apresentação para décimo ano, aula 1 2

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Page 1: ApresentaçãO Para DéCimo Ano, Aula 1 2
Page 3: ApresentaçãO Para DéCimo Ano, Aula 1 2

Sumários

• não os passaremos em aula• se quiserem muito ter sumários,

vão a Gaveta de Nuvens

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http://gavetadenuvens.blogspot.com

combinamos que há consulta com regularidade

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moodle

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Material

• trazer sempre manual (um por aluno!)• trazer sempre folhas para redacções• não deitar fora as fichas que entregar• ir pondo no caderno todos os

trabalhos• trazer lápis, borracha, caneta

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Gramáticas?

• aproveitar o que já tenham de anos anteriores

• páginas informativas ao longo do manual

• anexo no final do manual

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Lugares na sala

• manterem os lugares que escolherem para Português

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Telemóveis

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Trabalho na aula

• o trabalho orientado pelas folhas que for dando é, em geral, individual

• ter paciência e tentar compreender as folhas pela leitura

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Avaliação

• Não há «pontos» («testes sumativos»)

• Serão avaliados por tudo o que se for fazendo (em aula e em casa)

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Escrita

• redacções na aula• redacções em casa

Page 13: ApresentaçãO Para DéCimo Ano, Aula 1 2

Leitura

• questionários de compreensão• em geral, as fichas que vão sendo

feitas em aula (mesmo que não as leve)

• leituras combinadas (= «Leitura contratual»)

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Falar & Ouvir

• questionários de compreensão (de gravações ou de vídeo)

• leitura em voz alta, recitação, etc.

Page 15: ApresentaçãO Para DéCimo Ano, Aula 1 2

Gramática [= Funcionamento da Língua]

• testes pequenos de vez em quando

• teste mais geral já perto do final do período?

• restantes trabalhos mais informais em aula

Page 16: ApresentaçãO Para DéCimo Ano, Aula 1 2

Como se determina a classificação?

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Resumo do programa

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compreensão oral • Entrevista (radiofónica e televisiva)• Crónica radiofónica

expressão oral• Reconto• Relato de vivências/experiências• Descrição/Retrato• Entrevista

Page 19: ApresentaçãO Para DéCimo Ano, Aula 1 2

expressão escrita• Declaração• Requerimento• Carta• Relatório• Reconto• Relato de vivências/experiências• Descrição/retrato• Textos expressivos e criativos• Resumo de textos informativos-

expositivos• Síntese de textos informativo-expositivos

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leitura• Textos informativos (declaração,

requerimento, contrato, regulamento, relatório, verbetes, artigos científicos e técnicos)

• Textos de carácter autobiográfico (memórias, diários, cartas)

• Poesia lírica de Camões• Textos expressivos e criativos• Poesia do século XX portuguesa e de

países lusófonos• Textos dos media (artigos de apreciação

crítica, crónicas)

• Textos narrativos e descritivos• Contos/novelas do século XX (em

português/da literatura universal)

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funcionamento da língua• Variação e normalização linguística;

Variedades do português• Propriedades prosódicas (altura,

duração, intensidade); Constituintes prosódicos (entoação, pausa)

• Estruturas lexicais (campos lexical e semântico).

• Relações semânticas entre palavras (hiperonímia, hiponímia; holonímia, meronímia)

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• Deícticos (pessoais, espaciais, temporais)

• Discurso; Actos ilocutórios (directos e indirectos; assertivos, directivos, compromissivos, expressivos, declarações, declarações assertivas); Princípios reguladores da interacção discursiva (de cooperação; de cortesia)

• Adequação discursiva; Oral e escrito; Registos formal e informal; Formas de tratamento

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• Modos de relato do discurso (directo, indirecto, indirecto livre); Verbos introdutores

• Coesão textual; Anáfora e catáfora; Co-referência

• Coerência• Protótipos textuais (descritivo, narrativo)• Paratextos (título, índice, prefácio,

posfácio, rodapé, bibliografia)• Dicionário, glossário, enciclopédia,

terminologia, thesaurus

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estudo da estrutura da língua(= gramática p. d.)

vs.

estudo da língua enquanto assunto(= cultura linguística)

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Sequências do manual

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Textos autobiográficos

• diários, memórias, auto-biografias, cartas, auto-retratos...

