,12%

A 31 de Dezembro de 2008, o Activo Líquido situava-se nos 268.033 milhares de euros, representando um

decréscimo de 1,56% em relação ao idêntico período do ano anterior.

         39

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        Relatório e Contas 2008 

O Crédito a Clientes, no montante 129.323 milhares de euros e representando 48,25% do activo líquido, engloba todo

o crédito, vincendo e vencido, concedido pela Instituição e respectivos proveitos a receber. A este valor foram

deduzidas as provisões associadas.

As Aplicações em Instituições de Crédito, que ascenderam a 103.328 milhares de euros e representavam 38,551% do

activo líquido, incluem 44.000 milhares de euros de aplicações no Mercado Monetário Interbancário e a colocação de

58.784 milhares de euros em depósitos do excedente de liquidez noutras instituições financeiras. No seu conjunto

estas aplicações proporcionaram um rendimento anual de 5.940 milhares de euros.

As Imobilizações Líquidas, cujo valor foi de 9.066.323 euros, incluem todo o património de imóveis de serviço próprio

da Instituição, bem como o valor de 1.613.736 milhares euros, referente a património recebido da SCMAH, aquando

do aumento, de capital ocorrido em 1988.

Registou-se no Passivo um valor de 246.375 milhares de euros, assumindo a carteira de depósitos da Instituição –

Recursos de Clientes e respectivos custos a pagar, 234.874 milhares de euros.

Os empréstimos subordinados subscritos pela Instituição ascendiam ao montante 4.040 milhares de euros, valor

inferior aos 5.299 apresentados no ano transacto.

Nos “Outros Passivos” estão contabilizadas as responsabilidades com o Fundo de Pensões, a mensualização de

outros encargos a pagar e outras operações a regularizar.

A Situação Líquida da CEMAH ascendeu a 21.658 milhares de euros, mais 1.855 milhares de euros de acréscimo

relativamente a 2007, valor suficiente para permitir a transformação desta Caixa Económica em Banco, tendo em

conta que o valor mínimo para esse efeito é de 17.500 milhares de euros.

Apresentamos um Rácio de Solvabilidade de 10,7%, o qual passará para 11,7%, com a inclusão dos resultados

líquidos (deduzido o valor distribuído ao accionista), os quais só poderão ser considerados após a respectiva

certificação das Contas, por parte dos auditores externos.

          40 

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Conta de Exploração

Mapa comparativo da evolução das principais rubricas:

Unidade: Milhares de euros

Designação 2007 2008

1. Juros e rendimentos similares 14.419 15.760

2. Juros e encargos similares (6.088) (6.540)

3. Margem Financeira 8.331 9.220

4. Rendimentos de serviços e comissões 1.298 1.231

5. Encargos com serviços e comissões (134) (133)

6. Resultados de actividade financeira 33 89

7. Outros resultados de exploração (160) (446)

8. Produto Bancário 9.367 9.961

9. Custos com pessoal (2.896) (3.336)

10. Gastos gerais administrativos (1.963) (1.981)

11. Amortizações do exercício (490) (441)

12. Provisões líquidas de reposições e anulações (44) (576)

13. Correcções de valor associadas a crédito a clientes

(1.021) (629)

14. Resultado Líquido do Exercício 2.952 2.997

Da análise dos valores da Conta de Exploração relativos ao exercício de 2008, podemos constatou-se os seguintes

aspectos:

a) Margem Financeira

Os proveitos e os custos relacionados com as operações activas e passivas da Instituição, passaram de 8.331

milhares de euros em 2007 para 9.220 milhares de euros em 2008, registando um crescimento de 10,7%, que se

deveu a crescimento da diferença entre os juros e rendimentos similares recebidos e os juros e encargos similares

pagos, motivados pelo acréscimo das taxas de juro activas a passivas.

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        Relatório e Contas 2008 

b) Produto Bancário

O acréscimo de 9.367 milhares de euros para 9.961 milhares de euros no Produto Bancário, representando uma

evolução de 6,34%, foi inferior ao registado na margem financeira sobretudo devido ao acréscimo negativo dos outros

resultados de exploração. Salienta-se também aqui a contribuição positiva de 1.231 milhares de euros de

Rendimentos de serviços e comissões

c) Custos Operacionais

Salienta-se também o fraco crescimento dos gastos gerais administrativos, que foi inferior a 1%, como resultado de

uma política cuidadosa de gestão de custos.

d) Provisões líquidas de reposições e anulações

Esta rubrica registou um crescimento de 532 milhares de euros, em resultado do seguimento de uma política prudente

no que concerne à eventual desvalorização de outros activos (imóveis adquiridos para reembolso de crédito próprio),

detidos pela CEMAH.

e) Correcção de Valor de Crédito a Clientes

Esta rubrica registou um decréscimo significativo (de 38,4%) face ao ano anterior, que se ficou a dever ao reforço de

provisões realizado em 2007, por recomendação das orientações de Basileia II, que impuseram às instituições

financeiras critérios bastante mais exigentes e segmentados de constituição de provisões.

f) Resultados

Conforme já referenciado, a Margem Financeira e o Produto Bancário apresentaram um acréscimo importante em

2008, relativamente a 2007, apresentando o Resultado Líquido do Exercício um crescimento de cerca de 45 milhares

de euros.

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Mapa da Evolução da Margem Financeira, Produto Bancário e Resultados:

Unidade: Milhares de euros

2007 2008

Margem Financeira 8.331 9.220

Produto Bancário 9.367 9.961

Resultado Líquido do Exercício 2.952 2.997

Resultados Transitados resultantes de alteração de políticas contabilísticas (1.150) (613)

Resultado a Distribuir 1.802 2.384

Os Resultados Transitados, resultantes de alterações de políticas contabilísticas, apresentaram um decréscimo face a

2007, que se deveu essencialmente a alterações de legislação por parte do Banco de Portugal, nomeadamente ao

alargamento dos prazos de diferimento dos impactos da contabilização das responsabilidades associada ao Plano de

Pensões.

Foi muito importante o crescimento do Produto Bancário em 2008 atendendo à pressão verificada sobre as operações

passivas, elevando claramente o custo de aquisição de capital e reduzindo a margem de intermediação financeira.

Pode, pois, concluir-se que no exercício em análise, a actividade encontrou-se consolidada e capaz de produzir

resultados consistentes, em linha com os que são apresentados no presente relatório, o que assume particular

relevância no actual contexto económico-financeiro, em que muitas instituições de crédito se depararam com sérias

dificuldades.

Manter os níveis de actividade registados e os indicadores de margem financeira e produto bancário significou um

bom ajustamento da Instituição face ao mercado.

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        Relatório e Contas 2008 

Proposta de Aplicação de Resultados do Exercício

Tendo sido constituídas as provisões adequadas para o Crédito, contabilizados os encargos resultantes da

constituição do Fundo de Pensões e efectuadas as amortizações legais, propomos que o Resultado a distribuir, no

montante de 2.384.078,63 euros, tenha a seguinte aplicação:

S.C.M.A.H ------------------------------ 596,019,66 euros (25%)

Capital --------------------------- 596,019,66 euros (25%)

Reserva Legal --------------------- 596,019,66 euros (25%)

Reserva Estatutária ------------ 596,019,66 euros (25%)

Angra do Heroísmo, 27 de Fevereiro de 2009

          44 

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Demonstrações Financeiras

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        Relatório e Contas 2008 

Balanço em 31 de Dezembro de 2008 e 2007

Unidade: Euro 31-Dez-08 31-Dez-07

Antes Prov. Prov. Imp. Valor Valor Notas Imp. Amort. Amort. Líquido Líquido

Activo

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 6.1 10.084.241 10.084.241 10.273.200 Disponibilidades em out. inst. de crédito 6.2 3.048.568 3.048.568 2.413.938 Activos financeiros disponíveis para venda 6.4 6.238.753 6.238.753 8.270.453 Aplicações em outras instituições de crédito 6.3 103.328.290 103.328.290 112.422.158 Crédito a clientes 6.5 133.186.874 (3.863.743) 129.323.131 126.096.014 Activos tangíveis 6.6 4.496.522 (612.929) 3.883.593 - Outros activos tangíveis 6.7 12.716.881 (3.804.346) 8.912.535 8.209.673 Activos intangíveis 6.8 1.742.854 (1.589.066) 153.788 243.429 Outros activos 6.9 3.059.944 3.059.944 4.354.105

Total do Activo 277.902.927 (9.870.084) 268.032.843 272.282.971

Passivo e Capital

Passivo: Recursos de outras instituições de crédito 6.11 1.198 10.589 Recursos de clientes e outros empréstimos 6.12 234.873.598 239.754.300 Provisões 6.10 1.641.525 1.995.420 Outros passivos subordinados 6.15 4.040.527 5.298.596 Outros passivos 6.13 5.817.971 5.420.858

Total do Passivo 246.374.820 252.479.763 Capital: Capital 6.17 14.305.262 13.854.672 Reservas 6.17 473.365 552.038 Outras reservas e resultados transitados 6.17 3.881.933 2.444.400 Resultado do exercício 2.997.464 2.952.098

Total do Capital 21.658.024 19.803.208

Total do Passivo e do Capital 268.032.843 272.282.971

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Demonstração de Resultados dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2008 e 2007

Unidade: Euro Notas 31-Dez-08 31-Dez-07 Juros e rendimentos similares 6.19 15.760.152 14.419.410 Juros e encargos similares 6.19 (6.539.696) (6.088.266)

Margem financeira 9.220.456 8.331.144

Rendimentos de instrumentos de capital 6.20 17.422 17.272 Rendimentos de serviços e comissões 6.21 1.230.831 1.297.967 Encargos com serviços e comissões 6.21 (132.685) (133.617)Resultados de activos financeiros disponíveis para venda (líquido) 6.22 (4.997) 30.893Resultados de reavaliação cambial (líquido) 6.22 93.499 2.138 Resultados de alienação de outros activos Outros resultados de exploração 6.23 (464.001) (179.059)

Produto bancário 9.960.525 9.366.738

Custos com pessoal 6.24 (3.335.676) (2.896.439)Gastos gerais administrativos 6.25 (1.981.181) (1.963.447)Depreciações e amortizações 6.7e6.8 (440.805) (489.931)Provisões líquidas de reposições e anulações 6.10 (575.973) (43.860)

Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (líquidas de reposições e anulações) 6.10 (629.426) (1.020.962)

Resultado antes de impostos 2.997.464 2.952.098

Impostos correntes

- - Impostos diferidos - -

Resultado após impostos 2.997.464 2.952.098

Do qual: Resultado após impostos de operações descontinuadas - -

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       Relatório e Contas 2008 

Demonstração dos Fluxos de Caixa dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2008 e 2007

Unidade: Euro Notas 1-Dez-08 31-Dez-07 Fluxos de caixa das actividades operacionais

Juros recebidos 16.338.291 14.241.912 Juros pagos (6.332.921) (5.261.063)Comissões recebidas 1.360.394 1.529.018 Comissões pagas (132.685) (134.099)Pagamentos (de caixa) a empregados e a fornecedores (5.627.219) (5.148.650)Impostos pagos (16.655) (6.864)

(Aumentos)/diminuições dos activos operacionais (líquido) Créditos e adiantamentos a instituições de crédito 59.111.429 (32.176.145)Créditos e adiantamentos a clientes (7.658.384) 1.781.300 Outros activos 736.605 (611.183)

Aumentos/(diminuições) dos passivos operacionais (líquido) Débitos para com instituições de crédito - à vista (9.391) (33.876)Débitos para com clientes - à vista 12.878.679 (16.654.371)Débitos para com clientes - a prazo (17.713.674) 25.808.732

Outros passivos (802.285) 537.179 Fluxos de caixa líquidos das actividades operacionais 52.132.184 (16.128.109) Fluxos de caixa das actividades de investimento

Dividendos recebidos 17.422 17.272 Juros recebidos de activos financeiros disponíveis para venda 215.715 295.413 Venda de activos financeiros disponíveis para venda 1.931.504 7.394.779 Compra de activos financeiros disponíveis para venda (42.713) (3.064.740)Vencimento de activos financeiros disponíveis para venda - -Compra de outros activos tangíveis (992.351) (851.703)Venda de outros activos tangíveis - 86.334Compra de activos intangíveis (55.875) (65.968)

Venda de activos intangíveis - (16.334) Fluxos de caixa líquidos das actividades de investimento 1.073.704 3.795.052 Fluxos de caixa das actividades de financiamento

Emissão de dívida subordinada - - Reembolso de dívida subordinada (1.250.000) - Juros de dívida subordinados (260.552) (247.443)Dividendos pagos (450.590) (728.651)

