apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 105-106
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Associação de Estudantes
Candidatura a estágio de jornalismo
que decorrerá na sede da Fórum
Estudante
5.ª feira, dia 6 de março, à tarde
Inscrição através de ficha a preencher
(adquirida na AE)
4.
A frase «perdoemos-lhe a óbvia comparação
clássica», poderá ter subjacente uma intenção
do narrador de constatar, ironicamente, uma
comparação estereotipada usada por Scarlatti; a
frase «sabe ele lá como é o corpo de Blimunda
debaixo das roupas grosseiras que veste»
poderá representar uma crítica a Scarlatti que se
pronuncia sobre um assunto que desconhece,
embora, simultaneamente, seja um elogio à
beleza de Blimunda; a frase «Baltasar não é
apenas o tição negro que parece, além de não
ser coxo como foi Vulcano, maneta sim, mas
isso também Deus é.» implica a
valorização da condição de Baltasar em
relação a Vulcano, por não ser coxo e ter o
amor incondicional da sua amada
Blimunda; a frase «sobre Vulcano também
Baltasar ganha, porque se o deus perdeu a
deusa, este homem não perderá a
mulher.» traduz uma afirmação da fideli-
dade e do amor entre Baltasar e Blimunda.
1. pele;
2. Baltasar Mateus;
3. Sete-Sóis;
4. Blimunda;
5. Sete-Luas;
6. Bartolomeu;
7. máquina;
8. vontade;
9. Inquisição;
10. rei;
11. convento;
12. homens;
13. Domenico Scarlatti.
1.1. O modificador «único escritor de
língua portuguesa a quem foi atribuído o
Nobel da Literatura» (ll. 2-5) destaca,
relativamente à obra de Saramago,
a) o seu poder sugestivo.
b) a sua excecionalidade.
c) a sua extensão.
d) a sua diversidade.
1.2. A oração introduzida por «onde» na
linha 8 é subordinada
a) substantiva relativa.
b) adverbial causal. [cfr. TI: «Como…»]
c) adjetiva relativa restritiva.
d) adjetiva relativa explicativa.
… de Lanzarote, onde vivia com a mulher,
Pilar del Rio, desde que…
Como não há uma gestão
de resíduos eficiente, subordinada adverbial causal
o mais comum é esse plástico ir parar ao
marsubordinante
1.3. A fala de Saramago reproduzida no
segundo parágrafo é constituída por
a) quatro orações, a primeira das quais
subordinante.
b) três orações, a última das quais
subordinada substantiva, completiva.
c) três orações, a última das quais
subordinada adjetiva relativa restritiva.
d) quatro orações, a primeira das quais
subordinada adverbial temporal.
Quando me for deste mundo, Subordinada temporal
partirão duas pessoas.Subordinante
Sairei, de mão dada, com essa criança
Subordinante
que fui.
Subordinada adjetiva relativa restritiva
1.4. O discurso parentético é usado no
terceiro parágrafo para
a) isolar um comentário.
b) especificar o modo e o género das obras
literárias de Saramago.
c) separar uma hipérbole.
d) apresentar o número de romances.
escritos pelo autor.
1.5. As aspas são utilizadas no decorrer
do sexto e sétimo parágrafos para
a) marcar passagens em discurso indireto livre.
b) destacar palavras e expressões com valor
conotativo.
c) identificar citações comprovativas da
qualidade da obra do prémio Nobel.
d) demarcar passagens da obra de José
Saramago.
1.6. Com a expressão «núcleo duro» (l. 59)
o autor do artigo refere-se
a) ao conjunto de textos de Saramago.
b) à essência da obra saramaguiana.
c) aos melhores textos do autor.
d) à bibliografia de Saramago.
1.7. O adjetivo «regulares» (l. 68)
desempenha a função sintática de
modificador restritivo do(s) nome(s)
a) «características» (l. 66).
b) «maiúsculas» (l. 67).
c) «maiúsculas» e «discurso direto» (67-68).
d) «pontuação» e «maiúsculas» (l. 67).
a escrita sem pontuação e sem
maiúsculas nem discurso direto regulares
1.8. O termo «acerada» [(‘afiado, aguçado,
cortante’] (l. 73) é usado com o sentido de
a) cortante.
b) ferruginosa.
c) mordaz.
d) subtil.
1.9. A formação do constituinte
«intervinha» (ll. 76-77) exemplifica o
processo de
a) composição morfológica.
b) composição morfossintática.
c) derivação por prefixação.
d) conversão.
inter + vir
prefixo forma de base
Plastisfera = amálgama
Matéria-prima = composição (morfossintática)
Ambos os títulos incluem referência a um
espaço, mais propriamente a um edifício, a
saber:
Convento (de Mafra)
(Novo) Cinema Paraíso
Ambas as obras têm feições de
memorialismo.
Logo o título inclui uma expressão que
parece evocar o género memorialístico.
Com efeito, a palavra «memorial» tem
três aceções possíveis: ‘exposição
sumária para esclarecer questão prática’;
‘obra em que estão relatados factos
memoráveis’; ‘monumento
comemorativo’, o que confirma que a
narrativa tem índole histórica e, em
sentido lato, memorialística.
O filme é claramente de memórias de
infância. Nas primeiras cenas foi dado o
motivo da recordação do crescimento do
protagonista numa vila siciliana (a notícia
da morte do adulto protetor de então,
Alfredo). A história entra como pano de
fundo (para já, há diversas alusões à
segunda guerra mundial).
Ambas as obras se movem entre a história (do
XVIII ou do XX), a ficção e a sociedade.
No caso de Memorial, devemos ter em
conta que, no rosto, ou frontispício, há a
indicação «romance». Enfim, não será
muito errado considerar este um romance
histórico, com uma intenção também de
intervenção social.
O filme não deixa de retratar
situações que revelam preocupações de
ordem sociológica, ainda que, por estarem
filtradas pela perspetiva memorialística,
nos pareçam menos programáticas do
que as do livro de Saramago.
Em ambas as narrativas, a construção do
edifício é uma das linhas de ação.
A construção do convento implica boa
parte do enredo, marcando
temporalmente a ação (por exemplo: em
1717, bênção da primeira pedra; em 1730,
a sagração).
Os vários estados do edifício (o primeiro
cinema, a destruição pelo fogo, o novo
edifício, a ruína quando o protagonista
regressa) servem também de marcos que
apoiam a nossa perceção da cronologia.
Em ambas as narrativas, o edifício (ou o espaço
em que se situa), além de ser o foco da linha de
ação principal, é cruzado pela intriga das outras
linhas de ação.
Passarola passa por Mafra; família de
Baltasar vive em Mafra; Blimunda e
Baltasar vão viver para Mafra; etc.
A intriga da parte amorosa acaba também
por aproveitar o cinema (salvo erro, um
primeiro beijo do protagonista vai aí
decorrer).
Ambos os edifícios se relacionam com a
vertente sociológica, o retrato da vida dos
desfavorecidos.
Em Memorial, a construção do convento
é a causa da exploração dos
trabalhadores e até da morte de
personagens (Francisco Marques, Álvaro
Diogo), embora também seja fonte de
emprego temporário.
Em Cinema Paraíso, o edifício causa a
cegueira de Alfredo, tornando-se depois
ocupação semi-profissional do
protagonista. É no adro em frente que se
contratam os trabalhadores à jorna.
TPC — Termina respostas iniciadas
em aula.