• poesia lírica de Camões

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Abre o livro na p. 259, que é toda dedicada à Interacção discursiva (no fundo, à conversação). Se deres um salto à p. 256, perceberás que o assunto é de Funcionamento da língua e se insere numa área da linguística com que este ano vais trabalhar quase pela primeira vez, a Pragmática (e linguística textual).

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A pragmática estuda o modo como a língua é usada pelo falante para atingir os seus objectivos comunicativos. (Dentro da linguística há outras áreas, aliás mais conhecidas de anos anteriores:

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a morfologia estuda a estrutura das palavras; a sintaxe estuda a combinação das palavras em frases; a fonologia estuda os sons das palavras; a semântica estuda o significado das palavras. Enquanto estas áreas se ocupam mais da língua enquanto sistema, a pragmática preocupa-se com o que as pessoas pretendem fazer quando usam esse sistema.)

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A página 259 apresenta-nos os princípios que regem a conversação:

Princípio de cooperaçãoCada participante deve fazer

com que a sua contribuição para a conversa seja apropriada ao propósito desta. Desdobra-se em quatro máximas conversacionais:

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máxima de qualidade | Tenta que a tua contribuição seja verdadeira.

máxima de modo | Sê claro.

máxima de quantidade | Dá tanta informação quanto o necessário.

máxima de relevância (ou relação) | Dá informação pertinente.

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Princípio de cortesia (ou delicadeza)Cada participante na conversa deve

usar estratégias adequadas a preservar uma boa relação com o seu interlocutor. Por exemplo, usará formas de tratamento («tu», «você», «o senhor», «o Luís», etc.) que respeitem a distância social; ao dar ordens, evitará ser demasiado directo («podias fechar a janela?», em vez de «fecha a janela»); em certos casos, recorrerá a eufemismos («não creio que tenha sido assim», por «estás a mentir»).

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No último parágrafo da página refere-se ainda que o saber partilhado (ou conhecimento mútuo) também beneficia a comunicação. O locutor partilha com o seu interlocutor uma série de conhecimentos, crenças, representações, valores, etc., o que faz que a compreensão decorra também do que não é dito mas está subjacente.

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Nos sketches que vamos ver (Gato Fedorento, Série Lopes da Silva), pelo menos um dos intervenientes infringe uma das máximas conversacionais ou o princípio da cortesia. A comunicação poderia ficar em risco. (É claro que neste caso as infracções ao princípio da cooperação e à cortesia servem para criar situações cómicas.)

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Para completar o quadro, usarás quantidade, qualidade, relevância, modo, princípio de cortesia.

Page 36: ApresentaçãO Para DéCimo Ano, Aula 1 2

Inspector que não sabe fazer perguntas

As perguntas do inspector não têm relação com a informação anterior, não são pertinentes, não se cumprindo por isso a máxima de relevância.

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Falta por motivos profissionais

No início, a intervenção do funcionário preguiçoso é insuficiente em termos de informação («Passa-se isto assim assim»), falhando a máxima de quantidade. Há depois expressões ambíguas («Não posso vir ao emprego por motivos profissionais»), o que corresponde a quebra da máxima de modo. No final, enquanto o patrão,

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ao dar os pêsames ao segundo funcionário, cumpre o princípio de cortesia, o funcionário preguiçoso infringe-o («Arranjam cada uma para não trabalhar!» é um comentário contra o que está convencionado numa situação daquelas).

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O que eu gosto do meu Anselmo!

Quando Anselmo diz que a mulher nem gosta assim tanto dele — mentindo, para que não se conclua que... —, infringe a máxima de qualidade.

