apresentacao_estprobcont.ppt

44
O ESTADO E OS PROBLEMAS CONTEMPORÂNEOS Especialização em Gestão Pública Prof. Ms. Francisco Laercio Pereira Braga [email protected] Ministério da Educação – MEC Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior Diretoria de Educação a Distância Universidade Aberta do Brasil – UAB/UECE

Upload: marcelo-diogenes-de-oliveira

Post on 05-Sep-2015

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • O ESTADO E OS PROBLEMAS CONTEMPORNEOSEspecializao em Gesto Pblica Prof. Ms. Francisco Laercio Pereira [email protected]

    Ministrio da Educao MEC Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior Diretoria de Educao a Distncia Universidade Aberta do Brasil UAB/UECE

  • ObjetivoQual o papel que o Estado pode e deve desempenhar na promoo de solues para os problemas da sociedade brasileira contempornea?O que queremos no Brasil? um Estado diferentedaquele que j tivemos em outros tempos? Assim, esta disciplina busca oferecer a possibilidade de conhecer as principais discusses tericas que so travadas, na atualidade, acerca da Questo Social e de sua abordagem pelo Estado; bem como de discutir os principais problemas que afetam a sociedade brasileira e que requerem polticas pblicas eficazes para o seu equacionamento.

  • Contedo programticoUnidade 1: Dimenses conceituais e histricas no estudo dos problemas e das polticas sociais

    Conceitos relevantes tradio democrtica, como os de Justia e Cidadania; e de sua relao com o Estado Moderno, de inspirao republicana;Anlise da evoluo do tratamento da questo social pelo poder pblico, ao longo da histria;A oposio entre universalizao efocalizao das polticas sociais, e os efeitos a elas associados.

    Unidade 2: Algumas polticas sociais do Estado Brasileiro

    Estudar questes relacionadas Educao, Sade, Assistncia Social e ao mundo do Trabalho;Refletir sobre o papel do Estado, na atual fase do desenvolvimento capitalista;Possibilitar o acesso a informaes e crticas sobre a agenda atual das polticas sociais no plano federal.

  • Unidade 1: Dimenses conceituais e histricas no estudo dos problemas e das polticas sociais

    POBREZA, DESIGUALDADE, EXCLUSO E CIDADANIA: CORRELAES, INTERSEES E OPOSIES tm se constitudo em objeto de preocupao no mundo contemporneoAt a dcada de 1970, a tendncia geral era considerarmos esses problemas como dependentes do crescimento econmicomais recentemente no Brasil, ocorre a persistncia dessas mazelas ao longo do tempo

  • POBREZA E DESIGUALDADEPobreza uma condio que afeta os indivduos ou seja, os membros de uma populao

    A desigualdade refere-se ao conjunto populao em sua totalidade.

    A pobreza uma condio de indivduos ou grupos os quais se encontram privados de meios adequados de subsistncia

    J a desigualdade uma propriedade da distribuio da riqueza, em uma dada populao ou sociedade

  • PobrezaFormas mais tradicionais de se caracterizar a pobreza A) insuficincia de rendaPIB (Produto Interno Bruto) per capita de um pas e/ou um percentual da renda mdia/mediana de seus habitantespobreza absoluta: situao na qual a renda dos indivduos ou famlias est abaixo do valor mnimo exigido para a satisfao das necessidades essenciais (alimentao, habitao)Indigentes: aqueles que tm rendimentos ainda menores, os quais no permitem a aquisio sequer de uma cesta de alimentos bsicapobreza relativa: que leva em conta, em sua medio, o padro de vida de cada sociedadeO que o conceito de pobreza relativa expressa, afinal, quanto determinados grupos sociais esto distantes do padro de vida mdio de uma dada sociedade especficaDesta forma, podemos nos perguntar: a renda expressa a qualidade de vida de uma sociedade?

