apresentações e aspectos das discussões durante o workshop ... · • relações de troca e...
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É com muito prazer, que entregamos as
Apresentações e aspectos das discussões durante o Workshop do projecto UPISA (Pobreza Urbana na África Austral)
que foi realizado no dia 21 de Julho 2008
UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE
8H30: Apresentação do projecto UPISA
UPISAUrban Poverty in Southern AfricaPobreza Urbana na África Austral
• Um projecto da Universidade de Innsbruck, Departamento de Geografia
• com a Universidade Eduardo Mondlane, Departamento de Geografia
• Supervisores: Professor Martin Coy e Professor Manuel M.G. Araújo
UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE
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Enquadramento do projecto
• Dois estudos de caso: Maputo, eThekwini (Durban)
• Sustainable Livelihoods Approach na sua aplicação àproblemática actual de desenvolvimento urbano
Objectivos
Acrescentar os debates sobre pobreza urbana e vulnerabilidade em geral através de resultado de estudoslocais profundos
identificação das pré condições locais para o planeamentode abordagens para soluções no nível municipal
fomentar as discussões e as trocas de experiências entre os actores locais e internacionais (Sul-Sul e Sul-Norte)
Contrubuir na discussão sobre mensuração de pobreza e na elaboração de alternativas para o monitoramento da pobreza
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Motivos para a selecção das duas cidades
• Diferentes níveis de desenvolvimento na África Austral
• Influência de “histórias” diferentes ao desenvolvimento de cidades
• Durban como “cidade modelo”
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Áreas de pesquisa nas duas cidadesMaputo
• Recursos e estratégias dos agregados familiares numa escala local – estudos de caso
• Programas e políticas no combate contra a pobreza
Durban
• Adolescência, género, HIV/Sida
• Adolescentes da rua
• Migração e género
• Programas e políticas no combate contra a pobreza
• Abordagens e teorias de pobreza
• Análises em diferentes níveis e com diferentes grupos alvo
• Mensuração de pobreza
• Políticas na área de pobreza
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Objectivos específicos para Maputo
• Identificação dos programas e actores ligados ao combate da pobreza e as suas influências
• Dar exemplos como já em pequenas áreas os recursos e as estratégias dos agregados familiares diferem e mostrar que se necessita soluções adaptadas
• Mostrar riscos específicos para certas áreas
• Mostrar factores que (re)produzem condições precárias
• Desafios para a mensuração de pobreza no futuro (estudos e dados existentes; crítica; dificuldades na definição e avaliação do nível da pobreza)
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Duas abordagens
Ambiente político
Encontros e desencontros
Os moradores e os seus recursos na sua situação local
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Aspectos da discussão:
• Sobre a metodologia dos trabalhos do projecto– Como será realizada a combinação com dados
quantitativos?
– A abordagem da pobreza tem que ser bem escolhida e muito clara
– Se falar de pobreza também tem que falar de vulnerabilidade e risco
– Muitos factores que influenciam a pobreza estão ligadas às mudanças nas famílias e nos agregados familiares
– Como é que se pode fazer uma comparação ou interligação entre os resultados de Durban e de Maputo?
