apresentação - evolução da teoria da administração.02

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO - UNICAP CENTRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA - CCT ENGENHARIA CIVIL PAULO ROBERTO BATISTA DA SILVA EVOLUÇÃO DOS MODELOS DE ADMINISTRAÇÃO Recife

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Page 1: Apresentação - Evolução da teoria da administração.02

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO - UNICAP

CENTRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA - CCT

ENGENHARIA CIVIL

PAULO ROBERTO BATISTA DA SILVA

EVOLUÇÃO DOS MODELOS DE

ADMINISTRAÇÃO

Recife

Abril/ 2011

Page 2: Apresentação - Evolução da teoria da administração.02

PAULO ROBERTO BATISTA DA SILVA

EVOLUÇÃO DOS MODELOS DE

ADMINISTRAÇÃO

Trabalho apresentado para a

disciplina de Administração e

Planejamento sob orientação do

Professor Jorge Azevedo como

nota parcial do 1º GQ.

Recife

Abril/ 2011

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Page 3: Apresentação - Evolução da teoria da administração.02

Ficha de Cadastral

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Page 4: Apresentação - Evolução da teoria da administração.02

SUMÁRIO

1 – Apresentação....................................................................................06

2 – Resumo.............................................................................................07

3 – Abstract.............................................................................................10

4 – Introdução.........................................................................................13

5 – A Administração Científica (Tayloismo)............................................14

5.1 – Frederick Winslow Taylor...............................................................14

5.2 – Os Princípios e Propostas de Taylor ao Modelo Científico............14

5.3 – Os Principais Seguidores do Movimento Científico.......................15

5.4 – Aplicação dos Princípios Científicos na Montagem FORD............15

5.5 – Pensamentos de Taylor.................................................................15

5.6 – Consequências Históricas.............................................................15

5.7 – Críticas ao Tayloismo (pontos negativos)......................................16

5.8 – Características Favoráveis (pontos positivos)...............................16

5.9 – Principais Características da Administração Científica..................16

6 – A Administração Clássica (Fayolismo).............................................18

6.1 – Jules Henry Fayol..........................................................................18

6.2 – Abordagem da Administração Clássica e suas funções básicas...18

6.3 – Princípios Gerais da Administração Clássica................................19

6.4 – Centralização e Descentralização (Vantagens e desvantagens)..19

6.5 – Outros pontos importantes da Teoria Clássica..............................21

6.6 – Resultados……..............................................................................21

7 – Administração Humanística..............................................................23

7.1 – Abordagem e Funções Básicas.....................................................23

7.2 – Georges Elton Mayo......................................................................24

7.3 – Estudos de Hawthorn.....................................................................24

7.4 – Decorrência da Teoria Humanística..............................................253

Page 5: Apresentação - Evolução da teoria da administração.02

7.5 – Pontos Positivos............................................................................25

7.6 – Pontos Negativos...........................................................................25

7.7 – Um pioneiro das Relações Humanas............................................26

7.8 – Síntese da Administração Humanística.........................................26

8 – Administração Burocrática................................................................27

8.1 – Definição........................................................................................27

8.2 – Emil Maximillian Weber..................................................................27

8.3 – Pensamentos de Weber................................................................27

8.4 – Críticas à Burocracia......................................................................28

8.5 – Conceitos Chaves (pontos positivos).............................................28

9 – Administração Sistemática................................................................29

9.1 – Abordagem Sistemática da Administração....................................29

9.2 – Norbert Wiener...............................................................................29

9.3 – Pontos Marcantes..........................................................................29

9.4 – Tipos de Sistemas.........................................................................30

9.5 – Pontos Críticos...............................................................................30

10 – Administração Contingencial..........................................................32

10.1 – Definição......................................................................................32

10.2 – Surgimento da Contingência........................................................32

10.3 – Pesquisadores da Teoria Contingencial......................................34

10.4 – Ambiente......................................................................................35

10.5 – Tecnologia...................................................................................35

10.6 – Pontos positivos...........................................................................36

10.7 – Pontos negativos.........................................................................37

11 – Administração por Objetivas...........................................................38

11.1 – Características da APO...............................................................38

11.2 – Planejamento Estratégico............................................................39

4

Page 6: Apresentação - Evolução da teoria da administração.02

11.3 – Modelos de Administração por Objetivas....................................39

11.4 – Apreciação crítica da APO...........................................................40

12 – Administração Estratégica..............................................................42

12.1 – Definição......................................................................................42

12.2 – Modelo de tomada de decisões estratégicas...............................42

12.3 – Componentes da estratégia.........................................................43

12.4 – Pontos críticos (negativos X positivos)........................................43

13 – Administração Participativa.............................................................45

13.1 – Histórico da Administração Participativa......................................45

13.2 – Pontos críticos (positivos x negativos).........................................45

14 – Administração Japonesa.................................................................47

14.1 – Definição......................................................................................47

14.2 – Características básicas do Ohnoismo.........................................47

14.3 – Vulnerabilidades e pontos fortes..................................................47

15 – Administração Empreendedora......................................................49

16 – Administração Holística..................................................................51

17 – Administração Virtual......................................................................53

17.1 – Introdução....................................................................................53

17.2 – A gerência da organização Virtual...............................................53

17.3 – Considerações (pontos críticos)..................................................55

18 – Administração Mercadológica.........................................................56

18.1 – Conceitos Iniciais.........................................................................56

18.2 – Estágios da atividade de marketing em uma empresa................56

19 – Conclusão.......................................................................................57

20 – Referências Bibliográficas..............................................................58

5

Page 7: Apresentação - Evolução da teoria da administração.02

1. Apresentação

A Administração é a arte de controlar as mais diversas atividades

profissionais e até mesmo pessoais. Ele coexiste com todas as

profissões e sem ela não seria possível administrar as etapas das

atividades, pois à medida que planejamos, controlamos coordenamos,

executamos e comandamos, estamos fazendo da arte de administrar

uma potencial ferramenta. Ferramenta essa que foi desenvolvida para

as organizações militares e religiosas, e logo em seguida as empresas,

no sentido de organizar as etapas dos serviços e alcançar uma máxima

produtividade e produção eficiente. Assim surge o pioneiro da

administração, então chamado de Taylor, que fundou a administração

científica com a qual implantou as funções básicas que fornece até hoje

uma base sólida e rígida na arte de administrar.

Apresenta-se a seguir um apurado consistente sobre os mais

diversos tipos de administração com seus fundadores e pontos críticos.

Salientando que em cada tópico há uma variedade de funções que

foram sendo atualizadas e outras que foram incrementadas no sentido

de avançarmos na arte de administrar com eficiência e eficácia nossas

atividades profissionais e pessoais.

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Page 8: Apresentação - Evolução da teoria da administração.02

2. Resumo

É importante conhecer a história da Administração no Brasil e os precursores da luta

detorná-la reconhecida. A história da Administração iniciou-se em 1931, com a fundação do

Instituto da Organização Racional do Trabalho - IDORT, que contava com o Professor

Roberto Mange, suíço naturalizado, na sua direção técnica. E a partir desse ano foram

criados departamentos, escolas, associações e leis com amissão de trabalhar pela

afirmação da existência e fixação da profissão de Administrador. Começaram a ser criados

outros Conselhos Regionais nas diversas capitais do país, quehoje compõem o Sistema

CFA/CRA's, com a finalidade de difundir e consolidar a missão do órgãomaior (CFTA) da

categoria, com abrangência e autonomia nas diversas regiões da Unidade Federativa. Inicia-

se, assim, um novo tempo de desenvolvimento e aperfeiçoamento daAdministração, como

Ciência e como Profissão. A tecnologia moderna aliada aos cientistas,pesquisadores e

professores, com seus mecanismos, estudos e trabalhos vêm provando queAdministrar é

necessário, proveitoso e imprescindível em qualquer segmento, contexto ou situação navida

das pessoas, das empresas e das entidades.O período clássico se estendeu desde meados

do século XIX ate os anos 50. As principaisabordagens que surgiram foram: administração

sistemática, administração científica, burocracia,gestão administrativa (clássica) e relações

humanas (humanística).

Abordagens Clássicas:

01. Administração Sistemática: Surgiu a partir dos pensamentos de Adam Smith, que

acreditavaque a administração das fábricas, o centro do crescimento norte-americano,era

caótica esuas idéias ajudariam a sistematizá-las. A maioria das tarefas organizacionais era

subdivididae executada segundo o trabalho especializado. Entretanto, a coordenação ruim

entre ossubordinados e entre os diferentes níveis administrativos causava problemas

freqüentes eparadas no processo produtivo.A abordagem da administração sistemática

buscou construir procedimentos e processosespecíficos nas operações para assegurar a

coordenação dos esforços. A administraçãosistemática enfatizava operações econômicas,

assessoria adequada, manutenção deestoques para atender à demanda dos consumidores

e ao controle organizacional. Embora a administração sistemática não aborde todas as

questões com que os administradores sedefrontavam,tentou-se elevar a consciência deles a

respeito das preocupações mais urgentesde seu trabalho.

02. Administração Científica: Criada por Frederick Taylor, um jovem engenheiro,

descobriuque a produção e o pagamento eram ruins, que a ineficiência e as perdas eram

prevalentes eque a maioria das empresas possuía um grande potencial não utilizado, uma

falha daadministração sistemática. Ele concluiu que as decisões administrativas eram

assistemáticase que não existia pesquisa para se determinarem os melhores meios de

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Page 9: Apresentação - Evolução da teoria da administração.02

produção.Com isso, Taylor introduziu uma segunda abordagem administrativa,

administração científica.Essa abordagem defendia a aplicação de métodos científicos para

analisar o trabalho edeterminar como completar as tarefas de produção eficientemente.

Outro elemento dessaabordagem era o uso de gratificação diferenciada, que consistia no

pagamento de quantiasadicionais aos trabalhadores quando eles excedessem níveis-padrão

de resultado em cadatrabalho. Taylor concluiu que tanto os trabalhadores quanto a

administração poderiam sebeneficiar disso.

03. Gestão Administrativa (Clássica): Defendida por Henry Fayol, engenheiro de minas e

executivo francês, surgiu através de um livro publicado por ele com suas experiências

administrativas.Fayol adicionou uma função básica as quatro já identificadas antes, que

são:Planejar;organizar; comandar; coordenar e controlar, e também definiu catorze

princípios: Divisão dotrabalho; autoridade; disciplina; unidade de comando; unidade de

direção; subordinação dointeresse individual ao interesse geral; remuneração; centralização;

hierarquia; ordem;equidade; estabilidade e manutenção do pessoal; iniciativa e espírito de

equipe.A abordagem da gestão administrativa enfatizava a perspectiva dos altos

administradoresdentro da organização e sustentava que a administração era uma profissão

e poderia serensinada.

04. Relações Humanas(Humanística): Essa abordagem deve muito às escolas de

pensamento. As idéias de Gilbreths (administração cientifica), Barnard e Follet (gestão

administrativa) influenciaram o desenvolvimento das relações humanas entre 1930 e 1955.

Na verdade, a abordagem surgiude um projeto de pesquisa que começou com um estudo de

administração cientifica. A abordagem de relações humanas visava entender como os

processos psicológicos esociais interagem com a situação de trabalho para influenciar o

desempenho. RelaçõesHumanas foi a primeira grande abordagem a enfatizar os

relacionamentos de trabalhoinformal e a satisfação do trabalhador.

Abordagens Contemporâneas

05. Burocracia: Surge também através da publicação de um livro onde Max Weber,

sociólogo, advogado e historiador alemão que mostra como a administração em si mesma

poderia ser maiseficiente.Weber acreditava que com a burocracia os resultados diferentes

pudessem ser eliminados,numa organização onde os administradores possuíssem

habilidades variadas,experiência eobjetivos.Weber recomendava que os cargos fossem

padronizados de modo que a mudançade pessoal não desintegrassem a organização.Ele

enfatizava a existência de uma redeestrutural e formal de relacionamentos entre posições

especializadas numa organização. Asregras e regulamentações padronizaram o

comportamento e a autoridade agora era sobre asposições e não sobre os indivíduos.Como

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Page 10: Apresentação - Evolução da teoria da administração.02

resultado a organização não precisaria apoiar-seem apenas um individuo, mas obteria

eficiência e sucesso seguindo as regras eregulamentações.

06. Teoria dos Sistemas (Sistemática): Baseada numa abordagem cientifica e voltada para

os detalhes da organização, a teoria dos sistemas fornece um meio para interpretar as

organizações.

Possuialguns conceitos importantes tais como:

- Sistemas abertos: são organizações dependentes de insumosque provêm do mundo

externo(matérias-primas);

- Sistemas fechados: são aqueles que nãointeragem com o meio ambiente externo;

- Eficiência: é a razão dos resultados pelos insumos;

- Eficácia: é o grau em que os resultados de uma organização correspondem às

necessidadese aos desejos do ambiente externo;

- Subsistemas: é um componente do todo einterdependente dos outros sistemas;

- Equifinalidade: é o mesmo que existir diversoscaminhos que chegam ao mesmo resultado;

-Sinergia: é quando o todo é maior que a somadas partes.