  • Desigualdades SociaisA persistncia da pobreza ou seja, o aprisionamento de determinados grupos sociais nesta situao consequncia das enormes desigualdades de renda e de acesso a servios existentes entre grupos de uma dada sociedade

    Para alguns economistas, a desigualdade seria tolervel se houvesse boas perspectivas de mobilidade socialEstima-se que a implantao de polticas de redistribuio de renda seria um meio mais efetivo de reduo de nmero de pobres

  • EXCLUSO E CIDADANIAA excluso, em sua semntica original, significa o no pertencimento a determinado grupo ou condio

    Excluso no contexto da dinmica social do mundo capitalista contemporneo, estamos nos referindo precisamente s barreiras impostas a alguns indivduos, num determinado pas, no seu caminho de acesso a benefcios garantidos pelo Estadocidadania conceito que foi consagrado por Marshall, em meados do sculo XXUm indivduo que desfruta da condio de cidado aquele que goza dos direitos consignados pelo Estado, bem como da possibilidade de acesso a uma renda adequadaSegundo Marshall, a cidadania implica um sentimento de pertencimento: se estabelece a partir dos deveres de cada indivduo para com o Estado, e pelos direitos que este Estado lhe garante.

  • Direitos garantidos pelo Estado1- direitos civis, que consistem na liberdade individual, como de expresso e circulao2- direitos polticos, que fazem referncia ao ato de votar e ser votado3- direitos sociais, que dizem respeito a um conjunto de garantias legais que assegurem bem-estar econmico, segurana contra riscos sociais e acesso aos bens e servios essenciais sobrevivncia.

  • A PROTEO SOCIAL PROMOVIDA PELO ESTADO: HISTRICO E MAIS ALGUNS CONCEITOS RELEVANTESA interveno do Estado na proteo dos indivduos, dos riscos impostos pelo mercado, inaugurou uma nova etapa do desenvolvimento do mundo capitalista ocidental.

    os Estados de Bem-Estar Social chegaram dcada de 1990 profundamente questionados e acusados de provocarem dficits nas contas pblicas, bem como de impedir o crescimento econmico

  • PRIMRDIOSA preocupao com a problemtica da pobreza e da excluso social est diretamente associada ao surgimento do capitalismo e da sociedade de mercado

    Ambos emergiram na Europa Ocidental

    Perodo conhecido como a Modernidade (sec XVI ao XIX)

    Durante a Idade Mdia, este fenmeno era pouco sensvel.Entre os sculos XVI e XVII, aumenta muito a circulao de pessoas na Europa, em busca de trabalho, o que levaria ao aprofundamento da pauperizaoEste fato fez com que, na Inglaterra, o governo editasse algumas leis Leis dos PobresPrimeiras iniciativas governamentais voltadas proteo social.A emergncia do Estado Moderno uma condio essencial para o surgimento de polticas de proteo social: Polticas sociais

  • Intensificao da industrializaoSeculos XVIII e XIX, a questo da pobreza assume gravidade ainda maiorA vida dos trabalhadores havia se transformadoNova condio: o assalariamentoOs riscos inerentes vida humana tambm se modificaramO desemprego retirava das pessoas sua renda e lhes lanava na incerteza.As Leis dos Pobres foram sendo abolidas com o avano das ideias liberais Acreditava-se, ento, que aes estatais de proteo tenderiam a inibir o interesse e a disposio dos indivduos para o trabalho.

  • JustiaCom o surgimento do Estado Moderno a Justia se torna uma instituio formal, e o que justo ou injusto depende de sua conformidade ou no com as leis.

    Para os liberais, a justia social tem por fundamento o mrito do indivduo. Isto , o direito a receber algo deve corresponder a um esforo anteriormente realizado.

    Com base no princpio da necessidade, e a partir das lutas operrias pela reduo da jornada de trabalho ressurgem, ao final do sculo XIX, os sistemas de proteo social. No foi por acaso que o primeiro destes sistemas nasceria na Alemanha. Era um sistema baseado em seguros sociais e, inicialmente, atendia apenas os trabalhadores das indstrias. Era financiado por contribuies feitas pelo Estado, pelos prprios trabalhadores e pelos empregadores.