Fluxos de caixa líquidos das actividades de financiamento (1.961.141) (976.094) Aumento líquido em caixa e seus equivalentes 51.244.746 13.309.152 Caixa e seus equivalentes no início do período 6.14 65.122.853 78.429.867 Efeitos de alteração da taxa de câmbio e seus equivalentes 93.499 2.138 Caixa e seus equivalentes no fim do período 6.14 116.461.098 65.122.853

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Demonstrações de Alterações no Capital Próprio dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2008 e 2007

Reservas de Outras Resultados

Resultado do

Notas Capital Reavaliação Reservas transitados exercício Total

Saldos em 31 de Dezembro de 2006 6.17 13.126.021 560.856 2.136.837 (921.101) 3.835.705 18.738.319

Constituição de reservas: - Reserva legal 728.651 (728.651) - Reserva estatutária 728.651 (728.651) -

Aumento de capital por incorporação de resultados 728.651 (728.651) - Distribuição de resultados (728.651) (728.651) Aplicação de resultados 921.101 (921.101) - Alterações de política contabilística (8.819) (338.735) (347.554) Variação líquida em activos financeiros disponíveis para venda - Amortização do impacto do Aviso nº 12/2001 (Pensões de Reforma) 6.17 (811.004) (811.004) Resultado do exercício 6.17 2.952.098 2.952.098

Saldos em 31 de Dezembro de 2007 13.854.672 552.038 3.594.139 (1.149.739) 2.952.098 19.803.208

Constituição de reservas: Reserva legal 6.17 450.590 (450.590) - Reserva estatutária 6.17 450.590 (450.590) -

Aumento de capital por incorporação de resultados 6.17 450.590 (450.590) - Distribuição de resultados 6.17 (450.590) (450.590) Aplicação de resultados 1.149.739 (1.149.739)Alterações de política contabilística 6.17 - Variação líquida em activos financeiros disponíveis para venda 6.17 (78.673) (78.673) Amortização do impacto do Aviso nº 12/2001 (Pensões de Reforma) 6.17 (613.385) (613.385) Resultado do exercício 2.997.464 2.997.464

Saldos em 31 de Dezembro de 2008 14.305.262 473.365 4.495.319 (613.385) 2.997.464 21.658.024

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        Relatório e Contas 2008 

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Relatório e Parecer do Conselho Fiscal

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        Relatório e Contas 2008 

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Certificação de Contas

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Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 (Valores expressos em milhares de euros)

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1. Introdução A Caixa Económica da Misericórdia de Angra do Heroísmo (“CEMAH” ou “Caixa”) é uma instituição de crédito, tendo sido constituída em 26 de Abril de 1896. Está autorizada a operar no âmbito do disposto no Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, e do Decreto-Lei nº 136/79, de 18 de Maio, que regulamenta a actividade das caixas económicas, estabelecendo algumas restrições à sua actividade. Porém, a Caixa pode realizar operações bancárias mesmo para além das enunciadas nos seus Estatutos, desde que genericamente autorizadas pelo Banco de Portugal. Presentemente, opera através da sede, na cidade de Angra do Heroísmo, e de uma rede de 9 balcões dispersa pelas ilhas da Terceira, Pico, S. Jorge, Faial e Graciosa. A Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo é detentora da totalidade do capital da Caixa. 2. Bases de apresentação, comparabilidade da informação e principais

políticas contabilísticas 2.1 Bases de apresentação As demonstrações financeiras da Caixa foram apresentadas no pressuposto da continuidade das operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro e das Instruções nº 23/2004 e nº 9/2005, do Banco de Portugal. As NCA traduzem-se na aplicação às demonstrações financeiras individuais das Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS”) tal como adoptadas pela União Europeia, com excepção de algumas matérias reguladas pelo Banco de Portugal, nomeadamente:

i) valorimetria e imparidade do crédito concedido, que segue o regime disposto no Aviso nº 3/95, de 30 de Junho do Banco de Portugal;

ii) o tratamento contabilístico relativo ao reconhecimento em resultados

transitados dos ajustamentos das responsabilidades por pensões de reforma e sobrevivência apuradas na transição, e;

iii) mensuração de activos tangíveis, que são mantidos ao custo de aquisição não

sendo possível o seu registo pelo justo valor. Os IFRS incluem as normas contabilísticas emitidas pelo International Accounting Standards Board (“IASB”) e as interpretações emitidas pelo Internacional Financial Reporting Interpretation Comitee (“IFRIC”), e pelos respectivos órgãos antecessores.

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Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 (Valores expressos em milhares de euros)

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Normas contabilísticas, alterações e interpretações emitidas, mas sem aplicação obrigatória no exercício de 2008: A Caixa optou por não aplicar as normas contabilísticas, alterações e interpretações recentemente emitidas, mas sem aplicação obrigatória no exercício de 2008: IAS 1 (Alterações) – Apresentação de demonstrações financeiras; IAS 1 (Revisto) – Apresentação de demonstrações financeiras; IAS 19 (Alterações) – Benefícios dos empregados; IAS 23 (Alterações) – Custos de empréstimos obtidos; IAS 27 (Revisto) – Demonstrações financeiras consolidadas e separadas; IAS 28 (Alterações) – Investimentos em associadas; IAS 32 (Alterações) – Instrumentos financeiros: Apresentação; IAS 36 (Alterações) – Imparidade de activos; IAS 38 (Alterações) – Activos intangíveis; IAS 39 (Alterações) – Instrumentos financeiros: Reconhecimento e mensuração; IFRS 1 (Alterações) – Adopção pela primeira vez das normas internacionais de relato financeiro; IFRS 2 (Alterações) – Pagamento com base em acções; IFRS 3 (Revisto) – Concentrações de actividades empresariais; IFRS 5 (Alterações) – Activos não correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas; IFRS 8 – Segmentos operacionais. FRIC 15, Acordos de construção de imobiliário; IFRIC 16, Cobertura de investimento líquido numa unidade operacional estrangeira; Actualmente a Caixa encontra-se a avaliar o impacto da adopção destas normas, não tendo ainda terminado a sua análise. As demonstrações financeiras agora apresentadas foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 19 de Fevereiro de 2009. As demonstrações financeiras são apresentadas em Euros. 2.2 Comparabilidade da informação As demonstrações financeiras referentes ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2008 são comparáveis em todos os aspectos materialmente relevantes com as demonstrações financeiras referentes a 31 de Dezembro de 2007.

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Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 (Valores expressos em milhares de euros)

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2.3 Principais políticas contabilísticas As políticas contabilísticas mais relevantes utilizadas na preparação das demonstrações financeiras, foram as seguintes: 2.3.1 Activos e passivos financeiros Os activos e passivos financeiros são reconhecidos na data de negociação ou contratação, salvo se decorrer de expressa estipulação contratual ou de regime legal ou regulamentar aplicável, que os direitos e obrigações inerentes aos valores transaccionados se transferem em data diferente, casos em que será esta última a data relevante. No momento inicial, os activos e passivos financeiros são reconhecidos pelo justo valor acrescido de custos de transacção directamente atribuíveis. Entende-se por justo valor o montante pelo qual um determinado activo ou passivo pode ser transferido ou liquidado entre contrapartes de igual forma conhecedoras e interessadas em efectuar essa transacção. Na data de contratação ou de início de uma operação o justo valor é geralmente o valor da transacção. O justo valor é determinado com base nos preços de um mercado activo, ou em métodos e técnicas de avaliação (quando não há um mercado activo). Um mercado é considerado activo, e portanto líquido, se transacciona de uma forma regular. 2.3.1.1 Crédito e outros valores a receber Os créditos e outros valores a receber compreendem todos os activos financeiros correspondentes ao fornecimento de dinheiro, bens ou serviços a um devedor. Este conceito abrange a actividade típica da concessão de crédito a clientes, incluindo operações de locação financeira, bem como as posições credoras resultantes de operações com terceiros realizadas no âmbito da actividade da instituição e exclui as operações com instituições de crédito.

No momento inicial os créditos são registados ao valor nominal, não sendo permitidas a classificação e/ou transferência para as restantes categorias de activos financeiros. Os juros, comissões e outros custos e proveitos associados a operações de crédito são periodificados ao longo da vida das operações, segundo a regra pro-rata temporis independentemente do momento em que são cobrados ou pagos. O crédito a clientes só é desreconhecido do balanço quando expiram os direitos contratuais da Caixa à sua recuperação ou se forem transferidos substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção. A Caixa classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou juros decorridos que sejam 30 dias após o seu vencimento. Nos créditos em contencioso são consideradas vencidas todas as prestações de capital (vincendas e vencidas).

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A CEMAH procede ao abate de créditos ao activo (write-offs) das operações que considera irrecuperáveis e cujas provisões estejam constituídas pelo valor total do crédito no mês anterior ao do abate. Os créditos a clientes cujos termos tenham sido renegociados, e que de outra forma seriam considerados créditos vencidos, deixam de ser considerados como vencidos e passam a ser tratados como novos créditos. 2.3.1.1.1 Provisões para crédito e juros vencidos, créditos e cobrança duvidosa e

riscos gerais de crédito De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, de 30 de Junho, e outras disposições emitidas pelo Banco de Portugal, a Caixa constitui as seguintes provisões para riscos de crédito: Provisão para crédito e juros vencidos

Destina-se a fazer face aos riscos de não cobrança de créditos com prestações de capital ou juros vencidos não regularizados dependendo de eventuais garantias existentes e sendo o seu montante crescente em função do tempo decorrido desde a entrada em incumprimento. Provisão para créditos de cobrança duvidosa

Destina-se à cobertura dos riscos de realização do capital vincendo relativo a créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros, ou que estejam afectos a clientes que tenham outras responsabilidades vencidas. São considerados créditos de cobrança duvidosa, os seguintes:

As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se verifique, relativamente às respectivas prestações em mora de capital e juros, pelo menos uma das seguintes condições:

i) Excederem 25% do capital em dívida, acrescido de juros; ii) Estarem em incumprimento há mais de:

- Seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco anos; - Doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a cinco anos

mas inferior a dez anos; - Vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou superior a

dez anos.

Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas para efeitos da constituição de provisões, sendo provisionados com base nas taxas aplicáveis ao crédito vencido dessas operações.

Os créditos vincendos sobre um mesmo cliente se, de acordo com a classificação acima definida, o crédito e juros vencidos de todas as operações relativas a esse cliente excederem 25% do crédito total, acrescido de juros. Os

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créditos nestas condições são provisionados com base em metade das taxas de provisão aplicáveis aos créditos vencidos.

Provisão para riscos gerais de crédito

Esta provisão é calculada por aplicação das seguintes percentagens genéricas à totalidade do crédito não vencido:

0,5% relativamente ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel, ou operações de locação financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destine a habitação do mutuário;

1,5% no caso de se tratar de crédito ao consumo; e 1% no que se refere ao restante crédito concedido.

2.3.1.2 Activos financeiros disponíveis para venda A rubrica Activos financeiros disponíveis para venda inclui:

• Títulos de rendimento fixo que não tenham sido classificados como carteira de negociação nem como carteira de crédito;

• Títulos de rendimento variável disponíveis para venda; e • Participações em outras empresas, que não sejam filiais, associadas e

empreendimentos conjuntos. Os activos financeiros disponíveis para venda são activos financeiros não derivados que: (i) a Caixa tem intenção de manter por tempo indeterminado, (ii) são designados como disponíveis para venda no momento do seu reconhecimento inicial ou (iii) não se enquadram nas categorias acima referidas. Os activos classificados como disponíveis para venda são avaliados ao justo valor, excepto no caso de instrumentos de capital próprio não cotados num mercado activo e cujo justo valor não pode ser fiávelmente mensurado ou estimado, que permanecem registados ao custo. Os ganhos e perdas resultantes de alterações no justo valor de activos financeiros disponíveis para venda são reconhecidos directamente nos capitais próprios na rubrica Reservas de Reavaliação de Justo Valor, excepto no caso de perdas por imparidade e de ganhos e perdas cambiais de activos monetários, até que o activo seja vendido, momento em que o ganho ou perda anteriormente reconhecido no capital próprio é registado em resultados.

Os juros corridos de obrigações e outros títulos de rendimento fixo e as diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são registados em resultados, de acordo com o método da taxa efectiva. A taxa de juro efectiva é a taxa que desconta os pagamentos ou recebimentos futuros estimados durante a vida esperada do instrumento financeiro ou, quando apropriado, um período mais curto, para o valor líquido actual de balanço do activo ou passivo financeiro.

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Os rendimentos de títulos de rendimento variável (dividendos no caso das acções) são registados em resultados, na data em que são atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição. Em caso de evidência objectiva de imparidade, resultante de diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou de dificuldade financeira do emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados. As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas através de resultados, se houver uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por imparidades relativas a títulos de rendimento variável não podem ser revertidas.