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Bode expiatórioO empregado que arca com as

culpas de todas as incompetências no escritório repete «A culpa foi minha. Não há desculpa para o que fiz. Se alguém deve ser responsabilizado, sou eu. É impressionante a minha irresponsabilidade!». Poderíamos reconhecer aqui uma infracção à máxima de quantidade, se

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expiar'remir uma culpa pela penitência'

'sofrer as consequências de'

vs.

espiar

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considerássemos que houvera excesso de informação. No entanto, provavelmente foi mais a máxima de modo que falhou, já que ser claro inclui ser breve.

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Filho do homem a quem parece que aconteceu não sei quê [e genérico do episódio]

Tanto o pai como o filho, ao «pronominalizarem» muito, omitindo palavras com referentes perceptíveis, tornam a comunicação inviável, por falta de clareza (falha a máxima de modo,

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embora se possa pensar que o que falta é mesmo a informação). No genérico final, também falha a máxima de modo, mas agora por demasiadas repetições (poder-se-ia pensar que a infracção é à máxima da quantidade, por excesso de informação, mas não creio).

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Dia em que se pode chamar nomes aos colegas

Os vocativos desagradáveis permitidos à quinta-feira e as expressões grosseiras nos minutos para assédio seriam infracções ao princípio de cortesia. A singularidade da situação vem de essas inconveniências serem autorizadas, e até estimuladas, pelas regras do escritório.

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Chamada por enganoNa conversa entre jornalista e

senhora da Venda Nova falha sobretudo a máxima de relevância, na medida em que a interlocutora insiste em fazer relatos e pedidos («dispensava-me o seu bidé?») que não servem o objectivo do telefonema (falar da guerra do Iraque). No final, a mesma senhora disfarça uma sua infracção ao princípio de cortesia («meu cabeça de porco»).

Page 47: ApresentaçãO Para DéCimo Ano, Aula 1 2

A tua camisa é feia

Os epítetos deselegantes que cada uma das interlocutoras dirige à outra constituiriam infracções ao princípio de cortesia; no entanto, elas não parecem senti-los como ofensivos (só é tomada como indelicadeza a referência à camisa feia).

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Conversa na esplanada

Os vários amigos não se interessam pela história do indivíduo que tem uma alface de estimação: ou se desviam para outro assunto («É o Edmundo?»; «São 4h34») ou não percebem o que está ser defendido pelo seu amigo («mas há alfaces tenrinhas»; «se fosse uma alface lisa»). Infringem a máxima de relevância.

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Matarruano sonhador

O filósofo matarruano desvia-se do tema da pergunta que lhe era feita: não coopera com o jornalista que o entrevista por não cumprir a máxima de relevância, já que a informação a que chega invariavelmente não é pertinente para o objectivo da conversa.

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Bomba a bordo

O insólito resulta de comissário e comandante agirem como se não detivessem um saber comum (‘bombas não são desejáveis’), o que acaba por viabilizar a interacção o passageiro bombista.

Page 51: ApresentaçãO Para DéCimo Ano, Aula 1 2

Era um velho muito velho, sentado à porta da Torre de Arzila, as barbas todas brancas, os cabelos quase pelos ombros, calçava umas alpercatas rotas, vestia uma estranha camisa comprida...

Parecia uma pastelaria muito asseada, plantada à beira do caminho para a praia, as montras todas reluzentes, os bolos quase do momento, tinha umas gomas dulcíssimas, vendia uns nutritivos gelados naturais...

Page 52: ApresentaçãO Para DéCimo Ano, Aula 1 2

Depois, de criares tu também um novo começo de texto, prossegue mais umas linhas a sua redacção, mas agora já sem a mesma preocupação de seguir a sintaxe original.

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O tipo do texto fica à tua escolha, embora as duas primeiras linhas do texto de Alegre (que te servirão de matriz) pareçam convidar a um início descritivo. O teu texto não tem de ter um fecho, uma conclusão.