07. Teoria da Contingência (Contingencial): Construída a partir das idéias dos sistemas, a

perspectivacontingencial refuta os princípios universais da administração pela afirmação de

que umavariedade de fatores que podem afetar o desempenho da organização sejam eles

internos ouexternos. Entender as contingências auxilia o administrador, a saber, quais os

conjuntos decircunstâncias que ditam as ações administrativas.Com um olho nessas

contingências, um administrador pode caracterizar a situação e depoisescolher a estratégia

competitiva, a estrutura organizacional ou o processo administrativoadequado às

circunstâncias.

08. Por objetivo: Estabelecimento conjunto de objetivos entre o executivo e o seu supervisor:

A maior parte dos sistemas de APO utiliza essa característica. Interligação dos objetivos

departamentais.

Outras abordagens que fazem parte a administração são: Estratégica, Participativa,

Japonesa, Empreendedora, Holística, Virtual e Mercadológica

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Page 11: Apresentação - Evolução da teoria da administração.02

3. Abstract

It is important to know the history of administration in Brazil and the precursors of the

struggle to make it recognized. The story of the Administration began in 1931 with the

founding of the Institute for Rational Organization of Work - IDORT, which featured Professor

Robert Mange, Swiss-born, in its technical direction. And from that year were created

departments, schools, associations and laws with the mission of working for the affirmation of

the existence and establishment of the profession of the Administrator. Began to be created

other regional councils in the various capitals of the country, which today makes up the CFA /

CRA 's, in order to spread and consolidate the mission's largest organ (CFTA) category, with

scope and autonomy in various regions of the Federal Unit . It begins thus a new era of

development and improvement of management as Science and as a Profession. Modern

technology coupled with scientists, researchers and professors, with its mechanisms, studies

and has proved that it is necessary to administer, useful and indispensable in any segment,

context or situation in people's lives, businesses and entities. The classical period lasted

from the mid-nineteenth century until the '50s.

The main approaches that emerged were: systemic administration, scientific management,

bureaucracy, administration and management and human relations.

Classical approaches:

01. Systematic Management: It came from the thoughts of Adam Smith, who believed that

management of factories, the center of U.S. economic growth, was chaotic and his ideas

help to systematize them. Most organizational tasks were subdivided and executed under the

expert work. However, poor coordination among subordinates and between different

administrative levels and frequent stoppages caused problems in the production process. A

systematic management approach aimed to create specific procedures and processes in

operations to ensure coordination of efforts. The systemic administration emphasized

economic operations, appropriate advice, maintenance of inventories to meet consumer

demand and organizational control. Although systemic administration is not addressing all

the issues with which managers are confronted, tried to raise their consciousness about the

most pressing concerns of his work.

02. Scientific Management: Built by Frederick Taylor, a young engineer, discovered that the

production and payment were bad, that inefficiency and losses were prevalent and that most

companies had a large unused potential, a systematic failure of management. He concluded

that administrative decisions were unsystematic and that there was research to determine

the best means of production. With that, Taylor introduced a second administrative approach,

scientific management. This approach advocated the application of scientific methods to

10

Page 12: Apresentação - Evolução da teoria da administração.02

analyze the work and determine how to complete production tasks efficiently. Another

element of this approach was the use of bonus differentiated, which involved the payment of

additional amounts to employees when they exceed standard levels of outcome in each

study. Taylor found that both workers and management could benefit from it.

03. Administrative Management (Classic): Defended by Henry Fayol, a mining engineer and

executive French, came across a book published by him with his administrative skills. Fayol

added a basic function of the four already identified earlier, which are: Plan, organize, lead,

coordinate and control, and also identified fourteen principles: division of labor, authority,

discipline, unity of command, unity of direction, subordination of individual interest the

general interest, remuneration, centralization, hierarchy, order, fairness, stability and

maintenance staff; initiative and team spirit. The administration's approach emphasized the

perspective of senior managers within the organization and maintained that the

administration was a profession and could be taught.

04. Human Relations (Humanities): This approach owes much to the schools of thought. The

ideas of Gilbreths (scientific management), Barnard and Follet (administration) influenced the

development of human relations between 1930 and 1955. Indeed, the approach came from a

research project that began with a study of management science. The human relations

approach aimed at understanding how social and psychological processes interact with the

work situation to influence performance. Human Relations was the first major approach to

emphasize the informal working relationships and employee satisfaction.

Contemporary Approaches:

05. Bureaucracy: It also appears in the publication of a book where Max Weber, sociologist,

lawyer and historian who shows how the German government itself could be more efficient.

Weber believed that bureaucracy with the different results could be eliminated, in an

organization where managers possess varied skills, experience and goals. Weber

recommended that the positions were standardized so that the change in personnel did not

disintegrate the organization. He emphasized the existence of a network of formal and

structural relationships between specialist positions in an organization. The rules and

regulations standardizing the behavior and the authority was now on the positions and not on

individuals. As a result the organization would not need to rely on just one person but would

achieve efficiency and success following the rules and regulations.

06. Systems Theory (Systematic): Based on a scientific approach and focused on the details

of the organization, systems theory provides a means for interpreting organizations.

It has some important concepts such as:

- Open systems: organizations are dependent on inputs that come from the outside world

(raw materials);

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Page 13: Apresentação - Evolução da teoria da administração.02

- Closed systems: those that do not interact with the external environment;

- Efficiency is the ratio of the results for inputs;

- Effectiveness: the degree to which the results of an organization meet the needs and

desires of the external environment;

- Subsystems: is a component of the whole and interdependence of other systems;

- Equifinality: there is the same as many paths that lead to the same result;

- Synergy: is when the whole is greater than the sum of its parts.

07. Contingency Theory (Contingency): Built from the ideas of systems, the contingency

perspective rejects the universal principles of management by the assertion that a variety of

factors that can affect the performance of the organization whether internal or external.

Understanding the contingencies assists the administrator, namely, what sets of

circumstances that dictate administrative actions. With an eye on these contingencies, an

administrator can define the situation and then choose a competitive strategy, organizational

structure or administrative procedure appropriate to the circumstances.

08. The objective: establishing goals set between the executive and his supervisor: Most

systems APO uses this feature. Interconnection of departmental objectives.

Other approaches that are part of the administration are: Strategic, Participatory, Japanese,

Entrepreneurship, Holistic Marketing and Virtua

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Page 14: Apresentação - Evolução da teoria da administração.02

4. Introdução

Na evolução histórica da administração, duas instituições se destacaram: a Igreja

Católica Romana e as Organizações Militares. A Igreja Católica Romana pode ser

considerada a organização formal mais eficiente da civilização ocidental. Através dos

séculos vem mostrando e provando a força de atração de seus objetivos, a eficácia de suas

técnicas organizacionais e administrativas, espalhando-se por todo mundo e exercendo

influência, inclusive sobre os comportamentos das pessoas. As Organizações Militares

evoluíram das displicentes ordens dos cavaleiros medievais e dos exércitos mercenários

dos séculos XVII e XVIII até os tempos modernos com uma hierarquia de poder rígida e

adoção de princípios e práticas administrativas comuns a todas as empresas da atualidade.

O fenômeno que provocou o aparecimento da empresa e da moderna administração ocorreu

no final do século XVIII e se estendeu ao longo do século XIX, chegando ao limiar do século

XX. Esse fenômeno, que trouxe rápidas e profundas mudanças econômicas, sociais e

políticas, chamou-se Revolução Industrial.

A Revolução Industrial teve início na Inglaterra, com a invenção da máquina a vapor, por

James Watt, em 1776 e desenvolveu-se em duas fases distintas: a primeira fase de 1780 a

1860. A revolução do carvão, como principal fonte de energia, e do ferro, como principal

matéria-prima.Asegunda fase de 1860 a 1914. A revolução da eletricidade e derivados do

petróleo, como as novas fontes de energia, e do aço, como a nova matéria-prima. Ao final

desse período, o mundo já não era mais o mesmo. E a moderna administração surgiu em

resposta a duas conseqüências provocadas pela Revolução Industrial, a saber:

a) crescimento acelerado e desorganizado das empresas que passaram a exigir uma

administração científica capaz de substituir o empirismo e a improvisação;

b) necessidade de maior eficiência e produtividade das empresas, para fazer face à intensa

concorrência e competição no mercado.

Daí a necessidade de se formar as teorias administrativas que pudessem por ordem nas

organizações e se obter maior produtividade e eficiência nos processos administrativos, e

gerar uma equipe de trabalho forte, eficiente e produtiva.

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Page 15: Apresentação - Evolução da teoria da administração.02

5. A Administração Científica (Tayloismo)

5.1. Frederick Winslow Taylor

Momento histórico e cronológico da vida de Taylor: Nascido em 20/03/1856 na

cidade de Germantow, subúrbio da Filadélfia, estado da Pensilvânia – E.U.A.Educado

dentro de uma mentalidade de disciplina devotada ao trabalho e economia financeira. Sua

família era de classe média, e sua situação financeira razoável, proporcionando ao Taylor

uma educação excelente. Objetivo de seus pais era que ele obtivesse uma formação

educacional excelente, enviando-o assim para Boston para estudar direito na Universidade

de Harvard. Sua ambição era tanta que não conseguia continuar seus estudos. Foi trabalhar

em uma oficina ao lado de sua casa, exercendo a função de aprendiz, aprendeu a operar

máquinas e ferramentas, e a fabricas modelos novos de máquinas. Aos 28 anos ingressou

na Oficina de construção de máquinasMidvaleSrulCompany, onde começou a desenvolver

sua teoria. Com sua formação acadêmica em Engenharia Mecânica, futuramente assume o

cargo de engenheiro-chefe. Morre no ano de 1915.

5.2. Os Princípios e Propostas de Taylor ao Modelo Científico

A Administração científica foi introduzida logo após a revolução industrial pelo

Engenheiro Taylor, no início do século XX. Quando trabalhando na então fábrica de

máquinas, observou que o pagamento aos funcionários era ruim, a eficiência no trabalho, a

produção e produtividade eram baixas. Assim decidiu que poderia mudar o potencial das

empresas, promover decisões administrativas assistemáticas tornando-se um líder de grupo

que promoveu o movimento chamado de administração científica.

As empresas como General Motos, Goodyear, General Electric, Ford e Bell

Telephone surgiram nesse período e começaram a se expandir, estimulando o estudo da

escola científica. A administração científica criada por Taylor traz as seguintes propostas:

- A aplicação de métodos científicos para analisar o trabalho e determinar como completar

as tarefas de produção eficiente;

- Técnicas como os estudos de tempos e movimentos;

- Contratar e treinar o trabalhador apropriando para realizar trabalhos;

- Importância da padronização das ferramentas;

- Uso de procedimentos para instrução e auxiliar os trabalhadores;

- Paradas para eliminar a fadiga;

- Pagamento diferenciado para os trabalhadores que produzia além do estabelecido.

A proposta básica de Taylor ao gerenciamento administrativo-científico torneava em cincos

funções essenciais tais como: Planejar, Comandar, Organizar, Controlar e Coordenar.

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Page 16: Apresentação - Evolução da teoria da administração.02

5.3. Os Principais Seguidores do Movimento Científico

O princípio da administração foi amplamente acolhido e assim houve vários

participantes que fizeram parte do movimento, tais como:

- O casal Frank e Lilian Gilberth, que racionalizaram as tarefas de produção;

- Henry Gantt, criador do gráfico de Gantt e treinamento profissional;

- Hugo Munsterburg, criador da psicologia industrial – teste de seleção de pessoal.

5.4. Aplicação dos Princípios Científicos na Montagem FORD

Na época os carros eram caros e somente a bancada rica poderia comprá-los. Na

fábrica de carro comandada por Henry Ford, os trabalhadores não eram especializados e

gastavam muito tempo para fabricar um carro. A montagem era feita no chão da fábrica e a

dificuldade era imensa, a quantidade de trabalhadores era grande e o tempo muito longo.

Ford vendo a dificuldade utilizou os princípios da administração científica e aplicou nas

máquinas e trabalhadores, colocando em seqüência de montagem, ao longo de uma linha

de produção móvel. Em virtude dessa organização e ordem na linha de fabricação dos

automóveis, Ford verificou que o tempo esperado de fabricação diminuiu

consideravelmente, a produção aumentou e a qualidade do produto melhorou. Assim surgiu

o modelo-T, o carro mais acessível para a maioria dos americanos.

5.5. Pensamento de Taylor

“O principal objetivo da gerência deve ser assegurar a máxima prosperidade de cada

empregado e do patrão” – Frederick W. Taylor

Para Taylor a administração científica deve-se ao fato de aplicação de métodos de pesquisa

para identificar a melhor maneira de trabalhar, selecionar e treinar cientificamente os

trabalhadores.

5.6.Conseqüências Históricas

Com “os princípios da administração científica”, livro publicado por Taylor, expandido

por todos estados unidos e mundo afora, seu seguidor Henry Ford, uniu as práticas com a

produção em massa e linhas de montagem, ajudando assim a indústria americana. Na

Rússia seu seguidor Levin, uniu aos princípios comunistas fazendo com que a Rússia

chegasse a patamares de organização mais rígidos e eficientes.