  • Proteo socialA Primeira Grande Guerra destri a maioria dos sistemas de proteo social existentesS aps a Segunda Guerra Mundial que novos sistemas aparecemO Plano Beveridge deu origem a uma nova configurao da seguridade social inglesa, que s foi posta em prtica em 1946Propunha a extenso da proteo social a todos os residentes da Gr-Bretanha, segundo o princpio da necessidadeAs contribuies tambm deveriam ser as mesmas para todos, variando apenas segundo o sexoO Plano significou uma ruptura radical com o modelo anterior de poltica social se convertendo em modelo para as polticas de proteo social posteriores, em todo o mundo

  • BASES ECONMICAS DO ESTADO DE BEM-ESTAR SOCIAL: KEYNESIANISMO E FORDISMOA reconstruo da Europa se baseou amplamente nas teorias do economista John Keynes, que props uma mudana radical na forma de conduzir a poltica econmica, poca.O Estado deveria fazer investimentos pblicos na produo para garantir o pleno emprego.Juntamente com os investimentos na produo, o Estado deveria tambm regular as relaes de trabalho e oferecer servios sociais bsicosA este modelo econmico se somava um modelo industrial de produo em massa. O princpio era produo em massa para consumo de massa.

  • MODELOS DE ESTADO DE BEM-ESTAR SOCIAL Os Estados de Bem-Estar Social podem ser:Universalistas quando atendem a todos, indiferenciadamente;Corporativos aqueles restritos a corporaes profissionais, ouResiduais, isto , focalizados em alguns beneficirios geralmente os mais necessitados (os mais pobres, os mais velhos, as crianas ou os portadores de deficincia, por exemplo).trs modelos de Estado de Bem-Estar Social, os quais ele chama de regimesO regime social-democrata apresentaria grande capacidade de descomodificar a fora de trabalhoOs regimes conservadores so aqueles que apresentam taxas mdias de descomodificao da fora de trabalho. O regime liberal se caracteriza por: baixos ndices de descomodificao da fora de trabalho;

  • Quadro resumo

  • OS ESTADOS DE BEM-ESTAR SOCIALNA NOVA ORDEM MUNDIALAo final dos anos 1970 o Estado de Bem-Estar Social foi colocado sob forte questionamento. Motivos:envelhecimento da populao, nos diversos pases (menor nmero de nascimentos com maior longevidade) o que aumentou muito os gastos com aposentadorias e penses e a reduo dos postos de trabalho, motivada pelas inovaes tecnolgicas o que levou drstica queda da arrecadao tributria sobre o trabalho assalariado.

    Dcada de 1970: crise do petrleo e reduo da taxa de crescimentoo surgimento de instituies supranacionais voltadas para a reduo das barreiras entre as trocas internacionais de bens e servios (OMC)O Estado de Bem-Estar Social passou a ser visto como oneroso, inflacionrio e inimigo do crescimento econmico

  • AS POLTICAS DE PROTEO SOCIAL NOBRASIL: HISTRIA E PERSPECTIVASnos primeiros 40 anos de sua industrializao e modernizao, apenas algumas poucas categorias de trabalhadores podiam contar com direitos bsicos de proteo socialDeterminou sobremaneira o nvel das desigualdades entre os brasileirosA partir da dcada de 1960 a proteo social garantida pelo Estado foi sendo progressivamente ampliadaMas ela s avanou de forma mais consistente na Carta Constitucional de 1988, de um projeto de Estado de Bem-Estar Social universalista1923 - o Lei Eloy Chaves: primeira poltica pblica de previdncia social para trabalhadoresO decreto determinava a criao obrigatria, em cada ferrovia do Pas, de um fundo de aposentadorias e penses, as Caixas de Aposentadoria e Penses CAPs. 1926 foi estendido aos trabalhadores de docas e navios e, posteriormente, a outros setores produtivos.A Revoluo de 1930, liderada por Getlio Vargas, desencadeou grandes transformaes no Pas

  • AS POLTICAS DE PROTEO SOCIAL NOBRASIL: HISTRIA E PERSPECTIVASA quantidade de pessoas empregadas na indstria cresceu muito, o que provocou o crescimento das cidades e dos problemas sociais tpicos da escassez urbana

    A partir de 1933, Vargas criou diversos Institutos de Aposentadoria e Penso (IAPs), que eram instituies vinculadas aos sindicatos de trabalhadores destinadas a prover a estes a assistncia mdica e outros benefcios sociais, tais como aposentadorias e penses.

    s em 1960 teve-se a aprovao pelo Congresso da Lei Orgnica da Previdncia Social (LOPS) que estabeleceu a homogeneizao dos planos de contribuio e de benefcios entre os diversos institutos. Em 1966 os diversos Institutos so unificados no Instituto Nacional da Previdncia Social (INPS)A unificao da previdncia social tinha justificativas tcnicas, tais como racionalidade e eficcia administrativa e necessidade de saneamento financeiro

