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Introdução Mansur e Favarato (2011) a DCV, principal causa de morte no Brasil, 20% do total, cerca de 900.000 em 2009, em adultos acima de 30 anos. Mendes et al. (2007) DCV é responsável por cerca de 1/3 das mortes no brasil, muitos fatores de risco para essa afecção são a obesidade, sedentarismo, hipertensão arterial e o tabagismo. De acordo com Ishitani et al. (2006) as DCV representam a primeira causa de morte no Brasil, um terço dos óbitos por DCV ocorrem precocemente em adultos na faixa etária de 35 a 64 anos. As principais causas de óbito por doenças do aparelho circulatório são as DIC, as DCbV e as doenças hipertensivas. Sampaio e Sabry (2007) a DCV é uma categoria de doenças que afeta o coração e os vasos sanguíneos, como a DAC, DCbV, aterosclerose, hipertensão, IAM e dislipidemias. Os fatores de risco básicos para o seu desenvolvimento são sedentarismo, obesidade, história familiar de DAC, sexo masculino, tabagismo, estresse, idade e condição socioeconômica.

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Introdução• Mansur e Favarato (2011) a DCV, principal causa de morte no Brasil, 20%

do total, cerca de 900.000 em 2009, em adultos acima de 30 anos. • Mendes et al. (2007) DCV é responsável por cerca de 1/3 das mortes no

brasil, muitos fatores de risco para essa afecção são a obesidade, sedentarismo, hipertensão arterial e o tabagismo.

• De acordo com Ishitani et al. (2006) as DCV representam a primeira causa de morte no Brasil, um terço dos óbitos por DCV ocorrem precocemente em adultos na faixa etária de 35 a 64 anos. As principais causas de óbito por doenças do aparelho circulatório são as DIC, as DCbV e as doenças hipertensivas.

• Sampaio e Sabry (2007) a DCV é uma categoria de doenças que afeta o coração e os vasos sanguíneos, como a DAC, DCbV, aterosclerose, hipertensão, IAM e dislipidemias. Os fatores de risco básicos para o seu desenvolvimento são sedentarismo, obesidade, história familiar de DAC, sexo masculino, tabagismo, estresse, idade e condição socioeconômica.

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• A obesidade é uma doença crônica multifatorial e pode ser definida como um estado nutricional anormal, com um balanço energético positivo onde ocorre um acumulo de gordura no organismo (OLIVEIRA et al., 2008)

• Segundo Pinheiro et al (2004) a obesidade é o excesso de gordura corporal em tal extensão, que acarreta danos à saúde das pessoas, estratégias de saúde pública, voltadas para o planejamento de ações de proteção específica e diagnóstico precoce de desnutrição e obesidade, devem ser buscadas na perspectiva de prevenção da produção social da doença, gerando um modelo de atenção que dê conta de alcançar, de modo eficaz, todos os estratos econômicos da população.

• Segundo Opas (2003) A obesidade e o excesso de peso corporal constituem um grande problema de saúde pública, ocasionando alto custo financeiro e social, sendo fatores de risco para o surgimento de DCNT, como diabete tipo II, cardiopatias, hipertensão, AVE e certos tipos de câncer, apresentando-se como uma epidemia mundial.

• De acordo com Pitanga e lessa (2005) O papel da obesidade como fator de risco coronariano é controverso, no entanto, a melhor explicação para a associação entre obesidade e doença coronariana é que esta ocorreria em pessoas que apresentassem gordura localizada na região abdominal ou central, mesmo na ausência da obesidade generalizada.

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• Segundo Hasselmann et al (2008) a avaliação antropométrica e identificação do excesso de peso podem favorecer a identificação precoce do risco cardiovascular. Estudos destacam que a circunferência da cintura elevada, além da inadequação de outros índices como IMC, RCQ e índice C, podem contribuir para o aumento do risco coronariano.

• Conforme Pitanga e lessa (2007) No início da década de 90, foi proposto o índice C para avaliação da obesidade e distribuição da gordura corporal, considerando que a obesidade central, mais do que a obesidade generalizada, está relacionada a DCV.