2.3.1.3 Caixa e equivalentes de caixa Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a caixa e seus equivalentes englobam os valores registados no balanço com maturidade inferior a três meses a contar da data de balanço, onde se incluem a caixa, as disponibilidades e as aplicações em instituições de crédito.

2.3.1.4 Outros passivos financeiros Um instrumento é classificado como passivo financeiro quando existe uma obrigação contratual da sua liquidação ser efectuada mediante a entrega de dinheiro ou de outro activo financeiro, independentemente da sua forma legal. Os Outros passivos financeiros incluem recursos de instituições de crédito e de clientes, empréstimos, responsabilidades e passivos subordinados. Estes passivos financeiros são registados (i) inicialmente pelo seu justo valor deduzido dos custos de transacção incorridos e (ii) subsequentemente ao custo amortizado, com base no método da taxa efectiva. Caso a CEMAH recompre dívida emitida esta é anulada do balanço e a diferença entre o valor de balanço do passivo e o valor de compra é registado em resultados.

2.3.2 Outros activos tangíveis De acordo com o aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal, os outros activos tangíveis são valorizados ao custo de aquisição, excepto quando se verifiquem reavaliações extraordinárias autorizadas. Ao valor de custo em balanço são deduzidas as respectivas amortizações acumuladas. O custo inclui despesas que são directamente atribuíveis à aquisição dos bens.

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Os custos subsequentes com os activos tangíveis são reconhecidos apenas se for provável que deles resultem benefícios económicos futuros para a Caixa. Todas as despesas com manutenção e reparação são reconhecidas como custo, de acordo com o princípio da especialização dos exercícios. As amortizações dos outros activos tangíveis são calculadas segundo o método das quotas constantes, às seguintes taxas de amortização que reflectem a vida útil estimada dos bens (período em que se espera que o activo esteja disponível para uso): Número de anos % Máquinas e mobiliário 8 12,5 Viaturas 4 25 Equipamento informático 4 25 Instalações interiores 10 10 Imóveis 50 2 Estes activos são sujeitos a testes de imparidade sempre que eventos ou circunstâncias indiciam que o valor de balanço excede o seu valor realizável, sendo a diferença, caso exista, reconhecida em resultados. O valor realizável é o maior de entre o valor de mercado do activo deduzido dos custos de venda e o seu valor de uso.

2.3.3 Activos intangíveis Os activos intangíveis referem-se essencialmente aos investimentos em software. Os custos incorridos com a aquisição de software são capitalizados, assim como as despesas adicionais suportadas pela Caixa necessárias à sua implementação. Estes custos são amortizados de forma linear ao longo da vida útil esperada destes activos (entre 3 e 8 anos). 2.3.4 Aplicações por recuperação de créditos Os activos (imóveis, equipamentos e outros bens) recebidos em dação por recuperação de créditos são registados na rubrica de Outros activos, quando a sua venda não é expectável ocorrer no prazo de 1 ano e os activos não estão disponíveis para venda imediata. Estes activos são registados pelo valor acordado no contrato de dação, o qual corresponde ao menor dos valores da dívida existente ou da avaliação do imóvel, à data da dação em cumprimento do crédito. Estes imóveis são objecto de avaliações periódicas, e caso existam perdas não realizadas, estas são registadas como perdas de imparidade por contrapartida de resultados do exercício. As mais-valias potenciais em outros activos não são reconhecidas no balanço.

2.3.5 Activos não correntes detidos para venda Os activos não correntes detidos para venda são classificados como detidos para venda quando o seu custo for recuperado principalmente através de venda, os activos estão disponíveis para venda imediata e a sua venda é expectável ocorrer no prazo de 1 ano.

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Imediatamente antes da sua classificação como disponíveis para venda, a mensuração de todos os activos não correntes é efectuada de acordo com as IFRS aplicáveis. Após a sua classificação, estes activos são mensurados ao menor entre o seu custo e o seu justo valor deduzidos dos custos de venda. As mais valias potenciais não são reconhecidas no balanço.

2.3.6 Comissões e outros proveitos e custos As comissões e outros proveitos e custos são reconhecidos em geral, de acordo com o princípio contabilístico da especialização de exercícios, da seguinte forma:

Os rendimentos de serviços são reconhecidos em resultados do exercício à medida

que os serviços são prestados; e As comissões e custos relacionados com operações de crédito são periodificadas de

forma linear durante a vida da operação que lhes deu origem. 2.3.7 Benefícios a empregados Pensões de reforma e outros benefícios Em conformidade com o acordo de adesão celebrado com as estruturas sindicais do sector bancário, a Caixa assumiu o compromisso de conceder aos seus empregados, ou às suas famílias, prestações pecuniárias a título de pensões de reforma por velhice, invalidez e pensões de sobrevivência. Estas prestações consistem numa percentagem, crescente em função do número de anos de serviço do empregado, aplicada à tabela salarial negociada anualmente para o pessoal no activo. De acordo com os estatutos da Caixa os membros do Conselho de Administração não são abrangidos pelo benefício descrito no parágrafo anterior. As responsabilidades da Caixa com pensões de reforma são calculadas anualmente, na data de fecho das contas por entidade independente, com base no método de “Project Unit Credit”. A taxa de desconto é determinada com base em taxas de mercado de obrigações de empresas de baixo risco, com maturidade semelhante ao da liquidação das responsabilidades. Os pressupostos actuariais (financeiros e demográficos) têm por base expectativas à data de balanço para o crescimento dos salários e a tábua de mortalidade utilizada foi a TV 88/90. O valor das responsabilidades inclui, para além dos benefícios com pensões de reforma, os benefícios com cuidados médicos pós-emprego (SAMS) e subsídio de morte na reforma. Nos termos do Aviso do Banco de Portugal nº4/2005 e nº12/2005, o acréscimo de responsabilidades resultante da aplicação do IAS 19 em 31 de Dezembro de 2005 (no valor de €4.703 milhares) foi reconhecido na rubrica Outros activos – despesas com custo diferido. O reconhecimento em resultados transitados do impacte ao nível das

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responsabilidades com pensões é efectuado através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes por um prazo de 5 anos, prazo este, alargado para 8 anos, a partir da data de transição, com excepção da parte referente a responsabilidades relativas a cuidados médicos pós-emprego e a alterações de pressupostos relativos à tábua de mortalidade, cujo prazo de amortização de 7 anos, foi alargado para 10 anos. As alterações respeitantes ao alargamento do período de reconhecimento do impacto das responsabilidades com benefícios pós-emprego referidas acima estão em conformidade com o Aviso 7/2008 do Banco de Portugal. Após a data de transição, o valor dos ganhos e perdas actuariais resultantes de alterações nos pressupostos actuariais e financeiros e de diferenças entre os pressupostos actuariais e financeiros utilizados e os valores efectivamente verificados são reconhecidos de acordo com o método do corredor e registados na rubrica Outros activos ou Outros passivos – Desvios actuariais. São enquadráveis no corredor, os ganhos ou perdas actuariais acumulados que não excedam 10% do valor das responsabilidades com serviços passados ou 10% do valor do Fundo de Pensões, dos dois o maior. Os valores que excedam o corredor são amortizados em resultados pelo período de tempo médio até à idade esperada de reforma dos Colaboradores abrangidos pelo plano. O acréscimo de responsabilidades por serviços passados decorrente da passagem de Colaboradores à situação de reforma antecipada é integralmente reconhecido como custo nos resultados do exercício. Com referência a 31 de Dezembro de 2006, a CEMAH constituiu um fundo de pensões para assegurar a cobertura das responsabilidades com serviços passados com pensões de reforma (benefícios pós-emprego). Com referência a 31 de Dezembro de 2007 a cobertura das responsabilidades com serviços passados relativas a SAMS e subsídio de morte, passou também a ser assegurada pelo fundo de pensões. O valor do Fundo de Pensões corresponde ao justo valor dos seus activos à data do balanço. O valor das responsabilidades com serviços passados por pensões de reforma líquido do valor do fundo de pensões e dos desvios actuariais não reconhecíveis está registado na rubrica Outros Passivos. Anualmente, a Caixa reconhece como custo na sua demonstração de resultados o custo do serviço corrente e o custo dos juros deduzidos do rendimento esperado dos activos do fundo e da amortização de desvios actuariais ou de alterações de pressupostos fora do corredor. As contribuições para o fundo são efectuadas anualmente de forma a assegurar a solvência do mesmo, sendo que o financiamento mínimo das responsabilidades por pensões em pagamento é de 100% e das responsabilidades por serviços passados de pessoal no activo, de 95%, excepto quanto às responsabilidades ainda não amortizadas, que de acordo com o aviso nº4/2005 irão ser financiadas à medida que as responsabilidades forem sendo amortizadas.

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Prémios de antiguidade No âmbito do acordo de adesão celebrado com as estruturas sindicais do sector bancário, a CEMAH assumiu o compromisso de pagar aos seus colaboradores prémios de antiguidade, quando estes completam 15, 25 e 30 anos de serviço, correspondente a uma, duas e três vezes, respectivamente do salário mensal recebido à data de pagamento dos prémios. O valor actual dos benefícios com prémios de antiguidade, é determinado anualmente por uma entidade independente, com base no método de “Project Unit Credit”. A taxa de desconto é determinada com base em taxas de mercado de obrigações de empresas de baixo risco, com maturidade semelhante ao da liquidação das responsabilidades. Os pressupostos actuariais (financeiros e demográficos) têm por base expectativas à data de balanço para crescimento dos salários e a tábua de mortalidade utilizada foi a TV 88/90. As responsabilidades por prémios de antiguidade são registadas na rubrica Outros passivos. Anualmente, a CEMAH reconhece como custo na sua demonstração de resultados o custo do serviço corrente e o custo dos juros líquidos dos ganhos e perdas resultantes de desvios actuariais, resultantes de alterações de pressupostos ou da alteração das condições dos benefícios. 2.3.8 Provisões Esta rubrica inclui as provisões constituídas para fazer face a outros riscos específicos, nomeadamente contingências fiscais, processos judiciais e outras perdas estimadas decorrentes da actividade da CEMAH.

São reconhecidas provisões quando (i) a Caixa tem uma obrigação presente, legal ou construtiva, (ii) seja provável que o seu pagamento venha a ser exigido e (iii) quando possa ser feita uma estimativa fiável do valor dessa obrigação. 2.3.9 Imposto sobre lucros A Caixa encontra-se isenta de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC), nos termos da alínea b) do número 1 do artigo 9º do Código do IRC, tendo tal isenção sido reconhecida por Despacho de 17 de Março de 1999, do Secretário Regional da Presidência para as Finanças e Planeamento da Região Autónoma dos Açores. 2.3.10 Capital Um instrumento é classificado como instrumento de capital quando não existe uma obrigação contratual da sua liquidação ser efectuada mediante a entrega de dinheiro ou de outro activo financeiro, independentemente da sua forma legal, evidenciando um interesse residual nos activos de uma entidade após a dedução de todos os seus passivos.

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Todos os custos directamente atribuíveis à emissão de capital são registados por contrapartida da rubrica de capital como uma dedução ao valor da emissão. 2.3.11 Principais estimativas e incertezas associadas à aplicação das políticas contabilísticas Na elaboração das demonstrações financeiras a Caixa efectuou estimativas e utilizou pressupostos que afectam as quantias relatadas dos activos e passivos. Estas estimativas e pressupostos são apreciados regularmente e baseiam-se em diversos factores incluindo expectativas acerca de eventos futuros que se consideram razoáveis nas circunstâncias. Utilizaram-se estimativas e pressupostos nomeadamente nas seguintes áreas significativas: Pensões de reforma e sobrevivência As responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência são estimadas com base em pressupostos e estimativas, incluindo a utilização de projecções actuariais, rentabilidade estimada do fundo e outros factores que podem ter impacto nos custos e responsabilidades com pensões. Imparidade dos activos financeiros disponíveis para venda A Caixa determina que existe imparidade nos seus activos financeiros disponíveis para venda quando existe uma desvalorização contínua ou de valor significo no seu justo valor. Este procedimento requer julgamento, que assenta entre outros factores na volatilidade normal do preço das acções e nos pressupostos utilizados nos modelos de avaliação/teorias financeiras.

