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Carlos Alberto Monteiro da Silva Carlos Alberto Monteiro da Silva Faculdade João Calvino Faculdade João Calvino Curso Bacharel em Teologia Curso Bacharel em Teologia 2012 2012

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Carlos Alberto Monteiro da SilvaCarlos Alberto Monteiro da SilvaFaculdade João CalvinoFaculdade João Calvino

Curso Bacharel em Teologia Curso Bacharel em Teologia 20122012

Relatório da organização BARNA (

http://www.barna.org/) sobre o que os norte-

americanos acreditam sobre universalismo. 

Mostra que entre os norte americanos considerados

cristãos 43 % em geral concordaram com a afirmação “Não importa que religião você segue todas ensinam as mesmas lições,” Enquanto 54% discordou.

Nesta pesquisa dentre os considerados Cristãos apenas 25% disseram que todas as pessoas são eventualmente salvas ou aceitas por Deus e 26%, disseram que a religião de uma pessoa não importa porque todas as concepções de fé ensinam as mesmas lições.

Barma Group - resultados

Como resultado do relatório apresentado, observou-

se que na América do Norte, um em cada quatro cristãos possui pensamentos universalistas em relação à salvação. Sendo o Brasil um país que recebe e absorve culturalmente e muito da influencia da América do Norte e também devido ao fenômeno da globalização, nota-se que pensamentos universalistas têm fortemente permeado o pensamento cristão.

Barma Group - resultados

O problema que originou a presente pesquisa é:

O Universalismo condiz com os ensinos cristãos sob o ponto de vista bíblico cristão?

Uma pesquisa publicada em 2008 pela ISTOÉ demonstra grande aumento da migração religiosa na igreja brasileira, segundo a pesquisa ¼ da população mudou de religião, indicando que esse fenômeno é conhecido como secularização que mostra o enfraquecimento da transmissão das tradições.

Problema

Gerais: Discutir a questão do universalismo no

pensamento cristão e contrapondo-o com o ponto de vista bíblico teológico.

Específicos:

Descrever o início do pensamento cristão; Perceber as raízes pensamento teológico no século XIX

e XX; Analisar o universalismo e sua problemática quanto à

bíblia como regra de fé;

Objetivos do estudo

O presente trabalho foi desenvolvido

em forma de pesquisa bibliográfica com base em material já elaborado constituído principalmente de livros e artigos científicos.

Metodologia

Livros, publicações em revistas cristãs e

não cristãs e artigos científicos. Obras de Karl Barth, Myer Pearlman, Norman Geisler, cometário sobre o assunto pelo Dr. Russel Shedd.

Referencial teórico

Os Livros do Novo Testamento (as epístolas de Paulo e os quatro evangelhos), com a vida de Cristo e sua doutrina

Referencial Teórico

Pela lógica: Ensinos de Jesus e dos apóstolos

se deu o início da Igreja e isso fica claro na carta de Plínio – O Jovem a Trajano.

O pensamento cristão notadamente tem suas raízes com a pregação das boas novas de Jesus de Nazaré, judeu que viveu no mundo sócio-político e espiritual do judaísmo ortodoxo e helenizado

Cap. I – A FORMAÇÃO DO PENSAMENTO CRISTÃO

No início da Igreja o Cristianismo conviveu e confrontou as correntes filosóficas do tempo e destacamos o pensamento denominado estoicismo. Paulo no aerópago em Atenas. At. 17:16-32

Os primeiros líderes cristãos, para se fazerem compreender pelos “pagãos”, não podiam citar apenas “Moisés e os profetas” nos seus discursos, mas tinham de servir-se também do conhecimento natural de Deus e da voz da consciência moral de cada homem.

Cap. I – A Formação do pensamento Cristão

As condições sociológicas que propiciaram o

avanço deste ”novo movimento” ou religião dissidente do Judaísmo foram justamente o desespero e apatia dos pobres, bem como a religião greco-romana já não respondia aos novos anseios que perpassavam o homem helênico, o que abria uma lacuna do qual o pensamento cristão encontrou seu sustentáculo: dar uma nova resposta moral e escatológica a um mundo movido pela desilusão e falta de esperança.

Cap. I – A Formação do pensamento Cristão

Duas razões para o crescimento do cristianismo no meio Judaico:

Perceberam um grande abismo entre as exigências de Deus para com Israel e seu verdadeiro estado espiritual. Israel era injusto, e a salvação não podia proceder dos próprios méritos ou esforços. A salvação teria que proceder de Deus, por sua intervenção;

Muitos israelitas reconheceram por experiência própria sua incapacidade para guardar perfeitamente a lei e chegaram à conclusão de que devia haver uma justiça alcançável independentemente de suas próprias obras e esforços. Em outras palavras, anelavam por redenção e graça.