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Page 17: Apresentação - Evolução da teoria da administração.02

5.7. Críticas ao Tayloismo (pontos negativos)

- Visão mecanicista e determinística da organização do trabalho no dia-a-dia, reduz-se a

conjuntos de movimentos repetitivos, fazendo assim uma única maneira de trabalhar, ou

seja, executar as tarefas rotineiramente;

- Taylor se prendeu a formar uma estrutura organizacional voltada para linha de produção e

racionalização de tempo, minimizando custo e aumentando lucro, sem, no entanto

preocupasse com o lado humano e psicológico e social do trabalhador;

- Abordagem puramente tecnicista

- A busca pelo dinheiro, o que motiva o operário, quando sabemos que não há comprovação

de satisfação quando de trabalha para simplesmente receber ordenado.

5.8. Características Favoráveis (pontos positivos)

- Taylor encontra um ambiente desorganizado e desestruturado. Tenta buscar uma

abordagem que vai de encontro ao trabalhador e administradores. No ponto de vista mais

grosso, ele tenta colocar ordem na casa. É de se esperar que a administração científica

tornou-se a base das teorias que aplicamos hoje. É um passo pioneiro e irreversível;

- Melhorou a produtividade e a eficiência;

- Introduziu análise científica no ambiente de trabalho;

- Cooperação entre as classes trabalhistas e administradores;

- Garantia de gratificação salarial em recompensa aos esforços e desempenho;

5.9. Principais Características e Resultados da Administração Científica

Características:

- Taylor, Fundador da Administração Científica no século XX

- 1º Período – Estudo do tempo e movimento

- 2º Período – Racionalização e estruturação geral

- Origem Norte Americana;

- Prosperidade para o patrão e empregado;

- ORT – Organização Racional do Trabalho.

Resultados:

- Conceito de eficiência – fazer bem;

- Aparecimento da linha de montagem;

- Rotinização do trabalho;

- Tempo padrão;

16

Page 18: Apresentação - Evolução da teoria da administração.02

- Criação da riqueza;

- Conforto e produtividade;

- Conceito de padrão;

- Divisão de trabalho;

- Especialização;

- Supervisão;

- Fordismo.

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Page 19: Apresentação - Evolução da teoria da administração.02

6. A Administração Clássica (Fayolismo)

6.1. JuleHenry Fayol

Nascido em 1841, em Constantinopla – França. Viveu entre as constantes guerras

(revolução industrial e a I guerra mundial). Estudou engenharia de minas, formando-se aos

19 anos. Trabalhou em uma metalúrgica e carbonífera. Foi promovido ao cargo de gerente

aos 25 anos, e para diretor geral em 1888, quando tinha 47 anos. Aposentou-se em 1918.

Durante sua aposentadoria obteve êxito ao salvar sua empresa da falência.

Publicou o livro intitulado AdministrationIndustrielleetGénérale em 1916, e que foi bastante

divulgado pelos seus seguidores Gulick e Urwick. Após sua aposentadoria, ele passa a

ensinar na escola superior de guerra de Paris, lecionando administração pública.

Dizia Fayol

‘’ A exata avaliação das coisas, fruto do tato e da experiência, é uma das principais

qualidades do administrador’’.

6.2. Abordagem da Administração Clássica e suasfunções básicas

No século XX, precisamente no ano de 1916, na II revolução industrial, onde o

panorama industrial tinha suas características e elementos que conspiravam uma imensa

variedade de empresas, com tamanhos diferentes, problemas de baixos rendimentos dos

recursos utilizados, desperdícios, insatisfação generalizada entre os operários, intensa

concorrência, alto volume de perdas por decisões mal formuladas, levando a uma divisão do

trabalho entre os que pensam e executam. Esse panorama levou tanto Taylor quanto Fayol

a desenvolverem princípios que fundamentasse uma profunda mudança na administração

da produção, técnicas e métodos quanto a criação de uma ciência administrativa.

Durante os anos em que Fayol propunha suas doutrinas, na França, Taylor havia

desenvolvido a administração científica, com ênfase nas tarefas e no operário. Diante da

abordagem das duas teorias observasse que há um ponto em comum como a busca da

eficiência das organizações.

A análise, porém, das tarefas de cada indivíduo, na visão Tayloismo dá lugar, ou

seja, cede espaço a uma visão universal e global do Fayloismo, no âmbito organizacional.

Enquanto Taylor partia de cada indivíduo, Fayol partia de toda organização e chegava

finalmente ao indivíduo.

Fayol intitula seu livro como: AdministrationIndustrielleetGénérale, que expôs durante

suas experiências na empresa que trabalhava.

Funções básicas:

01 – Funções técnicas

18

Page 20: Apresentação - Evolução da teoria da administração.02

02 – Funções Comerciais

03 – Funções Financeiras

04 – Funções de Segurança

05 – Funções Contábeis

06 – Funções Administrativas (previsão, organização, comando, coordenação e controle)

6.3. Princípios Gerais da Administração Clássica

Quando Fayol se refere aos princípios da administração, não limitou ao sentido

restrito da palavra, queria fortalecer o instumento administrativo e facilitar o funcionamento

do corpo social, citando assim alguns princípios (totalizando 14), a saber:

- Divisão do trabalho

- Autoridade e responsabilidade

- Disciplina

- Unidade do comando

- Unidade de direção

- Subordinação dos interesses individuais gerais

- Remuneração de pessoal

- Centralização

- Cadeia escalar

- Ordem

- Equidade

- Estabilidade do pessoal

- Iniciativa

- Espírito de equipe

A teoria clássica (normativista ou Fayloismo) enfatiza a estrutura, e sua abordagem é

descendente, ou seja, da direção para os executores, e do todo (organização) para as suas

partes componentes (departamentos). Portanto busca o aumento da eficiência por meio da

forma e disposição dos departamentos e de suas inter-relações estruturais.

6.4.Centralização e Descentralização

Enquanto a Teoria Clássica de Fayol defendia a organização linear caracterizada

pela ênfase dada à centralização da autoridade, a Administração Científica de Taylor

defendia a organização funcional caracterizada pela descentralização da autoridade. O

problema da centralização versus descentralização é um assunto amplamente discutido pela

Teoria. A centralização e a descentralização referem-se ao nível hierárquico no qual as 19

Page 21: Apresentação - Evolução da teoria da administração.02

decisões devem ser tomadas. Centralização significa que a autoridade para tomar decisões

está centrada no topo da organização. Com a descentralização, a autoridade de tomar

decisões é delegada aos níveis baixos da organização.

Centralização – Vantagens:

- As decisões são tomadas por pessoas que têm visão global da empresa.

Os tomadores de decisão no topo são mais bem treinados e preparados do que os dos

níveis mais baixos;

- As decisões são mais consistentes com os objetivos empresariais globais.

A centralização elimina esforços duplicados de vários tomadores de decisão e reduz custos

operacionais;

- Funções — como compras e tesouraria — permitem maior especialização e vantagens

com a centralização.

Centralização – Desvantagens:

-As decisões tomadas na cúpula estão distanciadas dos fatos locais e das circunstâncias;

- Os tomadores de decisão no topo têm pouco contato com as pessoas e situações

envolvidas;

- As linhas de comunicação ao longo da cadeia escalar provocam demoras e maior custo

operacional;

- As decisões passam pela cadeia escalar através de pessoas intermediárias e possibilitam

distorções no processo de comunicação das decisões.

Descentralização – Vantagens:

- Os gerentes ficam próximos do ponto no qual devem tomar as decisões. A

descentralização corta os atrasos nas decisões causadas pelas consultas à matriz ou a

supervisores distantes. As pessoas que vivem os problemas são as indicadas para resolvê-

los no local, economizando tempo e dinheiro;

- Aumenta a eficiência e a motivação, aproveita melhor o tempo e a aptidão dos

funcionários, evitando que fujam à responsabilidade;

- Melhora a qualidade das decisões à medida que seu volume e sua complexidade se

reduzem, aliviando os chefes do trabalho decisório. Os altos funcionários concentram-se nas

decisões importantes;

- Reduz a quantidade de papelório e os gastos respectivos. Ganha-se tempo toma-se na

hora uma decisão que levaria vários dias para ser comunicada;

20

Page 22: Apresentação - Evolução da teoria da administração.02

- Os gastos de coordenação são reduzidos em face da autonomia para tomar decisões. Isso

requer uma estrutura organizacional definida, com políticas que definam até onde as

unidades podem tomar suas decisões;

- Permite a formação de executivos locais ou regionais motivados e mais conscientes dos

seus resultados operacionais. A estrutura descentralizada produz gerentes gerais em vez de

simples especialistas.

Descentralização –Desvantagens:

- Falta de uniformidade nas decisões. A padronização e a uniformidade reduzem custos

operacionais. A descentralização provoca perda de uniformidade nas decisões. As reuniões

de coordenação entre o pessoal central e o regional podem reduzir esse problema;

- Insuficiente aproveitamento dos especialistas. Os especialistas de staff(suporte,

assessoria) se concentram na matriz e são mais utilizados, desde que a direção defina as

relações entre a matriz e o campo de atividades para assegurar o equilíbrio;

- Falta de equipe apropriada no campo de atividades. A descentralização requer treinamento

e designação paulatina de funções.

6.5. Outros pontos importantes da Teoria Clássica

- Uma função que se reparte como as outras especiais, onde enfatiza o estudo das

capacidades em que toda classe de empresa, a capacidade principal dos agentes inferiores

é acaracterística profissional da empresa, e a capacidade principal dos grandes chefes é a

característica administrativa;

- Valoriza a necessidade do ensino da administração desde as escolas primárias ao ensino

superior;

- Ênfase na estrutura que a organização deveria possuir para ser eficiente. Partia da

organização e da estrutura como um todo, para garantir eficiência de todas as partes

envolvidas, fossem elas departamentos, seções ou pessoas como executores de tarefas e

ocupantes de cargas;

- A importância da administração perante as demais funções das organizações, onde uma

coexiste com as outras.

6.6. Resultados:A Teoria clássica surgiu da necessidade de utilizar os conceitos válidos e relevantes

da Teoria, expurgando-os dos exageros e distorções típicos do pioneirismo e condensando-

os com outros conceitos válidos e relevantes oferecidos por outras teorias administrativas

mais recentes.A Teoriaclássica é identificada por algumas características marcantes: ênfase

21

Page 23: Apresentação - Evolução da teoria da administração.02

na prática da Administração, reafirmação relativa (e não absoluta) dos postulados clássicos,

ênfase nos princípios clássicos de administração, ênfase nos resultados e objetivos e,

sobretudo, o ecletismo aberto e receptivo.Considera a Administração uma técnica social

básica. Isso leva à necessidade de que o administrador conheça, além dos aspectos

técnicos e específicos de seu trabalho, aspectos relacionados à direção de pessoas dentro

das organizações.Surgiu com o crescimento exagerado das organizações. Uma das

questões foi o dilema sobre centralização versus descentralização. Os neoclássicos

focalizam os fatores de descentralização e as vantagens e desvantagens da

centralização.Enfatiza as funções do administrador: planejamento, organização, direção e

controle.

7. Administração Humanística

22

Page 24: Apresentação - Evolução da teoria da administração.02

Teoria dasRelaçõesHumanas

Elton Mayo

Ênfase nasPessoas enquantoparte da

organização

RELAÇÕESHUMANAS

OrganizaçãoIndustrial

Função econômica:Produzir bens ou

serviços

Função social:Dar satisfações a

seus participantes

Equilíbrioexterno

7.1. Abordagem e Funções Básicas

Essa abordagem visava entender como os processos psicológicos e sociais

interagem com a situação de trabalho para influenciar o desenvolvimento. Desenvolvida na

década de 30 por um grupo de pesquisadores da universidade de Harvard.

A primeira e grande abordagem analisada pelo grupo foi a relações humanas que enfatizava

os relacionamentos de trabalho informal e a satisfação do trabalhador. O grupo era

conhecido como estudos de Hawthorne, Mas vale salientar que mesmo nos estudos da

administração científica já havia indícios das relações humanas. Quando Gilbreths da escola

científica incrementou seus pensamentos. Barnard e Follet, da escola clássica,

influenciaram o desenvolvimento humanístico nos anos de 1930 a 1955. Visa tratar a

organização sob o ponto de vista das pessoas.

Seguidores:- Hug Munsterberg (1911); - John Dewey (1930); Elton Mayo (1933); - Kurt

Lewin (1935); - R. Tannenbaum (1961).

FunçõesBásicas:

Gráfico 01

Gráfico 02

7.2. Georges Elton Mayo

23

Page 25: Apresentação - Evolução da teoria da administração.02

Georges Elton Mayo foi um sociólogo australiano, nascido na cidade de Adelaide,

Austrália, do dia 26 de dezembro de 1880 e falecido aos 07 de setembro de 1949, na cidade

de Polesden, Reino Unido. Foi um dos fundadores e principais expoentes da sociologia

industrial norte-americana. Formou-se em medicina na universidade de Adelaide, trabalhou

na África e lecionou na universidade de Queensland. Ainda naAustrália, estuda as

sociedades aborígenes, que o tornam sensível às múltiplas dimensões da natureza humana.