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3. Gestão do risco financeiro A actividade da CEMAH encontra-se sujeita a um conjunto de riscos financeiros, sendo os mais relevantes, os riscos de crédito e taxa de juro. A política de gestão de riscos da Caixa visa garantir a todo o momento, uma adequada relação entre os seus capitais próprios e a actividade desenvolvida. Neste contexto, o controlo e acompanhamento dos principais riscos a que a Caixa encontra exposta assume particular importância. 3.1 Risco de crédito Estrutura interna e processo de gestão O risco de crédito está associado ao grau de incerteza dos fluxos de caixa futuros, por incapacidade do mutuário em cumprir com as obrigações assumidas nos contratos de crédito. O Conselho de Administração procede, anualmente, à revisão da estratégia e das principais políticas de crédito e princípios orientadores da concessão de crédito, tendo em conta os resultados alcançados e os objectivos estabelecidos. Em matéria de risco de crédito, a fixação de objectivos centra-se na indicação do mercado alvo e na desagregação da carteira de acordo com critérios como a finalidade, o sector de actividade, as garantias prestadas, maturidade e qualidade do crédito concedido. O sistema de gestão do risco de crédito apresenta uma adequada segregação de funções, nomeadamente no que respeita a: apresentação, aprovação e acompanhamento de propostas de crédito, numa óptica individual/agregada e pretende contribuir para a identificação e correcção de eventuais desvios face aos objectivos e orientações estabelecidos. No que respeita ao processo de concessão de crédito, é de salientar os seguintes intervenientes: - Conselho de Crédito do Balcão - Composto pelo Gerente, subgerente e um terceiro elemento nomeado pelo Conselho de Administração, pertencentes aos quadros de cada balcão. Tem como função principal, para além de elaboração do processo de crédito, a emissão de um parecer sobre cada proposta em concreto;

- Centro de Empresas – para além das funções comerciais, este centro tem como actividade fulcral a análise económico-financeira das empresas promotoras de operações de crédito apresentadas em qualquer agência da CEMAH;

Na análise de risco de crédito é utilizado o Modelo de Scoring e elaborado um “relatório tipo” em vigor na CEMAH, com identificação da empresa, operação de crédito, endividamento da entidade na Instituição e na Central de Riscos de Crédito do Banco de Portugal e indicação dos principais indicadores de gestão.

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- Direcção Comercial – cabe a esta direcção coordenar a actividade das gerências dos balcões e dos Centros de Empresas e Clientes, analisar e preparar para decisão as operações de crédito recepcionadas e emitir parecer sobre cada proposta;

- Conselho de Crédito – Composto pelo Director Geral e pela Directora Comercial tem como principal objectivo analisar e emitir parecer sobre as propostas recebidas da Direcção Comercial, preparando-as para decisão do Conselho de Administração;

- Conselho de Administração – órgão de gestão responsável pela aprovação final de todos os créditos, independentemente do seu valor.

A avaliação dos clientes conjuga aspectos de natureza quantitativa e qualitativa e indicadores de comportamento, resultando assim da apreciação dos dados contabilísticos, historial de cumprimento dos clientes e garantias, entre outros aspectos. Nessa mesma avaliação das operações tem particular incidência na ponderação do grau de risco associado, a identificação clara da finalidade dos financiamentos, capacidade de reembolso e contra garantias obtidas. Mensuração e controlo do risco Aos responsáveis pela gestão de crédito cabe o controlo preventivo do risco e a detecção precoce de sinais de deterioração da qualidade dos devedores. Para tal, estão implementados os seguintes procedimentos e produção de informação: - Análise diária das contas devedoras, com e sem limite; - Análise semanal de todo o crédito vencido; -Contacto permanente com clientes que entrem em situação de incumprimento e diligências no sentido de serem regularizadas as prestações vencidas; - Introdução de medidas de correcção relativamente a clientes que apresentam desvios face aos objectivos estabelecidos, que poderão em casos extremos, passar pelo convite a deixar a Instituição, como, aliás, já aconteceu. - Análise mensal da qualidade da carteira por balcão e por segmentos de clientes, dando a máxima atenção à evolução económico-financeira dos nossos clientes. O crédito vencido é objecto de controlo diário, quinzenal e mensal, incidindo sobre os seguintes aspectos:

- Diariamente são acompanhadas as prestações em dívida, apurando as respectivas razões para estas situações; - Semanalmente são analisados os créditos com prestações vencidas, por tipo de crédito, antiguidade, contra garantias, perspectivas de regularização e nível de aprovisionamento; - Mensalmente as situações mencionadas acima são alvo de uma análise mais profunda. Provisões económicas

A Caixa avalia semestralmente as provisões económicas da sua carteira de crédito, no âmbito do reporte para o Banco de Portugal.

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A metodologia e os pressupostos utilizados para o cálculo das provisões económicas são objecto de apreciação semestral por parte dos Auditores externos, o que é acompanhado pelo Conselho de Administração da Caixa, sendo posteriormente reportadas ao regulador. Testes de esforço Semestralmente, são desenvolvidas pela Direcção de Risco, análises de sensibilidade cujo objectivo é a avaliação dos potenciais impactos sobre os resultados operacionais e adequação de fundos próprios. Estas análises permitem medir o impacto resultante de alterações de factores de risco em função de acontecimentos excepcionais, mas plausíveis. Os testes de esforço são analisados e acompanhados regularmente pelo Conselho de Administração da Caixa, sendo posteriormente reportados ao Banco de Portugal. No âmbito do exercício de análise de sensibilidade efectuado a 31 de Dezembro de 2008 foi identificada uma vulnerabilidade relacionada com as aplicações da Caixa em Instituições de Crédito. Neste contexto, foi decidido como medida correctiva reduzir a exposição às referidas contrapartes. Garantias A Caixa utiliza uma diversidade de políticas e práticas de forma a mitigar o risco de crédito. A mais tradicional é a obtenção de garantias colaterais aquando do adiantamento de fundos. A Caixa implementa orientações em relação à aceitabilidade de classes específicas de colateral ou de mitigação do risco de crédito. Os principais tipos de colateral para créditos e valores a receber são: - Hipotecas sobre imóveis; - Penhores de aplicações efectuadas na Caixa; - Penhor de activos como instalações, inventários e contas a receber; - Penhor sobre instrumentos financeiros, como títulos de dívida e acções. Financiamentos de longo prazo a entidades empresariais e individuais, são geralmente garantidos; créditos individuais de baixo valor e recorrentes geralmente não têm garantia. Adicionalmente, com o intuito de minimizar a perda, no momento em que existam indicadores de imparidade para os créditos e valores a receber, a Caixa procura colaterais adicionais das contrapartes relevantes. O colateral detido para activos financeiros, que não empréstimos e adiantamentos, é determinado pela natureza do instrumento. Instrumentos de dívida, tesouro e outros títulos geralmente não se encontram colateralizados. Compromissos de concessão de crédito O objectivo principal deste tipo de instrumentos é assegurar que os fundos são disponibilizados a um cliente à medida que este os requisite. Compromissos de extensão de crédito representam partes não utilizadas de autorizações para estender o crédito na forma de empréstimos, garantias ou letras de crédito. Relativamente a risco de crédito em

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compromissos de extensão de crédito, o Banco está potencialmente exposto a uma perda no montante igual ao total dos seus compromissos não utilizados. Contudo, o montante provável de perda é muito menor que o total dos compromissos não utilizados, pois os compromissos de extensão de crédito são revogáveis e estão dependentes dos clientes manterem uma qualidade de crédito específica. O Banco monitoriza o prazo de vencimento de compromissos de crédito pois os compromissos de longo-prazo têm geralmente uma maior grau de risco de crédito do que compromissos a curto-prazo. A 31 de Dezembro de 2008 e 2007 a exposição máxima a risco de crédito, excluindo as garantias recebidas, é a seguinte:

2008 2007

Disponibilidades em Bancos Centrais 4.255 4.832Disponibilidades em outras instituições de crédito 3.049 2.414Aplicações em instituições de crédito 103.328 112.422Activos financeiros disponíveis para venda 6.239 8.270Crédito a clientes 133.187 129.272Outros activos 475 262

Exposição risco crédito de exposições fora de balanço:Garantias prestadas 4.610 5.410Linhas de crédito irrevogáveis 23.219 24.062

Exposição máxima

A tabela acima representa o pior cenário a nível de exposição da Caixa a risco de crédito a 31 de Dezembro de 2008 e 2007, sem ter em consideração qualquer colateral detido ou outras melhorias de crédito. Para activos no balanço, a exposição definida acima é baseada na sua quantia escriturada como reportada na face do Balanço. O quadro abaixo apresenta a exposição da Caixa de acordo com os valores de balanço dos activos, categorizados por sector de indústria.

Instituições Financeiras

Sector público Imobiliário Indústria

transformadoraServiços Outras

indústriasParticulares Total

Disponibilidades em Bancos Centrais 4.255 0 0 0 0 0 0 4.255Disponibilidades em outras instituições de crédito 3.049 0 0 0 0 0 0 3.049Aplicações em instituições de crédito 103.328 0 0 0 0 0 0 103.328Activos financeiros disponíveis para venda 2.464 2.459 0 0 0 1.314 0 6.239Crédito a clientes 0 0 288 10.918 6.159 39.587 76.237 133.187Outros activos 0 116 0 0 6 19 334 475

A 31 de Dezembro 2008 113.096 2.575 288 10.918 6.165 40.920 76.571 250.533

A 31 de Dezembro 2007 121.718 2.574 66 12.277 5.430 37.704 77.703 257.472

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A segmentação da carteira de crédito, de acordo com as classes internas de risco determinadas de acordo com diversos factores como o nível de garantias reais associado e nível de incumprimento, é a seguinte:

31-12-2008

Prime 5,36%Standard monitoring 79,69%Special monitoring 1,50%Sub standard 13,44%

As categorias apresentadas resultam da combinação de dois factores: i) registo de imcumprimento e ii) nível de cobertura dos empréstimos por garantias hipotecárias. Atendendo ao tipo de Clientes em questão, particulares e pequenas empresas, não estão disponíveis classificações de rating externas. A segmentação da exposição a risco de crédito dos restantes activos financeiros é apresentada como segue:

Disponibilidades e aplicações em Instituições de crédito

Activos financeiros disponíveis para venda Total

31-12-2008AA- a AA+ 206 2.459 2.665 A- a A+ 1.551 105 1.656 Menor que A- 102.183 106.979 Sem rating 2.437 3.675 6.112 Total 106.377 6.239 117.

31-12-2007AA- a AA+ 3.982 2.413 6.395

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3.2 Risco de taxa de juro

O risco de taxa de juro implica a perda potencial em activos financeiros decorrente de alterações de taxas de juro de mercado. A Administração da CEMAH, apoiada pelos diferentes departamentos, decide a sua política de taxa de juro de uma forma bastante restritiva e cautelosa, assegurando sempre uma taxa de intermediação que suporte confortavelmente as oscilações das taxas de juro registadas no mercado.

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As operações activas estão indexadas a indicadores internos definidos pelo Conselho de Administração e a indicadores externos com spread’s que sustentam a rentabilidade da Instituição face a variações no mercado. As operações passivas estão indexadas a taxas de referência internas e são majoradas consoante o seu valor e prazo. Periodicamente é analisada a situação referente aos aspectos de liquidez da Instituição, da evolução das maturidades médias dos activos e passivos, taxas fixas versus taxas variáveis (e respectivos indexantes). Em função desta avaliação são traçados os objectivos e orientações que são divulgados a toda a Instituição. O quadro seguinte resume a exposição da Caixa ao risco de taxa de juro, em 31 de Dezembro de 2008 e 2007. Estão incluídos no quadro seguinte os activos e passivos da Caixa, ao valor de balanço, categorizados pela mais recente entre as datas de refixação de taxa de juro e de maturidade. 31 de Dezembro de 2008 Até 1 mês 1-3 meses 3-12 meses 1-5 anos

Mais de 5 anos

Sem risco de taxa de juro Total

ActivosCaixa e disponibilidades em Bancos Centrais 0 0 0 0 0 4.255 4.255Disponibilidades em outras instituições de crédito 0 0 0 0 0 3.049 3.049Aplicações em instituições de crédito 57.551 45.233 0 0 0 544 103.328Activos financeiros disponíveis para venda 0 0 205 4.215 504 1.315 6.239Crédito a clientes 77.248 3.473 29.756 9.348 9.008 4.354 133.187Outros activos 0 0 0 0 0 475 475

Total de activos 134.799 48.706 29.961 13.563 9.512 13.992 250.533

PassivosRecursos de Bancos Centrais 0Recursos de outras instituições de crédito 1 1Depósitos de clientes 79.640 40.891 111.145 1.381 1.380 234.437Passivos subordinados 2.500 1.500 41 4.041Outros passivos 436 436

Total de passivos 79.640 43.391 112.645 1.381 0 1.857 238.914

Gap 55.159 5.315 (82.684) 12.182 9.512

31 de Dezembro de 2007

Total de Activos 58.284 39.498 109.209 19.984 16.584 13.914 257.472

Total de Passivos 76.729 62.836 102.230 1.588 0 1.681 245.064

Gap (18.446) (23.338) 6.979 18.396 16.584

Testes de esforço A Caixa desenvolve análises de sensibilidade que medem as alterações estimadas nos resultados e capitais de um aumento/diminuição das taxas de juro de mercado em 2% (200 pontos base) aplicadas a 31 de Dezembro de 2008 para cada classe de instrumento financeiro com todas as outras variáveis constantes. Esta análise é apenas para fins ilustrativos, já que na prática as taxas de mercado raramente se alteram isoladamente. A análise de sensibilidade é baseada nos seguintes pressupostos:

- Alterações nas taxas de juro do mercado afectam rendimentos ou despesas de juros de instrumentos financeiros variáveis;

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- Alterações nas taxas de juro de mercado apenas afectam os rendimentos ou despesas de juros em relação a instrumentos financeiros com taxas de juro fixas se estes estiverem reconhecidos a justo valor;

- Alterações nas taxas de juro de mercado afectam o justo valor de outros activos e passivos financeiros;

- Alterações no justo valor de outros activos e passivos financeiros são estimados descontando os fluxos de caixa futuros de valores actuais líquidos, utilizando taxas de mercado do final do ano.