  • A POLTICA SOCIAL APS A REDEMOCRATIZAO: DA CONSTITUIO CIDAD DE 1988 AO GOVERNO LULASurge na dcada de 1980, conjunto de demandas da sociedade organizada relativas a uma nova configurao do sistema pblico de proteo social, baseado na universalizao, democratizao e descentralizao das polticas sociais.A nova Constituio Federal, promulgada em 1988, reflete amplamente estas demandas.Ao garantir amplos direitos sociais a toda populao

    o texto constitucional prev, para os servios sociais:universalidade da cobertura e do atendimento;uniformidade e equivalncia dos benefcios s populaes urbanas e rurais;irredutibilidade do valor dos benefcios; edemocratizao da gesto do sistema, com a incorporao de trabalhadores, empregadores e demais representantes da sociedade civil nos Conselhos da Previdncia e de Sade.

  • A POLTICA SOCIAL APS A REDEMOCRATIZAO: DA CONSTITUIO CIDAD DE 1988 AO GOVERNO LULAa Constituio introduziu algumas modificaes importantes na proteo social aos brasileirosequalizou os benefcios previdencirios dos trabalhadores rurais aos dos urbanosconcesso de um benefcio no contributivo a trabalhadores (urbanos ou rurais) com mais de 65 anos ou portadores de deficincia (Benefcio de Prestao Continuada- BPC)A Constituio previu tambm a criao do Oramento da Seguridade Social e a unificao dos Ministrios da Sade, previdncia e Assistncia Social, no Ministrio da Seguridade Social

    este oramento deveria dispor de fontes diversas e exclusivas de financiamento, oriundas de contribuies de toda a sociedade:trabalhadores empresrios; Unio;Estados e municpios; alm das receitas oriundas de loterias.

    EM 1990, Fernando Collor transformou o ento Instituto Nacional de Previdncia Social (INPS) em Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)

  • A POLTICA SOCIAL APS A REDEMOCRATIZAO: DA CONSTITUIO CIDAD DE 1988 AO GOVERNO LULANO Governo Itamar Franco as polticas de Sade, Previdncia e Assistncia Social permaneceram em Ministrios independentes, e as diversas receitas do Oramento da Seguridade foram divididas e centralizadas no Tesouro.No obstante, foi possvel implementar a extenso da cobertura previdenciria aos trabalhadores ruraisO pagamento dos benefcios passou a contar apenas com a receita das contribuies de empresrios e trabalhadores, o que era, necessariamente, insuficienteGerao de dficit nas contas do INSSDefesa de uma reforma da Previdncia socialDoente terminal

  • A POLTICA SOCIAL APS A REDEMOCRATIZAO: DA CONSTITUIO CIDAD DE 1988 AO GOVERNO LULAOs dcits levaram o Ministrio suspender os repasses que fazia ao Ministrio da sadeIsto levou a sofrer uma enorme crise de financiamento em 1993Foi solucionada: criao da Contribuio Provisria sobre Movimentao Financeira (CPMF)Problema: com o tempo os recursos foram transferidos para outras reas que no a sade, deixando a mesma em situao precria.Programas sociais focalizadoresFocalizadores: alvo especfico da populao: pobres, portadores de deficincia, idosos, ou qualquer outro grupo delimitado. XPolticas universais: aplicado a toda a populao.Este ltimo considerado caro, ineficiente e gerador de incentivos perversos para a economia.Enquanto os primeiros: congelam as desigualdades e perpetuam a pobreza, jamais realizando a incluso. J que a qualidade dos servios tende a cair

  • A POLTICA SOCIAL APS A REDEMOCRATIZAO: DA CONSTITUIO CIDAD DE 1988 AO GOVERNO LULAO Governo Fernando Henrique Cardoso: Primeiro mandato crescimento de 22%, mas no segundo reduziu 1%.Motivos: acordos com o FMI, crise cambial = desacelerao da economia com cortes nos investimentos pblicos, principalmente nas reas sociais.Governo Lula: manteve rigorosos ajustes fiscais, metas de supervits fiscais superiores, temores do mercado financeiro quanto a eleio de Lula.A partir de 2004 crescimento at 2008 (neste intervalo a arrecadao do Tesouro cresceu)Contudo: o governo manteve a orientao anterior: focalizao dos gastos sociais. Ex: Bolsa FamliaNo restante da rea social: os gastos pblicos totais encolheram.Mas: os recursos da Previdencia e da assistncia social (garantidas constitucionalmente) foi fundamental para a reduo das desigualdades e expanso do consumo no Pas