Durante a primeira guerra mundial,trabalha na análise psicológica de soldados em estado de

choque.

7.3. Estudos de Hawthorne

Os estudos de Hawthorne foram uma série de estudos e experimentos desenvolvidos

entre os anos de 1924 e 1932. Quando a empresa que fabricava equipamentos de

comunicação chamada de Western Electric Company formou um grupo de pesquisadores

formados pela universidade de Harvard, comandado por Elton Mayo e Fritz Rolthlisberger. A

companhia lançou o desafio de que o grupo deveria investigar a influência das condições de

trabalho na produtividade e eficiência dos trabalhadores, em uma das unidades da empresa

localizada fora da cidade de Chicago. Os estudos Haw

Os estudos Hawthorne forneceram alguns resultados interessantes na história da

administração humanística, entre eles, os estágios de projetos, a saber:

1º estágio – Experimentos com iluminação;

2º estágio – Enfatizar primeiramente o bem-estar, a motivação e a comunicação dos

empregados;

3º estágio – As necessidades sociais tinham precedentes sobre as necessidades

econômicas;

4º estágio – Cooperação do grupo e promover a satisfação do trabalho;

5º estágio – Normas grupais consistentes com os objetivos da organização.

No primeiro estágio, os pesquisadores chegaram a conclusão que não houve alteração

sistemática na produção, quando na observação dos operários, surgindo assim um novo

comportamento por parte dos operários, chamado de efeito Hawthorne.

A equipe concluiu que a produtividade poderia ser mais afetada por fatores psicológicos e

sociais do que por influência física e objetiva. Durante esses estágios a equipe entrevistou

vários trabalhadores durante um longo período e realizaram várias dinâmicas de grupo.

24

Page 26: Apresentação - Evolução da teoria da administração.02

7.4. Decorrência da teoria Humanística

- O homem social

- Motivação humana

- Níveis de Necessidades fisiológicas, psicológicas e auto-realização

- Níveis de moral e as atitudes resultantes

- Lideranças autocrata, liberal e democrata

7.5. Pontos positivos da teoria humanística

1. Tratam a organização como grupos de pessoas

2. Enfatizam as pessoas

3. Inspiradas em sistemas de psicologias

4. Delegação de autoridades

5. Autonomia do empregado

6. Confiança e abertura

7. Dinâmica grupal e interpessoal

7.6. Pontos negativos (Críticas a teoria humanística)

- Apresentou visão inadequada dos problemas de relações industriais

- Oposição cerrada à teoria clássica

- Limitação no campo experimental e parcialidade nas conclusões

- Pouca atenção foi dada a estrutura organizacional

- Ênfase exagerada nos grupos informais

7.7. Um pioneiro das relações humanas

25

Page 27: Apresentação - Evolução da teoria da administração.02

Em 1837, um varejista inglês William Procter e James Gamble formaram uma

sociedade para fazer sabão e velas.

Em 1883, com o crescimento substancial da sociedade, o neto de William, William Cooper

Procter, deixa a universidade para trabalhar na empresa. Ele quis conhecer o processo de

fabricação e aforma de trabalho dos operários, então ele começou no chão da fábrica

manipulando resina e outros serviços grosseiros, almoçava com os operários, conhecendo

assim seus sentimentos a respeito do trabalho.

Assim com base em suas próprias experiências, ele acreditava que aumentando o

comprometimento psicológico com a empresa, conduziria a uma maior produtividade. Então

ele começou a dividir o lucro com os trabalhadores. Mas ainda o plano não estava completo,

pois os trabalhadores entendiam que o lucro era simplesmente uma forma compensatória

dos esforços. William viu que era preciso injetar uma dose mais forte a ponto de entenderem

que a forma compensatória era no sentido de melhorar na qualidade do serviço.

7.8. Síntese da administração humanística

Princípios Ênfases Estudos

A administração é formada

por pessoasHumanizar a administração Motivação

Delegação de autoridadesDemocratiza a

administraçãoLiderança

Confiança e abertura Sistema social Redes de comunicação

Dinâmica de grupo

RELAÇÕES HUMANAS

TABELA 01

26

Page 28: Apresentação - Evolução da teoria da administração.02

8. Administração Burocrática

8.1. Definição

A palavra burocracia em seu sentido original indica a forma de organização que se

baseia na racionalização das leis, também chamada do tipo ideal de burocracia. Os

primeiros estudos sobre a burocracia foi desenvolvida em língua alemã, na década de20.

Somente nos anos 40 que suas bases foramtraduzidas para o inglês.

A sociedade e as organizações formam sistemas de normas impessoais. São as

normas que regem o comportamento das pessoas, ao contrário dos tempos primitivos onde

os governantes era que comandava o comportamento das pessoas. O tipo ideal é um

modelo abstrato e descritivo. É um esquema que procura sintetizar os pontos comuns à

maioria das organizações formais modernas.

As organizações burocráticas são descrita como máquinas totalmente impessoais, ou seja,

é funcional perante regras racionais que dependem simplesmente de lógicas e nunca de

interesse pessoais.

Em suma, todas as organizações têm o seu papel burocrático no sentido que se

fundamentam em autoridade legal-racional, ou seja, a autoridade das leis. Para Weber,

criador da burocracia, é a forma mais íntegra de exercer a administração no sentido de que

o exercício da autoridade se obtém na obediência, continuidade, disciplina, rigor e rapidez.

8.2. Emil Maximillian Weber

Foi um sociólogo, advogado e historiador social alemão, pesquisador das

organizações formais e autor do conceito de tipo ideal de burocracia. Autor do livro: The

theoryof social andeconomicorganizations.Para Weber, o modelo ideal para a administração

era a abordagem burocrática.

8.3. Pensamentos de Weber

Acreditava que o tipo ideal da administração pudesse romper com os mais variados

resultados numa organização onde os administradores possuíssem diferentes habilidades,

experiências e objetivos. Ele recomendava que os cargos em uma empresa fossem

ocupados de maneira tal que não houvesse a descentralização na organização. Assim,

trocando de funcionário, para o mesmo cargo, não havia mudança ou desintegração na

organização.

27

Page 29: Apresentação - Evolução da teoria da administração.02

Ele enfatizava a existência de uma rede estruturada e formal de relacionamento

entre posições especializadas numa organização. As regras e regulamentos eram

responsáveis pela obtenção do comportamento dos funcionários, deixando-os padronizados

e uniformes quanto à obediência frente às tarefas e subordinação. Tendo uma estrutura

onde a hierarquia possa ser bem vista nas mais diversas posições, o foco seria então

transportado para a posição e não no indivíduo que se encontra naquele patamar.

Ele acredita que, em uma grande empresa as burocracias são especialmente

importantes, pelo fato de promoverem habilidades especializadas, eliminando assim

opiniões subjetivas por parte dos administradores.

8.4. Críticas à burocracia

- Nem todas as organizações podem adotar o tipo ideal, pois algumas não são

apropriadas, ou seja, em uma tomada de decisão rápida e flexível, pode sofrer frente a

abordagem burocrática, pois nem todas as pessoas se adéquam as normas, regras e

procedimentos aplicados em espaço de tempo curto;.

- Na burocracia, entende-se que não pode ser delegada autoridade excessiva a

muitas pessoas, pois os procedimentos podem torna-se o fim em vez de meios, ou ainda ou

administradores podem ignorar regras e regulamentos;

- Uma vez estabelecido é muito difícil desmantê-la;

- Ignora a importância das pessoas e dos relacionamentos interpessoais;

- Acumulo de poder, levando a uma administração autoritária.

8.5. Conceitos Chaves – (Pontos positivos)

- Rede formal e estruturada de relacionamento entre posições especializadas numa

organização;

- Regras e regulamentos padronizam o comportamento;

- Cargos são assessorados por especialistas treinados que seguem as regras;

- Hierarquia define o relacionamento entre os cargos,

- Promove desempenho eficiente das atividades organizacional rotineiras;

- Elimina o julgamento subjetivo dos empregados e administradores;

- Enfatiza a posição ou cargo dos administradores.

28

Page 30: Apresentação - Evolução da teoria da administração.02

9. Administração Sistemática

9.1. Abordagem Sistêmica da Administração

A curiosidade e a necessidade de se verificar a maneira pela qual eram estruturadas

as organizações trouxeram contribuições significativas à busca da eficiência. A fim de

avaliar de que maneira os sistemas organizacionais e administrativos eram estruturados e

quais mecanismos eram necessários para que funcionassem como o previsto, matemáticos

e sociólogos encontraram um ponto comum na investigação de como as organizações

funcionavam como sistemas. Baseada nessa abordagem cientifica e voltada para os

detalhes da organização, a teoria dos sistemas fornece um meio para interpretar as

organizações.

9.2. Norbert Wiener

Norbert Wiener nasceu em 1894, em 26 de novembro, em Columbia (Missouri). Seu

pai, Leo Wiener, uma vez um professor de línguas eslavas na Universidade de Harvard, veio

da Byelostok na Rússia czarista. Uma criança muito precoce, com um pai que decidiu tornar

seu filho um estudioso eminente, foi agraciado com um doutoramento de Harvard com a

idade de 18 anos. Em seguida, ele estudou Filosofia, Lógica e Matemática em Cambridge

(Inglaterra) e Göttingen sob Bertrand Russell e Hilbert David, entre outros. Sua primeira

mensagem de importância foi a de instrutor de matemática no MIT em 1919, seguida pela

de professor adjunto em 1929 e do professor em 1931. Em 1945, ele trabalhou com Artur

Rosenblueth na Cidade do México, no Instituto Nacional de Cardiologia, e teve um impacto

importante sobre as suas ideias sobre a ciência que viria a ser chamada Cibernética. Em

1964, em 18 de março, Norbert Wiener morreu em Estocolmo, de um ataque cardíaco.

Em seu livro ele define a cibernética como o estudo da regulação e controle em sistemas,

com ênfase sobre a natureza do feedback.

9.3. Pontos marcantes

- A Teoria Geral dos Sistemas tem por finalidade identificar as propriedades, princípios e leis

característicos dos sistemas em geral, independentemente do tipo de cada um, da natureza

de seus elementos componentes e das relações entre eles.

- A Teoria Geral dos Sistemas é interdisciplinar, isto é, pode ser utilizada para fenômenos

investigados nos diversos ramos tradicionais da pesquisa cientifica. Ela não se limita aos

sistemas materiais, mas aplica-se a todo e qualquer sistema constituído por componentes

em interação.

29

Page 31: Apresentação - Evolução da teoria da administração.02

- A Teoria Geral dos Sistemas pode ser desenvolvida em várias linguagens matemáticas,

em linguagem escrita ou ainda computadorizada.

- Tem uma particular importância para as ciências sociais, além de apresentar um estreito

relacionamento entre a teoria e sua aplicação a diversas áreas do conhecimento humano.

- A teoria de sistemas possibilitou a unificação de diversas áreas do conhecimento, pois

“sistema é um conjunto de elementos em interação e intercâmbio com o meio ambiente.

9.4. Tipos de sistemas

Uma distinção importante para a teoria da organização é a classificação das

organizações em sistemas fechados ou abertos.

- Um sistema fechado é aquele que não realiza intercâmbio com o seu meio externo,

tendendo necessariamente para um progressivo caos interno, desintegração e morte. Nas

teorias anteriores da Administração, a organização era considerada suficientemente

independente para que seus problemas fossem analisados em torno de estrutura, tarefas e

relações internas formais, sem referência alguma ao ambiente externo, pois as atenções

estavam concentradas apenas nas operações internas da organização, adotando-se, para

isso, enfoques racionalistas.

- Um sistema aberto é aquele que troca matéria e energia com o seu meio externo. A

organização é um sistema aberto, isto é, um sistema mantido em importação e exportação,

em construção e destruição de componentes materiais, em contraste com os sistemas

fechados de física convencional, sem intercâmbio de matéria com o meio. Considerando a

perspectiva de sistema aberto, podemos dizer que um sistema consiste em quatro

elementos básicos:

a) Objetivos: são partes ou elementos do conjunto. Dependendo da natureza do sistema, os

objetivos podem ser físicos ou abstratos.

b) Atributos: são qualidades ou propriedades do sistema e de seus objetos.

c) Relações de interdependência: um sistema deve possuir relações internas com seus

objetos. Essa é uma qualidade definidora crucial dos sistemas. Uma relação entre objetos

implica um efeito mútuo ou interdependência.

d) Meio ambiente: os sistemas não existem no vácuo, são afetados pelo seu meio

circundante.

9.5. Pontos críticos

1- Todas as partes de um sistema são relacionadas. Assim, uma alteração numa das partes

do sistema causa necessariamente uma mudança em todas as demais. Isso significa que a

otimização dos objetivos requer uma integração do próprio sistema.

30

Page 32: Apresentação - Evolução da teoria da administração.02

2- Em vista da grande complexidade que existe no relacionamento entre as variáveis do

sistema e em razão dos muitos laços que interligam os subsistemas, os efeitos das

mudanças que incidem sobre o modelo são contra-intuitivos e devem ser analisados pela

construção e validação de um modelo.

3- Quanto mais rápida a informação e quanto menor o número de estágios de um sistema,

menores serão as oscilações produzidas por uma perturbação, e mais rápidas será à volta

ao equilíbrio.