Cap. I – A Formação do pensamento Cristão

Temos que admitir que as correntes filosóficas

influenciaram o início do “movimento cristão”. Dois grandes blocos:

a) Dogmáticos teóricos que supunham conhecer a essência da realidade possuíam pensamentos enciclopédicos, predominavam o cunho moral e a universalidade de seus axiomas, destacam os platônicos, peripatéticos, estóicos e epicuristas;

b) Céticos teóricos e moralistas que negavam a possibilidade da verdade, verdadeiros demolidores da própria razão e apegados às tradições (NEDONCELLE, 1958, p. 15-17).

Cap. I – A Formação do pensamento Cristão

Orígenes de Alexandria certamente influenciou o

pensamento “filosófico cristão”, além dos seus trabalhos teológicos, este se dedicou ao estudo e à discussão da filosofia, em especial Platão e os filósofos estoicos. No seu pensamento, podemos referir à tese da pré-existência da alma e a doutrina da "apocatastase", ou seja, da restauração universal (palingenesia) ambas posteriormente condenadas no segundo concílio de Constantinopla realizado em 533.

Cap. I – A Formação do pensamento Cristão

Pode-se dizer que o pensamento cristão rompeu com o

sistema silogístico e fechado da antiguidade, propondo novas leituras de sentido e significado para a vida.

Se o pensamento cristão rompeu com a estrutura filosófica de sua epocalidade, ainda sim podemos afirmá-lo como filosofia ou como uma filosofia cristã ou simplesmente fé?.

Enfim, são questões que não conseguiremos responder neste trabalho, mas fica lançada no ar a necessidade de estudos a respeito e observação no contexto histórico e atual.

Cap. I – A Formação do pensamento Cristão

O pensamento cristão deu origem à teologia cristã

e esta por sua vez é construída em análises, considerações, questionamentos, interpretações, inquirição existencial, filosofia e, como sabemos não é possível estudar Deus diretamente.

Somente se pode estudar aquilo que se pode observar portanto torna pertinente e atual observar a historicidade e as representações sociais nas mais variadas  culturas, a partir dessa observação e revelação de Deus, ou seja da Bíblia Agostinho de Hipona situou a teologia sobrenatural.

Capitulo IIO pensamento teológico no século IX e

século XX

Em um segundo instante o pensamento

cristão se evidenciou no liberalismo que adentrou ao pensamento da teologia contemporânea, esse tipo de pensamento ou teologia nasce sob as hostilidades de teólogos liberais e neo-ortodoxos. Muitos indicam Friedrich Schleiermacher (1768-1834) como o pai da Teologia Moderna, o qual formulou uma teologia à luz do Romantismo.

Capitulo IIO pensamento teológico no século IX e

século XX

Schleiermacher começou por reduzir a fé às

proporções dos sentimentos religiosos de cada pessoa, ele não pretendia falar de Deus em si, em lugar disso, se limitou a falar da "modificação do sentimento, ou da autoconsciência imediata", valorizou os "sentimentos piedosos", que ele apreciava desde sua formação pietista, dizendo que os sentimentos piedosos equivaliam ao senso de consciência absoluta de Deus.

Capitulo IIO pensamento teológico no século IX e

século XX

Schleiermacher foi seguido por teólogos mais

radicais como John A.T. Robinson, Paul Tillich, Rudolph Bultmann.

A partir de Schleiermacher, diminuiu o peso doutrinário da fé no sentido de evitar enfatizar o pecado, tendo uma visão otimista, embora pouco profunda, da natureza humana.

Capitulo IIO pensamento teológico no século IX e

século XX

Situada fora do campo de ação da Filosofia, o

pensamento cristão não estava subordinado, mas sim acima da filosofia que era considerada como uma serva que ajudaria a primeira na compreensão de Deus. A revelação de Deus está acima do campo social e filosófico, pois se trata de revelação, e neste sentido podemos afirmar que a teologia é organizada segundo os dados da revelação e da experiência humana.