  • Unidade 2: Algumas polticas sociais do Estado Brasileiro: Educao

    Situao atual: 10% da populao com 15 anos ou mais ainda so analfabetas.As matriculas no ensino mdio ainda so insuficientesO acesso ao ensino superior restritoA repetncia no Brasil ainda altaMas nos ltimos anos importantes esforos foram realizados na educao. Como podemos ver nos ltimos dados a seguir:

  • Situao atual: alguns dados

  • Configurao institucional do Sistema Educacional BrasileiroEducao como direito de todos (Era Vargas 1934) mas somente em 1988 tornou-se dever do Estado (forma universal), onde foram definidas:A) responsabilidades e competncias dos diversos nveis de governo, bem como as fontes de recursos.A configurao do sistema foi dada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educao (LDB) 1996Exigncias: 1- gasto mnimo por aluno que cada ente deve realizar; 2- aumento no nmero de dias letivos em todos os estabelecimentos; 3- ampliao da carga horria da educao bsica para tempo integral4- Maior qualificao e valorizao dos profissionais do ensino

    Obs: o princpio que rege o sistema pblico de ensino o da colaborao e da solidariedade entre as esferas.

  • Configurao institucional do Sistema Educacional BrasileiroOrganograma do MEC:Secretaria de Educao BsicaSecretaria de Educao ProfissionalSecretaria de Educao SuperiorSecretaria de Educao Continuada, Alfabetizao e DiversidadeSecretaria de Educao EspecialSecretaria de Educao a Distncia O Ministrio conta ainda com o Instituto Nacional de estudos e Pesquisas Educacionais Ansio Teixeira (INEP): objetivo: melhorar a qualidade da educao do PasINEP e suas avaliaes:1- Censo Escolar2- Censo Superior3- Avaliao dos Cursos de Graduao4 Avaliao Institucional5- Sistema Nacional de Avaliao da Educao Superior (Sinaes)6- Exame Nacional de Ensino Mdio (Enem)7- Exame Nacional Para Certificao de Competncias (Encceja)8 Sistema Nacional de Avaliao da Educao Bsica (Saeb)Promove encontros para discutir temas educacionais.

  • Educao: Recursos e FinanciamentosCF 1988: Unio, Estados e Municpios deveriam vincular parte das receitas de seu oramento ao custeio da educao em todos os nveis de ensinoEm 1996 (EC/96) 25% para Unio, 18% para Estados e MunicpiosAtualmente: provm de diversas fontes (composio mltipla e complexa)O grande Caixa da Educao o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educao (FNDE)Aplica recursos nos Estados, no Distrito Federal, nos municpios e em organizaes no GovernamentaisO FNDE financia, ainda, O Programa Nacional de Alimentao Escolar, Programa Nacional do Livro Didtico e o Programa Brasil Alfabetizado

  • Educao: Recursos e FinanciamentosEC/96- obrigatoriedade da Unio de fazer dotaes de recursos complementares a Estados e Municpios para educao bsica.Foi criado o Fundo de Manuteno e Desenvolvimento do Ensino Fundamental (Fundef) e de Valorizao do Magistrio (at 2006). Fundef para FundebObjetivo: promover a redistribuio dos recursos recolhidos pela Unio, destinado educao, complementando o que aplicado pelos Estados e Municpios

    Desafios do Sistema Educacional BrasileiroPara enfrentar os desafios: MEC lanou em 2007 o Plano de Desenvolvimento da Educao (PDE)O que : instrumento colocado a disposio dos Estados, Distrito Federal e Municpios para avaliao e implementao de polticas destinadas melhoria da qualidade de ensino.O que preciso? Criar Planos de Aes Articuladas (PAR): definem metas e aes passveis de acompanhamento pblico e controle social