31

Page 33: Apresentação - Evolução da teoria da administração.02

10. Administração Contingencial

10.1. Definição

A palavra Contingência significa algo incerto ou eventual, que pode suceder ou não.

Dentro de um aspecto mais amplo, a Abordagem Contingencial salienta que não se atinge a

eficácia organizacional seguindo um único e exclusivo modelo organizacional, ou seja, não

existe uma forma única que seja melhor para organizar no sentido de alcançar os objetivos

altamente variados das organizações dentro de um ambiente também altamente variado.

Os estudos atuais sobre as organizações complexas levaram a uma novaperspectiva

teórica: a estrutura de uma organização e seu funcionamento é dependente da interface

com o ambiente externo.A mais notável contribuição dos autores da abordagem

contingencial está na identificação das variáveis que produzem maior impacto sobre a

organização, como ambiente e tecnologia, para então predizer as diferenças na estrutura e

no funcionamento das organizações devidas às diferenças nestas variáveis.

A Abordagem Contigencial marca uma nova etapa no estudo da Teoria Geral da

Administração, assumindo uma abordagem eclética, comparando as demais teorias

administrativas existentes à luz dessas variáveis, aplicando seus diversos princípios em

cada situação distinta de cada organização. A Teoria da Contingência é um passo além da

Teoria de Sistemas em Administração. A visão contingencial da organização e de sua

administração sugere que uma organização é um sistema composto de subsistemas e

delineado por limites identificáveis em relação ao seu supra-sistema ambiental.

10.2. Surgimento da Contingência

A Teoria da Contingência nasceu a partir de uma série de pesquisas feitas para

verificar os modelos de estruturas organizacionais mais eficazes em determinados tipos de

indústrias.

Os pesquisadores, cada qual isoladamente, procuraram confirmar se as organizações

eficazes de determinados tipos de indústrias seguiam os pressupostos da Teoria Clássica,

como a divisão do trabalho, a amplitude de controle, a hierarquia de autoridade etc. Os

resultados surpreendentemente conduziram a uma nova concepção de organização: a

estrutura de uma organização e o seu funcionamento são dependentes da interface com o

ambiente externo.

Em outros termos, não há uma única e melhor forma de organizar (thebestway).

32

Page 34: Apresentação - Evolução da teoria da administração.02

São apresentadas pelos autores da escola contingencial, duas variáveis principais que

determinam toda a organização da empresa e os relacionamentos entre suas partes:O

ambiente e a tecnologia.

10.3. Pesquisadores da Teoria Contingencial

PESQUISA DE CHANDLER

Em 1962, Alfred Chandler Jr. Realizo uma das mais sérias investigações históricas

abordando a estratégia de negócios. Estudou quatro grandes empresas americanas: a

DuPont, a General Motors, a StandarOilCo.(New Jersey) e a Sears Roebuck&Co;

demonstrou que as estruturas destas empresas foram necessariamente adaptadas e

ajustadas às suas estratégias durante todo um processo histórico envolvendo quatro fases

distintas:

- Acumulação de Recursos: A expansão da rede ferroviária iniciada após a Guerra da

Secessão Americana ocasionou o fortalecimento do mercado de ferro e aço e o moderno

mercado de capitais, com isso houve um rápido crescimento urbano gerado pela facilidade

da estrada, como a migração rural e o início da imigração européia. As empresas tiveram

que ampliar suas instalações de produção e organizar uma rede de distribuição, passaram

então a deter o mercado de matérias-primas através da compra de empresas fornecedoras.

Daí o controle por Integração Vertical  que possibilitou o aparecimento da economia em

escala.

- Racionalização do Uso de Recursos: As novas empresas integradas tornaram-se grande e

passaram a Ter a necessidade de serem organizadas pois tinham muito recursos

desnecessários ( instalações e pessoal). Haveria então a criação de uma estrutura funcional

para a redução de custos, pois esta racionalização e a nova estrutura deveriam estar

adequadas às oscilações de mercado, para isto se preocupavam com planejamento,

organização e coordenação.

- Continuação do Crescimento: A reorganização geral ocasionou um aumento de eficiência

nas vendas, compras, produção e distribuição, mas em contrapartida os lucros baixaram, o

mercado saturou-se, diminuindo a oportunidade de se reduzir os custos. As empresas

partiram então para a diversificação ( próxima de novos mercados e novos produtos). A

antiga estrutura funcional não estava preparada para essa diversificação. A nova estratégia

gerou o surgimento de departamentos de pesquisa e desenvolvimento, engenharia do

produto e desenho industrial.

- Racionalização do uso de recursos em expansão: O suporte de autoridade e comunicação

da estrutura funcional, sem terem como atender à cumplicidade crescente de produtos e

operários, levou à nova estrutura divisional  departamentalizada.

33

Page 35: Apresentação - Evolução da teoria da administração.02

De um lado a descentralização de operações e, de outro, a centralização de controles

administrativos.

PESQUISA DE BURNS E STALKER

Tom Burns e G. M Stalker, dois sociólogos industriais, pesquisaram em 1961 vinte

indústrias inglesas procurando analisar a correlação entre as práticas administrativas e o

ambiente externo dessas indústrias. Classificaram as indústrias em dois tipos: organizações

mecanisticas e orgânicas.Comentam os autores que o sistema "mecanista" parecia ser

apropriado a uma empresa que opera em condições ambientais relativamente estáveis, o

outro, orgânico, parecia exigido pelas condições ambientais em transformação.

- Sistema mecanista:   A administração é baseada na hierarquia como demostrado em

organogramas. É um sistema vertical onde as operações, o sistema de trabalho, as

informações seguem o padrão de comando do superior ao funcionário. Devendo o indivíduo

executar esta tarefa para o retorno ao superior, sem se preocupar com a cumplicidade de

seu trabalho na totalidade da organização.

- Sistema orgânico:  É adaptado a condições instáveis, os sistemas de trabalho são

atribuídos a especialistas que executam suas tarefas com o conhecimento global da

importância delas passa a empresa. Os indivíduos se interagem em suas funções. A

situação efetua-se tanto lateral como verticalmente. Há a comunicação entre indivíduos de

categorias diferentes e hierarquias diferentes, a chefia passa a ser parte do grupo, todos

buscando um êxito comum.

PESQUISA DE LAWRENCE E LORSCH

Pesquisaram sobre organização e ambiente marcando o aparecimento da Teoria da

Contingência. Entre três empresas diferentes concluíram que os problemas básicos de

organização são a diferenciação e a integração. É um processo gerado por pressões, no

sentido de obter unidade de esforços e coordenação entre vários departamentos.

Foram escolhidas as indústrias de plásticos, alimentos empacotados e de recipientes de alto

e baixo desempenho, ambientes industriais de diferentes graus, desde ambientes de rápida

mudança tecnológica até ambientes estáveis que exigem pequena diferença deorganização.

PESQUISA DE JOAN WOODWARD

Socióloga industrial inglesa, pesquisou sobre os princípios de administração em 100

empresas de diferentes tipos com média de 100 a 8.000 empregados.

Cem empresas foram classificadas em três grupos de tecnologia de produção cada qual

desenvolvendo diferentes maneiras de produzir.

34

Page 36: Apresentação - Evolução da teoria da administração.02

- Produção Unitária : é feita por unidades ou pequenas quantidades. Os trabalhadores usam

variadas ferramentas. O processo de produção é menos padronizado.

- Produção em massa : é feita em grande quantidade. Os trabalhadores operam máquinas e

linha de produção ou montagem padronizados. Como as montadoras de veículos.

- Produção em Processo : um ou mais operários lidera um processo total ou parcial de

produção. A participação humana é pouco usada. Ex: as refinarias de petróleo, as

siderúrgicas, etc. Nessas três tecnologias, casa uma tem um processo de produção

diferente. A tecnologia extrapola a produção influenciando toda a organização empresarial.

10.4. Ambiente

Ambiente

Ambiente é tudo aquilo que envolve externamente uma organização (ou um sistema).

É o contexto dentro do qual uma organização está inserida. Como a organização é um

sistema aberto, ela mantém transações e intercâmbio com seu ambiente. Isto faz com que

tudo o que ocorre externamente no ambiente passe a influenciar internamente o que ocorre

na organização. Como o ambiente é vasto, complexo, envolvendo tudo o mais ao redor da

organização, ele pode ser analisado em dois segmentos:

1. Ambiente Geral: é o macroambiente, ou seja, o ambiente genérico e comum a todas as

organizações. O ambiente geral é constituído de um conjunto de condições semelhantes

para todas as organizações. As principais dessas condições são:condições tecnológicas;

condições econômicas; condições políticas; condições legais; condições demográficas;

condições ecológicas e condições culturais.

2. Ambiente de Tarefa: é o ambiente mais próximo e imediato de cada organização. È o

segmento do ambiente geral do qual uma determinada organização extrai as suas entradas

e deposita suas saídas. Ambiente tarefa é constituído por: · fornecedores de entradas;

clientes ou usuários; concorrentes; entidades reguladoras.

O grande problema com que as organizações de hoje se defrontam é a incerteza.

Aliás, a incerteza é o grande desafio atual da Administração. Contudo, a incerteza não está

no ambiente. A incerteza está na percepção e na interpretação das organizações e não na

realidade ambiental percebida. Parece mais adequado falar-se em incerteza na

organização, pois o mesmo ambiente pode ser percebido de maneiras diferentes por duas

organizações.

10.5. Tecnologia

Sob um ponto de vista administrativo, consideraremos a tecnologia como algo que se

35

Page 37: Apresentação - Evolução da teoria da administração.02

desenvolve predominantemente nas organizações, em geral, e nas empresas, em particular,

através de conhecimentos acumulados e desenvolvidos sobre o significado e execução de

tarefas - know-how - e pelas suas manifestações físicas decorrentes - máquinas,

equipamentos, instalações - constituindo um enorme complexo de técnicas usadas na

transformação dos insumos recebidos pela empresa em resultados, isto é, em produtos e

serviços. A tecnologia pode estar ou não incorporada a bens físicos. A tecnologia

incorporada está contida em bens de capital, matérias-primas intermediárias e componentes

etc. (hardware). A tecnologia não incorporada encontra-se nas pessoas - como técnicos,

peritos, especialistas, engenheiros, pesquisadores - sob formas de conhecimentos

intelectuais ou operacionais, facilidade mental ou manual para executar as operações, ou

em documentos que a registram e visam assegurar sua conservação e transmissão - como

mapas, plantas, desenhos, projetos, patentes, relatórios (software).

Em suma, tecnologia é o conhecimento que pode ser utilizado para transformar elementos

materiais em bens ou serviços, modificando sua natureza ou suas características.

A tecnologia tem a propriedade de determinar a natureza da estrutura e do comportamento

organizacional. Existe um forte impacto da tecnologia sobre a vida, natureza e

funcionamento das organizações.

A tecnologia, em nome do progresso, cria incentivos em todos os tipos de empresas, para

levar os administradores a melhorarem cada vez mais a eficácia, mas sempre dentro do

critério normativo de produzir eficiência.

10.6. Pontos positivos

- São unânimes na rejeição dos princípios universais da Administração: não existe uma

melhor maneira de administrar ou organizar;

- Esta supre a administração de conceitos, instrumentos, diagnósticos, métodos e técnicas

apropriadas para a análise e resolução de problemas situacionais;

- Esta também é aplicável a um sem-número de habilidades administrativas, principalmente

àquelas que envolvem componentes comportamentais;

- A falta de consonância entre uma organização e seu ambiente conduz a ineficiência.

Nesta, o comportamento de uma subunidade é dependente de suas relações ambientais

com outras unidades ou subunidades que têm algum controle sobre as conseqüências.

- A abordagem contingencial aceitou as premissas básicas da Teoria de Sistemas a respeito

da interdependência e natureza orgânica da organização, bem como o caráter aberto e

adaptativo das organizações e a necessidade de preservar-se a sua flexibilidade em face

das mudanças ambientais. A abordagem ainda permite proporcionar meios para mesclar a

teoria com a prática, dentro de uma integração sistêmica, algo difícil na Teoria de Sistemas.

36

Page 38: Apresentação - Evolução da teoria da administração.02

- Ela é eminentemente eclética e interativa, manifestando uma tendência a absorver os

conceitos das outras teorias, no sentido de alargar os horizontes e mostrar que nada é

absoluto. A idéia central é de que não há um método ou técnica geralmente válidos, ótimos

ou ideais para todas as situações: o que existe é uma variedade de alternativas de métodos

ou técnicas proporcionados pelas diversas teorias administrativas, um dos quais poderá ser

o mais apropriado para uma determinada situação.

10.7. Pontos negativos

Todas as organizações apresentam problemas pois as contingências impostas por

diferentes tecnologias são importantes para a organização e sua administração.

Uma organização comprometida com uma tecnologia específica pode perder a chance de

produzir um outro produto para outras organizações de tecnologias mais flexíveis pois a

cada dia a tecnologia fica mais especializada e a flexibilidade da organização de

rapidamente passar de um produto para outro pode decrescer.