Capitulo IIO pensamento teológico no século IX e

século XX

Karl Barth, insatisfeito com as soluções propostas

pelos teólogos do século dezenove, e inspirado por filósofos críticos como Soren Kierkegaard (1813-1855), Friedrich Nietzsch (1844-1900). Wilhelm Herrmann (1946-1922) e Albert Schweitzer (1875-1965) deu início a um movimento teológico que buscava alcançar aquilo que a teologia não havia conseguido: uma teologia não iluminista e pós-Kantiana que não se evaporasse à medida que fosse produzida, que não fosse redutível a nada além da teologia cristã propriamente e da revelação de Deus em Jesus Cristo.

Capitulo IIO pensamento teológico no século IX e

século XX

Na "teologia da crise ou dialética" de

Barth, não é a infinita bondade de Deus que é salientada, como na teologia deísta, mas o juízo divino sobre tudo que se revela humano, sobremodo humano, inclusive a religião.

Capitulo IIO pensamento teológico no século IX e

século XX

Resumindo temos que a teologia moderna foi

construída com base em Kant e Hegel. A teologia liberal foi constituída nos pressupostos iluministas racionalistas. A forma da teologia liberal encontra-se no idealismo gnóstico de Kant. A teologia contemporânea tem bases em Sorem Kickegaard, Heidegger, Nietzche e Marx. Dentro da teologia contemporânea destacam-se: Karl Barth, Brunerr, Paul Tillich, Bultmann, Oscar Culmann, Bonhofer.

Capitulo IIO pensamento teológico no século IX e

século XX

O universalismo é a crença que afirma que na

plenitude do tempo, todas as almas serão livradas das penalidades do pecado e restauradas para Deus. Historicamente conhecida como “Apokatastasis”, a Salvação final nega a doutrina bíblica do castigo eterno e baseia-se numa interpretação falha de At. 3:2; Rm. 5:18-19; Ef. 1:9-10; I Co. 15:22; e outras passagens.

Capitulo IIIO Universalismo e sua problemática

Os primeiros escritos claramente universalistas, remontam aos pais eclesiásticos gregos, mais notavelmente Clemente de Alexandria e seu aluno Orígenes e Gregório de Nissa. O ensino de Orígenes, que acreditava que ate mesmo o diabo poderia ser finalmente salvo, eram os mais influentes, numerosos defensores da salvação final achavam-se na igreja pós-apostólica, embora Agostinho de Hipona se opusesse fortemente a ela.

Capitulo IIIO Universalismo e sua problemática

O universalismo na igreja primitiva caiu em desfavor e foi reavivado depois da Reforma. Desde o ano de 1800 vem ganhando força tanto entre protestantes e com católicos romanos. Parte desse desenvolvimento resulta da repulsa que muitos cristãos sentem ante a posição restritivista . Proponentes bem conhecidos do Sec. XX incluem biblicistas britânicos como William Barclay e John A. T. Robinson, bem como o teólogo norte-americano Paul Tillich.

Entre os textos favoritos dos universalistas se encontram I Timóteo 4:10, em que Paulo fala de Deus que é "Salvador de todos os homens"; Tito 2:11: "Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens"; e João 12:32, em que Jesus declara: "E Eu quando for levantado da Terra, atrairei todos a Mim mesmo."

Capitulo IIIO Universalismo e sua problemática

Uma pesquisa publicada em 2008 demonstrou

grande aumento da migração religiosa na igreja brasileira, aponta que ¼ da população mudou de religião, esse fenômeno é conhecido como secularização mostra o enfraquecimento da transmissão das tradições dando lugar ao pensamento liberalista e universalista de que não importa o caminho, todos levarão somente a um lugar.

Capitulo IIIO Universalismo e sua problemática

Esse fenômeno pode ser atribuído à relativização

das escrituras tendo como o pano de fundo o pós-modernismo existe um retorno à religião, no entanto, segundo Vattimo apud Pires, F. P., de forma enfraquecida, cumprindo o ideal de esvaziamento de Deus presente no mito fundante do cristianismo. O pensamento de Vattimo é influenciado pelo pragmatismo, afirma que o niilismo é a única chance e significa a redenção da experiência religiosa na morte de Deus.

Capitulo IIIO Universalismo e sua problemática

De acordo com Pearlman, Myer (1970, p.144) as escrituras

apresentam o arrependimento e a fé como condições da salvação; o batismo nas águas é mencionado como símbolo exterior da fé interior do convertido. (Mar. 16:16; Atos 22: 16; 16:31; 2:38; 3:19.) e comenta que a justificação, regeneração e santificação são os três elementos que são os aspectos da salvação.