Tendo por base os pressupostos acima referidos, um aumento ou diminuição de 2% nas taxas de juro de mercado a 31 de Dezembro de 2008 resultaria num aumento ou diminuição do lucro antes de imposto de aproximadamente €579 milhares (2007: €392 milhares) e capital de €1.378 milhares (2007: €165 milhares) antes de imposto. 3.3 Risco de mercado Os riscos de mercado englobam vários riscos que reflectem a perda potencial em resultado de alterações de taxas (Juro e de Câmbio), e/ou preços (correlacionando quer entre eles quer com a respectiva volatilidade), risco de liquidez de mercado, por via de investimentos em títulos pouco líquidos nos mercado e por fim o risco de crédito inerente ao grau de incerteza dos retornos esperados, por incapacidade do emitente de um título em cumprir com as suas obrigações. A carteira de títulos é gerida na sua quase totalidade por entidades gestoras externas à Instituição, embora exista uma pequena quantidade de títulos geridos pela própria CEMAH e que se encontram custodiados em instituições externas. Para o efeito, foram estabelecidos contratos de gestão discricionária com as referidas entidades, onde se define um benchmark de investimento de acordo com o risco que se pretende assumir e a rentabilidade desejada. A referida carteira é valorizada mensalmente com base em relatórios enviados pelas entidades gestoras. Em relação aos títulos geridos pela própria CEMAH, as cotações são obtidas por consulta da Bloomberg. No que respeita à gestão do risco de crédito e de mercado da carteira de títulos, a Instituição efectua os seguintes controlos: - são feitos contactos permanentes com as entidades gestoras, no sentido de se avaliar a evolução da carteira; - periodicamente, são elaborados relatórios de análise de risco pelas entidades gestoras, sendo efectuado a respectiva análise; e - são realizadas reuniões trimestrais com as entidades gestoras e, sempre que necessário, redefine-se o perfil de risco associado, embora sempre numa óptica conservadora.

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A exposição ao risco de preço a 31 de Dezembro de 2008 e 2007 era como se segue:

2008 2007

Acções 105 234

A 31 de Dezembro

Exposição máxima

Com base no montante registado em balanço a 31 de Dezembro de 2008 e considerando a cotação das acções BES-NOM, uma potencial variação de 10% na cotação do instrumento de capital resultaria num aumento ou diminuição dos capitais próprios de 11 milhares EUR (2007: 23 milhares EUR) antes de imposto. 3.4 Risco de liquidez O risco de liquidez é o risco de uma instituição de crédito não dispor de fundos necessários para fazer face, a cada momento, às suas obrigações de pagamento. A tesouraria da Instituição é acompanhada numa base diária pelo Sector de Contabilidade. Para o efeito são elaborados mapas diários de controlo, onde são expressos os saldos existentes e dada a orientação necessária para que sejam cumpridas as necessidades de liquidez junto das várias Instituições. Estruturalmente, a CEMAH é excedentária em liquidez, pelo que são feitas diariamente aplicações no Mercado Monetário Interbancário (MMI). As aplicações no MMI são objecto de controlo por parte do Sector de Contabilidade, sendo submetido ao Conselho de Administração um mapa com o controlo da liquidez aplicada e respectiva remuneração. A actividade corrente da clientela é fruto de análise, no sentido de se antecipar alguma situação susceptível de vir a criar problemas à tesouraria. A tesouraria monitoriza igualmente activos de médio prazo não compensados por passivos, o grau e tipo de compromissos não activados, o uso de facilidades de overdraft e o impacto de passivos contingentes como compromissos de crédito e garantias. Adicionalmente, é efectuada a monitorização de rácios de liquidez tendo em conta os requisitos internos e os requisitos externos impostos pelo Banco de Portugal.

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A análise dos passivos financeiros por prazos de maturidade em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 é apresentada como segue:

Até 3 meses 3 meses a 1 ano Entre 1 a 5 anos Mais de 5 anos Total31 de Dezembro de 2008

Recursos de outras instituições de crédito 1 - - - 1Depósitos de clientes 121.669 111.824 1.381 - 234.874Passivos subordinados 40 1 4.000 - 4.041

31 de Dezembro de 2007

Recursos de outras instituições de crédito 11 - - - 11Depósitos de clientes 138.133 101.443 179 - 239.754Passivos subordinados - 1.299 4.000 - 5.299

O quadro abaixo representa os fluxos de caixa das exposições fora de balanço, a pagar pela Caixa de acordo com a sua maturidade residual contratual às datas de balanço. Os montantes apresentados na tabela são os fluxos de caixa contratuais não descontados. 31 de Dezembro de 2008

Compromissos de crédito - - - - - -Linhas de crédito irrevogáveis 2.304 3.315 16.706 894 - 23.219Linhas de crédito revogáveis 2.446 2.446Total 4.750 3.315 16.706 894 0 25.665

Mais de 5 anos

TotalMenos de 1 mês

1-3 meses 3-12 meses 1-5 anos

31 de Dezembro de 2007

Compromissos de crédito - - - - - -Linhas de crédito irrevogáveis 2.557 4.679 16.826 - - 24.062Linhas de crédito revogáveis 2.721 - - - - 2.721Total 5.278 4.679 16.826 - - 26.783

Mais de 5 anos

TotalMenos de 1 mês

1-3 meses 3-12 meses 1-5 anos

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A análise dos fluxos contratuais futuros dos passivos financeiros mais significativos é apresentada como segue:

Até 3 meses 3 meses a 1 ano Entre 1 a 5 anos Mais de 5 anos Indeterminado Total31 de Dezembro de 2008

Depósitos de clientes 63.902 109.688 27 - 64.097 237.714Passivos subordinados 2.576 1.529 - 4.105Outros Passivos 1.673 1.673

31 de Dezembro de 2007

Depósitos de clientes 88.094 102.847 184 - 51.460 242.585Passivos subordinados - 1.301 4.190 - - 5.491Outros Passivos 1.722 1.722

3.5 Gestão do capital Os objectivos da Caixa em relação à gestão de capital são os seguintes:

• Cumprir os requisitos de capital estabelecidos pelos reguladores do mercado bancário nos mercados onde a Caixa opera;

• Salvaguardar a capacidade da Caixa de continuar como a sua actividade e assim proporcionar retornos para os accionistas e benefícios para outros stakeholders; e

• Manter uma sólida estrutura de capital para apoiar o desenvolvimento do seu negócio.

O Banco de Portugal exige que cada banco: (a) mantenha um nível mínimo de capital, e (b) mantenha um rácio de capital face ao activo ponderado pelo risco ou que seja igual ou superior aos mínimos internacionais acordados. A gestão do capital da Caixa é assegurada pelo departamento de tesouraria e é dividida em duas vertentes:

• Tier 1 capital: capital próprio realizado e reservas criadas através dos lucros retidos.

• Tier 2 Capital: empréstimos subordinados que sejam qualificáveis como capital, e 45% dos ganhos não realizados derivados da mensuração ao justo valor de instrumentos de capital detidos como disponíveis para venda.

A regulamentação de capital e o uso do capital regulatório é monitorizada diariamente pela gestão, empregando técnicas baseadas nos princípios do Comité de Basileia e das directivas comunitárias europeias, implementadas pelo Banco de Portugal para fins de supervisão. A informação requerida é entregue ao Banco de Portugal mensalmente. A tabela seguinte apresenta a composição do capital regulatório e dos rácios do banco para os períodos em questão no dia 31 de Dezembro. Durante estes dois períodos, as entidades individuais do Banco e o Banco cumpriram com todos os requisitos de capital impostos externamente a que estão sujeitos.

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2008 2007Fundos Próprios

Base (i) 17.875 17.431Complementares 2.497 3.519Deduções 1.651 1.639

18.721 19.311

Requisitos de Fundos Próprios 13.998 12.675

Activos ponderados pelo risco

No balanço 161.537 150.909Fora do balanço 13.439 7.529

Rácio de adequação de fundos próprios 10,7% 12,2% (i) Em 31 de Dezembro de 2007 os Fundos Próprios de Base incluem apenas 75% do Resultado Liquido referente ao período de seis meses findo em 30 de Junho de 2007 (resultado auditado), correspondente à parcela de Resultados não distribuídos. Em 31 de Dezembro de 2008 os Fundos Próprios de Base não incluem qualquer Resultado Líquido referente a 2008, uma vez que este não se encontrava ainda auditado àquela data.

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4. Activos e passivos financeiros classificados de acordo com as categorias da IAS 39

2008ActivosCaixa e disponibilidades em Bancos Centrais 10.084 - - - 10.084Disponibilidades em outras instituições de crédito 3.049 - - - 3.049Aplicações em instituições de crédito 103.328 - - - 103.328Activos financeiros disponíveis para ve nda - 6.239 - - 6.239Crédito a clientes 133.187 - - - 133.187Outros activos 475 - - 21.541 22.016Activos 250.123 6.239 0 21.541 277.903

PassivosRecursos de Bancos Centrais - - - - 0Recursos de outras instituições de crédito - - 1 - 1Depósitos de clientes - - 234.874 - 234.874Passivos subordinados - - 4.041 - 4.041Outros passivos - - - 7.459 7.459Total Passivos 0 0 238.915 7.459 246.375

2007ActivosCaixa e disponibilidades em Bancos Centrais 10.273 - - - 10.273Disponibilidades em outras instituições de crédito 2.414 - - - 2.414Aplicações em instituições de crédito 112.422 - - - 112.422Activos financeiros disponíveis para ve nda - 8.270 - - 8.270Crédito a clientes 129.272 - - - 129.272Outros activos 262 - - 17.548 17.811Activos 254.644 8.270 0 17.548 280.463

PassivosRecursos de Bancos Centrais - - - - 0Recursos de outras instituições de crédito - - 11 - 11Depósitos de clientes - - 239.754 - 239.754Passivos subordinados - - 5.299 - 5.299Outros passivos - - - 7.416 7.416Total Passivos 0 0 245.063 7.416 252.480

Outros passivos Financeiros

Activos/Passsivos Não Financeiros

TotalCréditos e valores a receber

Activos financeiros disponíveis para

venda

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Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 (Valores expressos em milhares de euros)

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5. Justo valor dos activos e passivos financeiros Em 31 de Dezembro de 2008 os valores contabilísticos dos activos e passivos financeiros comparam com o respectivo justo valor conforme segue:

Valor Justocontabilístico valor

Caixa e Disponibilidades em Bancos Centrais 10.084 10.084 Disponibilidades em outras IC's 3.049 3.049 Aplicações em instituições de crédito 103.328 103.328 Activos Financeiros Disponíveis para Venda 6.239 6.239 Crédito a clientes 129.323 129.323 Total activos financeiros ao justo valor 252.023 252.023

Recursos de outras instituições de crédito 1 1 Depósitos de clientes 234.874 234.874 Passivos subordinados 4.041 4.041 Total passivos financeiros ao justo valor 238.915 238.915

As principais metodologias e pressupostos utilizados na estimativa do justo valor dos activos e passivos financeiros mais significativos são analisados como segue: Caixa e disponibilidades em bancos centrais, Disponibilidades em outras instituições de crédito e Aplicações em instituições de crédito Considerando o prazo curto associado a estes instrumentos financeiros e ao facto de serem negociados a taxas de mercado, considera-se que o seu valor de balanço é uma estimativa razoável do respectivo justo valor. Activos financeiros disponíveis para venda Os Activos financeiros disponíveis para venda são constituídos por instrumentos de dívida e instrumentos de capital estando contabilizados ao justo valor. O justo valor tem como base os preços de cotação de mercado, sempre que estes se encontrem disponíveis. Caso estes não existam, o justo valor é estimado através de técnicas de desconto de cash-flows. No caso de acções não cotadas, sempre que não exista disponível um valor de mercado e não seja possível determinar com fiabilidade o seu justo valor, estas encontram-se reconhecidas ao custo histórico. Crédito a clientes O Crédito a clientes é remunerado a taxas variáveis, que se aproximam das taxas em vigor no mercado para este tipo de produto e para o risco inerente à carteira, pelo que o seu justo valor é próximo do valor contabilístico.