Se a empresa já for dotada de grandes recursos e aplicar-se em um novo campo de

atividades ou produtos, pode usufruir do surgimento de novas tecnologias e assim facilitar

tal chance. Mas, a medida em que a tecnologia se torna mais complexa, a empresa passa a

Ter menos controle sobre o processo tecnológico global, e assim ficando dependente de

outras empresas do ambiente de tarefa. Dependência crescente de especialistas, de

treinamento prévio feito por outras organizações que exigem mais integração e

coordenação.

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Page 39: Apresentação - Evolução da teoria da administração.02

11. Administração por Objetivos

11.1. Características da APO

A APO apresentam as seguintes características:

1- Estabelecimento conjunto de objetivos entre o executivo e o seu supervisor: A

maior parte dos sistemas de APO utiliza essa característica. Tanto o executivo quanto o seu

superior participam do processo de estabelecimento e fixação de objetivos. Essa

participação, no entanto, varia muito conforme o sistema adotado. A participação do

executivo pode variar indo desde sua simples presença durante as reuniões, onde pode ser

ouvido até a possibilidade de o executivo iniciar a proposta de reestruturação do trabalho

com relativa autonomia no desenvolvimento do plano.

2- Estabelecimento de objetivos para cada departamento ou posição:Basicamente, a

APO está fundamentada no estabelecimento de objetivos por posições de gerência. Os

objetivos, em alto nível, podem ser denominados objetivos, metas, alvos ou finalidades,

porém, a idéia básica é a mesma: determinar os resultados que um gerente em determinado

cargo deverá alcançar. Freqüentemente, os sistemas de APO definem objetivos

quantificados (numéricos) e com tempos predeterminados.

3- Interligação dos objetivos departamentais: Sempre existe alguma forma de

correlacionar os objetivos dos vários órgãos ou gerentesenvolvidos, mesmo que nem todos

os objetivos estejam apoiados nos mesmo princípios básicos. Essa ligação é virtualmente

automática, envolvendo objetivos comerciais com objetivos de produção.

4- Ênfase na mensuração e no controle:A partir dos objetivos departamentais

traçados, o gerente pode elaborar os Planos Táticosadequados para alcançá-los da melhor

maneira. Assim, os planos táticos constituirão os meioscapazes de alcançar aqueles

objetivos departamentais. Na seqüência, os planos táticos serãodesdobrados e melhor

detalhados em planos operacionais.Torna-se necessário mensurar os resultados obtidos e

compará-los com os resultadosplanejados. É exatamente a mensuração e o controle que

causam as maiores dificuldades deimplantação da APO, pois, se o resultado não pode ser

medido, é melhor esquecer o assunto.

5- Contínua avaliação, revisão e reciclagem dos planos:O executivo, de posse dos

planos estratégicos da empresa (de longo prazo), elabora osplanos táticos de seu

departamento (médio prazo) e operacionais com seus subordinados (curtoprazo).Os

resultados da execução dos planos são continuamente avaliados e comparados com

osobjetivos fixados. Em função dos resultados obtidos, procede-se à revisão, ao reajuste

dos planos oua alterações nos objetivos estabelecidos.

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Page 40: Apresentação - Evolução da teoria da administração.02

6- Participação atuante da chefia:Há grande participação do superior. A maior parte

dos sistemas de APO envolve mais osuperior do que o subordinado. Há casos em que o

superior estabelece os objetivos, “vende-os”,mensura-os e avalia o progresso. Esse

progresso freqüentemente usado é muito mais controle porobjetivos do que Administração

por Objetivos.

11.2. Planejamento Estratégico

É a maneira pela qual a empresa pretende aplicar determinada estratégia para

alcançar osobjetivos propostos é global e em longo prazo, dividindo-se em 4 fases:

1. Formulação dos objetivos organizacionais – Esse estágio serve para identificar as

alternativasestratégicas relevantes, ou seja, em qual direção estratégica a organização,

como um todo, deve sedirigir.

2. Análise interna da empresa – Analise interna dos pontos fortes e fracos que a

organização possui.A análise interna possui: Análise dos recursos, Análise da estrutura

organizacional, Avaliação dodesempenho da empresa.

3. Análise externa da empresa - Mapear as condições externas da organização no sentido

de fazerum conjunto de previsões sobre o futuro dessas condições. Essa análise externa

envolve: Mercadosabrangidos pela empresa, Concorrência ou competição e Fatores

externos.

4. Estágio da formulação da estratégia - No quarto estágio do planejamento estratégico

formulam-seas alternativas que a organização pode adotar para alcançar os objetivos

organizacionaispretendidos, tendo em vista as condições internas e externas. De um modo

genérico, o planejamentoestratégico da organização refere-se ao produto (bens que a

organização produz ou serviço quepresta) ou ao mercado (onde a organização coloca seus

produtos ou bens onde presta serviços).

11.3. Modelos de Administração por Objetivas

1. Modelo de Humble: Define a APO como “um sistema dinâmico que procura

integrar as necessidades da companhia em definir seus alvos de lucro e crescimento com a

necessidade de o gerente em contribuir e desenvolver-se.

2. Modelo de Odiorne: Propõe um modelo de APO composto de um ciclo de sete

etapas:

a) Delineamento dos objetivos organizacionais a serem alcançadas e estabelecimento de

medidas de desempenho da organização;

b) Revisão da estrutura da organização em função dos objetivos pretendidos;

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Page 41: Apresentação - Evolução da teoria da administração.02

c) A partir das duas etapas, cada subordinado, por sua vez, propõe alvos e medidas de

avaliação para seu próprio trabalho;

d) O superior e seus subordinados chegam a um acordo comum, levando-se em

consideração os objetivos da organização, bem como as medidas de desempenho da

organização;

e) Acompanhamento sobre resultados periódicos do trabalho do subordinado. Consideram-

se aqui novas entradas de dados e situações capazes de modificar os objetivos e

abandonam-se os alvos inadequados;

f) Avaliação periódica e cumulativa dos resultados do trabalho do subordinado em relação

aos alvos estabelecidos para ele;

g) Avaliação do desempenho da organização como um todo.

11.4. Apreciação crítica da APO

A APO envolve:

- Um processo político (definição política dos propósitos que animam a organização);

- Um processo de planejamento (o planejamento estratégico e o planejamento tático);

- Um processo de direção (envolvendo a supervisão e a execução).

É comum que um ou mais desses três processos não funcionem bem. Embora constituam

excelentes ferramentas administrativas, a APO tem seus pontos frágeis. A estratégia

organizacional é uma faca de dois gumes: A estratégia tem suas enormes vantagens e suas

enormes desvantagens. Para cada vantagem associada à estratégia corresponde uma

desvantagem associada, como por exemplo:

1. A estratégia fixa a direção e norteia as atividades da organização.

Vantagem: o papel primordial da estratégia é mapear o curso de uma organização para que

ela possa navegar coesa através do seu ambiente de negócios.

Desvantagem: A direção estratégica pode se transformar em um percurso perigoso, pois

seguir um curso predeterminado em águas desconhecidas é a maneira mais fácil de chocar

comum iceberg. A direção é importante, mas e melhor movimentar-se para frente olhando

para cada lado.

2. A estratégia focaliza e integra o conjunto de esforços.

Vantagem: A estratégia promove a coordenação das atividades para evitar que as pessoas

puxem e direções diferentes.

Desvantagem: O pensamento grupal surge apenas quando o esforço é excessivamente

focalizado e pode não haver visão periférica para abrir outras possibilidades.

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Page 42: Apresentação - Evolução da teoria da administração.02

3. A estratégia define a organização

Vantagem: A estratégia proporciona uma forma envolvente para que as pessoas possam

entender a sua organização e distingui-la das demais.

Desvantagem: definir a organização com excesso de exatidão pode simplificaras coisas e

até certo ponto estereotipar seu comportamento, perdendo a visão da riqueza e

complexidade dotodo.

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Page 43: Apresentação - Evolução da teoria da administração.02

12. Administração Estratégica

12.1. Definição

Administração estratégica é um conjunto de orientações, decisões e ações

estratégicas que determinam o desempenho superior de uma empresa em longo prazo, a

saber:

• Análise profunda dos ambientes internos e externos

• Formulação da estratégia (planejamento estratégico em longo prazo)

• Implementação da estratégia

• Avaliação e controle

Também é uma administração que, de forma estruturada, sistêmica ou intuitiva, consolida

um conjunto de princípios, normas e funções para alavancar harmonicamente o processo de

planejamento da situação futura desejada da empresa como um todo e seu posterior

controle dos fatores ambientais, bem como a organização e direção dos recursos

empresariais de forma otimizada com a realidade ambiental e com a maximização das

relações pessoais.

Resumidamente poderíamos conceituá-la como sendo a administração voltada a

fortalecer as competências da organização com vistas à obtenção da vantagem competitiva

ante a concorrência. O administrador estratégico é o responsável por criar um clima

organizacional propício para a implementação do plano a partir do envolvimento da alta-

administração e lideranças intermediárias, criando sincronia, sintonia e sinergia em todos os

envolvidos no processo, o que somente ocorrerá com a clara comunicação dos benefícios

almejados, uma vez que empreitadas de longo prazo tendem a perder foco e força com o

passar do tempo.

12.2. Modelo de Tomada de decisões Estratégicas

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Page 44: Apresentação - Evolução da teoria da administração.02

12.3. Componentes da estratégia

12.4. Pontos críticos – (negativos X positivos)

Objetivos que abrangem questões lucrativas e não lucrativas: Dada a diversidade de

interesses, dos acionistas, referidos na definição da missão, não é surpresa nenhuma que a

maioria das organizações tenha objetivos que sejam de natureza lucrativa a não lucrativa. 

Objetivos que podem ser alcançados com um esforço extra: Os melhores objetivos

parecem ser aqueles que requerem da organização um esforço suplementar, para serem

alcançados. Costumam-se chamar a estes objetivos manifestamente importantes e quase

impossíveis. Ao estabelecer constantemente objetivos que exijam mais esforço, é mais

provável que a organização consiga atingir todo o seu potencial. Mas isto não quer dizer que

se deva estabelecer sempre objetivos muito difíceis, pois objetivos irrealistas podem causar

danos graves na organização. 

Objetivos que incluem a variável "tempo": Virtualmente, todos os objetivos requerem

a concepção temporal, se é que são para ter alguma utilidade. A definição dos objetivos não

terá sentido se não incluírem limitações de tempo.

Objetivos que facilitam os compromissos: Dada a grande variedade de objetivos que

são definidos, alguns podem acabar por se contradizer. É pois preciso ter em atenção a

escolha de objetivos que não comprometam a possibilidade de encontrar um compromisso

entre duas escolhas.  

Objetivos que minimizam os conflitos: Aqueles que forem bem especificados, sem

ambigüidades e que não ponham os membros da organização em rivalidade, minimizam a

possibilidade do aparecimento de conflitos. Os objetivos são à base do comportamento

cooperativo na gestão. Se concentrarmos os esforços no progresso global da empresa, em

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Page 45: Apresentação - Evolução da teoria da administração.02

vez de ser nos departamentos e secções, podem-se criar relações intra-organizacionais

benéficas, tais como a partilha de informações e recursos. 

Objetivos que possam ser quantificados.

Objetivos que evitam conseqüências indesejáveis: Muitos riscos se podem correr, ao

definir objetivos e maneiras de quantificá-los, sem ter em conta as ramificações dos

comportamentos que este pode motivar. Se os gestores não forem suficientemente

cuidadosos, podem estar a causar comportamentos indesejáveis, provocados pela má

medido do desempenho

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Page 46: Apresentação - Evolução da teoria da administração.02

13. Administração Participativa:

13.1. Histórico da Administração Participativa

No início da década de 1980, o interesse pelo tema da participação no trabalho ou

pela administração participativa foi enfatizado no mundo ocidental, principalmente a partir

do declínio da hegemonia econômica dos Estados Unidos, caracterizado pela queda da

produtividade das suas empresas e conseqüente perda de competitividade dos seus

produtos em quase todos os mercados do mundo, inclusive em suas próprias fronteiras,

verificado a partir do extraordinário avanço dos produtos produzidos em países orientais

(Japão, Coréia, Cingapura e Taiwan), com melhor qualidade e preços. Associam-se a esse

fato, também como justificativa pela atenção que a participação vem recebendo nos países

de economia emergente como o Brasil, as experiências participativas ocorridas e

consolidadas em outros centros irradiadores de padrões de eficiência e de tecnologia no

mundo. Como exemplo dessas experiências podem ser citados a co-gestão nas empresas

alemãs, o modelo escandinavo de participação dos empregados cuja experiência mais

conhecida é da empresa sueca Volvo, na localidade de Kalmar, o modelo francês (Comité

d’Enterprise), o inglês (Labor Management Joint Comittee) e, principalmente, o modelo

participativo japonês, que é reconhecido como responsável pela recuperação da sua

economia no pós-guerra e pela indiscutível posição de importância e de eficiência que a

economia japonesa ocupa no cenário mundial. Poderiam ser mencionadas também as

experiências das empresas auto-geridas na Iugoslávia e dos kibutzim em Israel.