  • Educao: Recursos e FinanciamentosEixos de ao do PDE:A) Educao BsicaB) Educao SuperiorC) Educao ProfissionalD) Alfabetizao e Educao ContinuadaO PDE foi concebido a partir da identificao e priorizao de algumas mazelas da educao nacionalExemplo:Mais qualidade na educao bsica e Ensino mdioProblemas: analfabetismo funcional, defasagem, repetncia, evaso escolarPara enfrentar: criao do ndice de Desenvolvimento da Educao Bsica (IDEB): 2007Ampliao do acesso educao Profissional e SuperiorA pouca oferta tem sido um grande gargalo para expanso do ensino profissional tcnico frente a sua demanda potencialA distribuio de vagas bastante desigual no territrio nacionalDificuldades de acesso ao ensino superior esto associados aos diferenciais de renda da populao PROUNI expanso das vagas nas instituies pblicas e pelo incremento modalidade de ensino a distncia

  • Sade: a reforma sanitria na politica de sade brasileiraAt 1980:A assistncia mdico-hospitalar era provida pelos institutos previdencirios (oferecida a classe trabalhadora)O Estado (Ministrios e Secretarias) atuava na sade pblica: campanhas de vacinao, erradicao de doenas, assistncia mdica e hospitalar a indigentes (excludos pela cobertura previdenciria)Alm da contratao de leitos e servios aos particulares, o Estado fazia parcerias com a iniciativa privada por meio de convnios-empresa.Ministrio da sade: posio perifrica no conjunto das agncias pblicasO modelo assistencial era direcionado cura individual e ficou cada vez mais dependente da utilizao de tecnologias e dos recursos a especialistasMedidas de carter compensatrio foram tomadas- voltadas as camadas pobres da populao (reas rurais e nas periferias das cidades)Aes reforadas no mbito da ateno primria: contudo, aes restritasReforma Sanitria: final da dcada de 1970 reforou a reconfigurao do sistema de sade, segundo moldes universalistasPermitiu a criao do SUS, mesmo no ambiente de frustraes

  • Sade: a reforma sanitria na politica de sade brasileiraPropsito: Expandir a coberturaPropiciar a viabilidade fiscal e financeira do sistemaMelhorar a eficincia, a qualidade e a satisfao dos usuriosCriar novas funes do Estado na formulao e implementao de polticas pblicas de sadePrivilegiar a ateno bsica

    Sistema nico de Sade (SUS)Universalidade e equidade no acesso, a integralidade das suas aes e a participao social na sua gesto.O sistema integra as aes de todas as instncias de governo (por isso nico)Prever hierarquizao e a regionalizao dos serviosO atendimento a populao compartilhada por municpios, Estados e pela UnioOs municpios tm a funo prioritria de oferecer ateno bsicaDemais entes: servios mais complexos e especializadosEstrutura e Financiamento de responsabilidade dos trs nveis de governo: 70% recursos federais (repassados para fundos estaduais e municipais de sade)

  • Estrutura e FinanciamentoO Ministrio rene essas receitas no Fundo Nacional de Sade e repassa a Estados e MunicpiosAlguns Estados repassam recursos aos municpios2007: Pacto pela Sade conjunto de reformas institucionais do SUS, negociadas entre as esferas de gestoO recursos destinam-se: ateno bsica; mdia e alta complexidade da assistncia; Vigilncia em Sade; Assistncia Farmacutica; Gesto.O Programa Sade da Famlia1994- objetivo fundamental fornecer atendimento integral populao, ao nvel bsico da assistncia

    Agentes Comunitrio de SadePessoas fsicas, com espirito de liderana e de solidariedade, que conhecem muito bem a comunidade, alm de atender alguns cuidados primrios de sadeCabe a equipe no so atender ao paciente mas contribuir para a reduo de outros problemas que podem causar doenas ou comprometer sua prevenoResultados: reduo da mortalidade infantil Fragilidade: precariedade que caracteriza os vnculos de trabalho dos profissionais de sade s equipes do PSF

  • Assistncia Social e Segurana AlimentarAt 1988 a Assistncia Social no Brasil era prestada em bases voluntaristas e eventuais, atravs da filantropia ou de programas governamentais focalizados sobre clientelasfoi s a partir do novo marco constitucional que a Assistncia Social tornou-se uma poltica de EstadoAinda faltam recursos pblicos em quantidade suficiente para o governo atender demanda existente na rea, e saldar a imensa dvida social brasileiraAtualmente, a poltica de Assistncia Social e parte da poltica de Segurana Alimentar esto sob a coordenao do Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome (MDS).Atribuies atuais do MDSPrograma Bolsa Famlia (PBF)Sistema nico de Assistncia Social (SUAS)diversos programas afetos Segurana Alimentar e Nutricional