10H15: Apresentações dos trabalhos em Maputo
Pobreza na Cidade de Maputo
– experiências e resultados preliminares
Um estudo no âmbito do projecto UPISA:
"Urban Poverty in Southern Africa"
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Índice1. A pobreza em Moçambique, a pobreza em Maputo
– Mensuração da pobreza e estudos existentes2. As estruturas da Cidade de Maputo
– Desenvolvimento histórico da população– Estruturas actuais– Desafíos no combate da pobreza para o planeamento urbano
3. Impressões sobre recursos e estratégias de acção dos agregadosfamiliares– A selecção das áreas de pesquisa– A disponibilidade de recursos e problemas nas áreas de pesquisa– Estratégias de acção
4. Políticas e programas no combate da pobreza e actores involvidos5. Intervenções e objectivos de planeamento urbano – dois exemplos
– A gestão de residuos solidos na cidade de Maputo
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Estudos sobre pobreza em Moçambique – com foco em Maputo
• Índice do Desenvolvimento Humano: 172° lugarde 177
• Estudos quantitativos:– IAF (Inquérito aos Agregados Familiares)
1997/98 2002/03Moçambique 69% 54%Maputo 47% 53%
– QUIBB (Questionário de Indicadores de Bem-Estar)
• Estudos qualitativos:– RAP (Relatório Alternativo da Pobreza)– “Xiculungo” Social Relations of Urban Poverty in
Maputo, Mozambique
UI23
Folie 11
UI23 IAF serve como fundo para os dados oficiais, que por exemplo são usados no PARPA ou outros documentos do governo. Universität Innsbruck; 18.07.2008
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1912; 26.0791940; 68.223
1960; 178.565
1970; 378.348
1980; 537.394
1997; 989.400
2007;1.099.1021.200.000
-
200.000
400.000
600.000
800.000
1.000.000
1900 1920 1940 1960 1980 2000 2020
População urbana:2004: 34% (1975: 8,7%)Maputo: ~1,1 Milh (6,2% de 20,4 Milh)
População
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1940
~ 1896
1965
1986
segundo Araújo 1999 e Jenkins 2001
Desenvolvimento dapopulação e processosmigratórios
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Algumas estruturasactuais
Casas madeira e zinco
Zonas não parceladas, desordenadas
Zonas parceladas
Vulnerabilidade por cheias
Zonas verdes
Vivendas novas dos mais ricos
Mercados importantes, „dumba nengues“
!!!
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Desafios no combate da pobreza para o planeamento urbano
• Assentamentos informais• Água, drenagem, saneamento• Conflitos no uso de terras urbanas (residencial,
comercial, industrial, agricultural)• Mercado de terra informal• Transporte• Equipamento social e comunitário (educação,
saúde, lazer) ⇒Habitação condigna
• Comunicação entre população e planeamento e soluções participativas
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Duas abordagens
Ambiente político
Encontros e desencontros
Os moradores e os seus recursos na sua situação local
Metodologia
• Qualitativa
• Entrevistas com pessoas sobre a sua situação e a situação do agregado familiar
• Visitas informais e observações
• Entrevistas com pessoas responsáveis ao nível dos quarteirões e bairros
• Análise de documentos
• Entrevistas com peritos a níveis mais altos
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A selecção das áreas de pesquisa
Hulene B
MinkadjuineLuís Cabral
• Diferentes estruturasfísicas e sociais
• história e desenvolvimento do povoamento
• condiçõesresidenciais precárias
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Recursos disponíveis para os agregadosfamiliares nas áreas de pesquisa
Aspectos e problemas gerais
Situação local
Recursos físicos
Recursos económicos
Recursos hum
anosRec
urso
s so
ciai
saspectos
individuais
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Bairro Minkadjuine - Quarteirão 21
2 prédios de 4 andares, uma “casa comum”, 4 casas:
História e recursos físicos:• Bairro antigo• Infra-estruturas comuns• Estruturas físicas persistentes
Influências aos recursos humanos e sociais:
• Localização central• Moradia através de relações familiares• Relações de troca e poupança entre
vendedores
Infl nanceiros e
• P• C• Proximidade do mercado de Xipamanine e
da paragem na R. de Zambézia
uências aos recursos fieconómicos:roximidade da cidade de cimento asas de APIE, próprias e alugadas
23
c/b
4 pess.
6
bairro Minkadjuine, quarteirão 21
4 pess.
2 pess.
6 pess.
6 pess.
4 pess.
4 pess.
7 pess.
c/b
4 pess.
5 pess.
1 pess.
3 pess.
c/b
c/b
duche com
lat/com
lat/com
7pess.
c/b 12 pess.
casa queimada09.06.2008
8 pess.6 pess.
7 pess.
7 pess.
casas queimadasem 2004
casas queimadasem 2005
3 pess.3 pess.