Portanto, abandonar o pecado e buscar a Deus são as condições e os preparativos para a salvação. Consideremos Hebreus 11.6 que diz: “sem fé é impossível agradar a Deus”. De acordo com o Dr. Shedd o dualismo que divide toda a humanidade aparece em todo o Novo Testamento das escrituras sagradas.

Capitulo IIIO Universalismo e sua problemática

Neste trabalho não se pretende aqui realizar um

tratado soteriológico ou fundamentar exímias refutações a doutrina do universalismo, mas se propõe a indicar alguns fundamentos para entender que a doutrina do universalimo é herética e não se trata de algo novo, tendo como precurssores alguns teólogos filósofos cristãos.

CAPITULO IVREFUTAÇÃO AO UNIVERSALISMO

Pearlman, Myer comenta em seu livro “Conhecendo as

doutrinas da Bíblia” que “...ao homem é ordenado crer implica capacidade e obrigação de crer. Portanto, todos os homens tem a capacidade de depositar sua confiança..” Entretanto é necessário reconhecer a graça do Espírito Santo, que provome a “revelação” na produção dessa fé (João 6:44; Rom. 10:17; Gál. 5:22; Heb. 12:2.).

Noman Geisler comenta em seu livro sobre apológetica que a Bílbia ensina claramente que INFERNO eterno existe e cita Mt. 25:41; II Ts 1:7-9; Ap. 20: 11-15

CAPITULO IVREFUTAÇÃO AO UNIVERSALISMO

A Graça como condição senequanon significa,

primeiramente, favor, ou a disposição bondosa da parte de Deus. Alguém a definiu como a "bondade genuína e favor não recompensados", ou "favor não merecido". A salvação é sempre apresentada como dom, um favor não merecido, impossível de ser recompensado; é um benefício legítimo de Deus (Rom. 6:23).

CAPITULO IVREFUTAÇÃO AO UNIVERSALISMO

Lewis Sperry Chofer apud Pearlman, Myer também

afirma que a salvação, sempre e somente, procede de Deus; nunca procede do homem. Usa-se, às vezes, a palavra "graça", no sentido íntimo, para indicar a operação da influência divina (Ef. 4:7) e seus efeitos (At. 4:33; 11:23; Tg. 4:6; 2 Co. 12:9). As operações desse aspecto da graça têm sido classificadas da seguinte maneira: Graça proveniente (literalmente, "que vem antes") é a influência divina que precede a conversão da pessoa, influências que produzem o desejo de voltar para Deus.

CAPITULO IVREFUTAÇÃO AO UNIVERSALISMO

Graça é o efeito do favor divino em atrair os

homens (João 6:44) e convencer os desobedientes. (At. 7:51.) Essa graça, às vezes, é denominada eficiente, tornando-se eficaz em produzir a conversão, quando não encontra resistência. (Jo 5:40; At. 7:51; 13:46.) A graça efetiva capacita os homens a viverem justamente, a resistirem à tentação, e a cumprirem o seu dever em tentar viver na graça em Cristo.

CAPITULO IVREFUTAÇÃO AO UNIVERSALISMO

O universalismo em suas raízes no pensamento

cristão se deu por influências várias, podemos supor que desde contribuição das fábulas populares. O ambiente social era multicultural além da forte influencia da cultura e do pensamento grego, também as religiões judaicas tiveram grande papel como o farisaísmo e a religião dos saduceus do qual o cristianismo convivia nos primórdios bem como do pensamento epicurista, estoicista, e também do docetismo e do gnosticismo tentando infiltrar a sã doutrina pregada pelos apóstolos.

Consideraçãos finais

A revelação de Deus está acima do campo

social e filosófico, pois se trata de revelação, e neste sentido podemos afirmar que a teologia é organizada segundo os dados da revelação e da experiência humana. Esses dados são organizados no que se conhece como teologia dogmática, ou seja, deve haver ortodoxia na interpretação e exegese das escrituras.

Consideraçãos finais

Os pregadores modernistas erram nesse ponto;

pensam que Deus por sua benignidade perdoa os pecados; entretanto, seu perdão baseia-se na mais rigorosa justiça. Ao perdoar o pecado, "Ele é fiel e justo" (1 João 1:9). A graça de Deus revela-se no fato de haver ele provido uma expiação pela qual pode ser justo e justificador e, ao mesmo tempo, manter sua santa e imutável lei. A graça manifesta-se independente das obras ou atividades dos homens.

Consideraçãos finais

A todos os presentes que tiveram paciência de

me ouvir. A banca examinadora; E aos amigos que vieram e aos convidados; A minha família que hoje está aqui.

Agradecimentos