• Segundo Pitanga; Lessa (2005), o índice C é determinado através das medidas de peso, estatura e circunferência da cintura utilizando-se uma equação matemática e é baseado na ideia de que a pessoa que tem acumulo de gordura abdominal tem a forma do corpo como um cone duplo, um com base para o outro.

• Consideraram-se como presença de risco coronariano em mulheres até 49 anos com índice C maior que 1,18 e para mulheres acima dos 50 anos um valor maior que 1,22. Já para homens índice C de risco são aqueles maiores que 1,25 independente da idade (PITANGA, 2011).

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• De acordo com Haun et al (2009) as medidas da circunferência da cintura (CC) e a RCQ são os indicadores mais utilizados na aferição da distribuição centralizada de gordura em avaliações individuais e coletivas, contudo as diferenças na composição corporal dos diversos grupos etários e raciais dificultam o desenvolvimento de pontos de corte universais.

• De acordo com a Organização Mundial de Saúde (1998), os valores aceitáveis para a CC é menor que 94 cm para homens e menor que 80 cm para mulheres.

• Segundo Pereira (2009) A RCQ é calculada pela divisão da circunferência da cintura pela circunferência do quadril, que caracteriza a distribuição central de gordura. Tem sido para identificar maior risco cardiovascular pessoas com RCQ maior ou igual a 0,95 para homens e maior ou igual ou maior a 0,80 para mulheres.

• Conforme Oliveira et al (2012), o IMC, apesar de não específico para a avaliação da composição corporal, tem sido usado para avaliar o excesso de peso populacional e tem ganho relevância nos estudos epidemiológicos, tanto pela simplicidade e fácil obtenção das medidas que integram sua composição como por possibilitar a classificação do estado antropométrico e do excesso de peso populacional.

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• Depois de mensuradas medidas de estatura e peso equaciona-se o IMC através da massa pela razão da altura ao quadrado. Onde a massa é medida em quilogramas e a estatura em metros, os valores obtidos pelo cálculo são classificados como: Baixo peso: abaixo de 18,5; Eutrofia: 18,5 a 24,9; sobrepeso ≥ 25 a 29,9; Obesidade I: 30 a 34,9; Obesidade II: 35 a 39,9; Obesidade mórbida ≥ 40 (OMS, 1998).

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Justificativa

• Conhecendo-se a alta prevalência e mortalidade das DCV e a associação dessas doenças com o acúmulo de gordura abdominal, é necessário identificar precocemente indivíduos com esse fator de risco para poder prevenir futuros eventos.

• Desta forma, este trabalho torna-se relevante por fornecer a população informações, para um maior esclarecimento de como a obesidade abdominal pode levar um individuo a incapacidade ou a óbito.

• Para a instituição, o trabalho terá grande importância acadêmica por mostrar o quanto à antropometria é importante para indicar o risco de DAC, mediante da obesidade abdominal.

• Para o autor há grande interesse na abordagem por familiarização com a área e de grande interesse em trazer dados importantes e um maior esclarecimento aos profissionais da área.

• Para a ciência também será valiosa, pois sabendo que através da antropometria abdominal pode discriminar risco coronariano elevado e entendemos que são necessários sempre estudos que possam nos trazer novas informações que talvez melhore o direcionamento das próximas pesquisas.

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• Metodologia

• Participantes• Foram participantes da pesquisa 76 indivíduos, todos os

funcionários da Universidade de Ribeirão Preto – Campus Guarujá sendo 24 professores, 25 da infraestrutura e 27 da administração, sendo 45 do sexo feminino e 31 do sexo masculino.

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Material

• Para coleta de dados foi utilizado questionário com o propósito de avaliar índice antropométrico de obesidade abdominal e o risco de doença coronariana dos participantes. Foi utilizado para coleta de dados o (anexo C), uma balança plataforma mecânica com estadiômetro da marca Welmy, com precisão de 100g e capacidade de 150 Kg para medida de peso e estatura, e uma fita simples inelástica de 2 cm de largura e 150 cm de comprimento para avaliar as circunferências (abdominal e quadril).