    O PROGRAMA BOLSA FAMLIA um programa de transferncia de renda que beneficia famlias em situao de pobreza (com renda mensal por pessoa de R$ 60,01 a R$ 120,00) e extrema pobreza (com renda mensal por pessoa de at R$ 60,00)o Fome Zero implementado, entre outras aes, atravs do Bolsa Famlia

  • Assistncia Social e Segurana Alimentaro programa foi criado pela unificao de diversas bolsas e auxlios que haviam sido criados no governo FHC e nos primrdios do governo Lula, tais como: Bolsa-Escola, administrado pelo Ministrio da Educao; Bolsa Alimentao entre outros.A partir de 2009, o pagamento dos benefcios do PBF s famlias impe algumas condies (as chamadas condicionalidades do programa). So elas:EducaoSadeAssistncia SocialOs valores pagos pelo programa variam de acordo com a renda das famliasO Benefcio Bsico de R$ 62,00 e destina-se quelas consideradas extremamente pobres, ou seja, com renda mensal de at R$ 60,00O Benefcio Varivel de R$ 20,00 por ms, por pessoa, at o limite de trs benefcios, isto , at de R$ 60,00J o Benefcio Varivel Vinculado ao Adolescente (BVJ) de R$ 30,00 e pago a todas as famlias do PBF que tenham adolescentes de 16 e 17 anos frequentando a escola.o Bolsa Famlia concedido conforme disponibilidade de recursos do OramentoSua concesso no garantida por lei a qualquer pessoa em estado de pobreza, fome e desnutrio.

  • Assistncia Social e Segurana AlimentarO SISTEMA NICO DE ASSISTNCIA SOCIALconstitui-se na regulao e organizao dos servios, programas, projetos e benefcios da Assistncia Social este sistema tambm envolve parcerias com a sociedade civil, alm da pactuao entre as diferentes esferas de governoO Sistema emana da Lei Orgnica da Assistncia Social (LOAS): 1996, e prev uma organizao participativa e descentralizada da assistncia social, com aes que tm como foco a famlia. AS AOES:Proteo Social Bsica (PSB) Proteo Social Especial (PSE)

    SEGURANA ALIMENTAR E NUTRICIONALMDS desenvolve outras aes que se incluem no Fome ZeroBanco de Alimentos; Carteira Indgena; Cisternas; Cozinhas Comunitrias; Distribuio de Alimentos; Restaurante Popular e outrosOutros importantes componentes do Fome Zero:A Poltica Nacional de Alimentao Escolar (PNAE)O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF)A Poltica Nacional de Alimentao e Nutrio (PNAN)

  • POLTICAS PBLICAS DE TRABALHO E GERAO DE RENDAO mundo do trabalho na virada do sculo XXI: Sistema de produo fordista para toyotistao toyotismo prev relaes diretas e acordos individualizados entre empresas e empregadosColocou em xeque o papel dos sindicatos e seu poder de barganha, na medida em que enfraquecem a identidade coletiva do trabalhadora desregulamentao implica um trabalho precrio, isto , trabalho efmero, instvel, incerto, sem proteo social e/ou com salrios muito baixosNo Brasil, essas ideias chegaram para valer agenda poltica a partir do incio do governo FHC, em 1995ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DO MERCADO DE TRABALHO NO BRASILO mercado de trabalho brasileiro teria como principais caractersticas, uma grande heterogeneidade e segmentao, seja do ponto de vista das relaes de trabalho, seja sob a tica da estrutura das ocupaesuma grande multiplicidade de relaes contratuais uma enorme variedade de formas de apropriao de renda pela Populao Economicamente Ativa (PEA)