13.2. Pontos críticos (positivos e negativos)

Ao apontar para a necessidade de novas visões para entender a nova

realidade, observa que essas visões devem se basear na consciência do estado de inter-

relação e interdependência essencial que existe em todos os fenômenos quer sejam físicos,

biológicos, psicológicos, sociais ou culturais. Nesse sentido é recomendável que as

conclusões sobre a realidade aqui estudada não sejam vistas como verdades isoladas, mas

sim como verdades que devem ser interpretadas como interdependentes entre si, isto é,

como aspectos que podem influenciar e ser influenciados pelo contexto da empresa

pesquisada. Muito embora a natureza deste trabalho seja a de um Estudo de Caso,

analisando, portanto, uma realidade específica sujeita a variáveis e condicionantes próprios

e que não necessariamente afetam na mesma proporção outras empresas. Para a empresa

pesquisada, destacam-se os seguintes:

- Verificou-se a existência de uma clara intenção dos Acionistas Majoritários de expressarem

publicamente seus valores e liderarem pessoalmente o processo de mudança de uma

empresa centralizadora e paternalista para uma empresa participativa;

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Page 47: Apresentação - Evolução da teoria da administração.02

- Em entrevista sobre o histórico do processo constatou-se que os principais níveis de

liderança da empresa foram envolvidos na definição da Missão e Filosofia da Empresa e no

processo de mudança como um todo;

- A empresa possui uma área de recursos humanos, preparadas e sensíveis para aplicar

políticas e programas consistentes com a Missão e Filosofia da Empresa;

- A empresa possui uma estrutura organizacional claramente definida;

- Existe na empresa uma continuidade administrativa, talvez decorrente do fato dos

acionistas majoritários estiver à frente do negócio.

- A administração participativa é um tema atual, embora alguns autores o coloquem como

uma idéia ultrapassada, que já provou ter êxito no mundo organizacional. O que vimos é que

trata-se de um tema atual e que representa uma alternativa viável, não só para as

organizações como para toda sociedade moderna. A evolução nas formas de relação no

trabalho aponta para o caminho da ampliação da autonomia do indivíduo em todas as

camadas, sejam elas sociais, tecnológicas, econômicas ou políticas.

- A mudança ocorrida na sociedade do início do século até o momento atual, graças

principalmente aos avanços tecnológicos e científicos ampliaram as áreas do conhecimento,

tornando o homem moderno mais informado e exigente. Este processo teve como principal

conseqüência o deslocamento do poder, antes concentrado, tanto na sociedade como nas

organizações, e hoje instável e dinâmico, movendo-se por todas as camadas, adquirindo

novas formas de acordo com a situação.

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Page 48: Apresentação - Evolução da teoria da administração.02

14. Administração Japonesa

14.1. Definição

A administração japonesa nasceu no chão de fabrica, nos setores operacionais da

manufatura, com a filosofia básica de evitar qualquer tipo de desperdício e de promover o

melhoramento continuo. Com esta filosofia, agregada a permanente busca de

conhecimentos e tecnologias avançadas de produção (controle estatístico de processos,

planejamento de produção, engenharia de produtos) e aliados ao favorecimento da política

econômica governamental, os produtos japoneses alcançaram um diferencial competitivo no

mercado internacional. Foi esta diferenciação que resgatou o foco da comunidade

empresarial à área de produção, que até então era vista pelos outros setores na

organização como um mistério insondável e desinteressante, barulhento, muitas vezes sujo,

onde trabalhavam pessoas inexpressivas. A partir disso, a gestão da produção passou a ser

novamente incluída na discussão das estratégias do negócio. Buscou-se, então, adaptar o

sistema de produção japonês a outros ambientes, desprendendo-o de sua origem na

manufatura, buscando implementá-lo amplamente em qualquer tipo de indústria e em outros

setores. O sistema de produção japonês tal como é estruturado atualmente surgiu nos vinte

e cinco anos seguintes à Segunda Guerra Mundial, na Toyota Motor Co. Seu maior

idealizador foi o engenheiro Taiichi Ohno. Daí decorre as duas outras denominações do

método: Sistema Toyota de Produção ou Ohnoismo.

14.2. Características básicas do Ohnoismo

JUST IN TIME – sincronização do fluxo de produção, dos fornecedores aos clientes

KANBAN – sistema de informação visual, que aciona e controla a produção

MUDA – busca da eliminação total de qualquer tipo de desperdício

KAIZEN – busca do melhoramento continuo em todos os aspectos, portanto se refletindo na

produtividade e na qualidade, sendo os círculos de controle da qualidade apenas um dos

seus aspectos.

14.3. Vulnerabilidades e Pontos fortes

- O sistema de produção japonês não é um sistema perfeito, como alguns de seus

defensores querem fazer crer. Dois pontos frágeis são bastante visíveis, o sistema depende

da cooperação irrestrita das pessoas, e é um sistema praticamente sem folgas. Sendo

assim, qualquer erro gera graves repercussões em todo o processo. Ele depende

basicamente das pessoas, da sua competência, exigindo, portanto qualificação, treinamento

e reciclagem constantes.

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Page 49: Apresentação - Evolução da teoria da administração.02

- Outros pontos vulneráveis poderiam ser inferidos. A busca de consenso e o emprego

vitalício, por exemplo, podem favorecer a burocracia e a morosidade no processo decisório.

A estabilidade no emprego implica no rigoroso planejamento das necessidades de pessoal,

seu plano de carreira e critérios de avaliação, mas depende principalmente da relativa

estabilidade do faturamento da empresa, que é cada vez mais influenciado pelas tendências

e preferências de um mercado globalizado.

- Outro aspecto vulnerável não tão explicita é a eficiência das atividades administrativas,

outros é o crescimento excessivo do número de produtos, a diminuição do seu ciclo de vida,

o desenvolvimento de um consumismo ambientalmente irresponsável e a concorrência

predatória também podem ser ressaltados como pontos vulneráveis do modelo.

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Page 50: Apresentação - Evolução da teoria da administração.02

15. Administração Empreendedora:

A competitividade crescente das empresas japonesas, sobretudo a partir dos anos

70, obrigou as empresas americanas (e mais tarde as européias) a uma atitude de reação. A

princípio, as empresas americanas não acreditavam que o sucesso das empresas

japonesas se manteria por muito tempo: viam ainda as empresas japonesas apenas como

copiadoras de idéias e de tecnologias, que seriam, no máximo, aprimoradas. Esta miopia

das empresas americanas custou-lhes caro, mas trouxe também lições.

Assim, a partir do início dos anos 80, as empresas americanas já haviam compreendido que

o que as empresas japonesas tinham realizado, de fato, era uma "revolução gerencial". O

livro de OUCHI (1985) ajudou a criar a nova visão de que as empresas americanas estavam

fora da competitividade (e não sobreviveriam) devido ao seu modelo de administração

tradicional. O esforço para mudar tal situação levou ao desenvolvimento do "modelo" de

administração empreendedora, cujas origens e principais características são:

a) Unidades Independentes de Negócios: trata-se de transformar departamentos e divisões

em "pequenas empresas" internas à organização, com autonomia operacional e

mercadológica (a gestão financeira continua centralizada para otimizar os recursos das

várias unidades autonômas).

b) Equipes Empreendedoras: grupo de pessoas, liderado por um gerente de estilo

empreendedor com o objetivo de buscar oportunidades e desenvolver novos negócios para

a empresa.

c) "Intrapreneur": segundo PINCHOT III (1989, p. 9), é o "sonhador que faz"; é o funcionário

que, a despeito da sua vinculação empregatícia, se comporta como se fosse um

"empresário", buscando inovação e resultados (visão do cliente).

d) Alianças e parcerias: para atingir o nível de competitividade, as empresas de estilo

empreendedor de gestão passam a compartilhar com outras empresas investimentos em

lançamento de novos produtos e serviços; pesquisa e desenvolvimento tecnológico;

abertura de novos mercados e formação de redes empresariais.

e) Participação nos resultados ("gain sharing"): recompensa dos empregados ou das

equipes em decorrência dos resultados globais (da empresa) ou da unidade de negócio.

f) Alternativas de carreira: estímulo à carreira empreendedora, através de carreira em "Y" ou

participação societária. O modelo empreendedor de gestão não é o único a desenvolver

instrumentos e práticas que estimulam a criatividade e a inovação na empresa; ao mesmo

tempo, ele não exige exclusividade quanto à abordagem ou estilo de gestão. Dada a sua

flexibilidade, facilmente se acopla ou complementa a outras novas abordagens da

administração (modelo participativo ou holístico, por exemplo). No entanto, o modelo

empreendedor exige alguns cuidados na sua implantação. Por exemplo, a experiência em

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Page 51: Apresentação - Evolução da teoria da administração.02

algumas grandes empresas americanas evidenciou que a abordagem do "intrapreneur"

(PINCHOT III, 1989), atuando isoladamente, não é a mais adequada; deve-se incentivar a

inovação, assim, através de equipes empreendedoras. Para tanto, desenvolver lideranças e

implantar políticas transparentes de Recursos Humanos, visando estimular a inovação e

recompensá-la, são condições fundamentais para o êxito do modelo.  De um outro lado, a

empresa que desenvolve esforços na direção deste modelo deve aprender a conviver com

pessoas empreendedoras; estas procuram permanentemente sua auto-realização pessoal e

profissional, o que nem sempre está ligado à motivação financeira, sendo pessoas que

desenvolvem acentuadamente o espírito de independência e senso se propriedade (no

sentido da responsabilidade individual pelos resultados). Neste sentido, as equipes e

pessoas empreendedoras devem ser acomodadas em áreas ou unidades de negócio com

um certo nível de autonomia funcional, sendo acompanhadas mais pelos resultados

(eficácia) do que pelo controle dos recursos utilizados (eficiência). Portanto, a prática do

"Empowerment" (energização de equipe) é fundamental para implementar este modelo,

permitindo delegar para quem atende o cliente, nos niveis operacionais, a autoridade da

decisão em relação às demandas do cliente. Assim, a empresa precisa aprender a conviver

com o risco das inovações: a cultura empreendedora exige tolerância a eventuais fracassos

de novas idéias, pois, segundo uma pesquisa desenvolvida nos Estados Unidos, citada por

DEGEN (1989), apenas duas de cada dez idéias inovadoras implantadas são bem

sucedidas. Em outras palavras, a empresa precisaria aprender a lição durante oito vezes

(fracasso) para colher os resultados positivos que compensam todos os erros. Outro

aspecto é de que o modelo empreendedor, seja através de idéias pessoais ("intrapreneurs")

ou de equipes empreendedoras, quebra a estrutura organizacional e "confunde" os

conceitos de autoridade e de responsabilidade: é preciso desenvolver uma nova cultura

organizacional que absorva estas novas práticas de gestão. A independência das equipes

ou a ênfase sobre os resultados individuais podem destruir os valores organizacionais, se a

empresa não estiver devidamente preparada para implantar e conviver com este modelo.

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Page 52: Apresentação - Evolução da teoria da administração.02

16. Administração Holística.

Nas últimas décadas, ressurgiu dentro das ciências o chamado "movimento

holístico". De origem grega, a palavra hólos = todo, vem crescentemente penetrando nas

abordagens cada vez mais complexas de todos os ramos do conhecimento humano. A

questão parece ser facilmente explicável; as ciências, de forma geral, foram construídas

com base em paradigmas mecanicistas, suportados numa visão cartesiana-newtoniana do

mundo: todos os fenômenos eram possíveis de serem divididos em partes e cada uma

destas seria estudada profundamente, constituindo um ramo específico do saber humano;

assim foi com a química e seus elementos individualizados; com a física e sua estrutura

orientada para as partes do material; com a medicina, que "retalhou" o organismo humano,

perdendo a visão do sistema biológico que comanda a vida humana; e, na administração, o

mesmo processo ocorreu, a partir da visão da "administração científica" de Taylor e Fayol,

reduzindo o trabalho humano ao nível da visão da tarefa. CAPRA (1989) tem sido um dos

maiores influenciadores da visão holística, ele mostra as grandes mutações pelas quais

passa a sociedade - na tecnologia, na educação, na economia, na medicina, na psicologia,

na ecologia, entre outras grandes áreas - e a mudança de valores que afetam aspectos

como a individuação, a criatividade, a flexibilidade, a informação, a autonomia, entre outros

valores, cuja mudança afeta tanto organizações como as pessoas. O autor procura explicar

como o paradigma cartesiano-newtoniano afetou a prática econômica contemporânea: a

fragmentação das especializações, a desvinculação dos valores superiores da humanidade,

a abordagem competitiva na exploração da natureza, o esgotamento progressivo dos

recursos naturais, o consenso de que a natureza existe para o homem, a visão do homem

como um ente consumidor, o que levou a um consumo materialista desenfreado, a confusão

entre riqueza material e felicidade, a tecnologia a serviço da destruição em massa e a venda

de 70% de armamentos aos países do Terceiro Mundo, a divisão econômica norte-sul do

mundo, a exploração indiscriminada das sociedades pela multinacionais, entre outras

questões. A visão holística é uma das abordagens destes novos paradigmas das ciências,

inclusive da Administração. Há um movimento emergente de pesquisadores e autores que

têm desenvolvido uma "abordagem holística da administração" e já existem algumas

experiências que procuram colocar em prática tal abordagem. As principais práticas da

Administração Holística são as seguintes:

a) Quanto aos objetivos: integração dos objetivos organizacionais com os objetivos

individuais de auto-realização pessoal e profissional.

b) Quanto à estrutura: a organização passa a não depender de uma estrutura formal, sendo

baseada em diversas células autônomas de produção (ou de serviços), resultando numa

estrutura policelular.