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Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 (Valores expressos em milhares de euros)

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Recursos de outras instituições de crédito Considerando o prazo curto associado a estes instrumentos financeiros e ao facto de serem negociados a taxas de mercado, considera-se que o seu valor de balanço é uma estimativa razoável do respectivo justo valor. Depósitos de clientes Considerando que as taxas de juro aplicáveis são de natureza variável e o período de maturidade dos depósitos é inferior a um ano, não existem diferenças quantificáveis no seu justo valor. 6. Notas 6.1 Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais

2008-12-31 2007-12-31

Caixa 5.829 5.441Depósitos à ordem no Banco de Portugal 4.255 4.832

10.084 10.273

A rubrica Depósitos à ordem no Banco de Portugal inclui os depósitos constituídos para satisfazer as exigências do Sistema de Reservas Mínimas do Sistema Europeu de Bancos Centrais (SEBC). Estes depósitos são remunerados à média das taxas marginais das operações principais de refinanciamento do Sistema Europeu de Bancos Centrais apuradas durante o período de manutenção considerado. Em 2008, estas taxas variaram entre 2,23% e 4,601% (2007 – 3,11% e 4,588%).

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Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 (Valores expressos em milhares de euros)

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6.2 Disponibilidades em outras Instituições de Crédito O saldo desta rubrica é composto como segue:

2008-12-31 2007-12-31Disponibilidades sobre instituições de crédito no país

Depósitos à ordem 623 916 Cheques a cobrar 2.302 1.455

2.925 2.371

Disponibilidades sobre instituições de crédito no estrangeiro

Cheques a cobrar 124 43

3.049 2.414

Os cheques a cobrar sobre instituições de crédito no país e no estrangeiro foram enviados para cobrança nos primeiros dias úteis subsequentes à data de referência das demonstrações. 6.3 Aplicações em instituições de crédito Quanto à sua natureza, os créditos sobre instituições de crédito analisam-se como se segue:

2008-12-31 2007-12-31Aplicações em instituições de crédito no país

Outras aplicações 102.784 111.547Juros a Receber 544 875

103.328 112.422

Quanto à sua duração residual, as aplicações em instituições de crédito decompõem-se como segue:

2008-12-31 2007-12-31Até três meses 103.328 52.914 De três meses a um ano - 59.508

103.328 112.422

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6.4 Activos financeiros disponíveis para venda Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2008 31-12-2007Instrumentos de dívida

Títulos cotadosObrigações de emissores públicos nacionais - taxa fixa 2.459 2.413Obrigações de outros emissores nacionais

Dívida não subordinada 2.464 4.4124.923 6.825

Instrumentos de capitalTítulos cotados

Acções de emissores nacionais 105 234Títulos não cotados

De emissores nacionaisAcções 1.211 1.211

1.315 1.445

6.239 8.270

Em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 esta rubrica apresenta o seguinte detalhe: 31 d e D ezem br o de 2008 Q u antidad e

Valo r No m inal

Val .BalançoJu sto Valor

Va lo rAq uis ição Va lias

E m itido s po r Resid entesIns t rumentos de dív ida

D e D ív ida P ublica PortuguesaO brigações do T esouroO T 3,35% 10/2015 51.000.000 510 504 510 (9 )O T 5,85% 05/10 161.999.800 1 .620 1.750 1 .713 33 O T 3,95% 07/15 /09 20.000.000 200 205 199 2

2.330 2.459 2 .422 26D e O ut ros R esidentes

O utrosDívida não subord inad a

O brigaç õesO C 2011 - 1ª SÉR IE 1 2 .500 2.464 2 .395 27

2.500 2.464 2 .395 27Ins t rumentos de cap ita l

A cç õesB ES 15.657 - 104 253 (149)S IBS 10.000 - 1 .211 1 .211 -

- 1 .315 1 .465 (149)4.830 6.239 6 .283 (96)

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31 d e D ezem b ro de 2007 Q uan tidad eValor

N om in alV al.BalançoJusto Valor

ValorAq uisição Val ias

E m itido s p o r Residen tesIns t rumentos de d ívi da

D e D ív ida Public a Portugues aO bri gações do Tes ouroO T 3,35% 10/2015 50.000.000 500 471 501 (34)O T 5,85% 05 /10 161.999.800 1 .620 1.739 1 .713 (5)O T 3,95% 07/15/09 20.000.000 200 203 199 0

2.320 2.413 2 .413 (39)D e O ut ros Res identes

O ut rosDívida não s ubord inada

O brigaç õesB an if Float 08 /09 250 250 252 250 1 B CP FIN. F loat 10/09 100 100 101 100 0 B E S INV . FR N 01/09 5 250 252 250 (1)O C 2011 - 1ª SÉ RIE 1 2 .500 2.456 2 .395 41 E DP 5% 03/20/08 1.300 1 .300 1.351 1 .301 (0)

4.400 4.412 4 .296 40Ins t rumentos de cap ita l

A cç õesB E S 15.657 - 234 253 (19)S IB S 10.000 - 1 .211 1 .211 -

- 1 .445 1 .465 (19)6.720 8.270 8 .174 (17)

Em 31 de Dezembro de 2008 a carteira de activos financeiros disponíveis para venda não apresenta imparidade. As Obrigações de Dívida Pública Portuguesa (OT’s), encontram-se dadas como garantia a favor do Fundo de Garantia de Depósitos e Banco de Portugal, para garantia das obrigações assumidas pela Caixa. Em 31 de Dezembro de 2008 e 2007, o valor dos penhores constituídos ascendia a €2.290 milhares e €2.251 milhares, respectivamente (ver Nota 6.18). Os activos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de capital não cotados cujo justo valor não pode ser mensurado com fiabilidade e como tal estão reconhecidos em 31 de Dezembro de 2008 ao custo no montante de €1.211 milhares (2007: €1.211 milhares). À data de preparação das demonstrações financeiras a CEMAH não pretende alienar qualquer um dos investimentos. Durante o período de 2008, a CEMAH procedeu à alienação de activos financeiros disponíveis para venda mensurados ao custo no montante de €1.932 milhares (2007: €7.395 milhares), tendo sido registado uma menos-valia de €5 milhares (2007: €31 milhares).

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6.5 Crédito a clientes A rubrica de Crédito a clientes decompõe-se como segue:

Crédito interno 31-12-2008 31-12-2007Empresas e Administrações Públicas

Desconto e outros créditos titulados por efeitos 3.193 2.661 Empréstimos 27.663 25.521 Créditos em conta corrente 2.112 1.961 Descobertos em depósitos à ordem 22.315 20.065 Outros créditos - -

55 283 50.208 Particulares

Habitação 21 879 22 715 Consumo 20 092 20 144 Outras finalidades

Desconto e outros créditos titulados por efeitos 2 183 3 083 Empréstimos 19 412 18 707 Crédito em conta corrente 232 178Outros créditos 9.753 10.152

73.550 74.979

128.833 125.187

Juros e comissões a receber 292 259Crédito e juros vencidos

Até 90 dias 159 143Mais de 90 dias 3.903 3.683

4.062 3.826Total Bruto 133.187 129.272

Menos:Provisão para créditos de cobrança duvidosa 718 269Provisão para crédito e juros vencidos 3.146 2.907

3.864 3.176Total Líquido 129.323 126.096

O movimento ocorrido nas provisões durante o exercício de 2008 é apresentado na Nota 6.10. De salientar que, para além das provisões para créditos de cobrança duvidosa e crédito vencido, a Caixa tem outras provisões, apresentadas no passivo, (ver nota 6.10) no montante de €1.642 milhares (2007 – €1.995 milhares) que também se destinam a cobrir riscos de crédito (Provisões para riscos gerais de crédito). A rubrica de crédito interno inclui €1.785 milhares de descobertos em depósitos à ordem da Santa Casa de Misericórdia de Angra do Heroísmo que, em 31 de Dezembro de 2008, vencem juros a taxas correntes de mercado.

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O escalonamento dos créditos sobre clientes, em função da sua duração residual, é o seguinte:

Prazos 2008-12-31 2007-12-31

Até três meses 7.159 6.522 De três meses a um ano 11.000 10.627 De um a cinco anos 30.882 32.119 Mais de cinco anos 40.255 37.905 Duração indeterminada (*) 43.890 42.099

133.187 129.2

(*) Descobertos em Depósitos à ordem e Crédito e juros vencidos

72

A exposição a risco de crédito para contratos com valores vencidos mas sem imparidade, segmentada por antiguidade de incumprimento é a seguinte: Falta juros corridos

31 de Dezembro de 2008

Inferior a 3 meses 4.405 1093 a 6 meses 2.444 366 a 12 meses 8.311 2.803Superior a 12 meses 915 915

Total 16.075 3.864

31 de Dezembro de 2007

Inferior a 3 meses 8.091 63 a 6 meses 946 70

6 a 12 meses 3.691 521

Superior a 12 meses 702 2.579

Total 13.430 3.176

Exposição Máxima Provisões para crédito

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31

6.6 Activos não correntes detidos para venda O saldo desta rubrica a 31 de Dezembro de 2008 analisa-se como segue:

Imóveis Equipamento Outros TotalSaldo em 31.12.2007

Valor bruto 0 - - 0Imparidade 0 - - 0Valor líquido 0 - - 0

MovimentoAdições 3.479 3.479Outros movimentos 1.052 - - 1.052

Alienações -35 - - -35

Saldo em 31.12.2008Valor bruto 1.017 - - 1.017Imparidade acumulada -613 - - -613

Valor líquido 404 404

O valor de adições registado no exercício de 2008 refere-se a imóveis recebidos no âmbito de processos de recuperação de crédito. O movimento correspondente aos €1.052 milhares refere-se a uma reclassificação entre rubricas conforme explicitado na Nota 6.9.

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Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 (Valores expressos em milhares de euros)

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6.7 Outros activos tangíveis Esta rubrica é analisada da seguinte forma: Movimentos no exercício de 2007Saldo líquido de abertura 5.320 426 326 1.622 7.694 Adições 110 207 565 1 883Transferências - 43 (74) - (31)Abates - (243) - - (243)Amoritzações acumuladas bens abatidos - 200 - - 200 Amortizações do exercício (137) (156) - - (294)

Saldo líquido de encerramento 5.293 477 816 1.624 8.210

Saldo em 31 de Dezembro de 2007Custo 6.930 2.346 816 1.627 11.719Amortizações acumuladas (1.637) (1.869) - (3) (3.509)

Valor líquido 5.293 477 816 1.624 8.210

Movimentos no exercício de 2008Saldo líquido de abertura 5.293 477 816 1.624 8.210 Adições - 284 808 6 1.098 Transferências 1.004 81 (1.185) - (100)Abates - - - - Amoritzações acumuladas bens abatidos - - - - Amortizações do exercício (134) (161) - (0) (295)

Saldo líquido de encerramento 6.163 681 439 1.629 8.913

Saldo em 31 de Dezembro de 2008Custo 7.934 2.711 439 1.633 12.717Amortizações acumuladas (1.771) (2.030) - (3) (3.804)

Valor líquido 6.163 681 439 1.630 8.913

O saldo da rubrica Activos tangíveis em curso a 31 de Dezembro de 2008 é composto por: €275 milhares referentes à aquisição de dois edifícios destinados à instalação do futuro balcão de Ponta Delgada, €128 milhares referentes ao novo Data Center, € 22 milhares referentes a obras de remodelação do balcão da Calheta e € 15 milhares referentes ao cabo de fibra óptica que ligará os edifícios da Rua Direita e da Rua da Sé. Durante o exercício de 2008 foram transferidos desta rubrica para a rubrica de imóveis de serviço próprio € 921 milhares respeitantes ao novo edifício da Praia e € 84 milhares referentes a obras de remodelação do edifício da Rua da Sé. Das aquisições de Equipamento efectuadas durante o ano, salientam-se €136 milhares referentes à compra de ATM’s, €18 milhares referentes à aquisição de equipamento de segurança (Firewall Astaro) e € 26 milhares referentes à aquisição de equipamento destinado ao sistema de senhas recentemente implementado.