• Propriedade
• Estruturas dos AF
• Relaçõesfamiliares
• Vendedoras no mercado na Rua de Zambézia
Estruturas e estratégias típicas
m
m
m
m
m
m
m
mmPelo menos uma pessoavende no mercadona Rua de Zambézia
Família nuclear com pais e crianças
Agregado familiar queinclue pelo menos umafamília nuclear
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Bairro Minkadjuine - Quarteirão 21
2 prédios de 4 andares, uma “casa comum”, 4 casas:
História e recursos físicos:• Bairro antigo• Infra-estruturas comuns• Estruturas físicas persistentes
Influências aos recursos financeiros e económicos:
• Proximidade da cidade de cimento • Casas de APIE, próprias e alugadas• Proximidade do mercado de Xipamanine e
da paragem na R. de Zambézia
Influências aos recursos humanos e sociais:
• Localização central• Moradia através de relações familiares• Relações de troca e poupança entre
vendedores
• Saneamento – Doenças• Privacidade• Risco de queimas• Criminalidade• Insegurança de habitação• Conflictos entre vizinhos
⇒ lugar de transição
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Bairro Luís Cabral – Zona do cemitério
quarteirões 41, 22, 23
História e recursos físicos:• Zona de antiga ocupação, reconstruções• Altura elevada no bairro• Estruturas internas desordenadas• Água canalizada, saneamento precário• Vizinhança com o cemitério Lhanguene
Influências aos recursos financeiros e económicos:•Casas próprias e dependências alugadas•Localização entre duas estradas importantes
Influências aos recursos humanos e sociais:• Homogenidade étnica “Xinhambanine”• Escolas secundárias distantes
• Água• Proximidade com os
mortos• Cheiro do vala comum• Insegurança por
comunicação má do reassentamento
⇒Restrições nas estratégias individuais
⇒Fonte de boatos
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Bairro Hulene B – Zona da lixeiraquarteirões 43, 58, 68
História e recursos físicos:• Zona de nova ocupação informal com alta
fluxo residencial• Localização numa depressão• Caminhos de areia profunda, acesso mau• Água subterrânea• Vizinhança com a lixeira – ambiente precário
Influências aos recursos financeiros e económicos:
• Casas próprias e alugadas• A lixeira como a fonte de dinheiro mais
importante e atraente
Influências aos recursos humanos e sociais:Falta de serviços de saúde primária no bairro
• Redes soltas entre as catadeiras• Alto número de projectos de ajuda
(educação)
• Mercado de terras desordenado
• inundações• Riscos de saúde
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Aspectos de estratégias económicas gerais
Homens:
• “Biscates” de qualquer típo• Empregados de casa - guardas
Mulheres:
• Revenda de produtos em tamanhos mínimos• Empregadas domesticas• Trocar em tamanhos mínimos• Xitique• Relações casais com lucro económico
Agregados familiares em geral:
• Baixar os custos e deveres regulares• Investimento em habitação própria• Poupar em material
- alimentação básica- (re)construção- Equipamento de casa
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Factores e obstáculos no acesso a recursos em geral
• Insegurança legal na área de habitação• Acesso efectivo a educação• Informação e consciência sobre estruturas publicas
existentes• Relação forte entre recursos sociais e poder
económico• Dependências das mulheres ficam forte e
reproduzem-se– Poucas ocupações são acessíveis e imagináveis, estas são
também transmitidas nas relações familiares– Relações casais com lucro económico (estabelecem
dependências ou aumentam a vulnerabilidade)– Indulgência com pais que não cumprem os seus deveres
Duas abordagensAmbiente político
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Encontro ntros
Os moradores e os seus recursos na sua situação local
s e desenco
Nível internacional
Nível nacional
Nível municipal
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Programas de combate a pobreza e actores relevantes a nível nacional
• Plano Económico e Social
Curto prazo Médio prazo Longo prazo
• PARPA II (Plano de Acção de Redução da Pobreza Absoluta 2006-2009)
• Programa Quinquenal do Agenda 2025Governo (2005-2009)• Orçamento
Estadual • Planos Sectoriais e Provinciais
• Cenário Fiscal de Médio Prazo
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Planos políticos e actores internacionais na redução de pobreza
Planos políticos
Actores
• Acordos bi- e multilaterais
• G19 (Programme Aid Partnership –PAP) -> Apoio Geral ao Orçamento
ODMObjectivos de
Desenvolvimento do Milénio
NEPADNova Parceria
para o Desenvolvimento