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Page 53: Apresentação - Evolução da teoria da administração.02

c) Quanto ao comportamento individual e grupal: a equipe procura desenvolver a "visão do

todo" do seu conjunto de processos e tarefas; assim, obtém-se o comprometimento

individual (com a equipe e/ou organização) e a satisfação no trabalho (realização

profissional).

d) Rodízio de funções: ("job rotation"): não há especialistas e nem cargos formais; os

funcionários passam a ser polivalentes ou multifuncionais.

Quanto à aplicabilidade da Administração Holística, sem dúvida a principal dificuldade é de

natureza cultura, pois a mudança comportamental é radical em relação a outras formas

organizacionais mais tradicionais. O alto comprometimento individual com a equipe exige

mudança de características pessoais, enquanto a multifuncionalidade exige o

desenvolvimento de novas habilidades técnicas e humanas (relacionamento e integração

com a equipe). Por se tratar de um modelo de vanguarda na administração, os cuidados na

adoção de suas práticas e instrumentos gerenciais deverão ser muito mais rigorosos

52

Page 54: Apresentação - Evolução da teoria da administração.02

17. Administração Virtual:

17.1. Introdução

Para DAVIDOW (1993), o controle da empresa é dado por redes internas

denominadas intranets, que controlam as entradas e saídas de informações da organização

e gerencia suas respectivas funções, fazendo com que fornecedores e clientes que estão se

utilizando de seus serviços se sintam satisfeitos; tal controle é conhecido como controle on-

line.  Existem quatro tipos de administradores virtuais, sendo:

1º: Os Pioneiros: desenvolvem novos produtos e criam mercados completamente novos, tais

como comércio eletrônico, softwares específicos.

2º: Os Reformadores: desenvolvem Hardware e Software para dirigir de maneira inovadora

mercados preexistentes. Exemplos: Casas de leilão, comércio de automóveis, mediação de

empregos.

3º: Os Multiplicadores: caracterizam-se por usar as novas técnicas em relação a novos

serviços, como provedores de serviços de Internet.

4º: Os Guerrilheiros do Mercado: através do uso da Internet fazem concorrência para outras

empresas já estabelecidas no mercado, no mesmo ramo de atividade destas.

Exemplificando-se: Livrarias, Lojas de Vinhos, Lojas de CD´s.

 Cada um dos itens acima mencionados utilizou-se da mesma técnica, a Internet, podendo

usar diversas tecnologias de comunicação, tais como microcomputadores avançados. O que

interessa nestes casos, é o fato de todos estarem utilizando formas de comércio virtual, ou

seja, estarem negociando algo que se sabe que existe, mas que no momento da transação

comercial não pode ser sentido por qualquer dos sentidos. Este mesmo conceito de

virtualidade pode ser usado quando relacionado com outras atividades dentro de uma

organização. As videoconferências nada mais são do que reuniões virtuais, a execução de

tarefas pré-programadas em um computador também é virtual, o simples uso do cartão de

crédito é virtual, ou não se estaria usando dinheiro que existe apenas dentro do espaço

virtual da conta bancária de cada um, e o acesso de dados remoto 24 horas por dia é

apenas mais uma das facilidades oferecidas pela virtualidade mundial.

 

17.2. A Gerência da Organização Virtual

O espírito de equipe significa ter pessoas capazes, dinâmicas, podendo trabalhar a

qualquer distância e saber lidar com suas funções, obtendo resultados positivos.

O conceito de gestão virtual é a abordagem de pessoas que evoluam para autogestão

mediante estruturas simples, adaptáveis, tornando-as sensíveis ao mercado O fato mais

importante da administração virtual é que ela envolve todas as inovações de modelos de

administração que desenvolveu-se ao longo dos anos nos países onde a industrialização se

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Page 55: Apresentação - Evolução da teoria da administração.02

acentuou com maior força tais como EUA, Alemanha, Japão, etc. A gestão virtual se

apresenta como uma mistura de tais inovações, envolvidas no processamento de

informações em tempo real. Uma das características que também merece maior destaque

na empresa virtual é que ela visa as necessidades do cliente, assumindo assim um fluxo

rápido de informações, permeabilizando, modificando e, conseqüentemente, movimentando

fronteiras, tendo como intenção fazer com que ela pareça menos um empreendimento

distinto e mais um nó numa vasta rede de interações e atividades. Um grande fator

interessante e caracterizante da gestão virtual é que o procedimento é executado com

ambiente de imprevisibilidade e com transformações contínuas, entretanto, na gestão de

produção do item a ser vendido, os procedimentos presenciam todas as dificuldades

inerentes a tal produção, vez que os produtos e serviços continuam existindo de fato.

Portanto, um significativo diferenciador é a rapidez e a proximidade que a administração

virtual proporciona. No que tange à gerência, não se encontra muitas diferenças entre a

gerência normal e a virtual, vez que o primordial objetivo de ambas é obter resultados.

Porém, na gerência virtual os métodos são diferentes, pois aqui, cabe à gerência, garantir o

desencadeamento correto dos processos. Assim sendo, a função da gerência virtual é a de

facilitar o trabalho e a de induzir uma maior autogestão e também, proporcionar um espírito

de equipe. Neste caso o gerente incorpora um poderio maior de controle. A qualificação

profissional e a tecnologia simplificam a estrutura organizacional, ao passo que possibilita,

com tomadas de decisões descentralizadas, o controle centralizado. Sendo tal controle o

ponto chave da gestão pois está intimamente relacionado com os resultados.

Um "laço on-line" se conecta com as organizações empresariais e os grupos interessados

no negócio. O fator principal para a corporação virtual é o controle dos resultados e não

necessariamente a propriedade dos processos, sendo assim a empresa virtual pode assumir

alianças entre duas ou mais empresas, reforçando a terceirização.

No que aborda a corporação virtual, dois aspectos são dignos de serem destaque, um por

parte do cliente que vê a instituição virtual como uma entidade que está sempre pronta em

atendê-lo, independente do momento, do lugar e de qualquer outros motivos; e um por parte

da empresa que visualiza o negócio baseado nas informações em tempo real, e suas

relações com o cliente no mercado. O sistema virtual não extermina o modo econômico

antigo, pelo contrário, modifica-o, galgando maior produtividade. O setor primário, como a

agricultura, continua e continuará fornecendo seus produtos, assim como a indústria

mantém e manterá sua fidelidade à transformação e, cabe à realidade virtual, ofertar

produtos e serviços, tradicionais e inovadores, inerentes aos sistemas acima citados.

Contudo, alguns negócios serão extintos, outros modificados e outros tantos ainda serão

criados, sendo eles todos baseados na nova era tecnológica.

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 17.3. Considerações (pontos críticos)

- Talvez a grande mudança desta era e a que mais surpreende a percepção das pessoas

seja o desafio que a tecnologia representa ao tempo e ao espaço. Se a pouco mais de cem

anos uma pessoa poderia levar um mês se deslocando de Paris a Viena para assistir a um

concerto, hoje basta um teclado, e instantaneamente você estará em contato com qualquer

pessoa no planeta.

- Se por um lado, a tendência de humanização generalizada do trabalho já é uma realidade,

por outro lado se investe no desenvolvimento da inteligência artificial, tecnologia integrante

do quarto ciclo econômico. Dentro de poucos anos, talvez ela possa substituir plenamente

os gestores humanos, indo portanto muito além da simples substituição da mão-de-obra em

atividades que podem ser automatizadas, conciliando humanização do trabalho com o

aumento da produtividade.

- As necessidades organizacionais, por uma dinamização do fluxo de informações, têm

causado o desenvolvimento de tecnologias diversas, não apenas alterando os tempos de

resposta aos estímulos internos e externos, mas mudando todo o nosso método de trabalhar

e a estrutura organizacional das mais diversas entidades. Chegamos hoje a um estado tal,

que se pode afirmar que o simples ato de viver já faz ficar ultrapassado, caso não se

atualizem a uma freqüência periódica as organizações que não forem adotar esta política;

justamente devido à dinamização e rapidez crescente do fluxo informativo.

- A diferença agora é, que não é o mais forte fisicamente que irá sobreviver, e sim, aquele

que puder melhor assimilar as mudanças do tempo; mudando junto com elas. No campo

individual, surgiram novos empreendedores, que viram neste desenrolar da história novas

oportunidades de negócio, colocando a disposição novos produtos para novos mercados. As

empresas já existentes nos mais diversos ramos e que estão sobrevivendo, adaptaram as

suas estruturas a nova realidade organizacional, fazendo assim nascer à organização virtual

e a sua forma de gestão: a administração virtual.

- Para uma empresa ser empreendedora, ela deve possuir características especiais, além

de ser nova e pequena, criam algo novo, diferente e mudam ou transformam valores.

O empreendedor sempre está buscando a mudança, reage a ela e explora como sendo uma

oportunidade, virtual ou não.

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18. Administração Mercadológica:

18.1. Conceitos iniciais

Marketing é um PROCESSO SOCIAL pelo qual pessoas e grupos obtêm o que

NECESSITAM e DESEJAM através da troca com outras pessoas.

Administração de Marketing (AM) é o processo de planejar e executar a concepção, a

determinação do preço, a promoção e a distribuição de produtos para criar negociações que

satisfaçam metas individuais e organizacionais. A AM é um processo que envolve análise,

planejamento, implementação e controle de ações, visando estabelecer ofertas de bens ou

serviços para a satisfação das partes envolvidas – a que oferece e a que necessita.

18.2. Estágios da atividade de Marketing em uma empresa

As empresas passam por três estágios principais com respeito ao nível em que

desenvolvem atividades de Marketing:

Marketing empreendedor: é o executado por empresas pequenas ou recém-nascidas onde

geralmente o dono faz tudo. Ele dirige e vende. Estas empresas não possuem orçamentos

de propaganda, o planejamento mercadológico é incipiente e não conta com profissionais

especializados em Marketing.

Marketing profissionalizado: quando as empresas crescem ou alcançam sucesso, passam a

adotar procedimentos de Marketing mais profissionais.

Marketing burocrático: é quando o Marketing profissionalizado chega a um extremo onde as

empresas perdem criatividade e o Marketing passa ser de “laboratório”, onde os dirigentes

perdem contato com os clientes e tomam decisões baseadas em números.

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19. Conclusão

A crise do modelo fordista deu início a alterações na forma de gerir e na relação

entre empregador e empregado. O modelo fordista prezava pelo aumento contínuo da

produtividade, logo, a forma de gestão era caracterizada pela centralização do processo de

tomada de decisão e o empregado era visto apenas como uma máquina. O que levou a

nova geração de trabalhadores a se negarem a reproduzir um trabalho de repetição e sem

sentido. A partir da ruptura com o Fordismo, o Pós-Fordismo inicia um novo momento de

valorização da relação empresa-indivíduo, que passa a não ser mais considerada como

máquina e sim como parte estratégica para o desenvolvimento organizacional. O Toyotismo

e o Volvismo buscaram a flexibilização da produção e parceria entre as partes envolvidas. O

trabalhador ganha espaço e torna-se multiqualificado, polivalente e multifuncional tendo

entendimento de toda linha produtiva com máxima qualidade possível. Fica a ressalva de

que o método inicial Fordista foi de grande valia, ainda que aplicado de forma escravagista

daquela época, mas que serviu de base para a inquietação e surgimento de novos estudos.

Isso não significa que foram totalmente abolidas já que em algumas organizações o regime

ainda é totalmente centralizado. Hoje, temos a administração participativa que através da

conquista desses modelos veio ampliando e inovando na forma de gerir as pessoas e a

empresa. Como o próprio nome indica a relação serão participativas, de forma organizada e

responsável, ambas as partes ganham na troca desse know-how. Nesse tipo de

administração a informação recebida será chave de sucesso, pois a troca de experiências

se torna maiores pela quantidade de pessoas (clientes, funcionários, concorrentes etc.) que

são envolvidas no processo da tomada de decisão. Esses modelos ajudaram muito na

relação empregado-empregador o que a organização passou a ver o empregado não só

como mão-de-obra e sim como ferramenta estratégica para um melhor posicionamento no

mercado.

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20. Referências Bibliográficas

1. Teoria Geral da Administração - CHIAVENATO, Idalberto, 2ª edição – editora MC Graw-

Hill.

2. Teoria Geral da Administração - MARIANO, Rui Rodrigues , Magali Silveira B. - editora

Interciência.

3. Introdução a Administração - Maximiano, Antônio Cesar Amaru – 6ª edição revisada e

ampliada – Editora Atlas-2004 – SP.

4. Administração: Construindo vantagem competitiva – Bateman, Thomas S. – 1ª edição

Editora Atlas – 1998 – SP

* Site: www.cfa.org.br/download/rd1605.pdf

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