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6.8 Activos intangíveis O saldo desta rubrica em 31 de Dezembro analisa-se como segue: Amortizações acumuladas bens abatidos 29 29 Amortizações do exercício (196) - (196)Saldo líquido de encerramento 243 - 243

Saldo em 31 de Dezembro de 2007Custo 1.687 - 1.687 Amortizações acumuladas (1.444) - (1.444)Valor líquido 243 - 243

Movimentos no exercício de 2008Saldo líquido de abertura 243 - 243 Adições 18 38 56 Transferências 23 (23) - Abates - - - Amortizações acumuladas bens abatidos - - - Amortizações do exercício (145) - (145)Saldo líquido de encerramento 139 15 154

Saldo em 31 de Dezembro de 2008Custo 1.728 15 1.743 Amortizações acumuladas (1.589) - (1.589)Valor líquido 139 15 154

A rubrica Activos intangíveis em curso inclui €11 milhares referentes ao projecto de Homebanking e € 5 milhares referentes ao portal de Internet em desenvolvimento. As transferências verificadas no exercício de 2008, no valor de € 23 milhares, dizem respeito ao Portal da Intranet. No que respeita aos Sistemas de tratamento automático de dados, de salientar a aquisição no exercício de 2008 de uma firewall, no valor de € 15 milhares. 6.9 Outros activos

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A rubrica de Outros activos apresenta a seguinte decomposição: Outros imóveis 100 1.052 Numismática e outros metais preciosos 10 10 Provisões e imparidades Devedores, outras aplicações e outros activos - (51)

116 1.027Rendimentos a receberOutros juros e rendimentos similares 4 6

4 6Despesas com encargo diferidoOutras despesas com encargo diferido 2.475 3.081

2.475 3.081Outros activos 3.060 4.354

A 31 de Dezembro de 2008, a rubrica Outros devedores inclui valores a receber da Segurança Social e Instituto de Gestão do Crédito Público no valor de €111 milhares e €140 milhares, respectivamente. A variação ocorrida em 2008 na rubrica Outros imóveis, prende-se com uma reclassificação dos imóveis recebidos em dação em cumprimento para a rubrica Activos não correntes detidos para venda, dada a expectativa da Caixa em proceder à sua alienação no prazo de 1 ano (Ver Nota 6.6). A rubrica Outras despesas com encargos diferidos, diz respeito ao acréscimo de responsabilidades com pensões de reforma e outros benefícios resultante da aplicação do IAS 19, que ainda não foram amortizadas por contrapartida de resultados transitados (ver Nota 2.3.7).

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6.10. Provisões e imparidades Os movimentos registados nas provisões e imparidades da Caixa durante o exercício de 2008 foram conforme segue:

Movimentos em 2008Saldo em Reposições/ Utilizações/ Saldo em 31-12-2007 Aumentos (Reversões) Transferências 31-12-2008

Provisões específicas p/ crédito a clientesProvisões para crédito vencido 2.907 3.799 (3.265) (296) 3.145 Provisões para crédito de cobrança duvidosa 269 1.497 (1.047) 718

Provisões para riscos gerais de crédito 1.995 741 (1.095) 1.642Imparidade em outros activos

Devedores, outras aplicações e outros activos 51 576 (14) 613 5.222 6.613 (5.407) (310) 6.11

8

Saldo em Reposições/ Utilizações/ Saldo em

31-12-2006 Aumentos (Reversões) Transferências 31-12-2007

Provisões específicas p/ crédito a clientesProvisões para crédito vencido 2.266 784 (14) (130) 2.907 Provisões para crédito de cobrança duvidosa 18 359 (108) 269

Provisões para riscos gerais de crédito 1.995 1.99Imparidade em outros activos

Devedores, outras aplicações e outros activos 7 44 51 4.286 1.187 (122) (130) 5.22

5

2

No que respeita ao movimento das provisões para crédito vencido, destaca-se o reforço líquido de cerca de € 534 milhares, efectuado durante o exercício para fazer face ao aumento do crédito vencido. 6.11 Recursos de outras instituições de crédito Esta rubrica inclui os depósitos à ordem de outras instituições de crédito num montante global de €1 milhar (2007 - € 11 milhares).

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6.12 Recursos de Clientes O saldo desta rubrica é composto, quanto à sua natureza, como se segue:

31-12-2008 31-12-2007Recursos de Residentes

Depósitos à ordem 64.097 51.460 Depósitos a prazo 85.154 92.838 Depósitos de poupança 83.806 93.836 Cheques e ordens a pagar 436 194

233.493 238.328 Juros a Pagar 1.380 1.426

234.874 239.754

Quanto à duração residual, estes recursos decompõem-se da seguinte forma:

Prazos2008-12-31 2007-12-31

Exigível à vista 65.914 53.080

Exigível a prazoAté 3 meses 62.451 85.605 De três meses a um ano 106.483 100.890 De um a cinco anos 26 179

168.960 186.67234 874 239 754

4

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37

6.13 Outros passivos A rubrica de Outros passivos apresenta a seguinte decomposição:

31-12-2008 31-12-2007Responsabilidade com Pensões e outros BenefíciosResponsabilidades totais (ver Nota 6.16) 13.907 14.288 Valor patrimonial do fundo (ver Nota 6.16) (11.359) (12.101)Desvios actuariais (ver Nota 6.16) 1.596 1.511 4.145 3.698 Credores e outros recursosOutros recursos 15 14 Sector público administrativo 250 189 Outros credores 247 135 512 338 Encargos a pagarGastos com pessoal 343 312 Responsabilidades com prémio de antiguidade 261 248 603 560Outras contas de regularizaçãoOutras operações a regularizar 558 824

558 824Outros Passivos 5.818 5.421

As Outras operações a regularizar referem-se essencialmente a movimentos de compensação dos levantamentos em caixas Multibanco por clientes da CEMAH e de débitos directos junto da SIBS. 6.14 Caixa e equivalentes de caixa Para efeito das demonstrações de fluxos de caixa, caixa e equivalentes de caixa compreendem os seguintes saldos com maturidade inferior a 90 dias.

2008-12-31 2007-12-31Caixa 5.829 5.4Depósitos à ordem no Banco de Portugal 4.255 4.832 Disponibilidades à vista em outras IC's 3.049 2.414 Aplicações em IC's com prazos inferiores a 3 meses 103.328 52.436

116.461 65.12

41

3

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Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 (Valores expressos em milhares de euros)

38

2008-12-31 2007-12-31Obrigações de caixa subordinadas 4.000 5.250 Encargos a pagar 41 49

4.041 5.299

6.15 Outros passivos subordinados A rubrica de Outros passivos subordinados apresenta a seguinte decomposição:

Todas as emissões serão reembolsadas pelos respectivos valores nominais, salvo se a Caixa vier a exercer a opção de reembolso antecipado (“Call option”). Mediante autorização do Banco de Portugal, a Caixa poderá efectuar o reembolso antecipado total das emissões, ao par, nas datas de pagamento de juros, a partir da 4ª Data de Pagamentos de Juros, ou seja, no final do 2º ano. Tendo em consideração o prazo de vencimento das Obrigações, a duração residual do saldo em 31 de Dezembro de 2008 analisa-se como segue:

31-12-2008 31-12-2007Até um ano - 1.250De um ano a cinco anos 4.000 4.000

4.000 5.250

6.16 Responsabilidades com Pensões e Outros Benefícios 6.16.1 Plano de Pensões, Sams e Subsídio por Morte As responsabilidades por serviços passados com pensões de Pensionistas e de Colaboradores ao serviço da Caixa cuja cobertura se encontra assegurada por um fundo de pensões são calculadas em conformidade com o estabelecido no IAS 19. A BPI Pensões é a entidade responsável por elaborar as avaliações actuariais necessárias ao cálculo das responsabilidades por pensões de reforma e sobrevivência bem como a de gerir o fundo de pensões respectivo. As avaliações actuariais têm por base o método “Projected Credit Unit” e os seguintes pressupostos actuariais e financeiros:

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Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 (Valores expressos em milhares de euros)

39

31-Dez-08 31-Dez-07Hipóteses financeirasTaxa de desconto 5,5% 5,0%Taxa de crescimento salarial 3.0% 3.0%Taxa de crescimento das pensões 2.0% 2.0%

Hipóteses demográficasTábua de mortalidade TV 88/90 TV 88/90Tábua de invalidez 50% EKV 80 50% EKV 80Tábua de saidas n.a. n.a.Idade normal da reforma 65 anos 65 anos

Método de valorização actuarial

Pressupostos

Project Unit Credit Method

Em 31 de Dezembro de 2008 a Caixa tem 117 participantes no Fundo de Pensões, dos quais 22 são reformados, 16 são pensionistas e 10 são ex-trabalhadores.

Em 31 de Dezembro de 2008, as responsabilidades por serviços passados com pensões de reforma e respectiva cobertura do Fundo de Pensões resume-se como segue:

31-Dez-08 31-Dez-07

Responsabilidades por serviços passadosColaboradores no activo 7.688 7.Pensionistas, reformados e ex-trabalhadores 6.220 6.

13.907 14.

Situação patrimonial do fundo de pensões 11.359 12.

Excesso/(Insuficiência) de cobertura (2.548) (2.187)

835 453 288

101

A evolução do valor actual das responsabilidades por serviços passados com pensões de reforma, sams e subsídio por morte pode ser analisada como segue:

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Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 (Valores expressos em milhares de euros)

40

31-Dez-08 31-Dez-07

Responsabilidades no início do exercício 14.288 14.726Custo do serviço corrente 270 300Custo dos juros 720 684Contribuição dos participantes 47 45Custo serviço - reembolso GRA 8 -Inclusão Ex-trabalhadores - 339Pagamento de pensões e SAMS (461) (440)(Ganhos) e perdas actuariais (965) (1.365)

Responsabilidades no fim do exercício 13.907 14.288

O movimento ocorrido durante o exercício de 2008 relativo ao valor dos activos do Fundo de Pensões foi como segue:

31-Dez-08 31-Dez-07

Valor do Fundo de Pensões no inicio do exercício 12.101 11.899Contribuições - 1Pensões pagas (valor estimado) (435) (440)Rendimento esperado dos activos 594 585Ganhos e (perdas) actuariais (902) (120)

78

Valor do Fundo de Pensões no final do exercício 11.359 12.101

Em 31 de Dezembro de 2008, os montantes reconhecidos na demonstração de resultados da CEMAH relacionados com a cobertura de responsabilidades com pensões, sams e subsídio de morte resumem-se como segue:

31-Dez-08 31-Dez-07Custo dos serviços correntes 270 300 Custo dos juros 720 684 Rendimento esperado dos activos e reembolsos (594) (585)Amortização dos Ganhos fora do corredor (5) (3)

Total incluído em Custos com pessoal 391 396

Os desvios actuariais, que em 31 de Dezembro de 2008, resultam em ganhos ascendem a €1.594 milhares (31.12.2007: €1.511 milhares), dos quais €1.391 milhares dentro do corredor e €206 milhares fora do corredor. 6.16.2 Prémio de Antiguidade O montante das responsabilidades com serviços passados relativas ao prémio de antiguidade a 31 de Dezembro de 2008 e 2007 ascende a €261 milhares e €248 milhares, respectivamente. Estas responsabilidades encontram-se registadas na rubrica

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Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 (Valores expressos em milhares de euros)

41

Outros passivos (ver Nota 6.13). O acréscimo anual de responsabilidades foi registado por contrapartida de resultados do exercício na rubrica de Custos com pessoal. 6.17 Capital, reserva de reavaliação, outras reservas e resultados transitados Capital O capital estatutário da Caixa é de €14.305 milhares encontrando-se totalmente realizado. A Caixa é detida a 100% pela Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo. Conforme deliberação da Assembleia-geral de 30 de Março de 2008, o resultado líquido da Caixa referente ao exercício de 2007, no montante de €1.802 milhares (após absorção dos resultados transitados negativos no valor de €1.150 milhares), foi distribuído da seguinte forma: 25% para Capital; 25% para Reserva Legal, 25% para Reserva Estatutária e 25% para distribuir ao accionista. Neste contexto, no decurso do exercício de 2008, o capital registou um aumento de cerca de € 451 milhares. De acordo com os seus Estatutos, o capital da Caixa deverá ser elevado anualmente com 25% do lucro líquido anual, depois de deduzidos os valores a transferir para as reservas legal/geral, especial e distribuição de lucros ao accionista. Reserva de reavaliação A reserva de reavaliação relativa aos Investimentos disponíveis para venda resulta da adequação ao justo valor dos títulos em carteira (ver nota 6.4). O saldo apresentado na rubrica Reserva de reavaliação legal em 31 de Dezembro de 2008, no montante de €569 milhares, resulta da reavaliação efectuada em exercícios anteriores dos imóveis de serviço próprio, ao abrigo do Decreto-Lei nº 31/98, de 11 de Fevereiro. Não foi efectuada qualquer reavaliação de activos tangíveis durante o exercício de 2008. A reserva de reavaliação legal apenas poderá ser movimentada quando se considerar realizada, total ou parcialmente, e de acordo com a seguinte ordem de prioridades: (i) para corrigir qualquer excedente que se verifique, à data da reavaliação, entre o valor líquido contabilístico dos elementos reavaliados e o seu valor real actual; (ii) para cobrir prejuízos acumulados até à data a que se reporta a reavaliação, inclusive; e (iii) para incorporação no capital social, na parte remanescente.