da África
SADCComunidade para o Desenvolvimento
da África Austral
Programas de combate a pobreza e actores relevantes a nível municipal
• Plano de Actividades do ConselhoMunicipal
PROMAPUTO2007-2016
Manifesto Eleitoral
Curto prazo Médio prazo Longo prazo
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• Plano Económico e Social
• Orçamento Estadual • Planos Sectoriais e
Provinciais
• PARPA II (Plano de Acção de Redução da Pobreza Absoluta 2006-2009)
• Programa Quinquenal do Governo (2005-2009)
• Cenário Fiscal de Médio Prazo
Agenda 2025
• Plano de Actividades do ConselhoMunicipal
PROMAPUTO2007-2017
Manifesto Eleitoral
ODM NEPAD SADCIn
tern
acio
nal
Nac
iona
lM
unic
ipal
Participação
Descentralização
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A gestão de resíduos sólidos– a lixeira de Hulene B
Catadeiros na lixeira de Hulene B
homens
Criançasmulheres
Comerciantes intermediários eempresas de reciclagem
Empresas internacionais de recolha secundária de lixo
Município da Cidade de Maputo
Parceiros para a recolha primária nos bairros
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A gestão de resíduos sólidos– a lixeira de Hulene B
Catadeiros na lixeira de Hulene B
homens
Criançasmulheres
Comerciantes intermediários eempresas de reciclagem
Empresas internacionais de recolha secundária de lixo
Município da Cidade de Maputo
Parceiros para a recolha primária nos bairros
A mudança da lixeira de Hulene B
Desafio para o planeamento urbano:• local apropriado• muitos actores envolvidos• financiamento
Impactos para os moradores:• Desaparecimento duma fonte de rendimento• ???
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Obrigado! Kanimambo!
• Equipa do projecto em Maputo:Ute Ammering, Jose Chambal, Vanessa Lopes, Anne Merklein, Cláudio dos Santos Quenhé, Danilo Singano, Constantino Arlindo Uamusse
• Equipa do projecto em Durban:Kristina Erhard, Matthias Forcher-Mayr, Michael Schernthaner, Anke Werner
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Aspectos da discussão depois da apresentação:
• Sobre os moradores nos quarteirões ao lado da lixeira e a gestão de lixo em geral– a nova lixeira pode ser um factor de mobilidade
residencial para os moradores – A lixeira é uma estratégia de sobrevivência e para alguns
agregados familiares a única fonte de rendimento– Na lixeira há muitas pessoas que perderam o seu emprego
porque as empresas onde trabalhavam fecharam– O sector da gestão de lixo na cidade de Maputo tem
muitos actores com diversos interesses envolvidos que devem ser reconhecido no trabalho
– A questão de privatização influencia muito a situação neste sector
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• Sobre a situação no cemitério de Lhanguene e a questão do reassentamentos em geral– Existem contradições entre os moradores entre resistir e
aceitar o reassentamento
– A resistência tem dois lados: por um lado as pessoas não querem sair e não querem saber nada sobre este assunto, e por outro lado há uma falta de credibilidade das informações que são divulgadas
– Uma preocupação é que o Conselho Municipal não tenha as condições para melhorar a situação dos moradores nos novos lugares e que as pessoas fiquem na mesma pobreza
– A questão do uso dos solos urbanos é muito complicada e conflituosa na cidade – o que tem que ser reconhecido no trabalho
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• Recomendações em geral– Ter cuidado com as questões de uso e
aproveitamento dos solos urbanos
– Ter que ser crítico com os programas e politicas na área da pobreza. O ponto de vista das pessoas que estão envolvidas e afectadas tem que ser visto
• Recomendações para intervenções futuras– Criar alternativas para as pessoas possam
ganhar o seu próprio sustento
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A tarde: Troca de ideias
13H30 – 14H15:Possíveis aspectos e significados da pobreza na Cidade de
Maputo
14H15 – 14H35: 2 Grupos de trabalho que formulam perguntas, desafíos e
recomendações para actividades futuras para os outrosgrupos
– Moradores dos 3 bairros de pesquisa– Académicos
14H35 – 15H00:Apresentação dos trabalhos de grupo e discussão
15H00Encerramento
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Possíveis aspectos e significados da pobreza na Cidade de Maputo
• São os agregados familiares a base certa para a avaliação da pobreza na cidade?– Necessidades diferentes de cada membro dos agregados
familiares
• Laços familiares – ajuda ou obstáculo?