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Procedimentos

• A coleta de dados dos funcionários foi realizada na clínica de Fisioterapia. Inicialmente foi solicitada autorização (anexo A), junto à coordenação do curso de fisioterapia, para aplicação do questionário e avaliação.

• Foi entregue o Termo de consentimento e livre esclarecimento (anexo B), depois de lido e assinado pelos participantes da pesquisa, foi explicado passo a passo todo procedimento ao avaliado, feito a avaliação antropométrica que teve duração aproximadamente de 15 minutos todo o procedimento. Realizou-se a avaliação antropométrica da circunferência da cintura com a pessoa de pé, ereta, abdômen relaxado, braços estendidos ao longo do corpo e os pés separados numa distancia de 25 a 30 cm. A roupa foi afastada para que a área ficasse despida, a fita passou pela menor curvatura da cintura localizada entre a última costela flutuante e a crista ilíaca.

• Para a circunferência do quadril, o avaliado foi deixado com o mínimo de roupa possível, em pé, ereto, com os braços afastados do corpo e com os pés juntos. A fita foi colocada ao redor do quadril na região trocantérica, área de maior diâmetro sem comprimir a pele.

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• Para avaliação do peso, a balança foi calibrada, onde a agulha do braço e o fiel ficaram na mesma linha horizontal, a mesma foi travada e após o avaliado subir descalço, no centro do equipamento, ereto, de costas para a balança, com os pés juntos, os braços estendidos ao longo do corpo e parado na posição, foi destravada a balança moveu-se o cursor do peso sobre a escala numérica e depois o cursor das gramas até que a agulha do braço e o fiel ficaram nivelados, onde de frente do equipamento foi realizado a leitura do peso.

• Para avaliação da estatura o avaliado foi posicionado descalço, de costas e no centro do equipamento, de pé, ereto, com os braços ao longo do corpo, cabeça erguida, olhando para um ponto fixo na altura dos olhos.

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Resultados e discussãoNa tabela 1 são apresentadas as características sociodemográficas da amostra no geral.

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A tabela 2 mostra a caracterização da amostra geral dos índices antropométricos.

Cintura: média±DP (min-max) 92 ± 12.6 (68 - 140)

Indice C: média±DP (min-max) 1.25 ± 0.08 (0.94 - 1.36)

IMC: média±DP (min-max) 27.5 ± 4.96 (16.4 - 45.7)

RCQ: média±DP (min-max) 0.88 ± 0.09 (0.72 - 1.36)

Média, desvio padrão, valores mínimos, máximos das variáveis analisadas.

Estudos vêm demonstrando a relação entre a antropometria abdominal e a doença

coronariana (CERCATO et al 2000; ALVES et al 2008) .

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• IMC: Média e D.P de funcionários da ADM = 26,28±5,95, funcionários da INFRA = 27,04±3,80 e PROF = 29,49±4,35.

• De acordo com a classificação do Comitê da Organização Mundial de Saúde (1998), a média de todos os grupos foram caracterizados como sobrepeso, ≥ 25 kg/m² .

• É importante ressaltar que, apesar do IMC ser amplamente utilizado em estudos de características epidemiológicas (ANJOS,1992), o mesmo não distingue massa gorda e massa magra (ABESO., 2010).

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Os limites de corte segundo Pereira et al (1999) que estabelece RCQ maior que 0,80 para mulheres e maior que 0,95 para homens, como risco coronariano.

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• A RCQ é amplamente reconhecida como medida clínica para identificar e classificar pacientes com acúmulo de gordura abdominal (HUANG et al., 2002). No entanto, evidências científicas têm demonstrado que a CC também se correlaciona com a obesidade abdominal (OHRVALL et al., 2000).