  • POLTICAS PBLICAS DE TRABALHO E GERAO DE RENDAConceitos especficos sobre o Mercado de TrabalhoPopulao em Idade Ativa (PIA): uma classificao etria que compreende o conjunto de todas as pessoas teoricamente aptas a exercerem Populao Economicamente Ativa (PEA): compreende o potencial de mo de obra com que pode contar o setor produtivo. a Populao no Economicamente Ativa (PNEA) ou a Populao Economicamente Inativa (PEI) fazem referncia s pessoas no classificadas como ocupadas ou desocupadas, ou seja, pessoas incapacitadas para o trabalho ou que desistiram de buscar traO conjunto de pessoas com menos de 10 anos de idade, que denominado como Populao em Idade Economicamente No Ativa (PINA).Heterogeneidade da estrutura das ocupaes sua ocorrncia se deveria grande diversidade de formas de organizao do setor produtivoDois segmentos do mercado de trabalho brasileiro:O ncleo estruturado composto por trabalhadores com carteira assinada, regidos pela CLT, inclusive domsticos, alm dos servidores pblicos, civis e militares.Ao ncleo pouco estruturado correspondem os trabalhadores assalariados sem carteira, os autnomos no agrcolas, os domsticos sem carteira e os no remunerados

  • POLTICAS PBLICAS DE TRABALHO E GERAO DE RENDA no segmento de trabalho estruturado que encontramos os setores mais dinmicos da economia, especialmente na indstria oferecendo empregos mais bem pagos e estveis;Alm de protegidos pela legislao trabalhista e social, os trabalhadores deste segmento tambm contam, na maioria das vezes, com o apoio de sindicatos fortes;O segmento pouco estruturado implica uma grande variedade de ocupaes, especialmente nos setores de comrcio e servios, e tambm na agriculturaexercidas por trabalhadores de baixa qualificao, no sindicalizados

    A desigualdade social est profundamente associada aos diferenciais de renda da populao, oriundos, por sua vez, da sua heterognea insero no mercado de trabalho.Outro fator de peso nessas desigualdades foi a elevada concentrao da terra nas mos de grandes proprietriosA industrializao e a urbanizao do Centro-Sul brasileiro ao se fazerem por meio de mo de obra estrangeira, introduziram, por sua vez, as desigualdades de cunho regional no nosso nascente mercado de trabalho.O esforo de industrializao realizado a partir dos anos 1930 tambm no permitiu a incluso da maior parte da fora de trabalho disponvel.

  • POLTICAS PBLICAS DE TRABALHO E GERAO DE RENDAEntre 1930 e 1980, a incorporao trabalhadores ao mercado formal de trabalho foi insuficiente.Pois a urbanizao, ento, se deu de forma ainda mais acelerada e, mesmo nas cidades mais dinmicas, o nmero de boas oportunidades criadas no atendia a demanda por trabalhoNos anos 1980 agravaram sobremaneira as condies do mercado de trabalhoMas foi nos anos 1990 que repercutiram aqui no Brasil as radicais transformaes no mundo do trabalhoAps a liberalizao comercial do Pas, iniciada no governo Collor (1990-1992) e aprofundada durante o primeiro perodo do governo de FHC (1995-1998), aumentaram as taxas de desempregoContudo, desde o incio dos anos 2000, a economia brasileira vinha apresentando sinais de recuperao que repercutiram favoravelmente sobre o mercado de trabalhoMas, foi especialmente a partir de 2004 que observou-se uma reduo significante da informalidade e do desempregoEssas mudanas so atribudas a um conjunto de fatosa expanso do crdito e o aumento real do salrio-mnimoo dinamismo das exportaes, desde 2003e pequenas redues na taxa bsica de jurosa expanso do gasto social pblico

  • AS INSTITUIES DO MERCADO DE TRABALHONO BRASILA modalidade de emprego comumente adotada no setor privado brasileiro regida pela (CLT) e prev os seguintes direitos:jornada de trabalho de 44 horas semanais;frias anuais de 30 dias, remuneradas;descanso semanal remunerado;dcimo terceiro salrio; entre outrosA CLT aborda ainda indenizaes para os casos de demisses sem justa causa, por exemplo:dar aviso prvio de 30 dias; pagar uma multa de 40% sobre o montante do Fundo de Garantia por Tempo de Servio (FGTS); saldar as frias vencidas; pagar as frias proporcionais ao tempo de emprego.

    podemos reconhecer que o entendimento do real funcionamento das instituies do mercado de trabalho de grande importncia para a compreenso da complexidade dos problemas enfrentados no BrasilE, para finalizar, tem-se ainda: os sistemas de formao e qualificao da mo de obra que datam da dcada de 1940.Servio Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI): 1942Servio Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC): 1946