• Relações urbano – rural: uma troca desigual?
• Acesso a e divulgação de informação: obstáculo para os agregados familiares/indivíduos?
• Feitiçaria – Pobreza
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Significados da pobreza ...(citações diversas dos trabalhos de campo)
• “pobreza é falta de coordenação entre governo e a comunidade”
• “não ter dinheiro para conseguir alimentar-se”
• “porque há falta de oportunidade de emprego principalmente para a camada jovem”
• “Quando uma pessoa consegue melhorar a sua vida os outros penduram-se nele e puxam-lhe novamente para baixo”
• “Um bairro pobre não há machambas a aproveitar”
• “a pobreza e muito psicológico de alguma maneira. As pessoas acomodam-se a uma certa pobreza ...”
• “A questao da salario minimo influencia bastante”
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1 Resultados do grupo dos moradores/ representantes dos bairros Luís Cabral e Hulene B
Perguntas e problemáticas na área de pobreza urbana colocadas durante a discussão em grupo
• Como criar oportunidade de trabalho para jovens, quando se exige níveis elevados de estudos e anos de experiência?
• Como resolver o acesso à educação e ao emprego para que os filhos adultos não sejam mais um peso?
• Como retomar grandes empresas que depois de privatizadas desapareceram? – Criaram mais desemprego e pobreza
• Como evitar que a privatização não reduza a mão de obra e, logo aumente a pobreza?
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1 Resultados do grupo dos moradores/ representantes dos bairros Luís Cabral e Hulene B
... Continuação
• Como ajudar a desenvolver machambas mesmo nas cidades para produzir alimentos na cidade?
• Como criar projectos que façam com que deixemos de ser apenas comerciantes e sermos produtores de bens?
• O problema da urbanização = organização da nossa cidade. Existência de infra-estruturas básicas e vias de acesso.
• Qual a saída para sair da pobreza psicológica, associada com altos índices de fecundidade?
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2 Resultados do grupo dos académicosPerguntas e problemáticas na área de pobreza
urbana colocadas durante a discussão em grupo:• Agregados familiares
– apoio que recebe e dá– quem faz parte do agregado familiar? Quando é que se
considera família?– homens que deixam suas esposas no campo e casam-se
com outras• Sobre o conceito de pobreza:
– quem são as pessoas que fazem as afirmações que se apresentam?
– De onde as pessoas saem e aonde vivem?– Que estratégias usam os homens e mulheres para saírem
da pobreza?– Quem são as pessoas que conseguiram sair da pobreza?– Quando é que se considera que a pessoa saiu da pobreza?– Que influências as igrejas carismáticas têm nos agregados
familiares?
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2 Resultados do grupo dos académicos
...continuação
• Redes sociais com base em:
– laços consanguíneos
– Vizinhança - com que vizinhos se faz solidariedade e com que não se faz? O que se mudou nas relações de vizinhanças?
– Qual é o tipo de apoio que recebe
• Obstáculos
– dificuldade de definir o conceito de pobreza porque significa muita coisa
– falta de educação e saúde constitui obstáculo para sair da pobreza?
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Resumo dos dois grupos de trabalho
• O grupo dos moradores sublinhou por um lado o factor da falta de emprego e o desafio de criar empregos especialmente para os jovens. Por outro lado salientou a preocupação da questão da produção alimentar na cidade com os conflitos de uso de terra.
• Para o grupo dos académicos a questão do conceito da família e do papel da família e a sua mudança na cidade como a questão de redes sociais em geral foram os aspectos mais discutidos. Também a questão do significado de pobreza e das diferentes definições de pobreza dos moradores da cidade é um aspecto que foi de interesse por lado dos académicos