apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 11-12
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Na minha opinião,
No meu entender,
Para mim,
Concordo com
Discordo com
Discordo de
Tais coisas
Cenas
Os diversos problemas que existem
Pois…
[…], isto porque
[…], porque
herói, herói esse que
herói, que
as ações dele
as suas ações
fala que
diz-nos que
refere
um Herói
um herói
um Homem
um homem
No último verso: «lkiutfrdeswxc», o sujeito poético…
No último verso — «lkiutfrdeswxc» —, o sujeito poético…
No último verso, «lkiutfrdeswxc», o sujeito poético…
«klifgletoid». Na poesia de…
tal e tal, («rtfgtrujlo»)
tal e tal («rtfgtrujlo»),
sphyngico
esfíngico
1. relativo a «esfinge».
2. enigmático; impenetrável; misterioso.
• «jazer»
• «fitar»
1.1
A Europa é descrita no poema como se de uma figura feminina se tratasse. Assim, na descrição do continente europeu, corpo cujos braços são a Inglaterra e a Itália, sobressai a cabeça «cujo rosto é Portugal».
Nessa cabeça, os cabelos são “românticos”, sonhadores, toldam o rosto, adensando o mistério que envolve a figura. Os olhos são “gregos”, marca da herança clássica e civilizacional que este atributo conota, e o olhar que deles se desprende é “esfíngico”, indagador do desconhecido, e “fatal”, pois a procura desse desconhecido é motivada pelo destino.
1.2
A Europa «jaz», estática e contemplativa, como se estivesse parada, morta, à espera do novo impulso vital que o seu olhar procura na distância. A expressão verbal «jaz» traduz essa imobilidade de quem espera.
1.3
Portugal é o rosto da Europa que contempla o desconhecido. Ora, esse desconhecido é o Ocidente, o mar a desvendar para tornar possível o paradoxo de construir o «futuro do passado». É a Portugal que cabe, pois, a missão predestinada de construção do futuro.
2.
«O dos castelos» é Portugal, definido no poema como o rosto da Europa, o olhar e guia da Europa, Portugal cujo brasão ostenta os castelos, referenciais do passado, mas cuja missão é a construção do futuro. Lembremos que este é o primeiro poema da primeira parte de Mensagem que remete para a fundação da nacionalidade inscrita no brasão.
«Reino Lusitano» = ‘Portugal’
«Phebo» = ‘Apolo, deus do Sol, da música e da poesia’, ‘Sol’
«o torpe Mauritano» = ‘os torpes mouros’
«deitando-o de si fora» = ‘expulsando-o do país’.
«ditosa» = ‘afortunada, feliz’
«torne» = ‘regresse’
«foi Lusitânia» = ‘chamou-se Lusitânia’
«dirivado de Luso ou Lysa» = ‘[nome] derivado de Luso ou Lisa’
«antão» = ‘então’
«os íncolas primeiros» = ‘os primeiros habitantes’
1.1
Tal como no poema «O dos castelos», de Mensagem, a estrofe 20 do Canto III de Os Lusíadas referencia Portugal como a cabeça da Europa — «quási cume da cabeça / De Europa toda» —, atribuindo-lhe uma missão predestinada. N’Os Lusíadas, essa predestinação é ditada pelo «Céu», que quis que Portugal vencesse na luta contra os Mouros.
A morte é a curva da estrada,
Morrer é só não ser visto.
Se escuto, eu te oiço a passada
Existir como eu existo.
A morte é a curva da estrada,
Morrer é só não ser visto.
Se escuto, eu te oiço a passada
Existir como eu existo.
A terra é feita de céu.
A mentira não tem ninho.
Nunca ninguém se perdeu.
Tudo é verdade e caminho.
Fernando Pessoa
Cansa sentir quando se pensa
(Fernando Pessoa/Samuel Lopes)
Cansa sentir quando se pensa.
No ar da noite a madrugar
Há uma solidão imensa
Que tem por corpo o frio do ar.
Neste momento insone e triste
Em que não sei quem hei-de ser,
Pesa-me o informe real que existe
Na noite antes de amanhecer.
Cansa sentir quando se pensa.
No ar da noite a madrugar
Há uma solidão imensa
Que tem por corpo o frio do ar.
Tudo isto me parece tudo.
E é uma noite a ter um fim
Um negro astral silêncio surdo
E não poder viver assim.
(Tudo isto me parece tudo.
Mas noite, frio, negror sem fim,
Mundo mudo, silêncio mudo
— Ah, nada é isto, nada é assim!)
Cansa sentir quando se pensa.
No ar da noite a madrugar
Há uma solidão imensa
Que tem por corpo o frio do ar.
(Tudo isto me parece tudo.
Mas noite, frio, negror sem fim,
Mundo mudo, silêncio mudo —
Ah, nada é isto, nada é assim!)
Escreve um comentário ao poema de Pessoa. Usa algumas citações do próprio poema.
Faz aparecer, pelo menos uma vez, as expressões «sujeito poético», «ortónimo/a», «estrofe», «quarteto» ou «quadra», «verso», «dicotomia sentir/pensar».
TPC — Lê «Camões e Pessoa: cantores do Império» (p. 197); «Pessoa e o novo sonho português» (199) e «A organização simbólica de Mensagem» (203).