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• Para a CC utilizou-se os pontos de corte segundo a WHO (1998) que sugerem CC abaixo de 94 cm para homens e abaixo de 80 cm para mulheres. A média dos valores dos funcionários do sexo masculino da administração foi de 101,6 ± 21,5, da infraestrutura de 90 ± 11,8 e os professores tiveram uma média de CC de 100 ± 11,9. As médias das funcionárias do sexo feminino foram: administração CC 87,2 ± 11,5; infraestrutura CC 92,3 ± 7,9 e professores CC 92,9 ± 12,1.

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Elevado Muito elevado

Homem ≥ 94 cm ≥ 102 cmMulher ≥80 cm ≥ 88 cm

Fonte: Organização Mundial de Saúde, 1998.

Risco de doença cardiovascular

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• Para a avaliação do Índice C, utilizou-se de pontos de corte elaborado por Pitanga (2011), onde se considera com presença de risco coronariano, mulheres até 49 anos que obtiverem ponto de corte > 1,18 e com idade de 50 a 74 anos com ponto de corte > 1,22 e homens com ponto de corte > 1,25.

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Tabela 4 – Média, desvio padrão, máximo e mínimo do índice C, dos três grupos de funcionários .

Variáveis Administração Infraestrutura professores

Indice C: média±DP (min-max)

Mulheres até 49 anos 1.23±0.06 1.28±0.04 1.20±0.10 (1.10 - 1.34) (1.22 - 1.41) (1.04 - 1.39)

Mulheres de 50 a 74 anos 1.39±0.24 1.26±0.03 (1.21 - 1.56) (1.23 - 1.33) Homens 1.27±0.08 1.21±0.13 1.28±0.06 (1.22 - 1.56) (0.94 - 1.39) ( 1.19 - 1.39)

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• A média dos funcionários do sexo feminino com idade até 49 anos, da administração IC 1,23 ± 0,06, infraestrutura IC 1,28 ± 0,08 e professores IC 1,20 ± 0,10, desta forma todas os grupos apresentam uma média considerada de risco coronariano; funcionárias com idade de 50 a 74 anos, administração IC 1,39 ± 0,24 e professores IC 1,26 ± 0.03, ambos com risco coronariano; a média dos funcionários do sexo masculino da área administrativa foi IC 1,27 ± 0,08, um pouco acima do estabelecido, infraestrutura IC 1,21 ± 0,13 (encontra-se dentro do limite de normalidade) e professores IC 1,28 ± 0,06, ou seja, também com risco coronariano.

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• Analisando estudo conduzido por Pitanga e Lessa (2005), foi verificado que o IC e RCQ, são os melhores indicadores de obesidade abdominal para discriminar RCE. A CC tem intermediário poder discriminatório e o IMC foi o indicador de menor poder discriminatório para RCE.

• Segundo Almeida et al (2009) que avaliou 270 mulheres com idade entre 30 a 74 anos, funcionárias e prestadoras de serviço da Universidade Estadual de Feira de Santana, BA, evidenciou que todos os indicadores analisados, IC, RCQ e CC são satisfatórios para discriminar RCE em mulheres. Observou-se que o IC foi o indicador que apresentou maior poder discriminatório para o RCE, seguido pela RCQ e CC

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• Outro estudo conduzido por Pitanga e Lessa (2006), onde avaliou 577 mulheres com idade entre 30 a 74 anos, residentes na cidade de Salvador – BA observou que em mulheres até 49 anos, o índice C e a RCQ foram os indicadores que apresentaram o melhor poder, seguido da CC e IMC. Em mulheres a partir de 50 anos não é recomendado à utilização da CC e IMC em função dos mesmos não apresentarem significâncias estatísticas, já o IC e a RCQ podem ser utilizados como discriminadores de RCE.

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Conclusão

• De acordo com os resultados observados, conclui-se que as características antropométricas do IMC, RCQ, CI e CC dos funcionários analisados, independente da função exercida dentro da universidade, estavam acima do desejado, o que pode ocorrer risco de doenças coronarianas.

• Este resultado é preocupante e corrobora com os índices endêmicos de DAC atualmente. Seriam necessárias medidas de saúde preventivas nesses funcionários para promoção de saúde.