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Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 (Valores expressos em milhares de euros)

42

Outras reservas e resultados transitados Os saldos das contas de reservas e resultados transitados decompõem-se da seguinte forma:

31-Dez-08 31-Dez-07Reserva legal 2.279 1.828 Reserva Especial 2.217 1.766 Resultados Transitados (613) (1.150)

3.882 2.444

Os movimentos ocorridos nas rubricas de reservas e resultados transitados foram os seguintes:

31-Dez-08 31-Dez-07Reserva legal

Saldo em 1 de Janeiro 1.828 1.099 Transf. Resultados Transitados 451 729 Saldo em 31 de Dezembro 2.279 1.828

Reserva especialSaldo em 1 de Janeiro 1.766 1.037 Transf. Resultados Transitados 451 729 Saldo em 31 de Dezembro 2.217 1.766

Resultados TransitadosSaldo em 1 de Janeiro (1.150) (921)Resultado líquido ano anterior 2.952 3.836 Amortização do impacto IAS 19 - Aviso nº 12/2001 (613) (811)Responsabilidades com ex activos - (339)Transf.p/ Capital (451) (729)Distribuição dividendos (451) (729)Transf.p/ reserva legal (451) (729)Transf.p/ outras reservas (451) (729)

(613) (1.150)3.882 2.444

A reserva legal/geral só pode ser utilizada para cobrir prejuízos acumulados ou depreciações extraordinárias. A legislação Portuguesa aplicável às caixas económicas (artigos 26º e 27º do Decreto-Lei n.º 136/79, de 18 de Maio) exige que a reserva legal/geral seja anualmente creditada com pelo menos 20% do lucro líquido anual, até atingir pelo menos 25% da totalidade dos depósitos. De acordo com os Estatutos o montante a creditar anualmente foi elevado para 25% do lucro líquido anual. Durante o exercício de 2008 esta reserva registou um aumento de cerca de €451 milhares.

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Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 (Valores expressos em milhares de euros)

43

A reserva especial só pode ser utilizada para cobrir prejuízos resultantes das actividades correntes. A legislação Portuguesa aplicável às caixas económicas (artigos 26º e 27º do Decreto-Lei nº 136/79, de 18 de Maio) exige que a reserva especial seja anualmente creditada com pelo menos 5% do lucro líquido anual. De acordo com os Estatutos o montante a creditar anualmente foi elevado para 25% do lucro líquido anual. Durante o exercício de 2008 esta reserva registou um aumento de cerca de €451 milhares. 6.18 Contas extrapatrimoniais As rubricas extrapatrimoniais apresentam a seguinte decomposição:

Garantias recebidasGarantias pessoais/institucionais

Garantias e avales - Residentes 70.814 56.216 Garantias reais (activos recebidos em garantia)

Créditos - Residentes 97.448 56.424 168.262 112.640

Compromissos perante terceirosLinhas de crédito irrevogáveis

Crédito autorizado ao abrigo de contratos de mútuo, não utilizado 23.220 24.062

Outros compromissos 853 848 Linhas de crédito revogáveis 5.598 6.309

29.671 31.219Compromissos assumidos por terceiros

Por compromissos irrevogáveisPor linhas de crédito irrevogáveis (iii) 1.000 1.000

1.000 1.000Responsabilidades por prestação de serviços

De depósito e guarda de valores 4.000 5.250 De cobrança de valores 4.303 4.181

8.303 9.431Serviços prestados por terceiros

Por depósito e guarda de valores - Activos sob gestão (ii) 3.676 9.2263.676 9.226

Outras contas extrapatrimoniaisCréditos abatidos ao activo 358 299 Juros vencidos 84 153

442 452

i) Diz respeito aos títulos dados em garantia ao Fundo de Garantia de Depósitos e ao Banco de Portugal no

valor de € 2.290 milhares (2007: €2.251 milhares) ii) Inclui activos financeiros administrados por terceiros, representados por títulos e disponibilidades.

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Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 (Valores expressos em milhares de euros)

44

iii) Refere-se à linha de crédito intradiário junto do Banco de Portugal 6.19 Margem Financeira Esta rubrica apresenta a seguinte decomposição:

2008 2007Juros e rendimentos similares

Disponibilidades s/ Bancos Centrais 192 177 Disponibilidades s/ OIC 4 12 Aplicações Instituições de Crédito

Mercado monetário interbancário 394 693 Depósitos 5.546 4.12

Crédito clientesEmpresas e Administrações Públicas

Descontos e out créd. titulados p/ efeitos 173 150 Empréstimos 1.515 1.37Crédito conta corrente 132 138 Descobertos DO 1.671 1.539 Factoring - 12

ParticularesHabitação 1.492 1.53Consumo 1.924 1.99Outras finalidades Descontos e out créd. titulados p/ efeitos 138 202 Empréstimos 1.287 1.124 Crédito conta corrente 20 25 Descobertos DO 696 752

Outros créditos e valores a receber (titulados) 216 326 Crédito vencido 280 178 Devedores e outras aplicações 9 13 Comissões recebidas associadas a operações de crédito 71 45

15.760 14.41Juros e encargos similares:

Depósitos à ordem 199 233 Depósitos a prazo do tipo promissória 3.278 2.687 Depósitos a prazo do tipo poupança 2.811 2.909 Empréstimos subordinados 252 259

6.540 6.08

0

8

7 8

9

8 Margem financeira 9.220 8.331

6.20 Rendimentos de instrumentos de capital A rubrica Rendimentos de instrumentos de capital inclui os dividendos recebidos da participação na SIBS (€10 milhares) e de acções do BES (€7,5 milhares).

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Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 (Valores expressos em milhares de euros)

45

6.21 Comissões Líquidas Esta rubrica apresenta a seguinte decomposição:

2008 2007

Outras comissões recebidasPor serviços bancários prestados 116 95 Por garantias prestadas 118 125 Emissão de cheques 91 102 Comissões de processamento 412 469 Multibanco 172 1Comissões de manutenção 37 86 Outras 285 2

1.231 1.298 Outras comissões pagas

Por serviços bancários prestados por terceiros 5 9 Por operações realizadas por terceiros 3 1 Outras 125 1

133 11.098 1.164

58

64

24 34

As Outras comissões pagas referem-se essencialmente comissões pagas pela CEMAH a outras instituições de crédito pela utilização da rede de Multibanco, pertencentes a estas. 6.22 Resultados líquidos em operações financeiras Esta rubrica apresenta a seguinte decomposição:

2008 2007

Ganhos e perdas em operações ao justo valorGanhos e perdas em diferenças cambiais 93 2

93 2 Ganhos e perdas em activos disponíveis para venda

Ganhos e perdas em activos financeiros disponíveis para venda Instrumentos de dívida (5) (11) Outros - 42

(5) 31 A evolução dos resultados líquidos em operações financeiras, nomeadamente os respeitantes a activos financeiros disponíveis para venda, está em consonância com a estratégia da CEMAH de redução da exposição a activos, potencialmente geradores de ganhos, mas também de perdas financeiros.

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Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 (Valores expressos em milhares de euros)

46

Os resultados cambiais obtidos relacionam-se essencialmente com ganhos relacionados com o câmbio EUR/USD. 6.23 Outros resultados de exploração Esta rubrica apresenta a seguinte decomposição:

2008 2007

Rendimentos e receitas operacionaisGanhos em outros activos tangíveis - 45 Outras receitas operacionais 80 176

80 221Encargos e gastos operacionais

Quotizações e donativos (i) 421 236Contribuições para o fundo de garantia de depósitos 48 51 Outros gastos operacionais 58 106 Outros impostos 17 7

544 400(464) (179)

(i) Em 31 de Dezembro de 2008, inclui €375 milhares relativos a donativos concedidos à SCMAH. 6.24 Custos com pessoal Esta rubrica apresenta a seguinte decomposição:

2008 2007

Remunerações dos orgãos de gestão e fiscalização 133 118 Remunerações dos empregados 2.266 2.159 Encargos sociais obrigatórios 667 619 Outros custos com pessoal (i) 270 -

3.336 2.896

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Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 (Valores expressos em milhares de euros)

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Durante os exercícios de 2008 e 2007 o número médio de empregados e administradores executivos ao serviço da CEMAH apresenta-se como segue:

2008 2007

Administradores executivos 3 3 Quadros superiores 12 12 Outros quadros 6 6 Admistrativos 4 4 Outros colaboradores 58 54

83 79

6.25 Gastos gerais administrativos A rubrica apresenta a seguinte decomposição:

2008 2007

Gastos gerais administrativosCom fornecimentos

Água, energia e combustíveis 67 69 Publicações 5 5 Material de higiene e limpeza 2 1 Outros fornecimentos de terceiros 241 237

Com serviçosRendas e alugueres 112 73 Comunicações 246 237 Deslocações, estadas e representação 88 95 Publicidade e edição de publicações 119 66 Conservação e reparação 296 361 Formação de pessoal 15 15 Seguros 63 52 Serviços especializados 670 710 Outros serviços de terceiros 57 44

1.981 1.963

A necessidade de se proceder à manutenção e reparação contínua do património imobiliário da instituição, tem exigido um esforço financeiro significativo, conforme se pode verificar pelo peso da respectiva rubrica no total dos gastos gerais administrativos (cerca de 15% em 2008 e 18% em 2007). No entanto, o factor que mais peso tem nos Gastos gerais e administrativos são os Serviços especializados, nomeadamente a contratação de serviços nas áreas de auditoria e consultoria, que representa 34% dos gastos gerais em 2008 e 36% em 2007.

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Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 (Valores expressos em milhares de euros)

48

6.30 Transacções com entidades relacionadas Em 31 de Dezembro de 2008, foram identificadas as seguintes entidades relacionadas: Nome da entidade

AccionistaSanta Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo

Outras empresas relacionadasEVT - Empresa de Viação Terceirense, Lda.Escola de Condução Ilha 3, Lda.UNICOL - União Cooperativas Lacticínios Terceirense, UCRLPRONICOL - Produtos Lácteos, SASOMAR, Lda.

Membros do Conselho de Administração e Direcção GeralCarlos Manuel Brasil Silva RaulinoJosé Mancebo SoaresLeonildo Garcia VargasAntónio Gabriel Fraga Martins Maio Em 31 de Dezembro de 2008 e 2007, o montante global dos activos, passivos, custos e proveitos e responsabilidades extrapatrimoniais relativos a operações realizadas com entidades relacionadas resume-se como segue:

384 2 17 40ExtrapatrimoniaisGarantias prestadas e outros passivos eventuais 50 233 - 283

50 233 - 28

3

3

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Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 (Valores expressos em milhares de euros)

49

31 de Dezembro de 2007

Accionista Entidades relacionadas

Membros do Conselho de Administração e Direcção Geral

Total

ActivosCrédito 1,666 4,905 16 6,587

1,666 4,905 16 6,587

PassivosDepósitos 234 697 309 1,240

234 697 309 1,240ProveitosJuros e rendimentos similares 103 447 1 551 Comissões recebidas 1 7 - 8

104 454 1 559CustosJuros e encargos similares 3 2 10 15 Donativos 200 - - 200

203 2 10 215ExtrapatrimoniaisGarantias prestadas e outros passivos eventuais 122 217 - 339

122 217 - 339

Não foram constituídas quaisquer provisões referentes a saldos com partes relacionadas. De salientar que todas as operações passivas e activas com entidades relacionadas foram transaccionadas de acordo com o preçário normal da Caixa. O movimento no exercício de 2008 referente a crédito concedido e depósitos recebidos de entidades relacionadas resume-se como segue:

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Notas explicativas às demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 (Valores expressos em milhares de euros)

50

2008 2007 2008 2007 2008 2007EmpréstimosEmpréstimos em 1 de Janeiro 1.666 1.735 4.905 6.970 16 14 Empréstimos emitidos durante o ano 119 - 4.066 1.272 30 7 Empréstimos pagos durante o ano - (69) (4.863) (3.338) (10) (5) Empréstimos em 31 de Dezembro 1.785 1.666 4.108 4.905 36 16

Rendimento de juros 61 103 316 447 1 1

DepósitosDepósitos em 1 de Janeiro 234 153 697 581 309 288 Movimentos líquidos do ano (74) 82 (34) 116 82 21

Depósitos em 31 de Dezembro 160 234 263 697 391 309

Custo de juros de depósitos 9 3 2 2 17 14

Accionista Entidadesrelacionadas

Membros do Conselho de

Administração e Direcção Geral

6.31 Eventos subsequentes Não foram identificados quaisquer factos relevantes ocorridos após 31 de Dezembro de 2008.

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